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PSICOLOGIA NA SAÚDE

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Psicologia aplicada a saude 
UNIDADE 2
PSICOLOGIA NA SAÚDE.
Saúde e doença.
Embora todas as civilizações tenham sido afetadas por males diversos, cada uma delas compreendia e tratava a doença de formas diferentes. 
Na pré-história os xamãs eram os curandeiros. Havia uma crença em espíritos bons e maus e somente o xamã (sacerdote ou pajé) podia influenciar esses espíritos. Doenças causadas por espíritos do mal e tratadas com trepanação.
· Trepanação: Curandeiros perfuravam buracos nos crânios para permitir que os demônios que causavam a doença deixassem o corpo do paciente. Era praticada na Europa, no Egito, na Índia e nas Américas Central e do Sul.
Na idade antiga várias práticas de saúde eram feitas para manter a higiene e o controle.
· Antigo Egito: Demônios e punições dos deuses causavam as doenças. A magia e formas primitivas de cirurgia e higiene eram os tratamentos. Os antigos egípcios realizavam rituais de limpeza para impedir que vermes causadores de doenças infestassem o corpo. 
· Mesopotâmia: Na Mesopotâmia, fabricava-se sabão, projetavam-se instalações sanitárias e construíam-se instalações sanitárias e construíam-se sistemas públicos para o tratamento de esgotos.
· Roma Antiga: “Patógenos” como o ar contaminado e os humores do corpo causavam a doença. Tratada com flebotomia, enemas e banhos. Na Roma antiga eles tinham grandes complexos de água corrente (os aquedutos) e até esgotos. O típico banheiro romano era comunitário, todos sentavam lado a lado e embaixo deles passava um canal de água corrente, usado para carregar os dejetos até rios distantes.
· Grécia Antiga: Teoria hipocrático-galênica dos humores. Doença causada por um desequilíbrio dos humores do corpo; boa dieta e moderação na vida poderiam curá-la.
· China Antiga: Forças da natureza desequilibradas causavam a doença. Tratada com medicina de ervas e acupuntura. 
Para aqueles da era pré-industrial, quando uma pessoa ficava doente, não havia uma razão física para explicar tal fato. A condição do individuo era atribuída a uma fraqueza, feitiçaria ou possessão por um espírito do mal.
Na Idade Média a doença era punição divina por pecados, curada por intervenções miraculosas e invocação de santos, além de flebotomia.
Na Renascença a doença era uma condição física do corpo, que era separado da mente. Técnicas cirúrgicas utilizadas pela primeira vez.
Nos anos de 1800 a doença era causada por organismos microscópicos. O tratamento era cirurgia e imunização. Nos anos de 1920 a doença era influenciada pela mente e pelas emoções e tratada por psicanálise, psiquiatria e outros métodos clínicos ou da medicina.
No século XXI as doenças têm causadores biopsicossociais e métodos modernos e flexíveis de tratamento.
Conceito de saúde.
A OMS (1946/2014) declara em sua Constituição que: “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade”.
ETIMOLOGIA
· Saúde e salud derivam de uma mesma raiz etimológica: salus.
· No latim, esse termo designava o atributo principal dos inteiros, intactos, íntegros.
· Dele deriva outro radical de interesse – salvus –, que conotava a superação de ameaças à integridade física dos sujeitos.
· Salus provém do termo grego holos, no sentido de totalidade, raiz dos termos holismo, holístico.
· No idioma alemão, saúde é gesundheit, implica diretamente integridade, inteireza (ganzheit).
· O termo health em inglês, equivale a healed, no sentido de tratado ou curado.
· No tronco escandinavo, saúde é hälsa. Todos os vocábulos dessa família semântica provêm do höl, germânico antigo designativo de inteireza que, por seu turno, também se refere ao radical grego holos.
· Digno de nota ainda é que de höl também se origina hölig, raiz do vocábulo contemporâneo holy, que significa “sagrado” no inglês moderno. 
Saúde é integração.
· “Ouvir” a mensagem que o problema e a “doença” trazem.
· Os problemas são vistos como formas de crescimento e pedidos por saúde e integração.
· “Os problemas não existem para ser eliminados, mas sim para ser integrados. (...) Nossas dificuldades são nossa força vital” (Hycner, 1995, p. 129-130). 
· É quando aceitamos nosso problema e nossa doença como parte de nós mesmos, ou seja, é quando entramos em contato com a mensagem subjacente a estes, que podemos integrar nosso ser, e crescer.
· O problema é a resposta.
Nos momentos de doença temos grandes potenciais, recursos criativos do indivíduo sendo ativados e, que são desprezados quando a doença é vista como algo a ser eliminado, ao invés de ser concebida como um pedido de integração e de saúde.
Lou(cura).
· “A loucura cura”.
· Somente a doença leva à cura.
· Não se resolve nada profundo senão pela crise.
A saúde está associada à condição de liberdade humana, responsabilidade, um ser que vive em relação, em diálogo com os outros.
Doença é ir contra si mesmo, na medida em que, ao responder inadequadamente à determinada situação, coloca em risco a sua própria sobrevivência. A doença surge quando o indivíduo permanece rígido, inflexível, com comportamentos estereotipados, invariantes, obsoletos e sem sentido em relação ao contexto atual, aqui e agora (apesar de ter um sentido em relação ao passado).
PSICOLOGIA E SAÚDE.
“A Psicologia da Saúde é o campo do conhecimento que estuda, a partir das perspectivas psicológica e psicossocial, os múltiplos fenômenos humanos relacionados às adversidades do adoecimento, tendo como sujeitos-alvos todos os indivíduos dos cenários das questões da saúde, tais como pacientes, familiares, profissionais da área ou membros da comunidade”. A partir de conceitos e teorias psicológicas, seu objetivo é promover a melhora da qualidade da assistência prestada ao sofrimento psíquico, buscando-se a promoção da saúde, prevenção e tratamento de doenças, mudanças de estilo de vida, desenvolvimento de comportamentos que promovam saúde e o aperfeiçoamento do sistema de políticas públicas de saúde.
PSICOLOGIA DA SAÚDE.
A Psicologia da Saúde (do inglês health psychology; do espanhol psicologia de la salud), divisão 38 da American Psychological Association (APA) desde 1978.
No Brasil, a Psicologia da Saúde surge como prática profissional de forma mais sistematizada e reconhecida em instituições de saúde na década de 1970, passando a ter relevância na comunidade acadêmica e científica, sobretudo na década de 1990.
A psicologia na área da saúde seria como um grande guarda-chuva, sob o qual se agrupam várias práticas e perspectivas, as quais podem ser não apenas complementares, mas até mesmo antagônicas; um campo disciplinar articulado com outros saberes, como afirma o modelo biopsicossocial, e marcado pela indefinição do objetivo psicológico a ser delimitado, tornando-se um conhecimento em permanente desenvolvimento.
Reforma sanitária e Reforma psiquiátrica + Reorganização da lógica de assistência = Psicologia no SUS.
A categoria dos psicólogos foi a categoria que teve o maior número de profissionais contratados ao longo das últimas décadas para trabalhar nas instituições públicas. Em 1976, contávamos com 723 psicólogos nas equipes de saúde em todo o Brasil; em 1984, esse número chegou a 3671 profissionais.
O encontro com comunidades de baixa renda tem contribuído para o questionamento do nosso aparato teórico-técnico e da efetividade de nossa atuação em um campo que demanda intervenções interdisciplinares por meio de equipes multiprofissionais.
Atribuições do psicólogo na Atenção Básica. 
Matriciamento; atendimento psicoterapêutico breve; interconsulta; visita domiciliar; PTS; grupos e intergrupos; atividades comunitárias; controle social.
Atribuições do psicólogo no CAPS.
Oficinas terapêuticas e grupos psicoterapêuticos; acolhimento; visitas domiciliares; matriciamento em saúde mental; intervenção individual ou familiar; intervenção em situação de crise.
A PRÁTICA NO CAMPO DA PSICOLOGIA.
Psicologia clínica.
A psicologia clínica é herdeira da prática clínica da medicina e da psiquiatria. É conhecida como uma prática exercida pelo psicólogo, geralmenteem consultórios, no sentido de oferecer uma escuta psicológica que possa lidar com os sintomas de um adoecimento psicopatológico.
Prática clínica na área da saúde.
Habilidade do psicólogo de conseguir ouvir o seu cliente, por meio dessa técnica de fala e escuta, dentro do método clínico-psicológico que possibilita que a psicologia clínica seja ampliada para outras áreas.
A prática clínica e sua relação com a psicologia hospitalar.
A psicologia clínica tem seu método de escuta baseado na fala do cliente, na forma como ele dá sentido ao próprio sofrimento, as relações, a vida e em como isso interfere na pessoa como um todo.

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