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Fundamentos da linguística para a Fonoaudiologia; 2º Problema LINGUAGEM Linguística é a ciência que estuda a linguagem e suas variantes. A linguista estuda a formação dessas variantes, o porque de cada coisa ser essa coisa. Além disso, a Linguística mostra que a língua é viva depende dos falantes e os falantes terão contextos. a língua(gem) apresenta interfaces que estão subjacentes a outras áreas, tais como: a fonologia, a morfologia, a sintaxe, a semântica e a pragmática É nesse sentido que se pode entender que a linguística é empírica, ao invés de especulativa e intuitiva, porque opera com dados publicamente verificáveis, por meio de observações e experiências. A Linguística é uma ciência descritiva porque procura explicar os usos linguísticos concretos e definir as regras segundo as quais se comportam os membros de uma comunidade linguística, sem tentar impor- lhes outras regras. A fonoaudiologia e a linguística clínica buscam estudar o desenvolvimento normal da linguagem e suas alterações. A fonoaudiologia exerce a clínica da linguagem. A linguística clínica envolve a aplicação de teorias e metodologias para o estudo, caracterização, avaliação, diagnóstico e tratamento dos problemas da comunicação. A linguística clínica é, portanto, interdisciplinar, com relevância não só para a linguística teórica e aplicada, mas para a fonoaudiologia, a psicologia e a educação. Cada vez mais, tem ficado clara a importância da linguística e sua aplicação clínica para a fonoaudiologia, e a interlocução entre essas áreas. Os pacientes chegam à clínica fonoaudiológica com queixas relacionadas a alguns, ou até mesmo todos, os “níveis” tradicionais da linguagem (fonética, fonologia, morfossintaxe, semântica, pragmática), o que requer do fonoaudiólogo um conhecimento também abrangente em áreas-chave, tais como a psicolinguística, sociolinguística, linguística aplicada, o bilinguismo, etc. Assim, ambos os aspectos teóricos e práticos precisam ser cobertos. A Fonologia Clínica é um ramo da Linguística que se ocupa, especificamente, do estudo das desordens fonológicas, em termos de descrição, análise, diagnóstico e tratamento. Teorias da linguística: de Saussure, Jakobson e Chomsky. Saussure é um filósofo suíço que faz inúmeras descobertas para a linguística. Ele percebeu que a linguagem nada mais era que um sistema de signos e deu o nome a isso de semiologia. Esses signos são uma divisão do significante e do significado. O significante a gente vê como o som da língua e o significado como o conteúdo em si. Nisso teremos a Dicotomia de saussure, vemos a divisão em sincronia e diacronia, língua e fala, sintagma e paradigma. Sincronia X Diacronia sincronia do grego junto ao tempo, na teoria de saussure significa ao mesmo tempo. Diacronia do grego através do tempo. O estudo sincronico através do tempo que acontece ao mesmo tempo mostra a linguagem como um sistema em funcionamento para além do processo da mudanças que a linguagem mesmo faz, ou seja a linguagem em funcionamento está para além das mudanças que ela sofre. Língua X Fala para Saussure a língua é uma construção diferente socialmente, ou seja ela é homogênea dentro do ciclo, por exemplo eu sou uma falante da língua portuguesa, você é um falante da língua portuguesa é isso e ponto isso é homogêneo entre nós. Entretanto, todavia, sobretudo nós como falantes temos divergências porque não é só questão de sotaque, é de significado das palavras. Pois apesar de estarmos no mesmo contexto temos vivências diferentes. Sintagma X Paradigma o Sintagma para o saussure é uma combinação precisa de um valor, precisa estar em algum contexto. E esse valor é com outro elemento, não tá sozinho. O Paradigma é a oposição desse sentido. Exemplo: Se fizer bom tempo sairemos. As relações sigmaticas dessas frase ela se compõem por si só, o valor tá ali, a compreensão tá ali. Outras posições que poderiam estar ali, depois de uma vírgula e tal tal também fazem parte de um Sintagma porque juntos são mais fortes, formam um valor, uma sentença. As relações paradigmáticas dessa frase seriam se fizer bom tempo| ou mau tempo| sairemos| ou ficaremos em casa| sairemos a praia. Teoria de Chomsky Ele tem a teoria gerativista que a linguagem gera, gera, gera, produz, produz, produz. Quando Chomsky era pequenino começou a se interessar por linguagem, como era feito essa ciência. Ele começou a pensar que nos tínhamos um espaço no cérebro, um órgão no cérebro que é responsável pela linguagem, mas isso ele falou com muito estudo e percepções até que ele chegou na faculdade de letras pra provar sua teoria que o ser humano tinha uma capacidade linguística, um órgão pra isso. Quando o menino, um adolescente começou a falar sobre isso na faculdade todo mundo ficou "Oi?" porque imagina, professores extremamente estruturalistas, tradicionalistas com a linguagem e tal. Mas as coisas que ele falava realmente tinha um fundamento, não era com base em nada. Para Chomsky nós temos esse órgão da fala, essa estrutura incomum em cada um dos idiomas Chomsky sempre exaltava suas pesquisas inclusive antes mesmo de terminar o doutorado ele já dava pelestreas nas melhores universidades do mundo, ele já dizia nós falamos todos no mundo o mesmo idioma com várias diferenças de sotaque apenas, reduzindo não é bem assim essas palavras dele, mas é basicmanete isso. E por conta dessas pesquisas e várias outras se tornou um dos maiores pensadores da história. Ele fica atrás de Max, Lenin, shaspeare, Freud, mas ele superou o próprio Humberto eco. Chomsky prova que antes mesmo de um bebê falar a primeira palavra ele já entende a linguagem em si, a estrutura lógica da linguística foi publicado em 1955 nossa ideia da gramática gerativa que divide as estruturas, a linguagem em superficiais e profundas. Em 2002 ele fez uma pesquisa que provou a teoria da recursividade, ele mesmo se superou. Segundo essa teoria as possibilidades da fala e da linguagem são infinitas. Exemplo: Ele concluiu que, agora que as chances dela haviam se queimado, poderiam brilhar e conquistar a fama que sempre ansiara. I As chances dela haviam se queimado II. Ela poderia brilhar III. Poderia conquistar a fama IV. porque sempre ansiara Então pega a frase, dividem nas ideias que cada ponto transmite, isso é a teoria da recursividade, a teoria de que os recuroso são sempre infinitos dentro da linguagem. o Gerativismo estabelece dois tipos de gramáticas: a Gramática Universal (GU) e a Gramática Particular (GP). A GU seria o estado inicial da linguagem, que capacitaria qualquer criança a adquirir qualquer língua, desde que seja exposta a dados dessa língua. A evolução da GU resultaria na gramática final ou na Gramática Particular (GP), que corresponderia às características próprias de cada língua. Desta forma, os elementos da língua fariam parte da GU, já a forma e a ordem como esses elementos são organizados, numa dada língua, fariam parte da GP. O empreendimento da gramática gerativa, proposta por Noam Chomsky, pretende explicitar a competência lingüística do falante, a partir da concepção de que uma gramática interiorizada consistiria de um dicionário mental das formas da língua e de um sistema de princípios e regras atuando de forma computacional sobre essas formas, ou seja, construindo representações mentais constituídas por combinações categorizadas das formas lingüísticas. A gramática determinaria igualmente o modo como essas representações se articulam com outros sistemas conceptuais da mente humana ou com o sistema neuro-muscular que determina a pronúncia das expressões. Jakobson é pioneiro na análise estrutural da poesia e da arte. Esses estudos dele sobre função poética foram aplicados a autores como, Edgar Allan Poe Fernando Pessoa, Bertold Brecht. Esse estudo sobre poesia não para por ai, ele também estudou o traço distintivo da análise fonológica e foi através daí que ele conseguiu expandir para análise linguística. Ele fala sobre análise da narrativa, da função narrativa dentro da linguagem que por sinalé sua maior teória de funções da linguagem. Ele separa essa teoria das funções de linguagem em umas partes. Essa teoria é sobre receptor e emissor, como que eu falo pra você entender aí e como funciona essa comunicação, como funciona a função de linguagem. A primeira parte é a parte do emissor, de onde sai a mensagem a função emotiva, ele pode ser o orador, narrador ou autor da narrativa. Tem o receptor do outro lado que tem a função conativa, ele é o ouvinte, o leitor, o telespectador, usuário, destinatário. A pessoa pra qual eu me dirijo. E esse lugar que fica alguma coisa entre o que eu falo e o que você entende que chega até você é o canal, que leva a mensagem até o receptor. Esse canal é o contato, a conexão, a psicologia, a física, a fonética. Além disso, nesse canal tem o contexto, a mensagem e o código. O contexto tem a função de referência e a mensagem tem a função poética. O código tem função metalinguística funções de linguagem Referencial ou denotativa: Tem o foco no objetivo da mensagem, de tudo isso a função referencial denotativa tem a função de ser objetivo e esse tipo de narrativa está presente em textos descritivos, científicos e jornalísticos. Função emotiva ou expressiva Tem o foco no emissor com suas opiniões por exemplo frases de interjeições e poesias subjetivas Função conotativa ou apelativa tem foco no receptor com objetivo de persuadir, esse tipo de mensagem é a publicitaria quando alguém quer te vender alguma coisa ela está usando jackobson. Função fática tem foco no canal e visa estabelecer um contato entre sujeitos, ela visa a interação. Função metalinguística ela tem o foco no código, ou seja a própria linguagem e um exemplo é o dicionário ou a gramática Função poética tem o foco na mensagem, típico de obras literárias e poesias... Mas além dessas categorias, Jakobson formou mais outras duas sendo elas a metáfora que para ele relaciona as similaridade ou contraste e equivalência da mensagem, ou seja a metáfora ela relaciona o que a mensagem te faz assimilar, o que acontece pra assimilar isso tudo é compreender de verdade na sua cabeça. Por exemplo assistir um vídeo e chegar na aula e lembrar do que viu antes, pois fixa a mensagem, assimilou. Metonímia é a conexão das ideias e construção das relações sintáticas e contextuais, ou seja implica na diacronia, na causa e no efeito. Mas além de tudo isso, existe o ruído que é caracterizado como qualquer coisa que vai interferir nessa mensagem. Por exemplo estamos conversando e passa um carro fazendo barulho, eu paro presto atenção no carro, você para olha pro carro e isso interferiu na minha mensagem, tudo faz parte da forma como vamos entender a mensagem, tudo faz parte de um contexto, de uma referência... Ah gente até fala, queria tá na praia lendo um livro porque é muito mais gostoso que estar no sofá de casa que nem todos os dias, você vai ler de uma forma diferente. Teorias do desenvolvimento infantil: Skinner, Piaget e Vigotsky. TEORIA DE SKINNER Skinner ficou marcado na história como o cientista do comportamento e da aprendizagem, considerado um dos mais importantes pensadores e cientistas do século 20, ou seja, da psicologia moderna Ela criou uma teoria considerada uma psicologia da aprendizagem. O conceito partem da análise científica dos comportamentos e do que deles se desdobram. Portanto, o comportamento ele pode ser investigado como qualquer outro fenômeno observável, inclusive pode até mesmo medir com instrumentos de medição os comportamentos. A personalidade nesse caso, seria uma coleção de padrões de comportamento, ou seja, situações diferentes envolve diferentes padrões de respostas. Então cada resposta individual é baseada na história pregressa ou disposição genética. O objeto de estudo do Skinner é aquilo que é observável e mensurável. Condicionamento e reforço vou falar de dois tipos de condicionamento; respondente e operante. O comportamento respondente é quando há uma resposta a um estímulo direto, por exemplo: está quente e começo a transpirar, se tem muita ou pouca luz minha pupila dilata ou contrai. E assim esse comportamento pode ser condicionado, quase que programar. Um experimento muito conhecido é do cão que salvava com uma campainha. Havia um cão e num certo momento do dia davam comida pra ele, ele salivava pra ajudar na digestão e começaram a incluir junto da entrega desse alimento uma campainha então toda vez que entregava a comida uma campainha tocava. Chegou um momento que não foi dado comida pra ele e apenas a campainha foi tocada e ele começou a salivar, portanto é um condicionamento respondente. Não existe uma necessidade fisiológica pra ele salivar com a campainha, por isso é um condicionamento ela está associada a alimentação por isso ele saliva. Já o condicionamento operante acontece depois que o comportamento foi feito, depois que a resposta foi dado. Então se você quer que alguém faça alguma coisa você dar uma recompensa depois que ela fez, esse é o condicionamento. O reforçamento é qualquer estímulo que a aumenta a probabilidade de uma resposta, ele pode ser um reforço positivo que incentiva o comportamento ou ele pode ser negativo negativo reduz o comportamento. E é possível explicar segundo essa visão qualquer comportamento que você tem sob olhar do condicionamento e reforçamento. Existem os reforços primários e secundários Primários são recompensas físicas diretas, já os secundários são estímulos neutros que acabam se associando aos reforços primários e acaba funcionando como recompensa Foi um biólogo e psicólogo suíço e criou os estágios de desenvolvimento. Piaget afirma que todas as pessoas passam por quatro estágios de desenvolvimento cognitivo. Estágio sensório-motor que vai do nascimento aos 2 anos de idade Estágio pré operacional que se estende dos 2 aos 6 ou 7 anos Estágio operatório concreto dos 6 ou 7 até os 11 ou 12 anos Estágio lógico formal dos 12 anos em diante. Em cada um desses estágios o pensamento se organiza de uma maneira específica, segundo Piaget não é possível pular estágios nem retroceder, todas as pessoas passam pelo mesmo estágio na mesma frequência. O desenvolvimento neurológico, ou seja o amadurecimento do sistema nervoso é o que faz avançar de um estágio para o estágio seguinte. Quando o cérebro amadurece suficientemente para suportar novas formas de raciocínio de um Estágio para o seguinte. O estágio sensório-motor vai do Nascimento aos dois anos, no primeiro mês de vida os comportamentos do bebê não passam de reflexos, esses reflexos são respostas biológicas, automáticas a estímulos externos e tem a função de garantir sua sobrevivência... Como o reflexo de sugar Piaget A partir do segundo mês, o bebê já começa a exibir comportamentos voluntários que ele passa a repetir inúmeras vezes inicialmente o foco desse comportamento é o próprio corpo do bebê, como o ato de colocar os dedos dentro da boca mas depois de algum tempo ela passa a direcionar seus comportamentos aos objetos que o cercam, ao final do primeiro ano de vida o bebê já percebeu que certos comportamentos resultam em certas consequências, então gradualmente ele adiqueire conhecimento sobre a relação de causa e efeito no mundo que o cerca. A partir desse ponto o bebê começa começa exibir comportamentos direcionados a determinados objetivos, passa a se comportar de forma a provocar resultados desejados, nessa época o bebê também se dá conta da permanência dos objetos, percebe que os objetos físicos continuam existindo mesmo quando estão fora de sua vista. Segundo Piaget, durante a maior parte do estágio sensorio-motor o pensamento do bebê está restrito aos objetos do seu ambiente imediato, mas no final da segunda metade do estágio a criança desenvolve o pensamento simbólico, ou seja a capacidade de pensar em objetos e pessoas ausentes bem como em eventos que ocorreram no passado ou que ocorreram no futuro, e uma vez que os objetos já não precisam mais estar presentes para a criança pensar neles, ela é capaz de planejar atos com objetos mentais.Imaginar o que vai acontecer no mundo real e depois colocar seu plano em ação, a criança também já é capaz de lembrar e evitar comportamentos e outras pessoas na visão de Piaget todos esses comportamentos simbólicos marca o início dos verdadeiros processos de pensamento. Estágio pré-operacional Vai dos 2 aos 6 ou 7 anos, aqui a habilidade de representar objetos e eventos mensalmente da a criança uma visão mais ampla do mundo do que aquela que tinha no estágio anterior e um recusos chave para essa capacidade simbólica é a linguagem que praticamente explode durante o início do estágio pré-operacional a linguagem oferece palavras que são usadas como símbolos para a criança pensar em objetos e eventos ausentes, além de permitir que ela comunique seus pensamentos e receba informações de maneira que não era possível no estágio anterior contudo o modo de pensar pré-operacional também tem limitações, as crianças pequenas tendem a confundir fenômenos psicológicos como os sentimentos e emoções como a realidade física. Por exemplo ao atribuir sentimentos a objetos inanimados como uma bola ou achar que existem monstros escondidos embaixo da cama. A criança também exibe o egocentrismo que é a incapacidade de ver situações pelo ponto de vista de outras pessoas, então ela pode fazer comentários desagradáveis abertamente sem se dar conta de que outros podem se sentir ofendidos ou contar uma história fragmentada sem perceber que está omitindo detalhes importantes para que a história possa fazer sentido pra quem escuta. Por isso, Piaget considerava que a interação social era tão importante para o desenvolvimento cognitivo, só a interação social repetida permite a criança perceber que o seu ponto de vista não é o único que existe e que nem todas as pessoas compartilham de sua opinião. A criança também tem dificuldade em perceber a conservação de volumes, por exemplo se duas jarras contendo um litro de líquido forem esvaziadas em dois recipientes de formatos diferentes, a criança considera que o recipiente mais alto também terá maior volume, mesmo tendo visto que as duas jarras continham o mesmo volume. Estágio operatório concreto Vai dos 6 ou 7 anos até 11 ou 12 anos, aqui o pensamento da criança começa a apresentar forma de operações lógicas, então ela consegue pensar em objetos e eventos levando em conta diferentes características e perspectivas, aqui ela percebe que o seu ponto de vista não é compartilhado por todos e está sujeito ao erro e procura validação externa, se interessa em saber o que os outros pensam sobre suas ideias. A aparência das coisas ainda é importante mas não é o único principal aspecto a ser considerado por exemplo, a criança já percebe que o formato de um recipiente não altera a quantidade de líquido dentro dele, também percebe que duas bolas de massa continuam com o mesmo peso, mesmo que uma delas passe a ter um formato diferente, contudo o pensando operacional da criança nesse estágio só pode ser aplicado a objetos objetos eventos concretos, isso quer dizer objetos e eventos que podem ser diretamente manipulados e observados por isso se chama operatório-concreto. Conceitos abstratos, hipóteses são coisas difíceis para a criança lidar nesse estágio, principalmente se tais conceitos de hipóteses contrariarem a realidade conhecida pela criança. Estágio lógico formal Começa por 11 ou 12 anos e segue por toda vida, nesse estágio a criança torna-se capaz de pensar e raciocinar sobre coisas que tem pouca ou mesma nenhuma base na realidade ou seja conceitos abstratos, hipóteses, afirmações comtrarias aos fatos, também se torna capaz de entender linguagem figurada. Conceitos científico e filosóficos como números negativos, infinitos, república, diretos humanos são aprendidos pela criança nesse estágio, ela também consegue separar e controlar variáveis, ou seja realizar experimentos cientificamente controlados. O desabrochar da capacidade lógica permite a criança examinar os próprios processos de pensamento em busca de falhas e contradições avaliando a qualidade de suas próprias conclusões. A criança também já lida com hipóteses e com ideias que contrariem a realidade que ela conhece e ela se torna capaz de imaginar que o mundo pode se tornar diferente do que realmente é. Nessa fase a criança pode se tornar bastante idealista sobre questões sociais, éticas, políticas e podem ser capaz de oferecer muitas soluções lógicas para os problemas do mundo, embora suas propostas não sejam práticas. Esse idealismo adolescente, segundo Piaget reflete uma inabilidade da criança em temperar a própria abstração lógica com considerações práticas a respeito do mundo, algo que só o ganho de experiência ao longo da vida conseguirá solucionar. Vygotsky: Zona de desenvolvimento proximal Apesar do trabalho de Vygotsky ter sido interrompido muito cedo por conta de sua morte, ele fez muitas contribuições para educação uma dessas continuações está relacionado aos estudos que ele desenvolveu sobre aprendizagem de conceitos científicos. Pseudoconceitos Vygotsky acredita que existem dois tipos de conceitos; pseudoconceitos e conceitos verdadeiros. pseudoconceitos são conceitos espontâneos que todos nós temos sobre o mundo e estão baseados principalmente em nossas observações, por exemplo quando uma criança afirma que o sol se movimenta pelo céu ela apresenta um pseudoconceito pó sabemos que a movimentação do sol em torno da terra é apenas uma aparência. Os pseudoconceitos se apoiam nas aparências das coisas, nas superstições e na experiência pessoal. Para Vygotsky, a função da escola é de fazer justamente a criança abandonar esses achismos e passar a raciocinar com base em conceitos verdadeiros, ou seja conceitos cientificos. Conceitos científicos são conceitos verdadeiros estão baseados em pesquisas controladas, não se deixam levar facilmente pelas aparências para Vygotsky os conceitos científicos nos permitem ver melhor a realidade e cabe a escola garantir que os estudantes aprendam esses conceitos. Zona do desenvimento proximal (ZDP) Vygotsky percebeu que existem coisas que alguém já sabe fazer sozinho, coisas que esse alguém consegue aprender com ajuda de outros e coisas que não pode aprender nem mesmo com ajuda. Ele organizou esses três tipos de conhecimentos da seguinte maneira. As coisas que a pessoa sabe fazer sozinho são saberes que estão dentro da sua zona de desenvolvendo real, são aprendizagens já consolodadas. Já as coisas que essa pessoa ainda não sabe fazer sozinha, mas que ela é capaz de aprender com ajuda de outros são saberes que se encontram em sua zona de desenvolvimento proximal, são aprendizagens que ainda estão emergindo e que precisa de ajuda de alguém mais experiente. Agora as coisas que essa pessoa não é capaz de fazer nem mesmo com ajuda, são saberes que se localizam fora da zona de desenvolvimento proximal. Mas sempre que uma aprendizagem proximal vira uma aprendizagem real, isso quer dizer que algo que uma pessoa só consegue fazer com ajuda, virou algo que ela já consegue fazer sozinha, na medida que esse fenômeno vai se repetindo e ela vai aprendendo a fazer mais e mais coisas sozinhas, pessoa vai se tornando mais capaz e aquelas aprendizagens que antes eram impossíveis, começam a entrar na zona de desenvolvimento proximal, ou seja vai se tornando aprendizagem possíveis. O papel do professor é justamente esse, ajudar o estudante a avançar e aprender as coisas novas que ele não conseguiria aprender sozinho, quanto mais ele aprende, mas ele se torna capaz de aprender. Brincadeiras Vygotsky também estudou o papel da brincadeira no desenvolvimento das crianças. Vygotsky atribuía grande importância à brincadeira baseada em imitação para o desenvolvimento intelectual das crianças. Durante a imitação, geralmente os papéis representados estão ligados a pessoas e situações que exigem da criança que saia de si mesma e atue como uma pessoa mais velha que desempenha um papel social que lhe desperta a curiosidade. Nesse processo, as crianças precisam discutir padrões sociais, chegara consensos sobre regras de conduta e aprender a regular seu próprio comportamento segundo o que é exigido ou esperado no contexto da brincadeira.
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