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CLARETIANO – REDE DE EDUCAÇÃO LUCÉLIA LIMA DOS SANTOS RA 186226 FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA PORTFÓLIO - CICLO 2 BOA VISTA-RR 2022 INTRODUÇÃO O papel do professor no processo de alfabetização é organizar e socializar as informações que os alunos trazem consigo e, progressivamente, criar as situações necessárias em que eles assumam os papéis de leitor e de escritor. Assim para que isso ocorro o professor deve aplicar métodos de alfabetização. Assim com a pesquisa possui finalidade de descrever os métodos de alfabetização desenvolvidos pela Professora Magda Soares da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG, no ano de 2006, no qual ela reitera a necessidade de democratizar o acesso e a qualidade do ensino público, visando garantir, a todas as crianças, a apropriação da leitura e da escrita. A pesquisa está dividida em: análise de quatro vídeos do Projeto Alfaletrar; e das amostras de dez escritas de alunos. ANÁLISES a) Vídeos do Projeto Alfaletrar Os vídeos são produzidos pela Professora Magda Soares da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG, no ano de 2006, idealizadora do projeto Alfaletrar, na qual foi promovida ações para alfabetização em todas as escolas da rede municipal de Lagoa Santa MG. A fase icônica antes da alfabetização e tem início quando a criança faz desenhos estilizados e quando solicitamos que ela escreva algo, geralmente são rabiscos circulares (movimentos celulares), e quando avança a criança logo tenta imitar a escrita cursiva da pessoa adulta, sem estabelecer ainda nenhuma relação funcional com a escrita. Esta etapa é conhecida como garatuja, indicando transição a caminho da fase pré-silábica, onde a criança pensa que uma letra só não dá para escrever que deve colocar mais de uma, geralmente ela coloca o mínimo três letras, ou seja, escrever é com letras, sem saber diferenciar o desenho da escrita. Em seguida compreende-se a fase silábico-alfabético: a criança entende que a escrita é representada pelo som da fala, realiza uma leitura termo a termo (não global) e ela aprende as partes (silabas) das palavras sem o valor sonoro, para então ser incentivada formar as combinações de vogais e consoantes em uma mesma palavra, tenta combinar sons. Desta forma, ela relacionar uma letra a cada uma das silabas. Nível silábico com valor sonoro, ao escrever, a criança faz a relação da letra com seu fonema mais forte (no primeiro caso foram as vogais e no segundo as duas primeiras sílabas as consoantes e na última sílaba a vogal), ou seja, cada letra utilizada corresponde a um fonema que compõe a sílaba. A consciência fonológica diz da percepção da segmentação da fala e da habilidade de manipular esses segmentos. No processo de alfabetização, a criança vai desenvolvendo essa capacidade na medida em que reconhece as palavras, as sílabas e os fonemas. Escrever para aprender parte 1 apresenta uma situação didática de alfabetização em sala de aula, na qual os alunos da 1ª série precisam escrever a letra de uma música que conhecem de memória. Escrever para aprender parte 2, nesta parte foi mostrado outras três situações didáticas de alfabetização em sala de aula. Na primeira, os alunos da pré-escola precisam fazer uma lista de brincadeiras. Em seguida, uma turma de jovens e adultos elaborar uma lista de itens que fazem parte da cesta básica. E, finalmente, um a turma de 4ª série produz um texto informativo sobre bichos que vive m em frutas. b) Análise das amostras de escrita; Escrita 1 – Antônio Nível 4 - Silábico alfabético: O aluno escreve convencionalmente e apresenta escrita silábica alfabética, neste nível ao aluno já apresenta suas hipóteses muito próximas da escrita alfabética, pois, o mesmo ka consegue fazer relação entre grafemas e fonemas na maioria das palavras que escreve. Mesmo que oscile em grafar as unidades menores que as silabas. Escrita 2 – Ordiley Nível 1: Pré-silábico: O aluno escreve convencionalmente (de cima para baixo, esquerda para direita), ela não usa letras não usa nada do repertorio do seu nome. A criança tem traços típicos, como linhas e formas semelhantes a “M” em letra cursiva. Apenas quem escreveu sabe o que significa. Ainda não se pode distinguir desenho e escrita em seus registros, recorrendo à utilização de desenhos (garatujas). A escrita deve possuir variedade de caracteres. A quantia de grafias para cada palavra deve ser constante. A escrita dos nomes é proporcional à idade ou tamanho da pessoa, do animal ou do objeto a que se refere. Ela escreve boi de forma gigante e formiga de forma mínima. Escrita 3 – Fernando Nível 4 Silábico-alfabético: O aluno escreve convencionalmente (de cima para baixo, esquerda para direita) e apresenta escrita silábica alfabética. Neste nível o aluno já tem suas hipóteses muito próximas da escrita alfabética, uma vez que ele já consegue fazer a relação entre grafemas e fonemas na maioria das palavras que escreve, embora ainda oscile grafar as unidades menores que a silaba. Escrita 4 – Pedro Nível 4 – Alfabético: O aluno escreve convencionalmente (de cima para baixo, esquerda para direita), e apresenta escrita alfabética, ou seja, apresenta todas as relações grafemas e fonemas, em alguns momentos, até com dificuldades ortográficas. A preocupação não está em perceber os sons da fala e grafá-los, mas sim em escrevê-los de forma ortograficamente correta. Escrita 5 – Daiana Nível 1 - Pré-silábicas A aluna escreve convencionalmente (de cima para baixo, esquerda para direita), escreve seu nome decorado, o que indica que ela memorizou a escrita em letra cursiva. Ela possui um repertorio maior que a escrita do seu nome. E já superou o realismo nominal, já escreve com a quantidade mínima de letras ela usa de três a cinco letras, variedades de letras na escrita da palavra, e variedades entre as escritas de palavras diferentes. Deste modo ela faz a leitura global, e não estabelece relação nenhuma com que se fala. Escrita 6 – Talita Nível – Silábica/sem valor sonoro: A aluna escreve convencionalmente (de cima para baixo, esquerda para direita), escreve seu nome decorado, o que indica que ela memorizou a escrita em letra cursiva. Ela possui um repertorio maior que a escrita do seu nome. Já escreve com a quantidade mínima de letras ela usa de três a cinco letras, variedades de letras na escrita da palavra, e variedades entre as escritas de palavras diferentes. Deste modo ele faz a leitura global, e não estabelece relação nenhuma com que se fala. Escrita 7 -Cleonilda Nível 3: silábica com valor sonoro: A aluna escreve convencionalmente (de cima para baixo, esquerda para direita), ela possui um repertório restrito ao seu nome, e escreve uma letra para cada silaba. Deste modo ele é silábico com valor, e é qualitativo porque ele pensa na qualidade do som de cada letra. Ele escreve uma letra para cada emissão sonora. . Escrita 7 - Tais Nível Silábica sem valor sonoro: A aluna escreve convencionalmente (de cima para baixo, esquerda para direita). Ela possui um repertorio maior que as letras de seu nome. já escreve com a quantidade mínima de letras ela usa de três a cinco letras, variedades de letras na escrita da palavra, e variedades entre asescritas de palavras diferentes, e representa cada sílaba da palavra por uma letra, sem se preocupar com o valor sonoro. Deste modo ele faz a leitura global, e não estabelece relação nenhuma com que se fala. Escrita 9 – Ricardo Nível 3 - Escrita silábica com valor sonoro: O aluno escreve convencionalmente (de cima para baixo, esquerda para direita), ele escreve o nome dele de forma silábica, pois, a criança atribui uma letra para cada silaba. Deste modo ele é silábico com valor, e é qualitativo porque ele pensa na qualidade do som de cada letra. Ele escreve uma letra para cada emissão sonora. Escrita 10 – Fábio Nivel 1- Pré- silábica O aluno escreve convencionalmente (de cima para baixo, esquerda para direita), o que indica que ela memorizou a escrita. Ele possui um repertorio restrito a letras de seu nome. já escreve com a quantidade mínima de letras ele usa de três a cinco letras, variedades de letras na escrita da palavra, e variedades entre as escritas de palavras diferentes. Deste modo ele faz a leitura global, e não estabelece relação nenhuma com que se fala. CONSIDERAÇÕES O processo de alfabetizar, leva tempo, e as autores ressalta que o professor possui um papel importante pois, cabe ao docente no momento do planejamento das atividades devida atenção para a heterogeneidade do grupo, oferecendo atividades diferenciadas para alunos que apresentam hipóteses de escritas diferentes. Deve ser considerado ainda que, mesmo que se proponha uma atividade em comum, as respostas dos alunos serão distintas. Desta maneira será desenvolvido métodos para cada circunstância. Enfim, do desenvolvimento de um trabalho que possibilite que os alunos se apropriem do Sistema de Escrita Alfabética e se tornem leitores e escritores autônomos é uma longa discussão, nas quais muitos autores desenvolvem trabalhos e o professor deve se apropriar desses métodos para melhor aplicar na sua docência em benéfico de seus alunados. REFERÊNCIAS COUTINHO, Marília de Lucena. Psicogênese da língua escrita: O que é? Como intervir em cada uma das hipóteses? Uma conversa entre professores. IN: MORAIS, Artur Gomes de, ALBU QUERQUE, Eliana Borges Correia de e LEAL, Telma Ferraz (orgs.). Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica, 2005, p. 47-69.
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