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Fluidoterapia na emergencia

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Emergência e Cuidados Intensivos 
Fluidoterapia na emergência

Opções de fluidoterapia: 
- Cristalóides isotônicos: Ringer lactato, solução fisiológicas. 
Quantidade salina semelhante a do sangue. 
- Cristalóides hipertônico: soluções ricas em sal 
- Colóides sintéticos: substância com moléculas grandes que 
seguram dentro do vaso 
- Hemocomponentes: derivados de sangue. 
Cristalóides Isotônicos: 
São chamados assim, pois tem basicamente a mesma 
osmolaridade do plasma sanguineo. Tem basicamente só sódio e 
cloro, deixando de oferecer outros eletrólitos. É um fluído que 
embora não exerça efeito osmótico, tem efeito de diluição do 
plasma, além de dar um excesso de sal para o paciente. 
Portanto, não mantem os níveis plasmáticos de eletrólitos. 
Hoje em dia, é empregado o uso mais moderado dessas 
soluções na fluidoterapia de animais hipotensos, pois, o uso 
indiscriminado desses fluídos leva a queda do potássio e elevação 
de cloro, produzindo alteração eletrolítica e de pH no sangue, 
além de levar a produção de edema. 
Independente do que o animal tenha, é utilizado cristalóides 
isotônicos, mas pode ou não ser associado com outra opção de 
fluido. 
As demais opções melhoram a volemia (mantem fluido no vaso) 
mas não hidratam as células pois o líquido não vai pra célula, e é 
por isso que o cristalóide isotônico é usado. Porém, quando usado 
o cristaloide isotônico para realizar a reposição deve ser feito 4x 
o volume perdido. Por conta disso, é um tipo de fluido que causa 
muito edema, já que 75% da quantidade sai da veia em 1 hora. 
O edema levará a má oxigenação do tecido, aumentando a 
mortalidade. Deve ser usado portanto somente quando o animal 
está pertencendo ou perdeu volume. Se o animal não tem 
nenhum tipo de perda de líquido, a principio, não se faz grandes 
volumes de soro. 
Teste de carga: 
Quando o animal está hipotenso, pode ser feito um teste de 
carga 
A taxa utilizada na bomba de infusão é de 20 ml/kg/h ou seja, 
basta multiplicar 20 pelo peso. No entanto não será utilizado todo 
o volume, pois a fluído será administrada por 30 a 40 minutos 
Exemplo pensando num cão de 5kg: 
- Bomba de infusão que pede a taxa: 20ml/kg/h → 20 x 5kg 
= 100mL/h - tempo: 30 a 40 minutos. 
- Bomba de infusão que pede volume total e tempo: 10ml/kg 
→ 10 x 5 = 50ml - tempo: 30 a 40 minutos. 
- Sem bomba de infusão: 20ml/kg/h → 20 x 5kg = 100mL/h 
→ Transformar em gotas (100 microgotas/min → 33 gotas/ 
min) 
Tamanho do cateter: 
- Animal com menos de 5kg: amarelo(24) ou azul (22), sendo 
o azul o mais recomendado. 
- Animal de 5 a 10kg: azul(22) ou rosa(20), sendo o rosa o mais 
indicado, porém pode ser difícil com animal hipotenso. 
- Animal com mais de 10kg: cateter rosa (20) no mínimo. 
- Animal com mais de 30kg: ideal ter dois acessos 20 ou 18. 
Não se deve diluir glicose no soro da prova de carga, pois a 
glicose é muito osmótica, e irá piorar o resultado da fluidoterapia. 
Caso o animal esteja hipoglicêmico, pode-se fazer um bólus para 
melhorar a glicemia. 
Qual usar? 
A principio o ringer lactato é um pouco melhor, mas a solução 
fisiológica não perde muito nesse aspecto. 
�1
E quanto utilizar de fluido após a prova de carga: 
Pode ser realizado 3ml/kg/hora inicialmente, mas depois, é 
importante calcular o balanço hídrico, ou seja, medir o quanto o 
animal está perdendo de líquido menos o que você está 
administrando (pesar vômito, urina do tapete higiênico, etc). 
Cristalóides Hipertônicos: 
É um soro com muito sal, aproximadamente 8 vezes mais sal 
que o sangue, tanto que é chamado de salgadão na medicina. 
Pode ser usada quando não é possível fazer uma evolução 
volumétrica rápida, mas precisa.. Por exemplo, um animal grande 
com veia ruim, sendo preciso usar cateter pequeno. 
É recomendado também utilizar em pacientes que já tenha 
tomado muito fluído e/ou tenha sinais de edema. Ele puxa pra 
dentro do vaso o líquido que virou edema, melhorando o volume 
sem causar edema. 
Tem como desvantagem o fato de que só estabiliza a pressão 
por 1 hora, após isso irá cair de novo. Além disso, você está 
enchendo o paciente de sal, causando grande desequilíbrio de 
eletrólitos. No entanto, é a forma mais rápido e fácil de estabilizar 
a pressão. 
Como fazer a solução hipertônica (Cloreto de sódio a 7,5%): 
Se subtrai a porcentagem da solução que possui pela 
porcentagem desejada. 
Sol. fisiológica a 0,9% 12,5 ml de Sol. Fisiológica 
 
 7,5% 
Solução salina a 20% 6,6 ml de Solução salina 
O resultado será 20ml de solução de cloreto de sódio a 7,5%. A 
quantidade por paciente é de 2 a 4ml/kg, sendo que a 
quantidade irá variar de acordo com o quadro do paciente 
(quanto mais hipotenso, mais solução). 
Exemplo: Paciente de 20kg muito hipotenso → 20 x 4 = 80mL 
que deve ser aplicado em 20 minutos. 
Para facilitar em grandes volumes, usa-se 1/3 de solução salina e 
dois terços de solução fisiológica: 
80mL de → 1/3 Solução Salina 20% = 26,6 ml 
 → 2/3 Solução fisiológica 0,9% = 53,3 ml 
Em quem não usar hipertônica: 
- Animais muito desidratados 
- Animais com exames indicativos de hipernatremia. 
Hemocomponentes: 
Normalmente utilizados quando o animal perdeu mais de 30% da 
volemia (pensando em hemorragia, não em anêmicos). Isso pois, 
com menos de 30%, pode-se repor só com soro. 
Com isso, pode-se fornecer componentes específicos dos quais 
o paciente esteja em débito. Porém a fatores limitantes: reações 
transfusionais e dificuldade de doadores. 
Deve-se evitar ao máximo coleta de sangue de paciente que 
não passou pelo controle de qualidade de um banco de sangue. 
Isso pois, desta forma se diminui a chance de transmissão de 
doenças. Além disso se evita a transfusão de sangue total, pois 
tem eficiência limitada e só deve ser usado em ultimo caso, se 
não for possível conseguir o fracionamento. 
Para pacientes com proteína baixa: Utilizar albumina, o único que 
consegue aumentar a albumina de fato, embora tenha um preço 
elevado. Se não for possível conseguir albumina, usar o plasma, 
que não aumentará de forma significativa o valor de albumina do 
paciente, mas irá ajudar, e é barato. 
Pacientes com distúrbios de coagulação não relacionados com 
trombocitopenia: O mais indicado é o uso do plasma. 
Pacientes com distúrbios de coagulação relacionado com 
trombocitopenia: Utilizar o concentrado de plaquetas. 
Paciente com perda de sangue de mais de 30% da volemia: 
Utilizar concentrado de hemácias. 
�2
Paciente anêmico: Utilizar o concentrado de hemácias. 
Paciente com hemorragia, sem possibilidade de uso de 
concentrado de hemácias: utilizar o sangue total. 
Quanto usar: 
- Albumina: 20 mL/Kg 
- Plasma: 10 mL/Kg 
- Concentrado de plaquetas: 1 bolsa/ 10Kg 
- Concentrado de hemácias: 15mL/ Kg 
- Sangue total em hemorragia: 70 (gato) ou 90 (cão) x Peso x 
% Sangramento / 100. 
Quanto sangrou? 
Colóides Sintéticos: 
Já foram muito utilizados em emergências, pois estabiliza muito 
bem a pressão arterial. No entanto, foi percebido que funciona 
como um corpo estranho, aumentando a mortalidade. Hoje em 
dia só é usado em pacientes totalmente refratários à outros 
fluídos. Tem grupo a base de amido hidroexietílico e a base 
gelatina. Exclusivamente intravascular, sendo indicado 10ml/kg. 
�3

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