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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES DE DIREITO 
CONSTITUCIONAL
Funções Essenciais à Justiça
Livro Eletrônico
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Luciano Dutra
Funções Essenciais à Justiça
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
Funções Essenciais à Justiça ..........................................................................................3
1. Considerações Preliminares ........................................................................................3
2. Ministério Público .......................................................................................................4
2.1. Funções Institucionais ............................................................................................ 18
3. Ministério Público Junto aos Tribunais de Contas ......................................................22
4. Conselho Nacional do Ministério Público ...................................................................24
5. Advocacia Pública ....................................................................................................29
6. Advocacia Privada ....................................................................................................33
7. Defensoria Pública ....................................................................................................34
Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis ............................................................................37
Resumo ........................................................................................................................53
Questões de Concurso ................................................................................................. 58
Gabarito ........................................................................................................................71
Gabarito Comentado .....................................................................................................72
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
1. Considerações Preliminares
Nobre discente, importantíssimo saber que integram as funções essenciais à Justiça o 
Ministério Público, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e a Advocacia Privada. 
É importante destacar, também, que tais órgãos não integram a estrutura do Poder Judici-
ário, mas atuam perante ele, provocando a tutela jurisdicional.
Questão 1 (MPU/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) São funções essenciais à justiça as 
do Ministério Público, da advocacia pública, da advocacia privada e da defensoria pública.
Certo.
Exato!!!
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Dito isso, vamos estudar o perfil constitucional de cada uma dessas funções essenciais à 
Justiça, começando pelo Ministério Público. Vamos lá!!!
2. ministério PúbliCo
O conceito e as funções primordiais do Ministério Público são citados pelo art. 127, caput, 
que diz que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do 
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses 
sociais e individuais indisponíveis.
Dizer que é uma instituição permanente significa que o Ministério Público não pode ser 
abolido por emenda à Constituição, traduzindo-se em uma limitação material implícita ao po-
der de reforma da Constituição Federal.
As funções principais do Ministério Pública são a defesa da ordem jurídica, a defesa do 
regime democrático e a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
DICA DO LD
Caso a prova diga que cabe ao Ministério Pública a defesa dos 
interesses individuais disponíveis, estará errado!
Questão interessante é definir a natureza jurídica do Ministério Público. Prevalece o en-
tendimento de que se trata de um órgão com autonomia funcional, administrativa e financeira 
situado fora da estrutura dos 3 Poderes.
Questão 2 (IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/2018) O Ministério Público é órgão do Po-
der Judiciário.
Errado.
Na verdade o Ministério Público, apesar de atuar perante o Poder Judiciário, não pertence a 
este Poder. Aliás, não se enquadra em nenhum dos três Poderes.
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Outro ponto bastante interessante é conhecer os princípios institucionais do Ministério 
Público presentes no art. 127, § 1º. São eles:
• unidade: o princípio da unidade deve ser observado sob a ótica administrativa, signifi-
cando dizer que os membros do Ministério Público integram um único órgão, possuindo 
uma única estrutura e sendo chefiado por um só Procurador-Geral. Adiantando um pou-
co “o filme”, este princípio da unidade deve ser observado de acordo com cada ramo do 
Ministério Público da União (composto pelo Ministério Público Federal, pelo Ministério 
Público do Trabalho, pelo Ministério Público Militar e pelo Ministério Público do Distrito 
Federal e Territórios) e em cada um dos 26 Ministérios Públicos Estaduais. Ou seja, cada 
órgão aqui citado possui a sua própria unidade;
• indivisibilidade: observado sob a ótica processual, o princípio da indivisibilidade signifi-
ca que os membros do Ministério Público não estão vinculados aos processos em que 
atuam, podendo ser substituídos uns pelos outros, sem que isso traga prejuízo para a 
regular tramitação do processo;
• independência funcional: significa que o membro do Ministério Público, na sua atuação 
finalística, não está subordinado a ninguém, vinculando-se, tão somente, à sua consci-
ência jurídica. Em outras palavras, não há vinculação hierárquica na interpretação jurídi-
ca. Isso significa que cada membro tem total liberdade na sua atuação funcional.
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Questão 3 (MPE-RO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2010) Os membros do MP 
não se vinculam aos processos em que atuam, podendo ser substituídos uns pelos outros na 
forma prevista na lei.
Certo.
É o princípio da indivisibilidade.
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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONALDE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Será que haveria o reconhecimento pelo STF do princípio do promotor natural? O tema 
não é pacífico na Suprema Corte. Muito embora não haja uma concordância plena sobre 
o assunto, é possível identificar na doutrina e na jurisprudência uma tendência ao reco-
nhecimento do princípio do promotor natural.
Por esclarecedor, transcreve-se trecho do voto do Min. Celso de Mello, no julgamento do 
HC 67.759, em que entendeu que “o postulado do Promotor Natural, que se revela ima-
nente ao sistema constitucional brasileiro, repele, a partir da vedação de designações 
casuísticas efetuadas pela Chefia da Instituição, a figura do acusador de exceção. Esse 
princípio consagra uma garantia de ordem jurídica, destinada tanto a proteger o membro 
do Ministério Público, na medida em que lhe assegura o exercício pleno e independente 
do seu oficio, quanto a tutelar a própria coletividade, a quem se reconhece o direito de 
ver atuando, em quaisquer causas, apenas o Promotor cuja intervenção se justifique a 
partir de critérios abstratos e pré-determinados, estabelecidos em lei. A matriz constitu-
cional desse princípio assenta-se nas cláusulas da independência funcional e da inamo-
vibilidade dos membros da Instituição. O postulado do Promotor Natural limita, por isso 
mesmo, o poder do Procurador-Geral que, embora expressão visível da unidade institu-
cional, não deve exercer a Chefia do Ministério Público de modo hegemônico e incontras-
tável”.
Além disso, o Ministério Público possui diversas garantias institucionais. São elas:
a) autonomia funcional: sinônimo de independência funcional;
b) autonomia administrativa: gestão própria daquilo que lhe é próprio. Ou seja, cabe ao 
próprio Ministério Público a administração de seus órgãos, bens e servidores;
c) autonomia orçamentário-financeira: segundo o art. 127, §§ 3º ao 6º, o Ministério Públi-
co elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias. Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária 
dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, 
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orça-
mentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na lei de diretrizes orçamen-
tárias. Se a proposta orçamentária for encaminhada em desacordo com os limites estipulados 
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na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para 
fins de consolidação da proposta orçamentária anual. Por fim, durante a execução orçamentá-
ria do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que 
extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente 
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.
Questão 4 (MPE-RN/PROMOTOR/2009) O MP, apesar de dotado de autonomia financeira, 
não é obrigado a elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei 
de Diretrizes Orçamentárias.
Errado.
O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na 
Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) iniciativa do processo legislativo: de acordo com o art. 128, § 5º, é facultada aos respec-
tivos Procuradores-Gerais a iniciativa de leis complementares que estabeleçam a organização, 
as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público. Isto é, cabe ao próprio Ministério Públi-
co o encaminhamento de projetos de lei de matérias de seu interesse.
e) vedação de promotor ad hoc: conforme o art. 129, § 2º, as funções do Ministério Público 
só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respec-
tiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. Ou seja, não pode haver designações 
casuísticas para o exercício das atribuições do Ministério Público.
f) ingresso na carreira por concurso público: segundo o art. 129, § 3º, o ingresso na carrei-
ra do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a 
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em 
direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem 
de classificação. Essa exigência de cumprimento de 3 anos de atividade jurídica é conhecida 
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doutrinariamente como “quarenta de entrada”. A definição do que se entende por atividade jurí-
dica é trazida por Resolução do Conselho Nacional do Ministério Público. O importante é saber 
que esse conceito engloba a atividade advocacia, mas também inclui o exercício de cargo, 
emprego ou função, inclusive de magistério superior, que exija a utilização preponderante de 
conhecimentos jurídicos, o exercício de função de conciliador em tribunais judiciais, juizados 
especiais, varas especiais, anexos de juizados especiais ou de varas judiciais, assim como o 
exercício de mediação ou de arbitragem na composição de litígios e o exercício, por bacharel 
em Direito, de serviço voluntário em órgãos públicos que exija a prática reiterada de atos que 
demandem a utilização preponderante de conhecimentos jurídicos.
g) distribuição imediata de processos: em respeito ao art. 129, § 5º, a distribuição de pro-
cessos no Ministério Público será imediata.
AUTONOMIAS
ADMINISTRATIVA
E FUNCIONAL
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Vistas as garantias institucionais, vamos aprender quais os órgãos que integram o Minis-
tério Público.
Segundo o art. 128, o Ministério Público brasileiro abrange o Ministério Público da União, 
que compreende: a) o Ministério Público Federal (MPF); b) o Ministério Público do Trabalho 
(MPT); c) o Ministério Público Militar (MPM); d) o Ministério Público do Distrito Federal e Terri-
tórios (MPDFT); e e) os Ministérios Públicos dos Estados.
Perceba que a Constituição Federal não traz o Ministério Público Eleitoral como integrante 
da instituição. Na verdade, não existe um Ministério Público Eleitoral, mas sim funções eleito-
rais atribuídas ao Ministério Público. Isso é muito importante!!!
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
O STF alterou sua jurisprudência e decidiu que cabe ao Conselho Nacional do Ministério Públi-
co (CNMP) solucionar conflitos de atribuições entre os diversos ramos dos Ministérios Públi-
cos. Ou seja, à luz do entendimento mais recente, caso haja um conflito de atribuições entre o 
Ministério Público de São Paulo e o Ministério Público Federal, por exemplo, caberá ao CNMP 
dirimir esse conflito, uma vez que, segundo o Supremo, é o órgão mais adequadopara isso, 
em razão da previsão constitucional que lhe atribui o controle da legalidade das ações admi-
nistrativas dos membros e órgãos dos diversos ramos ministeriais, sem ingressar ou ferir a 
independência funcional. 
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Questão 5 (MPE-RN/PROMOTOR/2009) Segundo a CF, o MP brasileiro compreende ape-
nas o MP Federal e o MP dos estados e do DF.
Errado.
O Ministério Público brasileiro abrange o Ministério Público da União, que compreende: a) o Mi-
nistério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) 
o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; e e) os Ministérios Públicos dos Estados.
Questão 6 (TRT 5/ANALISTA/2009) O Ministério Público do Trabalho integra o Ministério 
Público da União.
Certo.
Exato!!!
Ok? Então vamos avançar!
Com toda certeza, você já ouviu falar no Procurador-Geral da República (PGR). Ele é o chefe 
do Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da 
carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta 
dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução (art. 
128, § 1º).
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DICAS DO LD
1) Quando a Constituição fala “integrantes da carreira” signi-
fica, à luz da doutrina majoritária, integrantes da carreira do 
Ministério Público Federal. 
2) Há uma corrente minoritária que diz que “integrantes da car-
reira” significa integrantes de qualquer dos ramos do Ministé-
rio Público da União.
3) Permitida “a recondução” significa que são permitidas su-
cessivas reconduções.
4) Caso o Presidente da República resolva reconduzir o PGR, 
deverá haver nova aprovação do nome pelo Senado Federal 
por maioria absoluta.
5) Não há previsão constitucional de lista tríplice para a esco-
lha do PGR.
Questão 7 (MPU/ANALISTA DO MPU – DIREITO/2018) Somente depois de aprovado pelo 
Senado Federal, o procurador-geral da República deverá ser nomeado pelo presidente da Re-
pública.
Certo.
Art. 128, § 1º.
A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, 
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal (art. 128, § 2º). 
Aqui temos o que a doutrina denomina de “paralelismo das formas”. Se para nomear, o Presi-
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dente da República depende de autorização do Senado Federal, para destituir no curso do man-
dato, o Presidente deve ter autorização do Senado Federal pelo mesmo quórum da aprovação, 
qual seja, maioria absoluta.
Questão 8 (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) O chefe do Ministério Público da 
União é nomeado pelo presidente da República, entre os integrantes da carreira, para mandato 
de dois anos. Todavia, ele poderá ser destituído antes do término do mandato, por iniciativa 
do presidente da República, desde que haja prévia autorização da maioria absoluta do Senado 
Federal.
Certo.
Art. 128, §§ 1º e 2º.
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No que tange aos Procuradores-Gerais de Justiça (PGJ), que chefiam os Ministérios Públi-
cos Estaduais, diz o art. 128, § 3º, que os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Fede-
ral e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, 
para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para 
mandato de dois anos, permitida uma recondução.
DICAS DO LD
1) Para a escolha do PGJ, tem lista tríplice.
2) Se o PGJ for do Ministério Público do Distrito Federal e Ter-
ritórios, quem escolhe é o Presidente da República.
3) Se o PGJ for do Ministério Público Estadual, quem escolhe 
é o Governador.
4) No caso do PGJ, só é possível uma recondução.
O PGJ poderá ser destituído no curso do mandato por deliberação da maioria absoluta do 
Poder Legislativo competente, na forma da lei complementar respectiva (art. 128, § 4º).
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Questão 9 (MPU/ANALISTA DO MPU – DIREITO/2018) O procurador-geral do Distrito Fe-
deral e Territórios deverá ser nomeado pelo chefe do Poder Executivo, e seu mandato será de 
dois anos, sendo permitida somente uma recondução.
Certo.
Art. 128, § 3º.
Tal qual os membros do Poder Judiciário, os integrantes do Ministério Público também 
possuem garantias funcionais para o exercício livre de suas funções. Aliás, pode-se dizer que 
os membros do Ministério Público gozam de garantias funcionais similares às dos juízes (art. 
128, § 5º, I). Vejamos: 
a) vitaliciedade, após 2 anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença 
judicial transitada em julgado; 
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão co-
legiado competente do Ministério Público, por voto da maioria absoluta de seus membros, 
assegurada ampla defesa; 
c) irredutibilidade de subsídio. Esta irredutibilidade de subsídio também é nominal, não 
assegurando a recomposição em caso de perda inflacionária.
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Questão 10 (MPE-RN/PROMOTOR/2009) Entre as garantias concedidas aos membros do 
MP está a estabilidade após três anos de efetivo exercício.
Errado.
Possui vitaliciedade após 2 anos.
Questão 11 (MPU/TÉCNICO DO MPU/2018) Apesar de ser uma garantia assegurada aos 
membros do Ministério Público, a inamovibilidade poderá ser afastada por razões de interessepúblico, mediante decisão fundamentada do chefe da instituição.
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Errado.
Não é decisão do chefe da instituição, mas sim decisão do órgão colegiado competente do 
Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa.
Questão 12 (MPU/ANALISTA DO MPU – DIREITO/2018) Um membro do Ministério Público 
adquire estabilidade após três anos de efetivo exercício, podendo, contudo, perder o cargo por 
sentença judicial transitada em julgado ou por processo administrativo específico.
Errado.
De acordo com o art. 128, § 5º, I, “a”, o membro do Ministério Público adquire vitaliciedade, 
após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transita-
da em julgado.
Os membros do Ministério Público possuem vedações previstas na Constituição Federal. 
Vale dizer, aos membros do Ministério Público é vedado (art. 128, § 5º, II):
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas 
processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de ma-
gistério;
e) exercer atividade político-partidária; 
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, enti-
dades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. 
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É vedado, ainda, o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos três anos do seu afastamento do cargo por razões de aposentadoria ou exoneração 
(art. 128, § 6º). É o que a doutrina chama de “quarentena de saída”.
Questão 13 (TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Aos membros do Ministério Público, 
assim como aos juízes, é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, 
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
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Certo.
Art. 128, § 6º.
Questão 14 (MPE-RN/PROMOTOR/2009) Quando um membro do MP se aposenta, é veda-
do a ele advogar no juízo ou tribunal em que atuava, antes de que hajam transcorrido três anos 
da aposentadoria.
Certo.
É o que prevê o art. 128, § 6º.
2.1. Funções instituCionais
O art. 129 traz, em rol exemplificativo, as funções institucionais do Ministério Público, são 
elas:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei. Por isso que se diz que 
o Ministério Público é o “dominus litis” (dono da ação penal), porque possui a competência 
privativa para apresentar a denúncia numa ação penal pública;
DE OLHO NA DIVERGÊNCIA
Há uma divergência doutrinária acerca da possibilidade (ou não) do Ministério Público inves-
tigar. A doutrina majoritária afirma que o MP possui a competência implícita para a colheita 
direta da prova com intuito de subsidiar a futura ação penal. Como o art. 129, I, garante ao 
órgão ministerial o monopólio da ação penal pública, a Constituição Federal assegura, por via 
implícita, o poder de investigar para a formação da justa causa da ação penal (a prova da mate-
rialidade delitiva e os indícios mínimos de sua autoria).
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II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública 
aos direitos assegurados na Constituição Federal, promovendo as medidas necessárias a sua 
garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e 
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Importante dizer que essa 
competência é concorrente, uma vez que existem outros colegitimados. Nesse sentido, o art. 
128, § 1º, define que a legitimação do Ministério Público para as ações civis não impede a de 
terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto na Constituição Federal e na lei.
Questão 15 (MPU/ANALISTA PROCESSUAL/2010) Entre as funções institucionais do Mi-
nistério Público, está a de promover, em caráter exclusivo, a ação civil pública para a promoção 
do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.
Errado.
Conforme ensinei, essa competência é concorrente.
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção 
da União e dos Estados, nos casos previstos na Constituição Federal. Essa competência será 
exercida pelo Procurador-Geral da República;
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Súmula 643, do STF: o Ministério Público tem legitimidade para promover ação civil 
pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares.
Súmula 601, do STJ: o Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa dos 
direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decor-
rentes da prestação de serviços públicos.
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V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. Essa compe-
tência é reforçada pelo art. 232, que determina a intervenção do Ministério Público em todos 
os atos do processo em que os índios, suas comunidades e organizações sejam partes;
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisi-
tando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma de lei complementar;
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os 
fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finali-
dade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. 
Este inciso demonstra que as funções institucionais doMinistério Público aqui citadas estão 
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em rol exemplificativo. Ademais, é vedada a representação judicial e a consultoria jurídica das 
entidades públicas pelo Ministério Público, uma vez que tais atribuições cabem às respectivas 
Advocacias Públicas.
Questão 16 (STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) O rol de funções do Ministério Público 
constante da CF é taxativo, cabendo a esse órgão cingir-se ao exercício das atribuições descri-
tas nos dispositivos constitucionais.
Errado.
O rol é exemplificativo.
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Questão 17 (TRF 1ª/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2009) A CF enumera, em rol taxativo, as 
funções institucionais do MP.
Errado.
O rol é exemplificativo.
Questão 18 (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) Apesar de a CF não prever expressa-
mente que cabe ao Ministério Público a defesa judicial dos direitos das populações indígenas, 
a jurisprudência reconheceu-lhe essa importante função institucional.
Errado.
Tem essa competência expressa no art. 129, V.
3. ministério PúbliCo Junto aos tribunais de Contas
Já ouviu falar em Ministério Público junto aos Tribunais de Contas? Pois existem e são 
citados no art. 130. Segundo a norma constitucional, aos membros do Ministério Público junto 
aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições constitucionais sobre o Ministério Público 
comum pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
Cuidado com o que eu vou registrar agora: esse Ministério Público que atua junto aos Tri-
bunais de Contas não integra a instituição Ministério Público comum que estamos estudando. 
Na verdade, integra o respectivo Tribunal de Contas.
O Ministério Público que atua junto aos Tribunais de Contas é dotado de identidade e de 
fisionomia próprias que o tornam inassimilável à instituição do Ministério Público comum da 
União e dos Estados-membros.
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Questão 19 (AGU/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) O Ministério Público abrange o Minis-
tério Público da União, que compreende, entre outros, os Ministérios Públicos dos estados. 
Todavia, há outro órgão estatal, dotado de identidade e de fisionomia próprias que o tornam 
inassimilável à instituição do Ministério Público comum da União e dos estados-membros, 
qual seja: o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas.
Errado.
O erro está apenas na parte inicial, uma vez que o Ministério Público da União não abrange os 
Ministérios Públicos dos Estados.
Questão 20 (TJ-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Os membros do Ministério Público junto 
ao Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo compõem o Ministério Público do Estado 
do Espírito Santo.
Errado.
Não compõem. Conforme ensinei, os membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Con-
tas do Estado do Espírito Santo integram esta Corte de Contas estadual.
Vamos estudar agora o Conselho Nacional do Ministério Público. Venha comigo!!!
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4. Conselho naCional do ministério PúbliCo
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) não é órgão integrante do Ministério 
Público, tratando-se de um tribunal administrativo com a função de controle externo da atua-
ção administrativa e financeira do Ministério Público e cumprimento dos deveres funcionais 
de seus membros. 
É formado por 14 membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada 
a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida 
uma recondução (art. 130-A).
Trata-se de uma composição híbrida formada:
I - pelo Procurador-Geral da República, que o preside;
II - por quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de 
cada uma de suas carreiras;
III - por três membros do Ministério Público dos Estados;
IV - por dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tri-
bunal de Justiça;
V - por dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do 
Brasil;
VI - por dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câ-
mara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
Os membros do CNMP oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos 
Ministérios Públicos, na forma da lei.
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Questão 21 (MPE-PI/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) A composição de membros do Conse-
lho Nacional do Ministério Público deve incluir dois cidadãos de notável saber jurídico e repu-
tação ilibada — um indicado pela Câmara dos Deputados, e o outro, pelo Senado Federal.
Certo.
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Art. 130-A, VI.
A competência do CNMP é determinada pelo art. 130-A, § 2º, segundo o qual compete ao 
Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do 
Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-lhe:
I - zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir 
atos regulamentares,no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a lega-
lidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da 
União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tri-
bunais de Contas;
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público 
da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competên-
cia disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, 
determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, assegura-
da ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
IV - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do 
Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano;
V - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situ-
ação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensa-
gem prevista no art. 84, XI.
O CNMP escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do 
Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribui-
ções que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes:
I - receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do 
Ministério Público e dos seus serviços auxiliares;
II - exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral;
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III - requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e re-
quisitar servidores de órgãos do Ministério Público.
O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao 
CNMP, o que significa que terá direito de voz, mas não poderá votar.
Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para re-
ceber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Minis-
tério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho 
Nacional do Ministério Público.
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É isso!!! Estudamos o perfil constitucional do Ministério Público. Vejamos doravante o que 
a Constituição Federal traz sobre a Advocacia Pública.
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5. advoCaCia PúbliCa
A Advocacia Pública da União é exercida pela Advocacia-Geral da União (AGU). Dispõe o 
art. 131, caput, que “a Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de 
órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da 
lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de con-
sultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo”.
DICAS DO LD
1) A representação judicial e extrajudicial é da União, englo-
bando todos os órgãos federais dos três Poderes (Legislativo, 
Executivo e Judiciário), inclusive o Ministério Público da União, 
a Defensoria Pública da União e o Tribunal de Contas da União 
(que estão fora dos três Poderes);
2) A consultoria e o assessoramento jurídico é só do Poder 
Executivo.
Questão 22 (TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO/2011) A AGU é o órgão que, de modo direto, ou me-
diante órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cumprindo-lhe realizar 
a consultoria e o assessoramento jurídico do Poder Executivo.
Certo.
Art. 131, “caput”.
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Questão 23 (TRT 1ª/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2010) De acordo com o disposto 
na CF e com entendimento do STF, a representação judicial de tribunal regional federal, por se 
tratar de órgão da União destituído de personalidade jurídica, cabe à AGU.
Certo.
É o que se extrai do art. 131, “caput”.
Questão 24 (STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Cabe ao Ministério Público Federal repre-
sentar a União em caso de ação judicial proposta por servidor da justiça militar da União que 
cobre diferenças devidas em razão de erro no cálculo de sua remuneração.
Errado.
A representação judicial da União compete à Advocacia-Geral da União.
O Advogado-Geral da União é cargo de livre nomeação do Presidente da República (não 
precisa ser integrante das carreiras da AGU) dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, 
de notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 131, § 1º).
Questão 25 (TRT-1ª/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2010) O chefe da AGU é escolhido, 
entre os membros das carreiras desse órgão, pelo presidente da República.
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Errado.
Não precisa ser da carreira.
O ingresso nas classes iniciais das carreiras da AGU far-se-á mediante concurso público de 
provas e títulos (art. 131, § 2º).
A execução da dívida ativa de natureza tributária cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda 
Nacional, observado o disposto em lei (art. 131, § 3º).
Questão 26 (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO III/2018) Aos membros da Advocacia-Geral da 
União são concedidas as garantias constitucionais previstas para os membros do Ministério 
Público.
Errado.
A Constituição não previu isso.
Questão 27 (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO III/2018) A execução da dívida ativa tributária é 
de competência da Advocacia-Geral da União.
Errado.
É competência da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, segundo o art. 131, § 3º.
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Por seu turno, a Advocacia Pública, nos Estados-membros e no Distrito Federal, é exerci-
da pelos procuradores dos Estados e pelos procuradores do Distrito Federal, organizados em 
carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a partici-
pação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, cumprindo a representação 
judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas (art. 132).
De acordo com o parágrafo único do art. 132, aos procuradores estaduais e do Distrito 
Federal é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de 
desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.
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Eram essas as informações trazidas pela Constituição Federal sobre a Advocacia Pública. 
Vejamos agora a próxima função essencial à Justiça: a advocacia privada.
6. advoCaCia Privada
Segundo o art. 133, o advogado é indispensável à administração da Justiça, sendo inviolá-
vel por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. 
Essa imunidade profissional do advogado possui caráter relativo, podendo, segundo en-
tendimento do STF, ser responsabilizado caso aja com dolo ou erro grosseiro. Ademais, a 
indispensabilidade do advogado não é absoluta, haja vista que há situações em que a parte 
não precisa estar representada por um advogado (exemplos: Juizados Especiais, impetração 
de habeas corpus etc.).
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Ok? Para terminar, vejamos o perfil constitucional da Defensoria Pública.
7. deFensoria PúbliCa
O art. 134 estabelece que a Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democráti-
co, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em 
todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e 
gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal.
Questão 28 (MPE-RN/PROMOTOR/2009) É função institucional do MP defender judicial-
mente os direitos e os interesses das populações carentes.
Errado.
É função institucional da Defensoria Pública defender judicialmente os direitos e os interesses 
das populações carentes.
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Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Ter-
ritórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, 
providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus 
integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribui-
ções institucionais (art. 134, § 1º).
Às Defensorias Públicas estaduais, do Distrito Federal e da União são asseguradas au-
tonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos 
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, 
§ 2º (art. 134, §§ 2º e 3º).
Questão 29 (TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) À Defensoria Pública da União e às 
defensorias públicas estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a ini-
ciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes or-
çamentárias.
Certo.
Art. 134, §§ 2º e 3º.
Por fim, são princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade 
e a independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no 
inciso II do art. 96 da Constituição Federal (art. 134, § 4º).
Por fim, conforme o art. 135, os Advogados Públicos e os Defensores Públicos serão remu-
nerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer 
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória.
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Questão 30 (MPU/ANALISTA DO MPU – DIREITO/2018) A Constituição Federal de 1988 
estendeu aos defensores públicos a garantia de inamovibilidade, originalmente concedida aos 
magistrados.
Certo.
Art. 134, § 1º.
Questão 31 (MPE-PI/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) A unidade, a indivisibilidade e a inde-
pendência funcional são princípios institucionais da defensoria pública e do Ministério Público.
Certo.
Art. 127, § 1º, e art. 134, § 4º.
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súmulas e JurisPrudênCia aPliCáveis
1) RE 985.392: Os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal têm legitimi-
dade para propor e atuar em recursos e meios de impugnação de decisões judiciais em 
trâmite no STF e no STJ, oriundos de processos de sua atribuição, sem prejuízo da atua-
ção do MPF.
[RE 985.392 RG, rel. min. Gilmar Mendes, j. 26-5-2017, P, DJE de 10-11-2017, Tema 946.]
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2) RE 631.111: Considerada a natureza e a finalidade do seguro obrigatório Danos Pes-
soais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT)(...) o STF considerou 
que sua tutela se revestia de interesse social qualificado, autorizando, por isso mesmo, a 
iniciativa do Ministério Público de, com base no art. 127 da Constituição, defendê-los em 
juízo medianteação coletiva.
[RE 631.111, rel. min. Teori Zavascki, j. 7-8-2014, P, DJE de 30-10-2014, Tema 471.]
3) ADPF 482: Por força do princípio da unidade do Ministério Público (art. 127, § 1º, da 
CF), os membros do Ministério Público integram um só órgão sob a direção única de um 
só Procurador-Geral. Só existe unidade dentro de cada Ministério Público, não havendo 
unidade entre o Ministério Público de um Estado e o de outro, nem entre esses e os diver-
sos ramos do Ministério Público da União.
[ADPF 482, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 3-3-2020, P, DJE de 12-3-2020.]
4) ADI 5.434: Os limites do princípio da independência funcional do Ministério Público, 
art. 127, § 1º, CRFB, encontram-se circunscritos pelo respeito à Constituição da Repú-
blica e às leis. (...) O Conselho Nacional do Ministério Público age dentro dos limites 
constitucionais ao editar resolução para esclarecer que deve ser referendada, pelo órgão 
de revisão competente, a decisão do membro do Parquet que conclui, após a instauração 
do inquérito civil ou do respectivo procedimento preparatório, ser este ou aquele de atri-
buição de outro ramo do Ministério Público. Regramento que se insere na ambiência da 
estruturação administrativa da instituição e não viola o princípio da independência fun-
cional, eis que é compatível com ele e também com o princípio da unidade, nos termos 
do art. 127, § 1º, CRFB.
[ADI 5.434, rel. p/ o ac. min. Edson Fachin, j. 26-4-2018, P, DJE de 23-9-2019.]
5) Pet. 4.863: Tratando-se de divergência interna entre órgãos do Ministério Público, ins-
tituição que a Carta da República subordina aos princípios institucionais da unidade e da 
indivisibilidade (CF, art. 127, § 1º), cumpre ao próprio Ministério Público identificar e afir-
mar as atribuições investigativas de cada um dos seus órgãos em face do caso concreto, 
devendo prevalecer, à luz do princípio federativo, a manifestação do procurador-geral da 
República.
[Pet 4.863, rel. min. Marco Aurélio, j. 19-5-2016, P, DJE de 16-5-2017.]
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6) HC 103.038: Violação do princípio do promotor natural. Inocorrência. (...) No caso, a 
designação prévia e motivada de um promotor para atuar na sessão de julgamento do 
Tribunal do Júri da Comarca de Santa Izabel do Pará se deu em virtude de justificada 
solicitação do promotor titular daquela localidade, tudo em estrita observância aos arts. 
10, IX, f, parte final, e 24, ambos da Lei 8.625/1993. Ademais, o promotor designado já 
havia atuado no feito quando do exercício de suas atribuições na Promotoria de Justiça 
da referida Comarca.
[HC 103.038, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 11-10-2011, 2ª T, DJE de 27-10-2011.]
7) Rcl 9.327: O Supremo Tribunal reconheceu a legitimidade ativa autônoma do Minis-
tério Público estadual para ajuizar reclamação no Supremo Tribunal, sem que se exija a 
ratificação da inicial pelo PGR.
[Rcl 7.101, rel. min. Cármen Lúcia, j. 24-2-2011, P, DJE de 9-8-2011.]
= Rcl 9.327 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 23-5-2013, P, DJE de 1º-8-2013
8) HC 92.885: Nenhuma afronta ao princípio do promotor natural há no pedido de arquiva-
mento dos autos do inquérito policial por um promotor de justiça e na oferta da denúncia 
por outro, indicado pelo procurador-geral de justiça, após o juízo local ter considerado 
improcedente o pedido de arquivamento.
[HC 92.885, rel. min. Cármen Lúcia, j. 29-4-2008, 1ª T, DJE de 20-6-2008.]
9) ADI 1.757: A iniciativa legislativa prevista no art. 127, § 2º, da Constituição para a 
criação de cargos e serviços auxiliares, a política remuneratória e os planos de carreira 
do Ministério Público é privativa do procurador-geral de justiça, no âmbito estadual, e do 
PGR, na esfera federal.
[ADI 1.757, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 20-9-2018, P, DJE de 8-10-2018.]
10) ACO 1.936: O Ministério Público, embora não detenha personalidade jurídica pró-
pria, é órgão vocacionado à preservação dos valores constitucionais, dotado de autono-
mia financeira, administrativa e institucional que lhe conferem a capacidade ativa para a 
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tutela da sociedade e de seus próprios interesses em juízo, sendo descabida a atuação 
da União em defesa dessa instituição.
[ACO 1.936 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 28-4-2015, 1ª T, DJE de 27-5-2015.]
11) ADI 5.171: O Ministério Público é o titular da iniciativa de projeto de lei que organiza, 
institui atribuições e estabelece a estrutura da carreira, dispondo também sobre a forma 
de eleição, de composição da lista tríplice e de escolha do Procurador-Geral de Justiça, 
na forma do artigo 128, §§ 3º e 5º, da Constituição Federal, observados os limites tra-
çados pelo texto constitucional e pela legislação orgânica nacional (Lei 8.625/1993). A 
Emenda Constitucional 48/2014 à Constituição do Estado do Amapá revela-se formal-
mente inconstitucional: (i) por tratar de matéria relativa à alteração do estatuto jurídico da 
carreira do Ministério Público Estadual, porquanto o Poder Legislativo não ostenta essa 
competência, violando diretamente o artigo 128, §§ 3º e 5º, do texto constitucional; e (ii) 
ao consagrar a iniciativa eivada de incompetência, a Constituição Estadual viola a Cons-
tituição Federal, que reclama lei complementar de iniciativa do Procurador-Geral para dis-
ciplinar o tema. A lei orgânica do Ministério Público é a via legislativa apta a definir os 
membros da carreira elegíveis para o cargo de Procurador-Geral de Justiça. Consectaria-
mente, a emenda constitucional de iniciativa parlamentar, ao dispor sobre a data para a 
realização da eleição, para a formação de lista tríplice para o cargo de Procurador-Geral 
de Justiça, viola as disposições do artigo 128, § 3º e 5º, da Constituição Federal, que 
exige lei complementar estadual de iniciativa daquela autoridade.
[ADI 5.171, rel. min. Luiz Fux, j. 30-8-2019, P, DJE de 10-12-2019.]
12) ADI 5.700: O modo de investidura do Procurador-Geral de Justiça constitui garantia 
de independência e autogoverno, visando à proteção da Sociedade e à defesa intransi-
gente do regime democrático e exige, para sua regulamentação, a edição de lei comple-
mentar estadual de iniciativa da própria Instituição (CF, art. 128, § 5º). A Constituição 
Federal consagrou os requisitos básicos para a escolha do Procurador-Geral de Justiça, 
bem como a existência de mandato por tempo certo, impossibilitando sua demissão ad 
nutum, garantindo-lhe a imparcialidade necessária para o pleno exercício da autonomia 
administrativa da Instituição, sem possibilidade de ingerências externas.
[ADI 5.700, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 23-8-2019, P, DJE de 9-9-2019.]
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13) ADI 3.802: Detém o PGR, de acordocom o art. 128, § 5º, da CF, a prerrogativa, ao 
lado daquela já atribuída ao chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, d, CF), de iniciativa 
dos projetos legislativos que versem sobre a organização e as atribuições do Ministério 
Público Eleitoral, do qual é chefe, atuando como seu procurador-geral. Tratando-se de atri-
buição do MPF (arts. 72 e 78), nada mais natural que as regras de designação dos mem-
bros do Ministério Público para desempenhar as funções junto à Justiça Eleitoral sejam 
disciplinadas na legislação que dispõe, exatamente, sobre a organização, as atribuições e 
o estatuto do MPU, no caso a LC 75, de 20 de maio de 1993. O fato de o promotor eleitoral 
(membro do Ministério Público estadual) ser designado pelo procurador regional eleitoral 
(membro do MPF) não viola a autonomia administrativa do Ministério Público estadual. 
Apesar de haver a participação do Ministério Público dos Estados na composição do 
Ministério Público Eleitoral – cumulando o membro da instituição as duas funções –, 
ambas não se confundem, haja vista possuírem conjuntos diversos de atribuições, cada 
qual na esfera delimitada pela CF e pelos demais atos normativos de regência. A subor-
dinação hierárquico-administrativa – não funcional – do promotor eleitoral é estabele-
cida em relação ao procurador regional eleitoral, e não em relação ao procurador-geral 
de justiça. Ante tal fato, nada mais lógico que o ato formal de “designação” do promo-
tor eleitoral seja feito pelo superior na função eleitoral, e não pelo superior nas funções 
comuns. A designação do promotor eleitoral é ato de natureza complexa, resultando da 
conjugação de vontades tanto do procurador-geral de justiça – que indicará o membro 
do Ministério Público estadual – quanto do procurador regional eleitoral – a quem com-
petirá o ato formal de designação. O art. 79, caput e parágrafo único, da LC 75/1993 não 
tem o condão de ofender a autonomia do Ministério Público estadual, já que não incide 
sobre a esfera de atribuições do Parquet local, mas sobre ramo diverso da instituição – o 
Ministério Público Eleitoral, não interferindo, portanto, nas atribuições ou na organização 
do Ministério Público estadual.
[ADI 3.802, rel. min. Dias Toffoli, j. 10-3-2016, P, DJE de 14-11-2016.]
14) MS 34.472: Não compete ao CNMP ou ao Colégio de Procuradores de Justiça “revi-
sar ato do procurador-geral, no âmbito de seu dever-poder de gestão e administração de 
sua unidade ministerial, que não desborde os limites da legalidade, proporcionalidade e 
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moralidade”. Inexistência de garantia constitucional ao duplo grau de jurisdição na seara 
administrativa. (...) Não há obrigatoriedade de previsão de recurso administrativo para 
revisão de decisão de autoridade, máxime quando se trata de decisão prolatada no exer-
cício de competência discricionária e exclusiva do agente público. Não há previsão de 
recurso administrativo para a hipótese na LC 72/2008, que institui a Lei Orgânica e o Esta-
tuto do Ministério Público do Estado do Ceará.
[MS 34.472 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 6-10-2017, 2ª T, DJE de 26-10-2017.]
 
15) ADI 2.622: Não pode norma de constituição estadual proibir nomeação de membro 
do Ministério Público para cargo de confiança que integre a administração da própria ins-
tituição.
[ADI 2.622, rel. min. Cezar Peluso, j. 10-11-2011, P, DJE de 16-2-2012.]
16) Súmula 643, do STF: O Ministério Público tem legitimidade para promover ação civil 
pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidade escolares.
17) RE 643.978: (...) o Ministério Público tem legitimidade para a propositura de ação civil 
pública em defesa de direitos sociais relacionados ao FGTS.
[RE 643.978, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 9-10-2019, P, DJE de 25-10-2019, Tema 850.]
18) RE 409.356: O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública 
(ACP) que vise anular ato administrativo de aposentadoria que importe em lesão ao patri-
mônio público. 
[RE 409.356, rel. min. Luiz Fux, j. 25-10-2018, P, Informativo 921, Tema 561.]
19) RE 605.533: O Ministério Público possui legitimidade para ajuizar ação civil pública 
com objetivo de compelir entes federados a entregarem medicamentos a portadores de 
certa doença.
[RE 605.533, rel. min. Marco Aurélio, j. 15-8-2018, P, DJE de 12-2-2020.]
20) ARE 823.347: A questão constitucional discutida nos autos é a possibilidade de exe-
cução das decisões de condenação patrimonial proferidas pelos tribunais de contas por 
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iniciativa do Ministério Público, atuante ou não junto às cortes de contas, seja federal, 
seja estadual. (...) a jurisprudência pacificada do STF firmou-se no sentido de que a refe-
rida ação de execução pode ser proposta tão somente pelo ente público beneficiário da 
condenação imposta pelos tribunais de contas. (...) Por conseguinte, é ausente a legitimi-
dade ativa do Parquet. 
[ARE 823.347 RG, voto do rel. min. Gilmar Mendes, j. 2-10-2014, P, DJE de 28-10-2014, 
Tema 768.]
21) ARE 694.294: Ilegitimidade ativa ad causam do Ministério Público para, em ação civil 
pública, deduzir pretensão relativa à matéria tributária. Reafirmação da jurisprudência da 
Corte.
[ARE 694.294 RG, rel. min. Luiz Fux, j. 25-4-2013, P, DJE de 17-5-2013, Tema 645.]
22) RE 629.840: (...) o Ministério Público possui legitimidade ativa para ajuizar ação civil 
pública que tenha por objeto a condenação de agente público ao ressarcimento de preju-
ízos causados ao erário.
[RE 629.840 AgR, rel. min. Marco Aurélio, j. 4-8-2015, 1ª T, DJE de 28-8-2015.]
23) MS 26.969: As instâncias judicial e administrativa não se confundem, razão pela qual 
a fiscalização do TCU não inibe a propositura da ação civil pública (...).
[MS 26.969, rel. min. Luiz Fux, j. 18-11-2014, 1ª T, DJE de 12-12-2014.]
24) AI 698.478: Esta Corte (...) reconheceu a legitimidade do Ministério Público para ajui-
zar ação civil pública em defesa de menores.
[AI 698.478, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 18-5-2012, dec. monocrática, DJE de 28-5-2012.]
25) HC 97.969: A CF de 1988, ao regrar as competências do Ministério Público, o fez 
sob a técnica do reforço normativo. Isso porque o controle externo da atividade policial 
engloba a atuação supridora e complementar do órgão ministerial no campo da investi-
gação criminal. Controle naquilo que a polícia tem de mais específico: a investigação, que 
deve ser de qualidade. Nem insuficiente, nem inexistente, seja por comodidade, seja por 
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cumplicidade. Cuida-se de controle técnico ou operacional, e não administrativo-discipli-
nar.
[HC 97.969, rel. min. Ayres Britto,j. 1º-2-2011, 2ª T, DJE de 23-5-2011.]
26) Súmula 524, do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requeri-
mento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
27) RE 593.727: O Ministério Público dispõe de competência para promover, por autori-
dade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeita-
dos os direitos e garantias que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob 
investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva 
constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de que se acham 
investidos, em nosso país, os advogados (Lei 8.906/1994, art. 7º, notadamente os inci-
sos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade – sempre presente no Estado 
Democrático de Direito – do permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente 
documentados (Súmula Vinculante 14), praticados pelos membros dessa instituição.
[RE 593.727, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. 14-5-2015, P, DJE de 8-9-2015, Tema 184.]
28) MS 26.415: (...) o pagamento do auxílio-moradia por prazo certo constitui legítima 
atuação discricionária do PGR, a fim de indenizar a despesa realizada com moradia pelos 
membros do Parquet que optaram por residir e trabalhar nas localidades alcançadas pela 
vantagem. É uma forma de indenizar e de incentivar o provimento inicial e imediato de 
vagas nos locais considerados de difícil acesso. Entretanto, não há justificativa para a 
dilação indeterminada no recebimento do benefício.
[MS 26.415, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. 17-3-2020, 2ª T, Informativo 970.]
29) AO 1.773: Magistratura e Ministério Público. Simetria constitucional entre carreiras. 
Ajuda de custo para fins de moradia. Art. 65, II, da LOMAN (LC nº 35/79). Art. 227, VII, da Lei 
Complementar nº 75/1993 e art. 50, II, da Lei nº 8.625/1993. Extensão aos membros do 
MP. Necessidade de garantia de um padrão simétrico entre as carreiras de Estado. Modi-
ficações no contexto fático-jurídico. Novo cenário orçamentário. Promulgação de leis que 
garantem a recomposição parcial da inflação de 16,38% nos subsídios dos membros do 
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STF e do Procurador-geral da República. Lei n.º 13.752/2018 e Lei n.º 13.753/2018. Nova 
medida adotada em circunstância de gravíssima crise financeira. Impacto orçamentá-
rio. Consequencialismo. Lei nº 13.655/2018. Efeito prático das decisões desta Suprema 
Corte. Economicidade. Isonomia. Impossibilidade prática do cenário atual que legitime o 
pagamento de auxílio-moradia simultaneamente à parcial recomposição inflacionária do 
subsídio. Alcance do decisum: magistratura, Ministério Público, Defensoria Pública, Tri-
bunais de Contas, Procuradorias e qualquer carreira jurídica que receba o auxílio-moradia 
com fundamento: I) no princípio constitucional da simetria com a magistratura; II) nas 
liminares deferidas nesta ação e nas que lhe são correlatas, ou III) com amparo em atos 
normativos locais (leis, resoluções ou de qualquer outra espécie). Revogação da tutela 
antecipada com efeitos prospectivos (ex nunc).
[AO 1.773, rel. min. Luiz Fux, j. 26-11-2018, dec. monocrática, DJE de 28-11-2018.]
30) MS 27.601: Concurso. Atividade jurídica. Especificidade. Art. 129, § 3º, da CF. Alcance. 
A expressão “três anos de atividade jurídica”, contida no art. 129 da CF, não encerra vincu-
lação a atividade privativa de bacharel em direito.
[MS 27.601, rel. min. Marco Aurélio, j. 22-9-2015, 1ª T, DJE de 17-11-2015.]
31) MS 27.339: Está assente na jurisprudência deste STF que o Ministério Público junto 
ao Tribunal de Contas possui fisionomia institucional própria, que não se confunde com 
a do Ministério Público comum, sejam os dos Estados, seja o da União, o que impede a 
atuação, ainda que transitória, de procuradores de justiça nos Tribunais de Contas (...). 
Escorreita a decisão do CNMP que determinou o imediato retorno de dois procuradores 
de justiça, que oficiavam perante o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, às 
suas funções próprias no Ministério Público estadual, não sendo oponíveis os princípios 
da segurança jurídica e da eficiência, a legislação estadual ou as ditas prerrogativas do 
procurador-geral de justiça ao modelo institucional definido na própria Constituição.
[MS 27.339, rel. min. Menezes Direito, j. 2-2-2009, P, DJE de 6-3-2009.]
= ADI 3.307, rel. min. Cármen Lúcia, j. 2-2-2009, P, DJE de 29-5-2009
32) ADI 4.263: O Plenário, por maioria, julgou improcedente o pedido formulado em ação 
direta ajuizada em face da Resolução 36/2009 do CNMP, que dispõe sobre o pedido e 
a utilização de interceptações telefônicas, no âmbito do Ministério Público, nos termos 
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da Lei 9.296/1996. (...) No mérito, ao reconhecer sua constitucionalidade, o Colegiado 
asseverou que a norma foi editada pelo CNMP no exercício das atribuições previstas 
diretamente no art. 130-A, § 2º, I e II, da CF. Nesse contexto, apenas regulamentou ques-
tões administrativas e disciplinares relacionadas ao procedimento de interceptação tele-
fônica, sem adentrar em matéria de direito penal, processual ou relativa a nulidades. (...) 
A Corte ressaltou, ainda, que o CNMP possui competência para regular os parâmetros 
a serem utilizados na análise de processos disciplinares submetidos ao órgão. Em rea-
lidade, trata-se de medida conveniente e desejável que confere previsibilidade à atua-
ção do Conselho, bem como oferece segurança jurídica e tratamento isonômico àqueles 
sujeitos a seu controle. Por outro lado, padronizou procedimentos formais sobre a maté-
ria, de modo a concretizar o princípio da eficiência (...), cuja observância deve ser tutelada 
pelo Conselho (...). A existência de um grau mínimo de uniformização atende ao princípio 
da eficiência, além de ser conveniente para a continuidade das investigações, especial-
mente ao se considerar a possibilidade de atuação de mais de um membro do Parquet no 
mesmo processo e em momentos distintos.
[ADI 4.263, rel. min. Roberto Barroso, j. 25-4-2018, P, Informativo 899.]
33) MS 27.744: O CNMP não ostenta competência para efetuar controle de constitucio-
nalidade de lei, posto consabido tratar-se de órgão de natureza administrativa, cuja atri-
buição adstringe-se ao controle da legitimidade dos atos administrativos praticados por 
membros ou órgãos do Ministério Público federal e estadual (...).
[MS 27.744, rel. min. Luiz Fux, j. 6-5-2014, 1ª T, DJE de 8-6-2015.]
34) MS 34.712: O constituinte, ao erigir o CNMP como órgão de controle externo do 
Ministério Público, atribuiu-lhe, expressamente, competência revisional ampla, de sorte 
que não há vinculação à aplicação da penalidade ou à gradação da sanção imputada pelo 
órgão correcional local (CRFB/1988, art. 130-A, § 2º, IV).
[MS 34.712 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 6-10-2017, 1ª T, DJE de 25-10-2017.]
35) Súmula 644, do STF: Ao titular do cargo de procurador de autarquia não se exige a 
apresentação de instrumento de mandato para representá-la em juízo.
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