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Caderno Direito Empresarial 1

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cADERNO direito empresarial 1
Princípios do direito empresarial:
CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO DIREITO COMERCIAL: Os princípios do direito comercial podem ser classificados segundo três critérios: hierarquia, abrangência ou positivação.
I) Segundo o critério da hierarquia: os princípios podem ser constitucionais ou legais.
Ex.: liberdade de iniciativa (art. 170 da CF).
II) Segundo o critério da abrangência: os princípios podem ser gerais ou especiais. Na primeira categoria, encontram-se os princípios aplicáveis a todas as relações jurídicas regidas pelo direito comercial, ao passo que a segunda categoria reúne os destinados à disciplina de relações regidas por desdobramentos da disciplina, como são o direito societário, cambiário, falimentar etc. 
Ex.: liberdade de competição (geral) e livre associação (especial).
III) Segundo o critério da positivação: os princípios podem ser explícitos (diretos ou positivados) ou implícitos (indiretos ou não positivados).
Ex.: celeridade do processo de falência (Lei 11.1012005) e função social da empresa.
Princípios mais relevantes do direito empresarial:
I) PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE INICIATIVA (art. 170 da CF): Depois do aparecimento da propriedade privada dos meios de produção, podem-se esquematizar três sucessivos modos de produção: o modo escravagista, o feudalismo e o capitalismo. A liberdade de iniciativa é elemento essencial do capitalismo, pois nele todos são livres para produzir o que bem entendem.
II) PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE CONCORRÊNCIA: A liberdade de concorrência é que garante o fornecimento, ao mercado, de produtos ou serviços com qualidade crescente e preços decrescentes. Ao competirem pela preferência do consumidor, os empresários se empenham em aparelhar suas empresas visando à melhoria da qualidade dos produtos ou serviços, bem como em ajustá-las com o objetivo de economizar nos custos e possibilitar redução dos preços.
OBS.: Concorrência ilícita e Concorrência desleal: A primeira implica risco ao regular funcionamento da economia de livre mercado, e são coibidas como infração da ordem econômica. A segunda as que não implicam tal risco, restringindo-se os efeitos da prática anticoncorrencial à lesão dos interesses individuais dos empresários diretamente envolvidos.
III) PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA: está implícito nos arts. 5º, XXIII, e 170, III, da CF, ao indicarem que a propriedade dos bens de produção deve cumprir a função social, no sentido de não se concentrarem, apenas na titularidade dos empresários, todos os interesses juridicamente protegidos que os circundam.
Ex.: cumpre a função social quando gera empregos, tributos e riqueza, contribui para o desenvolvimento econômico, social e cultural da comunidade em que atua, de sua região ou do país, adota práticas empresariais sustentáveis visando à proteção do meio ambiente e ao respeito aos direitos dos consumidores.
IV) PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO: destinado a garantir, no estado democrático de direito, que todos possam se unir àqueles com quem nutrem qualquer afinidade de interesses, para somarem forças na realização destes, atuando no âmbito empresarial.
V) PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DA EMPRESA: para proteger a atividade econômica.
VI) PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PATRIMONIAL DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA: patrimônio próprio da atividade empresarial, separado do patrimônio pessoal dos sócios ou empresário, para diminuir os riscos da atividade. Em razão da autonomia patrimonial, os bens, direitos e as obrigações da sociedade, enquanto pessoa jurídica, não se confundem com os dos seus sócios. A principal implicação deste princípio é a impossibilidade de se cobrar, em regra, dos sócios, uma obrigação que não é deles, mas de outra pessoa, a sociedade.
VII) PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE DA RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS PELAS OBRIGAÇÕES SOCIAIS: por desconsideração da personalidade jurídica.
VIII) PRINCÍPIO DA LIMITAÇÃO DA RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS PELAS OBRIGAÇÕES SOCIAIS: o objetivo é lucrativo, mas ele pode não acontecer e nesses casos a responsabilidade os sócios pelos prejuízos pode ficar limitada a proporção do seu investimento da atividade empresarial.
IX) PRINCÍPIO MAJORITÁRIO NAS DELIBERAÇÕES SOCIAIS: nas decisões sobre a atividade, prevalecerá a vontade ou o entendimento da maioria.
X) PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE: plena liberdade de cada pessoa de contratar, ou não, bem como de escolher com quem contratar e de negociar as cláusulas do contrato.
OBS. para o debate: a liberdade é de contratar e não de segregar a quem se presta o serviço ou vende o produto.
XI) PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO DOS CONTRATANTES AO CONTRATO: em regra, as partes devem respeitar o contrato feito, salvo onde se aplicam situações como a Teoria da Imprevisão, o que permite revisão contratual.
XII) PRINCÍPIO DA EFICÁCIA DOS USOS E COSTUMES: reconhece como válidas e eficazes as cláusulas do contrato empresarial em que as partes contraem obrigações de acordo com as práticas costumeiras, seja no âmbito local ou internacional. O princípio da eficácia dos usos e costumes é legal, especial e implícito.
XIII) PRINCÍPIO DA INERÊNCIA DO RISCO: O risco é inerente a qualquer atividade empresarial e ele deve ser suportado pelo empresário.
Empresário
O empresário individual é aquele que exerce a empresa, utilizando-se da personalidade jurídica de pessoa natural, a mesma que adquiriu no nascimento com vida. Nesse caso, a empresa faz parte de seu patrimônio pessoal, e os bens pessoais e os bens empresariais se confundem.
ELEMENTOS CARACTERIZADORES:
• organização dos fatores de produção.
• atividade econômica.
• profissionalidade.
• produção ou circulação de bens e/ou prestação de serviços.
ESPÉCIES DE EMPRESÁRIO:
▪ Empresário Individual.
▪ Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, atualmente SLU (Sociedade Limitada Unipessoal)
▪ Empresário Coletivo ou Sociedade Empresária.
Sociedades empresariais:
1ª) ME (microempresa) = conforme Lei Complementar nº 123/06, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada ou o empresário individual que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais), que equivale a R$ 30.000,00 por mês;
2º) EPP (empresa de pequeno porte) = a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada ou o empresário individual que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais);
3º) MEI (microempreendedor individual) = criado pela Lei Complementar 128/2008, que altera o texto da Lei Complementar 123/2006, também chamado de pequeno empresário. É o empresário individual que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços, optante pelo Simples Nacional, que tenha auferido receita bruta acumulada nos anos-calendário anteriores e em curso de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), cerca de R$ 6.750,00 por mês, e atenda a algumas exigências legais.
Fonte: RESOLUÇÃO CGSN Nº 140, DE 22 DE MAIO DE 2018 (Receita Federal).
OBS: PLP 108/2021 prevê alteração do limite para R$ 130.000,00 ao ano. Ele já foi aprovado pelo Senado Federal precisa da aprovação da Câmara dos Deputados e da sanção presidencial.
▪ O MEI (MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL) é um enquadramento recebido pelo EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, também chamado de PEQUENO EMPRESÁRIO.
▪ O MEI foi criado pela Lei Complementar nº 128/2008 que alterou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar nº 123/2006).
▪ EMPRESÁRIO INDIVIDUAL será ENQUADRADO como MEI desde que atenda as condições relacionadas, quais sejam: tenha faturamento limitado a R$ 81.000,00 por ano; não participe como sócio, administrador ou titular de outra empresa; Contrate no máximo um empregado; Exerça uma das atividades econômicas previstas no Anexo XI, da Resolução CGSN nº 140, de 2018, o qual relaciona todas as atividades permitidas aoMEI. 
Empresas
Conceito técnico atual: “Empresa é uma atividade econômica organizada que reúne capital, trabalho, insumos (matéria prima) e tecnologia para a produção e circulação de bens ou prestação de serviços, objetivando lucro” (Mônica Gusmão).
CLASSIFICAÇÃO DE EMPRESÁRIO SEGUNDO A FORMA DE CONSTITUIÇÃO: os empresários podem ser classificados em INDIVIDUAIS e COLETIVOS.
· EMPRESÁRIOS INDIVIDUAIS: aqueles que exercem atividade individualmente, sem a colaboração de sócios.
Ex.: Empresário individual, Empresário Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI).
· EMPRESÁRIOS COLETIVOS: aqueles que exercem atividade por meio de uma sociedade empresária, na condição de sócios.
Ex.: sociedades LTDA, S/A, Comandita Simples, Comandita por Ações e Sociedade em Nome Coletivo.
4.5) ESTUDO DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
· EMPRESÁRIO INDIVIDUAL: aquele que exerce atividade individualmente, sem a colaboração de sócios, cuja responsabilidade é ILIMITADA, alcançando todos os seus bens pessoais. É o “autônomo”, cadastrado em seu CPF.
· EMPRESÁRIO INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA (EIRELI): aquele que exerce atividade individualmente, sem a colaboração de sócios, cuja responsabilidade é LIMITADA ao capital social que deve estar integralizado desde o início da atividade e tem que ser maior que 100 vezes o maior salário-mínimo vigente no país. É cadastrado em seu CNPJ.
· ESTUDO DO EMPRESÁRIO COLETIVO (SOCIEDADE EMPRESÁRIAS): A análise das condições da empresa depende do tipo empresarial (LTDA, S/A, Comandita Simples, Comandita por Ações e Sociedade em Nome Coletivo) que serão estudadas nas unidades seguintes.
Obrigações da Empresa e do Empresário
São obrigações do empresário que estudaremos nessa unidade 5.
a) Registro na Junta Comercial; 
b) realizar a escrituração das suas atividades empresariais nos Livros Contábeis; 
c) conservar a escrituração atualizada; 
d) realizar o balanço patrimonial e o balanço econômico
Finalidade do registro e Dispositivos Legais (arts. 967 e 1.150 a 1.154 do CC): os registros são necessários para levar ao conhecimento do público em geral e, sobretudo, daqueles que tiverem relações de negócios com o empresário todo e qualquer fato que lhes possa interessar, relativos à sua vida profissional e financeira, assim como os registros de pessoas naturais e os fatos importantes de sua vida (nascimento, casamento, divórcio, óbito).
RESUMINDO A FINALIDADE:
I) publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos empresariais; 
II) cadastrar empresários nacionais e estrangeiros em funcionamento no país e manter atualizadas tais informações; 
III) proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como seu cancelamento.
Consequências pelo descumprimento da obrigação do registro:
I) A Lei de Recuperação de Empresas e Falências prescreve que o empresário que não comprova sua qualidade de empresário regular não possui legitimidade ativa para instaurar pedido de falência de outro empresário, pois necessita juntar certidão da junta estadual que comprove a regularidade de suas atividades, nos termos do art. 97, § 1.º, da Lei 11.101/2005; 
II) O empresário irregular não possui legitimidade ativa para pedido de recuperação de empresas, nos termos do art. 1.º da Lei 11.101/2005;
III) O empresário irregular não poderá ter seus livros empresariais autenticados no registro das empresas mercantis, uma vez que não possui inscrição na junta estadual.
IV) O empresário irregular não poderá participar de licitação pública – art. 28, II, III, IV e V, da Lei 8.666/1993;
V) Não poderá registrar-se no CNPJ, no Estado e no Município – sujeitando-se às sanções previstas nas leis tributárias (AUTO DE INFRAÇÃO E MULTA);
VI) Não poderá ter matrícula junto ao INSS, o que acarreta pena de multa (Lei 8.212/1991, art. 49, § 3.º, c/c o art. 92 da mesma Lei).
Local de Registro (artigo 1.150 CC): empresário e a sociedade empresária nas Juntas Comerciais, e a sociedade simples no Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
Registro de Filial (artigo 969 CC): registrar em cada local onde estiver uma filial.
Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.
Requisitos do Registro (art. 968 do CC):
Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha:
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens;
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura autenticada com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1 o do art. 4 o da Lei Complementar n o 123, de 14 de dezembro de 2006 ; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
III - o capital;
IV - o objeto e a sede da empresa.
Exceção à obrigatoriedade de registro: segundo o a artigo 971, o empresário rural, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, PODE requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.
 
Órgãos de Registro: A lei cria o SINREM (Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis) que é composto de dois órgãos: 
I) DNRC (Departamento Nacional de Registro do Comércio) atualmente denominado DREI (Departamento de Registro Empresarial e Integração). É um órgão público com função de organizar e supervisionar, no plano técnico, as Juntas Estaduais responsáveis pelo registro em si.
II) Juntas Comerciais (órgãos locais que integram a estrutura administrativa dos Estados-membros) com subordinação técnica ao DNRC e subordinação administrativa ao Estado-membro correspondente. É o órgão de registro do empresário individual, EIRELI, bem como das sociedades empresárias.
ESCRITURAÇÃO DO EMPRESÁRIO (art. 1.179 do CC)
Conceito: são as anotações feitas pelo Contador sobre o andamento da empresa ou empresário dentro de um sistema de contabilidade, mecanizado ou não. Essas anotações geram livros contábeis (livro diário, razão etc) e anualmente é feito o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
Regularidade: em regra, é obrigatório fazer a escrituração, sendo que a escrituração irregular pode gerar crime falimentar (artigos 178 e 180 Lei de Falências).
Periodicidade: A escrituração é periódica e ainda devem ser feitas duas análises financeiras: o balanço patrimonial (bens, mercadorias, dinheiros e créditos, bem como dívidas e obrigações passivas) e o resultado econômico do exercício (mostra lucros e perdas da PJ no ano).
Sigilo (art. 1.190 CC): em regra, o sigilo empresarial protege os livros empresariais, mas há exceções conforme descrito a seguir.
▪ Exceções ao sigilo empresarial = artigos 1.193 CC e 195 CTN – autoridades fazendárias no exercício da fiscalização fazendária. 
Súmula 439 STF: “Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame ao ponto objeto da investigação.”
▪ Quebra de sigilo dos livros empresariais por ordem judicial:
- Exibição total dos livros - artigos 420 CPC/2015 e 1.191 CC e artigo 105 da Lei 6.404/1976: só pode ser determinada judicialmente a requerimento da parte nos casos expressamente previstos em lei.
- Exibição parcial dos livros - artigos 421 CPC/2015 e 1.191, § 1º CC = a exibição parcial pode ser determinada pelo juiz a requerimento da parte ou de ofício pelo juiz em qualquer processo. Isso só vale para os livros obrigatórios.
Súmula 260 do STF: “O exame dos Livros Comerciais, em ação judicial, fica limitada ás transações entre os litigantes.”
	
Acesso aos livros pelos sócios:
I) se o contrato social não fizer previsão, os sócios podem a qualquer tempo examinar os livros e documentos;
II) se o contrato social fizer previsão de acesso específico, ele será no tempo fixado no contrato social. 
Eficácia probatória dos livros: é a utilização dos livros contábeis para provar fatos.
“Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservarem boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados.”
Código de Processo Civil 2015 – “Art. 417. Os livros empresariais provam contra seu autor, sendo lícito ao empresário, todavia, demonstrar, por todos os meios permitidos em direito, que os lançamentos não correspondem à verdade dos fatos.”
Código de Processo Civil 2015 – “Art. 418. Os livros empresariais que preencham os requisitos exigidos por lei provam a favor de seu autor no litígio entre empresários.”
Código de Processo Civil 2015 – “Art. 419. A escrituração contábil é indivisível, e, se dos fatos que resultam dos lançamentos, uns são favoráveis ao interesse de seu autor e outros lhe são contrários, ambos serão considerados em conjunto, como unidade.”
Livros Contábeis: é onde são feitas as anotações de toda a movimentação da empresa ou empresário. Os livros podem ser obrigatórios e facultativos.
▪ Livro obrigatório: Livro Diário onde se registram todas as atividades do empresário, o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
▪ Livros facultativos: são escriturados para que o empresário possa melhor orientar-se e controlar seus negócios. Ex: Livro Caixa (entradas e saídas de dinheiro), Estoque, Razão (classifica o movimento das mercadorias), Borrador (rascunho do livro diário), Conta Corrente (contas individualizadas de fornecedores ou clientes).
LIVROS EMPRESARIAIS E O TRATAMENTO DIFERENCIADO PARA AS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE: para essas pessoas jurídicas, há obrigatoriedade da escrituração, porém de forma simplificada.
O empresário e o microempresário optantes do SIMPLES não estão obrigados à escrituração do Diário, entretanto devem manter o livro-caixa, com registro de toda a movimentação financeira, inclusive bancária, e o Registro de Inventário, com a relação do estoque existente ao término de cada ano.

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