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Cadernos Camilliani V. 15 n.3-4 (Edição Especial), 2018 São Camilo - ES Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM PRATICANTES DE CROSSFIT EVALUATION AND NUTRITIONAL EDUCATION IN PRACTICERS OF CROSSFIT Ana Paula Brunelli Fazoli1, Gabriela Altoé Roriz2, Guinever Duque Rosa Martins3, Hugo Porcari4, Érica Sartório Bindaco5. Resumo A procura por uma vida saudável, com alimentação equilibrada unida aos exercícios físicos vem crescendo tanto entre aqueles que só se preocupavam com a estética, quanto em outros grupos com maior preocupação em relação a saúde. Entre a atividade física e a nutrição existe uma importante relação. Por meio de uma nutrição adequada pode-se melhorar a capacidade de rendimento do organismo, reduzir o risco de lesões, fadiga e aprimorar a performance do praticante de atividade física. Neste contexto, este trabalho teve como principal objetivo elaborar um projeto em educação nutricional com alunos de crossfit, visando a promoção da performance física destes praticantes. Foi realizado um estudo de campo em uma academia afiliada de crossfit, localizada em Cachoeiro de Itapemirim-ES. A amostra foi constituída por 15 alunas selecionadas aleatoriamente, com idade entre 26 e 43 anos. As praticantes foram submetidas a avaliação antropométrica, onde foram coletadas medidas de peso e altura para a classificação do estado nutricional através do cálculo do IMC. Posteriormente, responderam a um questionário de frequência alimentar. A composição corporal foi avaliada através da aferição das quatro dobras cutâneas e circunferência da cintura (CC), sendo os percentuais de gordura agrupados conforme a classificação de Pollock e Wilmore e a CC de acordo com as classificações da WHO para risco de doenças cardiovasculares. As informações coletadas serviram de base para a realização de uma mesa redonda com o grupo, sendo aplicada uma dinâmica sobre a importância da alimentação no pré e no pós-treino. Os resultados obtidos com relação ao IMC apresentaram em sua maioria (80%) eutrofia, porém o percentual de GC (53%) apresentou-se elevado. Quanto a CC a maioria dos resultados (80%) não apresentou risco cardiovascular. Em relação ao QFA aplicado, observou-se que a alimentação do grupo em sua maioria apresentou-se saudável. Dessa forma, sugerem-se que as praticantes busquem auxílio de profissionais que promovam a melhoria dos hábitos alimentares como forma de melhorar a performance física. Palavras-Chave: Avaliação Nutricional; Educação Nutricional; Alimentação; Atletas; Crossfit. Abstract The search for a healthy life, with a balanced diet coupled with physical exercises, has been growing both among those who only care about aesthetics and in other groups that are more concerned about health. There is an important relationship between physical activity and nutrition. Proper nutrition can improve the body's performance, reduce the risk of injury, fatigue, and improve the performance of the physical activity practitioner. In this context, this work had as main objective to elaborate a project in nutritional education with crossfit students, aiming at the promotion of the physical performance of these practitioners. A field study was conducted 1 Graduanda do Curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo-ES – paulafazoli@hotmail.com; 2 Graduanda do Curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo-ES – gabriela.altoe.7@gmail.com; 3 Graduanda do Curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo-ES – guinevermartins@hotmail.com; 4 Graduando do Curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo-ES – hugoporcari1@gmail.com; 5 Professora orientadora do Centro Universitário São Camilo-ES – ericacusc@gmail.com. São Camilo - ES Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 C a d e rn o s C a m il li a n i Ana Paula Brunelli Fazoli, Gabriela Altoé Roriz, Guinever Duque Rosa Martins, Hugo Porcari, Érica Sartório Bindaco 506 at an affiliated crossfit academy located in Cachoeiro de Itapemirim-ES. The sample consisted of 15 students randomly selected, aged between 26 and 43 years. The participants were submitted to an anthropometric evaluation, where weight and height measurements were taken to classify the nutritional status through the BMI calculation. Subsequently, they answered a food frequency questionnaire. Body composition was assessed by measuring the four skinfolds and waist circumference (WC), with the fat percentages being grouped according to the Pollock and Wilmore classification and the WC according to the WHO classification for cardiovascular disease risk. The information collected served as the basis for a roundtable discussion with the group, and a dynamic was applied on the importance of pre and post-training feeding. The results obtained in relation to BMI were mostly (80%) eutrophic, but the percentage of CG (53%) was elevated. Regarding CC, most of the results (80%) did not present cardiovascular risk. Regarding the applied FFQ, it was observed that the feeding of the group was mostly healthy. Thus, it is suggested that practitioners seek help from professionals who promote the improvement of eating habits as a way to improve physical performance. Keywords: Nutritional Evaluation; Nutrition Education; Food; Athletes; Crossfit. 1. Introduçã o As grandes transformações mundiais ocorridas nas últimas décadas promoveram mudanças sociais e na saúde, individual e coletiva. O perfil dos problemas de saúde atuais faz com que a promoção de estilos de vida saudáveis e ativos fisicamente seja valorizada e colocada como uma das prioridades em saúde pública do planeta (NAHAS; GARCIA, 2010). A saúde e a qualidade de vida do homem podem ser preservadas e aprimoradas pela prática regular de atividade física, que consiste em qualquer movimento do corpo, gerado pelos músculos esqueléticos, que resulta em um gasto energético maior do que os níveis de repouso (CASPERSEN; POWELL; CHRISTENSEN, 1985 apud MACIEL, 2010). A procura por uma vida saudável, com alimentação equilibrada unida aos exercícios físicos vem crescendo tanto entre aqueles que só se preocupavam com a estética, quanto em outros grupos com maior preocupação em relação a saúde. Entre a atividade física e a nutrição existe uma importante relação. Por meio de uma nutrição adequada, com a ingestão equilibrada de todos os nutrientes pode- se melhorar a capacidade de rendimento do organismo, além de contribuir para redução e prevenção da incidência de fatores de risco à saúde, como as doenças crônicas não transmissíveis (PEREIRA; CABRAL, 2007). De acordo com o Ministério da Saúde, os benefícios para a promoção da saúde são alcançados por meio de uma alimentação equilibrada associada a prática regular de atividade física. Portanto, estratégias de educação nutricional São Camilo - ES Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 C a d e rn o s C a m il li a n i C a d e rn o s C a m il li a n i h AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM PRATICANTES DE CROSSFIT 507 devem ser elaboradas e apresentadas aos grupos sujeitos a este tipo de intervenção, de acordo com a realidade e identidade cultural de cada um, para que assim estes novos hábitos possam ser aderidos (ROTENBERG; VARGAS, 2004 apud VALLE et al, 2007). Em estudos realizados, observou-se que, após a intervenção nutricional educativa houve melhoria na qualidade da alimentação, com diminuição no consumo de lipídios, de proteínas e de colesterol, sendo também observada essa redução em relação aos valores de Índice de Massa Corporal (IMC) e percentual de gordura corporal (GC) devido à associaçãode prática de atividade física com a orientação nutricional (CERVATO et al, 2005; DENADAI et al, 1998 apud TEIXEIRA et al, 2013). Além disso, a alimentação balanceada é essencial para aprimorar a capacidade de rendimento físico, reduzir o risco de lesões, fadiga e melhorar a performance do praticante de atividade física (QUINTÃO, 2013). Embora exista uma relação entre atividade física e estado de saúde, verifica-se, ainda, uma porcentagem significativa de pessoas sedentárias. Em uma pesquisa realizada em 2013, pelo Ministério do Esporte, visando traçar o perfil do praticante de atividade física e esporte do Brasil, foi constatado que 45,9% dos entrevistados são sedentários, 28,5% são praticantes de atividade física e 25,6% são praticantes de esporte. Outra estatística que merece destaque na pesquisa é que, dentre os entrevistados, 35,7% dos que não praticam atividade física tem consciência dos riscos da vida sedentária, 27,2% não tem tempo para a prática e 16,9% não tem consciência e por isso não praticam. A falta de tempo dos indivíduos, o estilo de vida e o avanço da tecnologia são fatores que agravam o sedentarismo (GORSKI, 2012). Este, é julgado tão grave a saúde como qualquer outro tipo de doença, podendo provocar uma despesa a médio e longo prazo para o indivíduo e para sistema de saúde do país (CONFEF apud GONÇALVES; ALCHIERI, 2010). A inatividade física é fortemente relacionada à incidência e severidade de um vasto número de doenças crônicas (GUALANO; TINUCCI, 2011). No Brasil, as DCNT foram responsáveis pela maior parcela dos óbitos e das despesas com assistência hospitalar no Sistema Único de Saúde (SUS), totalizando cerca de 69% dos gastos com atenção à saúde em 2002. As DCNT são de etiologia multifatorial e compartilham vários fatores de riscos São Camilo - ES Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 C a d e rn o s C a m il li a n i Ana Paula Brunelli Fazoli, Gabriela Altoé Roriz, Guinever Duque Rosa Martins, Hugo Porcari, Érica Sartório Bindaco 508 modificáveis, como a inatividade física, a alimentação inadequada, a obesidade, a dislipidemia e o tabagismo. Estudos epidemiológicos demonstraram que 75% dos casos novos de doenças cardiovasculares ocorridos nos países desenvolvidos, nas décadas de 70 e 80, poderiam ser explicados por dieta e atividade física inadequadas, obesidade e elevação da pressão arterial associados ao hábito de fumar (MALTA et al 2009). Indubitavelmente, a inatividade física associada a uma má alimentação é um dos grandes problemas de saúde pública na sociedade moderna. Ambos têm sido enaltecidos e propagados há séculos como potentes fatores de promoção à saúde. Tal ideia ganha respaldo no discurso de Hipócrates, o “pai da medicina”: “O que é utilizado, desenvolve-se, o que não o é, desgasta-se... Se houver alguma deficiência de alimento e exercício, o corpo adoecerá”. Platão compartilhava da importância do exercício, considerando-o fundamental na manutenção do equilíbrio do corpo e mente ou espírito (GUALANO; TINUCCI, 2011). Neste contexto, este trabalho teve como principal objetivo elaborar um projeto em educação nutricional com alunos de crossfit, visando a promoção da performance física destes praticantes. 2. Metodologiã Trata-se de um estudo de campo realizado em uma academia afiliada de CROSSFIT, localizada em Cachoeiro de Itapemirim, autorizado pela proprietária mediante assinatura do termo de consentimento livre esclarecido. A amostra foi constituída por 15 alunas selecionadas aleatoriamente, com idade entre 26 e 43 anos, e frequência igual ou superior a 3 vezes por semana. Os interessados em participar assinaram um termo de consentimento livre esclarecido. As alunas foram submetidas a avaliação antropométrica e em seguida, responderam ao um questionário de frequência alimentar (QFA), para avaliar a ingestão alimentar das integrantes, sendo selecionados os alimentos de maior relevância à população da pesquisa. São Camilo - ES Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 C a d e rn o s C a m il li a n i C a d e rn o s C a m il li a n i h AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM PRATICANTES DE CROSSFIT 509 Para análise e comparação da frequência alimentar da amostra estudada utilizou-se como base a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada nos anos de 2008-2009, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a prevalência de consumo alimentar do sexo feminino (%). Na avaliação antropométrica foram coletadas as medidas de peso e altura. O peso foi medido em quilogramas (Kg) sendo utilizada uma balança digital da marca Plenna, com capacidade de 200 kg. Os participantes foram pesados sem tênis, com roupas leves (shorts e camisetas) e antes da prática de exercício físico, sendo posicionados de forma ereta, com os pés juntos no centro da balança. Para a coleta da estatura corporal foi utilizado uma fita métrica inelástica. Os indivíduos foram medidos descalços em posição ortostática, de costas para uma parede lisa e sem rodapés. Nesta foi feita uma marcação de um ponto equivalente a 50 cm, partindo do chão, e por meio desta delimitação foi realizada a medida com a fita métrica. Com bases nos resultados coletados, o Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado utilizando a equação a seguir: IMC= peso (kg) /altura2. Para classificação do estado nutricional dos integrantes da amostra, os valores de IMC foram agrupados segundo recomendação da World Health Organization – WHO (2000), que considera os valores <18,5kg/m² como baixo peso, 18,5 – 24,9kg/m² como eutrófico, 25 – 29,9kg/m² como sobrepeso, 30 – 34,9kg/m² como obesidade grau 1, 35 – 39,9 kg/m² como obesidade grau 2 e ≥ 40kg/m² como obesidade grau 3 (mórbida). A composição corporal foi avaliada através da aferição das quatro dobras cutâneas (dobra cutânea tricipital; dobra cutânea bicipital; dobra cutânea subescapular e dobra cutânea supra ilíaca), utilizando um adipômetro da marca Sanny. Este procedimento foi realizado no hemisfério dominante das voluntárias, em triplicata. Para o cálculo do percentual de gordura corporal (GC), primeiramente foi realizada a média de cada uma das quatro dobras aferidas, e em seguida foi feito o somatório das mesmas. Posteriormente foi tirado o log deste somatório, utilizando-o para o cálculo da densidade corporal. O valor obtido referente à densidade foi utilizado na equação de Siri, para assim descobrir o percentual de São Camilo - ES Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 C a d e rn o s C a m il li a n i Ana Paula Brunelli Fazoli, Gabriela Altoé Roriz, Guinever Duque Rosa Martins, Hugo Porcari, Érica Sartório Bindaco 510 GC. Após obter os percentuais de gordura, estes foram agrupados conforme a classificação de Pollock e Wilmore (1993), de acordo com o gênero e idade. Na aferição da circunferência da cintura (CC) foi utilizada uma fita métrica inelástica, tomando como base o ponto marcado a partir de dois dedos acima da crista umbilical. A leitura da medida foi realizada de frente para a pessoa. Os resultados obtidos referentes a aferição da CC das praticantes de crossfit foram classificados de acordo com o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares proposto WHO (2000), que considera sem risco mulheres que apresentam circunferência da cintura < 80cm; com risco ≥ 80cm; com risco muito alto ≥ 88cm. As informações coletadas serviram de base para a realização de uma mesa redonda com o grupo, sendo aplicada uma dinâmica com o tema “A importância da alimentação no pré e no pós-treino, e em todas as demais refeições realizadasao longo do dia”. Durante apresentação foi enfatizada a necessidade e a importância do consumo de carboidratos no pré e no pós-treino, bem como das proteínas neste último. Em seguida, foram apresentadas sugestões de lanches saudáveis proteicos e energéticos, sendo ofertado a cada um, um folder com informações sobre o índice glicêmico de alguns alimentos e opções de receitas. Ao finalizar a dinâmica foram tabelados os dados e organizados em uma estrutura de artigo científico, através de análises e discussões fundamentadas em pesquisas anteriores. Essas pesquisas foram selecionadas através do banco de dados do Google Acadêmico, Scielo e Pubmed, no período compreendido entre 2007 e 2018. Levando em consideração o uso das palavras chaves: avaliação nutricional, educação nutricional, atividade física, alimentação, atletas. 3. Resultãdo e Discussã o No gráfico 1 são apresentados os resultados referentes ao estado nutricional das praticantes de Crossfit obtidos, onde percebe-se que a maioria da amostra, cerca de 80%, apresentam-se na faixa de eutrofia, enquanto 20% estão na faixa de sobrepeso. São Camilo - ES Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 C a d e rn o s C a m il li a n i C a d e rn o s C a m il li a n i h AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM PRATICANTES DE CROSSFIT 511 Gráfico 1: Classificação do estado nutricional das praticantes de Crossfit conforme o IMC Fonte: Dados da pesquisa. Contudo, apesar da maioria das praticantes estarem eutróficas, observa- se que, mais da metade apresentaram um percentual de gordura ruim (53%), 27% e 13%, respectivamente, apresentaram um percentual de gordura mediano e razoável e somente uma minoria, cerca de 7%, tem demonstrado um percentual de gordura corporal muito bom, segundo dados agrupados no gráfico 2 a seguir. Gráfico 2: Classificação do percentual de gordura corporal das praticantes de Crossfit Fonte: Dados da pesquisa. Recentemente, notou-se que a distribuição de gordura é um importante indicativo de saúde, visto que seu acúmulo excessivo é considerado um fator de 80% 20% Eutrofia Sobrepeso 7% 27% 13% 53% Muito bom Média Razoável Ruim São Camilo - ES Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 C a d e rn o s C a m il li a n i Ana Paula Brunelli Fazoli, Gabriela Altoé Roriz, Guinever Duque Rosa Martins, Hugo Porcari, Érica Sartório Bindaco 512 risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) (TEIXEIRA et al., 2013). Apesar do IMC ser um dos procedimentos mais aplicados na avaliação nutricional, em virtude de seu baixo custo, simplicidade e praticidade de utilização, este não está completamente correlacionado com a GC, por não distinguir a massa gordurosa da massa magra, podendo se apresentar superestimado em praticantes de atividade física. Entretanto, para se estimar a porcentagem de gordura corporal total é necessário, não somente o IMC, mas também outros métodos, sendo que, um dos mais utilizados é a aferição da espessura das dobras cutâneas (ABESO, 2016). Os resultados encontrados neste estudo em relação à comparação do IMC e a porcentagem de GC em mulheres, foram contraditórios àqueles encontrados no estudo de Ferreira et al. (2013) onde parte significativa da amostra (53%) foi diagnosticada como sobrepeso pelo IMC, e cerca de 80%, apresentaram resultados de GC acima do recomendado, podendo vir a desencadear DCNT, como a obesidade. Nos estudos de Pereira e Haraguchi (2015), os resultados também foram contraditórios à pesquisa apresentada, onde 49,2% das praticantes foram diagnosticadas com sobrepeso pelo IMC e concomitantemente com um elevado percentual de GC (90,2%). Diante disso percebe-se que o IMC não é um método seguro de avaliação da gordura corporal, já que pode gerar avaliações imprecisas apresentando grande diferença no diagnóstico de sobrepeso e obesidade quando comparado à porcentagem de gordura (FERREIRA et al., 2013). Deve-se ressaltar que o excesso de gordura, assim como sua distribuição, está relacionado diretamente com o desenvolvimento de DCNT (FERREIRA et al., 2013 apud PEREIRA; HARAGUCHI, 2015). Em relação aos dados obtidos através da CC verifica-se que maior parte da amostra, cerca de 80%, não possui risco de desenvolver doenças cardiovasculares, e apenas 20% possui alto risco de desencadear doenças cardiovasculares. São Camilo - ES Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 C a d e rn o s C a m il li a n i C a d e rn o s C a m il li a n i h AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM PRATICANTES DE CROSSFIT 513 Gráfico 3: Classificação da circunferência da cintura das praticantes de Crossfit e risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares Fonte: Dados da pesquisa. O excesso de peso e a obesidade abdominal são problemas crescentes e possuem grande relação com as doenças crônicas não transmissíveis, principalmente com as doenças cardiovasculares. Deste modo, a execução da avaliação antropométrica auxilia na identificação desse risco, sendo que também pode refletir no percentual de gordura visceral e de gordura corporal total (BARBOSA, 2013). O resultado obtido no gráfico 3 acima não se assemelha com o estudo de Ferreira et al. (2013), onde cerca de 50% da amostra avaliada possui risco de desenvolver doenças cardiovasculares. No mesmo contexto se apresenta o estudo de Pereira e Haraguchi (2015) onde ao avaliarem a amostra observaram que 68,9% apresentaram valores acima da referência. Sendo assim, foi evidenciada a presença de obesidade abdominal, e também risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares nesses estudos comparativos. Os achados dessa pesquisa contribuem para destacar que pessoas que praticam atividade física regularmente, e que se consideram mais ativos apresentam valores mais baixos da circunferência da cintura e consequentemente baixo risco de desenvolver doenças cardiovasculares e menor prevalência de obesidade (FERREIRA et al., 2013). Através dos resultados, percebeu-se a grande importância da avaliação da composição corporal, visto que a mesma desempenha uma função essencial na saúde humana. O excesso de gordura e sua distribuição estão diretamente 80% 20% Baixo risco Alto risco São Camilo - ES Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 C a d e rn o s C a m il li a n i Ana Paula Brunelli Fazoli, Gabriela Altoé Roriz, Guinever Duque Rosa Martins, Hugo Porcari, Érica Sartório Bindaco 514 relacionados ao desenvolvimento das DCNT, principalmente as cardiovasculares (PEREIRA; HARAGUCHI, 2015). Em relação aos dados tabelados através da aplicação do QFA, percebeu- se que o consumo semanal de fibras, tais como aveia em flocos e granola tradicional, foi realizado por 53% do total de participantes. Já a frequência de consumo de frutas e verduras foi maior diariamente, onde respectivamente 67% e 80% das pessoas alegaram consumir. O consumo de oleaginosas apresentou maior frequência de consumo diário, sendo realizado por 40% das pessoas. Já a frequência de consumo de azeite esteve maior diariamente (67%). A frequência de consumo de produtos cárneos - peixe e peito de frango - e ovos foram maiores semanalmente, conforme expuseram 73%, 67% e 60% das pessoas, respectivamente. Quanto à frequência de consumo do grupo de leite e derivados, o qual é representado porqueijo e iogurte, percebe-se que para o primeiro citado, 53% de pessoas alegam ingerir diariamente, e ao segundo citado, 67% dizem consumir semanalmente. Quanto ao macarrão, cerca de 60% das pessoas dizem consumir semanalmente. O sal de mesa também apresentou uma maior frequência de consumo semanal, o qual foi relatado por 60% das pessoas. Na mesma situação de frequência de consumo está o chocolate (60%), O consumo de bebidas alcoólicas, por sua vez, apresentou-se mais frequente semanalmente (53%). Quadro 1 – Dados dietéticos referentes à frequência alimentar das praticantes de Crossfit. Alimentos Diário Semanal Mensal Anual Nunca Aveia em flocos 27% 53% 20% Granola tradicional 53% 27% 20% Frutas 67% 33% Verduras 80% 20% Oleaginosas 40% 27% 20% 13% Azeite 67% 33% Peixe 73% 20% 7% Peito de frango 33% 67% Ovo cozido 40% 60% Queijo 47% 53% Iogurte 13% 67% 13% 7% Macarrão 60% 20% 20% Sal de mesa 27% 60% 13% Chocolate 27% 60% 13% Bebidas alcoólicas 53% 27% 13% 7% Fonte: Dados da pesquisa. São Camilo - ES Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 C a d e rn o s C a m il li a n i C a d e rn o s C a m il li a n i h AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM PRATICANTES DE CROSSFIT 515 A avaliação da ingestão alimentar é fundamental para direcionar o diagnóstico nutricional. Conforme verificado anteriormente, as medidas antropométricas refletem as manifestações biológicas, ou seja, o problema em si. Em contrapartida, a avaliação da ingestão alimentar não fornece a condição nutricional, mas viabiliza dados que são considerados fatores de risco para determinação de outros parâmetros de avaliação nutricional (VITOLO, 2015). O resultado obtido quanto à frequência do consumo de frutas no Quadro 1 acima, não se assemelha ao encontrado na POF 2008-2009, onde a prevalência de consumo máximo dentre as frutas apresentadas foi de apenas 17,5% da amostra total. Na mesma situação apresenta-se a frequência de consumo de verduras de modo geral, onde a prevalência máxima de consumo, diante da população em questão, alcançou apenas 17%. O consumo de fibra disposto no quadro 1, não apresenta semelhança com os dados estatísticos do IBGE (2010), onde 75% das mulheres apresentaram o consumo inadequado da mesma. A prevalência de consumo de oleaginosas pelas mulheres apresentou um baixo índice (1,0%), segundo a POF 2008-2009, resultado este também oposto ao encontrado na pesquisa em questão. Na mesma condição dita anteriormente, está o consumo de carnes de aves (26,7%) e de peixes/preparações (6,3%) Os dados de frequência de consumo do azeite, encontrados nesse estudo, são semelhantes aos dados encontrados nos estudos de Jorge et al. (2014) onde 99% da amostra pesquisada possui o hábito do consumo de azeite de oliva. Os resultados obtidos quanto ao consumo de ovos e queijos foram contraditórios aos encontrados na POF 2008-2009 para a população pesquisada, onde para o primeiro citado, houve uma prevalência de consumo em 14,7%, e para o segundo, 14,6%. O consumo de iogurtes, por sua vez, se apresentou prevalente em 4,5% das mulheres, conforme as estatísticas apresentadas pela POF 2008-2009, resultado este inverso ao encontrado no quadro 1. No mesmo contexto está o macarrão e preparações a base de macarrão, que tiveram 17,9% de prevalência de consumo (IBGE, 2010), apresentando resultados contraditórios aos descobertos. São Camilo - ES Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 C a d e rn o s C a m il li a n i Ana Paula Brunelli Fazoli, Gabriela Altoé Roriz, Guinever Duque Rosa Martins, Hugo Porcari, Érica Sartório Bindaco 516 Os resultados da pesquisa realizada pelo IBGE (2010) onde a proporção de mulheres com elevada ingestão de sódio foi cerca de 70%, se assemelham aos encontrados na presente pesquisa. Conforme a POF 2008-2009 o consumo de chocolates foi prevalente em apenas 4,4% da amostra abordada; já o consumo de bebida alcoólica, apresentou prevalência em apenas 1,1%. Ambos expuseram resultados opostos ao da pesquisa atual. Tendo em vista os resultados obtidos com a avaliação antropométrica e com o questionário de frequência alimentar, foi realizada uma mesa redonda com o grupo presente, sendo aplicada uma dinâmica abordando a importância da alimentação no pré e pós-treino, e em todas as demais refeições. Houve uma grande interação com as participantes, onde as mesmas demonstraram grande interesse em saber mais sobre alimentação e nutrição, sugerindo que esse tipo de atividade acontecesse com mais frequência. Mesmo tratando-se de um público que apresenta certo conhecimento sobre nutrição, percebeu-se que existiam dúvidas acerca da alimentação, principalmente no pré-treino, já que o crossfit é uma atividade de alta intensidade, que proporciona elevado gasto calórico, uma vez que os exercícios são curtos, intensos e constantemente variados. Um dos temas abordados durante a mesa redonda foi sobre o gasto energético durante o treinamento e as necessidades nutricionais. Sabe-se que o treinamento gera um dispêndio de energia elevado o que faz com que se tenha uma necessidade energética bem maior que indivíduos não praticantes. Assim, é necessária uma maior ingestão de alimentos para manter o balanço energético (BARBALHO, 2015). É consenso que as necessidades nutricionais de praticantes de atividades físicas são maiores que as de não praticantes, podendo essa ser suprida por meio dos alimentos desde que se mantenha uma alimentação equilibrada, balanceada e variada e sejam oferecidas condições para a ingestão de alimentos necessários em quantidades e qualidade de acordo com a demanda física (BRAGGION, 2008). Nesse contexto entra a Educação Nutricional (EN) que deve ser uma ferramenta com finalidade conscientizadora e libertadora, por isso deve buscar a autonomia do indivíduo. A prática da EN exige o desenvolvimento de São Camilo - ES Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 C a d e rn o s C a m il li a n i C a d e rn o s C a m il li a n i h AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM PRATICANTES DE CROSSFIT 517 abordagens educativas que englobem as problemáticas relacionadas à alimentação como um todo, tanto na dimensão biológica como na social e cultural (BOOG, 1997 apud DE MESQUITA; SOUSA, 2017) Assim, em conformidade com o autor acima citado, a EN e alimentar voltada a praticantes de atividade física busca a promoção de uma alimentação saudável, consciente e baseada em evidências, de forma a deixar de lado tabus e mitos que muitas vezes podem acarretar prejuízos a saúde ou diminuição do rendimento esportivo. A alimentação adequada juntamente com a prática do exercício físico é de fundamental importância para se atingir os resultados pretendidos. Porém, para que estes possam ser alcançados sem complicações a curto e longo prazo como fadiga muscular, hipoglicemia e deficiências nutricionais, é necessário seguir uma alimentação adequada em macro e micronutrientes de acordo com as necessidades nutricionais individuais (ROSSI; TIRAPEGUI,1999 apud MORAIS et al, 2014). 4. Conclusã o Levando em consideração a pesquisa realizada, não foram encontrados artigos que permitissem a comparação da mesma situação e condição abordada. Porém, salienta-se que foi observada a limitação do IMC como parâmetro de avaliação de GC, uma vez que 80% da amostra foram classificadas como eutrófica e 53% apresentaram um elevado percentual de GC. Contudo, quanto a CC constatou-se que a maioria das participantes não possuiprevalência de obesidade. Também não foram encontrados artigos que se assemelhassem à situação para realizar um comparativo. A alimentação do grupo, em sua maioria, apresentou-se saudável, sendo totalmente diferente da população brasileira, porém existem alguns alimentos não tão saudáveis, como por exemplo, a cerveja, sal de mesa e chocolate que apresentam um consumo frequente, o que pode ser um fator contribuinte para o elevado percentual de GC. São Camilo - ES Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n.3-4 (Edição Especial), p. 505-522, dez. 2018 C a d e rn o s C a m il li a n i Ana Paula Brunelli Fazoli, Gabriela Altoé Roriz, Guinever Duque Rosa Martins, Hugo Porcari, Érica Sartório Bindaco 518 Partindo desse pressuposto, a aplicação da dinâmica foi importante para auxiliar no alcance dos objetivos, esclarecimento de dúvidas e desmitificação de conceitos errôneos que ocorrem no âmbito do crossfit. Sugere-se, a partir desse estudo, que as praticantes de crossfit busquem o auxílio de profissionais que promovam a reeducação alimentar associada a prática dessa atividade, como forma de melhorar a performance física, bem como promover e proteger a saúde, e principalmente, prevenir contra doenças crônicas não transmissíveis. Dessa forma são necessários mais estudos para que se conheçam melhor os hábitos alimentares desta população, fazendo com que os profissionais da área tenham mais informações e possam orientar melhor esse público em questão. 5. Refere nciãs ABESO. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Diretrizes Brasileiras de Obesidade, São Paulo, 4. ed., 2016. ALMEIDA, C. M. de.; BALMANT, B. D. Avaliação do hábito alimentar pré e pós- treino e uso de suplementos em praticantes de musculação de uma academia no interior do estado de São Paulo. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 11. n. 62. p.104-117. mar./abr. 2017. 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