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Climatério e Menopausa: Fisiologia, Sintomas e Tratamento

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Climatério
Introdução:
· Período de transição do fim da vida reprodutiva.
Menopausa:
· Data da última menstruação da mulher é um diagnóstico retrospectivo. 
· Tem que ter 12 meses de amenorreia. 
· A idade média é de 51 anos de idade, sendo precoce menor que 40 anos e tardia após 55 anos de idade. 
Menopausa precoce:
Insuficiência ovariana primária:
· Maioria dos casos idiopática
· Sd de Turner (45, X0)
· Doenças autoimunes
· Radioterapia; quimioterapia. 
Fatores que afetam a menopausa:
· Genética/antecedentes familiares
· Tabagismo
· Histerectomia prévia (quando retira o útero pode prejudicar a irrigação ovariana). 
Fisiologia:
· Diminui os folículos ovarianos
· Isso diminui inibina B (a qual tem função de diminuir o FSH).
· Isso faz aumentar o FSH (que é uma gonadotrofina). 
· Aromatização (conversão da androstenediona em estrona) ocorre na periferia, tecido adiposo mais comum. A maior parte vem da suprarrenal, a qual cai na circulação e tem essa transformação, sendo o principal estrogênio da mulher na menopausa. 
· Conclusão: os níveis de androgênios produzidos pelos ovários diminuem na pós-menopausa. 
· A falta do estrogênio é responsável pelos sintomas dos climatérios, como os fogachos. 
Relembrando...
*Estrogênios: Estradiol Estrona Estriol
*Atenção: a ESTRONA é o principal estrogênio da mulher pós-menopausada. 
Quadro clínico:
· O quadro clínico aparece porque tem uma baixa hormonal, principalmente de estrogênio, principalmente estradiol.
· Sintomas: fogachos (+ comum) podem acometer até 80% das mulheres e pode aparecer tanto antes quanto depois da menopausa, é um calor súbito, que aparece de forma toraco cefálico, durando 3 a 4 minutos, pode acompanhar sudorese a palpitações. Eles aparecem por disfunção do centro termorregulador do hipotálamo. 
Secura vaginal (vaginite atrófica/síndrome genitourinária da menopausa): ocorre pela queda do estrogênio também, podendo dar atrofia e dispareunia, ressecamento, prurido, aumenta ITU. A mucosa vaginal fica mais pálida, sem rugosidade, a paciente em longo prazo pode ter mais atrofia e até mesmo estreitamento do introito vaginal em longo prazo. 
Irregularidade menstrual: sangramento “disfuncional”, Oligomenorreia, a paciente tem ciclos anovulatórios. 
SNC: a paciente pode ter depressão e ansiedade, distúrbios do sono, diminuição da memória e concentração. 
Perda óssea: o estrogênio no osso inibe osteoclasto (“come” osso), se tirar o estrogênio da jogada isso vai aumentar e comer mais osso, aumentando risco de osteopenia e osteoporose em longo prazo. 
Alterações de longo prazo:
· Composição corpórea: diminui massa muscular, aumenta tecido adiposo, diminui colágeno (fica com mais rugas). 
· Doença cardiovascular: aumenta risco CV de infarto e de AVC. Se pegar um homem e uma mulher da mesma idade, sendo que a mulher ainda menstrua, o risco de ela ter um IAM é muito menor que o homem. Porém a partir do momento que ela entra na menopausa e perde esse fator protetor do estrogênio, o risco de doença CV aumenta MUITO, por isso a mulher tem que se cuidar muito. 
ATENÇÃO: climatério e menopausa = diagnóstico clínico, não precisa de nenhum exame para diagnóstico (são desnecessários), porém pode solicitar FSH, TSH, PRL, BHCG. Além de CCO, MMG, Colonoscopia/SO, perfil lipídico, glicemia e densitometria óssea dependendo da idade e dos fatores de risco. 
Tratamento:
Objetivo
· Alívio dos sintomas
· Fogachos
· Secura vaginal
Terapia de reposição hormonal (TRH):
Estrogênio:
· Melhor tratamento para FOGACHOS é repor o estrogênio. 
Modalidade:
· Estrogênio isolado
· Estrogênio + progesterona
	Com útero
	Histerectomizadas
	Estrogênio + Progesterona
*Risco de hiperplasia de endométrio e CA de endométrio se for só estrogênio isolado. 
	Estrogênio isolado. 
*Progesterona oferece a proteção endometrial para pacientes que ainda tem útero. 
Vias de TRH:
· Oral, transdérmica e vaginal. 
	Via oral
	Via transdérmica
	 HDL e LDL
 Triglicérides
*Logo, lembrar que pacientes com quadros de hipertrigliceridemia, evitar essa via, pois pode piorar. 
	Não interfere no triglicérides. 
	Maior associação – TEV. 
	Menor associação – TEV.
	
	Menor associação – AVC.
Contraindicações:
· Câncer de mama atual ou prévio
· Trombose atual
· Antecedente de IAM/AVC
· Doença hepática ativa
· Sangramento uterino inexplicado
Risco CA de mama:
· Aumenta risco: estrogênio + progesterona – essa combinação principalmente e o tempo que recebeu a TRH também aumentam as chances. 
Risco trombose:
· Aumenta risco se via oral. 
Outros benefícios da TRH:
· Diminui osteoporose (pois estrogênio inibe osteoclasto)
· Diminui CA colorretal 
Dúvidas sobre a TRH:
· Doenças coronarianas – estudo WHI mostrou que pacientes que fizeram reposição aumentou risco de doença coronariana, porém essa reposição começou mais tardiamente. Outro estudo que surgiu foi o NHS o qual mostrou que se aplicasse a TRH numa janela de oportunidade mais precoce talvez melhorasse o risco CV, porém não existe um consenso. 
ATENÇÃO: TRH não é indicada para prevenção de DCV e osteoporose!
Candidatas ideais:
Sintomáticas
· < 10 anos de menopausa ou < 60 anos. 
· Não pode ter CA de mama, TVP/TEP, IAM/AVC, Doença hepática ativa.
Tratamento 2:
· ISRS/ISRN
· Anticonvulsivantes
· Tibolona
· Fitoterápico
ISRS/ISRN:
· (Des)/Venlafaxina
· Paroxetina
· (Es)/Citalopram
Análogo GABA:
· Gabapentina
· Bons resultados
· Pode dar mais sonolência e tontura. 
Tibolona:
· Hormônio/esteroide sintético
· Tem ação estrogênica
· Progestagênica
· Androgênica
· Diminui osteoporose
· Diminui fogachos
· Contraindicação: antecedente ou com CA de mama. 
Fitoterápicos:
· Inconclusivo
Síndrome genitourinária da menopausa (vaginite atrófica/atrofia genital):
· Secura vaginal
· Dispareunia
· Queixas urinárias – disúria, infecção de trato urinário. 
· Prurido
· Mucosa mais pálida perde rugosidade, pode ficar estreito introito vaginal. 
· Exames laboratoriais: pH > 5, aumenta células basais/parabasais, aumenta leucócitos. 
· Tratamento: hidratante/lubrificante; estrogênio vaginal: baixa dose (como o Estriol). 
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Climatério
 
 
Introdução
:
 
·
 
Período de transição do fim da vida reprodutiva.
 
 
Menopausa
:
 
·
 
Data da última menstruação da mulher
 
é
 
um diagnóstico 
retrospectivo
. 
 
·
 
Tem que ter 12 meses de amenorreia. 
 
·
 
A idade média é de 51 anos de idade, sendo precoce menor q
ue 40 anos e tardia após 55 anos de idade. 
 
 
Menopausa precoce:
 
Insuficiência ovariana primária:
 
·
 
Maioria dos casos idiopática
 
·
 
Sd de Turner (45, X0)
 
·
 
Doenças 
autoimunes
 
·
 
Radioterapia; quimioterapia. 
 
 
Fatores que afetam a menopausa:
 
·
 
Genética/antecedentes familiares
 
·
 
Tabagismo
 
·
 
Histerectomia prévia (
quando
 
retira o útero pode prejudicar a irrigação ovariana). 
 
 
Fisiologia
:
 
·
 
Diminui os folículos ovarianos
 
·
 
Isso diminui inibina B (a qual tem função de diminuir o FSH).
 
·
 
Isso faz aumentar o FSH
 
(que é uma gonadotrofina). 
 
·
 
Aromatização (co
nversão da androstenediona em 
estrona
) ocorre na periferia, tecido adiposo mais 
comum. A maior parte vem da suprarrenal, a qual cai na circulação e tem essa transformação, sendo o 
principal estrogênio da mulher na menopausa. 
 
·
 
Conclusão: os níveis de androg
ênios produzidos pelos ovários diminuem na 
pós
-
menopausa
. 
 
·
 
A falta do estrogênio é responsável pelos sintomas do
s
 
climatérios, como os fogachos. 
 
 
Relembrando...
 
*
Estrogênios: E
stradiol 
à
 
Estrona 
à
 
Estriol
 
*
Atenção: a ESTRONA é o principal estrogênio da mulher pós
-
menopausada. 
 
 
Quadro clínico:
 
·
 
O quadro clínico aparece porque tem uma baixa hormonal
, principalmente de estrogênio, 
principalmente estradiol.
 
·
 
Sintomas: 
fogachos
 
(+ comum)
 
podem acometer
 
até 80% das mulheres e pode aparecer tanto antes 
quanto depois da menopausa, é um calor súb
ito, que aparece de forma 
toracocefálico
,
 
durando 3 a 4 
minutos, pode 
acompanhar
 
su
dorese a palpitações. Eles aparecem por 
disfunção
 
do centro 
termorregulador do 
hipotálamo
. 
 
Sec
ura vaginal
 
(vaginite atrófica/síndro
me genitourinária
 
da menopausa): ocorre pela queda do 
estrogênio também, podendo dar atrofia e dispareu
nia, ressecamento, 
prurido, 
aumenta ITU. 
 
A mucosa 
vaginal fica mais pálida, sem rugosidade, a paciente 
em longo prazo
 
pode ter mais atrofia e até mesmo 
estreitamento
 
do introito vaginal 
em longo prazo
. 
 
Irregularidade menstrual: 
sangramento 
“
disfuncional
”
, 
Oligomenorreia
, a paciente tem ciclos 
anovulatórios. 
 
SNC:
 
a 
paciente pode ter 
depressão e ansiedade, distúrbios do sono, diminuição da memória e 
concentração. 
 
Perda 
óssea:
 
o 
estrogênio
 
no osso inibe osteoclasto (
“
come
”
 
osso), se tirar o 
estrogênio
 
da jogada isso 
vai aumentar e comer mais osso, aumentando risco de osteopenia e osteoporose 
em longo prazo
. 
 
Alterações de l
ongo prazo:
 
·
 
Composição 
corpórea
: 
diminui massa muscular, aumenta tecido adiposo, diminui colágeno (fica com 
mais rugas). 
 
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Climatério 
 
Introdução: 
 Período de transição do fim da vida reprodutiva. 
 
Menopausa: 
 Data da última menstruação da mulher é um diagnóstico retrospectivo. 
 Tem que ter 12 meses de amenorreia. 
 A idade média é de 51 anos de idade, sendo precoce menor que 40 anos e tardia após 55 anos de idade. 
 
Menopausa precoce: 
Insuficiência ovariana primária: 
 Maioria dos casos idiopática 
 Sd de Turner (45, X0) 
 Doenças autoimunes 
 Radioterapia; quimioterapia. 
 
Fatores que afetam a menopausa: 
 Genética/antecedentes familiares 
 Tabagismo 
 Histerectomia prévia (quando retira o útero pode prejudicar a irrigação ovariana). 
 
Fisiologia: 
 Diminui os folículos ovarianos 
 Isso diminui inibina B (a qual tem função de diminuir o FSH). 
 Isso faz aumentar o FSH (que é uma gonadotrofina). 
 Aromatização (conversão da androstenediona em estrona) ocorre na periferia, tecido adiposo mais 
comum. A maior parte vem da suprarrenal, a qual cai na circulação e tem essa transformação, sendo o 
principal estrogênio da mulher na menopausa. 
 Conclusão: os níveis de androgênios produzidos pelos ovários diminuem na pós-menopausa. 
 A falta do estrogênio é responsável pelos sintomas dos climatérios, como os fogachos. 
 
Relembrando... 
*Estrogênios: Estradiol  Estrona  Estriol 
*Atenção: a ESTRONA é o principal estrogênio da mulher pós-menopausada. 
 
Quadro clínico: 
 O quadro clínico aparece porque tem uma baixa hormonal, principalmente de estrogênio, 
principalmente estradiol. 
 Sintomas: fogachos (+ comum) podem acometer até 80% das mulheres e pode aparecer tanto antes 
quanto depois da menopausa, é um calor súbito, que aparece de forma toraco cefálico, durando 3 a 4 
minutos, pode acompanhar sudorese a palpitações. Eles aparecem por disfunção do centro 
termorregulador do hipotálamo. 
Secura vaginal (vaginite atrófica/síndrome genitourinária da menopausa): ocorre pela queda do 
estrogênio também, podendo dar atrofia e dispareunia, ressecamento, prurido, aumenta ITU. A mucosa 
vaginal fica mais pálida, sem rugosidade, a paciente em longo prazo pode ter mais atrofia e até mesmo 
estreitamento do introito vaginal em longo prazo. 
Irregularidade menstrual: sangramento “disfuncional”, Oligomenorreia, a paciente tem ciclos 
anovulatórios. 
SNC: a paciente pode ter depressão e ansiedade, distúrbios do sono, diminuição da memória e 
concentração. 
Perda óssea: o estrogênio no osso inibe osteoclasto (“come” osso), se tirar o estrogênio da jogada isso 
vai aumentar e comer mais osso, aumentando risco de osteopenia e osteoporose em longo prazo. 
Alterações de longo prazo: 
 Composição corpórea: diminui massa muscular, aumenta tecido adiposo, diminui colágeno (fica com 
mais rugas).

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