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2 APOSTILA DE TEORIA GRAMATICAL II revisada com sumário

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Sumário 
1 – INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 2 
2 – FONOLOGIA ............................................................................................................................ 2 
2.1. Fonemas e Letras ...................................................................................................................... 2 
2.2. Encontros vocálicos .................................................................................................................. 3 
2.3. Encontros consonantais e dígrafos ........................................................................................... 4 
2.4. Sílaba ........................................................................................................................................ 5 
2.5. Acentuação gráfica ................................................................................................................... 7 
2.6. Ortografia ................................................................................................................................. 8 
3 – MORFOLOGIA ...................................................................................................................... 13 
3.1. Estrutura e formação das palavras .......................................................................................... 13 
3.2. Classes de palavras ................................................................................................................. 19 
3.2.1. Substantivo .......................................................................................................................... 19 
3.2.2. Artigo ................................................................................................................................... 26 
3.2.3. Adjetivo ............................................................................................................................... 27 
3.2.4. Numeral ............................................................................................................................... 33 
3.2.5. Pronome ............................................................................................................................... 37 
3.2.6. Advérbio .............................................................................................................................. 48 
3.2.7. Preposição ............................................................................................................................ 50 
3.2.8. Conjunção ............................................................................................................................ 53 
3.2.9. Interjeição ............................................................................................................................ 56 
3.2.10. Verbo ................................................................................................................................. 57 
4 – A RELAÇÃO DETERMINANTE X DETERMINADO ........................................................ 76 
5 – SINTAXE ................................................................................................................................ 78 
5.1. Síntese do estudo dos termos e classificação das orações ...................................................... 78 
5.2. Sinais de pontuação ................................................................................................................ 87 
6. CONCORDÂNCIA NOMINAL ............................................................................................... 91 
7. CONCORDÂNCIA VERBAL .................................................................................................. 93 
8. EMPREGO DO INFINITIVO PESSOAL E IMPESSOAL .................................................... 107 
9. CRASE .................................................................................................................................... 111 
10. REGÊNCIAS VERBAL E NOMINAL ................................................................................ 113 
11– REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 120 
 
 
2 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
 
Gramática  Palavra de origem grega formada a partir de grámma, que significa “letra”. 
É o conjunto de regras {orais ou escritas} que auxiliam a sistematização de uma 
língua. 
 
Gramática normativa  “(...) estabelece a norma culta, ou seja, o padrão linguístico que 
socialmente é considerado modelar e é adotado para ensino nas escolas e para a redação dos 
documentos oficiais” (PASQUALE & ULISSES, 1998, p. 16) 
 
 
Divisão da Gramática Normativa 
 
Fonologia = estuda os fonemas ou os sons da língua e a forma como esses fonemas dão origem às 
sílabas. 
 
Morfologia = estuda as palavras e os elementos que as constituem. 
 
Sintaxe = estuda as formas de relacionamento entre palavras e entre orações. 
 
 
 É importante lembrar que essa divisão é a principal; existem, 
entretanto, divisões que, além das categorias acima, incluem outras, 
tais como: a semântica {estudo da significação das palavras} e a 
estilística {estudo do estilo, ou seja, dos diversos processos 
expressivos próprios para sugestionar, despertar o sentimento 
estético e a emoção}. 
2 – FONOLOGIA 
 
2.1. Fonemas e Letras 
Fonemas = são a menor unidade sonora de uma palavra falada. São sons elementares e distintivos 
que, articulados e combinados, formam as sílabas, os vocábulos e a teia da frase, na combinação 
oral. 
Ex.: os fonemas da palavra beleza são /b/, /e/, /l/, /e/, /z/, /a/. 
 
 
 
 
3 
 
Classificação dos fonemas 
a) Vogal: é o fonema produzido por uma corrente de ar vinda dos pulmões que passa 
livremente pela boca. As vogais funcionam como base da sílaba. 
b) Semivogal: é o fonema produzido como vogal, mas pronunciado mais fraco, com 
baixa intensidade. Não constitui sílaba sozinho e sempre acompanha uma vogal. 
c) Consoante: é o fonema que encontra obstáculos (língua, dentes, lábios) na corrente 
de ar vinda dos pulmões quando é produzido. 
 
Letras = são a representação gráfica dos sons da fala, dos fonemas. 
 
 
Não se deve confundir letra com fonema. Fonema é som {fala}, letra é o 
sinal gráfico que representa o som {escrita}. É por isso que nem sempre 
cada fonema corresponde a uma letra. Isso acontece porque nossa língua 
está presa à origem das palavras, à etimologia. 
Ex.: Exame, escreve-se com X e não com Z (*ezame) como se pronuncia 
{razão etimológica: substantivo de origem latina que era grafado 
“examen”.} 
 
 
Atenção: 
“1. A mesma letra pode representar fonemas diferentes: exame, xale, sexo, cera, cola. 
2. O mesmo fonema pode ser figurado por letras diferentes: casa, exílio, cozinha. 
3. Um fonema pode ser representado por um grupo de duas letras (dígrafos): machado, 
passado. 
4. A letra X pode representar, simultaneamente, dois fonemas diferentes. Ex.: táxi/tácsi/; 
hexacampeão/egzacãpeãu/ 
5. Há letras que, às vezes, não representam fonemas. Ex.: campo=/cãpu/; renda = /rẽda/ 
O “m” e o “n” nasalizam a vogal anterior. 
6. Há letras simplesmente decorativas. Ex.: hotel, discípulo. 
7. Há fonemas que, em certos casos, não se representam graficamente. Ex.: bem/bẽi/” 
 
(Fonte: VERDE, 2004, p.1) 
 
2.2. Encontros vocálicos 
 
 
4 
 
 
 É a união de fonemas vocálicos (vogais ou semivogais) em uma mesma sílaba ou em 
sílabas diferentes. Há três tipos de encontro vocálico: hiato, ditongo e tritongo. 
 
 Hiato: é a sequência imediata de vogal + vogal. Ex.: baú 
 Ditongo: é a sequência vogal + semivogal, ou vice-versa. 
- semivogal + vogal = ditongo crescente. Ex.: memória 
- vogal + semivogal = ditongo decrescente. Ex.: caixa 
 Tritongo: é a sequência semivogal + vogal + semivogal (é indivisível porque contém uma 
única vogal). Ex.: Paraguai.Observação: 
Glaide (inglês Glide): fenômeno linguístico, somente assinalado na fala, em que se 
registra um embrião semivocálico na sílaba posterior ao primeiro ditongo de palavras 
como: baia (bai-ia), feio (fei-io), maio (mai-io), teia (tei-ia). 
 
Sacconi, Luiz. Nossa Gramática Contemporânea- teoria e prática. 1ª ed. São Paulo: 
Escala, s/d. 
 
2.3. Encontros consonantais e dígrafos 
 
Encontro consonantal é a sequência de dois ou mais fonemas consonânticos numa palavra. Ex.: 
placa, creme, pneumático. 
 
Dígrafo é o grupo de duas legras representando um só fonema. 
lh: trilho am-an: lambada-cantar 
nh: manhã em-en: tempo, referendar 
qu: quebrar im-in: simpático, incêndio 
rr: terremoto om-on: bom, odontologia 
ss, sc, sç, xc: pressa, crescer, nasça, exceder um-un: atum, assunto 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) Classifique os encontros vocálicos: 
inauguração: 
cartório: 
 
 
5 
 
minguam: 
saguão: 
riacho: 
 
2) Sublinhe os dígrafos e circule os encontros consonantais: 
chuchu obstruir exceção 
flagrante destaque público 
resenha aproximação compreender 
asseio pneumático atentado 
algazarra crescente quádruplo 
 
 
2.4. Sílaba 
 
 É uma vogal ou grupo de fonemas pronunciados numa só emissão de voz. A base da 
sílaba é a vogal; sem ela não há sílaba. 
 
2.4.1. Classificação das palavras quanto ao número de sílabas: 
. monossílabas: uma sílaba 
. dissílabas: duas sílabas 
. trissílabas: três sílabas 
. polissílabas: mais de três sílabas 
 
2.4.2. Sílaba átona, tônica e subtônica: 
. átona: não recebe acento gráfico ou prosódico (fraca). 
. tônica: recebe acento gráfico ou prosódico (forte). 
. subtônica: somente se apresenta em palavra derivada e é a sílaba que era tônica na palavra 
primitiva. 
Exemplos: mesa (tônica), tipo (átona), dedinho (subtônica) 
 
2.4.3. Classificação quanto ao acento tônico: 
. oxítonas: a sílaba tônica é a última. Ex.: jogador. 
. paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima. Ex.: régua. 
. proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima. Ex.: dólares. 
 
 
 
6 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) De acordo com o código, classifique as palavras quanto à tonicidade: 
a) oxítona b) paroxítona c) proparoxítona 
( ) político ( ) revisão ( ) administrativo 
( ) mandado ( ) egrégio ( ) desembargador 
( ) alegação ( ) consoante ( ) público 
 
2.4.4. Divisão silábica 
 
Atenção: não existe sílaba sem vogal explícita. 
 
2.4.4.1. Não se separam: 
 
a) os ditongos crescentes* e decrescentes. Ex.: trégua, beijo. 
*os ditongos crescentes finais podem ser separados porque existem as duas 
pronúncias no Brasil. Ex.: secretaria (se-cre-ta-ria ou se-cre-ta-ri-a) 
b) os tritongos. Ex.: Uruguai (U-ru-guai) 
c) os dígrafos: ch, lh, nh, gu, qu. Ex.: querido (que-ri-do) 
d) os encontros consonantais constituídos de consoante + r e consoante + l. 
 Ex.: reclamar (re-cla-mar), Brasil (Bra-sil). 
*Entretanto, quando o r e o l dos grupos consonantais br e bl forem 
pronunciados separadamente, deverão ocupar sílabas diferentes: sublinhar 
(sub-li-nhar). 
e) as consoantes não seguidas de vogal: ad-mi-rar. 
*No entanto, se a consoante não seguida de vogal iniciar a palavra, ficará junto 
da primeira sílaba: psicóloga (psi-có-lo-ga). 
 
2.4.4.2. Separam-se: 
a) os hiatos. Ex.: ruim (ru-im), saída (sa-í-da); 
b) os encontros consonantais separáveis, obedecendo ao princípio da silabação. 
Ex.: confecção (con-fec-ção), subtrair (sub-tra-ir), occipital (oc-ci-pi-tal); 
c) os dígrafos: rr, ss, sc, sç, xc. Ex.: carro (car-ro), desça (des-ça). 
 
 
 
 
7 
 
*Na divisão silábica, não se levam em contra os elementos mórficos das 
palavras (prefixos, radicais, sufixos). Em razão disso, atente-se: bisavô (bi-sa-
vô), desatento (de-sa-ten-to), transatlântico (tran-sa-tlân-ti-co), bisneto (bis-ne-
to), transportar (trans-por-tar). 
 
EXERCÍCIO 
 
1) Separe as sílabas dos vocábulos abaixo: 
 
previsto: feldspato: 
feérico: perspicaz: 
infecção: amnésia: 
eclipse: subalimentado: 
subentendido: desmaiado: 
entrância: gaiola: 
 
 
 
2.5. Acentuação gráfica 
 
Acentuam-se: 
1- todas as palavras proparoxítonas. Ex.: lâmpada. 
2- todas as palavras paroxítonas. Ex.: amável, tórax, órfã, revólver. Exceto as terminadas em 
a(s), e(s), o(s), em, ens. Ex.:casa(s),abacate(s),sapato(s). 
Pela nova regra ortográfica, não se acentuam também os ditongos abertos “ei”, “oi” das 
paroxítonas. Ex.: assembleia, heroico 
 
3- palavras oxítonas terminadas em a, e, o(s) (em, ens) Ex.: cipó, parabéns. 
 
4- Vocábulos monossílabos tônicos terminados em a, e, o, (s) Ex.: pá, pé, pó. 
 
5- Ditongos abertos em palavras oxítonas e nos monossílabos tônicos : éi, éu, ói. Ex .: herói, véu, 
dói. 
 
6- O u e o i tônico dos hiatos, formando sílaba sozinhos ou com s. Ex.: viúva, faísca. 
 Pela nova regra ortográfica, não se acentuam os hiatos: “oo”(Ex.:voo) e “ ee” (Ex.:creem) 
bem como o "i" e "u" tônicos que formam hiato em paroxítonas quando precedidos de 
ditongo. Ex.:baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, feiume 
 
 
 
8 
 
Obs.: Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento 
permanece. 
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí 
 
7- As palavras homógrafas. Ex.: para (verbo) para (preposição) Pela nova regra, não se usa o 
acento diferencial para distinguir palavras homógrafas. Exceto: pôde (pretérito perfeito) para 
distinguir de pode (presente) e pôr (verbo) para distinguir de por (preposição). 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) Acentue as palavras oxítonas , quando necessário: 
Sofa, ate, cipo, urubu,juriti, file, bogari, urutus, mocoto, coite, jilo,picoles,vintem,parabens. 
 
2) Acentue as palavras paroxítonas, quando necessário: 
Orfã, imãs, facil, hifen, album, carater, torax, Queops, juri, lapis,textil,polen,dificil,albuns, 
Cama,abacate,limo,polens, hífens, itens,sambas,noite,naves,sapatos, camareira, retoques. 
 
3) Acentue as palavras , quando necessário: 
orçamentaria, alcoolica, bonus, carcere, pratica (substantivo), lider, municipio, orfã, trafico 
(substantivo), trafico (verbo), sobrevoo, mantem (3ª p.s.), porem, mes, papeis, reu, egoismo, 
prejuizo, vitima, viuva, propos, averigue (3ª p.s. presente subjuntivo), creem, sair, intervem (3ª 
p.p.), moinho, xiita. 
 
 
2.6. Ortografia 
 
 
ORTO = CORRETO GRAFIA = ESCRITA 
 
 Parte da gramática que se preocupa com a correta representação escrita das palavras. 
Sendo fruto de uma convenção – acordos entre diversos países em que a língua portuguesa é 
oficial – segue, normalmente, um padrão estabelecido por lei, por isso a consulta a dicionários e a 
publicações oficiais ou especializadas deve ser uma constante para quem procura esclarecer 
dúvidas quanto à grafia de uma palavra. No Brasil, o sistema ortográfico obedece a critérios 
etimológicos [origem das palavras] e fonológicos. 
 
 
 
 
9 
 
 Complete as palavras observando o processo de formação de cada grupo e a regra 
correspondente. 
 
1) C OU Ç 
mu ___ulmano ___inema infra___ão mar___iano 
a___úcar cani___o isen___ão a___ude 
ado___ão anoite___ er dila___ão per___entual 
Regra: grafa-se Ç antes de a, o, u e C antes de e, i. 
 
2) S ou SS 
preten___ão expan___ão ascen___ão asper___ao submer___ão 
Regra: os substantivos formados a partir de verbos cujos radicais terminem em nd ou rg são 
escritos com S. 
 
agre___ão ce___ão impre___ao admi___ao submi___ao 
regre___ão exce___o pre___ao percu___ão compromi___o 
Regra: os substantivos formados a partir de verbos cujos radicais terminem em: gred, ced, prim 
ou de verbos terminados em tir ou meter, são escritos com SS. 
 
 
3) X ou CH 
en___oval en___aqueca en___ada en___ame 
en___ugar en___urrada en___otar en___erto 
en___er en___ente preen___eren___arcar 
en___apelar en___umaçar en___iqueirar 
Regra: depois da sílaba en-, escreve-se X, com exceção de encher (seus derivados) e de 
palavras em que a primitiva grafa-se com CH. 
 
amei___a cai___a fai___a frou___o 
ei___o dei___ar bai___o recau___utar 
Regra: depois de ditongo, grafa-se X, exceto _________________. 
 
me___er (verbo) me___erica me___erico me___a (substantivo) 
Regra: depois da sílaba me-, escreve-se X, exceto ________________________ . 
 
 
 
10 
 
4) S ou Ç 
lou__a elei___ão trai___ao mea___ão 
 Regra: depois de ditongo, quando houver som de S, grafa-se a palavra com Ç. 
 
ou___adia cláu___ula pau___a mai___ena 
 Regra: depois de ditongo, quando houver som de Z, grafa-se a palavra com S. 
 
5) S ou Z 
 
amoro___o mafio___o gracio___o engenho___a 
teimo___a gaso___a pasto___a gosto___a 
 Regra: os sufixos –OSO e –OSA são formadores de adjetivos. 
 
timide___ viuve___ frie___a triste___a 
sutile___a grande___a rigide___ macie___ 
 Regra: os sufixos –EZ e EZA são formadores de substantivos abstratos. 
 
 
 
 
burgue___a duque___a barone___a francê___ 
polonê___ portuguê___ escoce___a chine___a 
 Regra: os sufixos –ÊS e –ESA são usados para indicação de nacionalidade, título, origem. 
 
poeti___a profeti___a papi___a sacerdoti___a 
 Regra: o sufixo – ISA é indicador de ocupação feminina. 
 
coloni___ar ameni___ar profeti___ar catequi___ar 
Regra: o sufixo – IZAR é formador de verbos. 
 
pu___ pu___emos pu___eram compô___ 
impu___er qui___er qui___éssemos qui___ 
 Regra: as formas dos verbos pôr (+ derivados) e querer só se grafam com S. 
 
 
 
 
11 
 
Emprego de algumas palavras e expressões: 
 
1) Acerca de/ a cerca de/ há cerca de 
-Acerca de = a respeito de. 
Ex.: Falei muito tempo acerca da viagem do ano passado. 
-A cerca de = distância aproximada. 
Ex.: Ela mora a cerca de cinco quarteirões da rodoviária. 
-Há cerca de = tempo aproximado. 
Ex.: Há cerca de vinte anos comprei um fusca. 
 
2) Anexo/em anexo 
-Anexo = adjetivo, concorda com o substantivo a que se refere em gênero e número. 
Ex.: Vão anexos os documentos de todos os candidatos. 
-Em anexo = locução adverbial, fica invariável. (Obs.: condenada por alguns gramáticos) 
Ex.: Vão em anexo as procurações. 
 
3) Ao nível de/a nível de 
Ao nível de = na mesma altura. 
Ex.: Várias casas foram construídas ao nível do mar. 
*agramatical = a nível de 
4) A meu ver (em meu ver) = a meu modo de ver. 
Ex.: A meu ver, a decisão colegiada está correta. 
*agramatical = ao meu ver, ao meu modo de ver 
 
5) Em face de/ face a 
-Em face de = diante de, ante. 
Ex.: Em face do exposto, peço a todos que se sentem. 
- Face a = locução considerada variação moderna de “em face de”. Não é admitida por alguns 
gramáticos [Domingos Paschoal Cegalla, por exemplo]; contudo, é abonada por outros estudiosos 
da língua, como o professor Celso Pedro Luft. 
Ex.: Face ao acontecido, não nos resta outra saída senão aceitar o caso. 
 
6) Haja vista = o verbo fica invariável ou concorda com o substantivo que se segue à palavra 
vista. 
 
 
12 
 
Ex.: Não concordo com a decisão de primeiro grau, haja (ou hajam) vista os últimos 
entendimentos do STF. 
 
7) Mal/mau 
-Mal = advérbio (contrário de bem). 
Ex.: Sabíamos que isso acabaria mal. 
-Mau = adjetivo (contrário de bom). 
Ex.: Ele é um garoto muito mau. 
-Mal = substantivo (doença). 
Ex.: O grande mal que a acometia era a enxaqueca. 
-Mal = conjunção (tempo). 
Ex.: Mal entrou, já tinha de sair. 
 
8) Onde/aonde 
-Onde = lugar em que se está ou em que se passa algum fato. 
Ex.: Onde moro não tem praças como esta. 
-Onde = precedido de preposição + verbo de movimento. 
Exs.: Para onde irei? // De onde saíram tantas crianças? 
-Aonde = movimento ou aproximação. 
Ex.:Não consegui saber aonde ele foi. 
 
9) Por que / por quê / porque / porquê 
-Por que = por qual razão, por qual motivo. 
Ex.: Por que o uso de algumas expressões é complicado? 
-Por que = preposição + pronome relativo. 
Ex.: A ponte por que vamos passar fica a dois quarteirões. 
-Por quê = final de frase, antes do ponto de exclamação ou interrogação. 
Ex.: Confirmado, por quê? 
-Porque = conjunção que equivale a “como”, “já que”, “pois”. 
Ex.: As mulheres sempre confundem o amor porque são mulheres. 
-Porquê = substantivo. 
Ex.: Tudo fica mais simples quando se entendem os porquês da história do Brasil. 
 
10) Senão/se não 
-Senão = caso contrário, a não ser. 
 
 
13 
 
Ex.: Não fazia nada senão treinar. 
-Se não = orações condicionais, “caso não”. 
Ex.: Se não estudar bastante, as provas serão difíceis. 
 
11) Vir ao encontro de/vir de encontro a 
-Ao encontro de: para junto de, favorável a. 
Ex.: A decisão de primeira instância veio ao encontro do que todos achavam ser o mais correto 
possível. (favorecimento) 
-De encontro a: contra, em prejuízo de. 
Ex.: A decisão de primeira instância veio de encontro ao que imaginava o réu. (contrariedade) 
 
12) Sessão / seção / cessão 
-Sessão = espaço de tempo, reunião ou assembleia. 
Ex.: Os deputados mineiros precisaram de várias sessões para aprovarem o orçamento do 
próximo ano. 
-Seção = divisão, corte. 
Ex.: A requisição de materiais pode ser feita na seção de almoxarifado. 
-Cessão = ato de ceder (renúncia, desistência, empréstimo). 
Ex.: A biblioteca informou que a cessão de livros será interrompida durante as férias forenses. 
 
 
3 – MORFOLOGIA 
 
3.1. Estrutura e formação das palavras 
 
3.1.1. Estrutura das palavras 
 
Morfemas = são as unidades de significação mínimas, ou seja, elementos significativos 
indecomponíveis. 
*Conhecer os morfemas é o mesmo que estudar a estrutura das palavras. 
Quando estudamos o modo como os morfemas se organizam e formam palavras, 
passamos a conhecer os processos de formação de palavras. 
 
Classificação dos morfemas (isto é, uma palavra pode apresentar estes elementos estruturais): 
radical, afixos, vogal temática, tema, vogal de ligação e consoante de ligação. 
 
 
 
14 
 
1) Radical (Lexema ou semantema) = morfema comum às palavras que pertencem a uma 
mesma família de significado. Nele se concentra a significação básica dessas palavras. 
 
Exemplo: fabric – ar // filh – i – nh – o – s 
 
 A partir de um radical podemos formar várias palavras: 
fabricante filho 
fabricado filhinho 
fabricação filhote 
fabriqueta filharada 
fabril filial 
 
 Observe que nessas palavras o radical, embora seja o mesmo, pode apresentar pequenas 
variações. Apesar disso, todas elas pertencem à mesma família de palavras (de significados). 
 O conjunto de palavras que se agrupam em torno de um radical denomina-se família de 
palavras ou palavras cognatas. 
 
 
 
 
 
1. Se a palavra terminar em consoante ou vogal tônica, ela toda é o radical. 
 
2. Se a palavra terminar em vogal átona, esta vogal não entra no radical. Ex.: abacate, 
preto. 
3. Se a palavra for derivada, encontre o radical da palavra primitiva. Ex.: pedreira, 
pedra 
 
Sacconi, Luiz. Nossa Gramática Contemporânea - teoria e prática. 1ª ed. São Paulo: 
Escala, s/d. 
 
 
2) Afixos = são elementos que se juntam ao radical, modificando seu sentido básico. Podem ser 
derivacionais e gramaticais. 
 
 Os afixos derivacionais formam palavras novas. Quando colocados antes do radical, são 
chamados prefixos; quando colocados depois do radical, são chamados sufixos. Veja: 
 
 
15 
 
 
Im produt ivo 
prefixo 
negação 
radical sufixo 
estado 
 
Os afixos gramaticais, também chamados desinências, são sempre colocados depois dos 
radicais. Há dois tipos de desinências: 
 
 as desinências nominais informam o gênero e o número dos nomes. 
 
filh o s 
 gênero 
(masculino) 
número 
(plural) 
 
filh a s 
 gênero 
(feminino) 
número 
(plural) desinências verbais informam o modo, o tempo, o número e a pessoa dos verbos: 
 
vendê sse mos 
 modo e tempo 
(imperfeito do 
subjuntivo) 
pessoa e número 
(1ª pessoa do plural) 
EXERCÍCIO 
Identifique os prefixos e os sufixos nas palavras a seguir: 
Inconstitucional: 
Governável: 
Alienação: 
Incompetente: 
Fundamentalmente: 
 
3) Vogal temática = é a vogal que vem logo após o radical. Quando for o caso, serve também de 
elemento de ligação entre o radical e as desinências. 
 
 
16 
 
a) vogais temáticas nominais: são -a, -e e –o, quando átonas finais, como em mesa, artista, 
busca, perda, escola; triste, base, combate, destaque, sorte; livro, tribo, amparo, auxílio, 
resumo. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas terminações são desinências 
indicadoras de gênero, pois livro, escola e sorte, por exemplo, não sofrem flexão de 
gênero. É a essas vogais que se liga a desinência indicadora de plural: carro-s, mesa-s, 
dente-s. 
 
b) vogais temáticais verbais: são -a, -e e –i, criando três grupos de verbos a que se dá o 
nome de conjugações. 
 primeira conjugação: (a) govern – a – va 
 segunda conjugação: (e) mex – e – rá 
 terceira conjugação: (i) ag – i - mos 
 
OBS.: a vogal átona final a não será vogal temática quando opuser o masculino ao feminino, 
pois, neste caso, o a será desinência de gênero. 
Ex.: gato, gata – moço, moça. 
Atenção: 
O verbo pôr e seus compostos pertencem à 2ª conjugação. Observe, por 
exemplo, que na forma verbal pusemos, a vogal temática é e. 
 
4) Tema = é o radical acrescido da vogal temática. Ex.: canta (cant + a) 
 
5) Vogal de ligação e consoante de ligação = são vogais e consoantes que, sem trazerem 
nenhuma informação gramatical ou modificação de sentido, vêm entre dois morfemas para 
facilitar a pronúncia. 
 
Ex.: 1) paulada (pau=radical, l=consoante de ligação, ada=sufixo) 
2) gasômetro (gas=radical, ô=vogal de ligação, metro=radical) 
 
3.1.2. Formação das palavras 
 
 Nós, falantes da língua, podemos criar uma palavra sempre que seja necessário um nome 
para designar uma ideia ou um objeto novo. 
 
 
17 
 
 Para isso, podemos formar uma palavra a partir de elementos já existentes na língua, 
adotar um termo de origem estrangeira ou alterar o significado de uma palavra antiga. As 
palavras assim criadas recebem o nome de neologismos. 
 Existem, na língua portuguesa, muitos processos pelos quais se formam palavras. Os mais 
comuns são: a derivação e a composição. 
 
A) Derivação 
 
 Ocorre quando, a partir de uma palavra primitiva, obtemos novas palavras (chamadas 
derivadas) por meio do acréscimo de afixos: 
 
1 – prefixal (acréscimo de prefixo a um radical): reescrever 
2 – sufixal (acréscimo de sufixo a um radical): felizmente 
3 – prefixal e sufixal (acréscimo não simultâneo de um prefixo e de um sufixo a um radical): 
desamorosa 
4 – parassintética (acréscimo simultâneo, ao mesmo tempo, de um prefixo e de um sufixo a um 
radical): empacotar 
 
 
OBS: Na derivação prefixal e sufixal, a palavra pode existir só com o prefixo ou só 
com o sufixo. Ex.: (in)felizmente – felizmente = forma existente 
 Infeliz(mente) – infeliz = forma existente 
 
 Diferentemente do que ocorre na derivação parassintética, a palavra só 
existe com a presença simultânea do prefixo e do sufixo. 
 Ex.: (en)tardecer – “tardecer” = forma inexistente 
 Entard(ecer) – “entard” = forma inexistente 
 
5 – Regressiva: ocorre quando se retira a parte final de uma palavra primitiva, obtendo por essa 
redução uma palavra derivada. É um processo particularmente produtivo para a formação de 
substantivos a partir de verbos, principalmente da primeira e da segunda conjugações. Esses 
substantivos, chamados por isso deverbais, indicam sempre o nome de uma ação. O mecanismo 
para sua obtenção é simples: substitui-se a terminação verbal formada pela vogal temática + 
desinência de infinitivo (-ar ou -er) por uma das vogais temáticas nominais (-a, -e ou -o): 
 
buscar  busca cortar  corte recuar  recuo 
 
 
18 
 
 
6 – Imprópria: ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão 
em sua forma, muda de classe gramatical. Isso acontece, por exemplo, quando um substantivo é 
usado como adjetivo (homem morcego) ou quando um verbo é usado como substantivo (o jantar 
estava divino). 
 
EXERCÍCIO 
Indique o processo de derivação das palavras, conforme o código: 
1 – prefixal 2 – sufixal 3 – prefixal e sufixal 4–parassintética 5–regressiva 
( ) expropriar 
( ) desvalorizar 
( ) satisfação 
( ) a venda 
( ) descrença 
 
B) Composição 
 Consiste em formar palavras com a união de dois ou mais radicais. 
Para que ocorra o processo de composição, é necessário estabelecer entre as palavras um 
vínculo permanente, que faz com que surja um novo significado: é o que ocorre quando 
formamos o composto amor-perfeito, que dá nome a uma flor. O significado não é o mesmo da 
expressão “amor perfeito”, na qual cada palavra mantém seu significado original: trata-se do 
sentimento amoroso manifestado de forma perfeita. Em amor-feito há uma única palavra que dá 
nome a um organismo vegetal. 
 
 A composição pode ser de dois tipos: 
1 – por justaposição: quando há junção sem que os radicais ou palavras sofram alteração fonética 
ou gráfica. 
Ex.: guarda-noturno, passatempo. 
 
2 – por aglutinação: quando há junção com perda de elemento fonético. 
Ex.: planalto (plano + alto), embora (em+boa+hora) 
 
EXERCÍCIO 
Indique o processo de formação das palavras compostas a seguir: 
a) segunda-feira 
 
 
19 
 
b) arco-íris 
c) petróleo 
d) papel-moeda 
e) vinagre 
f) guarda-roupa 
 
3.2. Classes de palavras 
 
 Tradicionalmente, as palavras são divididas em dez classes gramaticais, segundo o 
critério mórfico: 
 
Variáveis  Substantivo Invariáveis  Advérbio 
 Artigo Preposição 
 Adjetivo Conjunção 
 Numeral Interjeição 
 Pronome 
 Verbo 
 
3.2.1. Substantivo 
 
 É uma palavra variável (aceita flexão de gênero e de número) que é usada para dar nome a 
seres (pessoas, animais, lugares, instituições, grupos de indivíduos, de entes de natureza espiritual 
ou mitológica) e a objetos em geral. Serve ainda para indicar ações, estados, qualidades, 
sensações e sentimentos. 
Exemplos: Helena, sapo, sociedade, cidadania, espírito, acontecimento. 
 
A) Classificação: 
 
Simples = são formados de um só radical. 
Ex.: chuva, livro, flor. 
Compostos = são formados por mais de um 
radical. Ex.: guarda-chuva, guarda-livros, 
couve-flor. 
Primitivos = os que não derivam de outra 
palavra. Ex.: dente, pedra, carta. 
 
Derivados = formados a partir de outras 
palavras da língua (processo de derivação). 
Ex.: carteiro, dentista, pedreira. 
Comuns = designam seres da mesma espécie. Próprios = aplicam-se a um ser um particular. 
 
 
20 
 
Ex.: escrevente, animal, montanha. Ex.: José, Brasil, Marte. 
 
 Substantivos Coletivos = são um tipo de substantivo comum que designam um conjunto 
de seres da mesma espécie: 
 
Coletivo Conjunto de 
Acervo Obras 
Alcatéia Lobos 
Antologia Trechos literários selecionados 
Assembleia Pessoas reunidas 
Banca examinadores 
Biblioteca Livros catalogados 
Cacho Frutas 
Choldra Assassinos ou malfeitores 
Chusma Pessoas em geral 
Cinemateca Filmes 
Corpo Eleitores, alunos, jurados 
Fauna Animais de uma região 
Falange Tropas, anjos, heróis 
Flora Vegetais de um região 
Hemeroteca Jornais e revistas 
Junta Médicos, examinadores, credores, bois 
Júri Jurados 
Molho Verduras, chaves 
Nuvem Insetos 
Orquestra Músicos 
 
B) Flexões: 
 
1. Quanto ao gênero 
 
Concretos = designam seres que existem no 
plano real ou da fantasia. Ex.: Deus, armário,vento, homem, abacateiro. 
Abstratos = o que dão nome a estados, 
qualidades, sentimentos e ações. Ex.: tristeza, 
beleza, casamento, sede, beijo, abraço. 
 
 
21 
 
 São dois os gêneros dos substantivos: masculino e feminino. A oposição 
masculino/feminino se realiza normalmente mediante o uso de desinências (a, essa, isa, etc.) e 
também : 
 
 quando se pode antepor o artigo a, para substantivos femininos: 
a mulher, a gata, a semana, a menina, a terra, a mesa 
 quando se pode antepor o artigo o, para substantivos masculinos: 
o homem, o gato, o dia, o menino, o mar, o pó. 
 
 
 
 
 *OBS.: Se a oposição se realizar com palavras de radicais diferentes, não há flexão, mas 
heteronímia. Ex.: homem/mulher. 
 
1.1. Quanto à formação do feminino: são biformes e uniformes 
 
Substantivos biformes: designam seres humanos ou animais que podem apresentar uma forma 
para o masculino e outra para o feminino: menino/menina, gato/gata, juiz/juíza, réu/ré. 
 
 Heterônimos: apresentam radicais diferentes: 
cavaleiro/amazona pai/mãe 
boi ou touro/vaca bode/cabra 
 
Substantivos uniformes: apresentam uma única forma para os dois gêneros. Dividem-se em três 
tipos: comuns-de-dois, epicenos e sobrecomuns. 
 
“O uso das palavras masculino e feminino costuma provocar confusão entre a 
categoria gramatical de gênero e a característica biológica dos sexos. Para evitar 
essa confusão, observe que definimos gênero como um fato ligado à concordância 
das palavras em seu relacionamento linguístico: pó, por exemplo, é um substantivo 
masculino pela concordância que estabelece com o artigo o, e não porque se possa 
pensar num possível comportamento sexual das partículas de poeira. Só faz sentido 
relacionar o gênero ao sexo quando se trata de palavras que designam pessoas e 
animais, como, por exemplo, os pares professor/professora ou gato/gata. Ainda 
assim, essa relação não é obrigatória, pois há palavras que, mesmo pertencendo 
exclusivamente a um único gênero, podem indicar seres do sexo masculino ou 
feminino. É o caso de ‘criança’, palavra do gênero feminino que pode designar 
seres dos dois sexos.” (grifo nosso) 
(Gramática da Língua Portuguesa, Pasquale & Ulisses, 2002, p. 218) 
 
 
22 
 
 Comuns-de-dois: usa-se o artigo para distinguir o sexo. 
Exemplos: o/a agente o/a colega o/a jornalista 
 
 Epicenos: a especificação do sexo é feita mediante o uso das palavras: macho e fêmea. 
{*designam animais e algumas plantas} 
Exemplos: jacaré, onça, mamoeiro. 
 
 Sobrecomuns: não há alteração nos substantivos nem nos artigos. 
Exemplos: o cônjuge, a testemunha, a vítima, o indivíduo. 
 
2. Quanto ao número: 
 
 Os substantivos flexionam-se também em número: 
 
- singular (um único ser ou um único conjunto de seres) ou 
- plural (há mais de um ser ou conjunto de seres). 
 
 Na língua portuguesa a desinência que indica o plural é –s. 
 
 
2.1. Formação do plural dos substantivos simples 
 
Quando a palavra 
terminar em 
Procedimento Complete o exemplo: 
- s - acrescentar –es 
- se paroxítona ou 
proparoxítona fica invariável 
- país: 
- o atlas: 
- algum ônibus: 
- vogal 
- ditongo oral 
- ditongo nasal -ãe 
- acrescentar –s - casa: 
- lei: 
- mãe: 
- al, el, ol, ul - trocar –l por –is - abdominal: 
- papel: 
- metanol: 
 
 
 
 
23 
 
- il - se oxítona trocar o –l pelo –s 
- se paroxítona trocar o –il por 
–eis 
- funil: 
- projétil: 
- m - substituir o -m por -n e 
acrescentar –s 
- aterrissagem: 
- som: 
- r 
- z 
- acrescentar –es - mar: 
- matiz: 
- x -são invariáveis. A indicação 
de número depende da 
concordância com algum 
determinante. 
 
*Alguns substantivos terminados em 
–x apresentam formas variantes 
terminados em –ce, nesses casos, 
utiliza-se a forma plural da variante) 
- o tórax: 
- um clímax: 
 
 
 
* - o cálix ou cálice = os cálices 
 - o códex ou códice = os códices 
 
 
EXERCÍCIO 
Faça o plural dos substantivos a seguir, conforme o modelo: 
Balãozinho = balões + zinhos = balõezinhos 
a) algodãozinho ______________________________ 
b) aviãozinho ________________________________ 
c) gaviãozinho _______________________________ 
d) limãozinho ________________________________ 
e) papelzinho _________________________________ 
 
Quando a palavra termina em –ão: não há regras fixas, é necessário, portanto, maior 
treinamento dessas palavras. 
Balão = balões Eleição = eleições Figurão = figurões 
Botão = botões Leão = leões Sabichão = sabichões 
Coração = corações Opinião = opiniões Vozeirão = vozeirões 
Sótão = sótãos Cidadão = cidadãos Chão = chãos 
Bênção = bênçãos Cristão = cristãos Grão = grãos 
Órfão = órfãos Irmão = irmãos Vão = vãos 
 
 
24 
 
Órgão = órgãos Mão = mãos Alemão = alemães 
Cão = cães Capelão = capelães Capitão = capitães 
Charlatão = charlatães Escrivão = escrivães Pão = pães 
Sacristão = sacristães Tabelião = tabeliães 
Ancião = anciões, anciães, 
anciãos 
Guardião = guardiões, 
guardiães 
Ermitão = ermitões, ermitães, 
ermitãos. 
Verão = verões, verãos 
 
Anão = anões, anãos Vilão = vilões, vilãos. 
 
 
2.2. Formação do plural dos substantivos compostos 
 
Regra geral: se a classe gramatical for variável (substantivo, adjetivo, numeral, artigo), há 
flexão. Caso contrário, se a classe gramatical não for variável (advérbio, verbo, prefixo), 
não há flexão. 
 
EXERCÍCIO 
Flexione os substantivos abaixo quanto ao número, levando em consideração a regra geral. 
 
Beija-flor = Alto-falante = 
Bate-boca = Grão-duque = 
Sempre-viva = Abaixo-assinado = 
Vice-presidente = Autoelogio = 
Recém-nascido = Ex-namorado = 
Guarda-civil = Bóia-fria = 
Cota-parte = Sexta-feira = 
Mão-boba = Peso-mosca = 
 
 Casos em que o segundo elemento dá ideia de finalidade, semelhança ou limita o 
primeiro, há posições gramaticais diferentes. O professor Pasquale Cipro Neto, por 
exemplo, pluraliza somente o primeiro elemento: pombo-correio/pombos-correio. 
Contrariamente, o professor Sacconi acredita ser regra a pluralização dos dois elementos: 
escola-modelo/escolas-modelos. 
 
 
 
25 
 
 Atenção: substantivos compostos que são grafados sem hífen são pluralizados conforme 
as regras dos substantivos simples: 
Aguardente = aguardentes Girassol = girassóis Malmequer = malmequeres 
 
 Unidos por preposição: apenas o primeiro elemento vai para o plural: 
 
Palma-de-santa-rita = palmas-de-santa-rita Mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça 
 
Pé-de-moleque = pés-de-moleque Pão-de-ló = pães-de-ló 
 
Ainda merecem destaque os seguintes substantivos compostos: 
- Palavras repetidas ou onomatopaicas: 
tico-tico = tico-ticos tique-taque = tique-taques 
reco-reco = reco-recos pingue-pongue = pingue-pongues 
 
- Palavras repetidas (verbo+verbo) 
bule-bule = bule-bules ou bules-bules corre-corre= corre-corres ou corres-corres 
pega-pega= pega-pegas ou pegas-pegas 
 
O bota-fora: os bota-fora o faz-de-conta: os faz-de-conta 
O topa-tudo: os topa-tudo o arco-íris: os arco-íris 
O paraquedas: os paraquedas o louva-a-deus: os louva-a-deus 
O salva-vidas: os salva-vidas o pisa-mansinho: os pisa-mansinho 
O diz-que-diz: os diz-que-diz o bem-te-vi: os bem-te-vis 
O bem-me-quer: os bem-me-queres 
 
EXERCÍCIO 
Flexione os substantivos abaixo quanto ao número, levando em consideração a regra geral e 
especiais. 
Ruge- ruge 
Ponta de estoque 
Couve-flor 
Guarda- florestal 
Guarda-roupa 
 
 
 
26 
 
3. Grau dos substantivos: 
 
“Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensificação, exagero, atenuação, 
diminuição ou mesmo deformação de seu significado. Essas modificações, que constituem as 
variações de grau do substantivo, são tradicionalmente consideradas um mecanismo de flexão. 
Você perceberá, no entanto, que não se trata de mecanismos de flexão – obrigatórios para a 
manutenção da concordância nas frases-, mas sim de processo de derivação e de 
caracterização sintática.” (grifo nosso – Pasquale & Ulisses, Gramática da Língua Portuguesa, 
p. 231) 
 
 
Graus aumentativo e diminutivo são formados por meio de dois processos: 
 
1) sintético: acréscimo de sufixos. Na verdade, é um caso de derivação sufixal. 
gato: gatão (aumentativo sintético) 
gatinho (diminutivo sintético) 
 
2) analítico: modificação feita por meio de um adjetivo. É um caso de determinação 
sintática. 
Gato: gato grande (aumentativo analítico) 
 Gato pequeno (diminutivo analítico). 
 
 
3.2.2. Artigo 
 
É a palavra que se usa antes de um substantivo para lhe dar um sentido definido ou indefinido. 
Observe o contraste: 
um cidadão/ o cidadão um aluno/o aluno 
uma flor/ a flor um cachorro/ o cachorro 
 
O artigo também indica o gênero e o número do substantivo: 
O desembargador entendeu ser o réu culpado pelo roubo dos automóveis. 
A jornalista recusou o convite da apresentadora Hebe Camargo. 
A empresa colocou em circulação o ônibus de dois andares. 
A empresa colocou em circulação os ônibus de dois andares. 
 
 
 
27 
 
 Quando se antepõem os artigos a qualquer classe de palavras, elas adquirem o valor de 
substantivo. É a chamada derivação imprópria: 
É um falar que não termina nunca. // O aqui e o agora nem sempre dão certo. 
 
Classificação: 
 
- Indefinido: indica seres quaisquer dentro de uma mesma espécie, seu sentido é genérico. São: 
um, uns, uma, umas. 
Ex.: Pode dizer a ele para comprar o seguinte: dois limões, uns abacates, umas laranjas e algumas 
cebolas. 
-Definido: indica seres determinados dentro de uma espécie, seu sentido é particularizante. São: 
o(s), a(s). 
Ex.: Diga a ele para trazer a tesoura, o carretel de linha e a calça que estão em cima do criado. 
 
Combinação e contração dos artigos 
 
É muito frequente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. O 
quadro seguinte apresenta a forma assumida por essas combinações. 
 
Preposição Artigo 
 o,os a, as um, uns uma, umas 
A ao, aos à, às ____ ___ 
De do, dos da, das dum, duns duma, dumas 
Em no, nos na, nas num, nuns numa, numas 
por (per) pelo, pelos pela, pelas ____ ____ 
 
 
 No emprego da norma-padrão, os artigos têm grande importância nas relações 
morfossintáticas, uma vez que determinam tanto a concordância nominal quanto a 
concordância verbal. 
Exemplos: As Minas Gerais são o berço de grandes juristas e políticos. (CV) 
 A liberdade é necessária. (CN) 
 
3.2.3. Adjetivo 
 
 
 
28 
 
 
 É a palavra que caracteriza os seres, isto é, atribui-lhes qualidades (ou defeitos) e modos 
de ser, ou indica-lhes o aspecto ou o estado. 
Exemplo: Curso complexo, demorado, difícil, fácil. 
 
* Refere-se sempre a um substantivo explícito ou subentendido na frase, com o qual 
concorda em gênero e número. Exemplo: É meio dia e meia. (meio está concordando com o 
substantivo explícito “dia”, e meia com o substantivo implícito “hora”). 
 
 * Atenção: ser adjetivo ou ser substantivo não depende de características morfológicas da 
palavra, mas sim da atuação do vocábulo dentro de uma frase. 
Exemplo: A jovem mãe desesperou-se ao ver o filho doente. {jovem é substantivo e mãe é 
adjetivo} 
 A mãe jovem desesperou-se ao ver o filho doente. {mãe é substantivo e jovem é 
adjetivo} 
 
A) Classificação: 
 
 Os adjetivos têm classificação idêntica à dos substantivos no que diz respeito à sua 
estrutura e formação: primitivos ou derivados, simples ou compostos. 
 
1) Primitivos = não derivam de nenhuma outra palavra. 
Ex.: azul, brando, claro, alegre, verde, amarelo. 
 
2) Derivados = formados por derivação de outras palavras. 
Ex.: cheiroso, invisível, esverdeado, entristecido. 
 
3) Simples = um único radical em sua estrutura. 
Ex.: todos os exemplos dos itens 1 e 2. 
 
4) Compostos = pelo menos dois radicais em sua estrutura. 
Exemplo: ítalo-brasileiro, sino-japonês, socioeconômico, sul-rio-grandense. 
 
 
 
29 
 
Adjetivos Pátrios: são aqueles referentes a países, estados, regiões, cidades ou localidades. 
Exemplos: Acre = acreano; Belo Horizonte = belo-horizontino; Ceará = cearense; Sergipe = 
sergipano; São Paulo (estado) = paulista; São Paulo (cidade) = paulistano. 
 
Adjetivos pátrios compostos: exigem, geralmente, que o primeiro elemento apresente uma forma 
reduzida, de origem normalmente erudita. Note, no quadro a seguir, que nem todos os adjetivos 
pátrios possuem formas reduzidas: 
 
África = afro- Europa = euro- 
Alemanha = germano- ou teuto- Finlândia = fino- 
América = américo- França = franco- 
Ásia = ásio- Galiza = galaico- ou galego- 
Austrália = australo- Grécia = greco- 
Áustria = austro- Índia = indo- 
Bélgica = belgo- Inglaterra = anglo 
China = sino- Itália = ítalo- 
Dinamarca = dano- Japão = nipo- 
Espanha = hispano- Portugal = luso- 
OBS.: Brasil – brasílico (não é erudito). 
 
EXERCÍCIO 
Forme adjetivos compostos para os substantivos a seguir. 
a) império chinês e japonês: 
b) conflitos alemães e brasileiros: 
c) literatura inglesa, francesa e provençal: 
d) línguas indianas e europeias: 
e) relações portuguesas e brasileiras: 
 
Locução adjetiva é uma expressão que equivale a um adjetivo. 
 
“Há muitos adjetivos que mantêm certa correspondência de significado com locuções adjetivas, 
e vice-versa. É o caso dos exemplos já citados paterno/de pai e bucal/da boca. A 
correspondência de significado nesses casos não significa que a substituição da locução pelo 
adjetivo correspondente seja sempre possível. Tampouco a substituição contrária é sempre 
admissível. Colar de marfim, por exemplo, é uma expressão cotidiana: seria pouco 
recomendável passar a dizer colar ebúrneo ou ebóreo, pois esses adjetivos têm uso restrito à 
 
 
30 
 
linguagem literária. Contrato leonino é uma expressão usada na linguagem jurídica: é muito 
pouco provável que os advogados passem a dizer contrato de leão. Em outros casos, a 
substituição é perfeitamente possível, transformando a equivalência entre adjetivos e locuções 
adjetivas em mais uma ferramenta para o aprimoramento dos textos, pois oferece possibilidades 
de variação vocabular.” (Pasquale & Ulisses, 2001, p. 252). 
 
EXERCÍCIO 
Transforme as locuções adjetivas em seus adjetivoscorrespondentes: 
a) mudança de jurisprudência: 
b) plano do sonho: 
c) decisão da maioria: 
d) caráter de homem: 
e) metodologia da cidade: 
f) crime de paixão: 
g) corrida da manhã: 
h) valor do dinheiro: 
i) preocupação de filho: 
j) alteração da constituição: 
 
B) Flexão: gênero, número e grau 
 
1. Quanto ao gênero e ao número, o adjetivo concorda com o substantivo a que se refere. 
Exemplos: Um raciocínio estranho. // Uma mulher estranha. 
 Governador audaz. // Governadores audazes. 
 
2. Quanto ao gênero, os adjetivos fazem o feminino de duas formas: biformes e uniformes. 
 
 
- biformes, quando se troca a desinência de masculino para feminino 
Ex.: menino lindo/menina linda, rapaz mau/moça má 
 
- uniformes quando não há alteração 
Ex.: menino triste/menina triste, pássaro frágil/ave frágil 
 
 
 
31 
 
* Atenção, ficam invariáveis: hindu, cortês, pedrês, incolor, multicor, bicolor, tricolor 
e as formas comparativas maior, melhor, menor, pior, superior, inferior, anterior, 
posterior. 
 
3. Quanto ao número, os adjetivos simples formam o plural do mesmo modo que os 
substantivos. 
- Ex.: Carlos lavrou campos intermináveis. 
 
*substantivo no papel de adjetivo, não varia: 
- Ex.: Os quadros tinham tons pastel // Vestidos balão. 
 
Nos adjetivos compostos, observa-se a seguinte regra: varia em gênero e número somente o 
último adjetivo. 
Exemplo: Cabelos castanho-escuros. // moça moreno-clara 
Tratado luso-brasileiro // Tratados luso-brasileiros 
Intervenção médico-cirúrgica // Intervenções médico-cirúrgicas 
 
Exceção: surdo-mudo e novo-rico variam os dois elementos: 
Surdo-mudo, surda-muda, surdos-mudos, surdas-mudas, 
novo-rio, nova-rica, novos-ricos, novas-ricas 
 
- quando a última palavra usada na formação do adjetivo composto for um 
substantivo, este fica invariável. 
Exemplo: blusa amarelo-ouro, blusas amarelo-ouro 
 recipiente verde-mar // recipientes verde-mar 
 
Observação: os adjetivos compostos com as cores azul e verde só variam os que tiverem composição com claro 
e escuro. 
 
EXERCÍCIO 
 
Flexione os adjetivos abaixo: 
a) bermudas (verde-abacate): 
b) vestidos (gelo): 
c) olhos (azul-claro): 
d) tapetes (azul-marinho): 
 
 
32 
 
e) bolsas (azul-pavão): 
f) abordagens (socio-político-econômico): 
g) crianças (surdo-mudo): 
 
 
4. Quanto ao grau, os adjetivos variam quando se deseja comparar ou intensificar as 
características que atribuem aos substantivos. Existem dois graus do adjetivo: o comparativo 
e o superlativo. 
 
a) Comparativo: compara-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas 
ou mais características atribuídas a um mesmo ser. 
-de igualdade: tão + adj. + quanto (ou como) 
Ex.: Ele é tão exigente quanto (ou como) seu pai. 
-de superioridade: - analítico: mais + adj. + (do) que 
Ex.: Estamos mais atentos (do) que eles. 
 - sintético: maior, menor, melhor, pior + (do) que 
 Ex.: Minha voz é pior (do) que a sua. 
-de inferioridade: menos + adj. + (do) que 
 Ex.: Somos menos passivos (do) que eles. 
 
* As formas analíticas correspondentes (mais bom, mais mau, mais grande, mais pequeno) 
só devem ser usadas quando se comparam duas características de um mesmo ser: 
Ex.: Todo corrupto é mais mau (do) que esperto. 
 Formas sintéticas para o grau comparativo de superioridade dos adjetivos: 
bom, mau, grande e pequeno são, respectivamente, melhor, pior, maior e menor. 
 
b) Superlativo: a característica atribuída pelo adjetivo é intensificada de forma relativa ou 
absoluta. 
- relativo: essa intensificação é feita em relação a todos os demais seres de um 
conjunto que a possuem. O superlativo relativo pode exprimir superioridade ou 
inferioridade e é sempre expresso de forma analítica: 
Exemplos: Ele é o mais atento de todos. (superioridade) 
 Ele é o menos crítico de todos. (inferioridade) 
- absoluto: essa intensificação é feita em relação a um determinado ser, transmitindo 
ideia de excesso. O superlativo absoluto pode ser analítico ou sintético. 
Exemplos: Você é muito crítico (analítico) 
 
 
33 
 
 Você é exigentíssimo (sintético) 
 
“Muitos adjetivos possuem formas irregulares para exprimir o grau superlativo absoluto sintético. Muitas 
dessas irregularidades ocorrem porque o adjetivo, ao receber o sufixo, reassume a forma latina. É o caso dos 
terminados em –vel, que assumem a terminação -bilíssimo (volúvel – volubilíssimo, indelével - indelebilíssimo)” 
(Pasquale & Ulisses) 
 Adjetivos terminados em –io não precedidos de e formam o superlativo absoluto sintético 
em: 
–iíssimo: sério-seriísimo // necessário-necessariíssimo // frio-friíssimo 
 
Exceção: feio-feísimo e cheio-cheíssimo. 
 
 
3.2.4. Numeral 
 
 
 Classe de palavras que indica um número exato de coisas e de seres, ou mostra a posição 
que ocupam numa determinada ordem. 
 
A) Tipos: 
 
1) cardinais: indicam quantidade (um, dois, três, etc.); 
2) ordinais: indicam ordem (primeiro, segundo, terceiro, etc.); 
3) multiplicativos: indicam aumentos proporcionais de quantidade (dobro, triplo, quádruplo, 
etc.); 
4) fracionários: indicam diminuição proporcional da quantidade (metade, um terço, um 
décimo, etc.) 
 
Quadro de numerais: 
 
Numerais cardinais e ordinais 
 
Algarismos 
Cardinais 
 
Ordinais Arábicos Romanos 
1 I Um Primeiro 
2 II Dois Segundo 
3 III Três Terceiro 
4 IV Quarto Quarto 
5 V Cinco Quinto 
 
 
34 
 
6 VI Seis Sexto 
7 VII Sete Sétimo 
8 VIII Oito Oitavo 
9 IX Nove Nono 
10 X Dez Décimo 
11 XI Onze Décimo primeiro, undécimo ou onzeno 
12 XII Doze Décimo segundo, duodécimo ou dozeno 
13 XIII Treze Décimo terceiro, tércio-décimo ou 
trezeno 
14 XIV Catorze ou Quatorze Décimo quarto 
15 XV Quinze Décimo quinto 
16 XVI Dezesseis Décimo sexto 
17 XVII Dezessete Décimo sétimo 
18 XVIII Dezoito Décimo oitavo 
19 XIX Dezenove Décimo nono 
20 XX Vinte Vigésimo 
21 XXI Vinte e um Vigésimo primeiro 
30 XXX Trinta Trigésimo 
40 XL Quarenta Quadragésimo 
50 L Cinquenta Quinquagésimo 
60 LX Sessenta Sexagésimo 
70 LXX Setenta Setuagésimo ou septuagésimo 
80 LXXX Oitenta Octogésimo 
90 XC Noventa Nonagésimo 
100 C Cem Centésimo 
200 CC Duzentos Ducentésimo 
300 CCC Trezentos Trecentésimo 
400 CD Quatrocentos Quadringentésimo 
500 D Quinhentos Quingentésimo 
600 DC Seiscentos Seiscentésimo ou sexcentésimo 
700 DCC Setecentos Setingentésimo ou septingentésimo 
800 DCCC Oitocentos Octingentésimo 
900 CM Novecentos Nongentésimo ou noningentésimo 
1.000 M Mil Milésimo 
10.000 X Dez mil Décimo milésimo 
100.000 C Cem mil Centésimo milésimo 
1.000.000 M Um milhão Milionésimo 
1.000.000.000 M Um bilhão ou bilião Bilionésimo 
 
 
 
 
35 
 
Numerais multiplicativos 
 
Duplo, dobro ou dúplice (2 vezes) Óctuplo (8 vezes) 
Triplo ou tríplice (3 vezes) Nônuplo (9 vezes) 
Quádruplo (4 vezes) Décuplo (10 vezes) 
Quíntuplo (5 vezes) Duodécuplo (12 vezes) 
Sêxtuplo (6 vezes) Cêntuplo (100 vezes) 
Séptuplo (7 vezes) 
 
Numerais fracionários 
Meio ou metade Oitavo 
Terço Nono 
Quarto Décimo 
Quinto Onze avos 
Sexto Doze avos 
Sétimo Centésimo 
B) Flexões: 
 
cardinais: variam em gênero um/uma; dois/duas; aqueles que indicam centenas (cento e dois 
dálmatas / cento e duas rosas); os números de duzentos em diante (duzentos/duzentas). 
Em número, variam os cardinais como milhão, bilhão, trilhão (milhões, bilhões, trilhões, etc.). Os 
demais cardinais são invariáveis. 
 
 ordinais: variam em gênero e número (primeiro/primeira, segundos/segundas). 
 
 multiplicativos: invariáveis quando têm função substantiva. 
{A garotinha imprimiu o dobro de força nas duas mãozinhas} 
 
. variáveis em gênero e número, quando têm função adjetiva. 
{O jacaré deu duplas rabanadas na água} 
 
 fracionários: variáveis em gênero e número: um terço, uma terça parte, dois terços, duas terças 
partes. 
 
C) Emprego: 
 
 
 
36 
 
1) Para sefazer a leitura dos numerais romanos, conforme preceitua a língua culta, são 
necessárias as seguintes construções: usam-se ordinais até décimo e, após, os cardinais. 
 
João Paulo II (__________ ) 
Ato II (_____________ 
Canto IX (__________) 
Século VIII (___________) 
João XXIII (____________) 
Capítulo XX (___________) 
Tomo XV (_____________) 
Século XX (____________) 
 
2) Para leitura e escrita de leis, decretos e portarias: usam-se ordinais até nono e cardinais de 
dez em diante: 
 
Artigo 1º (primeiro) 
Artigo 9º (nono) 
Artigo 10 (dez) 
Artigo 21 (vinte e um) 
 
3) Dias do mês utilizam-se cardinais, exceto o primeiro dia. 
 
Dois de agosto. Primeiro de novembro. 
 
4) Numeral anteposto ao substantivo: ordinal. 
 
O décimo terceiro capítulo. 
O vigésimo primeiro canto. 
O décimo terceiro artigo do código. 
O vigésimo segundo dia do mês de janeiro. 
 
5) Ambos/ambas são numerais: 
 
Newton e Rubens perceberam que trabalhar em conjunto é uma questão de 
solidariedade. Ambos participam neste momento de comissões em 
plenários diversos da Câmara dos Deputados. 
 
 É lícito o uso de: ambos os dois, ambos a dois, ambos de dois, ambos dois. 
 Não usar um antes de mil: O quadro custou mil reais. 
 Milhão e milhar são palavras masculinas: os cinco milhões de garrafas. 
 
 
37 
 
 Um é numeral cardinal quando indica quantidade exata e artigo definido quando 
indica um ser indeterminado. 
Exemplos: Um botão-de-rosa foi o suficiente para quebrar o clima. (numeral) 
Ela só precisava de um cão para proteger a casa. (artigo indefinido) 
 
 
 
3.2.5. Pronome 
 
 
 Palavra que representa os seres ou se refere a eles. Quando o pronome substitui um 
substantivo é chamado de pronome substantivo e quando acompanha o substantivo para 
caracterizá-lo ou determiná-lo é chamado de pronome adjetivo. 
 
Ex.: “Escolas de órgãos ligados à administração pública em Minas Gerais buscam o seu 
fortalecimento. Para isso, elas se uniram e fundaram a Rede de Escolas de Formação de Agentes 
Públicos de Minas Gerais (Reap-MG)”. (Fonte: www.tjmg.gov.br, notícias, 28/1/2005) 
 
Pronome substantivo: “elas” substitui o substantivo “escolas”. 
Pronome adjetivo: “seu” acompanha o substantivo “fortalecimento”. 
 
EXERCÍCIO 
Indique o valor dos pronomes destacados nos trechos abaixo, conforme o código: 
1 – substantivo 
2 – adjetivo 
 
“Ele ( ) ficou vermelho de raiva. Maria ficou branca de susto. Fábio nasceu com icterícia 
(amarelo). João ficou cianótico (roxo). Essas ( ) expressões usuais no dia a dia demonstram 
como as cores estão relacionadas com os processos mais básicos e vitais do ser humano.” (Jornal 
Pampulha, 27/11/2004). 
 
“Efetivamente todos ( ) reclamam, inclusive os magistrados, da lentidão do Judiciário em 
nosso ( ) país. Pouco tem sido feito para irradicá-la ( ).” (Jornal o Tempo, 22/6/2004) 
 
 
 
http://www.tjmg.gov.br/
 
 
38 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
A) Pronomes pessoais = indicam diretamente as pessoas do discurso. 
 
Número Pessoa Caso Reto Caso Oblíquo 
Átono Tônico (são regidos por preposição) 
Singular 1ª 
2ª 
3ª 
eu 
tu 
ele, ela 
me 
te 
se, o, a, lhe 
mim, comigo 
ti, contigo 
si, ele, consigo 
Plural 1ª 
2ª 
3ª 
nós 
vós 
eles, elas 
nos 
vos 
se, os, as, lhes 
nós, conosco 
vós, convosco 
si, eles, consigo 
 
Emprego dos pronomes pessoais 
 
Caso Exemplo: 
1. Os pronomes retos devem ser usados como 
sujeito ou predicativo do sujeito e os oblíquos 
como objeto. 
- O funcionário registrou o ponto de saída 
ontem, mas hoje parece que ele se esqueceu de 
fazer o mesmo. 
- Não lhe obedecerei por muito tempo. 
2. Quando os pronomes retos (exceto eu e tu) 
vierem precedidos de preposição, passam a 
funcionar como pronomes oblíquos. 
- Dei a eles todos os papéis de que 
necessitavam. 
3. Os pronomes eu e tu, quando forem sujeitos 
de um verbo no infinitivo, podem vir 
precedidos de preposição. Caso contrário, 
devem ser substituídos pelas formas oblíquas 
correspondentes mim e ti. 
- Há uma grande diferença entre eu pagar à 
vista ou a prazo. 
-Não direi mais nada sobre eu e ela (ERRADO) 
-Não direi mais nada sobre mim e ela (CERTO) 
4. Os pronomes oblíquos funcionaram como 
sujeito quando forem empregados com os 
verbos causativos e sensitivos (deixar, fazer, 
ouvir, mandar, sentir, escutar) seguidos de 
infinitivo. 
 
- Deixe-o ir. 
- Mande-a calar senão farei uma loucura. 
 
 
 
 
 
 
39 
 
5. Os pronomes si e consigo somente devem ser 
usados com valor reflexivo. 
- O rapaz atribuiu a si a produção daquela 
publicação polêmica. 
- Trazia consigo a lembrança daquela tarde 
tempestuosa. 
6. Os pronomes conosco e convosco são 
utilizados em sua forma sintética quando não há 
determinantes (ambos, mesmos, outros, todos e 
numeral). Se aparecerem esses determinantes, 
usam-se, respectivamente, “com nós” e “com 
vós” 
- Eles gostariam de ir conosco ao cartório. 
- Eles gostariam de ir com nós todos ao 
cartório. 
7. Os pronomes de tratamento, apesar de 
indicarem a segunda pessoa ou o interlocutor, 
exigem que o verbo seja empregado na terceira 
pessoa. 
- Você está com todas as peças processuais de 
que precisa? 
- Informamos a V.S.ª que poderá sair de férias 
no mês em que lhe for conveniente. 
8. Objetos diretos = o, a, os, as 
Objetivos indiretos = lhe, lhes, a ele, a ela 
Objetos diretos ou indiretos=me, te, se, nos, vos 
- Ela o ama. 
- Entreguei-lhe todos os documentos. 
- Sorte sempre me escolheu. 
 
9. Os pronomes “o” e “a” sofrem adaptações 
fonológicas depois das seguintes terminações 
verbais: 
a) “R”, “S”, “Z”  cortam-se essas letras e 
acrescenta-se “L” ao pronome. 
b) “M” ou som nasal  acrescenta-se “n” ao 
pronome. 
 
 
- Fiz a última tentativa de reconciliação.  Fi-la. 
 
- Consertaram o computador.  consertaram-no. 
 
EXERCÍCIOS 
1) a) Chegaram vários ofícios, mas não havia nenhum para ___________ . 
b) Não é tarefa para ___________ desenvolver este tema. 
c) Este tema não é tarefa para ___________ desenvolver por enquanto. 
d) É mais fácil para ___________ acreditar nesse escândalo do que para ele. 
 
A opção que completa, corretamente, as lacunas acima é: 
a) mim – eu – mim – eu b) mim – mim – eu – mim c) eu – eu – mim – mim 
 
 
 
40 
 
 
2) Reescreva as frases, trocando os termos destacados pelos pronomes oblíquos correspondentes, 
de acordo com a língua culta: 
a) Eu vi Marcos no centro de Belo Horizonte ontem à tarde. 
b) Assisti à palestra hoje pela manhã. 
c) Os médicos disseram que iriam amenizar o sofrimento com notícias breves. 
d) Ofereceram guloseimas a todos. 
e) Deram a Judite uma casa nova. 
f) Entreguei aos alunos todas as provas corrigidas. 
g) Comprei o livro. 
h) Refiz os exercícios. 
 
* Pronomes pessoais de tratamento 
Para se dirigir a Pronome de 
tratamento/abreviatura 
Vocativo 
Particulares e demais 
autoridades (diretores, 
chefes de seção, 
superintendentes e 
militares até coronel) 
Vossa Senhoria = V.S.ª Senhor 
Reitores de 
universidades 
Vossa Magnificência = V.Mag.ª Magnífico Reitor 
Papa Vossa Santidade = V.S. Santíssimo Padre 
Cardeais ou cardeais-
arcebispos 
Vossa Eminência ou Vossa 
Eminência Reverendíssima = V. 
Em.ª 
Eminentíssimo Senhor 
Cardeal ou Eminentíssimo e 
Reverendíssimo Senhor 
Cardeal 
Altas autoridades Vossa Excelência = V.Ex.ª Excelentíssimo Senhor 
Sacerdotes Vossa Reverendíssima ou Vossa 
Reverência = V.Rev.ma / V.Rev.ª 
Reverendíssimo Sacerdote ou 
Reverendo 
Reis, imperadores Vossa Majestade = V.M. Majestade 
Príncipes, duques e 
arquiduques 
Vossa Alteza = V.A. Alteza 
 São pronomes de tratamento: Senhor, Senhora (tratamento cerimonioso), você e vocês 
(tratamento familiar). 
 
 
41 
 
 
 
B) Pronomes possessivos = atribuem a posse de algo a alguma pessoa do discurso. 
Número Pessoa PronomesSingular 1ª 
2ª 
3ª 
meu, minha, meus, minhas 
teu, tua, teus, tuas 
seu, sua, seus, suas 
Plural 1ª 
2ª 
3ª 
nosso, nossa, nossos, nossas 
vosso, vossa, vossos, vossas 
seu, sua, seus, suas 
 
Emprego dos pronomes possessivos 
 
Caso Exemplo 
1. Os pronomes me, te, nos, vos, lhe (e 
variações) podem aparecer no lugar dos 
possessivos, embelezando o estilo. 
- Suprimiram-nos o direito de recorrer da 
decisão = Suprimiram nosso direito de recorrer 
da decisão. 
2. O pronome seu (e variações) pode causar 
ambiguidade. Para evitá-la, usam-se as formas: 
dele, de você, do senhor. 
- Madalena subiu ao quarto andar com sua 
coordenadora. 
- Madalena subiu ao quarto andar com a 
coordenadora dela. 
3. É facultativo o uso do artigo antes do 
possessivo. 
- Meu filho / o meu filho 
4. O possessivo pode não indicar posse, mas 
afeto, cortesia, respeito. 
- Minha cara colega, conforme-se! 
- Fique à vontade, minha Senhora. 
- Minhas Senhoras e meus Senhores. 
 
EXERCÍCIO 
1) Sublinhe nas frases os pronomes que foram usados com valor possessivo: 
a) O filho beijou-lhe as mãos em sinal de respeito. 
b) Deram-lhe alguns trocados. 
c) Em meus sonhos, as águas do mar vinham acariciar-me os pés. 
d) Encontraram-no bem animado para o carnaval. 
e) Calar-nos a voz será a última coisa que conseguirão. 
 
 
 
42 
 
C) Pronomes demonstrativos = indicam a localização, a posição dos seres, colocando-os no 
espaço, no tempo ou no próprio discurso. 
Pessoa Pronomes 
1ª este, esta, estes, estas, isto (deste, neste, disto ...) 
2ª esse, essa, esses, essas, isso (dessa, nessa, nisso, disso ...) 
3ª aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo (daquele, naquele, naquilo ...) 
 
 
Emprego dos pronomes demonstrativos: 
este(s);esta(s);isto;esse(s);essa(s);isso;aquele(s);aquela(s);aquilo. 
 
P
A
Ç
O
 
 
Perto de quem fala 
(1ª pessoa) 
Ex.: Gostei deste livro aqui. 
 
Perto de quem ouve 
(2ª pessoa) 
Ex.: Adorei esse livro que está 
com você. 
Perto da 3ª pessoa, distante dos 
interlocutores. 
Ex. Aquele rapaz morava perto da 
sua casa. 
T
E
M
P
O
 
Presente 
Ex. Nesta semana, organizarei 
todo o armário de materiais. 
Passado próximo. 
Ex.: Nesse último ano, trabalhei 
muito e realizei bons negócios. 
Passado distante. 
Ex.: Temos muitas recordações de 
1980, naquele ano realizamos o 
sonho da casa própria. 
D
IS
C
U
R
S
O
 
-Referente ao que ainda vai ser 
dito. 
Ex.: Esta notícia nos deixou 
surpresos: Amélia chega hoje. 
 
 
 
 
-Referente ao lugar de onde se 
escreve. 
Ex.: Nesta sala cabem dois 
quadros. 
 
- Referente ao último elemento 
citado em uma enumeração. 
Ex.: Chegaram processos 
criminais e cíveis, estes serão 
cadastrados antes daqueles. 
-Referente ao que já foi dito. 
Ex.: Os governos federal, 
estadual e municipal são os 
principais figurantes de processos 
judiciais. Esses governos 
desmerecem qualquer crédito dos 
cidadãos. * 
 
-Referente ao lugar para onde se 
escreve. 
Ex.: Informo a V.Ex.ª que todos 
os processos dessa Vara já foram 
cadastrados. 
-Referente ao que está afastado do 
remetente e do destinatário. 
Ex.: Convido sua equipe a 
participar dos jogos de verão que 
serão realizados em Contagem. Os 
prêmios e certificados serão 
entregues naquela cidade. 
 
 
 
 
 
 
- Referente ao primeiro elemento 
citado em uma enumeração. 
Ex.: Chegaram processos criminais 
e cíveis, estes serão cadastrados 
antes daqueles. 
 
* Se o termo a que se referem estiver muito próximo aos pronomes, também é lícito usarem-se os pronomes: este, 
esta, isto. Ex.: Flores do campo, estas são as minhas preferidas. 
 
 
43 
 
EXERCÍCIO 
1) Complete as frases, usando os pronomes demonstrativos este, esse, isto, isso, aquele (ou 
flexões), conforme preceitua a norma culta. 
a) ________ documento que tens à mão, caro amigo, é importante. 
b) Guarde bem _________ palavras que estou lhe dizendo. 
c) Esta caneta é _________ que ganhei de presente. 
d) Sua participação mais efetiva no sindicato, _________ é o que mais desejamos agora. 
e) Os consumidores lesados com multas estão sendo orientados pelo Juizado Especial das 
Relações de Consumo e pelo Procon. _________ deve ser procurado primeiro pelos 
consumidores, _________ só depois de esgotadas todas as alternativas de negociação com os 
bancos. 
 
D) Pronomes relativos = referem-se a um termo anterior. 
 
Invariáveis Variáveis 
que, 
quem, 
onde (quando equivale a no qual) 
o qual, os quais, a qual, as quais 
cujo, cujos, cuja, cujas 
quanto, quantos, quantas 
 
Emprego dos pronomes relativos 
 
Caso Exemplo 
1. “Que” refere-se à pessoa ou coisa (não se usa 
com as preposições sem e sob). 
- Os despachos que digitei estão excelentes. 
- Já li a notícia a que você se referiu. 
2. “Quem” refere-se à pessoa ou coisa 
personificada. 
- Clara, esta é a secretaria de quem lhe falei. 
3. “O qual” (e flexões) refere-se à pessoa ou 
coisa (usado no lugar de “que”). 
- Este é o dicionário eletrônico sem o qual não 
poderia desempenhar a função de revisor. 
4. “Cujo” (e flexões) estabelece uma relação de 
posse entre o antecedente e o termo que 
especifica. Atenção: não se pode usar artigo 
depois desse pronome. 
- Simplesmente, ela é uma mulher de cujas 
opiniões ninguém gosta. 
5. “Onde” = lugar (equivale a em que, no qual) 
“Aonde” = somente usado com verbos 
dinâmicos. 
- Onde estarás o amor de minha infância. 
- O advogado quer saber o lugar aonde pode ir 
amanhã. 
 
 
44 
 
EXERCÍCIO 
 
1) Complete as frases empregando os pronomes relativos adequados, precedidos ou não de 
preposição: 
 
a) Nesta semana, o forte furacão __________ passou pela Flórida deixou centenas de pessoas 
desabrigadas. 
b) Não são estes projetos os __________ têm prioridade na empresa. 
c) Foram muitos os governos __________ gastos resultaram numa vultuosa dívida pública. 
d) Todas as agências __________ nos dirigimos estavam com o sistema fora do ar. 
e) Alguns fumantes, __________ entrada no salão foi proibida, queixaram-se à gerência. 
f) Sempre admirei o jeito __________ me falava quando queria minha atenção. 
g) O chofer __________ paguei a corrida era espanhol. 
h) O empresário para __________ trabalhamos reconhece nosso valor. 
i) O salão do clube __________ passamos o réveillon estava repleto. 
j) A foto __________ negativos lhe enviei ficaram ótimas. 
k) O apartamento __________ residia o síndico esta à venda. 
l) Tantos __________ viram o filme gostaram. 
m) Sua compreensão foi tudo __________ desejei naquela hora. 
n) A recepcionista __________ eu me informei foi atenciosa. 
o) O garçom, __________ você pagou a conta, não recebeu gorjeta. 
p) Este é o projeto _________ ele participou desde o início. 
q) Minha família, __________ separação pareceu difícil, apoiou a viagem. 
r) Todas __________ desfilaram esta noite vestiam modelos da linha Versage. 
s) Não li o livro __________ resumo foi pedido pelo professor. 
t) Venceram aqueles jovens __________ honestidade acreditamos. 
u) Conheci o poeta mineiro __________ poemas foram publicados na edição de ontem do 
jornal. 
v) Fez o anúncio __________ todos ansiavam. 
w) Avise-me __________ consistirá o curso. 
x) Existe um decreto __________ devemos obedecer. 
y) Foi bom o jogo __________ assisti. 
z) Era nobre o objeto __________ visava. 
aa) Nem todos aceitam a ideia __________ eu concordo. 
bb) “O controle biológico de pragas, __________ o texto faz referência, é certamente o mais 
eficiente e adequado recurso __________ os lavradores dispõem para proteger a lavoura 
sem prejudicar o solo.” 
cc) “A linguagem especial, __________ emprego se opõe o uso da comunidade, constitui um 
meio __________ os indivíduos de determinado grupo dispõem para satisfazer o desejo de 
autoafirmação.” 
dd) “Veja bem esses olhos __________ se tem ouvido falar.” 
ee) “Veja bem esses olhos __________ se dedicaram muitos versos.” 
ff) “Veja bem esses olhos__________ brilho fala o poeta.” 
gg) “Veja bem esses olhos __________ se extraem confissões e promessas.” 
 
 
 
45 
 
hh) “Paisagens da minha terra 
__________ o rouxinol não canta.” 
ii) “Quem sou eu senão a imponderável árvore dentro de uma noite imóvel 
E __________ presas remontam ao mais triste fundo da terra?” 
jj) A casa __________ você esteve foi reformada. 
kk) Aquela é a caneta __________ fiz o exame. 
ll) Sejamos gratos a Deus, __________ tudo devemos. 
mm) Traga tudo __________ lhe pertence. 
nn) Leve tantos ingressos __________ quiser. 
oo) Levarei alguns livros na viagem, __________ pretendo encher o tempo. 
pp) “Por fim, entrou, numa rua larga, com muitas árvores, através __________ se avistava o 
rio.” 
qq) “... uma catedral imensa, __________ torres tocavam o céu.” 
rr) O futebol é um esporte __________ o povo gosta muito. 
ss) É perigoso o local __________ você se dirige. 
tt) “Minha terra tem palmeiras 
________ canta o sabiá.” 
 
E) Pronomes indefinidos = referem-se à 3ª pessoa do discurso de forma vaga, imprecisa. 
 
Invariáveis Variáveis 
Quem, alguém, cada, outrem, ninguém, outrem, 
algo, tudo, nada, onde, alhures, algures, 
nenhures, mais, menos, demais. 
Algum, nenhum, todo, vário, certo, outro, 
muito, pouco, quanto, tanto, qual, qualquer, um, 
bastante. 
Locuções pronominais indefinidas 
Cada qual, qualquer um, tal e qual, seja qual for, seja quem for, todo o mundo, todo aquele que, 
quem quer que, um ou outro, todo o mundo, tais e tais, tal qual. 
 
Emprego dos pronomes indefinidos 
 
Caso Exemplo 
1. “Todo, vário, certo, qualquer” são pronomes 
adjetivos indefinidos quando antepostos a um 
substantivo; mas, se pospostos a ele, são 
adjetivos. 
- Qualquer homem merece respeito (pronome 
indefinido) 
- O sindicalista falou como um homem qualquer. 
(adjetivo) 
2. “Todo” = inteiro (no singular + artigo) 
“Todo” = qualquer (sem artigo) 
- Todo o prédio do Tribunal de Justiça passou por uma 
longa reforma. (o prédio do TJ) 
- Todo prédio do Tribunal de Justiça passou por uma 
longa reforma. (qualquer prédio que pertença ao TJ) 
 
 
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3. “Muito, tanto, pouco, bastante, menos, mais” 
serão pronomes indefinidos quando estiverem 
em função substantiva ou adjetiva. Se 
determinarem verbos, adjetivos ou outros 
advérbios serão advérbios. 
 
- Comeu muito pão. (pronome indefinido) 
- Comeu muito rápido. (advérbio) 
4. O pronome “algum” anteposto ao substantivo 
tem sentido positivo. Quando vier posposto ao 
substantivo, terá sentido negativo e de 
conotação mais forte que “nenhum”. 
- Alguma coisa muito importante está acontecendo 
no Congresso Nacional. (positivo) 
- Não precisaremos de homem algum para levar esta 
cama pesada. (depreciação) 
 
F) Pronomes interrogativos = empregados para formular interrogações diretas ou indiretas. 
 
Invariáveis Variáveis 
que, quem qual, quanto 
 
 
Emprego dos pronomes interrogativos 
 
Quem veio com você? (interrogativa direta) 
Conte-me quem veio com você. (interrogativa indireta) 
 
G) COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
 
PRÓCLISE (pronome antes do verbo) No Brasil, há prioridade pela próclise. Portanto, se 
houver fator de próclise, não se usa mesóclise nem ênclise. 
 
Usa-se a próclise quando houver: 
 
a). advérbio . Ex.: Sempre o vi na escola. 
b). palavra de sentido negativo. Ex.: Não me engane. 
c). pronomes relativos. Ex.: Há pessoas que nos querem bem. 
d). conjunções subordinativas. Ex.: Quando me viu, assustou-se. 
e). pronomes indefinidos . Ex.: Tudo me alegra. 
f). orações optativas. Ex.: Deus o guarde! 
g). orações exclamativas. Ex.: Como te iludes! 
h). orações interrogativas. Ex.: Quando nos visitará? 
 
 
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MESÓCLISE. (pronome no meio do verbo) 
 
Usa-se a mesóclise quando o verbo estiver no futuro do presente ou do pretérito. 
Ex.: Realizar-se-á uma grande obra aqui. 
 Falar-lhe-ia a teu respeito. 
 
Atenção: se o sujeito vier expresso na oração ou houver palavra atrativa, usa-se a próclise. 
Ex.: Eu lhe falarei a teu respeito. 
 Não lhe falaria a teu respeito. 
 
ÊNCLISE (pronome depois do verbo). 
 
Usa-se a ênclise quando houver: 
 
a). períodos iniciados pelo verbo (que não seja o futuro), pois, na língua culta, não se abre frase 
com pronome oblíquo átono. 
Ex.: “Diga-me com quem você anda”. 
 
b). orações reduzidas de gerúndio. 
Ex.: “O anão chegara-se a Inocência, tomando-lhe uma das mãos.” 
Exceto em expressões tais como: em se tratando, em se pensando. 
 
c). orações imperativas afirmativas. 
 Ex.: “Romano, escuta-me”. 
 
d). depois de vírgula. ( Essa regra é bem flexível, pois depende do contexto.) 
Ex.: “Como ela não o viu , pediu-me que lhe desse o recado”. 
 
Colocação dos Pronomes nos tempos compostos. 
Nos tempos compostos,os pronomes átonos se juntam ao verbo auxiliar, jamais ao 
particípio. 
Ex.: Os amigos o tinham prevenido. Os amigos tinham-no prevenido. 
 
Colocação dos pronomes nas locuções verbais . 
Nas locuções verbais, os pronomes átonos se juntam ao verbo auxiliar ou à forma nominal. 
Ex.: Verbo auxiliar + infinitivo. 
Devo calar-me, ou devo-me calar, devo me calar. 
 
Verbo auxiliar + gerúndio. 
Vou-me arrastando, ou vou me arrastando , ou vou arrastando-me. 
 
 Em síntese, nas locuções verbais e nos tempos compostos , os pronomes podem vir em 
qualquer posição, exceto depois do particípio.( Essa é a posição da maioria dos gramáticos.) 
Alguns, no entanto, postulam que o fator de próclise deve prevalecer.) 
 
 
 
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3.2.6. Advérbio 
 
 Palavra invariável que modifica essencialmente um verbo, um adjetivo, um outro 
advérbio ou toda uma oração. Essa modificação exprime circunstâncias que caracterizam o 
processo verbal que será desenvolvido no texto, por isso, ele é um importante elemento revelador 
de sentido no texto. 
 
Exemplos: 
a) Acordei tarde. (advérbio modificando verbo – circunstância de tempo) 
b) Helena ficou muito triste. (advérbio modificando o adjetivo “triste” – circunstância de 
intensidade) 
c) Não o esperávamos tão cedo. (advérbio modificando outro advérbio “cedo” – 
circunstância de intensidade) 
d) Infelizmente, ele teve o que merecia. (advérbio modificando toda uma oração – 
circunstância de modo que indica lamentar o falante sobre o que aconteceu). 
 
Locuções adverbiais: conjunto de duas ou mais palavras com valor de advérbio. 
Ex.: de repente, às cegas, pela manhã, a esmo, dia a dia (diariamente), às pressas, às vezes, a pé, 
etc. 
 
Classificação: Existem inúmeros sentidos/circunstâncias na língua portuguesa, sendo que a maior 
parte se liga ao verbo. Veja a seguir as principais circunstâncias adverbiais e alguns advérbios e 
locuções que podem exprimi-las: 
 
“1) lugar – aqui, aí, ali, cá, lá, acolá, além, longe, perto, dentro, adiante, defronte, onde, 
acima, abaixo, atrás, algures (= em algum lugar), alhures (= em outro lugar), nenhures (= 
em nenhum lugar); em cima, de cima, à direita, à esquerda, ao lado, de fora, por fora, etc. 
2) tempo – hoje, ontem, onteontem, amanhã, atualmente, brevemente, sempre, nunca, 
jamais, cedo, tarde, antes, depois, logo, já, agora, ora, então, outrora, aí, quando; à noite, à 
tarde, de manhã, de vez em quando, às vezes, de repente, hoje em dia, etc. 
3) modo – bem, mal, assim, depressa, devagar, rapidamente, lentamente, facilmente (e a 
maioria dos terminados em – mente); às claras, às pressas, à vontade, à toa, de cor, de 
mansinho, de cócoras, em silêncio, com rancor, sem medo, frente a frente, face a face, etc. 
 
 
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4) afirmação – sim, decerto, certamente, efetivamente, seguramente, realmente; sem dúvida, 
por certo, com certeza, etc. 
5) negação – não, absolutamente, tampouco; de modo algum, de jeito nenhum, etc. 
6) intensidade – muito, pouco, mais, menos, ainda, bastante, assaz, demais, bem, tanto, 
deveras, quanto, quase, apenas, mal, tão; de pouco, de todo, etc. 
7) dúvida – talvez, guiçá,

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