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Liliane Gomes 1 https://uni-anhanguera.blackboard.com/webapps/blackboard/execute/courseMain?course_id=_31811_1 https://uni-anhanguera.blackboard.com/webapps/blackboard/execute/courseMain?course_id=_31811_1 Liliane Gomes 2 ANATOMIA Uma oftalmopatia caracterizada pela opacidade no cristalino, É uma das causas mais frequentes de perda de visão nos cães, afetando desde animais de raça pura quanto mestiços. CLASSIFICAÇÃO DAS CATARATAS Incipiente: de 10 a 15% da área do cristalino opaca (visão presente) Imatura: presença de áreas normais e opacas intumescentes e cristalino aumentado de volume (visão presente e obscurecida) Matura: cristalino totalmente opaco, aumentado de volume (visão obscurecida ou ausente) Hipermatura: cristalino totalmente opaco e de tamanho reduzido (visão ausente) SINAIS CLÍNICOS Opacificação da lente e a diminuição da acuidade visual do animal relatada pelo proprietário. Bater a cabeça, esbarrar em móveis, evitar obstáculos como escadas, dormir mais, animais relutantes em correr e passear, sem brincar, mostram a insuficiência visual do animal. DIAGNÓSTICO Reflexo pupilar à luz (PLR) deve ser positivo em qualquer estágio da catarata, mesmo sendo uma catarata madura ou hipermatura, não interfere significantemente na passagem dos raios luminosos que atingem a retina. Teste de Schirmer, mensuração da pressão intra-ocular (PIO), exame da câmera anterior por lâmpada de fenda e oftalmoscopia direta ou indireta após instilação de midriáticos DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Exames de fundoscopia, diferenciando a catarata da esclerose nuclear. O cristalino reflete menos luz, conferindo a aparência opaca. Liliane Gomes 3 Exame de fundo de olho, podemos diferenciar a catarata da esclerose do cristalino, pois na esclerose, o fundo de olho é visível, enquanto na catarata não. PROFILAXIA Não existe Evitar traumas Alimentação errônea que cause hiperglicemia no animal ou leve ao aparecimento da catarata diabetogênica. Não reproduzir animais com gene para catarata TRATAMENTO TRATAMENTO CLÍNICO Agentes terapêuticos como selênio, vitamina E, superóxido dismutase, carnosina ou citrato de zinco têm sido empregados para tentar prevenir, retardar ou interromper a evolução da catarata, embora eficácia dessas substâncias não tenha sido comprovada. Fármacos tópicos, sistêmicos ou intraoculares para reduzir, retardar ou prevenir a catarata resultaram ineficientes até o presente momento. Tratamento clínico unicamente retarda ou diminui os índices de êxito da cirurgia, permitindo o aparecimento de uveíte induzida pelo cristalino. TRATAMENTO CIRÚRGICO O paciente candidato a cirurgia de catarata deve ser examinado, para detecção de doenças sistêmicas, uveíte, ceratoconjuntivite seca, glaucoma, subluxação ou luxação da lente, opacidade do vítreo e lesões de retina, como descolamento ou degeneração de retina. Deve ser submetido a exames de oftalmoscopia direta, tonometria, biomicroscopia por lâmpada de fenda, teste lacrimal de Schirmer, eletrorretinografia e ultrassonografia ocular. TÉCNICA DE EXTRAÇÃO INTRACAPSULAR Para retirada da catarata luxada anteriormente em olho de cão Se a pupila estiver em midríase e não responsiva a estímulos luminosos, o animal pode possuir degeneração de retina, atrofia de íris, glaucoma, descolamento de retina ou uveíte anterior. A extração intracapsular constitui na retirada da lente inteira, incluindo cápsulas anterior e posterior. É empregada para a remoção de lentes luxadas anteriormente ou subluxações severas. Após incisão corneana, a lente luxada é extraída. Liliane Gomes 4 TÉCNICA DE FACOEMULSIFICAÇÃO Para retirada de catarata em olho de cão A aderência do vítreo anterior à cápsula posterior da lente (ligamento hialoideo- capsular) persiste por toda a vida, Na extração intracapsular ele deve ser mantido intacto, A protrusão do humor vítreo pode induzir a descolamentos de retina, hemorragias da coroide, deiscência de pontos de sutura e glaucoma, que são possíveis complicações da cirurgia. REGIÕES MAIS AFETADAS Doença inflamatória e pruriginosa da pele, com características clínicas associadas aos anticorpos de imunoglobulina E (IgE), mais comumente direcionados contra alérgenos ambientais PATOGÊNESE Defeitos ou disfunção de componentes individuais da epiderme e do estrato córneo Também pode estar associada a uma interrupção na produção e função de lipídios epidérmicos CAUSAS Falha na barreira (falha na produção de filagrina: Mantem os queratinócitos aderidos. Resposta imunológica errada. Exposição cronica a um alergeno/antigeno. Alergia, hiper I(imediata) hiper (tardia). Sazonalidade!Ex: Dermatophagoides farinae / pteromyces: acaro da poeira. ÁREAS DE COCEIRA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Idade do aparecimento dos sintomas Predisposição de acordo com uma raça Influência do sexo Liliane Gomes 5 Anticorpos, auto antígenos e alérgenos alimentares na dermatite atópica canina DIAGNÓSTICO Rejeitar outras condições de pele com sinais clínicos que podem se assemelhar ou se sobreporem à DA canina. Interpretação detalhada das características históricas e clínicas da condição. Uma nova ferramenta para auxiliar na interpretação desses achados é a aplicação dos critérios clínicos conhecidos como "critérios de Favrot" 7. Avaliação da reatividade da pele por teste intradérmico ou detecção de IgE por testes de sorologia de IgE específicos. TRATAMENTO Banhar com um shampoo não irritante. Banhar com um shampoo emoliente contendo lipídios, açúcares complexos e antissépticos (Allermyl, Virbac) mostrou ter um bom efeito antipruriginoso, porém de curta duração. Tratamento de curto prazo com glucocorticóides tópicos: os pulverizadores tópicos de glucocorticóides são eficazes para o tratamento de erupções agudas. A prednisona oral, prednisona ou metilprednisolona administradas na dose de 0,5 a 1,0 mg / kg por dia, em uma dose ou dividida em duas doses, é susceptível de melhorar os sinais clínicos de cães com DA severa ou extensa. Oclacitinibe pode ser prescrito em 0,4-0,6 mg / kg por via oral duas vezes por dia por até 14 dias para reduzir rapidamente lesões cutâneas e prurido. Inibidores da calcineurina. O início lento da ação dos inibidores tópicos (por exemplo, tacrolimus) e oral (por exemplo, ciclosporina) de calcineurina os torna inadequados para gerar bons resultados em casos agudos. Para DA canina crônica, o tratamento deve incluir a identificação e eliminação das causas, bem como garantir que haja adequada higiene e cuidado de pele e casacos dos animais. Os medicamentos atualmente mais eficazes na redução de prurido crônico e lesões cutâneas são glicocorticoides tópicos e orais, ciclosporina oral, oclacitinibe oral e, quando disponível, interferonrecombinante injetável. A imunoterapia específica para alérgenos e as aplicações intermitentes de glicocorticoides tópicos podem prevenir ou retardar o alastramento da doença. Liliane Gomes 6 Imunoterapia no tratamento da dermatite alérgica à saliva da pulga São sensibilizados às proteínas presentes na saliva do ectoparasita. Causas exposição crônica a saliva da pulga. SINAIS CLÍNICOS Hipotricose, Alopecia, Descamação, Crostas, Hiperqueratose, Prurido, Eritema. DIAGNÓSTICO Clínico, eosinófilo no hemograma, intradermoreacao. Cães: Lombosacra, parte interna da coxa. Gatos: Lombosacra, Cervical, Dermatite Miliar TRATAMENTO Eliminar pulga do animal (antipulgas). Eliminar pulga dos contactantes! Eliminar pulga do ambiente (Piretrinas). Automutilação: Corticoide (Predinisolona). Infecçãosecundária: Cultura, antibiograma, ATB. Controle integrado é importante, pois pulgas podem desenvolver resistência aos ou acaricidas. Tratamento limita-se ao controle dos ectoparasitas, com antiparasitários, e do prurido com anti-histamínicos ou corticoides HOSPEDEIROS Intermediário: cães Definitivo: carrapato Rhipicephalus sanguineus TRANSMISSÃO: Através da picada do carrapato inocula no sangue do hospedeiro o parasita CICLO BIOLÓGICO DO CARRAPATO VERMELHO Liliane Gomes 7 SINAIS CLÍNICOS FORMA SUBCLÍNICA OU INAPETENTE Mais comum em animais adultos com bom sistema imunológico que mantem a taxa de parasitose baixíssimo 1. Ausência de sinais clínicos 2. Discreta anemia FORMA CLINICA 1. Doença hemolítica de baixa intensidade 2. Anemia moderada 3. Letargia 4. Febre FORMA AGUDA 1. Anemia, palidez da mucosa 2. Febre, apatia, anorexia e letargia 3. Linfadenopatia, esplenomegalia e hepatomegalia FORMA HIPER AGUDA 1. Anemia intensa 2. Hemoglobinemia, bilirrubinemia 3. Hemoglobinúria, bilirrubinúria OS ACHADOS LABORATORIAIS MAIS COMUNS Anemia normocítica hipocrômica Policromasia Anisocitose Trombocitopenia Contagem de leucócitos, que pode estar aumentada ou diminuída. DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIRETO Esfregaço sanguíneo e PCR DIAGNÓSTICO INDIRETO RIFI (alta sensibilidade e moderada especificidade) e ELISA (alta sensibilidade, mas pouco especifico) EXAME DE SANGUE Pela visualização da Babesia canis dentro dos glóbulos vermelhos. Porém, nem sempre o exame aponta o protozoário: aí é preciso fazer um exame sorológico que confirme o diagnóstico. Em geral são testes rápidos com resultados na hora. TRATAMENTO Liliane Gomes 8 Fluidoterapia (soro na veia), Dipropionato de Imidocarb Dose: 5,0 – 6,0 mg/Kg Reação tardia 10 a 12h COMO PREVENIR Controle dos carrapatos, que pode ser realizado com o uso de carrapaticidas ou coleiras que contenham a substância e higiene do local do animal. Mas eliminar os carrapatos do cachorro ou do ambiente é verdadeiro desafio. TIPOS Traumático Espontâneo Fechado Aberto. SINTOMAS Respiração rápida (taquipnéia) Dificuldade em respirar (dispnéia) Respiração rápida e superficial do abdômen Aumento da frequência cardíaca (taquicardia). PNEUMOTÓRAX TRAUMÁTICO Que ocorre quando o ar se acumula no espaço pleural e é devido a algum tipo de trauma, tal como um acidente de carro, quedas, etc. podem ser evidentes os sinais de choque. Geralmente aberto Outro tipo de pneumotórax é pneumotórax hipertensivo, no qual o ar é transferido para dentro do espaço pleural durante inalação regular, ficar preso, e criar uma transferência unidirecional de ar para o espaço pleural. PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO Pneumotórax espontâneo é devido a uma causa não traumática, e pode ser primária (o que significa que ocorre na ausência de uma doença pulmonar subjacente) Secundária (o que significa que está associado com algum tipo de doença pulmonar subjacente). Sempre fechado PNEUMOTÓRAX ABERTO Ocorre quando existe um defeito localizado no sistema respiratório, como furo na parede torácica, resultando em contato entre o espaço pleural e a atmosfera exterior; PNEUMOTÓRAX FECHADO https://love.doghero.com.br/saude/como-tirar-carrapato-de-cachorro/ http://dicaspeludas.blogspot.com.br/2011/12/estado-de-choque-voce-sabe-o-que-isso.html Liliane Gomes 9 Entretanto, é identificado como pneumotórax sem quaisquer defeitos respiratórias. DIAGNÓSTICO Deve-se fazer entre o 7 e 8 espaços intercostal e inserir o cateter sempre cranial a costela Toracocentese, em que uma dose intravenosa (IV) cateter ligado a uma extensão é inserida na cavidade pleural, pode confirmar o diagnóstico, e também pode ser utilizado para remover o ar do espaço pleural. Broncoscopia envolve o uso de um tubo fino com uma pequena câmara a ela ligada, inserido nas vias aéreas por via da boca. Este é o melhor a ser feito se houver evidência de trauma via aérea traqueal ou grande. TRATAMENTO O cão com pneumotórax deve ser tratado no hospital até que a acumulação de ar na cavidade pleural parou ou está estabilizado. Tantos ares quanto possíveis devem ser removidos a partir do espaço pleural, e terapia com oxigênio deve ser feita até que o animal se estabilize. Remoção de ar pode ser realizada através de toracocentese, em que uma dose intravenosa (IV) cateter ligado a uma extensão é inserida na cavidade pleural. Em casos de pneumotórax aberto traumático, as feridas abertas no peito do cão devem ser limpas e cobertas com um penso de estanque, logo que possível, e mais tarde reparado cirurgicamente. A administração intravenosa de (IV) fluidos também é muitas vezes necessário em casos de trauma. PREVENÇÃO Um dos segredos para evitar pneumotórax traumático é manter os cães confinados e longe de áreas perigosas, tais como estradas, onde eles são mais susceptíveis de serem feridos. Liliane Gomes 10 Exposição indireta ou direta, além de parasitas como dirofilariose e aspiração de objetos estranhos como comida Poluentes e patógenos na atmosfera também podem levar e, claro, provocar dificuldades respiratórias em cães. SINTOMAS Tosse, aguda ou crônica, seca ou carregada; Dificuldade respiratória; Frequência respiratória acelerada (respirando muito rápido); Qualquer alteração no padrão respiratório (respiração mais superficial, por exemplo); Cansaço fácil, ou intolerância ao exercício; Barulho ao respirar; Falta de ar, dificuldade para puxar o ar; Cianose (língua roxa ou mais escura); Secreção nasal; Espirro, com secreção ou sem; Espirro reverso Apnéia Boca e língua com aparência azul; Vômitos e engasgos. DIAGNÓSTICO Raios-X para analisar o tórax do seu cão, para verificá-lo e, além disso, requer um Sangue Completo. Avaliação da contagem para confirmá-la completamente Avaliação CBC o nível de glóbulos brancos for anormalmente alto, é um forte indicador de uma infecção e, quando os outros sintomas são encontrados, significa que seu animal está com pneumonia. TRATAMENTO Suspeita de fluido, uma amostra deste pode ser removida do peito e analisada, ajuda a diferenciar doenças daquelas causadas por fungos. Liliane Gomes 11 Suspeita de bactérias presentes, um teste de cultura e sensibilidade pode ser feito para identificar o tipo de bactéria, e assim, escolher o antibiótico apropriado. Diuréticos são geralmente administrados para ajudar a limpar o excesso de fluido dos pulmões. Nebulização Terapia de oxigênio Broncodilatadores Medicamentos antiinflamatórios Coupage Heal Medicação Antimicrobiana PREVENÇÃO Manter seu cão atualizado com suas próprias vacinas, certificando-se de que ele brinque apenas com animais saudáveis e instalações limpas, sem um registro prévio de tosse no canil ou surto de gripe canina. ANATOMIA São uma emergência de causa desconhecida uma vez que o estômago dilata, os meios fisiológicos normais de remoção de ar (eructação, vômito e esvaziamento pilórico) são prejudicados, pois os portais esofágico e pilórico estão obstruídos. FATORES DE RISCO À alta taxa de morbidade e potencialmente mortalidade em cães de raças grandes e gigantes, e cães que têm parentesco de primeiro grau com aqueles que já foram acometidos pela síndrome. FISIOPATOLOGIA Liliane Gomes 12 Há aerofagia ser o fator mais importante do acúmulo de gás no estômago, tem 18 sido postulado que a dilatação ocorra primeiramente. O estômago gira em sentido horário quando visto da perspectiva do cirurgião (o cão em decúbito dorsal e oclínico em posição de pé ao lado do cão, em direção cranial). DIAGNÓSTICO Exames ultrassonográficos e radiográficos, demonstrando a dilatação e possíveis áreas de necrose no estômago. Dilatação e vólvulo com necrose da parede gástrica em cão indicado pelas setas. A ultrassonografia tem sido um dos métodos de escolha no vólvulo gástrico. Quando o ultrassom com doppler colorido é utilizado, os vasos são visualizados com seu fluxo interrompido mas, a ausência deste sinal não descarta a possibilidade da presença de um vólvulo, além do estômago ocorre a torção do baço e dos seus vasos, levando à congestão do mesmo. Para diferenciar a dilatação simples da dilatação mais vólvulo é necessário a avaliação radiográfica, mas está só deve ser obtida depois da estabilização do paciente. O hemograma é raramente realizado, a menos que uma coagulação intravascular disseminada (CID) cause trombocitopenia. TRATAMENTO Começa-se com descompressão gástrica e fluidoterapia rápida seguida de reposicionamento cirúrgico do estômago e gastropexia e determinar as viabilidades gástrica e esplênica. Há necessidade de terapias concomitantes do desequilíbrio eletrolítico, arritmias e CID. Deve-se, portanto, realizar o tratamento para a estabilização inicial de emergência. DESCOMPRESSÃO GÁSTRICA Deve ser realizada concomitantemente à terapia de choque. Há melhora imediatamente no débito cardíaco e na pressão arterial, pois alivia a oclusão da veia cava caudal e das veias portais. Uma sonda orogástrica é pré – medida da ponta do focinho até a última costela (região xifoide) e faz-se uma marca com esparadrapo para que a sonda não avance além deste ponto. GASTROSTOMIA Liliane Gomes 13 Se deseja acessar o interior do estômago através de uma incisão na parede gástrica. Gastrostomia temporária para descompressão até que se possa realizar uma cirurgia definitiva. É recomendada somente se ocorrer atraso do início da cirurgia e as técnicas alternativas como sondagem oral e/ou punção abdominal, falharem em manter o estômago descomprimido. TRATAMENTO DO CHOQUE Consiste na reposição de fluidos, corticosteróides e antibióticos endovenosos. Devem ser colocados um ou mais cateteres intravenosos na veia jugular ou nas veias cefálicas para administração de fluidos isotônicos, solução salina hipertônica e antibióticos de amplo espectro para tratar a endotoxemia (por exemplo, cefazolina, ampicilina e enrofloxacina). No caso de choque séptico, deve ser administrado flunexina meglumina em dose única devido aos seus efeitos gastroentéricos. Se por acaso o animal estiver dispneico, a oxigenoterapia se faz necessária e pode ser dada por insuflação nasal ou máscara. ANESTESIA PARA DILATAÇÃO VÓLVULO-GÁSTRICA Um eletrocardiograma (ECG) deve ser monitorado para detectar arritmias cardíacas, que devem ser tratadas com lidocaína e procainamida separadamente ou associadas, antes da cirurgia se forem significativas O animal pode ser pré-tratado com opióides, como metadona, tramadol ou butorfanol, e induzido com edomidato e fentanil, propofol, cetamina e midazolam ou cetamina e diazepam. O edomidato é a melhor escolha, caso o animal não esteja ainda estável, pois é capaz de manter a estabilidade hemodinâmica e o ritmo cardíaco. REPOSICIONAMENTO GÁSTRICO Devem atingir três metas principais: determinar a viabilidade, corrigir o posicionamento e prevenir o mau posicionamento gástrico e esplênico ou sua recidiva. GASTROPEXIA Deve ser realizada para o acerto da posição do estômago, costumando também ser curativa em cães com DVG parcial ou crônica. As técnicas utilizadas são: gastropexia circuncostal, gastropexia de alça de cinto e gastropexia incisional Liliane Gomes 14 GASTROPEXIA CIRCUNCOSTAL Faça uma dobra articulada de uma ou duas camadas (aproximadamente 5 a 6 cm de comprimento em cães grandes) ao fazer incisão através da camada seromuscular do antro pilórico. Não incisar a mucosa gástrica ou penetrar o lúmen. Eleve o retalho por dissecção sob a muscular. Se for feito um único retalho articulado, faça a articulação em direção à curvatura menor. Faça uma incisão de 5 a 6 cm sobre a 11ª ou 12ª costela no nível da junção costocondral. Certifique-se de que a incisão não penetra os ligamentos diafragmáticos à parede abdominal. Forme um túnel abaixo da costela usando uma pinça hemostática. Coloque suturas estáveis na dobra. Passe a dobra antral gástrica craniodorsal sob a costela e suturar com uma sutura absorvível 2-0 à margem gástrica original GASTROPEXIA ALÇA DE CINTO/ALÇA DE TIRA A) São realizadas duas incisões paralelas no peritônio e no músculo transverso abdominal atrás da última costela. As incisões devem ter 3 a 5 cm de comprimento, e estar a intervalos de 2,5 a 4 cm. B) O retalho do músculo abdominal transverso é elevado com dissecção romba. C e D Um retalho seromuscular é elevado no antro pilórico. E) Coloque suturas de fixação na borda do retalho antral e use-as para passar o retalho da posição cranial para a caudal, sob o retalho muscular. F) O retalho seromuscular é passado por baixo do retalho transversal do abdome. G) Prenda o retalho em sua margem gástrica original, usando um padrão contínuo simples com material absorvível (ou não) 2-0. Liliane Gomes 15 São necessários pontos adicionais entre a parede corporal e o estômago para diminuir a tensão na gastropexia GASTROPEXIA INCISIONAL A) com uma incisão no nível do antro pilórico de 5 cm paralela ao longo eixo da linha média do estômago entre a curvatura menor e a curvatura maior. A incisão se estende apenas na camada seromuscular. B) de 5 cm é feita através do peritônio e do músculo abdominal transversal direito na direção das fibras musculares, de 2 a 3cm caudal até a última costela. C e D O estômago é trazido para a parede abdominal direita. A borda cranial da incisão do estômago e a parede abdominal são suturadas juntamente com um padrão simples de sutura contínua com fio monofilamentar absorvível. E é então realizada rafia semelhante com as bordas caudais das incisões ESPLENECTOMIA Quando são visíveis áreas de necrose ou enfarte esplênico, deve-se realizar esplenectomia parcial ou total. Esplenectomia parcial, do que quando se efetua a remoção total do baço. Quando é visível uma torção ao nível do seu pedículo, opta-se sempre por uma esplenectomia total, no entanto, na maioria dos pacientes com DVG, o baço permanece viável. PÓS-OPERATÓRIO O animal deve permanecer internado para fluidoterapia, monitoração e correção dos distúrbios eletrolíticos, acidobásicos e de arritmia cardíaca. Administrar protetores de mucosa gástrica como ranitidina pode ser útil para redução da acidez gástrica, prevenindo vômitos e úlceras gástricas. Realizar exames de hemograma, proteína total, gases sanguíneos, glicemia e função renal. Induzir a motilidade gastrointestinal utilizando metoclopramida endovenoso Devem ser oferecidas pequenas quantidades de água e alimento pastoso com baixo teor de gordura 12 a 24 horas após a cirurgia. Após 2 a 3 dias do procedimento cirúrgico, oferecer alimento pastoso a macio, em seguida depois de 4 a 5 dias, dieta normal. Manejo pós-operatório deve ser bem criterioso quanto à alimentação, já que o estômago foi acometido há pouco tempo Liliane Gomes 16 Antibioticoterapia é continuada por 7 a 10 dias. Gastropexia é rara, mas a técnica por colocação com sonda, chegando a 30% dos casos. PROGNÓSTICO E PROFILAXIA O prognóstico varia de acordo com a evolução e se ocorreu necrose gástrica ou não. Mesmo com a realização de cirurgia o prognóstico é reservado,já relatado taxa de mortalidade de até 45% ou mais Prevenir a ocorrência da DVG devem ser oferecidas aos animais pequenos porções de alimento diversas vezes ao dia. Não alimentar os cães com o comedouro em superfície elevada. Evitar estresse durante a alimentação, além de impedir exercícios antes e após as refeições. Pode ser realizada gastropexia profilática nas raças e animais predispostos É uma infecção uterina causada por bactérias que penetram no útero durante o cio. Essas bactérias formam uma secreção purulenta e sanguinolenta que pode ou não ser visível. A piometra é uma dolorosa condição que aflige cadelas não-castradas que já passaram do primeiro cio. Trata-se de um quadro médico bastante sério e grave, que pode levar os cachorros a óbito. Uma vez que está presente no corpo do animal, esse pus pode infectar não só o órgão, mas também todo o seu corpo, contagiando seu sangue e causando outras doenças e condições médicas graves, como a insuficiência renal. É uma infecção uterina CLASSIFICAÇÃO ABERTA Secreção vaginal, pode ser abundante sanguinolenta a mucopurulenta. FECHADA Liliane Gomes 17 Distensão e dor abdominal. Distensão e dor abdominal. Septicemia ou Toxemia: taquicardia, aumentado, pulso fraco e hipotermia abundante do tipo taquicardia, TPC hipotermia. SINAIS CLÍNICOS Letargia, depressão, anorexia, hipóxia, polidispcia e poliúria, vômito e desidratação. DIAGNÓSTICO Anamnese; Exame Físico; Hemograma completo; Ultrassom; Bioquímico sérico; Urinálise; Avaliação da função renal. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: Mucometra Aborto, Gestação e Piometra de coto. TRATAMENTO CLÍNICO Alizin →Usado para interrupção de gestação (até 45 d) e tratamento alternativo de piometra e metrite em cadelas (não recomendado). E gatas, funciona muito bem para a Hiperplasia Mamária CADELA 0,33 ml/kg/dia (10mg de aglepristone/kg/dia), SC, no lado interno do MP, a cada 24 horas, durante 2 dias GATA 0,50ml/kg/dia (15mg de aglepristone/kg/dia), SC, na região da escápula, A cada 24 horas, durante 2 dias 2ª adm deve ser feito no membro oposto Na piometra, aplicar nos dias 1, 2, 8 e 15 após o início dos sintomas CIRÚRGICO Deve ser feito a Ovariohisterectomia Manusear o útero com cuidado (risco de romper!!!) Se romper, lavar a cavidade abdominal com NaCl 0,9% (50mL/kg) previamente aquecida Liliane Gomes 18 Linfoma = Linfossarcoma = Linfoma maligno NEOPLASIA MALIGNA Origem tecido linfoide Proliferação de linfócitos malignos Qualquer órgão ETIOLOGIA CÃES Agentes químicos (herbicidas), exposição a campos magnéticos, anomalias cromossômicas (p53, BCL-2), imunossupressão/inflamação crônica GATOS FIV (imunossupressor – reconhecer células malignas) e FeLV (DNA hospedeiro → crescimento celular → transformação maligna), fatores predisponentes CÃES Animais adultos a idosos Jovens (< 1 ano) Boxer, Rottweiler, Poodle Chow-chow, Beagle, Basset Hound, Pastor Alemão, São Bernardo, SRD Predisposição familiar: Golden Retriever → alteração genética GATOS Siameses e raças orientais Jovens FeLV (60x mais chances), FIV (5x mais chance), FIV e FeLV (80x mais chance COMO IDENTIFICA-LOS? Observar nódulos sob a pele de aparecimento relativamente rápido. Normalmente são indolores, não aderidos e não tem mudança no aspecto da pele ou na pelagem. Geralmente são esféricos ou ovais e localizados nas partes mais baixas do animal. CLASSIFICAÇÃO Localização anatômica das massas tumorais Cito-histológica Imunomorfológica LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA CÃES Multicêntrico (mais comum), Mediastinal (tímico), Alimentar (órgãos do TGI), Cutâneo, Extranodal (acomete órgãos diferentes dos anteriores – coração, rim) GATOS Nasal, renal, sistema nervoso, extranodal LINFOMA MULTICÊNTRICO Forma mais comum em cães Liliane Gomes 19 Aumento dos linfonodos (submandibulares, pré-escapulares, poplíteos e axilares) Linfadenomegalia generalizada SINAIS INESPECÍFICOS Apatia, febre Hipo/ anorexia Efusão torácica e ascite Dor? Gatos: Linfadenomegalia, hepatoesplenomegalia, efusões LINFOMA MEDIASTINAL Alterações respiratórias: dispneia e tosse → efusão pleural, formação neoplásica Alterações esofágicas: engasgos, regurgitação, disfagia → compressão Síndrome da veia cava cranial: edema de cabeça, edema de membros torácicos LINFOMA ALIMENTAR Frequente em gatos (idade avançada) e menos comum em cães Hipo/ anorexia Emese e diarreia Hipoproteinemia (absorção) Perda de peso, Desconforto abdominal Baço e fígado Gástrico (vômito, apatia), intestinal (dor, perda de peso, diarreia) Tem caráter crônico LINFOMA CUTÂNEO EPITELIOTRÓPICO Epiderme e linfócitos T → Micose fungóide Lesões arciforme (forma de ferradura) NÃO EPITELIOTRÓPICO Derme e Linfócitos B Prurido variável: ausente a intenso Eritema, descamação Nódulos, úlceras Junção muco cutânea Contaminação secundária LINFOMA EXTRANODAL Cardíaco (sinais de ICC, tosse, síncope) Sistema nervoso central (ataxia, convulsão) Ocular (perda de visão, olho vermelho), renal (IR), nasal (sangramento, espirro crônico, deformidade) Sinais clínicos variam de acordo com o órgão afetado DIAGNÓSTICO Normalmente feito pela avaliação física do animal e confirmado pelo exame de citologia aspirativa – exame rápido, indolor e de baixo custo. Esse exame é conclusivo em mais de 90% das lesões. Citologia Histopatológico EXAMES DE AUXÍLIO DIAGNÓSTICO Hemograma Liliane Gomes 20 Funções renal e hepática Mielograma Radiografia torácica (linfadenomegalia intratorácica, metástase pulmonar, efusão pleural/pericárdica) Ultrassom abdominal (ascite, envolvimento hepático, esplênico, intestinal) ANORMALIDADES HEMATOLÓGICAS Anemia normocítica normocrômica Crônico X imunomediada Leucocitose X leucopenia Trombocitopenia Linfócitos atípicos – MO PERFIL BIOQUÍMICO SÉRICO Aumento de enzimas hepáticas: LDH (humanos X animais) Hipercalcemia (síndrome paraneoplásicas) TRATAMENTO LIPOMA FOR PEQUENO E de crescimento lento, recomenda-se que se faça um acompanhamento deste realizando uma citologia aspirativa a cada 6 meses. LIPOMAS INFILTRATIVOS São tratados agressivamente com cirurgia para remover o tumor, apesar de serem benignos, além de parte do tecido em volta dele. Se o veterinário não puder remover completamente um lipoma infiltrativo, é possível utilizar a radioterapia ou quimioterapia após a cirurgia. PREVENÇÃO Não há maneira de impedir a ocorrência dos lipomas. Uma vez que os lipomas são observados, eles devem ser cuidadosamente monitorizados. CAUSA Infecção urinária: estruvita; Problemas hepáticos: shunt portossistemico, cirrose hepática (aumento da concentração de amônia); Liliane Gomes 21 Predisposição racial: dálmatas (urato) MANIFESTAÇÃO CLÍNICA MANIFESTAÇÕES I NESPECÍFICAS Hematúria, dor, poliúria, polidipsia, letargia, de pressão, febre, anorexia, uremia. DIAGNÓSTICO RX Radiografia látero-lateral esquerda do abdome de cão. As setas brancas mostram cálculos renais Mineralização; US Sombra acústica TIPOS DE CÁLCULO RENAL Os cálculos de oxalato de cálcio são os mais comuns (cerca de 75%); Os cálculos de fosfato de cálcio (cerca de 15%), Ácido úrico (cerca de 8%),Estruvita (cerca de 1%) e Cistina (<1%). TRATAMENTO MANEJO TERAPÊUTICO Dieta calculolítica (problema: obstrução ureteral); CIRURGIA Liliane Gomes 22 Porém só em casos em que o animal estiver com dor, perda de qualidade funcional renal ou obstrução. Caso contrário só acompanhamento. Remoção do cálculo de dentro do rim (cortar o rim em duas partes iguais e segurar o hilo renal para que o cálculo não se mova para o ureter. Pielolitotomia: tira o cálculo pela pelve renal. NEFROT OMIA Normalmente é executada para remover cálculos, alojados na pelve renal, mas ela também pode ser realizada para explorar a pelve renal em casos de neoplasias ou hematúria. T É C N I C A C I R Ú R G I C A Localizar os vasos renais e ocluí-los temporariamente com pinça vascular, um torniquete ou um dedo do assistente. Mover o rim para expor a superfície lateral convexa. Fazer uma incisão em cunha ao longo da linha média d a borda convexa d a cápsula do rim e então dissecar claramente através do parênquima rena l, ligando os vasos quando necessário. Examinar a pelve renal. Remover os cálculos e lavar o rim com solução salina morna ou solução de Ringer lactato morna. Avaliar o ureter para desobstruí -lo por meio da colocação de cateter de borracha macia de 3,5 Fr pela extremidade do ureter e lava -lo com líquidos mornos. Fechar a nefrotomia por aproximação dos tecidos corta dos e aplicar pressão digital pôr aproximadamente cinco minutos, enquanto ser estabelece o f luxo sanguíneo através dos vasos renais (técnica s em sutura). COMO EVITAR Mantendo o cachorro hidratado Dê a quantidade certa de água que o cachorro precisa diariamente. Coloque água na comida do cachorro se ele não estiver bebendo o suficiente. Permita que o cachorro faça as necessidades com frequência. Cuidando da alimentação do cachorro. Escolha uma ração de alta qualidade. Considere dar um suplemento alimentar ao cão. Fazer o check-up regularmente. Liliane Gomes 23 (DRC), em que a insuficiência renal persiste por um período prolongado Comprometimentos estrutural e/ou funcional de um ou de ambos os rins presente a aproximadamente 3 meses. Comprometimento de 75% dos néfrons. SINAIS CLÍNICOS Hiporexia/Anorexia/Alotriofagia Perda de peso Perda de massa muscular Poliúria Polidipsia Vômito Halitose Estomatites e gastroenterites Anemia arregenerativa Acidose metabólica Hipertensão sistêmica CAUSAS Causas genéticas; Infecções; Problemas cardíacos; Parasitas; Exposição do animal a produtos tóxicos; Uso prolongado de medicamentos nefrotóxicos; Diminuição do fluxo do sangue e da urina aos rins; Pressão arterial alta; Câncer; Obstruções como pedras nos rins; Liliane Gomes 24 Ingestão de substâncias tóxicas, medicações e materiais de limpeza; Doença dentária avançada; Idade maior que 7 anos; Alimentos com níveis altos de fósforo; Aumento da ingestão de proteína (carne); Estresse. DIAGNÓSTICO Hemograma (Anemia não regenerativa) Bioquímico FA/ALT/AST/GGT Proteína Ureia/creatinina -Albuminas Pt total -Triglicérides/colesterol Glicemia Razão proteína urinária/creatinina (UPC) -SDMA -Eletrólitos (fosfato/potássio) Urinálise USG EXAMES DE IMAGEM Trazem informações importantes acerca do tamanho dos rins, formato e parênquima, como também para a avaliação óssea do crânio nos casos de hiperparatireoidismo secundário renal. Com a doença renal crônica, dependendo do estágio, poderão ou não ocorrer alteraçõesnos exames ultrassonográficos ou radiográficos. Com o evoluir da afecção, devido à fibroseno parênquima renal, na imagem ultrassonográfica poderá ser visibilizada pouca definição do limite corticomedular. ESTADIAMENTO ESTÁGIO 1 O animal não apresenta azotemia mas com alguma alteração renal presente, tal como incapacidade de concentração urinária, proteinúria renal e alterações renais ao exame de imagem e de biópsia. ESTÁGIO 2 Liliane Gomes 25 Presença de discreta azotemia em avaliações seriadas (creatinina sérica entre 1,4 e 2,0 mg/dL para cães e 1,6 a 2,8mg/dL para gatos). Pacientes nos estágios I e II não apresentam manifestações clínicas de disfunção renal, à exceção de poliúria e polidipsia. Perda do apetite emagrecimento e êmese ESTÁGIO 3: Presença de azotemia em grau moderado (creatinina sérica entre 2,1 e 5,0mg/dL para cães e 2,9 e 5,0mg/dL para gatos). O paciente poderá apresentar manifestações sistêmicas da doença renal. Poliúria e polidipsia ,(cães) apetite caprichoso discreto, emagrecimento vômitos esporádicos ESTÁGIO 4 Presença de intensa azotemia (creatinina sérica superior a 5,0mg/dL para cães e gatos). Nesse estágio o paciente apresenta importante perda da função renal que pode estar relacionada a falência renal e apresentar diversas manifestações sistêmicas de uremia, como alterações gastrointestinais, neuromusculares e cardiovasculares. Inapetência, anorexia, vômito, diarreia e perda de peso desidratação encefalopatias e neuropatias devidas ao quadro de uremia letargia, fraqueza, ataxia, tremores musculares, HAS 3 MODALIDADES ESPECÍFICO (Tentar achar a causa se ainda estiver no início – até estágio 2), NEFROPROTETOR (Direcionado ao controle e correção dos fatores que contribuem para a progressão da doença, como proteinúria, hipertensão arterial sistêmica, hipertensão glomerular, desequilíbrio eletrolítico, fibrose) e SINTOMÁTICO (Anorexia, vômito, perda de peso, acidose, desidratação, anemia). TRATAMENTO Suplementação alimentar e medicamentos conforme orientação médica; Ração úmida e pastosa (é imprescindível que seja um alimento super premium indicado pelo veterinário); Reposição hormonal; Troca de dieta (proteínas de melhor qualidade); Fluidoterapia e hidratação; Hemodiálise. FATORES DE RISCOS Idade avançada Insuficiência renal aguda Comorbidades(como doenças cardíaca, diabetes, hipertensão e obesidade Ausência de dieta balanceada Liliane Gomes 26 Ingestão de substancia tóxicas9como uva, chocolate, alho, cebola, cebolinha, chá e café TRATAMENTO Limitação da proteína ingerida (alto valor biológico – hipercalórica) e fósforo. Correção da anemia. – Eritropoitina /Sulfato ferroso Correção de fósforo – hidróxido d e alumínio (quelante intestinal d e fósforo que limita sua progressão – administrar em refeições ). Distúrbios gastrointestinais Cloridrato de ranitidina, sucralfato, meto c lopramida (plasil), ondasetrona o meprazo l. Hipertensão – Cloridrato de Benazepril (50% re na l), Maleato de Enalapril ( 100% rena l) CÃES; Besilato anlodipino GATOS. Acidose metabólica – Suplementação com bicarbonato o ral ou endovenoso (ringer lactato – o lactato vira bicarbonato no fígado Vitamina D – comprimido de calcitrio Aumento de anabolismo proteico e anabolizantes (caquexia) – eletro acunpuntura/fisioterapia. PREVENÇÃO Check-ups periódicos com o médico- veterinário, Alimentação balanceada, Oferecer sachês (alimento úmido) para os gatos também é uma boa opção. Estimular a ingestão de agua, disponibilizando fontes Um processo inflamatório crônico, que acomete trato gastrintestinal e cursam de maneira imprevisível. Tendo períodos de atividade e remissão. A história natural caracteriza-se pela frequente exacerbação dos sinais e sinto mas, com diferenças dependendo da localização e da extensão do processo fisiopatológico. ETIOLOGIA A causa ainda não é totalmente esclarecida,mas envolve a interação de alguns fatores como: Interação do sistema imunológico; TGI, fatores genéticos e ambientais (microbiota do TGI e componentes da dieta) Apresentam-se em duas formas mais comuns que são a Retocolite Ulcerativa Inespecífica (RCUI) e a Doença de Crohn (DC) Liliane Gomes 27 DIFERENCIAÇÃO ENTRE RCUI E A DC RETOCOLITE ULCERATIVA INESPECÍFICA (RCUI) Inflamação delimitada à mucosa do cólon, Ocorre de forma contínua Acomete mais comumente o cólon ao reto Manifestação mais comum diarreia sanguinolenta. MORFOLÓGICOS Comprometi mento exclusivo do cólon Lesões contínuas Úlceras superficiais Não aparece e m outro local após ressecção MICROSCÓPICOS Inflamação somente na mucosa e submucosa Atrofia da mucosa Ausência de granulomas Pode evoluir para câncer CLÍNICOS Dor no flanco e fossa ilíaca E. Sangramento retal frequente Diarreia semilíquida com sangue e muco Náuseas e vômitos raros Tenesmo frequente Mal-estar e febre (menos comum) Fístulas e estenoses incomuns DOENÇA DE CROHN (DC) Inflamação granulomatoso Ocorre de forma segmentar Afeta qualquer parte do trato alimentar (boca ao ânus), mas envolve predominantemente íleo terminal e o cólon Manifestações mais comum diarreia e a dor abdominal. MORFOLÓGICOS Comprometimento da boca até o ânus Lesões segmentares Ulceras profundas Liliane Gomes 28 Após ressecção intestinal, aparece e m outro local MICROSCÓPICOS Inflamação transmural Atrofia da mucosa Granulomas frequentes Não evolui para câncer CLÍNICOS Dor periumbilical fossa ilíaca D.Sangramento retal infrequente Diarreia liquida sem sangue Náuseas e vômitos mais frequentes Tenesmo raro Presença de mal estar, febre e anorexia Fistulas e estenoses comuns Infecções extremamente contagiosas causadas pelo vírus canino 2 e coronavírus cani no, desencadeando sinais gastrointestinais em cães Acomete principalmente animais jovens SINTOMAS Perda de apetite Vômitos frequentes Diarreia com presença de sangue Febre Fraqueza Sonolência Desidratação Epidemiologia TRANSMISSÃO A infecção com CPV ocorre por via fecal -oral. Durante a enfermidade aguda, aproximadamente 1-2 semanas s após isso, elimina-se uma quantidade maciça de parvovírus (mais de 1 bilhão de virions por grama de fezes) nas fezes de cães infectados. Como o vírus consegue sobreviver e permanecer infeccioso por muitos meses no Liliane Gomes 29 ambiente, fomites e contaminação ambiental exercem um papel importante na transmissão O vírus também pode ser transmitido de forma direta, ou seja, animais saudáveis contraem o CPV através de animais contaminados que convivem juntos. CICLO PATOGÊNESE Depende do estado imune do animal, idade, da virulência e patogenicidade do agente infeccioso, carga infecciosa ingerida, doenças entéricas concomitantes como parasitoses, etc. Ao ingerir o vírus ele use replicada primariamente nos tecidos linfoides da orofaringe e timo levando a uma viremia de 3 a 7 dias depois. Com o óssea e aos tecidos linfoides. Nos tecidos linfoides se replica gerando LINFOCITOSE. Na medula leva a uma LEUCOPENIA GRAVE por hipoplasia mieloide . Ambas, linfócitos e imunossupressão. Além disso, as células das criptas intestinais tornam-se uma porta DIAGNOSTICO Diagnóstico definitivo da doença pode ser realizado através de um exame das fezes (teste de despiste rápido) ou de exames de sangue (detecção de anticorpos antiparvovírus canino). ENSAIO IMUNOCROMATOGRÁFICO Liliane Gomes 30 Reação imunológica realizada em um papel cromatográfico por ação capilar 2 tipos de anticorpos: Anticorpo marcado se liga a amostra Anticorpo adsorvido ao papel cromatográfico TRATAMENTO Fluidoterapia: Utilizar Ringer-Lactato suplementado com KCl, sendo que é possível adicionar dextrose se existir hipoglicemia por sepse. Terapia antibiótica para controlar a sepse; amoxicilina e cefalosporinas de 1ª geração para a leucopenia. Usar fármacos antieméticos como a metoclopramida em infusão contínua ou em doses de comprimidos; antissecretores anti-H2 como a cimetidina ou aranitidina. Transfusão sanguínea se existir hipoproteinemia ou hipovolemia graves Jejum absoluto até 24 horas sem vómitos e sem fezes hemorrágicas. Isto sucede normalmente aos 3-5 dias; dieta suave em doses pequenas. PROGNÓSTICO Com um tratamento precoce e uma boa monitorização, o prognóstico torna-se excelente numa doença que, nos anos 80, causava muitas mortes entre os cachorros. PREVENÇÃO Melhor é através da vacinação. Aos 45 dias: primeira dose da vacina polivalente; Liliane Gomes 31 Aos 65 dias: segunda dose da vacina polivalente; Aos 90 dias: terceira dose da vacina polivalente. Os métodos cirúrgicos de ovariosalpingohisterectomia(OSH) para fêmeas e orquiectomia total (OQ) para machos. BENEFÍCIOS DA CASTRAÇÃO Reduz o comportamento de marcação de território Pode deixar o animal mais dócil e caseiro Evita gestação indesejada Evita a piometra nas gatas e cadelas (infecção uterina) Diminui os riscos de desenvolverem cânceres, tumores e cistos ovarianos Evita a transmissão de doenças Aumenta expectativa de vida Menor variação de imunidade por alteração no ciclo estral ORQUIECTOMIA ANATOMIA CIRÚRGICA EXAMES Hemograma Cardiológico PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO Jejum de sólidos e líquidos: 12 horas de sólidos. 4 horas de líquidos. Tricotomia: Preparar a bolsa escrotal, região pré-escrotal, pênis e regiões adjacentes (face Liliane Gomes 32 medial das coxas, parte da região perineal, porção cranial e lateral ao pênis). Antissepsia: Lavagem prepucial com soluções antissépticas. Preparo do campo operatório de forma rotineira. TÉCNICAS CIRÚRGICAS Posicionamento e preparo do campo. Incisão de pele: Duas técnicas descritas à P = pré-escrotal e E = escrotal; Ablação da bolsa escrotal: Consiste na exposição dos testículos e anexos por meio de uma incisão elíptica ao redor da bolsa escrotal; Técnica de escolha nos casos de neoplasias, traumas, aumentos de volume e como passo cirúrgico inicial na uretrostomia escrotal. TÉCNICA ABERTA UTILIZANDO NÓ EM FIGURA DE OITO (A) O cordão espermático é passado sobre os ramos de uma pinça hemostática reta. (B) Após o instrumental ter sido girado por baixo do cordão, (C) sua porção mais distal, próxima ao testículo, é apreendida pela pinça. (D) O cordão é então seccionado (linha tracejada), promovendo a remoção testicular e o instrumental é, então, retraído através das laçadas (seta), (E) finalizando o nó em figura de oito. TÉCNICA ABERTA UTILIZANDO NÓSQUADRADOS Com o ducto deferente e os vasos espermáticos. (A) O ducto deferente é dissecado e seccionado próximo ao testículo (linha tracejada). (B) Com o ducto deferente em uma das mãos e o cordão vascular em outra, são realizados três nós quadrados simples. (C) Posteriormente, o cordão vascular é seccionado distalmente aos nós (linha tracejada), promovendo a remoção testicular. VANTAGENS Extingue o edema e a formação de seroma na bolsa escrotal; Excelentes resultados em animais de maior porte; Não existe mais a bolsa escrotal pendulosa e sem conteúdo, abolindo o risco de traumas. Liliane Gomes 33 DESVANTAGENS: Maior tempo cirúrgico; Maior trauma cirúrgico. Incisar a pele de forma elíptica na base do escroto (cuidado para não excisar muita pele); Controlar a hemorragia com ligadura, pressão ou eletrocoagulação.PÓS-OPERATÓRIO Retirada dos pontos de pele entre 7 e 10 dias; Uso obrigatório do colar elizabetano; Uso de compressas geladas por 15 minutos no pós-operatório imediato e por três dias seguidos após a cirurgia (mínimo de três vezes ao dia); Uso de analgésicos. COMPLICAÇÕES Hemorragia à relacionada a ligadura mal feitas, pode ser necessária uma celiotomia para correção (complicação grave e com potencial fatal rápido); Infecção à relacionada a assepsia pobre, uso de antimicrobianos (pode evoluir para septicemia); Dor à relacionada a manipulação excessiva dos tecidos e edema; Deiscência à relacionada a uma baixa técnica de síntese. Complicações relacionadas a técnica cirúrgica utilizada: Orquiectomia pré-escrotal em animais de maior porte (acima de 20 Kg) edema, seroma e hematoma na bolsa escrotal. Orquiectomia aberta à eventração ou evisceração. ORQUIECTOMIA EM FELINOS Decúbito esternal ou dorsal; Tricotomia porarrancamento; Incisões cutâneas – em cada testículo ou na rafe; Tanto a técnica das 3 pinças; Ligadura de mão; TÉCNICA FECHADA Liliane Gomes 34 PÓS-OPERATÓRIO Colar elisabetano; Repouso; Limpeza dos pontos; ATB; AINE OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA Realiza-se na remoção cirúrgica dos ovários, tubas uterinas e útero. PROTOCOLO ANESTÉSICO A analgesia diminui a dor durante e no pós- operatório. Exames pré-operatórios – bioquímico, hematológico ehemostático. Indução por anestésico injetável e manutenção por anestesia inalatória ANESTESIA INALATÓRIA Cetamina Isofluorano + lidocaína ANESTESIA TOTAL INTRAVENOSA (TIVA) Acepromazina + Cetamina Propofol + FLK Protocolo definido pelo anestesista Protocolo Anestésico Animais jovens parecem ter um coração maior e m relação aos adultos, proporcionalmente ao tórax. Diferença na inspiração e expiração. Animais com hipovolemia podem ter um aspecto de microcardia. Alteração do posicionamento cardíaco: doenças pulmonares, massas no mediastino, pneumotórax. Raças –diferentes conformações de esterno/tórax podem alterar o posicionamento cardíaco. Liliane Gomes 35 ELETROCARDIOGRAFIA Forma de registrar a atividade elétrica do coração e reflete os eventos elétricos do conjunto das células. INDICAÇÕES DO ELETRO CARDIOGRAMA Registro das arri tm ias cardíacas Avaliações dos padrões de aum ento das câmar as cardíacas Indicações divers as: efusão pericárdica, alterações de tôn us vagal Avaliação da ter apia cardía ca Auxílio no progn óstico Monitoram ento anestésico Ondas: P, QRS e T – eletro perfeito P: Átrio contraindo QRS: Ventrículo contraindo T: repolarização COMPLEXO QRS NO ECG Liliane Gomes 36 COMPLEXO QRS POSITIVO Quando a altura da maior onda positiva (R ou R’) é maior do que a profundidade da maior onda negativa (Q ou S). COMPLEXO QRS NEGATIVO Quando a altura da maior onda positiva (R ou R’) é menor do que a profundidade da maior onda negativa (Q ou S). COMPLEXO QRS ISODIFÁSICO Quando a altura da maior onda positiva e a profundidade da maior onda negativa são semelhantes. COMPLEXO Q R S D E BAIXA AM P L I T U DE Quanto maior a distância dos eletrodos do coração, pode diminuir a amplitude d o QRS (em todas as derivações). Influencias: obesidade, amplitude do tórax, efusão pleural, pneumotórax, efusão pericárdica, hipotireoidismo, hipovolemia, variação normal (pode ser normal do animal).
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