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AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM PRATICANTES DE CROSSFIT

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Cadernos Camilliani 
V. 15 n.3-4 (Edição Especial), 2018 
 
 
São Camilo - ES 
Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 
 
 
 AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM PRATICANTES 
DE CROSSFIT 
EVALUATION AND NUTRITIONAL EDUCATION IN PRACTICERS OF CROSSFIT 
 
Ana Paula Brunelli Fazoli1, Gabriela Altoé Roriz2, Guinever Duque Rosa Martins3, Hugo Porcari4, Érica 
Sartório Bindaco5. 
 
Resumo 
 
A procura por uma vida saudável, com alimentação equilibrada unida aos exercícios físicos 
vem crescendo tanto entre aqueles que só se preocupavam com a estética, quanto em outros 
grupos com maior preocupação em relação a saúde. Entre a atividade física e a nutrição existe 
uma importante relação. Por meio de uma nutrição adequada pode-se melhorar a capacidade de 
rendimento do organismo, reduzir o risco de lesões, fadiga e aprimorar a performance do 
praticante de atividade física. Neste contexto, este trabalho teve como principal objetivo elaborar 
um projeto em educação nutricional com alunos de crossfit, visando a promoção da performance 
física destes praticantes. Foi realizado um estudo de campo em uma academia afiliada de 
crossfit, localizada em Cachoeiro de Itapemirim-ES. A amostra foi constituída por 15 alunas 
selecionadas aleatoriamente, com idade entre 26 e 43 anos. As praticantes foram submetidas a 
avaliação antropométrica, onde foram coletadas medidas de peso e altura para a classificação do 
estado nutricional através do cálculo do IMC. Posteriormente, responderam a um questionário 
de frequência alimentar. A composição corporal foi avaliada através da aferição das quatro 
dobras cutâneas e circunferência da cintura (CC), sendo os percentuais de gordura agrupados 
conforme a classificação de Pollock e Wilmore e a CC de acordo com as classificações da WHO 
para risco de doenças cardiovasculares. As informações coletadas serviram de base para a 
realização de uma mesa redonda com o grupo, sendo aplicada uma dinâmica sobre a importância 
da alimentação no pré e no pós-treino. Os resultados obtidos com relação ao IMC apresentaram 
em sua maioria (80%) eutrofia, porém o percentual de GC (53%) apresentou-se elevado. Quanto 
a CC a maioria dos resultados (80%) não apresentou risco cardiovascular. Em relação ao QFA 
aplicado, observou-se que a alimentação do grupo em sua maioria apresentou-se saudável. 
Dessa forma, sugerem-se que as praticantes busquem auxílio de profissionais que promovam a 
melhoria dos hábitos alimentares como forma de melhorar a performance física. 
Palavras-Chave: Avaliação Nutricional; Educação Nutricional; Alimentação; Atletas; Crossfit. 
 
Abstract 
 
The search for a healthy life, with a balanced diet coupled with physical exercises, has been 
growing both among those who only care about aesthetics and in other groups that are more 
concerned about health. There is an important relationship between physical activity and 
nutrition. Proper nutrition can improve the body's performance, reduce the risk of injury, fatigue, 
and improve the performance of the physical activity practitioner. In this context, this work had 
as main objective to elaborate a project in nutritional education with crossfit students, aiming 
at the promotion of the physical performance of these practitioners. A field study was conducted 
 
1 Graduanda do Curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo-ES – paulafazoli@hotmail.com; 
2 Graduanda do Curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo-ES – gabriela.altoe.7@gmail.com; 
3 Graduanda do Curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo-ES – guinevermartins@hotmail.com; 
4 Graduando do Curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo-ES – hugoporcari1@gmail.com; 
5 Professora orientadora do Centro Universitário São Camilo-ES – ericacusc@gmail.com. 
 
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Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 
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at an affiliated crossfit academy located in Cachoeiro de Itapemirim-ES. The sample consisted of 
15 students randomly selected, aged between 26 and 43 years. The participants were submitted 
to an anthropometric evaluation, where weight and height measurements were taken to classify 
the nutritional status through the BMI calculation. Subsequently, they answered a food 
frequency questionnaire. Body composition was assessed by measuring the four skinfolds and 
waist circumference (WC), with the fat percentages being grouped according to the Pollock and 
Wilmore classification and the WC according to the WHO classification for cardiovascular disease 
risk. The information collected served as the basis for a roundtable discussion with the group, 
and a dynamic was applied on the importance of pre and post-training feeding. The results 
obtained in relation to BMI were mostly (80%) eutrophic, but the percentage of CG (53%) was 
elevated. Regarding CC, most of the results (80%) did not present cardiovascular risk. Regarding 
the applied FFQ, it was observed that the feeding of the group was mostly healthy. Thus, it is 
suggested that practitioners seek help from professionals who promote the improvement of eating 
habits as a way to improve physical performance. 
Keywords: Nutritional Evaluation; Nutrition Education; Food; Athletes; Crossfit. 
 
 
1. Introduçã o 
As grandes transformações mundiais ocorridas nas últimas décadas 
promoveram mudanças sociais e na saúde, individual e coletiva. O perfil dos 
problemas de saúde atuais faz com que a promoção de estilos de vida saudáveis 
e ativos fisicamente seja valorizada e colocada como uma das prioridades em 
saúde pública do planeta (NAHAS; GARCIA, 2010). 
A saúde e a qualidade de vida do homem podem ser preservadas e 
aprimoradas pela prática regular de atividade física, que consiste em qualquer 
movimento do corpo, gerado pelos músculos esqueléticos, que resulta em um 
gasto energético maior do que os níveis de repouso (CASPERSEN; POWELL; 
CHRISTENSEN, 1985 apud MACIEL, 2010). 
A procura por uma vida saudável, com alimentação equilibrada unida aos 
exercícios físicos vem crescendo tanto entre aqueles que só se preocupavam com 
a estética, quanto em outros grupos com maior preocupação em relação a saúde. 
Entre a atividade física e a nutrição existe uma importante relação. Por meio de 
uma nutrição adequada, com a ingestão equilibrada de todos os nutrientes pode-
se melhorar a capacidade de rendimento do organismo, além de contribuir para 
redução e prevenção da incidência de fatores de risco à saúde, como as doenças 
crônicas não transmissíveis (PEREIRA; CABRAL, 2007). 
De acordo com o Ministério da Saúde, os benefícios para a promoção da 
saúde são alcançados por meio de uma alimentação equilibrada associada a 
prática regular de atividade física. Portanto, estratégias de educação nutricional 
 
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devem ser elaboradas e apresentadas aos grupos sujeitos a este tipo de 
intervenção, de acordo com a realidade e identidade cultural de cada um, para 
que assim estes novos hábitos possam ser aderidos (ROTENBERG; VARGAS, 
2004 apud VALLE et al, 2007). 
Em estudos realizados, observou-se que, após a intervenção nutricional 
educativa houve melhoria na qualidade da alimentação, com diminuição no 
consumo de lipídios, de proteínas e de colesterol, sendo também observada essa 
redução em relação aos valores de Índice de Massa Corporal (IMC) e percentual 
de gordura corporal (GC) devido à associaçãode prática de atividade física com 
a orientação nutricional (CERVATO et al, 2005; DENADAI et al, 1998 apud 
TEIXEIRA et al, 2013). Além disso, a alimentação balanceada é essencial para 
aprimorar a capacidade de rendimento físico, reduzir o risco de lesões, fadiga e 
melhorar a performance do praticante de atividade física (QUINTÃO, 2013). 
Embora exista uma relação entre atividade física e estado de saúde, 
verifica-se, ainda, uma porcentagem significativa de pessoas sedentárias. Em 
uma pesquisa realizada em 2013, pelo Ministério do Esporte, visando traçar o 
perfil do praticante de atividade física e esporte do Brasil, foi constatado que 
45,9% dos entrevistados são sedentários, 28,5% são praticantes de atividade 
física e 25,6% são praticantes de esporte. Outra estatística que merece destaque 
na pesquisa é que, dentre os entrevistados, 35,7% dos que não praticam 
atividade física tem consciência dos riscos da vida sedentária, 27,2% não tem 
tempo para a prática e 16,9% não tem consciência e por isso não praticam. 
A falta de tempo dos indivíduos, o estilo de vida e o avanço da tecnologia 
são fatores que agravam o sedentarismo (GORSKI, 2012). Este, é julgado tão 
grave a saúde como qualquer outro tipo de doença, podendo provocar uma 
despesa a médio e longo prazo para o indivíduo e para sistema de saúde do país 
(CONFEF apud GONÇALVES; ALCHIERI, 2010). A inatividade física é fortemente 
relacionada à incidência e severidade de um vasto número de doenças crônicas 
(GUALANO; TINUCCI, 2011). 
No Brasil, as DCNT foram responsáveis pela maior parcela dos óbitos e das 
despesas com assistência hospitalar no Sistema Único de Saúde (SUS), 
totalizando cerca de 69% dos gastos com atenção à saúde em 2002. As DCNT 
são de etiologia multifatorial e compartilham vários fatores de riscos 
 
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modificáveis, como a inatividade física, a alimentação inadequada, a obesidade, 
a dislipidemia e o tabagismo. Estudos epidemiológicos demonstraram que 75% 
dos casos novos de doenças cardiovasculares ocorridos nos países 
desenvolvidos, nas décadas de 70 e 80, poderiam ser explicados por dieta e 
atividade física inadequadas, obesidade e elevação da pressão arterial associados 
ao hábito de fumar (MALTA et al 2009). 
Indubitavelmente, a inatividade física associada a uma má alimentação é 
um dos grandes problemas de saúde pública na sociedade moderna. Ambos têm 
sido enaltecidos e propagados há séculos como potentes fatores de promoção à 
saúde. Tal ideia ganha respaldo no discurso de Hipócrates, o “pai da medicina”: 
“O que é utilizado, desenvolve-se, o que não o é, desgasta-se... Se houver alguma 
deficiência de alimento e exercício, o corpo adoecerá”. Platão compartilhava da 
importância do exercício, considerando-o fundamental na manutenção do 
equilíbrio do corpo e mente ou espírito (GUALANO; TINUCCI, 2011). 
Neste contexto, este trabalho teve como principal objetivo elaborar um 
projeto em educação nutricional com alunos de crossfit, visando a promoção da 
performance física destes praticantes. 
 
2. Metodologiã 
Trata-se de um estudo de campo realizado em uma academia afiliada de 
CROSSFIT, localizada em Cachoeiro de Itapemirim, autorizado pela proprietária 
mediante assinatura do termo de consentimento livre esclarecido. 
A amostra foi constituída por 15 alunas selecionadas aleatoriamente, com 
idade entre 26 e 43 anos, e frequência igual ou superior a 3 vezes por semana. 
Os interessados em participar assinaram um termo de consentimento livre 
esclarecido. 
As alunas foram submetidas a avaliação antropométrica e em seguida, 
responderam ao um questionário de frequência alimentar (QFA), para avaliar a 
ingestão alimentar das integrantes, sendo selecionados os alimentos de maior 
relevância à população da pesquisa. 
 
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Para análise e comparação da frequência alimentar da amostra estudada 
utilizou-se como base a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), 
realizada nos anos de 2008-2009, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), referente a prevalência de consumo alimentar do sexo 
feminino (%). 
Na avaliação antropométrica foram coletadas as medidas de peso e altura. 
O peso foi medido em quilogramas (Kg) sendo utilizada uma balança digital da 
marca Plenna, com capacidade de 200 kg. Os participantes foram pesados sem 
tênis, com roupas leves (shorts e camisetas) e antes da prática de exercício físico, 
sendo posicionados de forma ereta, com os pés juntos no centro da balança. 
Para a coleta da estatura corporal foi utilizado uma fita métrica inelástica. 
Os indivíduos foram medidos descalços em posição ortostática, de costas para 
uma parede lisa e sem rodapés. Nesta foi feita uma marcação de um ponto 
equivalente a 50 cm, partindo do chão, e por meio desta delimitação foi realizada 
a medida com a fita métrica. Com bases nos resultados coletados, o Índice de 
Massa Corporal (IMC) foi calculado utilizando a equação a seguir: IMC= peso (kg) 
/altura2. 
Para classificação do estado nutricional dos integrantes da amostra, os 
valores de IMC foram agrupados segundo recomendação da World Health 
Organization – WHO (2000), que considera os valores <18,5kg/m² como baixo 
peso, 18,5 – 24,9kg/m² como eutrófico, 25 – 29,9kg/m² como sobrepeso, 30 – 
34,9kg/m² como obesidade grau 1, 35 – 39,9 kg/m² como obesidade grau 2 e ≥ 
40kg/m² como obesidade grau 3 (mórbida). 
A composição corporal foi avaliada através da aferição das quatro dobras 
cutâneas (dobra cutânea tricipital; dobra cutânea bicipital; dobra cutânea 
subescapular e dobra cutânea supra ilíaca), utilizando um adipômetro da marca 
Sanny. Este procedimento foi realizado no hemisfério dominante das 
voluntárias, em triplicata. 
Para o cálculo do percentual de gordura corporal (GC), primeiramente foi 
realizada a média de cada uma das quatro dobras aferidas, e em seguida foi feito 
o somatório das mesmas. Posteriormente foi tirado o log deste somatório, 
utilizando-o para o cálculo da densidade corporal. O valor obtido referente à 
densidade foi utilizado na equação de Siri, para assim descobrir o percentual de 
 
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GC. Após obter os percentuais de gordura, estes foram agrupados conforme a 
classificação de Pollock e Wilmore (1993), de acordo com o gênero e idade. 
 Na aferição da circunferência da cintura (CC) foi utilizada uma fita métrica 
inelástica, tomando como base o ponto marcado a partir de dois dedos acima da 
crista umbilical. A leitura da medida foi realizada de frente para a pessoa. Os 
resultados obtidos referentes a aferição da CC das praticantes de crossfit foram 
classificados de acordo com o risco para o desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares proposto WHO (2000), que considera sem risco mulheres que 
apresentam circunferência da cintura < 80cm; com risco ≥ 80cm; com risco 
muito alto ≥ 88cm. 
As informações coletadas serviram de base para a realização de uma mesa 
redonda com o grupo, sendo aplicada uma dinâmica com o tema “A importância 
da alimentação no pré e no pós-treino, e em todas as demais refeições realizadasao longo do dia”. 
Durante apresentação foi enfatizada a necessidade e a importância do 
consumo de carboidratos no pré e no pós-treino, bem como das proteínas neste 
último. Em seguida, foram apresentadas sugestões de lanches saudáveis 
proteicos e energéticos, sendo ofertado a cada um, um folder com informações 
sobre o índice glicêmico de alguns alimentos e opções de receitas. 
Ao finalizar a dinâmica foram tabelados os dados e organizados em uma 
estrutura de artigo científico, através de análises e discussões fundamentadas 
em pesquisas anteriores. Essas pesquisas foram selecionadas através do banco 
de dados do Google Acadêmico, Scielo e Pubmed, no período compreendido entre 
2007 e 2018. Levando em consideração o uso das palavras chaves: avaliação 
nutricional, educação nutricional, atividade física, alimentação, atletas. 
 
3. Resultãdo e Discussã o 
No gráfico 1 são apresentados os resultados referentes ao estado 
nutricional das praticantes de Crossfit obtidos, onde percebe-se que a maioria 
da amostra, cerca de 80%, apresentam-se na faixa de eutrofia, enquanto 20% 
estão na faixa de sobrepeso. 
 
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Gráfico 1: Classificação do estado nutricional das praticantes de 
Crossfit conforme o IMC 
 
Fonte: Dados da pesquisa. 
 
Contudo, apesar da maioria das praticantes estarem eutróficas, observa-
se que, mais da metade apresentaram um percentual de gordura ruim (53%), 
27% e 13%, respectivamente, apresentaram um percentual de gordura mediano 
e razoável e somente uma minoria, cerca de 7%, tem demonstrado um percentual 
de gordura corporal muito bom, segundo dados agrupados no gráfico 2 a seguir. 
 
Gráfico 2: Classificação do percentual de gordura corporal das 
praticantes de Crossfit 
 
Fonte: Dados da pesquisa. 
 
Recentemente, notou-se que a distribuição de gordura é um importante 
indicativo de saúde, visto que seu acúmulo excessivo é considerado um fator de 
80%
20%
Eutrofia
Sobrepeso
7%
27%
13%
53%
Muito bom
Média
Razoável
Ruim
 
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risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) 
(TEIXEIRA et al., 2013). 
Apesar do IMC ser um dos procedimentos mais aplicados na avaliação 
nutricional, em virtude de seu baixo custo, simplicidade e praticidade de 
utilização, este não está completamente correlacionado com a GC, por não 
distinguir a massa gordurosa da massa magra, podendo se apresentar 
superestimado em praticantes de atividade física. Entretanto, para se estimar a 
porcentagem de gordura corporal total é necessário, não somente o IMC, mas 
também outros métodos, sendo que, um dos mais utilizados é a aferição da 
espessura das dobras cutâneas (ABESO, 2016). 
Os resultados encontrados neste estudo em relação à comparação do IMC 
e a porcentagem de GC em mulheres, foram contraditórios àqueles encontrados 
no estudo de Ferreira et al. (2013) onde parte significativa da amostra (53%) foi 
diagnosticada como sobrepeso pelo IMC, e cerca de 80%, apresentaram 
resultados de GC acima do recomendado, podendo vir a desencadear DCNT, 
como a obesidade. 
Nos estudos de Pereira e Haraguchi (2015), os resultados também foram 
contraditórios à pesquisa apresentada, onde 49,2% das praticantes foram 
diagnosticadas com sobrepeso pelo IMC e concomitantemente com um elevado 
percentual de GC (90,2%). 
Diante disso percebe-se que o IMC não é um método seguro de avaliação 
da gordura corporal, já que pode gerar avaliações imprecisas apresentando 
grande diferença no diagnóstico de sobrepeso e obesidade quando comparado à 
porcentagem de gordura (FERREIRA et al., 2013). Deve-se ressaltar que o 
excesso de gordura, assim como sua distribuição, está relacionado diretamente 
com o desenvolvimento de DCNT (FERREIRA et al., 2013 apud PEREIRA; 
HARAGUCHI, 2015). 
Em relação aos dados obtidos através da CC verifica-se que maior parte 
da amostra, cerca de 80%, não possui risco de desenvolver doenças 
cardiovasculares, e apenas 20% possui alto risco de desencadear doenças 
cardiovasculares. 
 
 
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Gráfico 3: Classificação da circunferência da cintura das praticantes de 
Crossfit e risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares 
 
Fonte: Dados da pesquisa. 
 
O excesso de peso e a obesidade abdominal são problemas crescentes e 
possuem grande relação com as doenças crônicas não transmissíveis, 
principalmente com as doenças cardiovasculares. Deste modo, a execução da 
avaliação antropométrica auxilia na identificação desse risco, sendo que também 
pode refletir no percentual de gordura visceral e de gordura corporal total 
(BARBOSA, 2013). 
 O resultado obtido no gráfico 3 acima não se assemelha com o estudo de 
Ferreira et al. (2013), onde cerca de 50% da amostra avaliada possui risco de 
desenvolver doenças cardiovasculares. No mesmo contexto se apresenta o 
estudo de Pereira e Haraguchi (2015) onde ao avaliarem a amostra observaram 
que 68,9% apresentaram valores acima da referência. Sendo assim, foi 
evidenciada a presença de obesidade abdominal, e também risco para 
desenvolvimento de doenças cardiovasculares nesses estudos comparativos. 
 Os achados dessa pesquisa contribuem para destacar que pessoas que 
praticam atividade física regularmente, e que se consideram mais ativos 
apresentam valores mais baixos da circunferência da cintura e 
consequentemente baixo risco de desenvolver doenças cardiovasculares e menor 
prevalência de obesidade (FERREIRA et al., 2013). 
 Através dos resultados, percebeu-se a grande importância da avaliação da 
composição corporal, visto que a mesma desempenha uma função essencial na 
saúde humana. O excesso de gordura e sua distribuição estão diretamente 
80%
20%
Baixo risco
Alto risco
 
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relacionados ao desenvolvimento das DCNT, principalmente as cardiovasculares 
(PEREIRA; HARAGUCHI, 2015). 
Em relação aos dados tabelados através da aplicação do QFA, percebeu-
se que o consumo semanal de fibras, tais como aveia em flocos e granola 
tradicional, foi realizado por 53% do total de participantes. Já a frequência de 
consumo de frutas e verduras foi maior diariamente, onde respectivamente 67% 
e 80% das pessoas alegaram consumir. 
 O consumo de oleaginosas apresentou maior frequência de consumo 
diário, sendo realizado por 40% das pessoas. Já a frequência de consumo de 
azeite esteve maior diariamente (67%). A frequência de consumo de produtos 
cárneos - peixe e peito de frango - e ovos foram maiores semanalmente, conforme 
expuseram 73%, 67% e 60% das pessoas, respectivamente. 
 Quanto à frequência de consumo do grupo de leite e derivados, o qual é 
representado porqueijo e iogurte, percebe-se que para o primeiro citado, 53% de 
pessoas alegam ingerir diariamente, e ao segundo citado, 67% dizem consumir 
semanalmente. Quanto ao macarrão, cerca de 60% das pessoas dizem consumir 
semanalmente. 
 O sal de mesa também apresentou uma maior frequência de consumo 
semanal, o qual foi relatado por 60% das pessoas. Na mesma situação de 
frequência de consumo está o chocolate (60%), O consumo de bebidas alcoólicas, 
por sua vez, apresentou-se mais frequente semanalmente (53%). 
 
Quadro 1 – Dados dietéticos referentes à frequência alimentar das 
praticantes de Crossfit. 
Alimentos Diário Semanal Mensal Anual Nunca 
Aveia em flocos 27% 53% 20% 
Granola tradicional 53% 27% 20% 
Frutas 67% 33% 
Verduras 80% 20% 
Oleaginosas 40% 27% 20% 13% 
Azeite 67% 33% 
Peixe 73% 20% 7% 
Peito de frango 33% 67% 
Ovo cozido 40% 60% 
Queijo 47% 53% 
Iogurte 13% 67% 13% 7% 
Macarrão 60% 20% 20% 
Sal de mesa 27% 60% 13% 
Chocolate 27% 60% 13% 
Bebidas alcoólicas 53% 27% 13% 7% 
Fonte: Dados da pesquisa. 
 
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 A avaliação da ingestão alimentar é fundamental para direcionar o 
diagnóstico nutricional. Conforme verificado anteriormente, as medidas 
antropométricas refletem as manifestações biológicas, ou seja, o problema em si. 
Em contrapartida, a avaliação da ingestão alimentar não fornece a condição 
nutricional, mas viabiliza dados que são considerados fatores de risco para 
determinação de outros parâmetros de avaliação nutricional (VITOLO, 2015). 
 O resultado obtido quanto à frequência do consumo de frutas no Quadro 
1 acima, não se assemelha ao encontrado na POF 2008-2009, onde a prevalência 
de consumo máximo dentre as frutas apresentadas foi de apenas 17,5% da 
amostra total. Na mesma situação apresenta-se a frequência de consumo de 
verduras de modo geral, onde a prevalência máxima de consumo, diante da 
população em questão, alcançou apenas 17%. 
 O consumo de fibra disposto no quadro 1, não apresenta semelhança com 
os dados estatísticos do IBGE (2010), onde 75% das mulheres apresentaram o 
consumo inadequado da mesma. 
 A prevalência de consumo de oleaginosas pelas mulheres apresentou um 
baixo índice (1,0%), segundo a POF 2008-2009, resultado este também oposto 
ao encontrado na pesquisa em questão. Na mesma condição dita anteriormente, 
está o consumo de carnes de aves (26,7%) e de peixes/preparações (6,3%) 
 Os dados de frequência de consumo do azeite, encontrados nesse estudo, 
são semelhantes aos dados encontrados nos estudos de Jorge et al. (2014) onde 
99% da amostra pesquisada possui o hábito do consumo de azeite de oliva. 
 Os resultados obtidos quanto ao consumo de ovos e queijos foram 
contraditórios aos encontrados na POF 2008-2009 para a população 
pesquisada, onde para o primeiro citado, houve uma prevalência de consumo 
em 14,7%, e para o segundo, 14,6%. 
 O consumo de iogurtes, por sua vez, se apresentou prevalente em 4,5% 
das mulheres, conforme as estatísticas apresentadas pela POF 2008-2009, 
resultado este inverso ao encontrado no quadro 1. No mesmo contexto está o 
macarrão e preparações a base de macarrão, que tiveram 17,9% de prevalência 
de consumo (IBGE, 2010), apresentando resultados contraditórios aos 
descobertos. 
 
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 Os resultados da pesquisa realizada pelo IBGE (2010) onde a proporção de 
mulheres com elevada ingestão de sódio foi cerca de 70%, se assemelham aos 
encontrados na presente pesquisa. 
 Conforme a POF 2008-2009 o consumo de chocolates foi prevalente em 
apenas 4,4% da amostra abordada; já o consumo de bebida alcoólica, 
apresentou prevalência em apenas 1,1%. Ambos expuseram resultados opostos 
ao da pesquisa atual. 
 Tendo em vista os resultados obtidos com a avaliação antropométrica e 
com o questionário de frequência alimentar, foi realizada uma mesa redonda 
com o grupo presente, sendo aplicada uma dinâmica abordando a importância 
da alimentação no pré e pós-treino, e em todas as demais refeições. 
Houve uma grande interação com as participantes, onde as mesmas 
demonstraram grande interesse em saber mais sobre alimentação e nutrição, 
sugerindo que esse tipo de atividade acontecesse com mais frequência. 
Mesmo tratando-se de um público que apresenta certo conhecimento 
sobre nutrição, percebeu-se que existiam dúvidas acerca da alimentação, 
principalmente no pré-treino, já que o crossfit é uma atividade de alta 
intensidade, que proporciona elevado gasto calórico, uma vez que os exercícios 
são curtos, intensos e constantemente variados. 
Um dos temas abordados durante a mesa redonda foi sobre o gasto 
energético durante o treinamento e as necessidades nutricionais. Sabe-se que o 
treinamento gera um dispêndio de energia elevado o que faz com que se tenha 
uma necessidade energética bem maior que indivíduos não praticantes. Assim, 
é necessária uma maior ingestão de alimentos para manter o balanço energético 
(BARBALHO, 2015). 
É consenso que as necessidades nutricionais de praticantes de atividades 
físicas são maiores que as de não praticantes, podendo essa ser suprida por meio 
dos alimentos desde que se mantenha uma alimentação equilibrada, balanceada 
e variada e sejam oferecidas condições para a ingestão de alimentos necessários 
em quantidades e qualidade de acordo com a demanda física (BRAGGION, 2008). 
Nesse contexto entra a Educação Nutricional (EN) que deve ser uma 
ferramenta com finalidade conscientizadora e libertadora, por isso deve buscar 
a autonomia do indivíduo. A prática da EN exige o desenvolvimento de 
 
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abordagens educativas que englobem as problemáticas relacionadas à 
alimentação como um todo, tanto na dimensão biológica como na social e 
cultural (BOOG, 1997 apud DE MESQUITA; SOUSA, 2017) 
Assim, em conformidade com o autor acima citado, a EN e alimentar 
voltada a praticantes de atividade física busca a promoção de uma alimentação 
saudável, consciente e baseada em evidências, de forma a deixar de lado tabus 
e mitos que muitas vezes podem acarretar prejuízos a saúde ou diminuição do 
rendimento esportivo. 
 A alimentação adequada juntamente com a prática do exercício físico é de 
fundamental importância para se atingir os resultados pretendidos. Porém, para 
que estes possam ser alcançados sem complicações a curto e longo prazo como 
fadiga muscular, hipoglicemia e deficiências nutricionais, é necessário seguir 
uma alimentação adequada em macro e micronutrientes de acordo com as 
necessidades nutricionais individuais (ROSSI; TIRAPEGUI,1999 apud MORAIS 
et al, 2014). 
 
4. Conclusã o 
Levando em consideração a pesquisa realizada, não foram encontrados 
artigos que permitissem a comparação da mesma situação e condição abordada. 
Porém, salienta-se que foi observada a limitação do IMC como parâmetro de 
avaliação de GC, uma vez que 80% da amostra foram classificadas como 
eutrófica e 53% apresentaram um elevado percentual de GC. 
Contudo, quanto a CC constatou-se que a maioria das participantes não 
possuiprevalência de obesidade. Também não foram encontrados artigos que se 
assemelhassem à situação para realizar um comparativo. 
 A alimentação do grupo, em sua maioria, apresentou-se saudável, sendo 
totalmente diferente da população brasileira, porém existem alguns alimentos 
não tão saudáveis, como por exemplo, a cerveja, sal de mesa e chocolate que 
apresentam um consumo frequente, o que pode ser um fator contribuinte para 
o elevado percentual de GC. 
 
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 Partindo desse pressuposto, a aplicação da dinâmica foi importante para 
auxiliar no alcance dos objetivos, esclarecimento de dúvidas e desmitificação de 
conceitos errôneos que ocorrem no âmbito do crossfit. 
 Sugere-se, a partir desse estudo, que as praticantes de crossfit busquem 
o auxílio de profissionais que promovam a reeducação alimentar associada a 
prática dessa atividade, como forma de melhorar a performance física, bem como 
promover e proteger a saúde, e principalmente, prevenir contra doenças crônicas 
não transmissíveis. 
 Dessa forma são necessários mais estudos para que se conheçam melhor 
os hábitos alimentares desta população, fazendo com que os profissionais da 
área tenham mais informações e possam orientar melhor esse público em 
questão. 
 
 
5. Refere nciãs 
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