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Câncer- aparelho digestivo (2)

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Câncer- aparelho 
digestivo
Discente: Ingrid Campos
Preceptora: Larissa Carvalho 
Câncer
O câncer pode ser definido como uma doença na qual há 
multiplicação e disseminação incontrolada de formas 
anormais das próprias células corporais.
Os casos de câncer no aparelho digestivo representam a 
maioria das neoplasias em seres humanos.
Câncer do 
esôfago
Câncer do 
estômago
Câncer do
 intestino
Câncer do 
Fígado
Câncer da vesícula 
biliar
Câncer do 
pâncreas
INCA, 2015; SBC, 2016
Os tipos de câncer
• Carcinoma: começam na pele ou nos tecidos que revestem ou 
cobrem os orgãos internos. Existe um número de subtipos de 
carcinoma,sendo os mais comuns: 
ADENOCARCINOMA - (tecido epitelial glandular)
Esôfago
Estômago Pâncreas Vesícula biliar
HEPATOCARCINOMA 
 (células hepáticas: 
hepatocitos)
Fígado
CARCINOMA ESCAMOSO 
(células escamosas)
INCA,2018
Intestino
INTESTINO
Delgado
Responsável 
pela maior 
parte da 
digestão e 
absorção dos 
alimentos. 
Grosso
Responsável 
pela absorção 
de água e 
eletrólitos, 
armazena-
mento e 
eliminação 
dos residuos 
da digestão
O intestino grosso é a sede mais freqüente
de neoplasias no corpo humano. É raro haver 
neoplasias no intestino delgado. MINISTERIO DA 
SAÚDE,2003
Câncer de cólon ou Câncer colorretal
Surgem como 
resultados das 
alterações (mutações) 
dos cromossomos de 
algumas células das 
mucosa.
Se desenvolvem a partir de pólipos que crescem na 
superfície interna do intestino grosso.
Inicialmente são 
pequenas lesões, 
semelhantes a 
verrugas.
Benigno Maligno
MINISTERIO DA 
SAÚDE,2003
Fatores
• Idade superior a 60 anos;
• Tabagismo;
• Excesso de bebidas alcoólicas;
• Obesidade;
• Historia familiar; 
• Doenças inflamatória crônica 
(Colite ulcerativa ou doença de 
crohn);
• Dieta inadequada (excesso de carne 
vermelha e alimentos processados).
• Dieta rica em legumes, verduras e 
frutas;
• Carotenóides e fibras;
• Atividade fisica
Risco Protetores
MINISTERIO DA 
SAÚDE,2003
Recomendações 
Nutricionais 
para pacientes 
oncologicos
Paciente adulto no periodo pré e pós-operatório
Questão Resposta
Qual método deve ser utilizado para
estimativa das necessidades calóricas 
e
qual a quantidade calórica adequada?
- Calorias por quilograma de peso corporal atual
- Para ganho e manutenção do peso:
 de 30 kcal/kg a
35 kcal/kg ao dia
- No pós-operatório ou na presença de sepse: de 
20 kcal/kg a
25 kcal/kg ao dia
Quais as recomendações proteicas? Estresse moderado: de 1,2 g/kg a 1,5 g/kg ao 
dia
- Estresse grave: de 1,5 g/kg a 2,0 g/kg ao dia
Quais as recomendações hídricas? - 30 ml/kg ao dia ou de 1,5 l a 2,5 l ao dia
INCA, 2015
Paciente adulto em Tratamento clinico
Questão Resposta
Qual método e necessidades caloricas ? Calorias por quilograma de peso corporal atual
- Obeso: de 20 cal/kg a 25 cal/kg
- Manutenção de peso: de 25 cal/kg a 30 cal/kg
- Ganho de peso: de 30 cal/kg a 35 cal/kg
Quais as recomendações proteicas? Tratamento oncológico sem complicações: de 1,0
a 1,2 g/kg/dia
- Tratamento oncológico com estresse moderado: 
de
1,2 a 1,5 g/kg/dia
- Tratamento oncológico com estresse grave e
repleção proteica:de 1,5 a 2,0 g/kg/dia
Quais as recomendações hídricas? De 30 ml/kg a 35 ml/kg ao dia ou 1,0 ml/kcal
INCA,2015
Paciente idoso 
Questão Resposta
Qual método e necessidades caloricas ? Kcal / kg Peso atual / dia
Realimentação 20
Obeso 21 – 25
Manutenção de peso 25 – 30
Ganho de peso 30 – 45
Repleção 35 – 45 
Quais as recomendações proteicas? 1,0 a 1,25 g /kg/dia – sem estresse
 1,25 a 1,5 g / kg / dia – estresse leve
 1,5 a 2,0 g /kg/dia – Estresse moderado/grave
Quais as recomendações hídricas? 25 a 30 ml/kg peso/dia
 Acrescentar perdas dinâmicas e descontar 
retenções hídricas
INCA,2011
TERAPIA 
NUTRICIONAL
Deve prevenir ou tratar a desnutrição, modular a 
resposta orgânica, controlar os efeitos adversos do 
tratamento e melhorar a qualidade de vida.
A terapia nutricional pode ser feita por via:
Oral Enteral Parenteral
E é dependente do tipo de tratamento realizado:
Cirurgia Quimioterapia Radioterapia
Em casos de cirurgia radical, a 
colostomia é indicada.
GUMBREVICIUS,2018
As principais alterações
 nutricionais são:
Desnutrição Má absorção de nutrientes Anemia
esteatorreia Perdas hidroeletroliticas
Pacientes com ileotomias ou colostomia devem ser 
acompanhados por nutricionista a longo prazo e a 
terapia nutricional depende da localização dos ostomas. 
GUMBREVICIUS,2018
Localização dos ostomas e suas intercorrências
GUMBREVICIUS,2018
Suplemento nutricional
 A utilização de suplementos nutricionais é importante, tanto no pré 
como no pós- operatório. 
• O uso de suplementos com nutrientes imunomoduladores no pré-
operatório pode beneficiar pacientes,também no pós-operatório, 
auxiliando na reposição de nutrientes, redução do risco de infecções 
e do tempo de internação.
• Caso o paciente esteja mais debilitado, o uso de suplemento 
nutricional rico em proteína é uma boa opção para auxiliar na 
cicatrização e recuperação do estado nutricional.
• 
GUMBREVICIUS,2018
Pacientes com colostomia e Ileostomia
• A dieta para pacientes com colostomia é parecida com a de quem 
realiza cirurgias intestinais, ou seja, o consumo de alimentos é liberado 
gradativamente e progressiva das dietas: líquida, pastosa até a sólida;
• Já a dieta para pacientes que realizam ileostomia, a restrição para 
alguns alimentos fibrosos e formadores de gases é restrita por um 
período mais longo, pois a falta de utilização do intestino grosso 
impede a formação de fezes.
• Pacientes com ileostomia e colostomia devem ser encorajados a seguir 
dieta normal, restrigindo apenas os alimentos que causam problemas.
GUMBREVICIUS,2018
Tratamento radioquimioterápico
 
 • Faz-se necessária a utilização de dietas pobres em resíduos, a fim 
de prevenir a impactação fecal, reduzir a frequência e esforço nas 
evacuações e o volume fecal, com vistas a evitar a piora do quadro 
clínico.
• O uso de fórmulas com baixo teor de resíduos e com aporte 
calórico e proteico que complemente a dieta artesanal com pouco 
resíduo (in natura) parece ser mais indicado para evitar o 
agravamento da depleção nutricional em pacientes com tumor 
colorretal tratados com radioquimioterapia associada.
ENADE,2013
REFERÊNCIAS
• Sociedade Brasileira de Cancerologia. Câncer do aparelho digestivo. 2016. Disponivel em: <http://www.sbcancer.org.br/wp-
content/uploads/2016/10/cancer-do-aparelho-digestivo.pdf>. Acesso em: 28 de novembro de 2019. 
• Instituto Nacional de Câncer. ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer. Ministerio da saúde. 2018. Disponivel 
em:<https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//livro-abc-cancer-2ed.pdf>. Acesso em: 28 de novembro de 2019. 
• Instituto Nacional de Câncer. Consenso nacional de nutrição oncológica. Ministerio da saúde. 2 ed. Rio de janeiro, 2015. Disponivel em: 
<https://www.sbno.com.br/UploadsDoc/consensonacional-de-nutricao-oncologica-2-edicao_2015_completo.pdf>. Acesso em: 28 de novembro de 
2019. 
• Instituto Nacional de Câncer. Consenso nacional de nutrição oncológica. Ministerio da saúde. 2 ed. Volume II. Rio de janeiro, 2011. Disponivel em:<
• https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//consenso-nutricao-oncologica-vol-ii-2-ed-2011.pdf>. Acesso em: 28 de 
novembro de 2019. 
• Ministerio da sáude. Falando sobre o câncer de intestino: orientações úteis aos usuários; fatores de risco e proteção. 2003. Disponivel 
em:<http://www1.inca.gov.br/publicacoes/Falando_sobre_Cancer_de_Intestino.pdf>. Acesso em 28 de novembro de 2019.
• GUMBREVICIUS,IARA. Assistência Nutricional nas patologias do sistema digestório e órgãos anexos. 1 ed, Londrina- PR, 2018.

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