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FARMACOLOGIA APLICADA A BIOMEDICINA

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FARMACOLOGIA APLICADA A BIOMEDICINA
	
		Lupa
	 
	Calc.
	
	
	 
	 
	 
	SDE4504_201908671807_ESM
	
	
	
		Aluno: SOLANGE SILVA DOS SANTOS
	Matr.: 201908671807
	Disc.: FARM.APL.BIOMEDICINA 
	2021.2 - F (G) / EX
		Prezado (a) Aluno(a),
Você fará agora seu TESTE DE CONHECIMENTO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha.
Após responde cada questão, você terá acesso ao gabarito comentado e/ou à explicação da mesma. Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.
	 
		
	
		1.
		Associe o principio ativo do medicamento com sua indicação terapêutica.
1. Neostigmina
2. Escopolamina
3. Fenilefrina
4. Atropina
5. Dobutamina
(  ) está indicado para o alívio sintomático da congestão nasal e nasofaríngea decorrentes do resfriado comum, sinusite, febre ou outras alergias das vias aéreas superiores.
(     ) é indicado quando for necessário suporte inotrópico para tratamento de pacientes em que o débito cardíaco é insuficiente para suprir a demanda circulatória.
(     ) é indicado para obtenção de midríase e cicloplegia na oftalmologia, em exames de fundo de olho, exames de refração, para prevenir aderências da íris ao cristalino nas irites, irodiclites e coroidites e nas ceratites.
(   ) Constipação atônica, meteorismo (por exemplo, antes do exame radiológico); atonia intestinal pós- operatória e retenção urinária; miastenia gravis pseudoparalítica; antagonista dos curarizantes (para neutralizar o efeito miorrelaxante do curare e dos preparados do mesmo tipo).
(  ) Indicado para pessoas que sofrem com enjoo e mal-estar durante viagem prolongadas, principalmente em rodovias.
	
	
	
	3, 5, 1, 4, 2
	
	
	3, 5, 4, 1, 2
	
	
	2, 3, 1, 4, 5
	
	
	2, 5,4, 3, 1
	
	
	4, 3, 1, 2, 5
	Data Resp.: 14/09/2021 19:40:43
		Explicação:
A sequência correta é:
3, 5, 4, 1, 2.
	
	
	 
		
	
		2.
		Os fármacos denominados antirreumáticos modificadores da doença (ARMDs) são utilizados frequentemente para reduzir a progressão da artrite reumatoide. Assinale a alternativa CORRETA em relação a estes fármacos.
	
	
	
	b) O Metotrexato é utilizado em altas dosagens diariamente, minimizando os efeitos adversos
	
	
	c) Dentre os ARMDs, o Metotrexato apresenta um início de ação lento (6 meses após a administração do fármaco)
	
	
	a) Atualmente, o Metotrexato tornou-se a base do tratamento de pacientes com artrite reumatoide
	
	
	e) Por apresentar muitos efeitos adversos, o Metotrexato não é indicado para pacientes com artrite reumatoide.
	
	
	d) Foi observado que o Metotrexato aumenta o aparecimento de novas erosões nas articulações
	Data Resp.: 14/09/2021 19:42:28
		Explicação:
A letra A é a correta.
	
	
	 
		
	
		3.
		Drogas simpatomiméticas que agem na musculatura lisa vascular e promovem vasoconstrição na mucosa nasal. Embora a utilidade clínica desses fármacos seja limitada, podem ser úteis como descongestionantes nasais. Com base nas afirmativas acima, marque a alternativa referente a classe medicamentosa indicada. 
	
	
	
	a) Fenilefrina ¿ agonista alfa não-seletivo
	
	
	c) Salbutamol ¿ antagonista beta-1 seletivo
	
	
	b) Clonidina ¿ agonista alfa-2 seletivo
	
	
	e) Ioimbina ¿ antagonista alfa-1 seletivo
	
	
	d) Isoproterenol ¿ agonista beta não-seletivo
	Data Resp.: 14/09/2021 19:42:56
		Explicação:
A letra A é a correta.
	
	
	 
		
	
		4.
		Banca:  CESPE ¿ Órgão: SESA-ES (Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo) - 2013 São fármacos antieméticos da classe antagonistas de receptores NK1:
	
	
	
	a) Ondansetrona, bromoprida, metoclopramida e escopolamina.
	
	
	b) Ondansetrona, palonosetrona, aprepitanto e netupitanto.
	
	
	c) Aprepitanto, fosaprepitanto, metoclopramida e palonosetrona.
	
	
	d) Aprepitanto, fosaprepitanto, netupitanto e rolapitanto.
	
	
	e) Palonosetrona, ondansetrona, granisetrona e dolasetrona.
	Data Resp.: 14/09/2021 19:43:10
		Explicação:
A letra D é a correta.
	
	
	 
		
	
		5.
		O refluxo gastroesofágico ocorre em razão de uma falha no esfíncter esofágico inferior, também conhecido como esfíncter cárdico, que funciona como uma válvula, não deixando que o bolo alimentar que está no estômago retorne para o esôfago. Assinale a alternativa que se refere a um tratamento medicamentoso.
	
	
	
	Heparina
	
	
	Domperidona
	
	
	Clopidrogel
	
	
	Bicarbonato de sódio
	
	
	Ibuprofeno
	Data Resp.: 14/09/2021 19:43:16
		Explicação:
.
	
	
	 
		
	
		6.
		Sobre a excreção renal de fármacos, assinale a alternativa incorreta.
	
	
	
	B. O valor de pH do filtrado renal é um dos determinantes da relação entre a concentração da forma ionizada e não ionizada das moléculas de um fármaco que se encontra nos túbulos renais
	
	
	C. Quanto maior for o grau de ligação de um fármaco com proteínas plasmáticas, menor será a sua taxa de filtração glomerular
	
	
	D. A forma ionizada de um fármaco sofre reabsorção tubular mais facilmente do que sua forma não-ionizada
	
	
	E. A secreção tubular é um processo ativo e dois fármacos podem competir pelo mesmo carreador
	
	
	A. A depuração renal de um fármaco é obtida através da razão entre a dose e a ASC deste fármaco
	Data Resp.: 14/09/2021 19:43:21
		Explicação:
A letra correta é a D.
	
	
	 
		
	
		7.
		Durante a terapia com os Glicocorticoides orienta-se fracionar a medicação em uma dose maior pela manhã, e o restante ao longo do dia. Qual o objetivo desta orientação?
	
	
	
	a) Melhorar a disponibilidade do fármaco
	
	
	c) Aumentar a potência anti-inflamatória
	
	
	d) Não produzir sonolência
	
	
	e) Mimetizar o ciclo fisiológico pelo ritmo circadiano
	
	
	b) Diminuir o apetite do paciente
	Data Resp.: 14/09/2021 19:43:24
		Explicação:
A letra E é a correta.
	
	
	 
		
	
		8.
		O sistema nervoso autônomo (SNA) é subdividido em simpático e parassimpático, os quais têm atividades, em geral, antagônicas, reguladas pela liberação das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) e da acetilcolina, respectivamente. Um dos importantes efeitos desencadeados pela ativação simpática é:
	
	
	
	e) o aumento do peristaltismo.
	
	
	a) a contração da pupila.
	
	
	c) a diminuição da atividade mental.
	
	
	b) a constrição dos brônquios.
	
	
	d) o aumento da freqüência cardíaca.
	Data Resp.: 14/09/2021 19:43:35
		Explicação:
A letra D é a correta.
	
	
	 
		
	
		9.
		A alternativa em que há correlação entre os fármacos que agem no sistema gastrointestinal e suas classes terapêuticas é:
	
	
	
	b) Antidiarreicos (pantoprazol) e antagonistas H2 (ranitidina)
	
	
	a) Agonistas de receptor GLP-1 (omeprazol) e biguanidas (metformina)
	
	
	e) Fármacos antieméticos canabinoides (dronabinol) e laxativos osmóticos (liraglutida)
	
	
	c) Antagonistas 5-HT3 (ondansetrona) e antagonistas D2 (metoclopramida).
	
	
	d) Agentes antidiarreicos osmóticos (metformin e agentes antidiarreicos umectantes (óleo mineral).
	Data Resp.: 14/09/2021 19:43:47
		Explicação:
A letra C é a correta.
	
	
	 
		
	
		10.
		Adaptado de: SELECON¿ Órgão: Prefeitura de Campo Grande - MS¿ 2019. O uso desnecessário, assim como a utilização de fármacos em situações contraindicadas, expõe pacientes a riscos de reações adversas a medicamentos (RAM) e intoxicações medicamentosas, constituindo, portanto, causa de morbidade e, inclusive, de mortalidade. Assinale a opção incorreta a respeito da RAM.
	
	
	
	a) Evento adverso é um acontecimento de importância médica que ocorre durante uma terapia medicamentosa e tem relação causal direta com o medicamento.
	
	
	c) Uma reação cuja natureza, severidade ou desfecho não é consistente com a informação descrita na bula do medicamento é considerada reação adversa inesperada.
	
	
	d) A reação adversa é considerada grave quando resultaem morte, ameaça à vida, incapacidade significante ou permanente, anomalia congênita ou hospitalização ou quando prolonga uma hospitalização preexistente.
	
	
	e) Pacientes com patologias associadas possuem maior probabilidade de apresentar RAM devido à possibilidade de potencialização da ação dos medicamentos individualmente.
	
	
	b) Qualquer efeito nocivo, não intencional e indesejado de uma droga observado com doses terapêuticas habituais em seres humanos para fins de tratamento, profilaxia ou diagnóstico é considerado reação adversa ao medicamento.
	Data Resp.: 14/09/2021 19:44:00
		Explicação:
A letra A é a correta.
Remédios são todos os métodos ou cuidados terapêuticos que ajudam a aliviar desconfortos. Um remédio para a fadiga, por exemplo, é o repouso. Outros recursos terapêuticos, como fisioterapia, acupuntura, psicoterapia, massagens e compressas locais, também são considerados remédios.
Saiba mais: um chá caseiro de plantas medicinais é um remédio ou um medicamento?
Diante do que discutimos, podemos afirmar que um chá é um remédio, e não medicamento, já que o chá não é uma preparação elaborada que segue determinações de qualidade e segurança.
Parte superior do formulário
1. Sobre a história da Farmácia e dos medicamentos, é incorreto afirmar que:
Geralmente, o boticário manipulava e produzia o medicamento na frente do paciente, de acordo com a farmacopeia e a prescrição médica.
A história da Farmácia e dos medicamentos é bem descrita por Cláudio Galeno, que criou uma coletânea conhecida como Corpus Galenus.
A base terapêutica de Galeno era pautada em alguns fatores, como: personalidade do paciente, idade, raça e até mesmo o clima em que ele vivia.
No começo do século XIX, os medicamentos já eram de origem sintética, como a obtenção da morfina.
No século XX, novos fármacos foram desenvolvidos, muitos de origem sintética, e introduzidos no mercado trazendo aos pacientes mais possibilidade de cura.
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.
No século XIX, os medicamentos preparados eram à base de produtos naturais, independentemente de ser extraído de um vegetal, mineral ou animal, e, muitas vezes, de estrutura química e natureza desconhecidas. A morfina é de origem natural, extraída do leite da papoula, e não de origem sintética.
Parte superior do formulário
2. Sobre a história da Farmácia e dos medicamentos, é incorreto afirmar que:
Para que dois medicamentos possam ser considerados intercambiáveis, será suficiente apresentar os estudos de biodisponibilidade de cada um deles.
Um medicamento só é considerado de referência quando for bioequivalente ao medicamento similar, ou seja, os dados dos testes de biodisponibilidade relativa mostraram a bioequivalência entre o medicamento do teste e o medicamento de referência.
Para ser registrado na Anvisa, um medicamento genérico deve demonstrar que é bioequivalente ao medicamento de referência, por meio da realização de teste de biodisponibilidade relativa.
A bioequivalência refere-se à demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos distintos de mesma forma farmacêutica e contendo idêntica composição qualitativa e quantitativa do(s) princípio(s) ativo(s), com biodisponibilidade comparável quando estudados sobre um mesmo modelo experimental.
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.
Como pontuado ao longo da explanação do conteúdo, os medicamentos genéricos e similares, para serem comercializados, precisam apresentar o estudo de biodisponibilidade. O estudo de equivalência tem o intuito de garantir que um medicamento tem a mesma eficácia e segurança de outro medicamento; neste caso, quando comparado ao medicamento de referência.
Destaca-se por ser um registro cronológico das informações diretamente relacionadas ao consumo de medicamentos por um paciente. Essa informação auxilia o profissional de saúde a acompanhar o tratamento do paciente, objetivando ganhos terapêuticos.
Princípios gerais de ação dos fármacos:
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, fármaco é a principal substância encontrada dentro de uma formulação farmacêutica. Ele é responsável pela ação farmacológica, trazendo como resultados ações profiláticas, curativas, paliativas ou para fins de diagnóstico. Os fármacos podem ser classificados de acordo com sua origem: natural, animal, vegetal ou sintética.
Parte superior do formulário
Efeito colateral é um efeito prejudicial ou indesejável que ocorre durante ou após uma intervenção ou o uso de um medicamento, em que há possibilidade razoável de relação causal entre o tratamento e o efeito.
Efeito adverso é um efeito não pretendido (adverso ou benéfico) causado por medicamento utilizado em doses terapêuticas.
O conceito de desintegração é empregado como medida da qualidade da forma de dosagem oral, como comprimidos e cápsulas. É realizado para descobrir o tempo necessário para uma forma de dosagem oral sólida, como um comprimido ou uma cápsula, para desintegrar completamente, ou seja, perder a coesão, a fim de que, finalmente, o princípio ativo seja liberado.
A fase terapêutica é a extensão de tempo em que a concentração do medicamento oferece o desejado efeito: quando reduzida, o efeito está aquém do desejado, e, quando acima, aparecem os efeitos tóxicos.
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "C" está correta.A desintegração é um termo bastante empregado na Farmacotécnica. Consiste na liberação do princípio ativo no meio biológico. Desta forma, consegue-se determinar o tempo de liberação do fármaco no organismo do paciente.
Parte superior do formulário
2. A Farmacologia poderá ser dividida em dois grandes grupos: Farmacocinética e Farmacodinâmica. Sobre esses conceitos, marque a alternativa CORRETA:
A Farmacodinâmica descreve algumas propriedades dos medicamentos, como: efeitos terapêuticos e efeitos colaterais.
A Farmacocinética discute a biodisponibilidade, em que indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem. Ela ditará o efeito adverso da droga.
A Farmacocinética descreve a ciência que estuda e descreve os efeitos dos medicamentos e drogas no organismo, assim como seus mecanismos de ação e a relação entre a dose e os efeitos provocados.
O conceito de Farmacodinâmica consiste no conhecimento dos fármacos, cuja velocidade de absorção e/ou quantidade absorvida podem ser afetadas na presença de alimentos, bem como aqueles que não são afetados.
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "A" está correta.A Farmacocinética e a Farmacodinâmica são conceitos distintos, que estão relacionados à ação dos medicamentos sobre o organismo. A Farmacocinética é o estudo do caminho que o medicamento faz no organismo desde que é ingerido até ser excretado; já a Farmacodinâmica estuda a interação do medicamento com o local de ligação no intuito de se obter o efeito farmacológico e até mesmo efeitos colaterais.
Parte superior do formulário
1. A pesquisa de novos fármacos é de extrema importância na busca de fármacos inovadores que agreguem ganhos terapêuticos aos pacientes. Diante disso, é correto afirmar sobre a ordem cronológica de uma pesquisa clínica:
Pesquisa pré-clínica – Pesquisa clínica – Comercialização e farmacovigilância.
Pesquisas clínicas – Marketing – Pós-comercialização.
Investigação – Pesquisa pré-clínica – Pesquisa clínica – Pós-comercialização.
Descoberta – Pesquisas pré-clínica – Marketing - Pesquisa clínica.
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "A" está correta.As etapas da pesquisa compreendem as fases pré-clínicas e clínicas. Na fase pré-clínica, são realizados testes em células e em animais. Já na clínica, há as fases de I a IV: I a III são as fases de ensaios com pacientes, seguida da aprovação para a comercialização do medicamento. A fase IV está relacionada à avaliação de interações medicamentosas, efeitos adversos adicionais (farmacovigilância).
Parte superior do formulário
2. Sobre os estudosclínicos e suas fases, assinale a alternativa incorreta.
 A fase pré-clínica é composta por testes em laboratório (em situações artificiais e em animais de experimentação).
O objetivo da fase II é avaliar se o medicamento é seguro, sua farmacocinética (como se distribui pelo corpo) e farmacodinâmica (como funciona e como age no organismo). Também busca a melhor forma de utilização (oral, injetada etc.), a dose mais segura (maior dose tolerável), menor dose efetiva, relação dose/efeito, duração dos efeitos e efeitos colaterais.
A taxa de resposta para um estudo da fase II precisa ser igual ou maior que a obtida em um tratamento padrão, a fim de que se passe para um estudo de fase III.
Na fase III, há o estabelecimento do perfil terapêutico, como indicações, dose e via de administração, contraindicações, efeitos colaterais, medidas de precaução e demonstração de vantagem terapêutica (comparação com outros medicamentos). Estes estudos determinam o resultado do risco/benefício a curto e longo prazos e as reações adversas mais frequentes.
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "B" está correta.A resposta é a letra B. Ela está incorreta, pois, como pontuado ao longo da explanação do conteúdo, é a fase I que apresenta como objetivo avaliar a segurança do medicamento, a farmacocinética e farmacodinâmica, e não a fase II.
	VIA
	PADRÃO DE ABSORÇÃO​
	UTILIDADE ESPECIAL​
	LIMITAÇÕES E PRECAUÇÕES​
	Intravenosa​
	A absorção é evitada.
	Valiosa para uso em emergências.
	Aumenta o risco de efeitos adversos.
	Subcutânea​
	Imediata, no caso de soluções aquosas.
	Adequada para algumas suspensões
	Inadequada para grandes volumes.
	Intramuscular​
	Imediata, no caso das soluções aquosas.
	Adequada para volumes moderados.
	Contraindicada durante o tratamento anticoagulante.
	Ingestão oral​
	Variável. Depende de muitos fatores.
	Conveniente e econômica.
	Depende da adesão do paciente.
Parte superior do formulário
1. Observamos que, na farmacocinética, algumas características dos fármacos são muito importantes para definir sua permeabilidade através das barreiras biológicas. Nesse contexto, marque a questão verdadeira:​
As membranas plasmáticas permitem a passagem de fármacos hidrossolúveis por difusão passiva simples, sem auxílio de nenhum componente facilitador. ​
A definição do quão fácil será a movimentação do fármaco entre os compartimentos biológicos dependerá do seu coeficiente de partição lipídeo/água, pois, sendo lipossolúvel, terá melhor difusão por estruturas lipídicas, e, sendo hidrossolúvel, por ambientes aquosos (espaço intersticial). ​
A endocitose de fármacos é possível, entretanto exigirá energia para que seja realizada. ​
Quanto mais lipossolúvel, mais o fármaco se utilizará dos poros aquosos presentes nas membranas e na parede vascular para se movimentar de um ambiente biológico para outro. ​
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "B" está correta.A lipossolubilidade permitirá a difusão dos fármacos por estruturas lipídicas (membrana plasmática fosfolipídica), mas dificultará o acesso a ambientes aquosos (citosol, espaço intersticial). A hidrossolubilidade complica, portanto, a passagem de fármacos pelas membranas fosfolipídicas. Quanto maior a lipossolubilidade, maior o coeficiente de partição, melhor a difusão direta pelas membranas e menor a utilização de poros. Na alternativa C, o erro está em dizer que a endocitose ocorrerá caso haja quebra de ATP. O uso de ATP só é realizado em transporte ativo, que não é o caso da endocitose. ​
Parte superior do formulário
2. A biodisponibilidade de um fármaco é influenciada pelas características do próprio fármaco e pela via de administração escolhida. Assinale a alternativa correta em relação a esse conceito.​
A via oral possuiu adversidades que comprometem a absorção dos fármacos, como a interação com alimentos, reduzindo, dessa forma, a biodisponibilidade. ​
Não é possível atestar sobre a biodisponibilidade de fármacos administrados pela via intravenosa, pois, após a administração, o fármaco se dissolve na circulação, sendo impossível detectá-lo. ​
A via transdérmica não gera absorção dos fármacos; sendo assim, eles não serão biodisponíveis por essa via. ​
Pela via pulmonar, espera-se que fármacos mais lipossolúveis permaneçam no pulmão e fármacos mais hidrossolúveis atinjam a circulação sistêmica com mais facilidade. ​
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "A" está correta.Os alimentos podem interagir com os fármacos formando complexos insolúveise não absorvíveis, reduzindo suas biodisponibilidades. A via intravenosa, ao contrário do que é descrito na alternativa B, é a de maior biodisponibilidade (100%). Pela via transdérmica, apenas fármacos muito lipossolúveis sofrem absorção sistêmica, mas é um evento possível. A alternativa C, portanto, está incorreta. Na alternativa D, o erro está em considerar que a lipossolubilidade manterá os fármacos administrados pela via pulmonar, aprisionados nesse órgão, quando sabemos que é o inverso. ​
Oxidação​Bufuralol (bloqueador dos receptores β-adrenérgicos)​Exacerbação do bloqueio β, náusea​OxidaçãoDebrisoquina (anti-hipertensiva)​Hipotensão ortostática​OxidaçãoEtanolRubor facial, sintomas cardiovasculares​N-Acetilação​Hidralazina (anti-hipertensiva)​Síndrome semelhante ao lúpus eritematoso​N-AcetilaçãoIsoniazida (antituberculosa)​Neuropatia periférica​Oxidação​Mefenitoína (antiepilético)​Toxicidade por superdosagem​Oxidação​EsparteínaSintomas oxitócicosHidrólise de éster​Succinilcolina (bloqueador neuromuscular)​Apneia prolongada​
Parte superior do formulário
1. A distribuição de fármacos é uma etapa que define a entrega do fármaco ao tecido. Marque a opção verdadeira em relação a esse processo farmacocinético.​
A ligação a proteínas plasmáticas favorece a saída do fármaco do vaso sanguíneo, aumentando sua distribuição.​
Alguns tecidos sofrem acúmulo dos fármacos, a exemplo do tecido adiposo com fármacos hidrossolúveis.​
A permeabilidade do capilar que irriga o tecido também define quanto do fármaco será distribuído para ele, uma vez que, no caso da barreira hematoencefálica, por exemplo, a oclusão promovida impede a entrega de alguns fármacos para o SNC.​
O fígado quase não recebe fármacos da circulação sistêmica, pois, além de ter baixo fluxo sanguíneo, os vasos são pouco permeáveis.​
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "C" está correta.Alguns tecidos são irrigados por vasos que permitem maior permeabilidade do conteúdo intravascular; outros, como no caso da barreira hematoencefálica, são oclusivos, tornando difícil a passagem dos fármacos e, portanto, sua chegada ao tecido. A ligação a proteínas plasmáticas aprisiona o fármaco no vaso, diminuindo sua passagem para o tecido. O tecido adiposo funciona como tecido de depósito para fármacos lipossolúveis, em razão da afinidade deles por esse ambiente. Ao contrário do que é descrito na alternativa D, o fígado é bem perfundido de sangue e possui capilares bastante permeáveis.​
Parte superior do formulário
2. Sabe-se que a biotransformação dos fármacos ocorre, em grande parte, no fígado. Em relação às diferentes reações realizadas, assinale a alternativa correta.​
As reações de fase 1 são as de conjugação, substratos endógenos com o ácido glicurônico se unem aos fármacos ou a seus metabólitos de fase 1.​
As reações de fase 2 são as de oxidação, exigem a ação das enzimas da citocromo P450 e são saturáveis.​
As reações de fase 1 incluem as de oxidação, podem utilizar-se das enzimas da citocromo P450 e são passíveis de indução e inibição.​
As reações de fase 2 não são saturáveis, pois os substratos necessários são sempre produzidos pela célula hepática em grandes quantidades.​
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "C" está correta.Nas reações de fase 1, as de oxidação incluem as catalisadas pelas enzimas da família da citocromo P450. Alguns fatores, como alimentos, fatores ambientais e fármacos, podem aumentar ou diminuir a capacidade dessasenzimas. As reações de fase 2 são as de conjugação, que podem utilizar substratos endógenos, como aminoácidos, ácido glicurônico e glutationa. São, portanto, saturáveis, pois dependem da presença desses substratos. ​
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS E IMUNOLÓGICAS
O teste tem como objetivo a verificação do aprendizado. A sugestão é que você responda a primeira vez SEM consultar o material didático para que identifique os pontos que necessitam de reforço. Após estudá-los, refaça o teste e verifique seu progresso. Não há atribuição de nota, sendo esta uma excelente oportunidade para revisão de conteúdo e direcionamento dos seus estudos. Lembre-se que você é protagonista do seu aprendizado. Bons estudos! Prof Angelica
*Obrigatório
O método de coloração de Gram é o mais usado em bacteriologia clínica, podendo ser aplicado para caracterização e rastreamento da maioria das bactérias de importância clínica, exceto as micobactérias. *
1 ponto
Verdadeiro
Falso
Nome completo *
A sua resposta
Matrícula *
A sua resposta
Algumas bactérias podem crescer bem em qualquer meio de cultura, outras requerem meios especiais. O ágar manitol salgado, por exemplo, permite isolar: *
1 ponto
Acinetobacter baumanii
Staphylococcus epidermidis
Staphylococcus aureus
Bacillus subtillis
Fatores como pH do meio, temperatura e disponibilidade de nutrientes afetam diretamente o crescimento bacteriano. Como nossa atmosfera naturalmente contém oxigênio, este não é um fator importante que influencia o crescimento das bactérias. *
1 ponto
Verdadeiro
Falso
Independente da técnica utilizada, o teste de sensibilidade a antimicrobianos tem alta relevância, pois a partir dos resultados o médico poderá prescrever um tratamento mais específico e eficaz ao paciente que apresenta uma infecção bacteriana. *
1 ponto
Verdadeiro
Falso
A cápsula é uma estrutura gelatinosa presente externamente à parede celular de algumas bactérias, geralmente relacionada com a capacidade de causar doença. Para uma melhor visualização da cápsula ao microscópio, utiliza-se o método de coloração conhecido como: *
1 ponto
Gram
Albert-Laybourn
impregnação pela prata
tinta da China
O ágar MacConkey é um meio de cultura destinado ao crescimento de bactérias gram-negativas e é empregado na diferenciação de enterobactérias. *
1 ponto
Verdadeiro
Falso
Os bacilos álcool-ácido-resistentes não são corados pelo método de Gram na rotina microbiológica, pois: *
1 ponto
apresentam parede celular com revestimento externo de ácido micólico, sendo indicado o método de Ziehl-Nielsen
apresentam uma camada muito espessa de peptideoglicano, sendo indicado o método de Teva
apresentam fluorescência natural
apresentam flagelos corados apenas pelo método Fontana-Tribondeau
Os meios de cultura são classificados de acordo com seu estado físico em: *
1 ponto
gelatinoso, sólido e aquoso
sólido, semissólido e líquido
caldo, seletivo e consistente
em tubo, em placa e diferencial
O antibiograma realizado pelo teste de difusão em ágar permite avaliar de forma qualitativa a resistência aos antibióticos em bactérias que frequentemente causam doenças em humanos. *
1 ponto
Verdadeiro
Falso
Sobre as características da célula bacteriana, é correto afirmar: *
1 ponto
O gênero Streptococcus inclui bactérias cuja morfologia lembra um bastão.
Bactérias Gram-negativas apresentam lipopolissacarídeo (LPS) em sua membrana externa.
Quando cultivadas em laboratório, as bactérias apresentam uma curva típica de crescimento com 3 etapas distintas.
Plasmídeos são moléculas de DNA circular presentes em todas as bactérias.
Na sua opinião, qual o nível de dificuldade das perguntas? *
fácil
médio
difícil
Este tipo de teste ajuda a fixar o conteúdo? *
sim
não
Idade (neonatos e idosos possuem menor taxa de filtração glomerular).​
Quadros patológicos (insuficiência renal e hepática – este segundo pelo fato de reduzir a capacidade do fígado de gerar os metabólitos hidrossolúveis, que são mais bem eliminados).​
Ligação a proteínas plasmáticas (quanto maior a ligação, menor será a filtração no glomérulo). ​
Parte superior do formulário
1. A eliminação de fármacos pode ser realizada por vias principais (rim, fígado, pulmão – para fármacos administrados por essa via) ou por vias secundárias (leite materno, suor, lágrimas). Na depuração renal, três processos estão envolvidos. A respeito destes, pode-se dizer que:​
A filtração glomerular é possível para fármacos de grande tamanho que não conseguem ser secretados pelos carreadores tubulares.​
A secreção ativa no túbulo renal é determinada pela lipossolubilidade do fármaco, não importando seu caráter ácido ou básico.​
Sendo lipossolúvel, é garantida a eliminação do fármaco pela via renal, pois a probabilidade de reabsorção tubular é quase nula.​
A filtração glomerular e a secreção tubular garantem a inserção do fármaco no túbulo renal, mas é possível que ele não seja eliminado caso ocorra a reabsorção.​
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.Os três processos (filtração, secreção e reabsorção) definem a depuração renal de fármacos. Apesar de filtrados e secretados, caso tenham lipossolubilidade e estejam na forma não ionizada, os fármacos ou metabólitos podem ser reabsorvidos e retornar à circulação sistêmica. Fármacos de grande tamanho não são filtrados no glomérulo; a secreção ativa no túbulo é independente da lipo ou hidrossolubilidade, depende do caráter ácido ou básico do fármaco, pois é preciso afinidade dos carreadores presentes no túbulo renal.​
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2. Para se obter uma concentração plasmática de teofilina de 10mg/L para tratamento de asma brônquica – considerando CL 2,8L/h/70Kg, um paciente normal sob os demais aspectos –, de quanto deve ser a taxa de infusão desse fármaco? (Holford et al., 1993).​
50mg/h/70Kg.​
28mg/h/70Kg.​
15mg/h/70Kg.​
10mg/h/70Kg.​
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "B" está correta.Pois a taxa de administração= CL x C alvo, logo taxa de infusão= 2,8mg/h/70Kg x 10mg/L = 28mg/h/70Kg. ​
3aula 
Exercem uma ação similar à exercida pelo ligante endógeno no receptor. Ligando-se na mesma região que os ligantes endógenos são descritos como agonistas primários; caso a ligação seja em outra região do receptor, diferente da região de ligação do ligante endógeno, são definidos como agonistas alostéricos.
Alguns agonistas têm capacidade parcial na ativação dos receptores e são definidos como agonistas parciais; outros são plenos em relação à sua atividade agonista, sendo os agonistas totais ou plenos. Muitos receptores possuem atividade constitutiva na ausência doa ligantes reguladores. Alguns fármacos estabilizam o receptor na forma inativa e são denominados agonistas inversos.
Bloqueiam ou inibem a ação de receptores fisiológicos.
Normalmente, a ação antagonista deriva de uma competição entre o fármaco antagonista e o agonista endógeno pelo mesmo sítio no receptor (antagonismo competitivo). Outras vezes, por ligação em um sítio diferente, em que a ligação do antagonista gera uma modificação no receptor que diminui a ligação do agonista (antagonismo alostérico). Pode-se, portanto, resumir o conceito de agonista e antagonista como:
• Drogas agonistas – ligam-se de algum modo ao receptor e o ativam, produzindo o efeito, que pode ser total (agonista pleno) ou parcial (agonista parcial).
• Drogas antagonistas – ligam-se ao receptor e impedem a ligação de outras moléculas, em geral, do agonista endógeno.
Há casos em que a ligação é realizada de forma covalente, e o efeito pode persistir, sendo interrompido apenas quando o complexo droga-receptor é destruído e um novo receptor é sintetizado pela célula. Essa ligação é denominada irreversível.
Exemplo
A miastenia gravis é um exemplo de doença que resulta da depleção autoimune dos receptores colinérgicos nicotínicos, e algumas formas de diabetes mellitus, que resultam da depleção de receptores insulínicos.
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1. Analise os gráficos a seguir e assinale a alternativa correta.
A Droga X é mais potente que a DrogaY, e tão eficaz quanto ela.
A droga X é tão potente quanto a droga Y, entretanto, menos eficaz.
A droga X é menos potente que a droga Y, porém, mais eficaz.
A droga X é menos potente que a droga Y e tão eficaz quanto ela.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.O EC50 é menor, configurando maior potência. A resposta máxima, no entanto, é a mesma para as duas drogas. Logo, ambas têm a mesma eficácia.
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2. O propranolol é um fármaco da classe dos betabloqueadores utilizado como anti-hipertensivo que tem como mecanismo de ação a inibição da ativação dos receptores beta-adrenérgicos cardíacos, evitando que os agonistas endógenos se liguem no mesmo sítio. De acordo com essa descrição, pode-se dizer que o propranolol:
É um antagonista alostérico, pois, ao se ligar no seu sítio, ele compete com o ligante endógeno, evitando que este o faça.
É um agonista total, pois, ao se ligar no receptor, ativa-o e evita que o agonista o faça.
É um antagonista competitivo, pois, ao se ligar no sítio receptor, evita a ligação do agonista por competição.
É um agonista inverso, pois se liga no receptor e o bloqueia, assim, o agonista não consegue se ligar.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "C" está correta.O propanol, como descrito, se liga no mesmo sítio receptor do agonista endógeno, inibindo a ativação deste.
As famílias de receptores são caracterizadas por componentes presentes na superfície celular, no interior da célula, enzimas, moléculas transportadoras e outros componentes que geram, amplificam ou interrompem a sinalização pós-receptor.
1
O fármaco lipossolúvel atravessa a membrana plasmática e age sobre um receptor intracelular.
2
Ele se liga ao domínio extracelular do receptor transmembrana acionando uma atividade enzimática.
3
Ele se liga ao domínio extracelular do receptor transmembrana ligado a uma proteína tirosina-cinase.
4
Ele se liga a um canal iônico, regulando-o.
5
Ele se liga ao receptor transmembrana acoplado a uma proteína G. (A, C, substratos; B, D, produtos; R, receptor; G, proteína G; E, efetor [enzima ou canal iônico]; Y, tirosina; P, fosfato.).
Há ainda fármacos que inibem esses receptores ou diminuem a sinalização intracelular. Os inibidores de receptores tirosinas-cinase podem ser utilizados em distúrbios neoplásicos, nos quais a sinalização excessiva de fator do crescimento com frequência está envolvida (por exemplo, trastuzumabe e cetuximabe).
Os canais iônicos atuam nas células como portões que, de modo seletivo, permitem a passagem de determinados íons. Existem os canais controlados por ligantes, que se abrem quando agonistas se ligam e, por isso, são propriamente classificados como receptores; e os canais controlados por voltagem, que são regulados, não por ligação de um agonista, mas por alterações no potencial transmembrana.
Alguns fármacos podem agir modulando as ações dos canais iônicos responsáveis por regular o fluxo de íons para dentro ou fora da célula. Na realidade, esses fármacos ativam ou bloqueiam esses canais, que fisiologicamente são modulados por transmissores sinápticos, como os ligantes endógenos acetilcolina (figura 10A), serotonina, GABA (figura 10B) e glutamato.
Os receptores em questão enviam seu sinal através da membrana plasmática, cada receptor, quando ativado, aumenta a condutância de um íon específico pelo canal iônico, alterando assim o potencial elétrico por meio da membrana.
Exemplo
Fármacos que atuam por esse mecanismo são os benzodiazepínicos sedativos que se ligam a uma região do complexo receptor-cloreto GABA A (um canal ativado por ligante) que é diferente do local de ligação de GABA, facilitando a abertura do canal por meio do neurotransmissor inibitório GABA (veja a seguir em B).
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1. Considerando a importância da sinalização envolvida na ativação dos diferentes receptores, assinale a alternativa INCORRETA:
Um receptor acoplado à proteína Gq estimula a fosfolipase C, que promove a produção de alguns mensageiros intracelulares, como o IP3 e o DAG.
A ativação dos receptores acoplados à proteína Gs aumenta a atividade adenilato ciclase e, dessa forma, a concentração de AMPc.
Receptores acoplados à proteína Gi aumentam a atividade da guanilil ciclase e, dessa forma, a concentração de GMPc.
Receptores em canais iônicos, quando sob efeito de seus ligantes, modulam a abertura de canais permeáveis a íons, a exemplo do Na+.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "C" está correta.Os receptores acoplados à proteína Gi reduzem a atividade adenilato ciclase e, dessa forma, a concentração de AMPc.
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2. Dois fármacos, A e B, possuem ED50 e LD50, respectivamente. A = 5mg e 50 mg; B = 10mg e 200mg. O fármaco mais seguro e seu índice terapêutico (IT) estão contidos na alternativa:
A, IT = 10.
B, IT = 20.
B, IT = 20.
B, IT = 10.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "C" está correta.O fármaco B tem um índice terapêutico de 20, o que significa que a dose letal é 20 vezes maior que a eficaz. Já para o fármaco A, esse valor é de 10. Portanto, B é mais seguro.
FárCONSIDERAÇÕES FINAIS
A Farmacodinâmica é o ramo da Farmacologia que se dedica a estudar a forma como os agentes exógenos modificam os processos celulares e teciduais a fim de alcançar a resposta. Muitos são os fatores envolvidos, como alterações na estrutura e na atividade de proteínas transmembranares e intracelulares, indução ou inibição de expressão gênica e modulação de componentes biológicos.
De modo geral, é possível simplificar esses processos complexos admitindo a análise de cinco grandes famílias de receptores farmacológicos, entendendo as vias de sinalização envolvidas e assim estar a par do mecanismo de ação pelo qual a maior parte dos fármacos atuam.
Algumas características individuais, entretanto, induzem respostas farmacológicas diferentes daquelas esperadas e observadas para a maioria dos indivíduos. Considerando isso, é preciso unir o entendimento global a respeito dos aspectos farmacodinâmicos às especificidades individuais, prevendo e trabalhando na prevenção de riscos.
macos que atuam por esse mecanismo são os benzodiazepínicos sEm torno do século XVIII, o sistema nervoso estava completamente dissecado. Reconheceu-se a existência de uma região mais central, constituída de encéfalo e medula espinhal, bem como de uma região periférica constituída por nervos que estava intimamente ligada às regiões centrais, o sistema nervoso periférico.
Foi também nesse período que os cientistas demonstraram que os músculos poderiam ser movimentados após a estimulação dos nervos através de correntes elétricas e que o próprio encéfalo também produzia sinais elétricos enviados para a periferia. Essas descobertas esclareceram que os nervos eram como fios que conduzem sinais elétricos para o encéfalo, e vice-versa.
Axônios aferentes (do latim “que leva”)
Os axônios do SNA ou SNMS que levam as informações para o SNC são classificados como aferentes.
Axônios eferentes (do latim “que traz”)
Os axônios que trazem a informação do SNC para músculos e glândulas são denominados eferentes.
As proteínas carreadoras ligam solutos (íons) específicos e os transferem através da bicamada lipídica, alterando sua conformação e promovendo a permeabilidade aos íons através da membrana. Algumas proteínas carreadoras transportam um único soluto a favor do seu gradiente eletroquímico, enquanto outras atuam como bombas, carreando os íons contra o gradiente eletroquímico e utilizando energia pela hidrólise de ATP na promoção do transporte, como, por exemplo, a bomba de sódio/potássio ou Na+/K+ ATPase.
A maioria das proteínas de canal na membrana plasmática de células animais e vegetais, que conectam o citosol ao exterior celular, possui poros estreitos fortemente seletivos que podem abrir e fechar. Uma vez que essas proteínas estão envolvidas de modo específicos com transporte de íons orgânicos, são chamadas de canais iônicos. Para a eficiênciadesse transporte, esses canais possuem uma vantagem sobre as proteínas carreadoras, pois a permeabilidade de íons através dos canais é muito superior em relação aos carreadores, alterando rapidamente o potencial de membrana celular.
Sistema nervoso autônomo
O SNA é composto por uma grande rede de conexão neuronal distribuída ao longo de nosso organismo. Também é conhecido como sistema nervoso involuntário, visceral ou vegetativo, uma vez que as funções viscerais são normalmente executadas de forma automática, sem controle voluntário.
Divisão simpática
Mobiliza frequentemente o organismo em situações de emergência a curto prazo, mesmo que essas alterações possam acarretar problemas a longo prazo.
Divisão parassimpática
Age de forma oposta ao mediado pela simpática. O SNA parassimpático aumenta respostas digestórias, crescimento, resposta imunitária e estocagem de energia (reestabelecendo as alterações mediadas pelo estresse causado pelo convite do professor). Essa divisão trabalha calmamente, promovendo o bem-estar fisiológico a longo prazo.
O SNA simpático e parassimpático inervam basicamente três tipos de tecidos corpóreos: músculo liso, músculo estriado cardíaco e glândulas. O balanço entre as divisões simpáticas e parassimpáticas controla função de diversos órgãos, como demonstrado na imagem.
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1. Enquanto você checava as redes sociais no meio da aula, foi surpreendido pelo convite do professor, chamando-o para ir até a frente da turma e explicar o que ele acabara de falar. Isso lhe causou algumas reações, como: aumento da frequência cardíaca, aumento da frequência respiratória e aumento do retorno venoso. Essas alterações fisiológicas são estimuladas pelo(s):
Sistema nervoso parassimpático.
Sistema límbico.
Sistema nervoso simpático.
Reflexos medulares.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "C" está correta.O aumento das frequências cardíaca e respiratória, bem como o aumento do retorno venoso, são característicos de situações de luta-ou-fuga, associadas à liberação de catecolaminas pelo sistema nervoso simpático.
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2. Os potenciais de ação enviados pelos axônios dos neurônios provenientes da divisão (SN) do sistema nervoso autônomo reduzem a frequência dos batimentos cardíacos através da liberação de um neurotransmissor (NT) nas junções neuromusculares.
Assinale a alternativa que represente os itens SN e NT que correspondem aos segmentos informados no texto acima:
D1= simpático, M= acetilcolina.
D1=parassimpático, M= noradrenalina.
D1= simpático, M= colinesterase.
D1= parassimpático, M= acetilcolina.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.Redução na frequência dos batimentos cardíacos são dependentes de sinais colinérgicos enviados pelo nervo vago para o coração. Desta forma, as vias parassimpáticas estão envolvidas nesses efeitos através da liberação de acetilcolina dos neurônios pré-sinápticos para as células musculares cardíacas.
edativos queDe várias centenas de derivados sintéticos de colina investigados, apenas a metacolina, carbacol e betanecol tiveram aplicações clínicas. Metacolina é um éster de colina sintético que difere de Ach principalmente em sua maior duração e seletividade de ação. Sua seletividade se reflete em predominância de respostas muscarínicas, com maior manifestação no sistema cardiovascular, sobre pequenas ações nicotínicas.
Carbacol e seu análogo betanecol são quase completamente resistentes à hidrólise por colinesterases. Suas meia-vidas são suficientemente longas para que se sejam distribuídas para áreas de baixo fluxo sanguíneo. O carbacol tem atividade nicotínica particularmente em gânglios autônomos. Betanecol tem principalmente ações muscarínicas, com efeitos proeminentes sobre a motilidade do TGI e bexiga urinária. S
A atropina pode inibir a broncoconstrição causada pela histamina, bradicinina e os eicosanoides, o que presumivelmente reflete na atividade parassimpático reflexo (vagal) na broncoconstrição provocada por esses agentes. A capacidade de bloquear os efeitos broncoconstritivos indiretos desses mediadores forma a base para o uso de antagonistas de receptores muscarínicos, juntamente aos agonistas do receptor β adrenérgico no tratamento da asma. Os antagonistas muscarínicos também têm um papel importante no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Antagonistas do receptor muscarínico bloqueiam as respostas colinérgicas do músculo esfíncter pupilar da íris e da curvatura da lente controladora do músculo ciliar (bloco de reflexo de acomodação com foco resultante à visão próxima). Assim, dilatam a pupila (midríase) e paralisam a acomodação visual (cicloplegia). A ampla dilatação pupilar resulta em fotofobia; a lente é fixa para visão distante, objetos próximos são borrados, e objetos podem parecer menores do que são. A constrição normal do reflexo pupilar à luz ou à convergência dos olhos é abolida. Esses efeitos podem ocorrer após a administração local ou sistêmica dos alcaloides.
A atropina tem efeitos mínimos no SNC em doses terapêuticas, embora possa ocorrer leve estimulação dos centros medulares parassimpáticos. Com doses tóxicas de atropina, a excitação central se torna mais proeminente, levando à inquietação, irritabilidade, desorientação, às alucinações ou ao delírio. Com doses ainda maiores, a estimulação é seguida pela depressão, levando ao colapso circulatório e à insuficiência respiratória após um período de paralisia e coma.
Ao contrário da atropina, a escopolamina tem efeitos centrais proeminentes em baixas doses terapêuticas. Especificamente, a escopolamina em doses terapêuticas normalmente causa depressão do SNC, manifestada como sonolência, amnésia, fadiga e sono sem sonhos, com uma redução no sono de movimento rápido dos olhos (REM).
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1. Quais os fármacos, e correspondentes mecanismos de ação, utilizados em casos de intoxicação por organofosforados.
Atropina, antagonista de receptores muscarínicos e ipratrópio, fármaco anticolinérgico.
Pralidoxima, fármaco que promove a quebra da ligação entre o organofosforado e a acetilcolinesterase, e neostigmina, fármaco anticolinesterásico.
Atropina, antagonista dos receptores muscarínicos, e neostigmina, fármaco anticolinesterásico.
Pralidoxima, fármaco que promove a quebra da ligação entre o organofosforado e a acetilcolinesterase, e atropina, antagonista de receptores muscarínicos.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.Na intoxicação por organofosforados, objetivamos reduzir os efeitos da Ach sobre os receptores muscarínicos através do uso da atropina e aumentar os níveis de AChE pela utilização da pralidoxima.
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2. Sobre os agentes de bloqueio neuromuscular, assinale a alternativa correta.
Exerce efeito sobre o nível de consciência; o paciente perde a sensibilidade de dor e torna-se incapaz de comunicar-se com o anestesista.
Exerce bloqueio competitivo dos receptores colinérgicos no SNC.
Coadjuvante da anestesia no relaxamento do musculoesquelético.
Não há necessidade de assistência respiratória em pacientes sob efeito da tubocurarina.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "C" está correta.Os bloqueadores neuromusculares são fármacos utilizados na indução do relaxamento muscular em procedimentos cirúrgicos, sem mediar a perda de consciência.
e ligam a uma região do complexo receptor-cloreto GABA A (um canAdrenalina
A ação vascular principal da adrenalina é exercida sobre as artérias menores e esfíncteres capilares, embora veias e grandes artérias também respondam à droga. A adrenalina injetada diminui significativamente o fluxo sanguíneo cutâneo, a constrição de vasos pré-capilares e as vênulas pequenas. Adrenalina é um poderoso estimulante cardíaco; atua diretamente nos receptores β1 predominantes do miocárdio e das células do marca-passo e dos tecidos condutores.
O interesse recente se concentrou no papel dos receptores β1 e β2 nocoração humano, especialmente na insuficiência cardíaca. A frequência cardíaca aumenta, e o ritmo muitas vezes é alterado.
Noradrenalina
A noradrenalina é um grande mediador químico liberado por neurônios pós-sinápticos. Difere apenas da adrenalina pela ausência da substituição de metila no grupo amino. A noradrenalina constitui 10-20% do teor de catecolaminas da adrenal humana e até 97% em alguns feocromocitomas (tumores de adrenal).
Dopamina
A dopamina é o precursor metabólico imediato da noradrenalina e da adrenalina; é um neurotransmissor central particularmente importante na regulação do movimento e possui importantes propriedades farmacológicas intrínsecas. Na periferia, é sintetizada em células epiteliais do túbulo proximal, onde exerce efeitos diuréticos e natriuréticos locais. A dopamina é um dos substratos da MAO e COMT e, portanto, é ineficiente quando administrada oralmente.
al Usos terapêuticos
A dobutamina é indicada para o tratamento a curto prazo da descompensação cardíaca, que pode ocorrer após cirurgia cardíaca ou em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva ou infarto agudo do miocárdio. A dobutamina aumenta a produção cardíaca e o volume de ejeção em tais pacientes, geralmente sem aumento acentuado na frequência cardíaca. Alterações na pressão arterial ou resistência periférica usualmente são menores, embora alguns pacientes possam ter acentuado aumento na pressão arterial ou na frequência cardíaca.
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1. A redução da pressão arterial pode ser alcançada com a utilização de fármacos que diminuem a resistência vascular periférica através de mecanismos distintos e envolvendo o sistema nervoso autonômico.
Exemplos desses fármacos são o propranolol, prazosina e clonidina, que apresentam os seguintes mecanismos de ação, respectivamente:
Liberação de óxido nítrico, abertura de canais de potássio e bloqueio de canais de cálcio.
Bloqueio dos receptores beta-adrenérgicos, bloqueio dos receptores alfa-adrenérgicos e agonismo dos receptores alfa2-adrenérgicos.
Bloqueio dos receptores alfa-adrenérgicos, bloqueio dos receptores beta-adrenérgicos e bloqueio de canais de cálcio.
Bloqueio de canais de cálcio, bloqueio dos receptores alfa-adrenérgicos e antagonismo dos receptores alfa2-adrenérgicos.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "B" está correta.O conhecimento das ações farmacodinâmicas das drogas adrenérgicas traz informações importantes para entendermos a forma que cada fármaco age. O propranolol é uma droga com ação antagonista não seletiva dos receptores beta, enquanto a prazosina age como uma antagonista dos receptores alfa, e, finalmente, a clonidina é um fármaco agonista alfa-2 adrenérgico.
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2. A adrenalina contida num tubo de solução anestésica a 1:100.000 (18μg/tubo), quando injetada localmente, na mucosa bucal e fora dos vasos sanguíneos, causará:
Constrição dos vasos da mucosa oral localmente.
Cronotropismo negativo e taquicardia.
Dilatação nos vasos da musculatura estriada esquelética.
Taquicardia e diminuição da força de contração cardíaca.
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Parabéns! A alternativa "A" está correta.A adrenalina age nos receptores alfa dos vasos sanguíneos e promove a vasoconstrição. Quando administrada localmente em associação com anestésicos locais, aumenta o tempo de ação dos anestésicos pela redução da absorção local dos mesmos.
5 aula
A progressão da doença miocárdica leva ao seguinte paradoxo: os mesmos mediadores neuro-humorais que, inicialmente, mantém o paciente compensado (sistema renina-angiotensina-aldosterona; sistema adrenérgico) passam a exercer um efeito deletério na função miocárdica. Este é o fenômeno do remodelamento cardíaco.
ativado pVenodilatadores
Os representantes desses fármacos são a nitroglicerina, mononitrato de isossorbida ou dinitrato de isossorbida.
O emprego de nitratos fundamenta-se em seu mecanismo de ação de doadores de óxido nítrico e relaxamento do músculo liso vascular. O seu efeito venodilatador, diminuindo o retorno venoso ao coração e o volume diastólico final do ventrículo esquerdo reduz o consumo de oxigênio pelo miocárdio. Adicionalmente, observam-se efeitos de vasodilatação de artérias coronárias, normais ou ateroscleróticas, aumento da circulação colateral coronariana e inibição da agregação plaquetária.
Podem ser usados por via oral, sublingual, intravenosa e transdérmica. As vias sublingual e intravenosa são as mais utilizadas para o tratamento dos casos agudos pela facilidade de seu ajuste.
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1. Um fármaco, frequentemente, é utilizado em pacientes que têm insuficiência cardíaca congestiva, por aumentar a força de contração cardíaca. Assinale a alternativa correta que informe qual pode ser esse fármaco e seu mecanismo de ação correto:
Propranolol, por ser agonista beta não seletivo.
Dobutamina, por ser agonista beta-1 seletivo.
Prazosina, por ser agonista beta-2 seletivo.
Carvedilol, por ser agonista beta-1 seletivo.
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Parabéns! A alternativa "B" está correta.A dobutamina é a droga com efeito inotrópico positivo, ou seja, aumenta a força de contração cardíaca por ativar os receptores beta-adrenérgicos. A opção digoxina poderia ser uma escolha, no entanto o mecanismo de ação proposto está errado, pois os digitálicos inibem a Na+- K+ ATPase.
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2. Em relação ao tratamento da insuficiência cardíaca congestiva ICC, considerando a melhora dos sintomas da IC, é correto afirmar que:
Os betabloqueadores devem ser iniciados em altas doses, regressivas e escalonadas.
A digoxina é a primeira escolha para o início do tratamento da ICC.
A furosemida reduz a pré-carga e os sintomas congestivos, edema de membros inferiores.
A dopamina é um inibidor da fosfodiesterase e é um inodilatador.
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Parabéns! A alternativa "C" está correta.A furosemida é um diurético de alça que tem como principal efeito a redução da volemia e, portanto, redução do retorno venoso e da pré-carga, melhorando os sintomas congestivos e edema de membros inferiores.
Os tiazídicos como a hidroclorotiazida, clorotiazida, clortalidona e indapamina são os diuréticos mais indicados para o tratamento crônico da hipertensão arterial, pois reduzem a cota certa de volemia para um adequado controle pressórico. É considerado o anti-hipertensivo de escolha em praticamente todos os tipos de hipertenso, tanto para monoterapia quanto para os estágios iniciais, e como terapia combinada em fases mais avançadas de hipertensão.
São agentes especialmente úteis no tratamento da hipertensão crônica, apresentam alta disponibilidade oral e ação de longa duração. Esses fármacos diminuem o volume intravascular, que tem por efeito reduzir a pressão arterial ao reduzir o DC, entretanto, sabe-se que a diminuição do DC estimula o sistema renina-angiotensina, levando à retenção de volume.
Os principais efeitos adversos dos diuréticos tiazídicos são doses dependentes, ocorrendo de forma mais comum com doses elevadas. São categorizados nos “famosos 4 HIPO e 3 HIPER” como na tabela 4. De todos esses efeitos, a hipocalemia é o mais comum, ocorrendo em 5 a 10% dos casos, especialmente, com a clortalidona. A hipocalemia pode desencadear taquicardia atriais ou ventriculares e a hipomagnesemia pode contribuir para este evento. Apesar dos possíveis efeitos metabólicos deletérios, os tiazídicos são drogas bastante seguras em diabéticos e dislipidêmicos. As contraindicações dos tiazídicos são em pacientes com hiperuricemia com histórico de gota, com nefrolitíase por hipercalciúria idiopática (esse efeito pode beneficiar pacientes com osteoporose, reduzindo a chance de fraturas). Os diuréticos de alça, como a furosemida, bumetanina, não são indicados para tratamento de hipertensão arterial crônica, exceto em três situações: na crise hipertensiva, por agirem mais rápido, já que são muito potentes e têm meia vida curta; na insuficiência cardíaca descompensada (como vimos no módulo anterior);na insuficiência renal com creatinina maior que 2,5 mL/dL, quando os tiazídicos não têm efeito. Os efeitos adversos desses diuréticos são semelhantes aos citados pelos tiazídicos, exceto o efeito sobre o cálcio, além de aumentar os riscos de trombose, já que a furosemida causa depleção grave de fluidos, conforme citado no módulo anterior (Figura 7). Os diuréticos poupadores de potássio, como a espironolactona e a amilorida, são fármacos que, no tratamento da hipertensão, têm como principal função a prevenção ou reversão da hipocalemia e a hipomagnesemia. Normalmente, são combinados com tiazídicos, principalmente, com a hidroclorotiazida. A espironolactona em altas doses é a droga de escolha no hiperaldosteronismo primário, conforme citado no módulo anterior Esses fármacos podem apresentar seletividade pelos receptores beta-adrenérgicos: a seletividade pelos receptores β1 cardíacos garantem o efeito anti-hipertensivo, enquanto os não seletivos agem nos receptores β2 dos brônquios, vasos periféricos e hepatócitos, podendo causar, respectivamente, os seguintes efeitos adversos: broncoespasmo, claudicação intermitente e tendência à hipoglicemia. Em doses altas, os betabloqueadores seletivos perdem a seletividade. O principal efeito adverso dos betabloqueadores é o broncoespasmo, mas a bradicardia, bloqueio atrioventricular, redução da capacidade física e impotência também devem ser considerados. As contraindicações clássicas são para pacientes com claudicação intermitente, insuficiência cardíaca sistólica descompensada, glaucoma e resistência à insulina.
Um cuidado que se deve alertar ao paciente após longo período de tratamento com betabloqueadores é de não interromper o tratamento de forma abrupta, pois pode ocorrer aumento rebote da pressão arterial, pelo fenômeno de suprarregulação dos receptores.
Os simpaticolíticos de ação central como a α-metildopa, clonidina e guanabenzo reduzem a pressão arterial por ativarem os receptores α2 -adrenérgicos centrais e imidazolínicos (rilmenidina e moxonidina) centrais, reduzindo a atividade simpática eferente do SNC, tendo como consequência a redução da RVS e do DC.
A vasopressina (arginina, vasopressina) é o hormônio antidiurético (ADH) liberado pela neuro-hipófise em resposta à tonicidade crescente do plasma ou a queda de pressão arterial. Esse hormônio tem importante função sobre controle a longo prazo da pressão arterial, já que é responsável pela reabsorção de água nos rins, além de ter efeito vasoconstritor. Patologias como a insuficiência cardíaca aguda e hiponatremia, frequentemente, estão associadas a concentrações elevadas de vasopressina. Por outro lado, a deficiência desse hormônio causa o diabetes insípido.
Agonistas dos receptores da vasopressina, como a desmopressina, são seletivos para os receptores V2, são indicados para o tratamento do diabetes insipido hipofisário, enurese noturna primária pediátrica, hemofilia A e doença de Willebrand. São administradas por via oral, intravenosa, subcutânea ou intranasal.
Efeitos adversos: distúrbios gastrintestinais, cefaleia, hiponatremia e reações alérgicas.
Atenção
A importância da vitamina K e do Cálcio
É importante ressaltar que a cascata de coagulação necessita de vitamina K, que é fundamental para a formação e ativação dos fatores de coagulação dependentes dessa. Como são o fator IX, fator VII, fator X e fator II, os quais estão nas três vias da coagulação. O cálcio é fundamental para a formação de todos os complexos.
Podemos ressaltar alguns pontos importantes:
i) Na cascata de coagulação, todos os fatores são produzidos de forma inativa e ativados de acordo com a necessidade de formação de coágulos. Ou seja, não há necessidade de haver esses eventos indiscriminadamente, pois haveria coagulação intravascular disseminada.
ii) Os complexos de ativação formados precisam se ancorar na membrana celular, e essa ligação se dá por meio da ligação com a fosfatidilserina, considerado um fator pro-coagulante na cascata de coagulação.
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1. Os fármacos que atuam nos eventos da coagulação sanguínea possuem mecanismos de ação muito diferentes, mas todos modificam o equilíbrio entre as reações pró-coagulantes e anticoagulantes. Marque a alternativa ERRADA:
O Ácido Acetilsalicílico (AAS), a Ticlopidina e o Clopidogrel são agentes antiplaquetários.
O dipiridamol, inibidor de fosfodiesterase atua como antiagregante plaquetário, impedindo que o cAMP seja degradado.
A ticlopidina interfere nos efeitos do fator de Von Willebrand ao receptor GP Ib, levando a um efeito fibrinolítico.
A varfarina, antagonista da vitamina K, age bloqueando os receptores, não permitindo o processo de carboxilação dos fatores de coagulação.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "C" está correta.A ticlopidina inibe de forma irreversível da ligação do receptor do ADP, impedindo uma das vias responsáveis pela ativação plaquetária; a inibição do fibrinogênio ao complexo GP IIb/IIIa. Não é fibrinolítico, é um antiplaquetário.
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2.Uma paciente, com 28 anos de idade, tabagista, que apresentou quadro de trombose venosa profunda após três meses de uso de anticoncepcional oral, atualmente, está́ em tratamento com varfarina sódica. O mecanismo de ação deste fármaco consiste:
Na inibição a síntese de fatores de coagulação dependentes da vitamina K, incluindo os fatores II, VII, IX e X.
Na ativação do sistema fibrinolítico endógeno é iniciada pela formação de um complexo estreptoquinase-plasminogênio.
Na inibição, de forma seletiva, a ligação da adenosina difosfato (ADP) ao seu receptor plaquetário P2Y12 e, subsequente, ativação do complexo glicoproteíco GPIIb/IIIa mediado por ADP.
No bloqueio da síntese do tromboxano A2, a partir da inibição irreversível da cicloxiogenase (COX-1).
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Comentário
Parabéns! A alternativa "A" está correta.A varfarina é um anticoagulante oral. É um composto derivado da 4-hidroxicumarina que tem como mecanismos de ação o antagonismo da vitamina K. Esta vitamina é de extrema importância para a formação de fatores de coagulação sanguínea, como o fator II, VII, IX e X, além de cofatores como a proteína C e S.
INFLAMAÇÃO
A inflamação é uma importante reação relacionada a inúmeras alterações no metabolismo osteoarticular. Entretanto, antes de estudarmos o mecanismo de ação dos principais fármacos anti-inflamatórios, precisamos compreender como ocorre essa resposta inflamatória.
Você já ouviu falar dos cinco sinais cardinais da inflamação?
Esses sinais são resultantes da resposta inflamatória, que se inicia após o estímulo lesivo celular. Para entendermos este processo, abordaremos agora as alterações celulares e moleculares que ocorrem durante a inflamação.
Inicialmente, os vasos lesionados promovem a liberação de diversas substâncias e proteínas plasmáticas, que induzem um aumento da vasodilatação e da permeabilidade vascular. Logo, este maior fluxo sanguíneo resulta em aumento da temperatura (calor) e vermelhidão local (rubor), além de permitir o extravasamento de líquido dos vasos sanguíneos para o tecido lesionado, resultando em um intumescimento (edema).
A imagem a seguir apresenta os cinco sinais cardinais da inflamação:
EFEITOS ADVERSOS​
Os efeitos colaterais mais comuns da indometacina também estão relacionados ao TGI, como pancreatite, dor epigástrica, anorexia, dispepsia, náusea, úlcera péptica, sangramento gastrointestinal, e estão relacionados aos pacientes que utilizam este fármaco (de 35 a 50%). Outros efeitos colaterais são decorrentes ao efeito do fármaco no SNC, como cefaleia, tonturas, confusão mental. Por isso, não são indicados para idosos, pacientes com epilepsia, transtornos psiquiátricos ou doença de Parkinson. Outros efeitos colaterais mais raros também podem ocorrer, como a neutropenia, trombocitopenia, anemia aplástica, erupções cutâneas, prurido, urticária e crises agudas de asma. Devem ser utilizados somente depois que outros anti-inflamatórios menos tóxicos forem ineficazes.
Não possui efeitosadversos intensos em doses terapêuticas. Entretanto, a sua metabolização em altas doses está relacionada com a geração de um metabólito tóxico (NAPQI), que necessariamente deve ser conjugado e excretado no rim. Caso contrário, pode culminar em quadros de hepatotoxicidade e necrose hepática. É contraindicado em pacientes com insuficiência hepática e renal. O paracetamol é um dos principais causadores de intoxicação medicamentosa, principalmente em crianças. Entretanto, em casos de intoxicação, podemos utilizar a N-Acetilcisteína e a vitamina K para diminuir a absorção e reverter o risco de sangramento destes pacientes.
Dipirona
Derivada dos pirazolônicos, possui efeito analgésico e antipirético, mas sem efeito anti-inflamatório nas doses usuais pela mesma diferença de afinidade pela COX descrita para o paracetamol. Possuem inúmeras formas de administração, dentre elas, comprimido, supositório e injetável. É metabolizada no fígado e excretada no rim. Dentre as inúmeras indicações, é recomendada para o tratamento da febre, enxaqueca e dismenorreia.
EFEITOS ADVERSOS​
Os principais efeitos adversos também são relacionados ao TGI, mas apresentam uma reação adversa muito rara, porém muito grave, que promove a depressão da medula óssea, acompanhada de agranulocitose, púrpura, trombocitopenia, anemia aplástica; por isso, a sua utilização é abolida em diversos países. Assim, não são indicadas aos indivíduos com alterações no TGI e com discrasias sanguíneas.
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1. Em relação às propriedades farmacológicas e aos principais efeitos adversos dos anti-inflamatórios inibidores seletivos da COX-2, denominados coxibes, assinale a alternativa correta:
Os coxibes são anti-inflamatórios muito seguros, pois não atuam na COX-1, não provocam lesão na mucosa gástrica nem apresentam risco cardiovascular e vêm substituindo os AINEs tradicionais.
O uso deste medicamento está associado à redução da incidência de infarto agudo do miocárdio e do acidente vascular encefálico.
Estes fármacos foram desenvolvidos na tentativa de inibir a síntese das prostaglandinas pela COX-2 induzida em locais de inflamação, sem afetar a ação da COX-1 de “manutenção”, reduzindo a incidência dos distúrbios gastrointestinais.
A enzima COX-2 está relacionada à produção de prostaglandinas associadas à inflamação. Fármacos como os coxibes inibem a COX-2 seletivamente e, portanto, apresentam redução no efeito anti-inflamatório.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "C" está correta.Os coxibes inibem a síntese das prostaglandinas pela COX-2 de forma seletiva, produzindo potente efeito anti-inflamatório. Entretanto, embora haja a redução dos casos de sangramentos gástricos e o papel da COX-1 seja mantido, foi observado o aumento de eventos cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular encefálico devido à redução das prostaglandinas cardioprotetoras derivadas da COX-2.
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2. Paciente sexo feminino, 42 anos, relata dor e edema em suas articulações há quatro meses. Após todos os exames clínicos, recebe de seu médico um diagnóstico conclusivo de artrite reumatoide. O especialista prescreverá um fármaco anti-inflamatório. Dentre os medicamentos a seguir, assinale a alternativa que não compreende uma opção terapêutica para a paciente.
Ácido acetilsalicílico (AAS).
Diclofenaco.
Celecoxibe.
Piroxicam.
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Parabéns! A alternativa "A" está correta.Embora o AAS apresente inibição da isoformas da COX-2, promovendo ação anti-inflamatória, a dose necessária para induzi-lo é alta. Devido aos diversos efeitos colaterais gerados por altas doses, geralmente ele não é utilizado para este fim. Os fármacos diclofenaco, celecoxibe e piroxicam possuem indicação clínica para a artrite reumatoide, por apresentarem potentes efeitos anti-inflamatórios.
O metotrexato é antagonista do ácido fólico (inibe a produção de citocinas), possui atividade citotóxica, imunossupressora e potente efeito antirreumático. Atualmente, tornou-se a base do tratamento de pacientes com artrite reumatoide. Foi observado que ele retarda o aparecimento de novas erosões nas articulações envolvidas.
Em comparação a outros ARMD, possui um início de ação mais rápido (3 a 6 semanas). Em muitos casos, ele é utilizado em associação com diferentes ARMD e moduladores de citocinas. Sua administração ocorre uma vez por semana, em baixa dosagem, minimizando os efeitos adversos. Dentre eles, os mais comuns estão a ulceração das mucosas e náusea. Se usado cronicamente, podem ocorrer discrasias sanguíneas e cirrose hepática, e, por isso, o tratamento deve ser monitorado atentamente.
A sulfassalazina produz remissão na artrite reumatoide ativa. Ela também é usada para doença inflamatória intestinal crônica. Pode atuar removendo metabólitos tóxicos do oxigênio produzidos por neutrófilos, mas o seu mecanismo de ação no tratamento da artrite reumatoide permanece desconhecido. Embora seja administrada por via oral, possui reduzida biodisponibilidade. O início de sua atividade pode demorar de 1 a 3 meses. Distúrbios gastrointestinais, mal-estar e cefaleia são os efeitos adversos mais comuns, mas também podem ocorrer reações cutâneas, leucopenia e depressão da medula óssea, fazendo-se necessário a monitorização hematológica durante a terapia. Podem ser utilizados comprimidos revestidos gastrorresistentes para reduzir estes efeitos.
Acredita-se que sua ação em modificar a doença reumática está associada à redução da síntese da citocina IL-1 e à inibição da síntese do colágeno. No entanto, este mecanismo ainda não está estabelecido. Após administrada por via oral, somente 50% da dose é absorvida e alcança concentrações plasmáticas máximas em 1-2 horas. É preferencialmente eliminada na urina. A ocorrência de efeitos adversos é frequente, muitas vezes determinando a suspensão do tratamento. Dentre eles, rashes e estomatites são os mais comuns, mas podem apresentar anorexia, febre, náuseas, vômitos e proteinúria. O monitoramento hematológico também é necessário no início da terapia. São contraindicados em pacientes com leucopenia ou anemia falciforme.
São fármacos utilizados na prevenção e no tratamento da malária. Eles são indicados para patologias articulares. No entanto, o mecanismo de ação para esta indicação permanece desconhecido. Na artrite reumatoide, são utilizados somente quando outros tratamentos citados anteriormente tenham falhado. Os efeitos antirreumáticos são tardios (6 semanas a 6 meses após o início do tratamento), e somente metade dos pacientes respondem ao tratamento. Podem apresentar efeitos adversos, como náusea, vômito, tonturas, turvação da visão e sintomas de urticária.
Além dos ARMD, são comumente utilizados para as patologias articulares os fármacos imunossupressores, que, em sua grande maioria, atuam durante a fase de indução da resposta imunológica. Eles inibem a produção ou ação da IL-2, que reduz a indução e proliferação de linfócitos T (Ciclosporina, Tacrolimo), inibem a expressão de genes de citocinas, a síntese de purinas ou pirimidinas (Azatioprina) e a Leflunomida, que possui efeito inibitório específico sobre os linfócitos T ativados.
A ciclosporina pode ser administrada por via oral ou intravenosa, apresenta T1/2 plasmático de aproximadamente 24 horas, é metabolizada no fígado, e seus metabólitos são eliminados na bile. Ocorre intensa distribuição no tecido linfomieloide e em tecido adiposo, onde se concentram por algum tempo após realizada a suspensão do tratamento. Apresentam a nefrotoxicidade como efeito adverso comum.
O tacrolimo compreende as mesmas características farmacocinéticas da ciclosporina, mas seus efeitos adversos são mais pronunciados, como nefrotoxicidade e neurotoxicidade.
A azatioprina é amplamente utilizada para imunossupressão, particularmente na artrite reumatoide. O principal efeito indesejável é a depressão da medula óssea, além de náuseas, vômitos, erupções cutâneas e a hepatotoxicidade.
A leflunomida promove inibição dos linfócitos.É ativa por via oral e bem absorvida pelo trato gastrointestinal. Apresenta T1/2 plasmática prolongada, e o metabólito ativo sofre circulação entero-hepática. Possui aprovação para o tratamento da artrite reumatoide, mas faz-se necessária a monitorização do paciente durante o tratamento. Os principais efeitos adversos incluem cefaleia, náusea, diarreia, alopecia e elevação das enzimas hepáticas. Por isso, não é recomendada a pacientes com insuficiência hepática.
Por fim, podemos utilizar nas patologias articulares, como a artrite reumatoide, os moduladores de citocinas (adalimumabe, etanercepte, infliximabe) que possuem como alvo o TNF-α, além do rituximabe e o abatacepte, que têm como alvo receptores nos leucócitos, interferindo na sinalização destas células. TNF-α é uma citocina pró-inflamatória essencial durante a patogênese da artrite reumatoide. Quando secretado no líquido sinovial, estimula a síntese de colagenase, causando a degradação da cartilagem, além de promover o estímulo da reabsorção óssea (que será discutida no módulo 3). Em casos de doença reumática e outros tipos de artrite, como espondilite anquilosante e artrite juvenil, estes fármacos podem ser utilizados em associação ao metotrexato.
Estes fármacos representam os últimos avanços no tratamento da inflamação crônica grave. De forma geral, são denominados biofármacos, ou seja, são anticorpos ou proteínas que foram sintetizados através da engenharia recombinante. Atualmente, uma das principais limitações em relação a sua utilização é o seu elevado custo, e, muitas vezes, só são utilizados por aqueles pacientes que não responderam adequadamente a nenhuma das terapias discutidas anteriormente.
Nenhum destes fármacos pode ser administrado por via oral, e, portanto, a administração geralmente é realizada subcutânea ou por infusão intravenosa. Dependendo dos fármacos, podem ser administrados a cada duas semanas ou mensalmente. A resposta clínica geralmente é observada duas semanas depois do início do tratamento, mas alguns pacientes podem não responder a esta terapia em razão de mecanismos ainda desconhecidos.
Um homem de 48 anos procura atendimento médico com queixas de rigidez bilateral matinal nos punhos e nos joelhos, além de dor nessas articulações em razão de exercício físico. Na avaliação física, observa-se discreta tumefação das articulações. O resto do exame é inespecífico. Os achados laboratoriais também são negativos, exceto pela presença de anemia discreta, elevação da velocidade de hemossedimentação e fator reumatoide positivo. Com o diagnóstico de artrite reumatoide, o paciente começa um esquema de naproxeno, em uma dose de 220mg, duas vezes ao dia. Depois de uma semana, aumenta-se a dose para 440mg duas vezes ao dia. Os sintomas diminuem com essa dose, porém o paciente queixa-se de pirose (dor epigástrica) significativa, que não é controlada com antiácidos.
O medicamento é, então, substituído por celecoxibe, em uma dose de 200mg, duas vezes ao dia. Com esse esquema, ocorre resolução dos sintomas articulares e da pirose. Dois anos depois, o paciente retorna com aumento dos sintomas articulares. Nesse momento, as mãos, os punhos, os cotovelos, os pés e os joelhos estão acometidos e inchados, quentes e dolorosos à palpação.
Que opções terapêuticas podem ser utilizadas neste paciente?
Esse paciente teve bom controle dos sintomas durante um ano. Todavia, no momento, está com exacerbação prolongada, indicando, provavelmente, agravamento da doença (e não apenas exacerbação temporária). Além dos achados físicos e da determinação dos reagentes de fase aguda, como velocidade de hemossedimentação ou proteína C reativa, seria aconselhável obter radiografias das mãos e dos pés para documentar a possível ocorrência de lesão articular. Pressupondo o achado dessa lesão, a conduta apropriada deve consistir em associação de FARMD não biológicos (p. ex., metotrexato, sulfassalazina e hidroxicloroquina) ou a adição de um medicamento biológico, habitualmente um inibidor do TNF. O acompanhamento deve ser feito entre 1 e 3 meses para avaliar a resposta e a toxicidade. Os efeitos colaterais que exigem cautela consistem em risco aumentado de infecção, possível aparecimento de linfoma e, raramente, anormalidades hematológicas ou das provas de função hepática. É importante ressaltar a necessidade de acompanhamento rigoroso, incluindo mudança das medicações a cada 3 a 6 meses, até a obtenção do controle total da doença.
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1. Os glicocorticoides são potentes agentes anti-inflamatórios, mas, embora sejam altamente eficazes, o perfil de efeitos adversos limita a sua utilização, em geral, para períodos curtos. O uso crônico de glicocorticoides pode estimular diferentes efeitos metabólicos, exceto:
Osteoporose.
Hipoglicemia.
Redistribuição de gordura.
Atrofia muscular.
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Parabéns! A alternativa "B" está correta.O uso crônico de glicocorticoides está associado a altos níveis séricos de glicose (aumento da gliconeogênese), inibição da absorção de cálcio e redução da atividade osteoblática (pode resultar em osteoporose), indução da lipólise com redistribuição da gordura e degradação de proteínas, que pode culminar em atrofia muscular.
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2. O paciente queixa-se de dor intensa no ombro, resultante de uma torção. Seu ombro encontra-se edemaciado, quente e vermelho. O paciente já faz terapia com naproxeno (AINEs), mas não está respondendo ao tratamento. Você opta por começar uma terapia com dexametasona oral. Qual é a base que justifica maior eficácia do glicocorticoide como um agente anti-inflamatório?
Os glicocorticoides aumentam a ativação dos leucócitos circulantes.
Os glicocorticoides inibem a produção de prostaglandina, citocinas inflamatórias, bem como de leucócitos circulantes.
Os glicocorticoides inibem a síntese de COX-1 e de COX-2.
Os glicocorticoides promovem a redução de Anexina-1.
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Parabéns! A alternativa "B" está correta.Os glicocorticoides possuem múltiplas ações anti-inflamatórias, mas, neste caso, além de reduzirem a produção de prostaglandina (mesmo efeito dos AINEs) através do aumento de Anexina-1, também reduzem as citocinas inflamatórias (IL-1, IL-2, IL-6 e TNF-α) e a ativação de leucócitos circulantes.
Diversos desses hormônios discutidos até aqui, como o PTH e a vitamina D, já foram descritos como essenciais durante o processo de regulação da homeostasia óssea. Entretanto, muitas vezes, o impacto fisiológico dessa regulação é de menor importância, como a calcitonina. Quando estão presentes em quantidades farmacológicas, vários desses hormônios têm ações passíveis de exploração terapêutica, que serão abordados ainda neste módulo. Antes disso, precisamos entender quais são as doenças ósseas mais frequentes em que estes fármacos serão utilizados.
Os bisfosfonatos são capazes de se incorporar aos análogos do ATP e promover a apoptose dos osteoclastos, principalmente o etidronato (raramente utilizado). Já os compostos de segunda geração, que, hoje em dia, são frequentemente utilizados por serem mais potentes, denominados aminobifosfonatos (aldendronato, risedronato, ibandronato, pamidronato e ácido zoledrônico), atuam por meio da inibição do ancoramento das proteínas de superfície à membrana dos osteoclastos, que são necessárias para a ligação ao osso. Ambos os mecanismos resultam na diminuição da reabsorção óssea e em um aumento da densidade mineral óssea, conforme observado na figura a seguir.
Os principais efeitos adversos incluem alterações gastrointestinais, úlcera péptica e esofagite local e, por esse motivo, os pacientes são aconselhados a degluti-los com pelo menos 250ml de água e a permanecer na posição ortostática (em pé) durante os primeiros 60 minutos após a administração. São contraindicados para pacientes com esvaziamento esofágico tardio ou com alterações no trato gastrointestinal. Ocasionalmente, pode ocorrer dor nos ossos e diarreia. Embora ocorra raramente, a administração intravenosa de zoledronato

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