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FUNDAMENTOS-DA-PSICOLOGIA-DA-SAÚDE-E-HOSPITALAR

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1 
 
 
FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA DA SAÚDE E 
HOSPITALAR 
1 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
FACULESTE ............................................................................................ 2 
Introdução ................................................................................................ 3 
Aspectos Históricos e Evolução da Psicologia Hospitalar e da Saúde .... 4 
A Psicologia da Saúde ....................................................................... 13 
A Psicologia da Saúde e o Modelo Biopsicossocial ........................... 15 
O contexto biológico ....................................................................... 16 
O contexto psicológico .................................................................... 17 
O Fazer do Psicólogo da Saúde ....................................................... 18 
Psicologia da Saúde e os níveis de assistência em saúde .................... 22 
Perspectiva sociocultural ................................................................ 24 
O Trabalho do Psicólogo Hospitalar ................................................... 25 
Objetivos e limites ........................................................................... 27 
Desafios e Possibilidades ............................................................... 28 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 30 
 
 
 
2 
 
 
 
FACULESTE 
 
A história do Instituto FACULESTE, inicia com a realização do sonho de 
um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para 
cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACULESTE, 
como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A FACULESTE tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas 
de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Introdução 
 
 
Na psicologia da saúde, trabalha-se de fato no próprio contexto em que 
os fenômenos ocorrem, portanto é necessário desenvolver habilidades 
peculiares a essa situação, principalmente uma compreensão detalhada do 
ambiente, de fatores culturais, psicológicos e emocionais predisponentes à 
doença. Um conhecimento de epidemiologia e fatores psicossociais de risco 
para doenças físicas são exemplos necessários para uma boa atuação 
profissional no campo da saúde. O trabalho em equipes, também exige 
habilidades de relacionamento interpessoal, assim 
como uma familiaridade com as demais áreas de 
conhecimento em saúde, como a medicina, 
enfermagem, fisioterapia, nutrição, entre outras. 
A psicologia hospitalar é a área da psicologia 
que visa fornecer suporte ao sujeito em adoecimento, a fim de que este possa 
atravessar essa fase com maior resiliência. Nesse sentido, é um campo de 
entendimento e tratamento dos aspectos biológicos em torno do adoecimento, 
não somente doenças psicossomáticas, mas todo e qualquer tipo de 
enfermidade. 
Comumente, o processo de adoecimento traz em seu bojo uma 
desorganização da sua vida, de modo que provoca várias transformações em 
4 
 
 
sua subjetividade, ou seja, o sujeito sai do conforto de seu lar e se depara com 
a hospitalização, muda seus hábitos, perde sua identidade e, muitas vezes, 
acaba virando um número de prontuário. 
Nesse momento, junto a toda equipe multidisciplinar, surge a figura do 
psicólogo que tem esse intuito de escutar e acolher o sofrimento do indivíduo 
frente as suas principais dificuldades no que tange a essa fase. Enquanto a 
medicina visa curar a patologia, a psicologia hospitalar buscar ressignificar a 
posição do sujeito frente à doença. 
O trabalho da psicologia hospitalar é de possibilitar voz a esse sujeito, 
fazer surgir a palavra. O instrumento de trabalho desse profissional é a escuta e 
a palavra, a partir desse enfoque o psicólogo visa minimizar o sofrimento 
psíquico do paciente em adoecimento. 
 
Aspectos Históricos e Evolução da Psicologia 
Hospitalar e da Saúde 
 
Segundo Pereira (2003), no mundo greco-romano, os hospitais cumpriam 
funções sociais das mais diversas, como ações terapêuticas simples para 
recuperação de saúde até repouso para viajantes, sendo que seu público variava 
entre sadios e doentes. O espaço técnico de cura era ocupado pelos antigos 
sacerdotes, e o lugar do médico não era significativo, entendia-se que a saúde 
era recuperada com intercedência de poderes divinos. 
No período medieval, que concebe os séculos V ao XV, devido à forte 
influência do cristianismo, acreditava-se que ajudar os menos favorecidos 
representava uma caridade digna de salvação das almas. Nesse contexto, a 
instituição hospitalar foi se organizando como essencialmente eclesiástica, com 
função de assistência social. O hospital da Idade Média tampouco era concebido 
para curar: diante das grandes epidemias e pestes que assolaram a Europa a 
partir do século XIV, cujos tratamentos eram desconhecidos, toda parcela da 
população que estava contaminada era considerada “perigosa” e deveria ser 
5 
 
 
recolhida e institucionalizada. Acreditava-se que isso protegia a sociedade. Cabe 
salientar que não só os doentes eram marginalizados e tidos como perigosos 
mas também os loucos, os pobres e indigentes, as prostitutas, os enfraquecidos 
famintos e os tidos como hereges pela Igreja Católica, que detinha o poder 
político na época. 
Fazendo uso das ideias do filósofo e sociólogo francês Foucault, Vieira 
(2006) explica que o propósito de que os males físicos ou “morais” não 
contaminassem a sociedade acabaram por transformar essas instituições em 
locais de isolamento, segregação e, nas palavras do filósofo, “morredouros”. 
Essa ideia medieval sobre a instituição hospitalar perdurou nas práticas em 
saúde até tempos muito recentes nos hospitais psiquiátricos, nos quais os 
doentes eram simplesmente banidos do convívio social, sem grandes 
preocupações com seu tratamento, sua recuperação e reinserção na sociedade. 
Ainda que secundária dentro do ambiente hospitalar, a prática médica 
começa a ser associada às essas instituições no período medieval, 
principalmente nos períodos de grande disseminação da peste, no século XIV, 
na Europa. Com as epidemias, popularizaram- se hábitos sanitários e de higiene, 
os médicos passaram a utilizar vestimentas próprias e foram escritos os 
primeiros manuais do que se pode considerar um protótipo de “saúde coletiva” 
(VIEIRA, 2006). 
A partir do século XVI, com a Reforma Luterana e o crescimento do poder 
dos estados absolutistas, houve uma mudança significativa nessa crença de que 
a Igreja seria responsável pela prestação de cuidados e serviços sociais, função 
essa que seria assumida pelas autoridades do estado ou pela comunidade. Os 
hospitais militares europeus do século XVII também representam papel 
importante na reforma do sistema hospitalar como um todo. Com interesses 
militares e econômicos, devido ao custo para o exército (em treinamento e 
tempo) de cada soldado que adoecia ou morria, esses hospitais foram 
reformulados com o objetivo de torná-los instrumento de cura e tratamento 
(PEREIRA, 2003). 
A disciplina médica, que até o século XVIII era restrita aos livros e às 
práticas individuais, começa tambéma ganhar destaque dentro dos hospitais, e 
6 
 
 
a formação de um médico passa a ter relação direta com as instituições 
hospitalares. O lugar de prestígio do “grande médico hospitalar”, o que será 
considerado mais sábio quanto maior for sua experiência hospitalar, é uma 
invenção do final do século XVIII (SALTO, 2007). Uma prática comum nessa 
época, a visita aos leitos hospitalares, marca uma inversão hierárquica 
importante, com domínio do poder do médico sobre os outros profissionais 
envolvidos. Nesse ritual, o médico era seguido hierarquicamente pelos outros 
profissionais (enfermeiros, alunos, assistentes), indo ao leito de cada doente, 
prática ainda presente nos hospitais atualmente. Nesse período, começam a ser 
implementadas políticas nacionais de saúde: o hospital é considerado uma 
forma barata de oferecer cuidados e fortalecer a população, visto que 
indicadores de saúde significam força política e econômica dos Estados 
(PEREIRA, 2003). 
Os séculos XIX e XX são marcados pelo crescimento populacional, pela 
urbanização e pelos novos avanços tecnológicos. Assim, os hospitais passam a 
ter um caráter de workshop de saúde, com a figura do médico como personagem 
principal da instituição. Pereira (2003) explica que o hospital se torna uma 
empresa, independentemente se pública ou privada, com lugar privilegiado na 
venda e no consumo de artefatos e práticas relacionadas a um “bem” físico: a 
saúde. A autora aponta que 
 
A explosão da técnica e do conhecimento científico nas áreas 
médicas e adjacentes, como biologia, fisiologia, medicina biomolecular e 
microbiologia, a partir do século XIX até os dias atuais, ajudou a distanciar ainda 
mais a prática médica da psicologia. A missão das escolas médicas e dos 
hospitais era treinar médicos e, por vezes, enfermeiros; psicólogos não faziam 
7 
 
 
parte desse ambiente. Depois de erradicadas ou de descobrir como tratar com 
mais eficácia algumas das principais causas de morte e adoecimento dos últimos 
dois séculos (as doenças infecciosas), outras doenças passaram a ganhar 
destaque nas preocupações com saúde pública: as associadas ao estilo de vida 
(como fumo, alcoolismo, obesidade, estresse etc.). A prática psicológica, até 
então independente dos médicos, começou a ganhar destaque nos hospitais 
e tratamentos de saúde. Médicos e psicólogos redescobrem, então, um terreno 
de prática comum em saúde: o comportamento e o próprio indivíduo doente 
(SILVA, 2006). 
As duas grandes guerras mundiais também representaram um impulso ao 
desenvolvimento e à abrangência das práticas psicológicas. A Primeira Guerra 
Mundial (1914-1918) marca a popularização da psicotécnica, visto que testes 
psicológicos eram utilizados para seleção e recrutamento de soldados. Já a 
Segunda Guerra (1939-1945) estimulou a entrada de psicólogos nos hospitais, 
principalmente para o atendimento aos soldados que apresentavam sintomas e 
distúrbios, entre eles, o que ficou categorizado posteriormente como síndrome 
de estresse pós-traumático (SILVA, 2006). 
A mudança no conceito de saúde, proposta no documento de criação da 
Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1948, também exerceu influência 
para a prática psicológica e o surgimento da psicologia hospitalar. No 
documento, saúde é definida como um estado de completo bem-estar físico, 
mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade 
(SEGRE; FERRAZ, 1997). Essa definição inclui o fator psicológico dentro de uma 
compreensão biopsicossocial do indivíduo. Sem dúvida, a redefinição do 
conceito de saúde contribui para a entrada dos psicólogos nas práticas de saúde, 
principalmente nos hospitais gerais, visto que o trabalho em hospitais 
psiquiátricos já era comum. 
O ingresso de psicólogos nas equipes de saúde levou à nomeação 
internacional de uma nova especialidade: a psicologia da saúde. No Brasil, 
segundo Salto (2007), a psicologia hospitalar surge pela iniciativa de 
profissionais, demanda da população ou das instituições. A psicologia hospitalar 
torna-se uma realidade a partir da década de 1950, principalmente nas cidades 
do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. 
8 
 
 
 
Interessante apontar também que a implementação do SUS em 1988 
trouxe novas ideologias e prioridades no atendimento em saúde no Brasil. Ainda 
mais recente, a Política Nacional de Humanização e o HumanizaSUS (2003) 
retomam a necessidade de se humanizar os tratamentos de saúde, muito 
centrados na técnica e com pouca atenção ao doente, ao sujeito que sofre e é 
atendido pelas equipes. Nesse processo de humanização, o profissional 
psicólogo tem tido um papel muito importante justamente por focar suas práticas 
e ações nos pacientes e familiares, destituindo-os de um lugar passivo ao seu 
processo de tratamento. Tais ações envolvem não apenas a inclusão de 
psicólogos nas equipes mas também a forma como os outros profissionais 
pensam o tratamento, as relações médico-paciente, a comunicação, o trabalho 
em equipe e as propostas inovadoras, como as brinquedotecas hospitalares e 
as salas de aula hospitalares para crianças internadas. 
Retomando o nosso processo de evolução histórica, segundo Vieira 
(2006), o ano de 1954 marca a entrada da psicologia nos hospitais do Brasil, 
quando Mathilde Neder é convidada a atuar no atual Instituto de Ortopedia e 
Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da 
9 
 
 
Universidade de São Paulo (HC- FMUSP). A equipe médica e de enfermagem 
vinha observando que algumas crianças em pós-operatório ficavam tão agitadas 
e ansiosas que acabavam danificando as peças de gesso e prejudicando sua 
recuperação. A solicitação, nesse primeiro momento, foi para prestar 
acompanhamento psicológico às crianças submetidas a tratamento cirúrgico de 
coluna e suas famílias. Ainda dentro do HC em São Paulo, novos profissionais 
psicólogos adentraram as equipes nos anos que se seguiram: Aidyl Macedo de 
Queiroz, no Instituto da Criança, em 1955; Sonia Letaif, na Clínica Psiquiátrica, 
em 1956; e Bellkiss Romano, no Instituto do Coração, em 1974. 
Em 1983, iniciou-se o Programa de Aprimoramento Profissional (PAP) 
para psicólogos no HC-FMUSP. Esse fato é reconhecido não apenas por ampliar 
e formar novos profissionais na área mas também para dar luz às práticas 
científicas de pesquisa e ensino em psicologia hospitalar. No ano 2000, o 
Conselho Federal de Psicologia (CFP) reconhece oficialmente o título de 
Especialista em Psicologia Hospitalar por meio da Resolução nº 014/00 (VIEIRA, 
2006). 
O I Encontro de Psicólogos da Área Hospitalar aconteceu em São Paulo, 
em 1983, organizado por Belkiss Romano, entre outros profissionais. Nesse 
evento, o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo organizou uma 
subcomissão para tratar de temas relacionados ao campo da psicologia 
hospitalar. Uma importante ação dessa comissão foi listar os diferenciais da 
psicologia hospitalar em relação a outras práticas clínicas em psicologia (SILVA, 
2006): 
1. Instituição permeando a atuação. 
2. Psicologia é ainda pouco prevista no hospital geral. 
3. Obrigatoriamente multiprofissional (interdisciplinar). 
4. Dinâmica de trabalho com multiplicidade de solicitações. 
5. Ambiente de ação aberto e variável. 
6. Tempo impondo limites. 
7. Sobreposição do sofrimento orgânico-psíquico. 
10 
 
 
8. Imposição x opção do acompanhamento psicológico. 
9. Intervenção iminentemente focal e emergencial. 
10. Predominantemente egoica. 
11. Morte e o morrer como parceiros constantes na rotina de trabalho. 
12. Absoluta necessidade de visão multifatorial do paciente. 
13. Abrangência maior de conhecimentos específicos. 
14. Possibilidades múltiplas de intervenção: paciente – família – equipe 
– instituição. 
Essa identificação e categorização do que seria específico da psicologia 
hospitalar fez-se necessária, pois havia muita confusão,e a prática ainda não 
estava bem delimitada, as possibilidades e os resultados da inclusão do 
psicólogo nos hospitais eram então desconhecidas. Rodríguez-Marín (2003), 
citado por Castro e Bornholdt (2004, p. 51), refere que a psicologia hospitalar é 
um “conjunto de contribuições científicas, educativas e profissionais que as 
diferentes disciplinas psicológicas fornecem para dar melhor assistência aos 
pacientes no hospital”. O autor ainda expõe seis tarefas básicas que seriam do 
encargo do psicólogo hospitalar, a citar: 
1. Função de coordenação: relativa às atividades com os funcionários 
do hospital. 
2. Função de ajuda à adaptação: em que o psicólogo intervém na 
qualidade do processo de adaptação e recuperação do paciente internado. 
3. Função de interconsulta: atua como consultor, ajudando outros 
profissionais a lidarem com o paciente. 
4. Função de enlace: intervenção, por meio do delineamento e da 
execução de programas, junto a outros profissionais, para modificar ou instalar 
comportamentos adequados dos pacientes. 
5. Função assistencial direta: atua diretamente com o paciente. 
6. Função de gestão dos recursos humanos: para aprimorar os 
serviços dos profissionais da organização. 
11 
 
 
Sobre as especificidades e atribuições do psicólogo hospitalar, ainda 
vamos retomar o assunto em outras oportunidades ao longo da disciplina. Vamos 
nos ater agora aos aspectos da formação profissional e ao perfil de um psicólogo 
hospitalar. 
Pensar na formação em psicologia hospitalar remete pensar na própria 
formação em psicologia. Atualmente, grande parte das graduações em 
psicologia no país apresenta um modelo estritamente clínico ou social, são 
poucas as que fornecem teoria e técnica suficientes para atuação em hospitais. 
O profissional que deseja trabalhar nessas instituições precisa investir em uma 
formação própria, que vai desde as escolhas de disciplinas que se relacionam à 
saúde até uma formação pessoal que sustente essa prática. O trabalho em 
hospital exige uma visão ampla da tríade paciente- família-equipe (ou 
instituição). Também se faz necessário olhar para o processo saúde-doença não 
a partir do modelo biomédico, mas abrangendo uma perspectiva que leve em 
consideração o social, o econômico, o cultural, o espiritual, o emocional e o ético 
(MÄDER, 2016). É preciso olhar não só para a doença, mas para o doente em 
si. O profissional deve estar comprometido também socialmente, atento aos 
problemas de saúde de sua região e pensar criticamente sobre como pode 
ajudar na assistência a esses pacientes. A condição de atuar em equipe, ouvir 
os outros profissionais e estabelecer metas conjuntas também é frequentemente 
apontada como um ideal. 
A busca por variáveis psicológicas que pudessem explicar, mesmo 
parcialmente, a vulnerabilidade individual a determinadas doenças remonta à 
Grécia Clássica. No Brasil, os primeiros serviços de psicologia no hospital foram 
instalados na década de 1950, no Hospital das Clínicas da Faculdade de 
Medicina da Universidade de São Paulo (SERQUEIRA- SILVA; DESSEN; 
COSTA JÚNIOR, 2012). 
Ao longo do século XX, o reconhecimento científico de que fatores 
psicológicos interferem sobre a etiologia de doenças somáticas e a 
demonstração de que a prestação de serviços de assistência à saúde inclui um 
complexo processo de interações sociais entre indivíduos dispostos hierárquica 
e funcionalmente, deram suporte para o surgimento de um movimento crescente 
12 
 
 
de questionamento ao modelo biomédico da assistência à saúde e o 
desenvolvimento de modelos de saúde biopsicossociais. 
Ao tratar sobre o surgimento da psicologia da saúde, Martins e Rocha 
Júnior (2001, p.36) apontam que: 
 
O conceito de saúde depende da concepção que se tenha do ser humano 
e da sua relação com o meio ambiente. É um conceito que varia de cultura para 
cultura. A transmissão desses valores se dá, 
modernamente, pelos meios de comunicação de 
massa. 
Por meio da mídia, a saúde, um problema humano e existencial, pode ser 
compartilhada por todos os segmentos da sociedade. Para esses segmentos 
sociais, a saúde e a doença envolvem uma complexa interação entre os 
aspectos físicos, psicológicos, sociais e ambientais da condição humana e seus 
significados, exprimindo uma relação que perpassa o corpo individual e social, o 
ser humano enquanto ser total. 
A psicologia da saúde fundamenta-se no modelo biopsicossocial, 
rompendo com o modelo linear de saúde, de causa e efeito. Considera-se a 
partir de então a interação e integração de fatores biológicos, psicológicos e 
sociais relacionados ao processo de saúde--doença, constituindo importantes 
indicadores de como indivíduos e grupos enfrentam processos de doença e 
aderem, ou não, a prescrições de tratamento médico (SERQUEIRA- SILVA; 
DESSEN; COSTA JÚNIOR, 2012). 
Como um campo de contribuição específica da psicologia, científica e 
profissional, a psicologia da saúde prioriza a promoção e a manutenção da 
saúde, bem como a prevenção e o tratamento das doenças, através da 
identificação de relações funcionais entre os fatores psicossociais como: idade, 
13 
 
 
gênero, status socioeconômico, hábitos de vida, raça, rede social de apoio, 
comportamentos, como também a etiologia, o diagnóstico e o prognóstico de 
doenças e disfunções. 
 
 
A Psicologia da Saúde 
 
De acordo com Guimarães, Grubits e Freire (2007, p. 28) 
 
 
 
 
Esta conceituação implica assim na discussão da atuação de um 
profissional comprometido com o contexto social. A prática da Psicologia da 
saúde deve envolver serviços à comunidade, o ensino e a pesquisa, dentro da 
realidade brasileira. A Psicologia da saúde, construindo um novo saber, irá 
apresentar uma nova perspectiva para a prática clínica. Entretanto, vale 
enfatizar que a passagem para a consideração do contexto biopsicossocial tem 
de vir acompanhada por práticas clínicas e referenciais teóricos que a sustentem. 
14 
 
 
Angerami-Camon (2009) conceitua a Psicologia da saúde como sendo um 
conjunto de práticas que atuem numa integração da saúde mental com a saúde 
física e social do paciente. Uma psicologia que considere a compreensão 
orgânica da psicossomática, as psico-oncologia, os avanços da 
psiconeuroimunologia, as especificidades da psicologia hospitalar nos 
detalhamentos de sua intervenção nas diferentes doenças apresentadas pelo 
paciente e, acima de tudo, uma psicologia que leve em conta a historicidade do 
paciente. 
Esta conceituação traz implícito até mesmo mudanças na estrutura 
institucional, se assim for necessária. Acreditar no trabalho multidisciplinar, é 
uma psicologia que mais do que explicar o sofrimento do paciente, tenta 
compreender este sofrimento, articulando com a sua realidade existencial. Não 
tem um enquadre limitador de um consultório, mas tem como campo de atuação 
sua própria realidade de inserção. É uma psicologia ao mesmo tempo, clínica, 
social, hospitalar e institucional, e que por isso tem uma visão mais ampla dos 
conceitos de saúde (ANGERAMI-CAMON, 2009). 
Alguns caminhos da prática clínica em psicologia da saúde: 
Psicologia hospitalar; Psico-oncologia; Psiconeuroimunologia; 
Psicossomática; Atendimento domiciliar; Atendimento de drogadicção; 
Psicologia Institucional; Psicologia ambiental; Psicologia da comunidade. 
A psicologia da saúde é uma tentativa de se fazer uma nova dimensão da 
interdisciplinaridade. Uma forma de investir na humanização dos atendimentos 
realizados na área da saúde (ANGERAMI-CAMON, 2009). 
Guimarães, Grubits e Freire (2007) destacam três principais abordagens 
atuais na psicologia da saúde: a mais difundida corresponde à psicologia da 
saúde clínica, que englobam ações no âmbito do sistema de saúde, como: 
hospitais, clínicas e centros de saúde e tem como foco principal o trabalho com 
grupos de pacientes com disfunções específicas, tais como diabetes e câncer.A segunda abordagem está mais envolvida com ações que visem à 
melhoria da saúde da população em geral, mas ainda focaliza em grupos 
15 
 
 
vulneráveis e de risco numa perspectiva de cunho preventivo, pode ser 
denominada de psicologia da saúde pública. 
A terceira abordagem é a psicologia da saúde comunitária, que tem como 
propostas ações de promoção da saúde mental e física das famílias e 
comunidades, visando à emancipação e mudança social, utiliza-se de uma 
ferramenta multimetodológica, associando pesquisadores, profissionais e 
representantes comunitários. 
 
A Psicologia da Saúde e o Modelo Biopsicossocial 
 
Partindo da compreensão de que a saúde e a doença são categorias que 
trazem uma carga histórica, cultural, política e ideológica. E tendo em vista que 
essa revisão dos valores culturais está sendo acompanhada de profundas 
alterações no contexto e na forma de organização social. No campo da ciência 
e da saúde, também mudou a percepção de ser humano, temos assistido a 
implantação de um novo paradigma, que delineia uma atuação com base numa 
abordagem holística. 
Como salientam Martins e Rocha Júnior (2001, p. 37) 
 
Entendemos que o novo paradigma não pode ser apenas científico, pois 
não pode haver dicotomia entre ciências sociais e naturais. É preciso, portanto, 
superar as distinções tão familiares e óbvias, tais como natureza e cultura, o 
natural e o artificial, o vivo e o inanimado, o subjetivo e o objetivo, o coletivo e o 
individual, dentre outros. O conhecimento não pode ser particularizado, mas 
deve ser total, melhor dizendo, holista. Não podemos separar Psicologia e 
16 
 
 
saúde. A Psicologia precisa ter como campo de atuação a própria realidade 
contemporânea em que vivemos (MARTINS E ROCHA JÚNIOR, 2001). 
 
O contexto biológico 
 
Todos os comportamentos, incluindo estados 
de saúde e doença, ocorrem no contexto biológico. 
Cada pensamento, estado de espírito e ânsia é um 
evento biológico possibilitado pela estrutura 
anatômica e pela função biológica característica do corpo da pessoa. A 
psicologia da saúde chama atenção para aqueles aspectos de nosso corpo que 
influenciam a saúde e a doença: nossa conformação genética e nossos sistemas 
nervoso, imune e endócrino. 
Os genes proporcionam o projeto de nossa biologia e predispõem nossos 
comportamentos – saudável e doentio, normal e anormal. 
Um elemento fundamental do contexto biológico é a história evolutiva da 
nossa espécie, e a perspectiva evolutiva orienta o trabalho de muitos psicólogos 
da saúde. Nossos traços e comportamentos humanos característicos existem na 
forma como são porque ajudaram nossos ancestrais distantes a sobreviver 
tempo suficiente para se reproduzirem e enviar seus genes para o futuro. Por 
exemplo, a seleção natural favoreceu a tendência das pessoas a sentir fome na 
presença de um aroma agradável. Essa sensibilidade para pistas relacionadas 
com comida faz sentido evolucionário, pois comer é necessário para a 
sobrevivência – particularmente no passado distante, quando os suprimentos de 
comida eram imprevisíveis e era vantajoso ter um apetite saudável quando havia 
alimento disponível. 
Ao mesmo tempo, a biologia e o comportamento interagem de forma 
constante. Por exemplo, alguns indivíduos são mais vulneráveis a doenças 
relacionadas com o estresse porque reagem com raiva a perturbações 
cotidianas e a outros “gatilhos” ambientais. Entre os homens, esses gatilhos 
apresentam correlação com a reação agressiva relacionada com quantidades 
17 
 
 
maiores do hormônio testosterona. Porém, essa relação é recíproca: ataques de 
raiva também podem levar a níveis elevados de testosterona. Uma das tarefas 
da psicologia da saúde é explicar como (e por que) essa influência mútua entre 
biologia e comportamento ocorre. 
 
O contexto psicológico 
 
A mensagem central da psicologia da saúde, obviamente, é que a saúde 
e a doença estão sujeitas a influências psicológicas. Por exemplo, um fator 
fundamental para determinar o quanto uma pessoa consegue lidar com uma 
experiência de vida estressante é a forma como o evento é avaliado e 
interpretado. Eventos avaliados como avassaladores, invasivos e fora do 
controle custam mais do ponto de vista físico e psicológico do que os que são 
encarados como desafios menores, temporários e superáveis. 
De fato, algumas evidências sugerem que, independentemente de um 
evento ser de fato vivenciado ou apenas imaginado, a resposta do corpo ao 
estresse é, de modo aproximado, a mesma. Os psicólogos da saúde pensam 
que certas pessoas podem ser cronicamente depressivas e mais suscetíveis a 
determinados problemas de saúde porque revivem eventos difíceis muitas vezes 
em suas mentes, o que pode ser de modo funcional equivalente a experienciar 
repetidas vezes o evento real. 
Os fatores psicológicos também desempenham um papel importante no 
tratamento de condições crônicas. A efetividade de todas as intervenções – 
incluindo medicação e cirurgia, bem como acupuntura e outros tratamentos 
alternativos – é poderosamente influenciada pela postura do paciente. Um 
indivíduo que acredite que um medicamento ou outro tratamento irá lhe causar 
apenas efeitos colaterais desconfortáveis é capaz de experimentar uma tensão 
considerável, que pode, na verdade, piorar sua reação física à intervenção, 
desencadeando um círculo vicioso, no qual a crescente ansiedade antes do 
tratamento é seguida por reações físicas progressivamente piores, à medida que 
o regime terapêutico continua. 
18 
 
 
No entanto, um paciente com confiança na efetividade de certo tratamento 
pode, na verdade, apresentar uma resposta terapêutica melhor. As intervenções 
psicológicas ajudam os pacientes a administrar a tensão, diminuindo, assim, as 
reações negativas ao tratamento. Os pacientes mais tranquilos em geral são 
mais capazes e mais motivados para seguir as instruções de seus médicos. 
As intervenções psicológicas também auxiliam os pacientes a administrar 
o estresse da vida cotidiana, que parece exercer um efeito cumulativo sobre o 
sistema imune. Acontecimentos negativos na vida, como perda de um ente 
querido, divórcio, desemprego ou mudança, podem estar ligados a diminuição 
do funcionamento imunológico e maior suscetibilidade a doenças. Ensinando 
aos pacientes formas mais efetivas de administrar tensões inevitáveis, os 
psicólogos da saúde podem ajudar o sistema imune do paciente a combater as 
doenças. 
 
O Fazer do Psicólogo da Saúde 
 
A atuação do psicólogo na área da saúde teve seu marco inicial na década 
de 1950 e se desenvolveu com mais força na década de 1970, visto isto nas 
áreas acadêmicas de graduação, pós-graduação, publicação de artigos, 
encontros científicos e implementação de práticas. 
Tendo grande destaque na década de 1980, quando ocorreu o 1º 
Encontro Nacional de Psicólogos da Área Hospitalar. Na época verificou-se uma 
crescente busca de profissionais nas Instituições públicas, municipais, estaduais 
e federais, especificamente na psicologia da saúde e suas subáreas, para o 
trabalho em hospitais, ambulatórios, unidades básicas de saúde, centros de 
saúde e programas de orientação, prevenção e educação para a saúde. Na 
década de 1990 há um maior reconhecimento da importância do psicólogo da 
saúde em equipes interdisciplinares. 
19 
 
 
 
No trabalho do psicólogo da saúde, Aguiar et al. (2004) destaca alguns 
pontos importantes como: a comunicação profissional-paciente, ressaltando que 
quanto mais eficiente for a comunicação que tenha clareza e adequação da 
linguagem na transmissão das informações, o mínimo de assimetria possível 
entre o profissional e o paciente e a participação ativa deste nas ações e 
decisões que envolvem seu tratamento. 
Independente da instituição onde atua, o psicólogo da saúde pode atuar 
como mediador da relação entre os profissionais e o paciente, facilitando a 
compreensãodos procedimentos recomendados, assim como pode ajudar estes 
profissionais na comunicação mais clara e eficiente com os pacientes. 
Outro destaque é dado a comunicação interdisciplinar, o que faz repensar 
a prática que leve em consideração as relações humanas e sociais, em oposição 
a fragmentação do conhecimento como caminho a ser percorrido no processo 
de evolução em direção a um modelo de ciência, onde haja maior cooperação 
fomentado por uma visão mais integral da homem. 
 Segundo Martins e Rocha Júnior (2001) o trabalho de psicólogos em 
instituições de saúde remonta ao início do século XX e teve como principal 
objetivo integrar a Psicologia na educação médica. Nesta prática, o psicólogo 
adotou inicialmente o modelo médico, fundamentado na visão cartesiana, 
constituindo-se em uma atuação mais voltada à humanização dos atendimentos. 
20 
 
 
As principais doenças que atingiam a população eram as doenças 
infecciosas como pneumonia e tuberculose. Na atualidade tem-se constatado 
que as doenças estão mais relacionadas ao estilo de vida, causas ambientais, 
ecológicas e padrões comportamentais, como doenças cardiovasculares, 
câncer, AIDS, dentre outras. 
Desta forma, juntamente com as mudanças no âmbito da saúde e as 
necessidades da sociedade, muda também o modelo de profissional de 
Psicologia no Brasil, surgindo assim a necessidade de pensar na função social 
do psicólogo e na transcendência social da Psicologia (MARTINS E ROCHA 
JÚNIOR, 2001). 
Um passo para esta mudança se deu com a saída dos psicólogos das 
clínicas privadas, tornando crescente o interesse na área da saúde, ampliando-
se o espaço público e as demandas do contexto social. Foram mudanças 
significativas que colocou os psicólogos diante de novos desafios, conquistando 
novos espaços de trabalho que exigiam, cada vez mais, uma especificidade de 
ação. 
A intervenção se daria em Instituições Educacionais, como: escolas, 
creches, dentre outros; de Saúde Mental, como: hospitais, centros de saúde, 
ambulatórios de saúde mental, hospitais-dia, clinicas psicológicas e ainda em 
qualquer instituição na perspectiva das condições e relações de trabalho, ou 
seja, prevenindo e intervindo terapeuticamente em situações de diferentes graus 
de gravidade. 
O Psicólogo na rede básica de saúde atuaria na organização dos serviços 
de saúde preconizada pelo sistema único de saúde (SUS) que pressupõe uma 
rede de serviços integrada e regionalizada, composta por unidades básicas de 
saúde (responsáveis pelo atendi- mento primários), rede de ambulatórios 
(atenção secundária) e rede de hospitais cujos níveis vão desde as ações 
preventivas de baixa complexidade (na atenção primária) às ações 
especializadas, que requerem seguimento (atenção secundária) até as ações 
especializadas específicas das situações hospitalares (atenção terciária). 
Em centros de saúde, o tipo de intervenção pode ser: psicoterapia de 
adulto, triagem, orientação de mães, psicoterapia de adolescentes, 
21 
 
 
psicodiagnóstico, ludoterapia, grupos de alcoolistas, toxicômanos, aidéticos, 
tuberculosos, hansenianos, dentre outros. 
Em termos de prevenção pode-se atuar em orientação a puérperas; 
planejamento familiar; orientação à terceira idade e a sexualidade dos 
adolescentes; lazer, acompanhamento ao desenvolvimento infantil, visando à 
detecção precoce e intervenção em problemas e ou atrasos, acompanhamento 
a grupos de gestantes, acompanhamento a clientela de programas e 
subprogramas de saúde de adulto em problemas específicos de saúde tais 
como: hipertensos, hansenianos, diabéticos, desnutridos, etc. (MARTINS E 
ROCHA JÚNIOR, 2001). 
Segundo Angerami-Camon (2009) a psicologia já vem há muito tempo, 
buscando expandir seu campo de atuação, tentando ultrapassar a antiga 
categorização da psicologia em clínica, organizacional e educacional. Mesmo 
considerando que atuais práticas ainda estejam bastante entrelaçadas a estas 
práticas, nota-se que na atualidade surgem novos contornos da atuação dos 
psicólogos. 
Esta mudança é vista desde a reestruturação curricular dos cursos de 
psicologia, sendo comuns disciplinas que enfocam a psicologia comunitária, 
institucional, hospitalar, esportiva, forense, dentre outras. 
Nota-se que a mudança na prática, provocou reformulações no âmbito 
teórico. Um dos pontos chaves deu margem a uma nova visão de ser humano 
que levasse em conta sua historicidade, levando a uma abrangência do contexto 
social onde o indivíduo está inserido (ANGERAMI-CAMON, 2009). 
Segundo Straub (2005) os psicólogos da saúde estão à frente em 
trabalhos de pesquisa, tendo como base o modelo biopsicossocial em inúmeras 
áreas, como HIV/AIDS, adesão a regimes de tratamento médico e efeitos de 
variáveis psicológicas, culturais e sociais sobre o funcionamento imunológico e 
sobre diversas patologias, como: câncer, hipertensão, dia- betes, dores crônicas, 
entre outras. 
As atividades do psicólogo no hospital situam-se em atendimentos 
psicoterapêuticos, psicoterapia de grupo, profilaxia e psicoeducação, 
22 
 
 
atendimentos em ambulatórios, enfermarias e UTI, avaliação diagnóstica, 
psicodiagnóstico, consultoria e interconsulta e atuação em equipe 
multidisciplinar. 
Os psicólogos da saúde concentram-se em intervenções que visam à 
promoção da saúde, também atuam em áreas independentes como a clínica e 
orientação. As abordagens de avaliação envolvem medidas de funcionamento 
cognitivo, avaliação psicofisiológica, pesquisas demográficas e avaliações de 
estilo de vida e personalidade. As intervenções podem envolver o manejo do 
estresse, terapias de relaxamento, biofeedback, educação a respeito do papel 
dos processos psicológicos na doença, intervenções cognitivo-comportamentais 
e intervenções individuais ou grupais (STRAUB, 2005). 
 
Psicologia da Saúde e os níveis de assistência em 
saúde 
 
O vocabulário da saúde não recebeu, durante muito tempo, a importância 
adequada dentro dos programas de formação dos psicólogos. O olhar sobre a 
doença obteve mais destaque e favoreceu a criação de dificuldades em lidar com 
os termos da saúde. 
A psicologia da saúde fornece alternativas para solucionar vários dos 
problemas apontados. Uma possibilidade para diminuir o impasse tanto 
conceitual como em relação ao problema da inadequação das práticas dos 
psicólogos nos diversos setores da rede de atenção de saúde, sobretudo no caso 
da realidade brasileira, seria entender as práticas psicológicas por seus níveis 
de aplicação e complexidade, e não por locais de intervenção. 
23 
 
 
 
A compreensão da psicologia da saúde como ampla e autônoma permite 
sedimentar a natureza biopsicossocial do processo de saúde-enfermidade, 
ademais de mostrar as novas intervenções do psicólogo na promoção de saúde 
e na prevenção de enfermidades. Com este olhar é possível intervir tanto no 
sistema público de saúde como em outros sistemas sociais onde caibam as 
assistências de um psicólogo da saúde (Sistema Único de Saúde [SUS] e 
Sistema Único de Assistência Social [SUAS]). 
Nesta linha de raciocínio, é imprescindível entender as práticas de saúde 
do psicólogo enquadradas por seus níveis de complexidade (primário, 
secundário e terciário) para poder saber o que fazer em cada lugar de atuação. 
Não seria uma definição do papel do psicólogo por lugar de atuação, ao 
contrário, seria uma definição feita a partir de princípios e conceitos amparados 
no modelo biopsicossocial de saúde-enfermidade e em sua aplicabilidade por 
níveis de complexidade. 
Nesta perspectiva o primeiro nível de atenção de saúde é identificado 
como o que apresenta maiores problemas de inadequação das práticas, pois é 
o nível em que não há tradição das assistências de psicólogos. Neste nível 
cabem as assistências de promoção de saúde e de prevenção de doenças. As 
intervenções aqui, ainda que possam dirigir-se também a um indivíduo em 
particular, devem priorizara saúde das comunidades. 
24 
 
 
Ou seja, o fazer do psicólogo fundamenta-se no conhecimento do perfil 
de saúde-enfermidade da comunidade e volta-se para o desenvolvimento de seu 
potencial de saúde. Só assim, será possível pensar as práticas de promoção de 
saúde e de prevenção primária de doenças. Neste nível as práticas devem ser 
interdisciplinares e multiprofissionais, já que dependem do conhecimento e da 
contribuição das várias disciplinas relacionadas. 
Nesse sentido o trabalho é desenvolvido pela equipe multiprofissional de 
saúde, além de considerar possíveis interconsultas com outros profissionais de 
áreas afins. No segundo nível de atenção estão as assistências curativas, 
tratamento de doenças e de prevenção do agravamento das doenças. Já não 
cabe a prevenção primária nem tampouco a promoção de saúde, porque já 
haverá se instalado uma doença. 
Em todos os níveis de atenção de saúde o psicólogo pode assistir à saúde 
mental, mas o foco no tratamento deve ser feito no segundo nível de assistência 
de saúde. Ou seja, a intervenção clínica e psicoterápica, cujo objetivo é o 
tratamento e a modificação da personalidade individual. 
No terceiro nível de atenção de saúde estão as assistências mais 
complexas. Estão relacionadas com as assistências no hospital geral, e na rede 
de assistências substitutivas e de apoio ao tratamento dos doentes mentais. Este 
nível também está inteiramente voltado à investigação dos processos 
biopsicossociais relacionados aos comportamentos doentios, aos estilos vida 
que agregam valor à saúde ou à doença, à qualidade de vida, e todos os temas 
relacionados (coping, resiliência, stress, aderência aos tratamentos de doenças 
crônicas, análise e melhora do sistema e atenção sanitária, entre outros). 
A saúde mental, ao contrário do que se pensava no passado, deve ser 
assistida em todos os níveis de assistência, com observância do tipo de 
intervenção. Ou seja, a lógica para entender e desenvolver a assistência não é 
a doença, mas o nível de atenção de saúde. 
 
Perspectiva sociocultural 
 
25 
 
 
No contexto social, a perspectiva sociocultural considera como fatores 
sociais e culturais contribuem para a saúde e a doença. Quando os psicólogos 
usam o termo cultura, estão se referindo a comportamentos, valores e costumes 
persistentes que um grupo de pessoas desenvolveu ao longo dos anos e 
transmitiu para a próxima geração. Em uma cultura, pode haver um, dois ou mais 
grupos étnicos, isto é, grandes grupos de pessoas que tendem a ter valores e 
experiências semelhantes porque compartilham certas características. 
Os aspectos socioculturais também desempenham um papel importante 
na variação em crenças e comportamentos relacionados com a saúde. Por 
exemplo, as práticas tradicionais de cuidado à saúde dos nativos norte-
americanos são holísticas e não distinguem modelos separados para doenças 
físicas e mentais. Em outro exemplo, os adeptos da ciência cristã 
tradicionalmente rejeitam o uso da medicina, pois acreditam que os doentes 
podem ser curados apenas por meio da oração, e a lei judaica prescreve que 
Deus dá a saúde, sendo responsabilidade de cada indivíduo protegê-la. 
De modo geral, os psicólogos da saúde que trabalham nessa perspectiva 
sociocultural encontram grandes discrepâncias, não apenas entre os grupos 
étnicos, mas também dentro deles. Os padrões socioeconômicos, religiosos e 
outros culturais também podem explicar por que existem variações na saúde não 
apenas entre os grupos étnicos, mas também de região para região, estado para 
estado e até mesmo de um bairro para outro. 
 
 
O Trabalho do Psicólogo Hospitalar 
 
O objetivo principal do psicólogo hospitalar é auxiliar o paciente em seu 
processo de adoecimento, visando à minimização do sofrimento provocado pela 
hospitalização. Esse profissional deve prestar assistência ao paciente, bem 
como seus familiares e a equipe de serviço, sendo que este deve levar em 
consideração um leque amplo de atuações, tendo em vista a pluralidade das 
demandas. 
26 
 
 
De acordo com a definição do órgão que rege o exercício profissional do 
psicólogo no Brasil, o CFP (2003a), o psicólogo especialista em Psicologia 
Hospitalar tem sua função centrada nos âmbitos secundário e terciário de 
atenção à saúde, atuando em instituições de saúde e realizando atividades 
como: atendimento psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos; grupos de 
psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva; 
pronto atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto 
hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e 
interconsultoria. 
Chiattone (2000) ressalta, contudo, que, muitas vezes, o próprio psicólogo 
não tem consciência de quais sejam suas tarefas e papel dentro da instituição, 
ao mesmo tempo em que o hospital também tem dúvidas quanto ao que esperar 
desse profissional. Se o psicólogo simplesmente transpõe o modelo clínico 
tradicional para o hospital e verifica que este não funciona como o esperado 
(situação bastante frequente), isso pode gerar dúvidas quanto à cientificidade e 
efetividade de seu papel. Desse modo, segundo a autora, o distanciamento da 
realidade institucional e a inadequação da assistência mascarada por um falso 
saber pode gerar experiências malsucedidas em Psicologia Hospitalar. 
O psicólogo deve estar cônscio de seu papel na instituição hospitalar, visto 
que sua atuação não abrange somente a hospitalização em si, no que tange a 
patologia, mas, sobretudo, as sequelas e consequências emocionais 
decorrentes do adoecimento. Nessa perspectiva o psicólogo deve atuar de modo 
preventivo, evitando o agravamento do problema. 
27 
 
 
 
 
Objetivos e limites 
 
Para (Alamy, 1991) podemos conceituar Psicologia hospitalar como o 
ramo da Psicologia destinado ao atendimento de pacientes portadores de 
alguma alteração orgânico-física, que seja responsável pelo desequilíbrio em 
uma das instâncias bio-psico-social, bem como uma Psicologia dirigida a 
pacientes internados em hospitais gerais sem deixar de se estender aos 
ambulatórios e consultórios, com sua atenção voltada para as questões 
emergenciais advindas da doença e/ou hospitalização, do processo do adoecer 
e do sofrimento causado por estas, visando o minimizar da dor emocional do 
paciente e de sua família. 
Como o fato da psicologia hospitalar ser uma área que lida diretamente 
com a subjetividade e sofrimento do outro, é essencial que o psicólogo entenda 
os limites de sua atuação para não se tornar um dos elementos invasivos 
provenientes da hospitalização. 
Embora o paciente esteja necessitando de atendimento é necessário 
balizar a vontade ou não paciente de receber assistência, a vontade do sujeito 
deve ser respeitada. Assim, pode-se pensar em uma atuação que respeita a 
condição humana e caminhe dentro dos princípios morais e éticos. 
28 
 
 
De outra parte, é também muito importante observar-se o fato de que, ao 
atuar em uma instituição, o psicólogo, ao contrário da prática isolada de 
consultório, tem que ter bastante claros os limites institucionais de sua atuação. 
Na instituição o atendimento deverá ser norteado a partir dos princípios 
institucionais (ANGERAMI, 1984). 
A psicologia hospitalar não deve se colocar no contexto hospitalar como 
uma força solitária. Deve, acima de tudo, colaborar com seus objetivos para 
promover a humanização e a transformação social no ambiente hospitalar, sem 
ficar preso somente as teorizações que isolam os conflitos mais amplos. 
 
Desafios e Possibilidades 
 
O estado precário da saúde da população é um entrave dentro do saber 
psicológico, pois exige do profissional uma revisão de seus valores pessoais, 
acadêmicos e emocionais. Nesta perspectiva, o contexto hospitalar difere do 
contexto de aprendizagem e orientação acadêmica, uma vez que ali se percebe 
uma realidade desumana nascondições de saúde da população que é alvo 
constante de injustiças sociais e aspira por um tratamento hospitalar digno. Os 
doentes são não raros obrigados a aceitar como normais, todas as formas de 
agressão com as quais se deparam em busca da saúde (ANGERAMI-
CAMON,1995). 
É um desafio para o profissional adentrar em um contexto onde quem 
predomina é a área médica, onde há limites institucionais regidos por regras, 
condutas e normas. Além do que o serviço muitas vezes é muito deficiente e 
deve-se considerar que o atendimento psicológico afasta-se do modelo clínico 
tradicional, e muitas vezes, leva o profissional a fazer os atendimentos em 
macas, nos corredores, exigindo a construção de uma nova postura profissional. 
A inserção do psicólogo no contexto hospitalar tem a possibilidade de 
atuar no contexto de trabalho nas equipes inter e multidisciplinares, promovendo 
a humanização, qualidade de vida e assistência psicológica ao sujeito 
hospitalizado, a família e a equipe de saúde. 
29 
 
 
Angerami-Camon (1988) reflete sobre o trabalho do psicólogo junto ao 
paciente, à família, à equipe de saúde diante de situações específicas dentro do 
hospital. Ele defende a importância da trajetória hospitalar do paciente 
(diagnóstico e prognóstico), pois isto revela o tipo de trabalho a ser desenvolvido 
pelo psicólogo. Assim, as intervenções precisam observar que a estruturação do 
atendimento considera questões específicas da sintomatologia abordada em sua 
totalidade. Outra atuação seria a prestação de esclarecimentos aos profissionais 
sobre as questões emocionais do indivíduo internado. Além disso, junto à família, 
o psicólogo hospitalar precisa perceber que a mesma vive um momento de 
ansiedade, o qual envolve o restabelecimento físico do paciente. 
 
 
30 
 
 
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