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Doença Celíaca (Dietoterapia)

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. . DIETOTERAPIA I . .
FSM
2022.1
Doença celíaca (DC) .
1.1. Definições
“Doença celíaca é uma doença autoimune crônica de múltiplos órgãos que afeta o intestino delgado em pessoas
geneticamente predispostas precipitada pela ingestão de glúten. Historicamente, costumava ser conhecido como
espru celíaco, enteropatia sensível ao glúten ou espru não tropical.”
–É uma reação imunológica causada pelas ptn´s que compõem o glúten presentes no trigo,
centeio e cevada.
-Pode ser subdividida em: DC soronegativa, de resposta lenta e DC refratária.
Manifestações:
-Dermatite herpetiforme (DH): são lesões cutâneas da DC caracterizadas por aglomerados
herpetiformes de pápulas e vesículas urticadas pruriginosas na pele.
-Ataxia de glúten: ataxia é equilíbrio ou coordenação motora prejudicados; ocorre de forma
esporádica quando há um diagnóstico positivo de DC, sem possibilidade de haver outra causa.
-Sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC): é uma condição caracterizada por sintomas
semelhantes à síndrome do intestino irritável (SII) e manifestações extraintestinais, sem
diagnóstico de DC, dieta com presença de glúten, inibidores de amilase-tripsina ou frutanos
(compõem o trigo).
1.2. Fatores epidemiológicos:
-Aumento do número de diagnósticos (MELHORA DOS PARÂMETROS), com maior prevalência
em homens, sem distinção de faixa etária.
-A presença de algumas doenças autoimunes como DM1, outras doenças autoimunes, síndrome
de Down, podem favorecer o aparecimento da CD.
1.2.1. Genética:
-Os genes HLA-DQ (que podem variar em DQA, DQB1, DQ2) apresentam o glúten como
antígeno, e dependendo do gene a doença se manifesta de diferentes formas. Mas apenas a
genética sem o fator ambiental não é capaz de criar a patogenicidade da DC.
1.2.2. Fatores Ambientais
-Exposição ao glúten/ tempo de exposição são fatores ambientais que podem levar a DC.
-Bem como infecções gastrointestinais, medicamentos e cirurgia também podem ser implicados
como fatores desencadeantes.
6. Gerenciamento dietético
6.1. Dieta livre de glúten
-A base do tratamento da doença celíaca é uma dieta sem glúten (CUIDADO COM A
CONTAMINAÇÃO CRUZADA).
-Dieta rica em fibras.
-Cuidado com a aveia.
-Separar ou lavar cuidadosamente os utensílios de cozinha
-Alimentos glúten free são mais caros que os equivalentes que contêm glúten na
composição.
Obs: apesar de a quantidade de glúten tolerável variar de pessoa para pessoa, estudos
afirmam que ingerir menos de 10 mg não tem efeito na histologia da mucosa (SEM CRISE
ATUAL).
6.1.2. Papel do nutricionista
-O nutricionista tem papel muito importante no auxílio de pessoas com DC ele além de educá-los
a seguir uma dieta livre glúten (GFD) com fornecimento saudável de fontes alternativas ele deve
avaliar as deficiências nutricionais atuais e futuras.
-Má adesão à dieta: riscos de linfoma e o desfecho da gravidez.
-Uma adesão adequada: melhora nos sintomas, na cicatrização da mucosa e diminui riscos de
doenças cardiovasculares.
- DC não tratada: aumento da prevalência de baixa densidade mineral óssea.
6.2. Deficiência de micronutrientes em pessoas com Doença celíaca
A dieta sem glúten em si tem limitações no valor nutricional:
-Deficiência de ferro: presente em 7 a 80% no momento do diagnóstico. A anemia ferropriva
está presente em 2 a 5% dos pacientes com DC.
-Deficiência de folato e B12 (5-41% dos casos): a suplementação ajuda a melhora da ansiedade
e depressão.
-Deficiência de Vit D e cálcio: a deficiência de vit D pode ser devido a dificuldade na absorção
de gorduras é possível intolerância à lactose junto da DC. Podem se normalizar de 1 a 2 anos
após a implementação de uma dieta sem glúten estrita.
-Zinco: redução do crescimento e síntese proteica. A má absorção também pode levar a
deficiência de cobre.
6.2.2. Outras deficiências
-O sobrepeso tem prevalência 40% e a obesidade 13% das pessoas com doença celíaca.
-Uma GFD é geralmente pobre em fibras>CONSTIPAÇÃO.
-Crianças com GFD aumentaram a ingestão de açúcar simples.
6.2.3. A síndrome metabólica na DC após uma DSG
-Existem relatos que levaram a preocupação de desenvolvimento de síndrome metabólica
hepática em pacientes com DC em DSG. Porém, outros estudos mostram que não.
2
-Então o aconselhado é sempre informar sobre esse possível risco e aconselhar uma dieta
saudável e um estilo de vida ativo.
11. Sensibilidade ao Glúten Não Celíaca (SGNC)
11.1. Aspecto Clínico
A SGNC (Sensibilidade ao Glúten não celíaca) é caracterizada por sintomas semelhantes
a SII (Síndrome do intestino irritável e manifestações extra intestinais, ocorrendo em poucas
horas ou dias após ingestão de glúten. MENOS ASSOCIADA AO FATOR HEREDITÁRIO.
11.2. Patogênese
O evento desencadeante envolve principalmente a reposição do epitélio intestinal ao glúten
da dieta. O SGNC pode ser mais uma resposta imune inata do adaptativa. Alterações no
microbiana intestinal produzidas pelo consumo de glúten também podem influenciar a SGNC.
11.3. Diagnóstico
Não existem marcadores Bioquímicos, imunológicos ou histopatológicos específicos
associados a SGNC. O Diagnóstico deve ser considerado em pacientes com queixas intestinais
presentes com resultados normais dos marcadores sorológicos DC e WA em dieta contendo
glúten.
Gestão
A GFD ajuda a resolver os sintomas intestinais e está intestinais.
PASSOS:
1-SINTOMAS EM DIETA COM GLÚTEN;
2-GFD;
Recomendações:
1- A SGNC pode ser considerada em pacientes com queixas intestinais ou extra
intestinais ( Recomendações fortes, nível moderado de evidências).
2- Sorologia e histologia do intestino delgado ( Recomendações forte, nível moderado e
evidências).
3- O Diagnóstico do SGNC é excluído em indivíduos que não apresentam melhoras
sintomática após semanas ( Recomendações forte, nível moderado de evidências).
4- Um GFD menos rigoroso pode ser suficiente em comparação com aquele DC (
Recomendações condicional, baixo nível de evidências).
5- Os pacientes que apresentam um teste negativo de glúten ( Recomendações
condicional, baixo nível de evidência).
REFERÊNCIAS:
Al-Toma, Abdulbaqi et al. Diretriz da Sociedade Europeia para o Estudo da Doença
Celíaca (ESsCD) para doença celíaca e outros distúrbios relacionados ao glúten. United
European Gastroenterology Journal, 2019, v. 7, p. 586, 598, 599, 610.
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