Prévia do material em texto
FÓRUM I – A FONÉTICA E FONOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA Os erros ortográficos resultantes da interferência da oralidade não podem ser percebidos pelo professor como uma deficiência na escrita, mas sim como demonstrativos da incompreensão dos alunos das relações existentes entre fala/escrita e fonema/grafema. Segundo Bortoni-Ricardo (2006) “o domínio da ortografia é lento e requer muito contato com a modalidade escrita da língua. Dominar bem as regras de ortografia é um trabalho para toda a trajetória escolar e, quem sabe, para toda a vida do indivíduo.” Segundo Mayrink-Sabison (1985), a escola tradicionalmente alfabetiza as crianças, mostrando a escrita como “espelho” da oralidade, ou seja, as atividades escolares centram-se na equivalência entre os sons e as letras das palavras aprendidas pelos alunos. A base da alfabetização, portanto, é a correspondência entre fonema e grafema. O apoio na oralidade representa os erros ocorridos quando a palavra é escrita da forma como é falada, ou seja, a escrita se aproxima de uma transcrição fonética. De acordo com a minha experiência em sala de aula, com alunos do Ciclo I do Ensino Fundamental, constatei que os tipos de erros mais frequentes são os decorrentes da influência da oralidade. No resultado da escrita apresentada pelo aluno ao qual apliquei o ditado, as palavras que tiveram esse erro ortográfico foram: Caza Meza xapéu pásaro