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Cartilha_MONTA_Controlada - Versão final

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Cartilha MPA 
 
 
MONTA CONTROLADA EM 
OVELHAS 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
Selma Alice Ferreira Ellwein – CRB 9/1558 
 
A15m Monta controlada em ovelhas / Aline Albuquerque et al. – Londrina: 
Editora Científica, 2020. 
 
ISBN 978-65-00-07927-2 
 
1. Ovinocultura. 2. Eficiência Reprodutiva. 3. Técnicas de 
Reprodução. 4. Estratégias de Monta. I. Albuquerque, Aline. II 
Vieira, Anderson Carvalho Ribeiro Dal-Ponte. III. Barbosa-
Ferreira Marcos, IV. Santos, Marcelo Diniz. V Lopes, Flavio 
Guiselle. I Título. 
 
 
 CDD 599.6 
 
 
 
1 
 
AUTORES 
Aline Albuquerque1, Anderson Cavalheiro 
Ribeiro Dal-Ponte Vieira2, Marcos Barbosa-
Ferreira3, Marcelo Diniz dos Santos4, Flavio 
Guiselli Lopes5 
APRESENTAÇÃO 
Gilberto Gonçalves Facco6, 
COLABORADORES 
Diego Gomes Freire Guidolin3, Fabíola Cristine 
de Almeida Rego Grecco7, Wagner Garcia8. 
CAPA 
Marcos Barbosa Ferreira. 
Composição com fotos do CTO 
 
FOTOS 
Aline Albuquerque, Marcos Barbosa-Ferreira 
 
 
 
1 Veterinária, aprimoranda em produção animal CTO/Uniderp; 
2 Mestrando do Programa de Pós Graduação profissional em Produção e Gestão Agroindustrial, 
Uniderp; 
3 Professor do Programa de Pós Graduação profissional em Produção e Gestão Agroindustrial, 
Uniderp; 
4 Professor do Programa de Pós Graduação em Biociência Animal, UNIC; 
5 Professor de reprodução veterinária, UNOPAR; 
6 Professor do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional Sustentável, Uniderp; 
7 Professora do Programa de Mestrado em Saúde e Produção Animal, UNOPAR; 
8 Professor de reprodução veterinária, Uniderp. 
 
2 
 
APRESENTAÇÃO 
A ovinocultura brasileira é desenvolvida, predominantemente, em 
sistemas extensivos, os quais devem ser avaliados e melhorados conforme cada 
região (IBGE, 2018). A eficiência reprodutiva do rebanho está diretamente 
relacionada ao uso de diferentes técnicas que podem melhorar a produção 
animal tanto em quantidade como em qualidade para que o produtor possa 
usufruir o máximo da sua atividade. Esta eficiência pode ser incrementada com 
a adequação e emprego de biotecnologias de reprodução assistida (SORIO, 
2017). 
Muito se fala sobre a adoção de tecnificações na agropecuária. A área 
agronômica é um belo exemplo do quanto a tecnologia aumentou a produção de 
alimentos no Brasil, inclusive diminuindo a área de exploração por causa da 
elevada eficiência produtiva alcançada. 
Essa palavra, “tecnificação”, ou “tecnologia”, assusta os desprecavidos, 
pois em muitos casos dá a entender que haverá a necessidade de se dispender 
muito dinheiro para atingir a técnica almejada, enquanto que a simples mudança 
de um hábito e o modo de fazer um procedimento rotineiro, por métodos 
alternativo já indica a adoção de uma nova técnica (daí o termo tecnificação). 
Nem sempre essa mudança é onerosa e, mesmo que haja necessidade de 
investir-se dinheiro (pouco ou muito), o retorno advindo da mudança, por si só, 
justifica a mudança, neste caso, para melhor. 
O uso de fármacos buscando aumentar a eficiência reprodutiva e a 
obtenção do controle reprodutivo de um rebanho é um exemplo dessa 
tecnificação havendo número crescente de criadores de gado bovino que a tem 
adotado e os produtores de pequenos ruminantes não podiam ficar de fora. 
O presente trabalho apresenta diferentes estratégias de monta controlada 
que podem ser aplicadas nas propriedades rurais que criam ovinos, 
independentemente do tamanho do seu rebanho. As técnicas apresentadas são 
de fácil adoção, necessitando, no entanto, da supervisão de um médico 
veterinário em toda as etapas dos processos. 
 
3 
 
Lista de Figuras 
 
Figura 1 Evolução do rebanho ovino no Brasil de 1998 a 2018. ..................... 5 
Figura 2 Importação de carne ovina pelo Brasil desde 1993 a 2017. .............. 6 
Figura 3 Ovinos pantaneiros criados no CTO. A) ovelhas e cordeiro lactante. 
B) exemplar de reprodutor. C) cordeiros em confinamento e D) 
borregas (18 meses). ........................................................................ 7 
Figura 4 Ciclo estral da ovelha, apresentando as fases que o caracterizam.10 
Figura 5 Carneiro com o colete marcador (A), carneiro, com tinta aderida no 
peito para a identificação do cio (B) e ovelhas marcada pelo reprodutor 
(C). .................................................................................................. 14 
Figura 6 Protocolo de aplicação de dose única de cloprostenol para indução da 
manifestação do cio. Conta-se o momento da aplicação como o dia 
zero. ................................................................................................ 17 
Figura 7 Protocolo de dupla aplicação de injeção intramuscular de 
cloprostenol. .................................................................................... 17 
Figura 8 Protocolo de implante auricular de progestágeno com aplicação de 
cloprostenol. .................................................................................... 18 
Figura 9 Protocolo de implante auricular de progesterona associado ao 
cloprostenol e ao eCG. .................................................................... 19 
Figura 10 Protocolo de indução de cio em ovelhas com esponja intravaginal e 
aplicação de eCG. ........................................................................... 20 
Figura 11 Protocolo com esponja intravaginal e aplicação de benzoato de 
estradiol, cloprostenol e GnRH. ....................................................... 20 
 
 
4 
 
 
Sumário 
1. OVINOCULTURA BRASILEIRA .................................................................. 5 
1.1 Ovelha Pantaneira ................................................................................. 6 
2. REPRODUÇÃO ........................................................................................... 9 
2.2. Ciclo reprodutivo de ovelha ................................................................... 9 
2.3. Escolha dos reprodutores ................................................................... 11 
2.4. Influência do manejo alimentar na reprodução.................................... 11 
3. ESTAÇÃO DE MONTA .............................................................................. 13 
3.1. Detecção de cobertura ........................................................................ 13 
4. PROTOCOLOS DE SINCRONIZAÇÃO DE CIO ....................................... 16 
4.1. Indução e sincronização de estro ........................................................ 16 
4.2. Sincronização com prostaglandina sintética........................................ 16 
4.2.1. Aplicação única ............................................................................. 16 
4.2.2. Aplicação dupla ............................................................................ 17 
4.3. Implante auricular + cloprostenol ........................................................ 18 
4.4. Implante auricular + cloprostenol + eCG ............................................. 18 
4.5. Uso da esponja intravaginal de medroxiprogesterona (esponjas de MAP)
 ............................................................................................................ 19 
4.5.1. Protocolo alternativo com esponja intravaginal e outra associação 
farmacêutica .............................................................................................. 20 
5. ULTRASSONOGRAFIA ............................................................................. 21 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 22 
LITERATURA CONSULTADA .......................................................................... 22 
 
 
 
5 
 
1. OVINOCULTURA BRASILEIRA 
A ovinocultura no Brasil é uma atividade em expansão, com crescimento 
no rebanho brasileirohá 20 anos (Fig. 1) apesar de, em muitas propriedades 
rurais a atividade ter importância secundária, sem muita tecnificação. Observa-
se que o consumo de carne ovina cresce com o passar dos anos, com 
incremento simultâneo na qualidade dos produtos, atraindo mais consumidores 
(ARCO, 2019). Contudo, o consumo de carne ovina pelos brasileiros ainda é 
bastante baixo, ficando em torno de 400 g de carne por pessoa ao ano, sendo 
que, em média, o brasileiro consome cerca de 44 quilos de carne de frango por 
ano, 35 quilos de carne bovina e 15 quilos de suína (ROSA, 2018). 
 
 
 
Fonte: Adaptado de IBGE, 2020. 
Figura 1 Evolução do rebanho ovino no Brasil de 1998 a 2018. 
 
O Brasil é um importador de carne ovina, o que revela a importância desse 
alimento na mesa do consumidor (Fig. 2) como exemplo, foram importadas do 
Uruguai, o principal fornecedor para o mercado brasileiro, grandes quantidades 
de carne ovina, 3,5 mil toneladas somente em 2017 (CNA, 2017), revelando a 
necessidade de se intensificar a cadeia produtiva da ovinocultura brasileira para 
a mudança desse senário (SORIO, 2017), tornando-se grande oportunidade de 
negócios para os produtores rurais. 
14000000
14500000
15000000
15500000
16000000
16500000
17000000
17500000
18000000
18500000
19000000
 
6 
 
Fonte: Adaptado de FAOSTAT, 2020. 
Figura 2 Importação de carne ovina pelo Brasil desde 1993 a 2017. 
 
1.1 Ovelha Pantaneira 
Em várias propriedades do interior do estado de Mato Grosso do Sul, em 
especial na região do Pantanal, há uma criação tradicional de ovinos nativos, 
denominados de Ovino Nativo Pantaneiro. Trata-se de animais que foram 
inseridos pelos espanhóis na região pantaneira remontando ao ano de 1568, 
desde a época dos descobrimentos, (SANCHEZ QUELL, 1972) e que, ao longo 
dos anos, sofreram pressão do ambiente para se reproduzirem e deixarem 
descendentes em um ambiente desafiador. Assim, o rebanho nativo é um 
recurso genético animal adaptado às características da região (COSTA et al., 
2013). 
Não há dúvidas que, ao longo dos anos, esses animais foram sendo 
espalhados para outras áreas do pantanal, para o estado de Mato Grosso, além 
da possibilidade de terem sido exportados para as áreas periféricas da região e, 
por conseguinte, observa-se a presença de ovelhas com o mesmo perfil 
fenotípico da pantaneira (Fig. 3) em diversas fazendas do Brasil central. 
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
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la
da
s
Ano
 
7 
 
 
 
Fonte: Marcos Barbosa-Ferreira. 
Figura 3 Ovinos pantaneiros criados no CTO. A) ovelhas e cordeiro lactante. 
B) exemplar de reprodutor. C) cordeiros em confinamento e D) 
borregas (18 meses). 
 
Em 2005 foi iniciado um estudo exploratório, por pesquisadores da 
Anhanguera-Uniderp, Fundação Manoel de Barros (FMB) e Embrapa, dando 
origem ao Centro Tecnológico de Ovinocultura (CTO), no intuito de se identificar 
rebanhos, estudar, manter e ampliar esse grupamento genético, para evitar sua 
extinção, pelo risco deste grupamento genético ser substituído por raças exóticas 
(VARGAS JÚNIOR et al., 2011). 
Assim, foram adquiridos 300 animais “pantaneiros”, provenientes de 
criações de diferentes áreas do interior e periferia do Pantanal 
sulmatogrossense, selecionados por características fenotípicas semelhantes 
entre si e distante dos padrões fenotípicos das raças exóticas criadas no Brasil 
(VARGAS JÚNIOR et al., 2011; OLIVEIRA, 2012). Os estudos genéticos desses 
A B 
C D 
 
8 
 
animais revelaram que os ovinos pantaneiros apresentaram uma combinação de 
alelos que indica aproximação com as raças lanadas do Sul (Crioula), 
deslanadas do Nordeste, certa contaminação com alelos da raça bergamácia e, 
no entanto, distantes de qualquer outra raça exótica presente em território 
brasileiro (GOMES et al., 2007). 
Tais resultados genômicos reforçaram a necessidade de estudos visando 
a conservação e uso desse genótipo genuíno em poder da Uniderp e parceiros. 
Os animais utilizados na presente cartilha são todos Pantaneiros criados no 
CTO. 
 
9 
 
2. REPRODUÇÃO 
A ovinocultura tem elevado potencial ao segmento do agronegócio 
brasileiro, visando maior produtividade e rentabilidade às propriedades rurais, 
entretanto o que é produzido não é suficiente para suprir o mercado consumidor 
(ANUALPEC, 2017). 
Para que se obtenham melhores resultados de produção animal, há a 
necessidade de se explorar os melhores índices de precocidade para que os 
animais sejam terminados rapidamente, com elevados índices de peso e 
rendimentos de carcaça. Uma forma de obter esses resultados é usar a 
reprodução assistida, com o uso de protocolos estabelecidos para o melhor 
desempenho de cruzamentos e manejo adequado das matrizes (MARTINEZ et 
al., 2004; SIMPLÍCIO, 2008). 
 
2.2. Ciclo reprodutivo de ovelha 
Os ovinos, geralmente, apresentam estacionalidade reprodutiva, ou seja, 
eles dependem de uma época do ano para terem cios férteis e se reproduzirem. 
Nesse caso, o período ótimo para acasalamento ocorre no outono, assim, as 
ovelhas passam todo o inverno gestantes, parindo no início da primavera, 
quando as pastagens estão novas e há abundância de pastagens para a 
produção de leite e manutenção dos cordeiros (CASTILHO et al., 2013). 
Fisiologicamente, as fases reprodutivas dividem-se em três: anestro, 
transição e acasalamento. Nas ovelhas estacionais o início do inverno ao início 
do verão é o período de anestro, quando as ovelhas não aceitam monta. O verão 
é determinado como período de transição, também não havendo monta e, do 
final do verão ao início do inverno é apontado como período de acasalamento 
(GINTHER e KOT, 1994; DESHPANDE et al., 1999; EVANS, 2003). 
Nesse caso, se o produtor não se atentar para a época do ano (outono), 
ele perderá a chance de fazer a monta e obter o máximo desempenho 
reprodutivo de seu rebanho (COSTA E SILVA et al., 2015). 
As ovelhas apresentam período de gestação curto, em torno de 147 a 150 
dias (5 meses) e possuem boa prolificidade, sendo normal o nascimento de 
gêmeos e até trigêmeos. Além disso, as ovelhas são consideradas poliéstricas 
sazonais, ou seja, podem ovular mais de uma vez no período de cio (ABECIA et 
 
10 
 
al., 2008). Outro fato interessante é a maior ocorrência de cio no período noturno 
(ZIEBA et al., 2011). 
Existem, no entanto, raças que têm estacionalidade reprodutiva 
prolongada, que entram no cio a maior parte do ano, como a Santa Inês e raças 
que não têm estacionalidade como a Ovelha Pantaneira (CASTILHO et al., 2013; 
FERREIRA et al., 2012). Segundo Fonseca e colaboradores (2007), os ovinos e 
caprinos adaptados às regiões próximas à linha do equador, perdem a 
característica estacional por causa da pouca diferença de quantidade de luz 
diária entre as estações do ano. 
O ciclo estral da ovelha (Fig. 4) tem duração média de 17 dias, 
apresentando fase luteínica (presença de corpo lúteo) de 13 dias e fase folicular 
(óvulo maturando) de 4 dias (FONSECA, 2006). 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Fonseca (2005). 
Figura 4 Ciclo estral da ovelha, apresentando as fases que o caracterizam. 
 
 
Após a ovulação, no local de onde o óvulo se desprendeu do ovário, 
forma-se o corpo lúteo que aumenta de diâmetro com o passar dos dias, e possui 
a função de produzir (secretar) o hormônio progesterona (P4). Caso ocorra 
fecundação, o corpo lúteo permanece produzindo P4, ocorre o reconhecimento 
e manutenção da gestação até um terço de todo o período gestacional, quando 
ele involui e, depois, a placenta fica sendo responsável pela manutenção da 
gestação, produzindo P4 até o nascimento (VIÑOLES et al., 2000 & MORAES et 
al., 2002). 
Na ovinocultura a monta natural acaba sendo limitante às ovelhas que 
possuem estacionalidade, uma vez que elas terão somente um parto por ano. 
Um método eficaz para auxiliar neste ponto é a reprodução através do uso de 
 
11 
 
hormônios em combinação com genética, ambiente e nutrição(HAFEZ & 
HAFEZ, 2004). 
 
2.3. Escolha dos reprodutores 
A seleção dos animais aptos à reprodução deve atender requisitos 
básicos como porte, virilidade, idade, musculosidade, libido, arqueamento de 
costelas, profundidade torácica, defeitos de cascos e de aprumos, visando a 
melhor eficiência reprodutiva. É importante que seja realizado exame físico dos 
animais, para que se descarte animais que apresentem defeitos como falhas de 
aprumos, defeitos de coluna, nos órgãos reprodutores ou baixa habilidade 
reprodutiva e materna (PACHECO; QUIRINO, 2010). 
Devem-se utilizar carneiros sadios, com recente análise andrológica, com 
idade de preferência a partir dos 24 meses de idade e com certificado sanitário 
e de procedência idônea (ELOY et al., 2007). 
No caso de se optar por reprodutor de raça pura, o mesmo deve ser 
registrado na associação de raça e possuir boa avaliação genética para as 
características de interesse econômico (TREMORI et al., 2014). 
Deve-se utilizar carneiro não aparentado com as fêmeas, para evitar os 
efeitos indesejáveis da endogamia, que pode levar à diminuição do potencial 
produtivo do rebanho (COSTA E SILVA et al., 2015). Dependendo do objetivo e 
possibilidades do produtor, este pode adotar o uso do cruzamento entre animais 
de raças diferentes para aproveitar a heterose (choque de sangue) proveniente 
desse tipo de acasalamento, que propiciará melhor desempenho das crias 
(CARVALHO et al., 2008). 
Para o melhor desempenho reprodutivo do rebanho, é importante realizar 
descarte dos animais que apresentarem algum problema reprodutivo, como: 
ausência de um testículo e testículos pequenos, testículos duros ou muito moles, 
testículos degenerados, hérnia, baixa atividade sexual, animais muito velhos e 
animais com defeitos graves (STRINA et al., 2016). 
 
2.4. Influência do manejo alimentar na reprodução 
A nutrição é de extrema importância para a reprodução, ela dever ser 
adequada as exigências nutricionais de cada fase de vida do animal, cria, recria, 
 
12 
 
terminação e reprodução animal, bem como no período seco. As matrizes que 
vão entrar na reprodução devem ser bem suplementadas porque isso vai refletir 
desde o nascimento do cordeiro até à desmama e, também, no período da 
puberdade, possibilitando a ocorrência de animais adultos saldáveis, 
aproveitando seu máximo potencial genético. O contrário disso é observado nos 
casos de perda de cordeiros fracos por má nutrição (SCARAMUZZI et al., 2006). 
Ainda é percebido que a maioria dos produtores não se atenta 
corretamente à alimentação equilibrada (balanceada), uma prática essencial a 
qualquer produção animal e que causa rápido e fácil retorno, influenciando 
assertivamente na ovulação, concepção, taxa de prenhez e partos gemelares 
(ABECIA et al., 1999; SANTOS et al., 2009). 
 
13 
 
3. ESTAÇÃO DE MONTA 
A estação de monta é o acasalamento estratégico proposto com período 
determinado e específico do ano. Pode ser realizada em qualquer época do ano 
desde que haja aporte nutricional adequado, respeitando-se as características 
de estacionalidade (CASTILHO et al., 2013). 
Com a estação de monta implantada na propriedade racionaliza-se as 
atividades produtivas, melhorando o manejo, diminuindo os intervalos de partos, 
com uniformidade no lote e, consequentemente, haverá mais animais prontos 
para abate no final da engorda. Com o passar dos anos a duração da estação 
de monta pode ser reduzida ainda mais, possibilitando aumento na pressão de 
seleção, fazendo os índices zootécnicos da propriedade melhorarem a cada ano 
(Eloy et al., 2007). 
A monta natural é a forma mais comum e largamente empregada em 
rebanhos de corte e de leite de caprinos e ovinos, ela pode ser realizada em três 
sistemas (adaptado de FONSECA, 2006): 
 Livre: as fêmeas ficam em contato com os diferentes machos em um tempo 
determinado durante o ano. É o método mais comum em sistema de 
produção extensivo e a relação macho:fêmea é de 1:50, nem sempre se 
utilizam sistemas de marcação de cobertura; 
 Controlada: as ovelhas são acasaladas com um macho escolhido, com 
relação macho:fêmea de 1:50, podendo chegar a 1:80. São usados coletes 
marcadores nos carneiros, para assinalarem as ovelhas que foram cobertas, 
facilitando a anotação e controle do acasalamento. 
 Dirigida: As ovelhas que apresentam cio são levadas ao carneiro escolhido 
para o acasalamento. A detecção do cio é realizada por um rufião. O sistema 
intensivo acasalamento e pode ser confinado, é o mais utilizado em criações 
de ovinos leiteiros. São agrupadas uma quantidade exata de fêmeas com 
um macho. A relação macho:fêmea pode ser 1:100. 
 
3.1. Detecção de cobertura 
 Para controle da eficiência da monta dirigida, deve-se observar e anotar 
as fêmeas cobertas. Para isso é necessário que os carneiros usem um colete 
 
14 
 
marcador ou outro artifício de modo que, ao subirem nas ovelhas, deixem-nas 
marcadas (Fig. 5). 
 
 
Fonte: Aline Albuquerque. 
Figura 5 Carneiro com o colete marcador (A), 
carneiro, com tinta aderida no peito 
para a identificação do cio (B) e 
ovelhas marcada pelo reprodutor 
(C). 
 
 Alguns produtores ainda utilizam óleo e tinta solúvel misturados, aderidos 
ao peito dos carneiros. O efeito de marcação será o mesmo, mas deve-se repor 
B C 
A 
 
15 
 
a tinta quando necessário, diariamente ou mais de uma vez ao dia pois ela não 
perdura por várias montas (Fig 5 C). 
 São múltiplos os tipos de protocolos existentes, com diferenças ora 
grandes, ora pequenas entre si. Serão apresentados os protocolos provados em 
diferentes estudos ou aqueles recomendados pelos fabricantes dos 
medicamentos. 
 
 
16 
 
4. PROTOCOLOS DE SINCRONIZAÇÃO DE CIO 
O rebanho deve ser avaliado por um médico veterinário antes do início da 
fase reprodutiva. 
Além disso, todos os protocolos de indução hormonal do cio e do 
desenvolvimento da estação de monta, devem ser acompanhados por um 
médico veterinário o qual é habilitado para todos os procedimentos. 
 
4.1. Indução e sincronização de estro 
A sincronização de estro em ovelhas pode ser feita por várias técnicas, 
com o objetivo de induzir e sincronizar o cio (estro) das ovelhas ao mesmo tempo 
em um intervalo de 24 a 72 horas. 
 
4.2. Sincronização com prostaglandina sintética 
4.2.1. Aplicação única 
Este é um protocolo simples de ser usado pois consiste em uma aplicação 
única de cloprostenol intramuscularmente (IM) que é um análogo sintético da 
prostaglandina FG2α e, 24 horas após essa aplicação já se pode inserir o 
reprodutor no lote permanecendo por cinco dias com sistema de marcação a 
tinta para facilitar a identificação das ovelhas que forem cobertas (Fig. 6). 
A prostaglandina irá realizar a lise do corpo lúteo das fêmeas que o 
possuírem naquele momento, isto irá desencadear alterações hormonais nas 
fêmeas, induzindo o retorno ao cio de 2 a 4 dias após a aplicação (VILARIÑO, et 
al, 2017). 
 
 
17 
 
 
Fonte: Adaptado de Gonçalves et al, 2017. 
Figura 6 Protocolo de aplicação de dose 
única de cloprostenol para indução 
da manifestação do cio. Conta-se o 
momento da aplicação como o dia 
zero. 
 
4.2.2. Aplicação dupla 
No protocolo de dupla aplicação (Fig.7) será usado o mesmo fármaco 
cloprostenol, IM, duas vezes em tempos diferentes. A primeira aplicação é feita 
no dia zero e, vinte quatro horas depois, é inserido o reprodutor no lote, o mesmo 
permanece por cinco dias. No dia seis tira-se o reprodutor do lote. 
No dia dez realiza-se a segunda aplicação de cloprostenol e o carneiro 
deve ser introduzido novamente 24 horas depois, deixando o mesmo durante 
quatro dias com as ovelhas. 
 
 
Fonte: Adaptado de Gonçalves et al, 2017. 
Figura 7 Protocolo de dupla aplicação de injeção intramuscular de cloprostenol. 
 
 
18 
 
4.3. Implante auricular + cloprostenol 
As ovelhas recebem um implante auricular no dia zero, à base de 
progestágeno (norgestomet), que é umaformulação com efeitos similares da 
progesterona (P4), permanecendo com esse implante por seis dias. 
No sexto dia, efetua-se a retirada do implante e administra-se o 
cloroprostenol IM. Vinte e quatro horas depois, o carneiro deve ser colocado no 
lote deixando o mesmo durante cinco dias (Fig.8). 
 
 
Fonte: Adaptado de Gonçalves et al, 2017. 
Figura 8 Protocolo de implante auricular de progestágeno com aplicação de 
cloprostenol. 
 
 
 
4.4. Implante auricular + cloprostenol + eCG 
As fêmeas recebem um implante auricular à base de progesterona 
(norgestomet) no dia zero, permanecendo com o implante seis (6) dias. No dia 
seis (6) efetua a retirada do implante e administra-se cloroprostenol IM e 
gonadotrofina coriônica equina (eCG) IM. Vinte e quatro horas depois, introduz-
se o carneiro no lote das ovelhas deixando o mesmo durante cinco dias (Fig.9). 
 
 
 
19 
 
 
Fonte: Adaptado de Gonçalves et al, 2017. 
 
Figura 9 Protocolo de implante auricular de progesterona associado ao 
cloprostenol e ao eCG. 
 
 
 
 
 
 
 
4.5. Uso da esponja intravaginal de medroxiprogesterona (esponjas de 
MAP) 
Ao se utilizar esponja intravaginal, deve-se tomar cuidado para que ela 
não cause reação inflamatória exagerada na cérvix ou cause aderência no local, 
dificultando sua remoção e facilitando contaminação por microrganismos. Nesse 
caso, recomenda-se impregná-las com uma associação farmacológica de 
acetato de hidrocortisona 15mg + oxitetraciclina 5mg (Terra-Cortryl®, Zoetis BR) 
antes de serem utilizadas (TRALDI, 1994). 
A esponja deve ser inserida profundamente na vagina das ovelhas, junto 
à cérvix uterina, permanecendo por doze (12) dias, após esse tempo retira-se a 
esponja e aplica-se em seguida, eCG, IM. Vinte quatro horas depois o carneiro 
é colocado no lote (Fig.10). 
 
 
20 
 
 
Fonte: Adaptado de TRALDI, 1994. 
Figura 10 Protocolo de indução de cio em ovelhas com esponja intravaginal e 
aplicação de eCG. 
 
4.5.1. Protocolo alternativo com esponja intravaginal e outra associação 
farmacêutica 
A esponja deve ser inserida profundamente na vagina, seguida de 
aplicação de progesterona e benzoato de estradiol (BE), ambos IM. A esponja 
permanecerá por quatro (4) dias, após esse período ela será retirada e aplica-se 
o cloprostenol. Quarenta e oito horas depois (no dia seis), aplica-se hormônio 
liberador de gonadotrofina (GnRH). Vinte e quatro horas depois da aplicação de 
GnRH (no dia sete) o carneiro é colocado no lote, permanecendo por cinco dias, 
ou seja, até o dia onze (Fig. 11). 
 
Fonte: Adaptado de Takada et al., 2009. 
Figura 11 Protocolo com esponja intravaginal e aplicação de 
benzoato de estradiol, cloprostenol e GnRH. 
 
 
 
21 
 
5. ULTRASSONOGRAFIA 
Para avaliar-se a taxa de gestação obtida na estação de monta, além da 
anotação das coberturas, é importante a utilização da ultrassonografia como 
ferramenta de diagnóstico (FELICIANO et al., 2008) 
O diagnóstico gestacional por meio da ultrassonografia (Fig. 12) ampara 
o produtor e médico veterinário na tomada de decisões rápidas que visam tanto 
a potencializar o lucro como o bem-estar animal. Tem confirmado como 
benefício, o diagnóstico precoce, acompanhamento do feto e detecção de 
possíveis anormalidades. Um ponto favorável é que o diagnóstico não é 
prejudicial à saúde das ovelhas e dos fetos. Permite estimar a idade gestacional, 
avaliar as condições dos ovários, do útero e verificar os sinais de viabilidade fetal 
(SANTOS et al., 2017). 
 
Fonte: Aline Albuquerque. 
Figura 12 Imagens ultrassonográficas de diagnóstico de gestação com 30 dias 
(A) e 45 dias (B). Em A, observa-se a vesícula gestacional, onde se 
pode avaliar os batimentos cardíacos (círculo) e, em B, já se pode 
observar as costelas dos fetos. 
 
O diagnóstico por meio do ultrassom deve ser realizado por um médico 
veterinário habilitado e, no caso da monta controlada, serve para a tomada de 
decisão sobre o destino das ovelhas que não emprenharam e para a separação 
dos lotes de ovelhas prenhes. 
 
22 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A ovinocultura é uma atividade econômica crescente no Brasil, contribui 
com a rentabilidade das pequenas, médias e grandes propriedades rurais e 
fornece carne de qualidade e sabor para a alimentação humana. 
Para o desenvolvimento da ovinocultura é de fundamental importância a 
implantação e adoção de manejos sanitários, nutricionais e reprodutivos, visando 
sua produção e produtividade. 
Dentre as ações de manejo reprodutivo que podem ser utilizadas na 
criação de ovinos, destacamos a seleção genética e a avaliação da capacidade 
reprodutiva de reprodutores e matrizes, a serem realizadas por um Médico 
Veterinário, a implantação de estação de monta e a sincronização de cio, visando 
melhorar a eficiência reprodutiva e consequentemente a produção e 
produtividade do rebanho. 
É importante assinalar que, apesar do presente trabalho ser direcionado 
para criadores de ovinos, os protocolos contidos no texto podem ser utilizados 
pelos criadores de caprinos, pois a fisiologia da reprodução é praticamente a 
mesma entre as duas espécies de pequenos ruminantes. 
 
 
 
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