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Farmacologia Integrada

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MARIANA AFONSO COSTA - 3⁰ PERÍODO: MEDICINA 
ASF – Farmacologia Integrada I 
 
ASF 1 – Discutir sobre os mecanismos de ação e sobre os efeitos adversos dos fármacos 
anti-histamínicos. 
 Os fármacos anti-histamínicos são antagonistas diretos, ou seja, têm como principal 
mecanismo de ação, bloquear o efeito da histamina atuando diretamente sobre os receptores H1, 
H2, H3, e H4 da histamina. Os principais efeitos dos anti-histamínicos são impedir a vasodilatação, 
impedir secreção gástrica, etc. 
 Os fármacos antagonistas H1 bloqueiam os receptores H1 de histamina por possuir uma 
maior afinidade com estes. Esses fármacos têm como principal efeito farmacológico inibir a 
contração da musculatura lisa (principalmente das vias respiratórias), inibir a vasodilatação, diminuir 
a formação de edemas, e etc (sintomas de distúrbios alérgicos). São divididos em anti-H1 de 1ª 
geração e de 2ª geração. Os primeira geração são mais apolares, possibilitando sua passagem pela 
barreira hematoencefálica (BHE) e, como consequência, o paciente apresenta sinais de sonolência. 
Além disso, esses fármacos possuem certa afinidade pelos receptores muscarínicos da acetilcolina 
(receptores M3), atuando como um antimuscarínico indireto provocando a anti-cinetose, ou seja, a 
diminuição de náuseas e ânsia de vômito (quando se liga ao receptor M3, a acetilcolina provoca, na 
zona quimiorreceptora gatilho, ânsia de vomito e, a ligação do anti-histamínico com esse receptor, 
impede a ação da acetilcolina). A sonolência e a diminuição das náuseas e da ânsia de vômito são 
efeitos adversos, já que não é essa a principal intenção do medicamento. Não são indicados para 
crianças. Já os antagonistas de H1 de segunda geração, tem suas moléculas mais polares, o que 
não permite a passagem destas pela BHE, logo não provocam a sonolência. Além disso, também 
não possuem ação antimuscarínica. O principal efeito farmacológico é para o tratamento de 
distúrbios alérgicos. E o uso pediátrico é permitido. Alguns exemplos de anti-histamínicos H1 de 
primeira geração são prometazina, difenidramina e dimenidrato. E, os de segunda geração são 
loratadina, fenoxfenadina e citirizine. 
 Os antagonistas dos receptores H2 tem como principal ação farmacológica inibir a secreção 
gástrica bloqueando os receptores H2 encontrados nas células oxínticas na glândula gástrica, 
através da alcalinizacao do estômago. Esse aumento no pH no estômago pode alterar a absorção 
de outros medicamentos (interação medicamentosa). É indicado no tratamento de úlceras e 
esofagite de refluxo. Alguns exemplos são cimetidina, ranitidina e famotidina (mais eficaz). 
 Quando a histamina se liga ao receptor H3, a liberação de neurotransmissores (noradrenalina, 
serotonina, GABA, etc.) é inibida. Desse modo, os antagonistas de H3 facilita a liberação desses 
neurotransmissores. Estudos mostram que anti-histamínicos H3 têm apresentado um potencial 
terapêutico em doenças neurológicas. 
 
MARIANA AFONSO COSTA - 3⁰ PERÍODO: MEDICINA 
ASF 2 – Comente sobre a fisiopatologia da enxaqueca e justifique a prescrição do 
medicamento no caso (sumatriptana). 
 A enxaqueca é uma doença multifatorial relacionada, principalmente, com a hiperatividade do 
nervo trigêmeo. Essa hiperatividade provoca, dentre outros fatores, a liberação de serotonina e 
noradrenalina, moléculas pró-inflamatórias que podem causar tanto vasoconstrição quanto 
vasodilatação. A vasodilatação, desencadeada pela liberação de prostaglandinas e cininas no 
processo inflamatório, provoca extravasamento do plasma causando edema, que, como 
consequência comprime o nervo trigêmeo provocando dor. Além disso, pela ação vasoconstritora da 
serotonina em algumas regiões, ocorre uma hipóxia desses vasos contribuindo ainda mais para o 
quadro de dor. 
 A dor frequente pode ser acompanhada de fotofobia, hiperacusia, além de náuseas, vômitos, 
mudanças de humor, sono e apetite. Devido as diversas atuações da enxaqueca no organismo, seu 
tratamento pode ser feito com várias classes de fármacos: antiemético (náuseas), AINES (anti-
inflamatório), analgésicos e triptanas ou opioides em casos mais graves. 
 A sumatriptana é um fármaco da classe das triptanas que se liga aos receptores 5-HT1 da 
serotonina. Ao se ligar nesses receptores, as triptanas impedem a ligação da serotonina a ele, 
provocando então, uma constrição dos vasos sanguíneos cerebrais, diminuindo a dor causada pela 
vasodilatação. Devido a esse fato, ele é utilizado para o tratamento das crises de enxaqueca, como 
o caso citado. 
 
 
MARIANA AFONSO COSTA - 3⁰ PERÍODO: MEDICINA 
ASF 3 – Justifique a prescrição de diclofenaco (AINE) no caso. 
O diclofenaco é um anti-inflamatório não esteroidal que atua inibindo a COX e, impedindo 
então, a ação das prostaglandinas. Esse fármaco foi indicado no tratamento das cólicas da paciente 
pois é o AINE com maior potencial anti-inflamatório e atua sobre a musculatura do miométrio 
impedindo sua contração ao inibir a produção da prostaglandina F2alfa (responsável por contrair a 
musculatura do miométrio) no local. 
 Cabe destacar que o paracetamol é um AINE com baixo potencial anti-inflamatório por perder 
sua capacidade de inibição da COX em altas concentrações de peróxidos, como acontece na 
inflamação. Desse modo, ele atua de forma mais efetiva como analgésico e antipirético. 
 
 
 
MARIANA AFONSO COSTA - 3⁰ PERÍODO: MEDICINA 
AS4 4 – Justifique a escolha do corticoide prednisona no caso. 
A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta o revestimento 
das articulações, causando inflamação, inchaço e dor. 
A prednisona é um corticoide que apresenta efeito anti-inflamatório maior do que de retenção 
de Na+ e água, assim é utilizado para inibir inflamações em quadros exagerados. Além de ser um 
bom anti-inflamatório, a prednisona, por ser um corticoide, apresenta um certo aspecto 
imunossupressor, por diminuir a produção de leucócitos no organismo, desse modo, além de atuar 
diminuindo a inflamação da paciente com artrite reumatoide, ela atua diminuindo a ação da doença 
autoimune em si. 
Como a paciente foi diagnosticada com uma exacerbação aguda da doença, a prednisona foi 
o mais indicado para ela, pelo fato de ser um corticoide que pode ser aplicado inicialmente em uma 
dose alta, entretanto deve acontecer uma redução gradual para uma dose baixa evitando efeitos 
adversos.

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