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Unidade 2 Livro Didático Digital José Luciano S. de Alencar Organização, Sistemas e Métodos Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR ARRUDA Autor JOSÉ LUCIANO S. DE ALENCAR Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS José Luciano S. de Alencar Olá. Meu nome é José Luciano S. de Alencar. Sou formado em Administração de Empresas com Habilitação em Comércio Exterior, MBA em Gestão de Produtos e Serviços Bancários e Mestrado em Engenharia Urbana e meu propósito acadêmico é o aperfeiçoamento e na disseminação do conhecimento com foco na integridade e ética. Sou um profissional com experiência de mais de 25 anos no setor privado no segmento bancário, administrativo, financeiro e comercial, nas funções nos níveis tático de supervisão e coordenação e estratégico gerencial e direção em empresas de médio e grande porte. Meu foco profissional é a eficiência na gestão dos recursos organizacionais, por meio da superação das expectativas de negócios, com foco no cliente e nos princípios empresariais. Passei por empresas como o Banco Bamerindus S/A e HSBC Bank Brasil. Sou extremamente dedicado e apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! O AUTOR Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: ICONOGRÁFICOS INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimento de uma nova com- petência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Estrutura dos Sistemas ..................................................................................... 11 Pensamento Sistêmico - ciência e a racionalidade ..............................................11 Hierarquia Sistemas............................................................................................19 Empresas - sistema organizacional aberta ............................................................... 24 Leis Universais e Dicas Sobre Abordagem Sistêmica .......................... 28 Teoria Geral dos Sistema – TGS .................................................................... 40 Organização, Sistemas e Métodos8 UNIDADE 02 LIVRO DIDÁTICO DIGITAL Organização, Sistemas e Métodos 9 Uma organização é um conjunto de variáveis interconectadas, que condicionam seu desempenho e sua capacidade de mudança. Uma organização atinge seu desempenho máximo quando todas as variáveis funcionam de maneira coerente. Um sistema pode ser compreendido conjunto de procedimentos, formais e informais, que permitem o dia a dia da organização, tais como, controle gerencial, sistemas de informação, logística, mas também reuniões, relatórios. Sendo assim, o que é uma abordagem sistêmica? É uma maneira de agir, pensar e ver o mundo, que se concentra nos relacionamentos e reconhece que os indivíduos estão sempre inseridos em um determinado contexto. E o que exatamente é ser sistêmico? Como é na prática? Como o uso de idéias sistêmicas contribui para a melhoria das relações interpessoais e do desempenho nas organizações? Quais são a leis, as estruturas e a hierárquica da abordagem sistêmica? Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo! INTRODUÇÃO Organização, Sistemas e Métodos10 Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 02. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Compreender as estruturas dos sistemas; 2. Identificar a hierarquia dos sistemas; 3. Entender as leis universais da abordagem sistêmica; 4. Conhecer a Teoria Geral dos Sistemas (TGS). Então? Preparado para adquirir conhecimento sobre um assunto fascinante e inovador como esse? Vamos lá OBJETIVOS Organização, Sistemas e Métodos 11 Estrutura dos Sistemas INTRODUÇÃO: O principal modelo dentro da estrutura dos sistemas é o da racionalidade. Por racionalidade, podemos entender como uma situação de escolha na qual o indivíduo racional mediante de diversas possibilidade e alternativas tenderá a escolher àquela que acredita que proporcionará melhor resultado. Assim, ao término deste capítulo você será capaz de entender como funciona a estrutura dos sistemas baseados no pensamento sistêmico. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Pensamento Sistêmico - ciência e a racionalidade Um sistema, ou estrutura, corresponde a um modelo teórico que analisa um conjunto de elementos e suas as respectivas interações, o que permite averiguar as características e a estabilidade da realidade examinada, como também as possíveis inconstâncias, caso ocorram alterações. Nessa perspectiva, podemos inferir que “sistemas” denotam construções teóricas e instrumentos cognitivos criado a partir de uma modelagem conceitual para representar uma realidade ou situação. Os estudos dos sistemas, bem como suas teorias, constituem o estudo transdisciplinar da organização abstrata dos fenômenos, independentemente de sua substância, tipo ou escala espacial ou temporal de existência. Essa área busca investigar os princípios ordinários e comuns a todos os modelos, comumente matemáticos, que podem ser usados para descrevê-las. Conforme enfatiza a FNQ (2017): O pensamento sistêmico surgiu no século XX com a quebra do paradigma do pensamento linear, como veremos a seguir. O pensamento linear simplifica a realidade e busca respostas Organização, Sistemas e Métodos12 únicas para cada pergunta. Este modelo mental é fundamental para algumas áreas do conhecimento que necessitam de uma abordagem de causa e efeito. No entanto, essa visão não é suficiente para analisar casos que envolvem sentimentos e emoções, ou seja, não é capaz de entender a complexidade da vida humana (FNQ, 2017, p. 5). Von Bertalanffy (1969), afirma que a ciência moderna é caracterizada por uma especialização constante, necessária devido à enorme quantidade de dados, pela complexidade de técnicas e de teorias dentro de cada campo. Assim, a ciência é dividida em inúmeras disciplinas continuamente gerando novas subdisciplinas. Em conseqüência, a física, a biologia, a psicologia e as ciências sociais são permeadas de elementos peculiares em seus universos. Isso, no entanto, se opõe a outro aspecto notável, que examinando a evolução da ciência moderna, encontramos diversos fenômenos que independentemente um do outro, ou de problemas e concepções evoluíram em campos diferentes. A ciência e a racionalidade colaboram para abeirar-se e perceber a realidade, mas no entanto não são suficientes para congregar a subjetividadee a complexidade do cotidiano. Toda interação humana, “sejam relações intrapessoais, o funcionamento de uma organização, uma tomada de decisão ou a observação de um objeto, pressupõe uma relação cíclica e não linear de causa e efeito”, no qual resulta na interdependência de múltiplos fatores que agem em conjunto com o todo do qual fazem parte (FNQ, 2017, p. 4). O conhecimento adquirido por esse método é qualificado como científico, objetivo e difere do senso comum. É criado por uma abordagem rigorosa e controlável, capaz de questionar continuamente os princípios, leis e teorias que desenvolve. Nesse contexto surge o pensamento sistêmico que, conforme a FNQ (2017, p. 4), nada mais é do que “criar uma maneira de analisar o universo de forma a compreender que fazemos parte de um todo e que a relação entre as partes de um sistema é mais complexa do que imaginamos”. Constitui a capacidade que um indivíduo Organização, Sistemas e Métodos 13 possui para analisar um fenômeno, considerando todo o seu contexto e suas prováveis implicações. A Figura 1, descreve as principais premissas do pensamento sistêmico para a ciência. Figura 1 - Premissas do pensamento Fonte: Adaptado pel0 autor, FNQ Dessa forma, para área da administração científica, aplica-se a um campo de realidade, constituindo-se a um objeto de pesquisa e conhecimento que então será qualificado como “sistêmico”. A partir do enfoque da teoria do conhecimento, os sistemas, como todos os modelos conceituais, apresentam três características: simulam a realidade, simplificam-na e, finalmente, são instrumentos pragmáticas, isto é, relativo a situações ou objetivos de ordem prática e funcional. Na concepção de Gullo (2016), para compreender a complexidade dos fatos, o conceito do pensamento sistêmico (Figura 2) considera de forma individual cada uma das partes que compõem o todo de um sistema, e de forma global, ou rede, as ligações entre as partes que compõem esse todo, ou seja, a suas integrações e interações. O todo é um sistema global aberto e permite a troca de energia entre as partes, gerando sinergia. Organização, Sistemas e Métodos14 Figura 2 - Conceito do Pensamento Sistêmico Fonte: Adaptado pelo autor, Gullo (2016, p. 136). Gullo (2016, p. 137), ressalva ainda que a mesma lógica aplica-se à análise de vários sistemas ao mesmo tempo, nos quais as partes são os diversos sistemas e o todo é a união dos sistemas, e que diversos pensadores sistêmicos deram sua contribuição para o criação e aperfeiçoamento da administração por meio do pensamento sistêmico, onde, dentre eles estão: • Max Wertheimer (Gestáltica): a integração e interação entre as partes deixa o todo maior que a soma das partes, pois novas visões e ideias, não existentes nas partes individuais, surgem quando o todo é observado (sinergia); • Norbert Wiener: a informação é a base do autocontrole da comunicação e desempenho (comportamento) dos sistemas; Wiener chamava isso de Cibernética – o estudo dos sistemas de comunicação e controle nas máquinas e nos seres vivos: em outras palavras, é o estudo dos processos pelos quais sistemas complexos (naturais ou artificiais) se organizam, se regulam e aprendem pela troca e circulação de informação; Organização, Sistemas e Métodos 15 • Ludwig von Bertalanffy: os sistemas precisam de aberturas que permitam a troca de elementos entre si (troca de energia) e os tornem ativos e operantes (sinergia); • Peter M. Senge: cinco disciplinas convergem para facilitar a inovação (mudanças contínuas) nas empresas que aprendem: domínio pessoal − modelos mentais − objetivo comum (visão compartilhada) − aprendizado em grupo − raciocínio sistêmico. • Edgar Morin: Idéia de totalidade; não dissociar a parte do todo; o todo está na parte assim como a parte está no todo. A percepção do pensamento sistêmico compreende na habilidade de abranger os sistemas em seu todo, consentindo em uma análise aprofundada, bem como em todos os fatores que possam vir a interferir no sistema. Dessa forma, infere-se que um sistema pode ser definido como sendo uma rede/conjunto de elementos interdependentes que interagem para atingir um objetivo comum, constituindo um todo complexo e unitário. SAIBA MAIS: Este tipo de pensamento é derivado da Teoria Geral dos Sistemas, do biólogo Ludwig von Bertalanffy, na qual o austríaco propunha que ao invés de tentarmos achar soluções únicas para nossos problemas, levantássemos hipóteses nas quais as contradições da realidade empírica fossem consideradas. Fonte: FNQ (2017, p. 5). Nessa perspectiva, o pensamento sistêmico ou holístico, compreende que as perguntas não possuem apenas uma resposta correta pois, até mesmo aceita a possibilidade de múltiplas respostas, onde algumas podem ser contraditórias entre si, para a mesma pergunta (FNQ, 2017). O planejamento estratégico nas organizações adota os “princípios da administração sistêmica e é fundamental para as empresas poderem Organização, Sistemas e Métodos16 realizar suas operações. Como resultado, é criado o planejamento da empresa como um todo - visão sistêmica” (GULLO, 2016, p. 138). A construção da abordagem sistêmica representa uma dramática mudança teórica das leis empíricas e das abordagens das regras humanas para entender a comunicação. O paradigma da teoria dos sistemas procura entender a interconectividade da comunicação humana em vez de olhar apenas uma parte. A idéia básica por trás da Teoria dos Sistemas é: “O todo é maior que a soma de suas partes”. Na percepção de Neto e Leite (2010, p. 5), “atualmente, a utilização da noção de sistemas tem seu emprego generalizado entre as ciências e até mesmo no dia a dia. A noção de sistema está “enraizada” na forma como o ser humano percebe o mundo a sua volta”. Seu uso tornou-se tão intuitiva que não se compreende sua importância no entendimento do mundo que nos envolve. Um sistema deve ser entendido com a interação com seu ambiente (interno e externo), pois quando se observa de perto o ambiente de um sistema, constata-se sua interação e interdependia com seu meio. A Figura 3, descreve as principais características que definem um sistema. Figura 3 – Características de um sistema Fonte: Adaptado pelo autor Organização, Sistemas e Métodos 17 De acordo com Oliveira (2007, p. 23), sistema é definido como um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuando uma função. Segundo o autor, um sistema, possui um conjunto de partes interagentes e interdependentes, que necessitam concretizar um todo considerando os diversos fatores controláveis e não controláveis, bem como procurar atingir um determinado resultado/objetivos, desenvolvendo uma função específica. Os atributos estruturais de um sistema estão descritos no Quadro 1. Quadro 1 - Atributos estruturais de um sistema Fonte: O autor CLASSIFICAÇÃO PROPRIEDADES 1. CONCEITUAL: não existe em um formato material ou físico. 2. FÍSICO: são tangíveis. 3. NATURAL: resultam de processos naturais. 4. ARTIFICIAL: feitos pelo homem. 5. DIN MICO: quando as variáveis do sistema mudam à medida que o sistema interage como meio. 6. ABERTO: interage com o meio ambiente. 7. FECHADO: não há troca de qualquer natureza com o ambiente. 8. EQUILÍBRIO: quando está operando dentro dos limites de controle estabelecidos nos objetivos. 1. ADAPTABILIDADE: capacidade de um sistema adaptar-se ao meio ambiente. 2. HOMEOSTASIA: capacidade do sistema voltar a um estado de equilíbrio. 3. SIMBIOSE: relação necessária entre organismos diferentes. 4. SINERGIA: são relações em que as ações cooperativas de agentes independentes, produzem efeitos totais maiores que as somas de seus efeitos tomados independentemente. 5. REDUND NCIA: descreve um estado em que o sistema contém objetos supérfluos. 6. CAIXA PRETA: refere-sea um sistema cujo interior não pode (ou não interessa) ser desvendado. 7. ENTROPIA: determina o grau de desordem no sistema. 8. INFORMAÇÃO: reduz a incerteza e determina o grau de ordem no sistema. A estrutura de um sistema pode ser dividida em outros sistemas que delimitando-o como subsistemas tendo sua própria funcionalidade. Um sistema pode ser uma junção de diversos subsistemas, formando Organização, Sistemas e Métodos18 um sistema completo, interativo e dinâmico. Essa visão de sistemas e subsistemas contribui para que sistemas maiores possam ser melhor compreendidos quando seus subsistemas são estudos separadamente. RESUMINDO: Análise sistêmica busca assimilar as organizações a um sistema, composto por um conjunto de partes interdependentes organizadas de acordo com os seus objetivos. A estrutura organizacional é, por natura, complexo, finalizado, hierárquico, controlado e aberto ao seu ambiente, definido como o conjunto de elementos externos à organização. Assim as empresas sofrem influências, como também pode influenciar seus ambientes. De fato, essa teoria baseia-se na idéia de que, para entender completamente o funcionamento de um todo, é necessário examinar as relações existentes entre as partes desse todo. Organização, Sistemas e Métodos 19 Hierarquia Sistemas INTRODUÇÃO: A hierarquia de sistemas é uma maneira de analisar um sistema, bem como quais as relações entre todos os componentes, se concentra nos níveis de organização focando em fator. A complexidade neste contexto não se refere a uma propriedade intrínseca do sistema, mas à possibilidade de representar os sistemas de várias maneiras não equivalentes, dependendo das escolhas pré-analíticas do observador. Em vez de analisar toda a estrutura, a hierarquia de sistemas se refere à análise dos níveis hierárquicos e às interações entre eles. Assim, ao término deste capítulo você será capaz de entender o funcionamento da hierarquia dos sistemas. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? A palavra hierarquia (hierarkhia grega, “regra do sumo sacerdote”, da hierarchies, “presidente dos ritos sagrados) advém do grego antigo hieros, que significa sagrado e archein, que significa governar. Uma hierarquia é uma estrutura organizacional na qual os itens são classificados de acordo com os níveis de importância. Uma hierarquia representa um arranjo de elementos nos quais são representados em uma determinada ordem. A hierarquia é um conceito importante para diversos campos de aplicação, como filosofia, matemática, ciência da computação, teoria organizacional, teoria de sistemas e ciências sociais. A hierarquia, geralmente, é utilizada para fazer uma análise entre seus elementos criando, assim, contexto visuais de composição. Normalmente, os elementos visuais com maior contraste são notados primeiro. Usando a hierarquia, podemos observar como os componentes interagem, obtendo dados e as informações com objetivo de garantir que essas informações sejam utilizadas e digeridas para criação de ações planejadas. Para Kasper (2000), Organização, Sistemas e Métodos20 Hierarquia implica que a identidade de um sistema, num dado instante, requer a existência de restrições às quais as diversos partes e subsistemas estão subordinados, como parte de um padrão organizado que ajudam a constituir. Tais restrições podem ser vistas como o controle ou a influência exercida por outros níveis sistêmicos ou sistema maior, como o ambiente social e físico, sobre um nível sistêmico ou sistema específico. Assim, descrições sistêmicas envolvem o reconhecimento de níveis hierárquicos, em que a complexidade aumenta com a elevação do número de níveis inter- relacionados. Cada nível apresenta propriedades emergentes que não existem no nível inferior. Portanto, um passo importante em uma descrição sistêmica é a escolha de um nível adequado de investigação (KASPER 2000, p. 272). Dessa forma, estabelecer uma hierarquia conceitual é importante tendo em vista que utilizada de maneira eficaz, a hierarquia pode simplificar um contexto complexo. A visão sistêmica contribui para uma abordagem macroscópica, holística ou sintética de uma estrutura. Esse método permitir observar e analisar um sistema sob diferentes perspectivas e em diferentes níveis, levando em consideração as diversas interações existentes entre as partes (subsistemas) com o todo (sistema). De acordo com Oliveira (2006, p. 9), “o ambiente é também chamado de meio ambiente, meio externo, meio ou entorno. O analista de sistemas, organização e métodos deve considerar três níveis na hierarquia de sistemas”: 1. Sistema: é o que se está estudando ou considerando; 2. Subsistema: são as partes identificadas de forma estruturada, que integram o sistema; e 3. Supersistema ou ecossistema: é o todo, e o sistema é um subsistema dele. Organização, Sistemas e Métodos 21 Figura 4: Níveis hierárquicos de um sistema Fonte: Adaptado pelo autor, Oliveira “O grau de complexidade de integração dos elementos componentes do processo de transformação de um sistema decorre da complexidade e da dinâmica de funcionamento dos subsistemas que o integram” (OLIVEIRA, 2006, p. 11). A partir da premissa que um fenômeno pode ser considerado como um sistema, pode-se determinar que a estrutura hierárquica sistêmica é um complexo de interações entre subsistemas, tudo dentro de um sistema de maior. Em geral, uma hierarquia simplesmente refere-se a um sistema que está estruturada em camadas ou níveis que têm relações assimétricos. A partir de uma perspectiva de sistêmica, uma hierarquia pode ser constituída por um sistema que é composto de subsistemas inter-relacionados. Ainda se pode notar que a determinação do nível de componentes elementares numa hierarquia pode ser algo discricionária. Matematicamente, uma hierarquia é um conjunto em que nem todos os elementos estão relacionados parcialmente ordenadas, como por exemplo, o conjunto de todas as espécies de plantas em uma área por ordenada a sua relação filogenética, ou o conjunto de códigos postais para um país. Organização, Sistemas e Métodos22 O conceito de hierarquia está intimamente relacionado com níveis de organização denotando, assim, a composição estrutural das organizações. As hierarquias podem ser classificadas em diferentes tipos com base em vários critérios. Em termos de conteúdo e dimensões, podemos ter espaciais contra hierarquias não-espaciais, estruturais contra hierarquias funcionais, vivendo contra hierarquias não vivas, e política, social, religiosa, econômica, ecológica e hierarquias físicas. Wilson (1969) Identificou três grandes categorias de hierarquia, sendo: 1. Hierarquia como conceito - modelos mentais; 2. Hierarquia na natureza - a partir de partículas elementares do universo; e 3. Hierarquia no artefato - desde computadores a organizações humanas. O processo de identificação e ordenação dos níveis hierárquicos é um fator crítico para a simplificação de um sistema maior e complexo. Um grande número de componentes deve ser organizado em um número menor de níveis, para que assim a dimensão do sistema seja reduzida, o problema em questão torne-se mais claro e a compreensão do sistema seja substancialmente aumentada. De acordo com Silva (2008, p. 335), em 1956, o economista Kenneth Boulding Ewart, publicou um artigo denominado General systems theory: The skeleton of science, em que “descreve a natureza geral, o propósito e as necessidades para uma abordagem de sistemas, de todos os fenômenos científicos”. Neste artigo, Boulding não descreve apenas a necessidade e papel de um quadro geral de sistemas, mas também oferece um modelo do que essa estrutura se constituir. Na perspectiva de Caldas e Leite (2007): O problema central de Kenneth Boulding é a preocupação com a superespecialização da ciência e a falta de comunicaçãoentre seus os diferentes campos. Este pesquisador classifica os sistemas em níveis à proporção que estes aumentam suas complexidades, propondo uma hierarquia da complexidade que contemple conceitos abrangentes que possam agrupar os sistemas, independente do campo de atuação (CALDAS; LEITE, 2007, p. 5). Organização, Sistemas e Métodos 23 De acordo com Leite (2004, p. 104), o propósito de Boulding é “mostrar que existem sistemas de campos científicos diferentes que apresentam características similares”, onde cada nível expõe características emergentes. Dessa forma, estabelece 09 (nove) níveis passíveis de aperfeiçoamento conforme descrito na Tabela 1. SAIBA MAIS: As organizações como sistemas sociais que são deveriam se classificar diretamente no nível oito desta escala, porém muitas empresas não interpretam suas propriedades e não reconhecem tais características, sendo levadas aos níveis de complexidade distintos. As intervenções ambientais norteiam os sistemas em direção à mudança de níveis, podendo evoluir positivamente ou negativamente. Assim acredita-se que quanto menos complexo estiver o sistema organizacional mais ele tende a extinção (CALDAS; LEITE, 2007, p. 7). Tabela 1: Abordagem de Boulding Fonte: O autor Organização, Sistemas e Métodos24 Boulding destacava que a finalidade da TGS (Teoria Geral dos Sistemas) não seria de constituir uma simples e autocontida teoria geral sobre praticamente todas as coisas, que pudesse substituir as teorias específicas de disciplinas particulares. Mais do que isso, seu propósito era estabelecer um meio adequado e justo entre o específico, que não tem significação, e o geral, que não em conteúdo (SILVA, 2008, p. 336). Empresas - sistema organizacional aberta A abordagem sistêmica também pode ser denominada de visão ou análise sistêmica, no qual representa um campo interdisciplinar relacionado ao estudo de objetos em sua complexidade. Dessa forma, busca compreender os objetos de estudo em seu ambiente, em seu funcionamento, em seus mecanismos. Esse método procura fazer determinadas identificações, como por exemplo o “objetivo” do sistema - teleologia, os níveis organizacionais, as trocas entre as partes e os fatores de equilíbrio e desequilíbrio. Os principais fundamentos de Organização, Sistemas e Métodos são derivados das pioneiras teorias da administração, que buscavam dispor aos gestores teorias e ferramentas para melhor gerir em organizações (MARQUES; ODA, 2012, p. 13). De acordo com Silva (2008, p. 333), “um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interagentes e interdependentes relacionados cada um com seu ambiente de modo a formar um todo organizado”. O autor ainda afirma que de todos os proponentes de sistemas, C. West Churchman talvez tenha dado uma das explanações mais lógicas destacado cinco considerações básicas relativas aos sistemas: 1. Os objetivos do sistema total (junto com as medidas de desempenho); 2. O ambiente do sistema; 3. Os recursos do sistema; 4. Os componentes do sistema; 5. A administração do sistema. Organização, Sistemas e Métodos 25 Essas cinco considerações fundamentais não constituem que todas sejam incluídas concomitantemente, mas somente que são uma orientação de comparação com as características básicas dos sistemas analisadas por vários pensadores. Isso evidencia que a maior parte desses atributos estão incluídos ou implicados na abordagem de West Churchman (SILVA, 2008). Dessa forma Padoveze (2012), explica que os sistemas podem ser classificados em dois tipos: sistemas abertos e fechados. Conceitualmente, os sistemas fechados não fazem uma interação com seu ambiente externo, enquanto que os sistemas abertos são caracterizados por uma forte influência e interação com os fatores de seu ambiente externo, bem com suas atores e variáveis. Na concepção de Wahrlich (1977, p. 128) os aspectos para uma nova definição das organizações, em termos de teoria de sistemas, deveria abordar: 1. A organização deve ser concebida como um sistema aberto, em constante interação com o meio, recebendo matéria-prima, pessoas, energia e informações e transformando-as ou convertendo-as em produtos e serviços que são exportados para o meio; 2. A organização deve ser concebida como um sistema com objetivos ou funções múltiplos, que envolvem interações múltiplas com o meio; 3. A organização consiste de muitos subsistemas que estão em interação dinâmica uns com os outros. Ao invés de analisar os fenômenos organizacionais em função de comportamentos individuais, é cada vez mais importante analisar o comportamento de tais subsistemas; 4. Tendo em vista que os subsistemas são mutuamente dependentes, mudanças num deles provavelmente afetarão o comportamento de outros ou dos outros; 5. A organização existe num ambiente dinâmico que compreende outros sistemas; por isso, o funcionamento Organização, Sistemas e Métodos26 de determinada organização não pode ser compreendido sem consideração explícita das demandas e limitações impostas pelo meio; finalmente, Os múltiplos elos entre a organização e seu meio tornam difícil a clara especificação das fronteiras de qualquer organização. No contexto atual, existem sistemas físicos e informacionais, onde as organizações possuem um sistema aberto havendo um processo de interação com o ambiente. A Figura 6, esboça as organizações e empresas Figura 6: Organização como um sistema aberto. Fonte: Adaptado pelo autor Quando algo, tal como uma organização, é examinado a partir da perspectiva de sistema, isso significa que é dada atenção especial tanto aos elementos como à interação, isto é, nenhumas das partes de uma organização pode ser to totalmente compreendida se a relação desta com as outras partes não for examinada. A utilidade principal do ponto de vista de sistemas, com sua ênfase em uma visão que considera as interações, interdependências e cadeias de efeitos, não é seu valor acadêmico, mas, antes, sua aplicabilidade ao mundo real. Fonte: Silva (2008, p. 333). Organização, Sistemas e Métodos 27 Ambiente de um sistema é o conjunto de todos os fatores que, dentro de um limite específico, se possa conceber como tendo alguma influência sobre a operação do sistema considerado. Os dois sistemas e o meio são reciprocamente dependentes. Assim, argumenta Wahrlich (1977, p. 127), como transformações no meio “produzirão mudanças na organização formal e informal do trabalho, as normas e atividades desenvolvidas no sistema interno irão eventualmente alterar o ambiente físico, técnico e cultural”. Padoveze (2010), ressalva que: A visão da empresa como um sistema aberto ressalta as diversificadas e enormes pressões a que o ambiente a submete. Classificamos as pressões ambientais, dentro do ambiente remoto e do ambiente próximo, em variáveis e entidades. Como a empresa deve procurar o desenvolvimento da sociedade, ela tem de devolver produtos ou serviços (as saídas do sistema) com valor superior aos dos recursos introjetados para processamento (as entradas do sistema), uma vez que os recursos consumidos exaurem o meio ambiente (PADOVEZE, 2010, p. 55). Nesse contexto, Oliveira (2006, 10), destaca “sistema considerado ou sistema núcleo é o foco do estudo ou núcleo central do que está sendo analisado”. Segundo o autor, baseado nesse contexto, existem os limites do sistema, dentro do qual se avalia como o ambiente influi ou é influenciado pelo sistema considerado. RESUMINDO: A hierarquia dos sistemas é uma área da teoria geral dos sistemas que trata basicamente da decomposição de um sistema em subsistemas, formando uma estrutura hierárquica e, portanto, se constitui em um método para abordar a complexidade de um sistema. Portanto, podemos inferir é aplicável a sistemas com uma estrutura hierárquica natural ou cuja a dimensão é tão alta que apresenta dificuldades computacionais. Assim,parece ser particularmente apropriado para uso relacionados as questões das organizações. Organização, Sistemas e Métodos28 Leis Universais e Dicas Sobre Abordagem Sistêmica INTRODUÇÃO: Abordagem Sistêmica está deliberadamente situada fora da lógica, analítica e causal tradicionalmente ensinada e praticada nas empresas. Essa abordagem busca abranger problemas e situações nos invariantes, ou seja, aplicar-se a um conjunto de transformações dos diversos sistemas sociais humanos. Assim, ao término deste capítulo você será capaz de compreender as leis universais que regem a abordagem sistêmica e conhecer as aplicações práticas dessa abordagem. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! O pensamento sistêmico não é um acontecimento recente. O contexto histórico relata que a primeira geração do pensamento sistêmico, e orientado a objetos, surgiu na Era do Iluminismo. O pensamento sistêmico é uma forma de abordagem da realidade que surgiu no século XX, em contraposição ao pensamento “reducionista-mecanicista” herdado dos filósofos da Revolução Científica do século XVII, como Descartes, Francis Bacon e Newton. Figura 7, faz uma relação entre a abordagem clássica da administração com a transformação do pensamento e principios sistêmico para a administração. Figura 7 - Principios Clássico X Sistêmico Organização, Sistemas e Métodos 29 Fonte: O autor O pensamento analítico e o pensamento sistêmico, como estruturas intelectuais genéricas, fornecem as concepções profundas “acerca de como alguém pode começar a entender o mundo e comunicar este conhecimento a outros seres humanos” (Burrel e Morgan, 1979, p. 1, apud Kasper 2000). Portanto, constituem o substrato sobre o qual são constituídas epistemologias ou linguagens que subscrevem as várias versões teóricas e metodológicas utilizadas na pratica da ‘ciência analítica’ e ‘ciência sistêmica’ (KASPER, 2000, P. 20). De acordo com ENAP (2018), o pensamento sistêmico representa uma nova maneira de refletir, uma nova visão de mundo, que surgiu no século XX, e que se contesta ao pensamento “linear-reducionista- mecanicista” herdado de personagens da revolução científica do século XVII, como Descartes, Francis Bacon e Newton. Representa um novo-paradigmático que surge no campo linguístico da ciência, em conseqüência de descobertas científicas, como na microfísica, na termodinâmica, na física quântica, na físico-química, na biologia experimental, na física cibernética, na biofísica, que os levaram a rever seus pressupostos epistemológicos (IBIDEM, 2018). Para Teixeira (2010), a partir do século XVII que se concretiza um novo paradigma científico que procura compreender e esclarecer o mundo e os mistérios do universo por meio de critério racionais, em contraposição ao pensamento mitológico e ao paradigma religioso. De acordo com autora, este processo, que prolonga a renovação renascentista, inicia-se a partir dos finais do século XVI, devendo destacar-se personalidades como Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes e Isaac Newton. Organização, Sistemas e Métodos30 NOTA: Ciência e Tecnologia - A confluência de interesses, principalmente a partir do século XVII, determinaria uma cooperação e uma complementação responsáveis pelo extraordinário desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia nos séculos seguintes, que, por sua vez, por meio de inovações, descobertas e invenções, possibilitaram a eclosão da Revolução Industrial. Fonte: Rosa (2012, p. 35). Com base na idéia de que todas as teorias organizacionais são baseadas em uma filosofia da ciência e em uma teoria da sociedade, Burrell e Morgan (1979), afirmam que as leis universais dos sistemas podem ser conceituadas com base em quatro conjuntos de suposições relacionadas a: 1. Ontologia: suposições que discutem coisas muito essenciais sobre o fenômeno sob investigação. Algo realmente existe ou é apenas uma idéia que vem à mente. 2. Epistemologia: premissas que discutem como a origem de um fenômeno é inicialmente entendida, para depois emergir como conhecimento aprendido pelos seres humanos. 3. Natureza humana: suposições que discutem se os seres humanos são influenciados ou determinados por seu ambiente ou se têm livre-arbítrio e podem determinar por si mesmos como é seu ambiente. 4. Metodologia: as três premissas anteriores determinam qual metodologia será usada na investigação de um fenômeno. De acordo com Gomes et al (2014, p. 3), o pensamento sistêmico que alicerça as leis universais dos sistemas foi reformulado ao longo dos anos, tendo sua base epistemológica modificada e que o conceito Organização, Sistemas e Métodos 31 de que pensar sistemicamente implica reconhecer a parte dentro de seu contexto. A partir da contextualização do pensamento sistêmico apresentado podemos definir que uma lei universal, ou princípio universal, refere-se a conceitos de legitimidade legal, onde os princípios e as regras governam a conduta determinada teoria ou abordagem, tornando-as legítimas em sua aceitabilidade, aplicabilidade, interpretação e base filosófica. Dessa forma, a cerne das leis universais devem se basear: • No universal: O que por sua natureza pode ser pregado por pluralidade de coisas; • No particular: é a natureza inerente ou não inerente, ou seja, O que é inerente em algo ou não inerentes a todos; e • No singular: Particularidade e características essenciais que torna um objeto único. A universalidade tem sido observada em campos físicos e matemáticos, bem como na estatística, modelos de matriz aleatória e teoria dos números. A complexidade que compõem um sistema deve levar em consideração pelo menos três fatores, a saber: i) o alto grau de organização, ii) o ambiente de incerteza e iii) difícil, senão impossível identificar todos os elementos, fatores e todas as relações envolvidas dentro de um sistema. A partir dessas premissas surge a idéia de que as leis universais que descrevem este tipo de sistema não levam a sua reprodução idêntica, mas determinação de um comportamento global caracterizado por uma previsibilidade reduzida. Até então, diversos pesquisadores teóricos dos sistemas buscavam determinar uma teoria geral dos sistemas que conseguisse esclarecer todos os sistemas em todos os campos da ciência. O termo remete ao livro de Karl Ludwig von Bertalaffy (1901-1972), biólogo austríaco denominado “ General System theory: Foundations, Development, Applications “ de 1968. Organização, Sistemas e Métodos32 Von Bertalanffy conta que desenvolveu o “Allgemeine Systemtheorie”, do alemão Teoria Geral dos Sistemas (TSG), desde 1937 em suas palestras e desde 1946 com publicações. O propósito de Von Bertalanffy seria o de agrupar sob um só título a ciência do organismo que tinha observado no seu trabalho como biólogo. Seu desejo era usar a palavra “sistema” para descrever aqueles princípios que são comuns aos sistemas em geral. Na TSG, descreve que existem modelos, princípios e leis universais que se aplicam a sistemas gerais ou suas subclasses/subsistemas, independentemente de suas particularidades, da natureza de seus elementos componentes e das relações ou “forças” entre eles. Conforme afirma Chiavenato (2014, p. 445), os pressupostos básicos da teoria de sistemas são: 1. Existe uma tendência para a integração das ciências naturais e sociais; 2. Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas; 3. A teoria dos sistemas constitui o modo mais abrangente de estudar os campos não físicos do conhecimento científico, como as ciências sociais; 4. A teoria dos sistemas desenvolve princípios unificadores que atravessam verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas, visando ao objetivo da unidade da ciência; 5. A teoria dos sistemas conduz a uma integração naeducação científica. Parece legítimo criar uma teoria, não de sistemas de tipo mais ou menos especial, mas de princípios universais que se aplicam a sistemas em geral. Nesse contexto, na Tabela 1 estão relacionadas e descritas as leis universais que regem os sistemas. Organização, Sistemas e Métodos 33 Tabela 1- Leis Universais dos Sistemas CONTRAÇÃO Todo sistema se contrai, ou seja, é composto de subsistemas recursivos/infinitos. Os elementos de um sistema são também sistemas. EXPANSÃO Isso significa que, é parte de um sistema maior recursivamente, isto, infinitamente. SINERGIA Efeito multiplicador quando as partes do sistema interagem entre si, ajudando-se mutuamente. O efeito sinergístico mostra que o resultado do todo é maior do que a soma das partes. O conceito de sinergia significa que um todo representa mais do que a soma de suas partes (2 + 2 = 5). Isto significa que as partes de um sistema podem interagir para gerar algo maior, o que as partes não conseguiriam fazer ou atingir se trabalhando isoladamente. Tal princípio também pode ser compreendido como sendo “O todo não é a mera soma das partes”. HOMEOSTASIA Equilíbrio dinâmico Homeostase (do grego, homo = o mesmo, e stasis = equilíbrio): Tendência do sistema em manter seu equilíbrio interno apesar das perturbações ambientais. O mesmo que autorregulação ou estado firme. Envolve equilíbrio, permanência e estabilidade. FRAGMENTAÇÃO Quanto maior a fragmentação do sistema, maior será a necessidade de coordenar as partes ou subsistemas. O número de subsistemas é arbitrário e depende do ponto de vista de cada pessoa ou de seu objetivo. Baseia-se reducionismo que corresponde ao princípio de que todas as coisas podem ser decompostas e fracionadas. Organização, Sistemas e Métodos34 EQUIFINALIDADE Implica que existem diferentes maneiras de combinar subsistemas para atingir um objetivo, ou seja, um sistema pode alcançar, por uma variedade de caminhos, o mesmo resultado final. NÚMERO MÁGICO A teoria do número mágico 7, concebida pelo psicólogo George Miller já em 1956, sustenta que o ser humano é capaz de memorizar e refletir sobre um número limitado de objetos (palavras, números, imagens, símbolos). Esse número, que varia de pessoa para pessoa, foi identificado experimentalmente em 7 mais ou menos 2. Se tivermos mais de 9 elementos, provavelmente teremos dificuldade para gerenciar os subsistemas ou entender o sistema como um todo. REDUNDÂNCIA Diversos sistemas apresentam características redundantes na sua estrutura. Dessa forma, traz segurança e estabilidade na investigação por atingir seus desígnios. A redundância pode ser um mecanismo auxiliar para a manutenção da homeostasia de um sistema. Fonte: Adaptado pelo autor, Chiavenato (2014) Paralelamente, entre os princípios que orientam a dinâmica universal dos sistemas está a Lei da Termodinâmica, que pode ser definida de duas maneiras simples: a ciência dos principais sistemas de calor e a ciência em equilíbrio. A variação total da entropia de um sistema e seu meio é sempre positiva e tende a zero para transformações tendentes à reversibilidade. A primeira definição é o primeiro na história. O segundo, em seguida, veio graças ao trabalho pioneiro de Ludwig Boltzmann. Com física estatística, que é agora uma parte da termodinâmica é uma das principais teorias que fundamentam a compreensão atual da matéria. A primeira lei da termodinâmica declara que a energia é sempre conservada, ou seja, a energia total de um sistema isolado permanece constante. Os eventos que não ocorrem traduzir como transformações de algumas formas de energia em outras formas de energia, sendo Organização, Sistemas e Métodos 35 possível ser transmitida de um sistema para outro. A enérgica não se cria, transforma. Foi incorporado a um princípio promovido por Lavoisier: “Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. A segunda lei da termodinâmica estabelece a irreversibilidade dos fenômenos físicos, especialmente durante a troca de calor. É um princípio de evolução que foi afirmado pela primeira vez por Sadi Carnot, em 1824. Esse segundo princípio, que introduz, além da energia de um sistema físico, outra quantidade que caracteriza o sistema e que é chamada entropia. É um princípio da evolução, porque determina até que ponto e em que direção as diferentes transformações da energia do mundo/ sistemas são possíveis. Segundo Chiavenato (2014, p. 336), “a entropia se refere à perda de energia dos sistemas fechados. Significa a tendência para a perda de energia e o desvanecimento do sistema, quando não consegue repor suas perdas”. Como forma de contrabalancear essas perdas, existe a: • Entropia negativa ou negentropia: contrário da entropia, ou seja, a busca de insumos de informação para conter e ultrapassar a tendência entrópica; • Resiliência: capacidade do sistema de superar o distúrbio imposto por um fenômeno externo. As organizações, como sistemas abertos, apresentam capacidade de enfrentar e superar perturbações externas provocadas pela sociedade sem que desapareça seu potencial de auto-organização. Se o conceito de Sistema é forjado pela mente humana, torna-se possível desenhá-lo de tal maneira que se torne tão útil e pouco exigente quanto possível. Os sistemas não estão na natureza, mas nas mentes dos homens. Um sistema é: • Algo - qualquer coisa, presumivelmente identificável; • Que em algo – ambiente; • Para algo - propósito ou projeto; • Faz algo - atividade = operação; Organização, Sistemas e Métodos36 • Por algo - estrutura = forma estável; Que é transformada ao longo do tempo – evolução - ou aceitar a definição mestre da palavra objeto: Um objeto ativo e estável que evolui em um ambiente e em relação a alguma finalidade. O homem pode, então, com a ajuda desse conceito extraordinariamente fértil, construir representações da complexidade em que ele deve viver e agir sem poder ou ter que mutilá-lo: modelar por um sistema não é empobrecedor para simplificar. Para isso, é necessário constituir esse objeto artificial que é o Sistema Geral de um corpo de propriedades coerentes dispostas em uma teoria. Karl Ludwig von Bertalanffy (1901-1972), biólogo austríaco que realizou seus estudos preliminares com base no metabolismo, nos estados estáveis e, principalmente, nos sistemas abertos, os quais interagem fortemente com os seus ambientes, onde estão localizados os fatores e variáveis não controláveis. Ele realizou seus estudos na Alemanha e depois foi desenvolver todos seus trabalhos científicos nos Estados Unidos da América, até seu falecimento. Verificou que existem duas premissas para o adequado tratamento dos sistemas abertos, representadas pela interdependência entre as partes ou subsistemas – para que o todo seja único –, e pela análise completa das realidades complexas do assunto que está sendo analisado, além disso, Bertalanffy não concordava com a visão cartesiana – do universo e, nesse sentido, evidenciou uma abordagem orgânica da biologia bem como tentou fazer o mundo aceitar a ideia de que o organismo é um todo maior que a soma das suas partes (OLIVEIRA, 2010, p. 222-223). A abordagem sistêmica como toda teoria busca por meio de suas descobertas, além do conceito, a aplicabilidade. Se, no entanto, as premissas da abordagem sistêmica estão longe de serem cumpridas, ao longo do caminho, surgiram algumas aplicações. Primeiro, inspirou fortemente o trabalho do Instituto de Pesquisa Mental de Palo Alto com Don Jakson e Paul Watzlawick, que desenvolveu os princípios da “terapia familiar” sob a influência de Gregory Bateson e “terapias breves”. O sistema familiar é um sistema homeostático composto de interações estruturadas e repetitivas, dotadas de capacidade para resistir a qualquer mudança. Organização, Sistemas e Métodos 37 Para permanecer noque ela considera seu equilíbrio ou permanecer em um status quo. Mais recentemente, surgiram correntes de pensamento e ação para melhor gerenciar e apoiar as mudanças nas empresas. As mudanças nas organizações e nos negócios, tendo em vista que se constituem em um sistema vivo por excelência, é objeto de várias aplicações e, em especial, no gerenciamento de mudanças e conflitos. Podemos perceber dois modos de aplicação da abordagem sistêmica coexistindo. O primeiro baseiam na lógica cartesiana, tendo como objetivo analisar, explicar e entender os mecanismos dos sistemas possibilitando, assim, criar um cenário de previsibilidade. Embasa-se, também, em examinar uma organização por meio da modelagem organizacional. A modelagem de sistemas complexos, baseada na teoria do sistema geral de Jean-Louis Lemoigne, é um tipo de construção teórica que tende a criar um modelo o mais coerente e geral possível. De acordo com Ribeiro (2018, p. 8), “exemplos de sistemas complexos são bastante comuns em física, biologia e sócio-economia, uma vez que esses cenários são formados por um ensemble”, isto é, um grupo de elemento, componentes, fatores ou pessoas agindo ou reunidas como um todo. De acordo com o autor, existe ao menos quatro características fundamentais dos sistemas complexos: 1. São formados por um número grande de unidades; 2. Unidades interagem umas com as outras; 3. Ausência de um controlador central; 4. Emergência de comportamento coletivo. Assim, o embasamento de sistemas complexos conceitua que entre os diversos tipos de sistemas que nos rodeiam, que são observados e desejamos compreender são melhores descritos por métodos que possibilitem a modelagem, bem como a análise das interações de diferentes partes do sistema. Um exemplo aplicável nos é dado por O objetivo da política pública é muitas vezes alterar ou manter o comportamento de um grande grupo de indivíduos ou Organização, Sistemas e Métodos38 organizações para o alcance de um resultado socialmente desejável. O desafio na avaliação das políticas públicas está no fato de que os indivíduos de uma população não reagem de uma mesma maneira à introdução de novas políticas ou de um conjunto de incentivos. Além disso, o resultado global de uma política pública não é a simples soma das reações individuais, pois essas reações interagem e alimentam-se umas às outras. Sendo assim, o resultado da implementação de qualquer política pública é um produto que emerge de muitas decisões individuais e da maneira pela qual essas decisões interagem entre si e com a política. “Nesta medida, um número de diferentes conceitos e ferramentas que são empregadas pela ciência dos sistemas complexos focam- se em interações e propriedades de um grande número de partes em interação (RAND, 2015, p. 8). Lembre-se que, na abordagem sistêmica de uma organização pode ser caracterizada por ambientes externos e sistemas internos, onde os ambientes externos de qualquer organização é determinado por três grandes ambientes: 1. O ambiente institucional - É constituída por: a) um quadro de restrições (leis, códigos, regulamentos, normas, convenções) e b) orientações estratégicas e políticas (emitidos por uma filial, por exemplo). 2. O ambiente tecno-econômica - Engloba as tecnologias, o sistema cliente, os fornecedores, o ambiente financeiro e concorrentes. 3. O ambiente social e cultural - Estas crenças, normas e princípios vigentes em uma sociedade num dado momento da sua história, em que os funcionários vão tirar as suas referências, seus valores e seu grupo. As organizações são resultadas do que os indivíduos pensam e fazem. Para mudar as organizações para melhor, se faz necessário dar aos indivíduos a oportunidade de mudar seus pensamentos. Compreender os mecanismos que governam os sistemas é uma preocupação comum Organização, Sistemas e Métodos 39 na abordagem sistêmica, imprimindo a realidade das relações entre um sistema e subsistemas para manifestar toda a sua características e especificidade. RESUMINDO: Os sistemas são caracterizados por as relações dinâmicas entre os vários elementos interligados que formam um todo. Uma organização é um conjunto de variáveis interconectadas, que condicionam seu desempenho e sua capacidade de mudança. A abordagem sistêmica é toda sobre a compreensão de como as coisas funcionam. É ir além de eventos para procurar padrões de comportamento e encontrar correlações sistemáticas modelos baseados de comportamento e eventos. É um contexto onde a concepção é feita por meio da interpretação das relações entre os sistemas e seus componentes. Organização, Sistemas e Métodos40 Teoria Geral dos Sistema – TGS INTRODUÇÃO: É sistêmico! Em algum momento já ouvimos quando alguém interrompe uma discussão em que ninguém consegue formular uma explicação ou uma solução satisfatória para um determinado problema ou situação. Mas o que essa palavra quase sistematicamente usada realmente significa? Ao término deste capítulo você será capaz de compreender essa conceituação e como pode ser aplicado dentro das organizações. Esse contexto será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! As organizações, como um sistema vivo por natureza, vem sendo objeto de estudos e aplicações e, em especial, dentro das teorias administrativas. Dessa forma, podemos perceber, à priori, dois modelos conceituais de aplicação coexistindo dentro da abordagem sistêmica. O primeiro está inserido na lógica cartesiana, onde seu principal objetivo é analisar, explicar e entender os mecanismos dos sistemas possibilitando determinar possíveis evolução. A principal premissa incide em analisar uma organização por meio de sua estrutura, dividindo-a em subsistemas. Dentro da lógica cartesiana, temos a teoria do sistema geral de Jean- Louis Lemoigne (1977), no qual se constitui construção teórica-cientifica que busca criar um modelo o mais coerente. A modelagem de sistemas complexos, por Jean-Louis Lemoigne, representa uma ferramenta real para representar diferentes aspectos de uma organização. O objetivo da modelagem organizacional visa desenvolver métodos, técnicas, modelos e ferramentas para observar e prever o comportamento das empresas. Morin e Le Moigne (2000, p. 199), afirmam que o “paradigma da complexidade é pensar a complexidade, como sendo esse o maior desafio do pensamento contemporâneo, que necessita de uma reforma no nosso modo de pensar”. De acordo com os autores, até então o pensamento Organização, Sistemas e Métodos 41 científico clássico da administração foi edificado a partir de três premissas, ou seja: a ordem, a separabilidade e a razão. “As bases de cada um deles encontram-se hoje em dia abaladas pelo desenvolvimento, inclusive a das ciências, que originalmente foram fundadas sobre esses três pilares.” (Ibidem, 2000). Leite, Bornia e Coelho (2004, p. 3498), esclarecem que “a abordagem apresentada por Le Moigne (1977) diz que a complexidade implica imprevisibilidade, a emergência do novo e da mudança no interior do sistema”. Segundo os autores, a observação do fenômeno é complexa quando expõe uma certa imprevisibilidade potencial dos comportamentos e que a complicação pode ser determinada, prevista e extinta. Nesse contexto, Campos (2004), esclarece que: Le Moigne afirma que conhecer é modelizar, ou seja, o processo de conhecer equivale à construção de modelos do mundo/domínio a ser construído que permitem descrever e fornecer explicações sobre os fenômenos que observamos. Ele propõe o desenvolvimento de uma postura metodológica na qual possamos pensar não somente na diversidade de modelos, mas principalmente nos princípios que possibilitam o ato de modelar. Estes princípios são interessantes porque restauram a liberdade do modelizador, não o deixando refém de um dado modeloespecífico. (CAMPOS, 2004, p. 23). Campos (2004, p. 23-24), ainda argumenta que em sua obra, Le Moigne apresenta cinco perspectivas para pensar a modelização: • A primeira é instrumental: a teoria do sistema geral deve servir como uma teoria da modelização, que se fundamenta, a priori, postulando a pluralidade dos métodos de modelização dos fenômenos. • A segunda perspectiva vai ser apresentada a partir da obra de Edgar Morin (Morin, 1990), que nos introduz ao paradigma do pensamento complexo. Em sua exposição, arquitetura um hiperparadigma da complexidade, que consiste no entendimento da modelização de todo o Organização, Sistemas e Métodos42 fenômeno percebido e concebido como complexo, pela recusa da sua simplificação, da sua mutilação; • A terceira perspectiva, igualmente sugerida por Edgar Morin, diz respeito à representação e à nossa compreensão de uma renovação da compreensão de organização, que seria a capacidade de um sistema para, ao mesmo tempo, produzir e produzir-se, ligar e ligar-se, manter e manter- se, transformar e transformar-se, concebida de um modo a não se reduzir ao conceito de estrutura. • A quarta perspectiva diz respeito à distinção entre sistema e conjunto. Um sistema não é um conjunto: o conceito de sistema está fundado em uma dialética do organizado e do organizante, e não em uma enumeração de elementos e de suas relações, mas antes de tudo em uma perspectiva em que esses elementos estão dispostos uns em relação aos outros, formando o que definimos por sistema. • A quinta perspectiva considera o progressivo reconhecimento da liberdade criadora do modelizador, afirmando que nenhuma ciência nos força, em nome da boa utilização da razão humana, a utilizar um, e apenas um, algoritmo de modelização. Reforça, com esta última perspectiva, que a condição fundamental para garantir a liberdade do artesão é a explicitação dos axiomas sobre os quais vai apoiar, progressivamente, suas inferências e imprimir seu projeto. No ponto de vista de Tarachucky (2017), as dificuldades das organizações sociais somente poderão ser compreendidas baseando- se nessa condição complexa correlacionado a parte como o todo. Nesse momento, é que se interfere a ideia de recursão organizacional, isto é, o princípio de recursão relaciona-se com a repetição, sendo definitivamente decisivo para idealizar a complexidade da relação entre as partes e o todo. O segundo modelo, o mecanicista, se insere em uma Abordagem Conceitual Sistêmica relacionada a sistemas de informações das Organização, Sistemas e Métodos 43 organizações. Nessa abordagem destaca-se Jacques Melese, onde suas obras denominadas de Abordagem Sistêmica das Organizações: em direção à empresa com complexidade humana, Gerenciamento por Sistemas e Análise de Sistemas Modulares foram desenvolvidas diversas aplicações com base em sua ferramenta de análise de sistema. Como consultor, trabalhou em diversas organizações no qual se deparou com preocupações sobre informações e TI, estratégia e desenvolvimento, mudanças estruturais, condições de trabalho. Melese desvendou que os processos de aprendizagem coletiva desencadeados durante procedimentos analíticos traziam progresso no sentido de contribuir para o aumento da sua complexidade e compreensão. Portanto, Melese articula suas pesquisas se embasando na busca por essa complexidade humana revisitando quatro conceitos principais: informação, estratégia, estrutura e aprendizado. Dessa forma, Melese proporciona uma visão analítica das organizações como sendo um sistema de informações que leva em consideração a situação das informações de cada indivíduo ou unidade e mostra que, distribuindo a percepção e o domínio da complexidade em todos os níveis da organização. Dentro dessa perspectiva, uma organização terá maior de perceber os micro-sinais dos subsistemas (partes) emitidos para seu macroambiente (todo) e, dessa forma, poderá reagir com mais rapidez e eficácia. SISTEMA ORGANIZACIONAL – ESTRUTURAS MECANICAS E ORGANICAS. Como as organizações têm diferentes objetivos, cada qual reflete o ambiente ao seu modo; ou, por outra, cada organização é constituída por um formato estrutural único – a organização não é mecânica. Não é feita por montagem, nem pode ser pré-fabricada. Uma organização é orgânica e única para cada negócio ou instituição individual. As organizações com estruturas mecânicas, são projetadas para induzir as pessoas a se comportar de maneira responsável e previsível. Já as organizações que possuem estruturas orgânicas promovem flexibilidade para que Organização, Sistemas e Métodos44 as pessoas iniciem mudanças e possam adaptar-se rapidamente às condições variáveis. Assim, estruturas mecânicas ou orgânicas resultam de opções feitas pelas organizações. Fonte: Adaptado de Schultz (2016, p. 130). No entanto, de acordo com Limberger (2006, p. 01), a abordagem sistêmica ocasionei à “Ciência, a partir da década de 1950, um viés de entendimento mais globalizante em relação ao paradigma dominante até então, o modelo cartesiano ou mecanicista”. Para uma melhor compreensão, vejamos a contextualizada descrita por Leite, Bornia e Coelho (2004, p. 3496), Para Chiavenato (2003, p. 474), a Teoria Geral dos Sistemas foi introduzida na administração, no começo da década de 1960, sendo incorporado na ciência administrativa. Segundo o autor, Nasceu das pesquisas do biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy, que posteriormente as suas análises, constatou a existência de uma tendência de integração das ciências naturais e sociais aplicadas. que buscava um modelo científico explicativo do comportamento de um organismo vivo, abordando questões científicas e empíricas ou pragmáticas dos sistemas. Conforme Araújo e Gouveia (2016, p. 7), “o foco de seus estudos estava na produção de conceitos que permitiriam criar condições de aplicações na realidade, sob a ótica das questões científicas dos sistemas”. Assim, para um melhor entendimento, bem como relacionarmos as organizações como sendo um sistema dinâmico que possui diversos subsistemas internos e realização uma complexa interação com sistemas externos, citar-se-á alguns conceitos de sistemas, descritos por Leite; Bornia; Coelho (2004, p. 3496), onde: • Um sistema “é um conjunto de partes” (LEIBNIZ,1666 apud MORIN,1977); • Um sistema “é todo conjunto definível de componentes” (MATURANA e VARELA, 1997); • Um sistema “é um conjunto de unidades em inter- relações mútuas” (VON BERTALANFFY, 1968); Organização, Sistemas e Métodos 45 • Um sistema “é a unidade resultando das partes em interação mútuas” (ACKOFF,1960 apud MORIN,1977); • Um sistema “é um todo que funciona como todo em virtude dos elementos que o constituem” (RAPPORT,1968 apud MORIN,1977). • Um sistema “é um conjunto de elementos em interação.” (THOM,1974). Um sistema “é uma representação de um recorte da realidade que se possa analisar como uma totalidade organizada, no sentido de ter um funcionamento característico” (GARCÍA,2002) A partir dessas definições, trataremos as empresas como um ser vivo, onde primeiramente traçaremos um paralelo sobre sua a natureza, ou seja, principais características de uma organização: organismos e organizações. Com o propósito de encontra uma compreensão adequada sobre esse paralelismo Zaccarelli (1980), sugere uma descrição comparativa, abrangendo determinados aspectos pertinentes à origem, ao ciclo de vida, a importância e às disfunções entre existente os organismos vivos e as organizações inferindo a conexão entre a ciência biológica e administrativa. A tabela 2 descreve com melhor clareza essa comparação. Tabela 2 - Comparativo entre Organismos X Organizações Fonte: Adaptado pelo autor, Zacarelli ASPECTOS ORGANISMOS ORGANIZAÇÕES HERANÇA Herdam seus traços Adquirem estrutura em estágios VIDA Morrem Podem ser reorganizadasCICLO DE VIDA Têm ciclo de vida pré-determinado Não têm ciclo de vida definido ESSÊNCIA São seres concretos São seres abstratos ESPÉCIE São seres completos (não precisam praticar parasitismo ou simbiose) São seres incompletos MALES A doença é um distúrbio no processo vital O problema é um desvio nos procedimentos adotados pela organização Organização, Sistemas e Métodos46 Baseando-se nesse quadro comparativo com seis aspectos de herança, vida, ciclo de vida, essência, espécie e males, a FGV (2019, p. 1), reforça e traça uma perspectiva real de como as organizações podem ser definir como um organismo vivo e interativo. Dessa forma, é possível observar, compreender e inferir possíveis modificações das considerações de Zaccarelli, para o cenário contemporâneo das organizações, onde percebe-se que: • Empresas podem herdar traços. É o caso de organizações que se fundem ou são compradas. No Rio de Janeiro, mais precisamente em Macaé, a empresa de transportes 1001 comprou a Macaense. Contudo, as duas continuam atendendo aos clientes, mas nitidamente, a atual frota 1001 herdou muitos traços da Macaense e vice-versa. • Algumas organizações, realmente, morrem. Eis o exemplo dos relojoeiros da Suíça. Suas organizações eram consideradas, tão seguras, que não poderiam nunca morrer. Com esta visão a Suíça perdeu 85% do mercado de relógios. • As organizações, atualmente, não podem prescindir de um planejamento, que se lhes apresentem o ciclo de vida de um produto, projeto ou serviço. Todos têm seu ciclo de vida. E a saúde da organização está em, justamente, identificar e definir o ciclo de vida de cada projeto. • Na sua essência, as organizações, mais do que abstratas, atualmente, são virtuais. Muitas empresas nascem, crescem e morrem no mundo virtual. Geram produtos e serviços, conectam pessoas, contratam e demitem no ambiente virtual. A essência destas organizações é o indivíduo, que permite a conexão com o mundo concreto. Organização, Sistemas e Métodos 47 • Algumas espécies de organizações podem ser completas. Mais do que isto, elas podem ser consideradas verdadeiras nações no mundo sem fronteiras. • Os males de uma organização tendem a se transformar em doenças, que podem ser transmitidas, curáveis ou incuráveis. Podem ter vacinas ou não. A cultura instalada é a saúde de uma organização. Contaminar esta cultura é doença grave. O atendimento aos funcionários e profissionais de uma empresa, como a capacitação, treinamento contínuo, o fluxo de comunicação, o cuidado com a saúde e o respeito financeiro, todos estes são de vital importância para a saúde da empresa. Como resumo pode-se deduzir que o século 21 trouxe vida para as organizações, transformando-as em organismos vivos (FGV, 2019, p.1). A partir dessa premissa Silva, Santos e Konrad (2016), definem que um sistema organizacional é composto, impreterivelmente, de duas particularidades fundamentais: a) o propósito ou objetivo, e a totalidade ou globalidade e b) os objetivos são definidos a partir dos arranjos de suas partes, enquanto a totalidade refere-se ao fato de que, havendo qualquer estímulo a um dos componentes do sistema, este estímulo se refletirá no sistema como um todo. Na visão de Rezende e Abreu (2000, p. 32), para as empresas, geralmente, os fatores da teoria geral dos sistemas permitem que os subsistemas (partes) atuem no sistema (todo) como: • Ferramentas para exercer o funcionamento das empresas e de sua intrincada abrangência e complexidade; • Instrumentos que possibilitam uma avaliação analítica e, quando necessário, sintética das empresas; • Facilitadores dos processos internos e externos, com suas respectivas intensidades e relações; Organização, Sistemas e Métodos48 • Meios para suportar a qualidade, produtividade e inovação tecnológica organizacional; • Geradores de modelos de informações para auxiliar os processos decisórios empresariais; • Produtores de informações oportunas e geradores de conhecimento; • Valores agregados e complementares à modernidade, perenidade, lucratividade e competitividade empresarial. Em complemento Schultz (2016), delimita que as organizações possuem um conceito denominado de ambientes organizacionais, que da maneira que é utilizada atualmente, sofreu significativas influências da Teoria Geral de Sistemas, que surgiu nas décadas de 1920 a 1950, graças sobretudo às contribuições de Ludwig von Bertalanffy. Segundo o autor, essa teoria permitiu que um conjunto de outras teorias se desenvolvem tendo como referência a perspectiva sistêmica das organizações. “As organizações são abordadas como sistemas abertos, com interação e independência entre as partes e com o ambiente que o envolve, tendo várias entradas e saídas para garantir o intercâmbio com o meio”, completa Chiavenato (2003, p. 496). Por definição, os sistemas são compostos de conjuntos de partes ou elementos, interdependentes, que juntos constituem em um todo complexo, unitário e organizado, com a finalidade de atingir um objetivo, anteriormente determinado (Ibidem, 2003). Essa abordagem da Teoria Geral dos Sistemas, está bem definida nos tratados sobre gestão de organizações, encontrando-se intensa construção conceitual e teórica sobre o entendimento de que as organizações são sistemas abertos. A partir dessa visão teórica, as organizações não devem ser entendidas sem que se seja considerado as interações que se estabelecem com os seus ambientes internos e externo. Organização, Sistemas e Métodos 49 RESUMINDO: Sistemas em todos os lugares! A teoria geral dos sistemas baseia-se na premissa de que qualquer tipo de fenômeno deve ser considerado como um sistema ou pode ser conceitualizada de acordo com uma lógica de um sistema, isto é, como um conjunto complexo de interações. Essa visão cria uma dicotomia aos métodos tradicionais até então utilizados na área da administração, onde, carregados por uma longa tradição cartesiana, ainda estamos acostumados a proceder analiticamente hoje. Esse método, amparado por uma lógica reducionista, consiste em cortar um problema em pequenas partes e analisá-los individualmente. E é aí que uma pequena preocupação metódica, até agora quase despercebida, aparece. O problema que surge nos sistemas é essencialmente o dos limites do procedimento analítico aplicado à ciência. De fato, para que o método científico clássico seja aplicado, pressupõe dois pré-requisitos: por um lado, que as interações entre as partes sejam nulas ou desprezíveis e, por outro, que as relações que descrevem o comportamento das partes sejam lineares. É somente sob a combinação dessas duas condições que sua soma se torna possível. Organização, Sistemas e Métodos50 REFERÊNCIAS ARAÚJO, C. M. GOUVEIA. L. B. Uma revisão sobre os princípios da teoria geral dos sistemas. Revista Estação Científica - Juiz de Fora, nº 16, julho – dezembro. 2016. 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