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Prévia do material em texto

Nome: Raphaella Gotardi de Lima 
R.A: 1502603 
Turma: 003302A02 
 
 
APS-"O último dia de um condenado “ 
 
 
Introdução 
 
O livro: " O último dia de um condenado ", escrito por Victor Hugo, surge no fim 
da guerra entre a França e a Inglaterra, por volta do ano de 1929. A França 
virou um Estado onde a pobreza e a corrupção estavam crescendo cada vez 
mais, assim como suas questões sociais. 
Nesta obra, a maior Crítica feita pelo autor é a pena de morte e os efeitos que a 
mesma acabava ocasionando. Como ficava a saúde mental do condenado, até 
sua morte? O que isso causava para a sociedade? 
Em seu texto, não se fala qual foi o crime cometido, nem o nome do réu. 
 
Resumo 
 
O livro começa com narrações de um sujeito que não sabia se iria ser 
condenado a morte. Sua visão sobre a vida mudou de uma hora para a outra, 
conforme o medo e a angústia tomavam conta. Começou a ver beleza na vida 
antes de receber sua sentença. 
 
"Eu entendia o riso dos lugares das vendedeiras de flores; 
e, ao canto da vidraça, uma linda plantazinha amarela, 
envolvida num raio de sol, brincava como vento numa 
fenda da pedra. Como poderia uma ideia sinistra pousar 
entre tão graciosas sensações? Inundado de ar e de sol, 
foi-me impossível pensar noutra coisa que não fosse a 
liberdade; a esperança veio raiar em mim como o dia à 
minha volta; e, confiante, esperei a minha sentença como 
se espera a libertação e a vida." 
 
Ao entrar na sala, notou que o Juiz estava completamente satisfeito, pois os 
jurados avaliaram o caso, e chegaram a um veredito apressadamente, sem 
duvidas. pois resumidamente, de acordo com a feição deles, os mesmos 
haviam ficado a madrugada inteira pensando em uma sentença. 
Para ele, não era comum se conceder uma sentença de morte tão cedo (8 
horas da manhã). Imaginava que fosse ao menos de noite. 
 
"Alguma vez se pronunciou sentença de morte que não foi 
à meia-noite, à luz dos archotes, numa sala sombria e 
negra, e por uma fria noite de chuva de inverno? Mas no 
mês de agosto, às oito horas da manha, dia tão bonito com 
esses bons jurados, é impossível! " 
 
Quando se conformou com a situação, o mesmo começou a ter outra visão sobre 
o mundo. Vendo as coisas de forma negativa. Ao contrário do que pensava 
antes, tudo parecia muito triste, e de certa forma "morto", afinal, tinha apenas 6 
semanas de vida. 
O condenado, não via mais sentido na vida 
 
"...] os homens estão todos condenados à morte com 
adiamento indefinido. Por que, pode haver algo que tenha 
mudado tanto na minha situação? Desde o momento em que 
a minha sentença me foi pronunciada, quantos aqueles que 
se prepararam para "Muitos não foram antes de mim, 
jovens, livres e saudáveis." 
 
Assim que chegou a prisão, cautelosamente as medidas foram tomadas, como 
por exemplo, o uso de camisa de força e a proibição do uso de objetos 
cortantes, ou pontiagudos. Com o passar dos dias, lhe foi permitido andar pelo 
pátio algumas vezes, como “lazer", sem o uso da camisa de forças. 
Desde então, começou a escrever com o intuído de se expressar e para evitar 
que não houvesse injustiças vindas de um Juiz. Podendo assim, salvar vidas, 
supostamente inocentes ou culpados. 
O penado, além da pena de morte que lhe foi proferida, foi condenado a pagar 
suas dívidas, porém, não tinha condições para isso. Tudo o que tinha na vida, 
com prazo, era sua mãe. 
 
 "...] minha pobre mãe, velhinha, que me inquieta; tem 
sessenta e quatro anos, morrerá do golpe", sua esposa e 
sua filha ... uma pequenina de três anos, doce, rosada, 
frágil, com uns grandes olhos negros e uns compridos 
cabelos castanhos.” 
 
Após sua morte, iria deixar três mulheres viúvas, e acreditava que as mesmas 
não mereciam isso, sofrer dessa forma, e se constrangerem com a desonra. 
Ele achava a prisão estranha, e os sons que vinham e que eram produzidos 
por ela. 
 
 "Ouvia- se abrir e fechar as pesadas portas, ranger os 
ferrolhos e os cadeados, badalar os molhos de chaves que 
se entrechocavam à cintura dos carcereiros, tremer de alto 
a baixo as escadas sob os passos precipitados, e vozes a 
chamarem-se e a responderem-se dos extremos dos 
compridos corredores. Os meus vizinhos de cela, os 
forçados de castigo, estavam mais alegres que de 
costume.” 
 
 
Conforme as duvidas vinham aparecendo, perguntou ao carcereiro o que 
estava acontecendo, o mesmo respondeu que era dia de trabalho forçado. O 
condenado, observou a cena toda e voltou a escrever, mas agora sobre oque 
faria se fosse livre. 
O tempo foi passando, e o dia clareando, então o carcereiro foi até sua cela e 
perguntou o que ele gostaria de comer, de uma forma calma e de certa forma, 
amigável. A única coisa que passou em sua mente é que o dia de sua 
execução havia chegado. Ao decorrer do dia, a tarde, um padre o visitou, após 
receber uma declaração de execução que iria acontecer naquele mesmo dia. 
Então ele ficou desesperado, e estava pensando em fugir, pois o medo havia 
tomado conta. Mas nada foi feito. 
Mais tarde naquele mesmo dia, um oficial foi até sua cela para busca-lo e leva-
lo até o Palácio da Justiça. Assim que chegou, foi levado a uma sala de 
espera, e acabou caindo no sono. Quando abordou, já não estava mais 
sozinho. 
 
“...]cerca de cinquenta e cinco anos, de altura média; com 
rugas, encurvado, grisalho; com os membros atarracados; 
com um olhar vesgo nos olhos cinzentos, um riso amargo 
no rosto; porco, esfarrapado, seminu, repugnante.” 
 
Começou a conversar com esse outro condenado e a ouvir um pouco de sua 
história de vida. Ao decorrer da conversa, se lembrou de sua filha e pensou 
sobre num futuro não tão distante, ela iria odiá-lo. 
Acabou dormindo novamente, no meio da conversa, e sonhou com sua filha. 
Quando acordou, perguntou ao carcereiro o quanto havia dormido, ele 
respondeu que, não muito. E sua filha estava a sua espera para se despedir. 
Quando encontrou a menina, ela não se lembrava dele, mas sabia que tinha 
um pai, e fazia orações por ele todos os dias, isso partiu seu coração, e 
começou a chorar. No mesmo momento, encarou o fato de que não havia mais 
nada a perder. A menina foi embora. 
 
"E voltei a cair na minha cadeira, sombrio, deserto, 
desesperado. Presentemente eles podiam vir; já não me 
atenho a mais nada; a última fibra do meu coração partiu-
se. Estou bom para aquilo que eles vão fazer." 
 
Pronto para morrer, pensou em escrever uma carta para sua filha para que um 
dia ela entendesse o que havia acontecido com seu pai. Que ao contrario do 
que ela pensava, até aquele momento, não havia morrido. 
Assim sendo, o condenado aceitou que aquele seria seu ultimo momento de 
vida, e imaginou que seria um prazer para as pessoas que ali estavam 
assistindo, vê-lo morrer. 
 
Conclusão 
O autor tenta demonstrar a desumanidade que existe na pena de morte, muitas 
pessoas veem isso como se fosse uma coisa completamente normal, e/ou boa. 
Hoje em dia, a pena de morte ainda é legitimada em alguns Estados. E o pior, 
é que alguns crimes que são sentenciados com essa ação, são crimes comuns. 
A ONU, convoca todos os Estados membros que têm pena de morte, a 
abolirem e/ou diminuir o uso, sendo assim, não utilizar esse método para 
qualquer tipo de crime. Neste passo, os Estados que já aboliram a pena de 
morte, não podem reintroduzi-la. 
É um livro de fácil leitura. Passa uma visão mais humanista sobre a pena de 
morte. Ele descreve o pânico que uma pessoa nessa situação sente, e pensa, 
presumidamente. 
A muito tempo, na França, até os pequenos delitos eram punidos com a pena 
de morte. 
Um exemplo de um dos casos mais famosos, é narrado no livro “ vigiar e punir" 
de Michel Foucault. 
Nessa mesma época descrita no livro de Victor Hugo, as pessoas acabaram 
se acostumando com a idéia de que muitos delitos, sejam graves ou não, 
seriam punidos com a morte. 
Victor Hugotenta mudar esse pensamento que foi crescendo na sociedade, 
como por exemplo, quando o personagem fala: 
 
"tudo a minha volta é prisão o meu corpo está preso nesta 
masmorra e a minha alma está presa a ideia da morte e eu 
só consigo pensar nisso" 
 
O mesmo faz questão de registrar isso por escrito. 
Podemos notar a tentativa de demonstração de humanidade. Não teve 
humanidade no momento em que foi condenado, foi desumanizado e afastado 
da sociedade ( como acontece em alguns Estados até o dia de hoje e/ou já 
aconteceu com todos os condenados ) 
Na situação em que o personagem se encontrava, depois de ouvir o carcereiro 
falar sobre “ser dia de trabalho forçado “ ele começou a ver a morte como algo 
libertador comparado com trabalho forçado. 
Quando tem sua sentença proferida, o condenado se vê livre de “falsas 
esperanças” aquela ansiedade passa, e se transforma em angústia. Se sente “ 
vazio", e sozinho, e assim entra em pânico. 
O livro acaba sem o personagem contar o motivo de estar ali, sem contar oque 
iria escrever para sua filha, e deixa o leitor curioso. Antes de ser morto, estava 
disposto a contar, mas seu tempo se esgotou. 
O autor mostra o caráter horrível que tem a pena de morte ( sua visão sobre 
ela) sem ao menos contar o motivo de sua execução, qual foi o crime 
cometido, acredito que leva ao leitor acreditar ou ter uma visão negativa sobre 
a pena de morte. 
O personagem da ênfase ao humanismo, quando diz: 
"o mais me angustia é que o meu crime fez com que a 
sociedade cometesse outro crime. E esse outro crime se 
quer é tirar a minha vida, mas sim jogar um estigma sobre 
a minha família, sobre a minha filha que vai sobreviver a 
minha morte não e que será uma órfã na escola filha de um 
pai condenado a morte." 
 
A lei n°5.491, retificou o CPP, assim garantindo ao Réu ( primário, com bons 
precedentes) que pudesse responder por liberdade. 
A pena de morte no Brasil, existe, mas em casos especiais, como por exemplo, 
em tempos de guerra. De acordo com a Constituição Federal, que deve ser 
executada junto ao Código de processo penal militar e o código penal militar. 
Art.84. Compete privativamente ao presidente da república: 
 
XIX-declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, 
autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por 
ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, 
e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, 
a mobilização nacional: da Constituição, aduz que compete 
privativamente ao Presidente da República declarar guerra, 
no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo 
Congresso Nacional ou referendado por ele, quando 
ocorrida no intervalo das sessões legislativas 
 
No artigo 55 do Código de processo militar, algumas das penas são: morte, 
reclusão; detenção; prisão; impedimento suspensão do exercício do posto, 
graduação, cargo ou função; reforma. 
Segundo o Art. 56, a pena de morte admitida é por fuzilamento, assim que a 
sentença chegar ao Presidente da República (Art.57). 
Art.57. A sentença definitiva de condenação à morte é 
comunicada, logo que passe em julgado, ao Presidente da 
Republica, e não pode ser executada senão depois de sete 
dias após a comunicação. 
 
Parágrafo único. Se a pena é imposta em zona de operações 
de guerra, pode ser imediatamente executada, quando o 
exigir o interesse da ordem e da disciplina militares 
 
Alguns exemplos de artigos que estão sob pena de morte : 
 
707, $3°, do CPPM: Art. 707. O militar que tiver de ser 
fuzilado sairá da prisão com uniforme comum e sem 
insígnias, e terá os olhos vendados, salvo se o recusar, no 
momento em que tiver de receber as descargas. As vozes 
de fogo serão substituídas por sinais. 
 
3° A pena de morte só será executada sete dias após a 
comunicação ao presidente da Republica, salvo se imposta 
em zona de operações de guerra e o exigir o interesse da 
ordem e da disciplina. 
Art. 355. Tomar o nacional armas contra o Brasil ou Estado 
aliado, ou prestar serviço nas forças armadas de nação em 
guerra contra o Brasil: Pena - morte, grau máximo; reclusão, 
de vinte anos, grau mínimo. 
 
Art. 356. Favorecer ou tentar o nacional favorecer o inimigo, 
prejudicar ou tentar prejudicar o bom êxito das operações 
militares, comprometer ou tentar comprometer a eficiência 
militar: 
I - empreendendo ou deixando de empreender ação militar; 
II - entregando ao inimigo ou expondo a perigo dessa 
consequência navio, aeronave, força ou posição, engenho 
de guerra motomecanizado, provisões ou qualquer outro 
elemento de ação militar; 
III - perdendo, destruindo, inutilizando, deteriorando ou 
expondo a perigo de perda, destruição, inutilização ou 
deterioração, navio, aeronave, engenho de guerra 
motomecanizado, provisões ou qualquer outro elemento de 
ação militar; 
IV - sacrificando ou expondo a perigo de sacrifício força 
militar; 
V - abandonando posição ou deixando de cumprir missão ou 
ordem: 
Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau 
mínimo. 
Tentativa contra a soberania do Brasil 
 
Art. 365. Fugir o militar, ou incitar à fuga, em presença do 
inimigo: 
Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau 
mínimo 
 
Art. 387. Praticar, em presença do inimigo, qualquer dos 
crimes definidos nos arts. 163 e 164: 
Pena - morte, grau máximo; reclusão, de dez anos, grau 
mínimo. 
Coação contra oficial general ou comandante 
 
Por fim, com base nos direitos humanos e tratados internacionais, e de acordo 
com a dignidade da pessoa humana, a possibilidade de aplicação de pena de 
morte, deve ser aplicada somente em casos especiais. 
Somente se o Estado romper um contrato Internacional que proíbe a pena de 
morte, e com uma nova constituição, a pena de morte poderia ser reinserida em 
outros casos, como sob crime comum. Seria uma regressão, mas é possível.

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