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ENEM
Prof.º Aldenir Vasconcelos
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES BASEADAS NA HABILIDADE 02: Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
01- 
Acervo do historiador Sérgio Buarque de Holanda. Sua coleção de livros e documentos foi comprada pela Unicamp em 1983, um ano após sua morte. São cerca de 10 mil volumes entre livros e periódicos, principalmente da área de humanidades, além de livros raros e documentos preciosos para a historiografia brasileira.
Disponível em: https://bora.unicamp.br/bora/visita-virtual-a-colecao-sergio-buarque-de-holanda. Acesso em: 13 abr 2022.
Nos bastidores da ciência
“Embora pouco investigados no Brasil, os cadernos de laboratório podem ser fontes preciosas para o historiador da ciência, por exemplo. Daí a importância de preservar esse material”, diz o historiador Paulo Elian, diretor da Casa de Oswaldo Cruz. Outro aspecto importante é que tais cadernos podem ajudar a esclarecer eventuais questionamentos relativos a boas práticas científicas, como dúvidas à fabricação de dados e originalidade da pesquisa. Os cadernos não são exclusividade de cientistas das áreas de ciências exatas e da vida. Pesquisadores das humanidades também lançam mão de algo parecido, os cadernos de campo.” Para nós, antropólogos, o caderno de campo é a primeira ferramenta de análise, é onde escrevemos não apenas as impressões pessoais, como em um diário íntimo, mas principalmente as observações in loco, como o cenário e os atores envolvidos na pesquisa”, esclarece José Guilherme Magnani, coordenador do Laboratório do Núcleo de Antropologia Urbana da USP.
Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/nos-bastidores-da-ciencia Acesso em: 12 abr 2022 (adaptado).
A imagem e o texto associam-se a elementos considerados importantes para a sociedade porque
A evidenciam o percurso dedutivo das ciências.
B registram a subjetividade do objeto da pesquisa.
C expressam a imparcialidade da análise histórica.
D conservam os padrões de construção dos saberes.
E revelam a privacidade dos agentes da investigação.
02- A criação e o enraizamento de mitos políticos, como é o caso de Tiradentes, devem ser entendidos na concretude das experiências e das referências sociais que “naturalizaram” a sua aceitação, permitindo sua circulação, seu reconhecimento e facilitando sua apropriação. Os elementos que compõem as representações predominantes da Inconfidência e, sobretudo, de seu mártir — como as ideias de liberdade, coragem, abnegação, sacrifício, patriotismo — são parte integrante das experiências sociais, culturais e políticas da sociedade brasileira, desde o século XVIII. Sem essas experiências coletivas, as tentativas dos republicanos de entronizar Tiradentes como o herói máximo da nação, com as características que o eternizaram, não teriam obtido sucesso, pois não encontrariam ressonância junto à população, ou seja, não estariam imbuídas de referências reconhecíveis por ela.
FONSECA, Thaís Nívia de Lima e. A Inconfidência Mineira e Tiradentes vistos pela Imprensa: a vitalização dos mitos (1930-1960). Revista brasileira de História. São Paulo: v.22 nº 44, 2002, pp. 439-462.
O estabelecimento do imaginário em torno da personagem indicada no texto caracteriza um processo de
A ressignificação trágica.
B constituição identitária.
C insubordinação política.
D instituição democrática.
E renovação regionalista.
03- De uma maneira geral, as pessoas guardam documentos que testemunham momentos de sua vida, suas relações pessoais ou profissionais, seus interesses. São cartas, fotografias, documentos de trabalho, registros de viagens, diários, diplomas, comprovantes e recibos, ou simplesmente "papéis velhos". Esses documentos, quando tomados em conjunto, podem revelar não apenas a trajetória de vida, mas também gostos, hábitos e valores de quem os guardou, constituindo o seu arquivo pessoal.
Disponível em: https://cpdoc.fgv.br/acervo/arquivospessoais. Acesso em: 20 abr 2022.
A prática indicada no texto revela uma importante dimensão da vida cotidiana expressa pela
A predileção coletiva.
B recordação seletiva.
C acumulação pessoal.
D conservação dialética.
E oficialização patrimonial.
04- 
“É doce e honroso morrer pela Pátria”
Cartão postal do MMDC, 1932, São Paulo (SP)
Disponível em: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/Revolucao1932. Acesso em: 21 abr 2022.
No Brasil da década de 30, a confecção do referido cartão postal vinculava-se a interesses como
A o incentivo à reforma da estrutura curricular do país.
B a imortalização da aliança entre paulistas e mineiros.
C a legalização da resistência ao Estado Novo varguista.
D a legitimação da luta paulista contra o governo federal.
E o registro da ação estudantil durante a Segunda Guerra.
05- 
De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora
Agora está tão longe
Ver a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos na mesma direção
Aonde está você agora além de aqui dentro de mim?
Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem
Trechos da canção Vento no Litoral. Legião Urbana, 1991.
Os trechos da canção lançada em álbum de 1991 demonstram a sua utilização como mecanismo social para
A lembrar a necessidade de valorizar os dias vazios.
B retratar a dor de lidar com a perda de alguém.
C esconder a saudade da convivência coletiva.
D expressar o inconformismo diante da morte.
E manifestar o desejo de retorno ao passado.
06- Comecemos com Heródoto, cognominado por Cícero de pater historiae, e que permaneceu como pai da História Ocidental. Diz-nos, na primeira sentença das Guerras Pérsicas, que o propósito de sua empresa é preservar aquilo que deve sua existência aos homens, para que o tempo não o oblitere, e prestar aos extraordinários e gloriosos feitos de gregos e bárbaros louvor suficiente para assegurar-lhes evocação pela posteridade, fazendo assim sua glória brilhar através dos séculos.
ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. 7ª ed. São Paulo: Perspectiva, (Debates; 64), 2011, p.70.
Os registros realizados pelo referido historiador grego representavam a visão de que a tarefa da História seria
A contemporizar os conflitos entre gregos e persas.
B conservar os atos heroicos gregos na guerra.
C imortalizar as narrativas ocidentais no tempo.
D salvar os feitos humanos do esquecimento.
E afirmar a identidade guerreira dos helenos.
07- 
A cultura e o folclore são meus
Mas os livros foi você quem escreveu
Quem garante que palmares se entregou
Quem garante que zumbi você matou
Perseguidos sem direitos nem escolas
Como podiam registrar as suas glórias
Nossa memória foi contada por vocês
E é julgada verdadeira como a própria lei
Por isso temos registrados em toda história
Uma mísera parte de nossas vitórias
É por isso que não temos sopa na colher
E sim anjinhos pra dizer que o lado mau é o candomblé
Trecho da canção Palmares. Banda Natiruts, 1999.
O trecho da canção lançada em 1999 problematiza uma realidade social marcada pela (o)
A esquecimento da experiência escravista.
B inexistência de referências multiculturais.
C parcialidade das narrativas oficiais.
D permanência do direito escravista.
E vitalidade das heranças africanas.
08- 
A cultura e o folclore são meus
Mas os livros foi você quem escreveu
Quem garante que palmares se entregou
Quem garante que zumbi você matou
Perseguidos sem direitos nem escolas
Como podiam registrar as suas glórias
Nossa memória foi contada por vocês
A influência dos homens bons deixou a todos ver
Que omissão total ou não
Deixa os seus valores longe de você
Então despreza a flor zulu
Sonha em ser pop na zona sul
Por favor não entenda assim
Procure o seu valor ou será o seu fim
Por isso corre pelo mundo sem jamais se encontrar
Procura as vias do passado no espelho mas não vê
E apesar de ter criado o toque do agogô
Ficade fora dos cordões do carnaval de salvador
Trecho da canção Palmares. Banda Natiruts, 1999.
Nos trechos da canção de 1999, a correlação entre história, biografia e identidade permite a
A reconstituição integral do passado.
B releitura autocentrada no tempo.
C vivência conflitiva na sociedade.
D reavaliação crítica do presente.
E inclusão social dos cidadãos.
09- Ditadura militar. Este termo fora cunhado em 1964, encorpara-se, estabelecera-se como senso comum, servindo como uma luva a uma sociedade que desejava auto absolver-se de quaisquer cumplicidades com um regime considerado, agora, em fins dos anos 1970, como abominável. Crise de identidade, memória curta? Mais uma vez, não. Na história contemporânea, outras sociedades, conhecidas por sua devoção à História e ao exercício da memória, comportaram-se, frente a desafios semelhantes, de modo análogo. Que se pense, por exemplo, na França depois da II Guerra Mundial (em relação à experiência do governo colaboracionista de Vichy); na Alemanha depois da derrota, em 1945 (sobre o apoio da sociedade ao nazismo); na URSS pós-desestalinização (sobre Stalin e o stalinismo). Incômodas lembranças por pessoas, grupos sociais ou sociedades inteiras são frequentemente colocadas entre parênteses, à espera, para que possam ser analisadas, de um melhor momento ou do dia de São Nunca.
REIS, Daniel Aarão. Ditadura, anistia e reconciliação. Artigos: estudos históricos. Rio de Janeiro, 23 (45), 2010.
A observação feita pelo autor a respeito da relação entre sociedade e memória evidencia a ocorrência de atitudes baseadas na perspectiva de
A comparar diferentes trajetórias políticas totalitárias.
B protelar o tratamento crítico de experiências coletivas.
C reviver os fatos passados significativos às identidades.
D silenciar os feitos ofensivos aos opositores de ditaduras.
E retomar os acordos históricos constitutivos de cidadania.
10- O movimento de 1930 tem sido objeto, desde sua época até hoje, de diferentes versões. Essas interpretações sobre a revolução podem ser tomadas como marcos significativos da história do pensamento político brasileiro, na medida em que foram produzidas e informadas pelas preocupações contemporâneas a elas. Como não é o passado que nos instrui sobre a perspectiva do presente, mas, ao contrário, é o presente que nos fornece uma interpretação do passado, são as perguntas e os impasses de cada momento que nos fazem indagar sobre as experiências históricas e recuperar ou descartar fatos e personagens. 
Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/revolucao-de-1930-3. Acesso em: 22 abr 2022.
A situação apresentada no texto revela um processo interpretativo dos eventos históricos baseado na (o)
A construção de imagens que os indivíduos fazem dos seus atos.
B preservação de narrativas dos agentes diretos dos fatos sociais.
C continuidade linear das experiências sociais dos atores no tempo.
D seleção de argumentos validados pelos sujeitos citados no discurso.
E correlação objetiva das fontes oficiais produtoras da memória coletiva.
Gabarito: 01-D; 02-B; 03-B; 04-D; 05-B; 06-D; 07-C; 08-D; 09-B; 10-A

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