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GESTÃO DA MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA AULA 6 Prof. Flávio Rodrigues 2 CONVERSA INICIAL Nesta aula, faremos uma avaliação de cada setor de uma oficina ou concessionária de automóveis usando formulários específicos. O objetivo é desenvolver no aluno a visão empreendedora e de gestão. Será útil para quem deseja assumir uma função de gerente em uma grande empresa do ramo automotivo (manutenção e reparação). Cada setor da oficina tem uma determinada forma de trabalho, portanto, as áreas devem ser avaliadas de forma individual, assim como os funcionários. Posteriormente, faz-se uma análise do grupo, dos setores produtivos e da interação entre eles. TEMA 1 – RECEPÇÃO DO CLIENTE A recepção é um setor muito importante em uma oficina de manutenção e reparação automotiva. A forma como somos atendidos e o ambiente em que nos recebem definem a primeira impressão causada pela empresa. É na recepção que ocorre a primeira abordagem do cliente e onde se realiza, efetivamente, a venda de serviços e peças. A foto a seguir mostra a recepção de uma concessionária de automóveis de uma fabricante de origem japonesa. Créditos: eyesofarts/Shutterstock. Podemos observar o ambiente limpo e claro, com piso branco. Um local assim traz uma sensação agradável de organização, sendo propício para vendas de peças e de serviços. Se você for bem atendido em um ambiente assim, dificilmente vai ficar contrariado com um eventual orçamento de seu veículo. Um local assim não é 3 a realidade de muitas oficinas – muitas têm um ambiente pequeno e sem ostentação, e podem ser aconchegantes. Se o atendimento for bom, elas podem atrair clientes da mesma forma. 1.1 Como analisar o formulário Para avaliar a recepção de uma empresa, confira o formulário apresentado na Figura 1. Figura 1 – Recepção do cliente Ao analisar o formulário da Figura 1, dá para entender muitos detalhes da recepção da oficina. Existe um consultor técnico/recepcionista que faz a abordagem do cliente ou é o próprio dono da oficina (dependendo do tamanho e estrutura da empresa)? Esse funcionário encapou o banco de seu veículo e colocou um plástico de proteção no volante e manopla do câmbio? Seu veículo foi verificado na entrada, para ver riscos e pequenos amassados? O formulário de ordem de serviço tem um padrão ou a conversa entre o atendente e você é o suficiente para encaminhar o veículo para a oficina? O tempo de realização do serviço é determinado quando o recepcionista entra na oficina e pergunta ao produtivo? Existe uma tabela pré-determinada para a maioria dos serviços? Os clientes que solicitaram apenas uma troca de óleo na hora têm uma sala para ficar esperando o serviço ou devem voltar meia hora depois, por falta de local adequado? 4 Todas essas questões abrem “oportunidades de melhoria” sem a necessidade de grandes investimentos. Hoje sabemos do que uma recepção de serviços precisa para atender bem um cliente: um ambiente adequado, um consultor e formulários. Se a empresa for pequena, o chefe de oficina ou até o proprietário (gerente) podem fazer a função de consultor técnico, desde que tenham os conhecimentos e características da função (ser uma pessoa extrovertida e simpática). Créditos: Svetlana Lazarenka/Shutterstock. 1.2 Revisando O consultor técnico ou recepcionista é o porta-voz da oficina de manutenção automotiva. Ele deve atender os clientes, identificar as necessidades e escrevê-las na ordem de serviço. Conforme a empresa, pode colocar um “prisma” no teto do carro do cliente, identificando-o com um número. Em caso de haver serviços “extras” além da revisão, o consultor deve entrar em contato com o cliente, via telefone, informando o valor dos serviços e peças que serão trocadas e o novo prazo para a entrega do veículo. O consultor precisa ter boa comunicação, cuidado com o uniforme a aparência, ser organizado com suas tarefas e horários. TEMA 2 – DISTRIBUIÇÃO E CONTROLE DE SERVIÇOS Nas empresas de porte maior, o chefe de oficina controla a distribuição de serviços. Em outras, menores, um mecânico mais experiente da equipe, 5 geralmente respeitado por todos, assume essa função. Algumas empresas costumam chamar esse mecânico de líder produtivo, pois exerce uma liderança na equipe e trabalha nos veículos da mesma forma que os colegas de profissão. 2.1 Lista de verificações na distribuição e controle de serviços Figura 2 – Distribuição e controle de serviços Na oficina que vamos avaliar, agora é a hora de examinar como ocorre o fluxo de serviços por meio da distribuição. A distribuição pode ser feita pelo chefe de oficina, pelo proprietário (gerente), ou pelo “líder produtivo”. Sobre a distribuição cabe uma observação importante: as tarefas devem ser distribuídas em função da disponibilidade do mecânico/produtivo no momento e da competência técnica para realizar o serviço. Uma situação inaceitável, mas já comprovada em algumas oficinas, é o fato de o chefe de oficina, talvez por inexperiência, distribuir os serviços em função das afinidades com os produtivos, quem é mais “amigo” recebe trabalhos maiores que rendem mais dinheiro. O chefe de oficina precisa trabalhar em conjunto com o recepcionista/consultor técnico de forma a atender os serviços conforme as solicitações dos clientes. Por exemplo: se o cliente quer deixar seu veículo na oficina para uma revisão simples e, por questões pessoais, só pode buscar o veículo no dia seguinte, pode-se priorizar antes uma troca de óleo de outro veículo ou um serviço de emergência. Independentemente disso, todos os 6 veículos devem ter os prazos de entrega e de realização de serviços cumpridos conforme combinado com os clientes. A foto a seguir mostra um chefe de oficina segurando a planilha usada na distribuição dos serviços. Crédito: Dmitry Kalinovsky/Shutterstock 2.2 Produtividade Com relação ao controle da produtividade, algumas oficinas usam os valores de tempo de mão de obra tabelados (que abordamos quando estudamos a função do chefe de oficina) para acompanhar o mecânico nas tarefas e comparar com o tempo real trabalhado. Se, na troca de embreagem, por exemplo, um serviço de quatro horas é realizado pelo mecânico em três horas, ótimo para ele, pois terá mais tempo para realizar outras tarefas e, consequentemente, ter uma premiação financeira maior. Em empresas de maior porte, um mecânico que produz rápido e com qualidade, tem maiores chances de crescimento profissional. Por outro lado, se o mesmo serviço da troca da embreagem, que na tabela tem um tempo estimado de quatro horas para realização, for feito em sete horas, o mecânico não será produtivo. Ficará muito tempo na mesma tarefa e poderá ser reavaliado quanto à sua competência técnica. Sempre que um mecânico tiver sua produtividade avaliada, devemos levar em consideração se a tarefa dada estava de acordo com seu conhecimento e competência profissional, se ele tem todas as ferramentas de 7 que precisa para realizar as tarefas e se deixaram o mecânico realizar o trabalho sem interrupções frequentes para outros serviços. 2.3 Trabalho organizado Uma oficina que deseja ter qualidade precisa ter muita organização na distribuição dos serviços, pois existem tarefas simples, como uma troca de óleo, que não exigem demais dos mecânicos. Revisões grandes e com muitas solicitações feitas pelo cliente, tais como regulagens e outros serviços de acabamento e carroceria, exigem que o mecânico fique concentrado para fazer – com qualidade – tudo o que foi solicitado na ordem de serviço. Se ficarmos interrompendo esse produtivo o tempo todo com outras tarefas, ele corre o risco de deixar seu trabalho incompleto e, por consequência, o cliente insatisfeito. Créditos: George Ruby/Shutterstock. TEMA3 – FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS Para desenvolvermos um serviço automotivo rápido e com qualidade, precisamos de ferramentas e equipamentos adequados. O tipo de serviços que podemos oferecer estão diretamente ligados às ferramentas e equipamentos que possuímos, além, é claro, da qualificação dos mecânicos. A aquisição de ferramentas e equipamentos deve ser pensada no momento de abertura da empresa, na determinação do tipo de mercado que desejamos atingir. 8 3.1 Responsabilidade Cada mecânico deve ter seu kit de ferramentas de uso geral, em um carrinho ou em uma caixa, e deve zelar por elas. Em algumas empresas, os mecânicos perdem ferramentas com frequência, geralmente dentro dos carros dos clientes, após a realização de um serviço. É preciso que o chefe de oficina se envolva diretamente com esse assunto, fazendo auditorias periódicas nos carrinhos de ferramentas dos mecânicos. Figura 3 – Ferramentas e equipamentos Na maioria das empresas, a conservação das ferramentas é responsabilidade dos produtivos/mecânicos, mas há alguns equipamentos – como o scanner, por exemplo – que ficam guardados no setor de peças ou junto ao chefe de oficina. Ferramentas especiais que devem ser guardadas em locais mais protegidos não devem ficar com os mecânicos ou em qualquer lugar da oficina. O chefe de oficina tem responsabilidade direta sobre ferramentas especiais. A foto a seguir mostra o uso desorganizado das ferramentas, assim a possibilidade de perda é muito grande e a reposição, por parte da oficina, sempre tem um custo. Importante salientar que o mecânico perde muito tempo procurando ferramentas para realizar um serviço. 9 Crédito: Weerastudio/Shutterstock 3.2 Desgaste de ferramentas Ferramentas bem cuidadas, e utilizadas da forma correta, sofrem pouco desgaste e duram muitos anos. Um problema que precisamos evitar é o custo de reposição de ferramentas – quando é preciso comprar componentes que foram quebrados por mau uso ou que foram perdidos no dia a dia, gerando prejuízo para a oficina. Um mecânico que perde ferramentas com frequência, e que não tem cuidado com a limpeza e a manutenção delas, deve ser conscientizado sobre isso e, posteriormente, cobrado para que mude de atitude. Se o produtivo não tem cuidado com suas ferramentas, imagine com o veículo do cliente. Algumas empresas deixam os 15 minutos finais da jornada de trabalho diária para que o produtivo limpe seu posto de trabalho, sua bancada e ferramentas, deixando tudo organizado para recomeçar no dia seguinte. 3.3 Utilização O produtivo deve sempre utilizar a ferramenta correta para cada aplicação, pois usando uma ferramenta errada, ele vai perder mais tempo e o serviço pode não ter qualidade. Exemplo: um mecânico foi trabalhar no painel de um automóvel com o objetivo de retirar o rádio (kit multimídia), que estava com defeito, e substituí-lo por um novo (veículo no período de garantia). Para retirar o rádio do painel do 10 veículo, usa-se um conjunto de espátulas de nylon. Infelizmente, por falta dessas peças, que têm um custo baixo de aquisição, o mesmo usou uma chave de fenda que, por ser metálica, riscou o painel do automóvel. O cliente ao ver o painel riscado, ficou insatisfeito e a concessionária de automóveis teve de substituir a peça – e não foi na garantia –, com um prejuízo alto para a oficina. 3.4 Quantidade Cada mecânico deve ter o seu kit de ferramentas consideradas de uso geral: jogo de chaves combinadas boca/estrela, jogo de chaves de fenda e Phillips, Allen e Torx, ferramenta para sacar filtro de óleo e alicates (universal, bico, pressão e outros). Outras ferramentas de uso mais especifico, de valor mais alto e usadas em menor frequência devem ficar guardadas no setor de ferramentaria (em concessionárias de automóveis, é o setor onde se guardam as ferramentas especiais) ou armário da oficina. Algumas ferramentas de uso especial são o scanner automotivo, sacadores de rolamentos, ferramentas de fasagem para colocar o motor no ponto (comando de válvulas), encolhedor de molas e outras de uso mais restrito. Os mecânicos e eletricistas automotivos não precisam ter cada uma dessas ferramentas em seu kit pessoal. O mais importante é saber se, na empresa em que você vai trabalhar ou que está gerenciando, existem ferramentas corretas para uso dos mecânicos e eletricistas. Na falta de ferramentas suficientes, aconselha-se comprar, pois um mecânico perde muito tempo pedindo emprestado uma determinada ferramenta de uso geral a um colega – e isso atrasa o serviço. Após ler as solicitações da ordem de serviço, antes de começar um trabalho, o mecânico deve preparar as ferramentas e os equipamentos necessários. TEMA 4 – SETOR DE PEÇAS Geralmente, concessionárias de automóveis que representam alguma marca têm um setor de peças, pois precisam dar suporte à manutenção, 11 revisão e reparação dos veículos. Também há um trabalho rentável que é a venda de peças no balcão, para oficinas multimarcas ou para clientes particulares. Algumas oficinas multimarcas também mantém um estoque de peças, um pouco menor, com muitos itens de uso geral tais como lubrificantes, pastilhas de freio e filtros de várias marcas de veículos. A foto a seguir mostra um estoque de peças de uma grande concessionária de automóveis. Créditos: Johan Lebedevski/Shutterstock. 4.1 Responsável Em concessionárias com estoque grande de peças, o setor tem um responsável (gerente de peças) que pode trabalhar sozinho ou com alguns subordinados, os estoquistas. É um setor bem movimentado, pois sempre estão chegando peças que precisam dar entrada física e eletrônica no estoque e também sempre estão saindo peças para a oficina (usadas nos automóveis) ou vendas no balcão, diretamente para os clientes. O controle do que entra e do que sai precisa ser muito rigoroso, pois é um setor que tem muito capital investido. 12 Figura 4 – Setor de peças 4.2 Dimensionamento Nas concessionárias, o estoque de peças é montado a partir de uma lista de peças (sugestões de compra) fornecida pelo fabricante. O estoque especifico de uma determinada marca é montado em função do número de veículos vendidos e da presumida frota circulante. Para quem vai trabalhar com uma oficina multimarcas, também é possível ter um pequeno estoque, porém, deve-se avaliar algumas situações antes de adquirir peças com os fornecedores: Qual é o serviço mais realizado pela oficina? No caso da troca de óleo, deve-se analisar quantos litros de óleo são vendidos por mês. Assim é possível negociar com os fornecedores uma compra para o mês inteiro, com um custo mais baixo. Quais são as marcas de veículos mais atendidas pela oficina? Nesse caso, podemos definir um pequeno estoque de filtros de óleo, ar, combustível e pastilhas de freio. Oficinas que atendem veículos importados de várias marcas não devem tentar estocar peças, pois as mesmas podem ficar meses paradas no estoque. Compensa, nesse caso, encomendar a peça com o fornecedor no dia em que o veículo vier para a oficina. Oficinas multimarcas que desejam montar um estoque de peças devem ter o foco voltado a itens de manutenção somente. Não compensa ter peças de 13 transmissão (caixas de câmbio), peças do sistema de injeção eletrônica – como bicos injetores, sensores e atuadores –, pois essas peças podem ficar no estoque durante meses e depois se tornarem obsoletas. Empresas chamadas de auto center, que vendem mais especificamente geometria de suspensão, balanceamento de roda e serviços de suspensão, podem ter um estoque de pneus, amortecedores, buchas, lubrificantes para motor e filtros, por exemplo. Pneus são um item de grande giro, que vende bem. Principalmente se a oficina aplica uma boa política de descontos. 4.3 Política de preçosNão cabe aqui determinarmos o preço ideal que deve ser praticado na venda de peças, sabemos que existem impostos a serem pagos na aquisição e venda dos produtos, então as empresas sempre vão colocar um percentual acima do preço de custo do produto, hoje o valor mínimo desse percentual é de 30%. Mas a margem depende dos descontos que a oficina consegue ao comprar determinado produto de seu fornecedor, podendo repassar os descontos para o cliente. 4.4 Armazenamento A questão do armazenamento de peças é muito importante: Peças em estoque é um capital parado e que deve ser guardado até que se realize a venda das mesmas. Em concessionárias e oficinas de grande porte, é proibida a entrada de funcionários no estoque. Somente os “estoquistas”, funcionários do setor, têm acesso às peças, afinal o controle de itens estocados precisa ser rigoroso. O local do armazenamento precisa estar devidamente protegido das intempéries – sol, chuva e umidade excessiva, por exemplo. Hoje devemos evitar ao máximo a umidade, uma vez que existem muitos itens eletroeletrônicos estocados (peças automotivas). O estoque de peças precisa ser em um local seco, arejado e livre de sol excessivo e de chuva. O setor de peças não é somente um depósito onde os itens são colocados de qualquer jeito. 14 É preciso que se tenha uma organização em relação à localização. As prateleiras e armários precisam ter números e letras, assim fica mais fácil localizar uma peça, porém tudo deve estar documentado no sistema (computador). TEMA 5 – ESPAÇO FÍSICO, LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO Nesse item, podemos observar os vários setores da empresa e determinarmos um a um como estão em relação à limpeza e organização. No quesito organização, cabe a observação das peças, ferramentas, recepção e a disposição dos automóveis que aguardam a vez, os que estão nos boxes de trabalho e os que já estão prontos. 5.1 Limpeza Uma oficina automotiva é um ambiente propenso à sujeira, devido ao tipo de serviço que é realizado. Por esse motivo, precisamos estar atentos, cada um no seu setor, à organização e à limpeza do ambiente. Trata-se de um trabalho diário e que envolve disciplina. Figura 5 – Organização e limpeza 15 5.2 Avaliação Vamos fazer um rápido resumo do que podemos acumular e do que devemos evitar no ambiente de trabalho (fazendo o descarte correto): Oficina: óleo lubrificante no chão (vazamento de veículos), terra e outras sujeiras que caem da parte de baixo do automóvel quando levantamos no elevador, pó escuro das pastilhas de freio e outros vazamentos de fluidos tais como freio e arrefecimento. Recepção: papéis em cima das mesas, ordens de serviço já encerradas e não arquivadas, rascunhos de orçamentos e outros itens sem função para o desenvolvimento do trabalho diário. A mesa do consultor é como uma gaveta, de tempos em tempos precisa ser limpa e organizada. Não podemos esquecer dos copos de café usados que não devem se acumular sobre a mesa da recepção. Setor de peças: caixas de papelão que se acumulam devido a muitas peças que chegam diariamente. Caixas de madeira que acomodam a parte de vidros automotivos (para-brisa). Toneis de lubrificantes vazios. Ferramentas e equipamentos: sujeira acumulada nas ferramentas decorrente do uso e da mão suja do mecânico. Equipamento de geometria com terra devido à sujeira nos pneus dos automóveis. Uniformes: trabalhar com mecânica automotiva sempre vai sujar o uniforme dos mecânicos (com óleo, graxa e fuligem do freio). Banheiros: sujeira decorrente da falta de cuidados dos usuários. Papel higiênico e guardanapos no chão. Odores indesejáveis. 5.3 Planejamento Créditos: Sirisak_baokaew/Shutterstock. 16 Em cada setor, as equipes de funcionários devem se organizar de forma a manter seu ambiente de trabalho sempre limpo e organizado. Deve ser um procedimento diário, em geral, nos 15 minutos iniciais ou finais da jornada de trabalho. 5.4 Espaço físico Organizar as ferramentas e equipamentos em locais adequados como armários e setores é um dos primeiros passos para termos uma oficina organizada. Dependendo da localização da oficina, podemos ter problemas de espaço para estacionar veículos que ainda não entraram em serviço mas já estão na oficina e os veículos que já estão prontos, aguardando os clientes. Deve-se evitar deixar os veículos de clientes estacionados na rua ou em locais públicos, afinal o veículo, enquanto estiver em serviço, é de responsabilidade da oficina. Existem empresas de reparação e manutenção automotiva que deixam um espaço para os veículos que não estão em serviço, seja aguardando a entrada ou prontos. Figura 6 – Espaço físico Os veículos que entram na oficina, também devem ter uma área de manobra, pois precisam entrar e sair das rampas e dos boxes de serviço. A área de manobra dos automóveis facilita a agilidade do trabalho no dia a dia. 17 Oficinas pequenas e com pouca área de manobra são as que mais têm problemas com pequenos sinistros (batidas e riscos) durante o desenvolvimento do trabalho. Oficinas de grande porte e com área definida para os veículos que aguardam entrada em serviço em geral, trabalham com áreas abertas em que o veículo fica exposto ao clima. Se porventura chover depois de o veículo ter sido lavado, será preciso repetir o trabalho de limpeza antes de entregar ao cliente. Outro perigo é uma chuva de granizo. Créditos: M88/Shutterstock. A melhor opção são as concessionárias de automóveis que têm espaços protegidos para deixar os veículos prontos ou os que vão entrar em serviço. FINALIZANDO O objetivo de utilizarmos esses formulários é ajudar a quem pretende trabalhar na área de reparação e manutenção automotiva, fazendo uma avaliação do setor em que trabalha. Quem for assumir uma função de gerência, poderá utilizar os formulários como ferramentas de apoio. 18 REFERÊNCIAS BURIAN JR., Y.; LYRA, A. C. C. Circuitos elétricos. São Paulo: Pearson, 2006. CALDAS, R. A emoção vende! Os clientes compram emoções! 16. ed. Recife: Markação, 2009. DENTON, P. Veículos elétricos e híbridos. São Paulo: Blucher, 2018. MAXWELL, J. C. O líder 360°. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2007. NILSON, J. W. Circuitos elétricos. São Paulo: Pearson, 2016. SEWELL, C.; BROWN, P. B. Clientes para sempre. São Paulo: Harbra, 1993. TZU, S. A arte da guerra. São Paulo: Pé da Letra, 2016.
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