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CASE MODULO METODOLOGIA - KRISHNA

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GESTÃO LEAN: POSSIBILIDADES DE IMPLEMENTAÇÃO PELOS PEQUENOS E MÉDIOS EMPRESÁRIOS[footnoteRef:1] [1: Sinopse do case apresentado ao módulo de Metodologia Científica da Pós Graduação em Gestão Lean da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco-UNDB] 
Krishna Fonseca Oliveira[footnoteRef:2] [2: Aluna do Pós em Gestão Lean] 
Marineis Merçon[footnoteRef:3] [3: Professora do Módulo Metodologia Científica.] 
1. DESCRIÇÃO DO CASO
A maioria das empresas tem como objetivo tornar-se sustentável, para melhorar sua imagem no mercado, reduzir custos através da reciclagem, melhorar as condições ambientais do meio, implantar consciência ambiental da população, satisfazer os colaboradores, valorizar suas ações e etc.
O empresário Ivanildo Rezende desenvolve telhas feitas de embalagens de leite ou suco longa-vida usadas, o que no início era uma iniciativa ecológica teve um resultado vantajoso nas vendas, que incentivou o seu negócio. 
Assim nasceu a empresa Eco-Lógica que faturou R$ 400 mil em 2014, e possui um produto sustentável que utiliza matéria prima reciclada, resistente, leve, não absorve água da chuva, antialérgica, não propaga chamas e tem bom isolamento acústico. 
Para produzir as telhas Ivanildo adquire da Tetra Pak folhas de alumínio e polietileno, que são retiradas das embalagens longa-vida, são necessárias 2 mil embalagens por telha. Apesar de ser 70% mais cara que a telha de amianto, o mercado para esse produto é favorável, vendendo cerca de 60 telhas por dia, e demanda maior que as vendas. 
Este case tem como principal objetivo melhorar o desempenho da empresa do Sr. Resende através das ferramentas que a Gestão Lean oferece para solucionar situações como essa, na qual não se consegue suprir a demanda. Mostrar a importância e os ganhos que a organização terá implantando essas ferramentas.
2. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO
2.1 Descrição das Decisões Possíveis
· Compreender o lead time através do fluxo de valor para planejar o pedido e dimensionar seus estoques.
· Implantar a ferramenta Kanban para controlar seus estoques de matéria prima.
· Implantar a ferramenta Kaizen para melhorar o tempo de produção através do cálculo do takt time para atender à demanda.
2.2 Argumentos Capazes de Fundamentar cada Decisão
2.2.1 Compreender o lead time através do fluxo de valor para planejar o pedido e dimensionar seus estoques.
1- O fluxo de valor é definido como todos os processos, tanto os que agregam valor quanto os que não agregam valor, sendo que estes vão da elaboração do pedido pelo cliente à entrega, da matéria prima ao produto acabado, ou ainda da concepção ao lançamento, incluindo todas as atividades que são necessárias durante o fluxo (LEAN INSTITUTE BRASIL, 2003 apud ALARCON, 2013 p.3).
2- O Mapeamento de Fluxo de valor deve ser realizado para enxergar as falhas, os gargalos da produção, estoques excessivos, calcular o tempo de agregação de valor, ou seja, visualizar o processo como um todo para identificar os problemas.
2.2.2 Implantar a ferramenta Kanban para controlar seus estoques de matéria prima.
1- O Sistema Kanban tem como objetivo tornar simples e rápidas as atividades de programação, controle e acompanhamento de sistemas de produção em lotes. Assim, este sistema mostrou-se a melhor alternativa para controle deste estoque intermediário existente, para que houvesse uma maior sincronização do processo. (OHNO, 1997 apud CAMPOS,2011)
2- O Kanban é visto por Moura (apud VELOSO, 2006) como uma grande alternativa que, por ser um sistema barato, qualquer empresa pode empregá-lo. Através dele pode-se conseguir produtividade evitando-se gastos com a implantação de sistemas mais sofisticados.
2.2.3 Implantar a ferramenta Kaizen na melhoria do tempo de produção através do cálculo do takt time para atender à demanda.
1- Taiichi Ohno define o Takt Time como “o resultado da divisão do tempo diário de operação pelo número de peças requeridas por dia” (ALVAREZ E ANTUNES JR, 2001 apud CANTIDIO, 2009). 
2- A partir do tempo de trabalho disponível e da demanda média do cliente, consegue-se encontrar o ritmo de produção necessário para fabricação de cada peça atendendo à demanda do processo.
2.3 Descrição dos Critérios e Valores Contidos em cada Decisão Possível
2.3.1 Compreender o lead time através do fluxo de valor para planejar o pedido e dimensionar seus estoques.
1- A ferramenta MFV, como citado anteriormente, é essencial para enxergar o sistema. E para que seu resultado seja satisfatório, é necessário seguir alguns passos (SHOOK, 1999 apud LUZ, 2004): 
· Selecionar a família de produtos. 
· Determinar o gerente do fluxo. 
· Desenhar os estados atual e futuro. 
· Planejar e implementar o plano de ação. 
2.3.2 Implantar a ferramenta Kanban para controlar seus estoques de matéria prima.
1- O sistema Kanban permite controlar os estoques através de cartões, a etapa posterior retira o produto e insere o cartão no quadro Kanban que possui 3 níveis de necessidade para repor o estoque, o verde indicando uma situação confortável, o amarelo indicando atenção para repor, e o vermelho que é o estado crítico e deve ser reposto com urgência. 
2.2.3 Implantar a ferramenta Kaizen na melhoria do tempo de produção através do cálculo do takt time para atender à demanda.
1- Etapas para cálculo e avaliação do Takt Time:      
- Calcular a necessidade requerida pelo cliente dia/semana/mês;
- Calcular o tempo disponível exceto os intervalos;
- Calcular o Takt Time (tempo disponível/demanda);
- Após o cálculo do Takt Time compare com o Tempo de Ciclo, utilizando recursos gráficos que auxilia na gestão visual dos resultados; (ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2016)
2.2.4 Vantagens encontradas na implantação das decisões
Segundo Monteiro 2007, a implantação do Kanban e MFV trazem para empresa algumas vantagens como por exemplo:
· Melhorar o Monitoramento das entregas dos fornecedores
· Maior Facilidade na operação
· Tornar transparente as necessidades e demandas aos fornecedores
· Facilitar a tomada de decisões
· Aumentar a satisfação dos fornecedores a fim de melhorar a performance de entregas
· Manter e melhorar a acuracidade dos estoques
· Redução nas divergências físicas
· Equalização das entregas
· Garantir qualidade dos fornecimentos, solicitando e recebendo apenas o material realmente que será utilizado (Qualidade do estoque)
· Otimizar a operação
· Maior controle no início do processo
REFERÊNCIAS
ALARCON. F. R. , BIANCHINI G. F. , ALVES V.C., et.al. Redução de desperdícios e do lead time total da produção de calçados. Salvador-BA. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_TN_STP_177_013_23025.pdf> Acesso em : 17/12/2016.
CAMPOS. N.A., OLIVEIRA. M. , implantação do sistema kanban em uma empresa de produção customizada. Belho Horizonte-MG. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_TN_STO_135_855_18045.pdf>. Acesso em: 18/12/2016.
CANTIDIO. S. Takt Time e Tempo de Ciclo. São Paulo-SP. Disponível em: < http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/takt-time-e-tempo-de-ciclo/30425/> acesso em: 17/12/2016.
PRODUÇÃO. E. Cálculo do Takt Time e suas Avaliações. Disponível em:< http://engenhariadeproducaoindustrial.blogspot.com.br/2015/04/calculo-do-takt-time-e-avaliacoes.html>. Acesso em: 18/12/2016
LUZ. A.A. C. , BUIAR. D.D.R. , Mapeamento do Fluxo de Valor – Uma ferramenta do Sistema de Produção Enxuta. Florianópolis-SC, 2004. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2004_enegep0103_1155.pdf> . Acesso em: 18/12/2016.
MONTEIRO. C. R., CORDEIRO. A. L., BERTO G. F., et.al. Implementação de Sistema de Kanban na linha de produção de Usinagem de Blocos (Motores Diesel). Disponível em: <www.administradores.com.br/producao.../implantando-kanban-na-linha.../download>.Acesso em: 18/12/2016.
VELOSO. C. E. F. , Uma proposta de aplicação do kanban no controle de estoque de uma empresa comercial de pequeno porte. Monografia apresentada ao curso de Engenharia de Produção, Juiz de Fora-MG, 2006. Disponível em: <http://www.ufjf.br/ep/files/2014/07/2006_1_Carlos-Eduardo-Fernandes.pdf>.Acesso em:17/12/2016.

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