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Portfólio 1 - Fundamentos e Métodos do Ensino de Língua Portuguesa e Matemática

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
Licenciatura em Pedagogia
MAÍRA FEIJÓ OTTONI SOUSA
RA 8149885
FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E
MATEMÁTICA
Prática Pedagógica - Portfólio Ciclo 2
Mogi das Cruzes
2022
	SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
DESENVOLVIMENTO	3
2.1 Análise dos vídeos - Série Alfaletrar	3
2.2 Análise das Amostras de Escrita	4
CONSIDERAÇÕES FINAIS	8
1. INTRODUÇÃO
	O presente trabalho compõe o Portfólio 1 da disciplina Fundamentos e Método do Ensino de Língua Portuguesa e Matemática, e é formado pelas etapas 1 e 2 do trabalho.
A execução do trabalho foi dividida em 2 etapas: na primeira etapa foi realizada uma análise dos vídeos da série Alfaletrar, correlacionando-os com os estudos realizados nos ciclos 1 e 2 da disciplina que trata principalmente das fases do processo de aquisição da escrita alfabética; Na segunda etapa 10 amostras de escritas foram analisadas e classificadas seguindo os conceitos da Psicogênese da Língua Escrita.
Ao final foi realizada uma reflexão sobre as atividades realizadas, sendo apresentada na seção de considerações finais.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 	Análise dos vídeos - Série Alfaletrar
A série de vídeos Alfaletrar, disponibilizada no canal da Nova Escola é composta por 3 vídeos e retrata o Projeto Alfaletrar, que promoveu em 2006 ações de alfabetização nas escolas municipais de Lagoa Santa (MG). O projeto foi concebido pela professora Magda Soares da Universidade Federal de Minas Gerais e abrangeu 7583 alunos e 497 professores nas 23 escolas do município.
Os vídeos explicam como se dá a aprendizagem da língua escrita, com base nas fases do desenvolvimento psicogenético. Deixando claro que, apesar de poder identificar fases bem definidas durante o processo, nem todas as crianças passarão por todas essas fases de maneira uniforme, uma vez que o processo é dinâmico, ocorrem saltos e as crianças estão sempre em transição entre as fases.
O primeiro vídeo explica as fases icônica, garatuja e pré-silábica:
Na fase icônica, as crianças ainda não sabem que a escrita representa os sons das palavras; para elas a escrita representa as coisas sobre as quais se fala, por isso ela utiliza o desenho como forma de retratar o que se ouve, como por exemplo quando desenha um pato ao ser solicitada para escrever a palavra “pato”. Ao avançar um pouco, entra na fase garatuja, onde a criança percebe que quando as pessoas escrevem, não estão fazendo desenhos, e então tenta imitar a escrita cursiva dos adultos, porém ainda não percebem que as palavras representam sons. Para auxiliar a criança a desenvolver a consciência fonológica e consciência silábica, uma atividade que o professor pode realizar é ensinar aos alunos a levantar os dedos para contar quantas vezes abrem a boca para pronunciar a sílaba de uma palavra. Dessa forma a criança irá começar a entender que as palavras representam sons e não objetos. Na fase pré-silábica a criança percebe que as palavras são compostas por letras. Nesta fase o professor deve auxiliar a criança que essas letras representam os sons das palavras, orientando-as para a fase silábica sem valor sonoro, onde cada letra irá representar uma sílaba. 
O segundo vídeo explica a fase silábica sem e com valor sonoro:
Na fase silábica sem valor sonoro, a criança percebe que os sons da palavra podem ser segmentados, percebendo assim as sílabas (pedaços) das palavras.Nesta fase a criança utiliza uma letra aleatória (que não tem correspondência sonora) para representar as sílabas. O professor deve trabalhar a consciência fonológica das crianças para que elas possam identificar letras que correspondam com o som escutado. Um exemplo de atividade é trabalhar com base nos nomes das crianças, tendo como ponto de partida a letra inicial de cada nome, por exemplo. Já na fase silábica com valor sonoro, para cada sílaba a criança escreve uma letra que representa o fonema de cada “pedaço” escutado, sendo muito comum o uso das letras “B”, “P”, “K”, que ajudam a relacionar o som à escrita. Nessa fase o professor deve ajudar a criança a identificar outras letras para representar os fonemas, conduzindo para a fase silábico-alfabética. Importante realizar atividades em que a criança se escute ao falar, para desenvolver a consciência fonológica, uma vez que a consciência do som precede a consciência da escrita.
O terceiro e último vídeo finaliza a série explicando as fases silábico-alfabética e alfabética, onde as crianças já são capazes de identificar os fonemas nas sílabas das palavras, sendo capazes de representar de maneira quase 100% correta os fonemas e as sílabas correspondentes. Nestas fases o professor deve continuar incentivando os alunos a falar e se ouvir, lendo em voz alta o que escreveu, consolidando o conhecimento das letras, seus sons e grafias.
2.2	Análise das Amostras de Escrita
A seguir estão categorizadas as amostras de escrita com base nas classificações estudadas durante os ciclos de estudo 1 e 2.
Escrita 1 - Antonio: NÍVEL SILÁBICO - ALFABÉTICO 
O aluno se preocupou em representar sílabas correspondentes ao som escutado e sua escrita já está muito próxima da escrita alfabética, apesar de erros ortográficos e letras faltantes em algumas palavras.
Escrita 2 – Odirley: PRÉ- SILÁBICO
O aluno está em uma etapa elementar de escrita. Representou as palavras utilizando rabiscos parecidos com a letra “m”. Pode-se notar uma breve correspondência entre a extensão do rabisco com o tamanho da palavra (quantidade de sílabas) na representação dos substantivos, porém na representação da frase não pode ser feita essa correspondência. Provavelmente o aluno entenda que a escrita seja utilizada para representar “coisas” e não preferências/verbos de ação.
Escrita 3 – Fernando: NÍVEL SILÁBICO ALFABÉTICO
O aluno escreveu letras e sílabas correspondentes aos fonemas das palavras, e sua escrita está muito próxima da escrita alfabética. Nota-se que o aluno se preocupou em expressar o som escutado quando escreveu as palavras da segunda linha, escrevendo-as todas juntas como se fossem uma palavra só.
Escrita 4 - Pedro: NÍVEL SILÁBICO ALFABÉTICO
Apesar de alguns erros ortográficos o aluno foi capaz de representar quase todos os grafemas correspondentes aos fonemas das palavras escutadas. Porém, algumas unidades menores que a sílaba, como algumas letras não foram representadas corretamente, como a ausência da letra “a” em “tanto”.
Escrita 5 - Daiana: NÍVEL PRÉ-SILÁBICO - SEM VALOR SONORO
Aluna representou as palavras utilizando letras desconexas que não correspondem ao som escutado. O número de letras não é equivalente ao número de sílabas nem fonemas, apesar da quantidade de letras escritas ser mais ou menos correspondente à extensão da palavra escutada.
Escrita 6 - Talita: NÍVEL SILÁBICO QUANTITATIVO
A aluna conseguiu fazer a representação de uma letra para cada sílaba das palabras escutadas. Somente na palavra bis, que é monossilábica, escreveu uma letra a mais, provavelmente porque pensou não ser possível representar uma palavra com somente uma letra. 
Escrita 7 - Cleonilda: NÍVEL SILÁBICO QUALITATIVO
A aluna foi capaz de escrever uma letra para cada sílaba da palavra escutada e atentou-se para representar as letras correspondentes aos sons dos fonemas escutados, escrevendo a última sílaba (sons) das palavras escutadas, como “TO” de gato, “TA” de borboleta, “OI” de boi.
Escrita 8 - Taís: NÍVEL SILÁBICO QUANTITATIVO
A aula pode representar uma letra para cada sílaba das palavras da lista, com exceção das duas últimas, porém sem correspondência sonora com os fonemas. Para a palavra bolo, a última sílaba foi representada por duas letras. Já a palavra bis, apesar de ser monossílaba, foi representada por 2 letras, provavelmente por que a aluna considerou não ser possível representar uma palavra com uma só letra.
Escrita 9 - Ricardo: NÍVEL SILÁBICO QUALITATIVO
O aluno se preocupou em utilizar letras que faziam mais ou menos correspondência sonora com as sílabas das palavras. Destaque para a representação dofonema da palavra “caiu”, que inclusive se repete seguidamente, onde o aluno representou corretamente o som com as letras “AIU”.
Escrita 10 - Fabio: PRÉ-SILÁBICO - SEM VALOR SONORO
O aluno escreveu letras que não correspondem a nenhum fonema escutado. A quantidade de letras tampouco corresponde ao número de sílabas presentes nas palavras.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Após a análise dos vídeos da Série Alfaletrar e da atividade de análise das amostras de escrita, foi possível compreender os principais pontos das fases de aquisição da língua escrita que a teoria da Psicogênese da Escrita propõe, e como aplicar os conceitos na categorização das amostras propostas.
	Fica claro a importância de compreender o processo e as fases de aprendizagem da escrita pelos alunos, pois a partir disso serão traçadas estratégias adequadas para orientar os alunos a desenvolver sua consciência fonológica, permitindo que avancem nas fases de escrita, até atingir a fase alfabética. O professor deverá estimular os alunos a ler o que eles escreveram em voz alta para que escutem o que estão dizendo, como forma de desenvolver a percepção dos sons das letras e fonemas que compõem as sílabas das palavras.
Importante entender que nem todos os alunos irão passar por todas as fases de maneira uniforme, sendo possível até que “saltem” algumas fases, visto que todo o processo de aquisição da linguagem escrita é muito dinâmico. Dado que os alunos dentro da mesma sala de aula dificilmente apresentarão todos a mesma hipótese de escrita, o professor deverá oferecer atividades diferenciadas que respeitem a heterogeneidade do grupo.
Por fim, a partir da realização das etapas 1 e 2 deste trabalho foi possível entender a importância da teoria da Psicogênese da Língua Escrita no processo de aprendizagem do Sistema de Escrita Alfabética pelos alunos.

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