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Assistência e Patologias Cardiológicas Disciplina de Cardiologia FACULDADE SANTA MARCELINA MAYARA SUZANO DOS SANTOS TURMA XIV A 7º Semestre – 2022.1 CARDIOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 7º Semestre – 2022.1 2 CONCEITOS DE FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR PROPRIEDADES CARDÍACAS CICLO CARDÍACO1 BULHAS Cronotropismo/ automaticidade: o ♥ tem capacidade de gerar o próprio estímulo no nó sinusal ▪ Cronotropismo + = ↑ FC ▪ Cronotropismo - = ↓ FC Batmotropismo/ excitabilidade: capacidade de transmitir esse estímulo Dromotropismo/ condutibilidade: capacidade de conduzir o estímulo através dos miócitos Inotropismo/ contratilidade: capacidade contrátil a partir de um estímulo ▪ Inotropismo + = ↑ contratilidade ▪ Inotropismo - = ↓ contratilidade Durante cada batimento, o coração repete ciclicamente uma série de eventos hemodinâmicos representados por alterações de pressão e volume2, bem como da atividade elétrica. FASES 1. Diástole ventricular (enchimento do ventrículo): ▪ Início = 45 ml (volume sistólico final = qtd de sg que permanece na câmara) ▪ Pressão diastólica ventricular ≌ 0 < que a atrial → abertura das valvas AV → passagem de 2/3 do sg atrial passivamente no 1/3 inicial da diástole ▪ Parte do sg flui normalmente no 1/3 médio da diástole lentamente ▪ No 1/3 final da diástole, ocorre a sístole atrial para passagem do sg restante, chegando ao volume diastólico final 2. Contração isovolumétrica: ocorre entre o VE e a aorta → suas pressões são semelhantes, portanto a valva aórtica se mantem fechada, não havendo passagem do sangue, ou seja, o volume ventricular permanece constante. 3. Ejeção: ↑ PA sistólica por contração ainda maior do coração, excedendo a PA aórtica → abertura das valvulas semilunares → ↓ volume ventricular = ejeção ▪ O ↑ da pressão ventricular ocasiona o fechamento da valva mitral ▪ O VE não esvazia por diferença de pressão → ejeção ocorre ativamente - Fase ejeção rápida (1/3 do período) → passagem de 70% do volume - Fase de ejeção lenta (2/3 do período) ▪ O trabalho mecânico do coração é determinado pelo total da área da relação pressão- volume2 → por esse motivo as curvas de pressão do VE e aorta praticamente se igualam durante esta fase - O volume de sangue ejetado (volume sistólico) é dado pela diferença entre os volumes diastólico e sistólico finais - A fração de ejeção (FE) é um índice de função cardíaca e é dado a porcentagem de volume diastólico final ejetado a cada batimento 4. Relaxamento isovolumétrico: necessidade de relaxamento do VE para novo enchimento ▪ ↓ pressão ventricular = relaxamento dos miócitos → permite o reinício do ciclo ▪ Ocorre com o fechamento da valva aórtica (incisura dicrótica) ▪ Volume ventricular é constante (isovolumétrico) 1ª bulha (B1): fechamento das valvas AV (coincide com o ictus cordis e pulso carotídeo) ▪ + grave e maior que a 2ª (TUM) ▪ Equivale à SÍSTOLE ▪ Em metade das pessoas, escuta-se o componente mitral antes da tricúspide → mitral precede a tricúspide 2ª bulha (B2): fechamento das valvas aórtica e pulmonar ▪ + agudo e seco (TA) ▪ Equivale à DIÁSTOLE ▪ Valva aórtica precede o fechamento da pulmonar ▪ Desdobramento fisiológico de B2 → durante a inspiração, ocorre atraso do fechamento da valva pulmonar, alterando fisiologicamente o som de B2 (“TLÁ”), devido a ↓ pressão intratorácica que ↑ RV e aumenta a passagem de sangue pela a pulmonar 3ª bulha (B3): ruído que se origina das vibrações da parede ventricular subitamente distendida (tensa) pelo sg durante a fase de enchimento rápido (TU) ▪ Habitual em crianças/adolescentes → raro em adultos (situações de ↑ do volume sg = congestão) ▪ + audível em foco mitral 4ª bulha (B4): ruído débil que ocorre no fim da diástole ou pré-sístole (antes do “TUM”) = contração atrial audível ▪ Normal em crianças e adolescentes ▪ Em adulto, sinais de congestão CONCEITOS DE FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR CONCEITOS REGULAÇÃO CARDIOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 7º Semestre – 2022.1 3 Débito Cardíaco (DC): quantidade de sg que sai do ♥ por minuto DC = VS x FC ▪ Normalidade → homens 5,6 L/min (mulheres 10-20% menor) → varia com atividade física, metabolismo, idade e tamanho corporal ▪ Volume sistólico (VS) → volume de sg ejetado na aorta em um batimento ▪ Volume diastólico final = pré carga → volume de sg no ventrículo ao final da diástole ▪ Pós carga → carga após o início da contração ventricular que se opõe a ejeção → tensão da fibra e resistência vascular periférica total (RVPT) → Lei de Laplace - Se não houver obstrução da ejeção, a PA reflete a pós carga do VE Tensão na fibra miocárdica = Pressão ventricular cavitária x Raio ventricular Espessura da parede ▪ Índice cardíaco → DC/m² da superfície corporal → medida mais fidedigna ▪ ↑ DC → situações de hiperdinamismo → hipertireoidismo, anemia, beribéri, fístula arteriovenosa ▪ ↓ DC → ↓ eficácia do bombeamento (IAM, valvopatias graves, miocardites) ou ↓ do RV (hemorragia, obtruções venosas) Retorno venoso (RV): quantidade de sg que chega ao ♥ por minuto ▪ Pré carga → carga antes do início da contração → a Lei de Starling determina que a pressão ventricular e a saída variem de acordo com a pré carga ▪ Situações de congestão → colocar paciente em sedestação com os MMII para baixo = ↓ RV ▪ Sitoações de hipotensão e desidratação → elevação dos MMII = ↑ RV Intrínseco: ▪ Lei de Frank-Starling: o coração deve bombear todo sg que nele chega → quando > distensão das paredes ventrículares > força contrátil ▪ Receptores → percebem o ↑ volume sg, causando resposta do SNA simpático para ↑ FC (10-20%) Extrínseca: ▪ Equilíbrio do SNA ▪ Temperatura → calor ↑ a permeabilidade da membrana muscular ao íons, acelerando o processo de autoexcitação cardíaco ↑ T° = ↑ FC ↓ T° = ↓ FC CARDIOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 7º Semestre – 2022.1 4 CONCEITOS DE FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR DETALHES IMPORTANTES: FIGURA 1. Ciclo cardíaco FIGURA 2. Ciclo cardíaco. Correlação entre pressão e volume CARDIOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 7º Semestre – 2022.1 5 REFERÊNCIAS: Goldman, Lee. Goldman-Cecil Medicina. Disponível em: Minha Biblioteca, (25ª edição). Grupo GEN, 2018.
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