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Turma IV Maria Luiza Vargas Tristão Apg1: avc isquêmico e hemorrágico 1. Morfofisiologia do SNC (polígono de Willis, áreas de brodmann e função de cada lobo) 2. Compreender o AVC isquêmico e o hemorrágico: etiologia, FR, manifestações clínicas e fisiopatologia) 3. Entender a conduta para diferenciar o AVC isquêmico e hemorrágico na emergência. Polígono de Willis • Formado pela anastomose entre 2 artérias carótidas internas e 2 vertebrais. As artérias comunicante anterior, cerebrais anteriores, carótidas internas, comunicantes posteriores, cerebrais posteriores e basilar contribuem. Situam-se no espaço subaracnóideo e seus ramos anastomosam-se sobre a face inferior do encéfalo formando o polígono de Willis. Artéria carótida interna Ascende no pescoço e perfura a base do crânio atravessando o canal carótico do osso temporal. • Artéria oftálmica • Artéria comunicante posterior • Artéria corióidea • Artéria cerebral anterior: unidas pela artéria comunicante anterior. Supre a “área da perna” do giro pré-central e o giro do cíngulo, responsável pela iniciativa. • Artéria cerebral média: Ramos corticais suprem toda a face lateral do hemisfério que também são pela artéria cerebral posterior. Passa pelo aqueduto de Sylvius. Essa artéria supre toda a área motora, exceto a área da perna, área sensitiva primária, área de Broca e área de Wernicke. Artéria vertebral Ramo da 1ª parte da artéria subclávia, atravessa os forames nos processos transversos de 6 vértebras cervicais superiores. Entra no crânio pelo forame magno. • Ramos meníngeos: osso e dura-máter. • Artéria espinal posterior e Artéria espinal anterior • Artéria cerebelar inferior posterior (vai para o plexo coróide tbm) • Artérias medulares Artéria basilar • Artérias da ponte • Artéria do labirinto ramo da artéria cerebelar inferior anterior. • Artéria cerebelar inferior anterior • Artéria cerebelar superior • Artéria cerebral posterior: parte do lobo temporal e lobo occipital • Ramos centrais perfuram a substância cerebral e suprem partes do tálamo e do núcleo lentiforme, mesencéfalo, glândula pineal e o corpo geniculado medial. • Ramo corióideo Áreas corticais Lobo frontal Giro pré-central. Divide-se em: • Região posterior: área motora ou área motora primária (B4) • Região anterior: área pré-motora ou área motora secundária (B6 e partes da B8, 44, 45) Divide-se em 3 ramos colaterais: oftálmica, comunicante posterior e coróide interna. O território irrigado pela carótida corresponde a 2/3 do encéfalo. Turma IV Maria Luiza Vargas Tristão A área motora primária se estimulada produz movimentos no lado contralateral e contração dos músculos responsáveis pelo movimento, motricidade voluntária. Os esfíncteres anal e vesical também situam-se no lóbulo paracentral, a área do córtex que controla cada movimento depende da habilidade desenvolvida na execução do movimento e não depende da massa muscular que participa do movimento. A função da área motora primária é realizar os movimentos individuais de diferentes partes do corpo, ela recebe fibras aferentes da área pré-motora, córtex sensitivo, tálamo, cerebelo e núcleo da base. O córtex motor primário responsável pela estação final para conversão da concepção na execução do movimento. Área pré-motora • Armazena programas de atividade motora concebidos em decorrência da experiência prévia. • Programa a atividade da área motora primária. • Implicada no controle de movimentos posturais grosseiros Área motora suplementar Sua estimulação acarreta movimentos dos membros contralaterais, porém necessita de um estímulo mais forte. Campo ocular frontal • Área facial do giro pré-central para a frente, até o giro frontal médio (partes das áreas B 6,8 e 9) • Movimentos dos olhos para lados opostos. • O acompanhamento involuntário de objetos em movimento pelos olhos envolve a área visual do córtex occipital. Área motora da fala de Broca (B44 e 45) • Giro frontal inferior Maioria no hemisfério esquerdo, sua ablação pode causar paralisia de fala. Executa a formação de palavras, estimula os músculos da laringe, boca, língua, palato mole e os músculos respiratórios apropriadamente. Córtex pré-frontal B9|10|11|12. Está implicada na personalidade do indivíduo, regula profundidade do sentimento, influencia a iniciativa e o discernimento do indivíduo. Lobo parietal Área somestésica primária (córtex sensitivo somático primário S1) - B1,2,3 • Ocupa o giro pós-central A divisão das áreas é de acordo o número de receptores sensitivos. Face, lábios, polegar e dedo indicador → áreas grandes. A maioria das sensações chega a partir do lado contralateral do corpo, mas algumas sensações da região oral chegam do mesmo lado e as da faringe, laringe e períneo seguem para os 2 lados. Área somestésica secundária (córtex sensitivo somático secundário), B5 e 7. • Importância dessa área não é compreendida. • Responde a estímulos cutâneos transitórios, como toques de escova ou batidinhas na pele. Área de associação somestésica • Lóbulo parietal superior, estende-se até B5 e 7. • Estereognosia (reconhecimento dos objetos na mão com os olhos fechados). Lobo occipital Área visual primária (área B17) Área visual secundária (B18 e 19) recebe aferências da área B17 e de outras. Ela relaciona as informações visuais com experiências prévias, permite que o indivíduo reconheça e analise o que vê. Campo ocular occipital • Fica na área visual secundária • Desvio conjugado dos olhos, principalmente para o lado oposto. • Função reflexa e associada aos movimentos dos olhos quando eles estão perseguindo um objeto. Lobo temporal Área auditiva primária (B41 e 42) • Rrecepção de sons de baixa e alta frequência. Turma IV Maria Luiza Vargas Tristão • Lesão unilateral da área auditiva produz surdez parcial nas 2 orelhas, mas a perda é maior na orelha contralateral. Área auditiva secundária • Associação auditiva, interpreta sons e associa o input auditivo com outras informações sensitivas. • Recebe impulsos da área primária e do tálamo. • No sulco lateral e no giro temporal superior (B22) Área sensitiva da fala de Wernicke Hemisfério esquerdo dominante, principalmente no giro temporal superior. Permite a compreensão da linguagem escrita e falada, permite que a pessoa leia uma frase, compreenda-a e a pronuncie em voz alta. Outras áreas corticais A ínsula está oculta dentro do suco lateral (assoalho), acredita-se que ela esteja relacionada com planejamento ou coordenação dos movimentos articulatórios necessários a fala. Área da gustação (B43) • Extremidade inferior do giro pós-central Área vestibular Próximo a parte do giro pós-central implicado com a sensibilidade da face. Junto com a parte vestibular da orelha interna avalia as posições e movimentos da cabeça no espaço. Por meio de conexões nervosas, os movimentos dos olhos e os músculos do tronco e membros influenciam na manutenção da postura. Acidente vascular cerebral • 2ª causa de mortalidade • O diagnóstico do AVC é clínico radiológico Ataque isquêmico transitório (AIT) • Déficit neurológico (encefálico, medular ou retiniano) agudo, de origem vascular, transitório, sem lesão tecidual a neuroimagem. Fisiopatologia = ao AVCI. • Maioria reverte em 1h e dura 1-10min, restabelece o fluxo sanguíneo. • Dura menos de 24h | 80% dos casos a maioria dos pacientes já se recuperaram ao chegar ao hospital. • A principal causa é a oclusão por material embólico vindo de uma placa de ateroma próximo ao vaso ocluído ou êmbolo de origem cardíaca. • 10-20% dos AITs podem evoluir para AVC em 90d AITs em que sintomas transitórios não se repetem por ocorrer em ≠ territórios arteriais, o êmbolo pode ser de origem cardíaca. Acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) Disfunção neurológica decorrente de isquemia focal cerebral ou retiniana,os sintomas típicos duram +24h e há lesão em exames de imagem (TC e RM), 80% dos AVC. • Uma diminuição do fluxo sanguíneo para zero causa morte do tecido cerebral em 4-10min. Fisiopatologia Redução do fluxo sanguíneo para determinada área do encéfalo, gerando isquemia com necrose e perda do tecido cerebral. A redução do fluxo sanguíneo pode acontecer devido a hipovolemia, estenose da carótida ou obstrução por um êmbolo (arterial ou cardíaco), trombose arterial ou vasculite. Depende da existência de circulação colateral, anatomia vascular, local de oclusão e PA. O infarto cerebral focal pode ocorrer por 2 vias ≠ •Via necrótica: degradação do citoesqueleto celular é rápida devido e insuficiência de energia para a célula. •Via apoptótica: células são programadas para morrer. Turma IV Maria Luiza Vargas Tristão O excesso de glutamato causa neurotoxidade, devido a ativação dos seus receptores pós-sinápticos que aumentam o influxo neuronal de cálcio. Os radicais livres são produzidos devido a degradação dos lipídios da membrana e disfunção mitocondrial. As células fagocitárias produzem necrose de liquefação nessa região, deixando um aspecto cístico pelo centro liquefeito. Etiologia Aterosclerose de grandes artérias Artérias de grande calibre que fazem a irrigação cerebral e que podem ser divididas em extracranianas (EC) ou IC, podem levar a infarto por embolia ou hipofluxo. A principal artéria EC acometida é a carótida interna, principalmente por aterosclerose na região cervical. Infarto de pequenas artérias (infarto lacunar) Elas fazem perfusão de áreas mais profundas do encéfalo (lenticuloestriadas, talamoperfurantes, perfurantes pontinas), levam a isquemias pequenas (<15mm). HAS é o principal FR. + cápsula interna, tálamo e ponte. A maioria resulta da lipo-hialinose (alteração degenerativa do vaso), causada pela HAS crônica e predispõe à oclusão. Os vasos mais comumente envolvidos são as artérias lenticuloestriadas, surgem da artéria cerebral média proximal, comumente afetados são também os ramos da artéria basilar e cerebral posterior que penetram no tronco cerebral e tálamo. Cápsula interna (artérias lenticuloestriadas) ou ponte (perfurantes pontinas) • Hemiparesia motora pura • Disartria - síndrome da “mão desajeitada”: fraqueza facial central, disartria e disfagia graves, paresia e desjeito da mão (incapaz de usar a caneta normalmente). • Hemiparesia atáxica: hemiparesia e ataxia do lado com predomínio de paresia crural (fraqueza muscular das pernas). Tálamo contralateral (talamoperfurantes) • Puramente sensitivo, paresia contralateral Quando acomete as artérias lenticuloestriadas que irriga a cápsula interna pode ter síndrome do 1º neurônio motor: sincinesias, sinal de Babinski, hiperrreflexia, espasticidade e sinreflexia. Cardioembolia Entre as causas estão: hipertrofia do AE e arritmias, como FA, lesões cardíacas estruturais (MCD, valvulopatias graves, IAM, doença de Chagas e trombos intracavitários). Menos comum envolver a artéria cerebral anterior. Embolização paradoxal ocorre quando trombos venosos migram para a circulação arterial pelo forame oval. Outras etiologias • Vasculites: primárias, sistêmicas ou infecciosas (neurosífilis). • Endorcardite, deficiência de proteína S, LES, deficiência de antitrombina III. • Causas genéticas. • Criptogênico (indeterminado): diagnóstico de exclusão • Anemia falciforme é uma causa comum em crianças. Fatores de risco Modificáveis • HAS (principal FR), DM, dislipidemia, dCV • Tabagismo, alcoolismo • Estresse psicossocial, depressão • Obesidade abdominal, sedentarismo • Dieta pobre em vegetais e grãos e rica em carnes, ovos, frituras Não modificáveis • Idade avançada, +75 anos • Sexo masculino • Raça negra • História familiar Escala etiológica de TOA ST, p r i n c i p a i s mecanismos. A dissecção arterial é a principal causa de AVC em jovens. AVC I trombótico é +comum Ataxia: perda do equilíbrio e incoordenação dos movimentos. Turma IV Maria Luiza Vargas Tristão ↪︎ A doença carotídea assintomática, com estenose +50%, está presente entre 7-10% dos homens e 5-7% das mulheres +65 anos. Manifestações clínicas Mneumônico F (face): alterações, pode pedir para sorrir. A (arms): ≠ entre a altura dos braços elevados S (speak): alteração da fala T (time): horário de início (agir rápido) Artéria cerebral anterior • Frontalização • Monoparesia crural (+comum, é a perda de força em uma perna) • Hemiparesia (paralisia de uma parte do corpo) • Apraxia contralateral (perda da capacidade de executar movimentos) • Hemi/hipoanestesia do MMII contralateral • Abulia profunda: retardo nas respostas verbais e motoras. • Incontinência urinária. Artéria cerebral média • Déficit motor clássico: hemiparesia/plegia contralateral • Síndrome braquial: fraqueza da mão e/ou braço • Fraqueza facial com afasia motora (de Broca) • Afasia de expressão (de Wernicke) • Hemianopsia homônima: defeito visual que afeta igualmente a ambos os olhos, e ocorre tanto à esquerda ou à direita da linha média do campo visual • Quando o hemisfério dominante é comprometido: afasia global (Broca e Wernicke) • Hemisfério não dominante afetado: anosognosia, apraxia constitucional e negligência. O ramo da artéria carótida interna, a artéria oftálmica, ao ser comprometida pode ter cegueira monocular transitória ( a m a u ro s e f u g a z ) , v i s ã o t u r v a n e s s e o l h o e desaparecimento da metade superior ou inferior da visão. Artéria cerebral posterior AVC do pedúnculo cerebral, hemiplegia completa contralateral e paralisia do III par ipsilateral, que pode ou não ser acompanhada de parkinsonismo (substância negra) e hemibalismo contralateral (núcleo subtalâmico); AVC do tálamo posterolateral , hemianestesia contralateral e dor talâmica espontânea; Síndrome talâmica: tremor cerebelar e/ou coreoatetose. Se atingir parte do córtex occipital:hemianopsia homônima contralateral, dislexia sem agrafia, alucinações e distorções visuais, cegueira cortical (oclusão bilateral, é uma cegueira que preserva a fotorreação pupilar). Se envolver o lobo temporal medial e o hipocampo pode ter prejuízo da memória, principalmente se ocorrer no hemisfério dominante. Artéria basilar (inclusive cerebelar anterior inferior, cerebelar superior) Síndrome de Millard-Gubler-Foville (ponte baixa anterior): síndrome cruzada do VII e/ou VI par. Hemiplegia braquiocrural contralateral, paralisia facial periférica ipsilateral, acometimento do VI par ipsilateral (diplopia e estrabismo convergente); Síndrome do tegumento pontino (ponte média dorsal): síndrome de Horner ipsilateral, ataxia cerebelar ipsilateral, perda da sensibilidade vibratório-proprioceptiva contralateral. Síndrome de Horner: afeta um lado da face há ptose palpebral, miose e anidrose. Ocorre devido ao rompimento das fibras nervosas que conectam o cérebro ao olho. Mesencéfalo inferior, ponte, cerebelo superior e médio Nistagmo, vertigem, diplopia, desvio torsional, paralisias do olhar, perda hemissensorial ou sensorial cruzada, disartria, hemi ou tetraparesia, ataxia cerebelar ipsolateral, síndrome de Horner, coma (SRAA). Artéria vertebral e cerebelar posterior inferior • Síndrome sensitiva cruzada do V par (hemi/ hipoanestesia contralateral + hemi/hipoanestesia facial ipsilateral (síndrome alterna), disfagia + disfonias graves, síndrome de Horner ipsilateral, ataxia cerebelar ipsilateral, soluços incoercíveis. Turma IV Maria Luiza Vargas Tristão O infarto pode acarretar parada respiratória súbita. Sonolência, sinal de Babinski, disartria e fraqueza bifacial podem se manifestar por um breve período. Instabilidade da marcha, cefaleia, tontura, náuseas e vômitos podem ser os únicos sinais e sintomas iniciais. ↪︎As manifestações dependem da circulação colateral. Acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH) | Hemorragia intraparequimatosaespontânea • 20% dos casos de AVC • Pode ser : hemorragia intraparenquimatosa, subaracnóidea, subdural, epidural, infarto isquêmico hemorrágico. O AVCH hipertensivo acontece em sítios típicos, na irrigação de artérias profundas (núcleos da base, tálamo, ponte, cerebelo e substância branca subcortical). O aumento da hemorragia leva ao aumento da pressão IC. O edema peri-hematomal é comum e pode estar relacionado a isquemia neuronal local ou acúmulo de fatores citotóxicos, a expansão mais rápida do edema ocorre nas primeiras 48h. Os sítios mais comuns de AVC hemorrágico são putaminal (HAS) e lobar (angiopatia mieloide). Pessoas com +70 anos, hemorragia IC e PA normal sugere AVCh por angiopatia mieloide. Etiologias Primários • HAS (40-70%) • Angiopatia amilóide (5-10%): parietal e occipital, devido ao acometimento de vasos da circulação distal. Secundários • Malformações vasculares (4-10%) • Neoplasias IC (2-10%) • Coagulopatia, anticoagulantes (9-14%) • Transformação isquêmico hemorrágica • Trombose venosa cerebral, vasculites • Uso de drogas e medicações Fisiopatologia Hematomas epidurais e subdurais • Comum serem sequelas de traumatismo craniano H. epidurais normalmente se originam de dano a uma artéria, geralmente a artéria meninge média, que pode ser rompida devido a uma pancada no osso temporal. A expansão da lesão que pode causar herniação do encéfalo e piora dos sintomas. Hematomas subdurais normalmente se originam de sangue venoso que vaza de veias corticais rotas transpondo o espaço subdural, podem ser rotas por traumatismos leves, em especial em idosos. Hemorragia subaracnóide Pode ocorrer por traumatismo craniano, extensão de sangue a partir de outro compartimento para dentro do espaço subaracnóideo ou ruptura de um aneurisma arterial. A disfunção cerebral ocorre devido ao ↑ pressão IC e por efeitos tóxicos do sangue subaracnóideo (rigidez de nuca) sobre o encéfalo e vasos cerebrais, pode ter sinais de irritação meninge, hemorragias retinianas e “pior cefaleia da vida". Causa ++ comum: ruptura de um aneurisma em amora que pode ser originado de uma fragilidade congênita da parede dos vasos grandes do encéfalo, comum serem sintomáticos depois dos 40 anos. Hemorragias muito grandes podem causar isquemia encefálica global e coma prolongado. • Na hemorragia subaracnoide a cefaleia pode ser descrita como a pior dor da sua vida, dor cervical e nucal, fotofobia. • A cefaleia pode regredir em minutos-horas (cefaleia sentinela). Hemorragia intraparenquimatosa Elevações agudas da PA ou distúrbios que enfraquecem os vasos • + comum dos AVCh • Hipertensão crônica é FR + comum O acometimento do tronco encefálico causa diplopia, disfagia, disartria e perda da consciência. O mais comum é o hipertensivo, causado pelo rompimento dos aneurismas de Charcot-Bouchard. Turma IV Maria Luiza Vargas Tristão Em hipertensos, pequenos aneurismas de Charcot- Bouchard aparecem na parede das artérias penetrantes. Eles ocorrem devido a adaptação da variação da pressão. • Hemorragias hipertensivas ocorrem principalmente nos núcleos da base, tálamo, ponte e no cerebelo, menos comum na substância branca cortical. Outras causas de hemorragias intraparenquimatosas incluem malformações vasculares (vasos frágeis) que podem se romper mesmo com a PA normal e certos tumores encefálicos (ex.: glioblastoma multiforme) que induzem a proliferação de vasos frágeis dentro do tumor. • Distúrbios plaquetários e de coagulação • Cocaína e anfetaminas elevam rapidamente a PA e são a causa mais comum em adultos jovens. • Angiopatia amilóide cerebral: principalmente em idosos, pode estar relacionado com Alzheimer. O depósito de amilóide enfraquece a parede dos vasos. Manifestações clínicas • Semelhantes ao AVCI O padrão de déficits resultante da hemorragia são menos previsíveis pois depende da localização do sangramento e de fatores que afetam a função de regiões do encéfalo distantes da hemorragia (↑ pressão IC, edema encefálico, compressão de tecido encefálico vizinho, ruptura do sangue pa ra den t ro dos ven t r í cu los , e spaço subaracnóideo). MC agudas • Cefaleia, vômitos, , sonolência, crises convulsivas e rebaixamento do nível de consciência - sinais de HIC. • Outras específicas do sítio de sangramento Comum a progressão em algumas horas. No caso de hemorragias talâmicas deve estar atento a hidrocefalia devido a obstrução do aqueduto de Sylvius. Quando o sangramento comprime regiões do SARA (vigília), como tálamo e mesencéfalo, pode levar ao coma. Condutas para diferenciar AVC isquêmico e hemorrágico na emergência Deve realizar: glicemia capilar, hemograma, TP, TTPa, B- hCG (se mulher em idade fértil), ECG e TC sem contraste (principal). D-dímero Perguntar sobre FR, medicamentos em uso, comorbidades prévias e horário de início dos sintomas. Se o paciente já acordou com os sintomas neurológicos considera o horário que o paciente foi dormir. O paciente é candidato a trombólise se o horário é menor do que 4,5h. Tomografia de crânio Principal exame, a função dela não é identificar a isquemia, mas sim excluir o sangramento IC. Deve ser feita sem contraste.Na maioria das isquemias a TC é sem alterações, há sinais que mostram que houve oclusão das artérias, como o sinal da artéria carótida média hiperdensa. A visualização de edema extenso, multilobar, envolvendo mais que 1/3 do território cerebral contraindica trombólise, pelo risco de transformação hemorrágica. • TC deve ser realizada em até 20min Nas primeiras horas após o início dos sintomas a TC pode ser normal ou alterações sutis, como apagamento dos sulcos corticais ou perda da diferenciação entre substância branca e cinzenta. Depois, a hipoatenuação corresponde ao infarto encefálico. AVCI A conduta deve ser precoce para impedir que a penumbra (tecido neuronal em risco, mas ainda viável) evolua para área de infarto A RM é indicada se não tiver nenhuma lesão vascular na angiografia cerebral, ela tem alta sensibilidade para identificar angiomas cavernosos. Nas primeiras horas dos sintomas, a RM é mais sensível do que a TC para o diagnóstico de AVCI. ➠ Neuroanatomia de Snell ➠ Tratado de Neurologia da academia brasileira de neurologia ➠ Neurologia de Harrison ➠ Fisiopatologia da doença, Hammer ➠ Clínica médica da USP ➠ A neurologia que todo médico deve saber ➠ Livro Medcel Pode pedir para falar “O rato roeu a roupa do rei de Roma”. OBS: zona de penumbra é o acometimento funcional mas não estrutural.
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