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Farmacologia da Junção Neuromuscular

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Farmacologia da Junção Neuromuscular 
- -Junção Neuromuscular- - 
•Definição: Interface entre a extremidade do nervo 
motor e a fibra muscular esquelética 
•Função: Transmitir o impulso nervoso para a fibra 
muscular, sendo essencial para o início do processo de 
contração da musculatura esquelética 
• Importância: atua como sítio de ação de fármacos, 
que facilitarão ou, mais frequentemente inibirão o 
processo de transmissão neuromuscular 
 Destaque para os bloqueadores neuromusculares, 
que são muito utilizados em cirurgias/intubação a fim de 
promover o relaxamento muscular controlável e evitar 
movimentos involuntários 
Obs: Ou seja, a ação estará diretamente relacionada a 
contração do músculo 
 
•Por ser um local de fácil acesso, a junção 
neuromuscular constitui-se de um modelo para o 
estudo e a pesquisa da ação dos fármacos na 
transmissão sináptica 
 
Contração Muscular 
1-) Liberação pelo nervo motor de um neurotransmissor 
denominado de acetilcolina 
2-) Atuação da acetilcolina em receptores, permitindo a 
movimentação de íons sódio e potássio 
3-) Com isso, a placa motora passará por um processo 
de despolarização, culminando na contração muscular 
 
 
 
 
 - - Conceitos importantes- - 
•Neurotransmissão: mediação química do impulso 
nervoso 
•Neurotransmissores: substâncias químicas envolvidas 
no processo de neurotransmissão, ou seja, 
desencadearão o impulso nervoso 
-Presentes nas terminações nervosas, com a 
capacidade de alterar a polarização da membrana 
Contração muscular (no caso da JNM) 
 
- Liberados na fenda sináptica por um neurônio, 
alterando a função/efeito sobre outra célula de maneira 
específica 
Tipos de Neurotransmissores 
*Excitatórios: causam despolarização, ou seja, haverá o 
estímulo para propagação do impulso nervoso (sinal) 
*Inibitórios: causam hiperpolarização, ou seja, irão inibir a 
transmissão do impulso nervoso (sinal) 
Obs: um mesmo neurotransmissor pode agir como 
inibitório em um local e excitatório em outro, onde sua 
ação será influenciada pelo tipo de receptor em que 
atuará 
Acetilcolina: estimula o músculo liso e inibe o músculo 
cardíaco 
-Alguns neurotransmissores são considerados clássicos: 
acetilcolina, noradrenalina, dopamina, serotonina e GABA 
 
 
 
 
- -Processos envolvidos na síntese, armazenamento e 
liberação de neurotransmissores- - 
1-) Captação de precursores, ou seja, moléculas base 
para a síntese do neurotransmissor na terminação 
nervosa 
2-) O neurotransmissor formado poderá apresentar 
dois destinos: 
-Captação por proteínas transportadoras e 
subsequente armazenamento em vesículas 
IMPORTÂNCIA: como a transmissão nervosa deve ser 
rápida e imediata, o neurotransmissor já deve estar 
sintetizado e armazenado em vesículas para sua 
posterior liberação 
-Como a síntese deve ser contínua, haverá a fomação 
de produtos em excessodegradação 
3-) Ocorre a despolarização da membrana devido a 
chegada de um potencial de ação prolongado 
4-) Em resposta ao potencial de ação prolongado há a 
abertura de canais de cálcio, permitindo o seu influxo 
para a terminação nervosa 
5-) Dessa forma, há a liberação de neurotransmissores 
das vesículas (exocitose) para a fenda sináptica 
6-) Com isso, o neurotransmissor se difunde até a 
membrana pós-sináptica e interage com os seus 
receptores 
7-) Já que a liberação dos neurotransmissores sobre a 
fenda sináptica deve ser limitada, existem enzimas 
responsáveis por sua degradação/inativação e 
mecanismos que permitem a sua retirada da região 
-Formação de precursores 
-Captação por células não-neuronais 
-Captação pela terminação nervosa 
-Ação sobre os receptores pré-sinápticos, inibindo a 
liberação de neurotransmissor feedback negativo 
 
Acetilcolina 
•Possui dois tipos de atividades: 
-Muscarínica mimetizavam os efeitos da injeção de 
muscarina (princípio ativo do cogumelo venenoso 
Amanita muscaria) 
*As ações muscarínicas assemelham-se muito aos 
efeitos de estimulação parassimpática 
*A acetilcolina pode ter efeitos estimulatórios ou 
inibitórios sobre os receptores muscarínicos 
-Nicotínica mimetizavam os efeitos da injeção de 
nicotina 
*As ações nicotínicas relacionadas aos gânglios 
autônomos dos sistemas simpático e parassimpático, à 
placa terminal do músculo voluntário e às células 
secretoras da medula suprarrenal 
Importante: Ou seja, a acetilcolina apresenta atividade 
semelhante a essas substâncias quando age sobre seus 
receptores 
 
- - Receptores Nicotínicos da Acetilcolina- - 
-São glicoproteínas que atuam como canais iônicos, 
sendo controlados por ligantes permitem o influxo de 
íons com sua n abertura, desencadeando eventos 
diversos 
-Estimulados pela nicotina e pelo neurotransmissor ACh 
-Constituídos por 4 tipos distintos de subunidades 
-Possuem uma atividade mais rápida 
 
•O receptor nicotínico medeia a neurotransmissão pós-
sináptica na junção neuromuscular (contração muscular) 
e nos gânglios autônomos periféricos 
-Nessas regiões existem diferentes subtipos de 
receptores nicotínicos e vários fármacos atuantes 
Obs: No SNC esse receptor controla, em grande parte, 
a liberação dos neurotransmissores pelas estruturas 
pré-sinápticas 
•Podem ser divididos em 3 classes principais: 
-Musculares: confinados à JNM esquelética 
 
-Ganglionares: responsáveis pela transmissão nos 
gânglios simpáticos e parassimpáticos 
-SNC: espalhados por todo o cérebro, sendo 
heterogêneos em composição 
 
- - Receptores Muscarínicos da Acetilcolina- - 
-Estão acoplados à proteína G (ex. ativação enzimática), 
dessa forma acabam sendo conhecidos como 
metabotrópicos 
-Estimulados pela muscarina e pelo neurotransmissor 
acetilcolina 
-São conhecidos 5 subtipos desses receptores: 
•M1encontrados principalmente em neurônios do 
SNC, neurônios periféricos e nas células parietais do 
estômago 
•M2 presentes no coração e nas terminações pré-
sinápticas de neurônios centrais e periféricos 
•M3estimulam as secreções glandulares (salivares, 
brônquicas, sudoríparas . . .) e a contração do músculo 
liso das vísceras 
•M4restritos ao SNC, porém o seu papel ainda não 
está bem esclarecido 
•M5restritos ao SNC, porém o seu papel ainda não 
está bem esclarecido 
**Em uma visão geral** 
•M1, M3 e M5: acoplados à proteína G para ativar a via 
fosfatidil inositol 
•M2 e M4: acoplados à proteína G para inibir a adenilil-
ciclase, reduzindo a AMPc intracelular 
 
Receptores acoplados à proteína G 
•Consistem de 7 domínios ou segmentos 
transmembrana, onde uma de suas alças intracelulares 
é maior e permite a interação com a proteína G 
•A proteína G é uma proteína de membrana que 
possui 3 subunidades (αβγ) 
-A subunidade α tem a atividade da GTPase 
•Possuem uma atividade mais lenta 
 
**Processo** 
1-) Quando uma molécula interage com o sítio de 
ligação de um receptor, ocorre o contato desse 
receptor com a proteína G 
2-) Com isso, a subunidade α se dissocia e fica livre 
para ativar/inibir um efetor (uma enzima de membrana, 
um canal iônico e etc) 
3-) Essa ativação termina quando a molécula de GTP é 
hidrolisada, permitindo com que a subunidade α se 
recombine com βγ 
 
IMPORTANTE: Não está presente na junção 
neuromuscular, pois haveria uma grande demora para 
que o efeito da contração muscular fosse 
desencadeado através da transmissão sináptica 
 
 
→C..M. 
- -Tipos de alvos para a ação de fármacos- - 
A-) Receptores 
 
1-Substância que se liga a um receptor, ativando-o para 
estimular a resposta fisiológica e um determinado efeito 
celular no corpo 
2-Substância capaz de bloquear o efeito e a resposta 
fisiológica promovida pelo agonista 
Obs: ESTÃO RELACIONADOS A AÇÃO E FUNÇÃO 
DAS MOLÉCULAS FISIOLÓGICAS, ALÉM DO EFEITO 
DO PRÓPRIO RECEPTOR (que pode inibir ou estimular) 
 
B-) Canais Iônicos 
1-Moléculas irão bloquear os canais, não permitindo a 
passagem de íonsnada mais é do que umantagonista 
2-Moléculas irão modular os canais, permitindo um 
controle sobre o tempo e a frequência de abertura 
para o influxo de íons 
 
C-) Enzimas 
 
1-Não permite o funcionamento enzimático 
2- Formação de um metabólito anômalo (fora do 
padrão, podendo estar inativo) 
3- O pró-fármaco acaba tendo sua ação ativada 
D-) Transportadores 
 
1- Ocorre de forma normal, não havendo qualquer tipo 
de interferência ou prejuízo 
2- Bloqueio ao o transporte das substâncias desejadas 
3- Transporte de uma substância anômala (incomum) 
- - Transmissão Colinérgica Nicotínica- - 
1-) A síntese de acetilcolina ocorre no neurônio motor a 
partir do precursor colina e a sua posterior acetilação 
2-) Após a formação da acetilcolina, esta é transportada 
e consequentemente armazenada dentro de vesículas 
vazias com auxílio de transportadores de ACh 
3) Com a chegada do potencial de ação, ocorre o 
estímulo para liberação do conteúdo das vesículas 
4-) Assim, ocorre a fusão entre a membrana das 
vesículas com a membrana do nerônio motor 
(exocitose) e a posterior liberação da acetilcolina 
através do influxo de cálcio (rápida despolarização) 
5-) A acetilcolina formada pode agir em receptores 
nicotínicos pós-sinápticos, promovendo a abertura de 
canais para o influxo de K+ e Na+ a fim de gerar a 
contração muscular 
Obs: Haverá uma quantidade excedente de ACh, já que 
não haverá receptores suficientes para a sua ação 
 
- -Características gerais da transmissão colinérgica- - 
*Na junção neuromuscular, um único impulso nervoso 
libera cerca de 300 vesículas sinápticas - contêm cerca 
de 3 milhões de moléculas de ACh- para as fendas 
sinápticas 
•Aproximadamente 2 milhões de moléculas de ACh 
combinam-se com os receptores por cerca de 2 ms 
para gerar a contração muscular. 
IMPORTANTE: Ocorre uma produção excedente visto 
que o processo de contração deve ser desencadeado, 
já que o risco da degradação da ACh pode ser grande 
 
 •Com isso, após a contração muscular, as moléculas 
utilizadas e excedentes sofrem degradação para serem 
captadas novamente pelo neurônio motor 
 
*As sinapses que ocorrem na JNM são altamente 
especializadas e diferem das sinapses neuronais, isso 
porque: 
•As células musculares são muito maiores que os 
neurônios, sendo assim precisam de mais corrente 
sináptica (“potencial de ação tudo ou nada”) para 
liberar as vesículas que contém ACh 
 
 
IMPORTANTE: os eventos neuromusculares ocorrem 
em uma escala maior do que os eventos neuronais 
•Consequência: os eventos neuronais são mais rápidos 
 
•A ação do neurotransmissor(acetilcolina) é rápida e 
breve devido a sua rápida hidrólise no plasma 
- -Modulação pré-sináptica- - 
→ A modulação da ação da ACh ocorre antes 
de sua liberação 
•A liberação de ACh é regulada por mediadores, 
inclusive pela própria ACh, que agem sobre os 
receptores nicotínicos pré-sinápticos 
 
-Consequência: A ação da ACh sobre receptores 
nicotínicos pré-sinápticos inibe a liberação de + ACh 
pelas vesículas para a fenda sináptica e a fusão entre 
membranas (feedback -) 
 
1-) Nas terminações nervosas parassimpáticas pós-
ganglionares, os receptores M2 inibitórios participam da 
auto inibição da liberação de ACh 
-Outros mediadores, como a noreppinefrina, inibem a 
liberação de ACh 
 
2-) Na JNM, os receptores nicotínicos pré-sinápticos 
facilitam a liberação de ACh e podem permitir com que 
a sinapse funcione de modo apropriado durante uma 
atividade prolongada de alta frequência 
 
IMPORTANTE: Dependendo do local onde a 
acetilcolina atuará, ela apresentará diferentes ações por 
conta dos diversos receptores em que atua 
 
Obs: No cérebro, a maioria dos receptores nicotínicos 
estão localizados na região pré-sináptica -atua facilitando 
ou inibindo a liberação de outros mediadores (como 
glutamato e dopamina) 
 
 
 
 
- -Eventos Elétricos da Transmissão nas Sinapses 
Colinérgicas Rápidas- - 
•Sinapse nicotínica (neuromuscular ou ganglionar) sobre 
a membrana pós sináptica: 
→ACh aumenta a permeabilidade a cátions para 
promover a despolarização da membrana 
(Na+, K+ e Ca+ em menor grau) 
 
•O influxo de Na+ despolariza a membrana pós-
sináptica: 
- Fibra muscular esquelética: potencial de placa terminal 
(ppt) 
-Sinapse ganglionar: potencial excitatório pós-sináptico 
rápido (peps rápido) 
 
 
1-) Na célula nervosa a despolarização do cone axonal 
pelo peps rápido produz fluxo de corrente local, onde 
se inicia um potencial de ação 
 
.2-) Na fibra muscular o ppt espalha-se para as partes 
adjacentes eletricamente excitáveis, a fim de que o 
potencial de ação desencadeie a contração. 
Obs: Na JNM, como a dimensão muscular é muito 
grande, cada fibra muscular deve ser inervada por 
uma fibra nervosa para que haja a efetiva excitação 
(despolarização) 
 
 
 
3-) A maioria das células ganglionares é inervada por 
vários axônios pré-sinápticos, sendo preciso com que 
ocorra a atividade simultânea em mais de um para que 
a célula pós-ganglionar dispare 
 
- -Principais mecanismos do bloqueio farmacológico- - 
 Inibição da captação da colina 
 Inibição da liberação de ACh 
 Bloqueio dos receptores pós-sinápticos ou 
dos canais iônicos 
 Despolarização pós-sináptica persistente 
 
- -Bloqueio da Contração por Despolarização - - 
•Incidência: ocorre nas sinapses colinérgicas quando os 
receptores nicotínicos excitatórios são ativados e 
estimulados persistentemente 
Obs: se o receptor nicotínico for estimulado, vai haver a 
indução da contração muscular 
•Explicação: diminuição da excitabilidade elétrica da 
célula pós-sináptica 
•Consequência: há a despolarização, não conseguindo 
mais desencadear a contração muscular 
 
•Na junção neuromuscular parece haver a dessensibilização 
dos receptores nicotínicos, ou seja: 
1-) A acetilcolina se liga aos receptores nicotínicos de forma 
persistente ou permanece na fenda sináptica por muito 
tempo 
2-) No primeiro momento, ela permite a abertura dos canais 
e o influxo dos íons( geralmente sendo removida de forma 
rápida - 2ms) 
3-) Em certo momento, como o estímulo recebido continua 
grande e constante(persistente), o receptor não consegue 
mais responder e desencadear sinal (ação) 
 
→Dessensibilização: assim não há a abertura dos canais 
para permitir a contração muscular, já que a acetilcolina não 
exerce mais efeito 
 
IMPORTE: pode ser feito uma relação direta entre a 
dessensibilização dos receptores e o uso contínuo de 
determinados medicamentos 
 o nosso corpo adquire certa tolerância sobre a 
substância, onde esta acaba não exercendo mais efeito 
sobre o corpo- havendo a necessidade de troca 
EX: DROGAS 
 
A amplitude do ppt é mais do que suficiente para 
liberar vesículas a fim de iniciar o potencial de ação 
•Nos gânglios simpáticos e parassimpáticos, onde estão 
localizados os receptores nicotínicos ganglionares, pode 
haver também a dessensibilização, ou seja: 
1-) A nicotina se liga a um receptor nicotínico ganglionar 
permitindo a despolarização celular através do aumento da 
permeabilidade a cátions, levando à descarga de potenciais 
de ação 
.2-)Após alguns segundos, essa descarga para e a 
transmissão é bloqueada. 
3-) Depois da nicotina ter agido por vários minutos, a célula 
se despolariza parcialmente e sua excitabilidade elétrica 
retorna, mas a transmissão permanece bloqueada 
 
 
 
- -Degradação da Acetilcolina- - 
•Butirilcolinesterase: enzima presente no plasma 
sanguíneo e que atua na degradação da ACh a fim de 
evitar sua liberação e grande quantidade no plasma 
Podem haver graves consequências se não houver sua 
degradação, como: 
-Bloqueio dos batimentos cardíacos 
-Secreção brônquica 
 
•Acetilcolinesterase: enzima presente na fenda 
sináptica (entre neurônio motor e músculo esquelético) 
e que atua na degradação da ACh a fim de permitir 
uma contração muscular adequada 
 
 
- Efeitos de fármacossobre a transmissão colinérgica- - 
-São fármacos que diretamente ou indiretamente 
produzem efeitos similares aos causados pela ACh 
-Os efeitos colinérgicos são obtidos por: 
•Estímulo dos receptores nicotínicos e muscarínicos 
•Inibição da acetilcolinesterase 
 
- -Influência sobre a transmissão colinérgica- - 
♣Agindo como agonistas ou antagonistas (exógenas) 
sobre os receptores pós-sinápticos da Ach; 
♣Afetando s liberação ou a destruição da ACh 
endógena (produzida pelo organismo) 
 
- -Classificação dos fármacos de acordo com seu 
sítio fisiológico de ação - - 
 
 
- - Alguns fármacos que interferem na síntese, 
armazenamento, liberação e degradação da Ach-- 
 
 
 - -Fármacos bloqueadores neuromusculares- - 
São fármacos que atua, rápido, sendo capazes de 
bloquear a transmissão neuromuscular e agindo:: 
•Na região pré-sináptica, inibindo a síntese ou a 
liberação de Ach 
•Na região pós-sináptica, que é o sítio de ação de 
todos os fármacos clinicamente importantes 
 
→Destinos da ACh 
 
 
 
 
 
 
 
 
→Exemplos de fármacos que atuam em cada etapa 
√Fármacos que agem em nível pré-sináptico 
Fármacos que inibem a síntese de Ach 
-A etapa limitante da velocidade de síntese parece ser 
o transporte de colina para dentro da terminação 
nervosa 
-Seu efeito bloqueador sobre a transmissão ocorre 
lentamente, à medida que as reservas de Ach acabam 
 
•Hemicolinio: bloqueia a captação e o transporte de 
colina para o interior do neurônio motor, ou seja, inibe a 
síntese de Ach 
 
•Vesamicol: bloqueia o transporte da ACh pelos 
“transportadores de ACh” para as vesículas, impedindo 
a sua liberação por exocitose para a fenda sináptica 
Obs: Se a ACh ficar “dispersa” pelo citoplasma do 
neurônio motor, esta será degradada e não liberará 
seu conteúdo para permitir a contração muscular 
 
Fármacos que inibem a liberação de Ach 
 
•Toxina Botulínica e B-bungarotoxina 
Neurotoxinas potentes que bloqueiam a fusão da 
membrana das vesículas com a membrana nervosa, 
impedindo com que a ACh seja liberada para a fenda 
sináptica (vigência do impulso nervoso) 
 
- - Usos Clínicos da toxina botulínica- - 
•Blefaroespasmo→espasmo persistente e incapacitante 
da pálpebra 
•Espasticidade→ aumento excessivo do tônus muscular 
•Incontinência urinária→ associada ao excesso de 
atividade da bexiga 
•Estrabismo→ injeção nos músculos extraoculares 
•Sialorreia→ secreção salivar excessiva 
•”Botox” →estética: removedor de rugas e linhas de 
expressãp 
•Cefaleia→ em alguns casos de dores de cabeça e 
enxaqueca 
 
Obs: A toxina botulínica é uma proteína produzida pelo 
microorganismo Clostridium botulinum, o qual tem a 
capacidade de se multiplicar em alimentos em conserva 
e causar (intoxicação alimentar grave) 
- -Problemas no uso- - 
-Pode perder a eficácia e o efeito devido a sua 
imunogenicidade 
-Há o risco de paralisia muscular (toxina se espalha) 
-Fatores individuais e aplicação errada podem influenciar 
 
√Fármacos bloqueadores neuromusculares 
-São utilizados principalmente em anestesia para 
produzir relaxamento muscular 
-São administrados por via intravenosa e apresentam 
diferenças em relação a velocidade de ação e de 
recuperação 
-A duração varia de 15 minutos a 1-2 horas 
 
1-) Recaptação por receptores nicotínicos pré-sinápticos de 
ACh 
•Consequência: Inibição da liberação de ACh pelas 
vesículas (feedback -) 
2-) Degradação rápida - 1ms- da ACh através da ação 
da enzima acetilcolinesterase 
•Consequência: formação de colina + acetato, com o 
transporte da colina para o neurônio motor através de 
“transportadores de colina” 
 
 
 
mknnjnjnjnjnjnjnjnjnjn 
 
•Agentes bloqueadores não-despolarizantes: 
atuam como antagonistas dos receptores nicotínicos 
pós-sinápticos, ou seja, competem e impedem a ligação 
de ACh no receptor (sem estimulá-lo) 
 
Ex: tubocurarina, pancurônio; vecurônio, aruacúrio 
(duração diferente) 
→ Consequência: 
•Bloqueiam o influxo de Ca++(transmissão neuromuscular), 
não permitindo a despolarização da membrana muscular e a 
posterior contração do músculo 
•Podem bloquear o canal iônico na placa motora, 
levando ao enfraquecimento adicional na transmissão 
neuromuscular e reduzindo a habilidade dos inibidores 
de AChE 
→ Importância: 
 
 
 
 
→Efeitos 
•São principalmente resultantes da paralisia motora 
-Os músculos são paralisados gradativamente: 
1-) Músculos pequenos de contração rápida da face e 
dos olhos 
2-) Músculos dos dedos 
3-) Músculos dos membros, do pescoço e do tronco 
são paralisados. 
4-) Músculos intercostais 
5-) Músculo diafragma e da faringe. 
 
IMPORTANTE: Os músculos se recuperam na 
ordem inversa, primeiro o diafragma e por último os 
músculos da face e dos olhos. 
 
→Efeitos Adversos 
•O principal efeito colateral da tubocurarina é a queda 
da pressão arterial, isso porque há um bloqueio 
ganglionar e a liberação de histamina nos mastócitos 
 
•Agentes bloqueadores despolarizantes: 
-Se ligam ao receptor nicotínico, como a ACh, e 
despolarizam a membrana da fibra muscular 
-Atuam como molécula agonista, permitindo a abertura 
dos canais para desencadear a contração muscular 
 
Ex: suxametônio/ succinilcolina 
→Consequências: 
•Causa a despolarização mantida na região da placa 
terminal do músculo, levando à perda da excitabilidade 
elétrica 
•Maior resistência à degradação pela AChE, onde fica 
em grande quantidade na fenda sináptica ou ligado por 
muito tempo no receptor (estimulação). 
→ Explica a despolarização mais persistente que 
proporciona fasciculações no músculo 
 IMPORTANTE: Fasciculação é a contração muscular 
pequena, local, momentânea e involuntária. 
Mecanismo: a despolarização da placa terminal causa de 
início uma descarga de potenciais de ação no músculo. 
Essa descarga declina após alguns segundos, conforme 
a excitabilidade elétrica é perdida 
→Incapaz de transmitir impulsos adicionais, onde a 
despolarização contínua dá origem a uma repolarização 
gradual quando o canal de sódio se fecha ou é 
bloqueado. 
 •São pouco absorvidas e em geral rapidamente 
 eliminadas.; 
 •Não atravessam a placenta, sendo importante para o 
 uso em anestesia obstétrica; 
→Importância 
-Facilita a intubação traqueal 
-Proporciona o relaxamento do músculo esquelético 
durante cirurgia ou ventilação mecânica 
 
→Efeitos Adversoa do Suxametônio 
•Bradicardia 
•Liberação de potássio 
•Aumento da pressão intraocular 
•Paralisia prolongada 
•Hipertermia Maligna 
 
√Fármacos que intensificam a transmissão 
colinérgica 
Atuam inibindo a colinesterase ou aumentando 
a liberação de ACh 
*DISTRIBUIÇÃO E FUNÇÃO DA 
COLINESTERASE 
-Há dois tipos distintos de colinesterase: 
•acetilcolinesterase (AChE) 
•butirilcolinesterase (BuChE) 
-Importância: manutenção da concentração de ACh 
sobre controle 
-Muito semelhantes, mas diferem em relação: 
distribuição, especificidade por substrato e funções 
-São formadas por subunidades globulares catalíticas, 
que constituem as formas solúveis encontradas no 
plasma (AChE) e no líquido cefalorraquidiano (BuChE) 
 
Acetilcolinesterase 
•Nas sinapses colinérgicas, a AChE hidrolisa o 
neurotransmissor liberado e encerra sua ação 
rapidamente. 
 
 •A AChE solúvel está presente nas terminações 
nervosas colinérgicas, onde parece ter um papel na 
regulação da concentração de ACH livre, e de onde 
pode ser secretada. 
 
•A AChE é bastante específica para a ACh e para 
ésteres muito semelhantes a ela, como a metacolina 
. 
• É muito provável que a AChE desempenhe outras 
funções sinápticas, além de neutralizar a ACh embora 
os detalhes permaneçam obscuros. 
 
Butirilcolinesterase ou 
pseudocolinesterase 
•Localização: Apresenta ampla distribuição, sendo 
encontrada em tecidos como fígado, pele, cérebro, 
musculatura lisa gastrintestinal e plasma sanguíneo 
.•Não está particularmente associada às sinapsescolinérgicas e sua função fisiológica é incerta 
 
 Importante: Normalmente, a AChE e a BuChE mantêm 
a ACh do plasma sanguíneo em níveis abaixo do limite 
de detecção, e por essa razão a ACh é estritamente 
um neurotransmisor 
 
•Anticolinesterásicos: bloqueiam a degradação de 
ACh, pela enzima acetilcolinesterase, em colina e 
acetato. Impedindo a receptação pelo neurônio motor e 
permitindo maior quantidade e ação Ach na fenda 
-Podem ser divididos em três grupos principais, de 
acordo com a natureza de sua interação com o sítio 
ativo, que determina a duração de sua ação: 
•Ação curta 
•Ação intermediária 
•Ação irreversíveis 
 
-Os anticolinesterásicos de ação central foram 
desenvolvidos para o tratamento da demência 
 
1-) Anticolinesterásicos de ação curta 
 
-A miastenia gravis é uma doença caracterizada pela 
destruição de receptores de acetilcolina, havendo uma 
dificuldade para a manifestação da contração muscular 
-Ou seja, o anticolinesterásico auxiliará com o aumento 
da concentração de ACh para propiciar a contração 
2-) Anticolinesterásicos de duração intermediária 
 
 
3-) Anticolinesterásicos irreversíveis 
 
-Pode provocar contaminação, sendo extremamente 
perigosos!!!!!!! 
-Foram proibidos no Brasil 
- Usos Clínicos dos Anticolinesterásicos– 
-Glaucoma →colírio à base de ecotiopato 
-Doença de Alzheimer→donepezila 
-Tratamento da miastenia gravis→neostigmina ou 
piridostigmina 
-Reversão da ação de fármacos bloqueadores 
neuromusculares não despolarizantes ao término de 
uma cirurgia →neostigmina 
-Diferenciar a fraqueza por superdosagem 
de um anticolinesterásico da fraqueza da 
miastenia propriamente dita→ edrofônio

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