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Asma: Definição, Sintomas e Diagnóstico

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Rose Anne | Medicina 
1 
 
Asma
Definição: 
• Doença heterogênea (fenótipos) 
caracterizada pela inflamação crônica 
(persistente) das vias aéreas 
• Hiperresponsividade/hipersensibilidade das 
vias aéreas inferiores (brônquica) – 
resposta constritora exagerada dos 
brônquios a estímulos 
• Limitação variável ao fluxo aéreo 
expiratório (doença obstrutiva) 
• Reversível espontaneamente ou com 
tratamento 
• Resulta de uma interação genética, 
exposição ambiental e outros fatores 
específicos (desenvolvimento e 
manutenção dos sintomas) 
• Sintomas variáveis 
→ Assintomático 
→ Exame normal 
 
Epidemiologia 
• 10-25% da população brasileira é asmática 
(alta prevalência) 
• Redução considerável do número de 
internações– maior acesso a medicações 
Sintomas: 
Cíclicos/Variáveis: 
• Sibilância (difuso); 
• Dispneia → uso de musculatura acessória; 
• Opressão torácica; 
• Tosse seca; 
• Obstrução ao fluxo aéreo. 
Desencadeadas com exercícios, alérgenos ou 
exposição a irritantes, mudança no tempo ou a 
infecções virais; 
Variam com o tempo e na intensidade; 
Essas manifestações clínicas são mais intensas à 
noite ou no início da manhã, de maneira 
episódica. 
Fenótipos: 
• Asma alérgica 
→ Início na infância 
→ Com atopia; IgE e eosinófilos 
aumentados 
→ Rinite alérgica; dermatite atópica 
• Não alérgica 
→ Eosinófilos 
→ Na vida adulta 
• Início tardio 
→ Exposição ocupacional (fator 
ambiental) 
• Limitação fixa ao fluxo aéreo 
• Persistente 
• Obesidade 
Fisiopatologia 
• Exposição a alérgenos/situações 
específicas que desencadeiam uma 
 Rose Anne | Medicina 
2 
 
resposta inflamatória mediada pelos 
Linfócitos Th2 
• Linfócitos B → IgE → Degranulação dos 
mastócitos (Asma Alérgica) 
• Interações entre Mastócitos, eosinófilos, 
linfócitos que liberam mediadores que 
causam lesões e alterações na integridade 
e no tônus da via aérea 
• Alterações na permeabilidade vascular 
• Hipersecreção de muco 
• Broncoconstrição 
• Mudanças na função mucociliar 
• Aumento da reatividade do músculo liso da 
via aérea 
• Inflamação crônica das vias aéreas 
→ Hiper-reatividade 
→ Obstrução ventilatória (lúmen 
reduzido) – dificuldade de expirar o ar 
• Parênquima pulmonar não afetado 
 
 
Diagnóstico 
• Pode ser feito apenas com base na clínica; 
• História clínica (sintomas respiratórios) + 
função pulmonar: obstrução/limitação e/ou 
variação ao fluxo aéreo; 
• História pessoal e familiar de rinite, eczema, 
asma e alergias 
→ 80% dos asmáticos têm Rinite Alérgica 
• Exame físico normal ou sibilos expiatórios 
→ Hiperinsuflação (grande qtde de ar no 
tórax) 
→ FTV: normal ou reduzido 
→ Percussão: normal ou hipersonoridade 
→ Passagem do ar num calibre menor do 
brônquio – sibilo 
→ Ausência de sibilo não exclui asma 
mesmo na exacerbação 
→ Tórax sem sibilo na crise de asma: 
sinal de gravidade 
• Reduzem probabilidade de diagnóstico de 
asma 
→ Febre, perda de peso 
→ Tosse isolada sem outros sintomas 
respiratórios 
→ Produção crônica de secreção 
→ Dor torácica de grande intensidade 
Diagnósticos diferenciais 
• DPOC; 
• DRGE (tosse crônica); 
• Rinite/Sinusite; 
• Bronquiectasias (secreção purulenta); 
• Presença de corpo estranho 
(sibilo/infecção em região localizada). 
 
Paciente com 
sintomas respiratórios
Sintomas típicos de 
asma
História/Exame 
detalhado de asma
Realizar 
Espirometria/PFE com 
teste de reversibilidade
Instituir tratamento 
para asma
 Rose Anne | Medicina 
3 
 
Em tempos de COVID-19, mutas vezes, não é 
feita a espirometria 
• Tratamento empírico com corticoide 
inalatório e SABA resgate 
• Avaliar resposta/diagnóstico no prazo de 1 
a 3 meses 
Capacidade Vital Forçada (CVF): maior volume 
de ar que um indivíduo consegue mobilizar em 
uma expiração forçada 
Volume Expiratório Forçado no primeiro 
segundo (VEF1): volume de ar expirado 
fortemente depois de uma inspiração máxima 
no primeiro segundo durante a manobra de 
CVF 
Relação VEF1/CVF: proporção da capacidade 
vital forçada que o paciente é capaz de exalar 
no 1º segundo de expiração forçada 
Pico de Fluxo Expiratório (PFE): fluxo máximo 
de ar durante a manobra de CVF 
Exames funcionais 
Espirometria com Broncodilatador 
• Principal exame complementar 
• Demonstrar limitação ao fluxo de ar e/ou 
resposta ao Broncodilatador 
• Relação VEF1/CVF reduzida abaixo do 
limite – sinal de obstrução 
• VEF1 pré e pós-broncodilatador deve variar 
em 200 ml 
• Resposta positiva após broncodilatador – 
aumento de 7% e 200 ml no VEF1 
(Sociedade Brasileira de Pneumologia) 
• Quanto menor o VEF1, maior o risco de 
crise de exacerbação 
• Gina: Variação de pelo menos 12% do 
valor do VEF1 pré-broncodilatador 
 
Prova de Função Pulmonar normal não exclui 
asma. 
 
Pletismografia 
Broncoprovocação 
• Estimular a via aérea com a inalação de 
doses crescentes de drogas 
broncoconstritoras 
• VEF1 depois do teste cair em 20% ou 
mais em relação a antes do teste 
• Broncoprovocação positiva – pode ou não 
ser asma 
→ Pode ser positiva na rinite alérgica e na 
DRGE 
• Broncoprovocação negativa – exclui asma 
Variação do Pico de Fluxo Expiratório 
• Mede o grau diurno de obstrução das vias 
aéreas e sua instabilidade 
• Em fase instável, não há variação 
 Rose Anne | Medicina 
4 
 
• Variação > 20% → hiper-responsividade 
brônquica 
• Diagnóstico de asma 
• Monitorização do tratamento 
• No PS: gravidade 
Em distúrbios obstrutivos: 
• VEF1 reduzido 
• CVF normal 
• Relação VEF1/CVF diminuída 
• Volume residual aumentado (caso o VR 
esteja muito elevado, 
Outros exames 
• Pesquisa de alergia 
→ Prick test; 
→ Eosinófilos; 
→ IgE (asma alérgica); 
• Rx de tórax (não é diagnóstico de asma, 
apenas para diagnósticos diferenciais). 
Características que aumentam a probabilidade 
de asma 
• Maior número de sintomas 
• Pior à noite ou no início da manhã 
• Variabilidade com tempo e intensidade 
• Piora com exposição/infecção viral 
Tratamento 
 
Estratégias não farmacológicas 
Tratar fatores de risco modificáveis 
Controle dos sintomas da asma 
• Dia, noite, limitação, resgate 
• 1 ponto para a presença de sintoma 
• Sintomas nas últimas 4 semanas 
• 0 ponto: asma controlada 
 
Fatores de risco futuro de exacerbação: 
• Não prescrição de corticoides inalatórios; 
• Gestação; 
• Comorbidades; 
• Tabagismo; 
• Exposição ocupacional; 
• Intubação ou UTI prévia; 
• Medicações de forma inadequada (técnica; 
aderência). 
Gravidade (asma não controlada) 
• Tratamento com doses elevadas 
• Asma de difícil controle 
→ Asma grave 
Tratamento baseado em etapas: 
Via preferencial 
GINA 2021: 
• Controle e resgate com Formoterol + 
Corticoide Inalatório – Budesonida 
(preferencial) 
→ Formoterol: broncodilatador (B2-
agonista) de Longa Duração e ação 
rápida; 
→ Diminui risco de exacerbação mais 
grave comparado ao uso de 
Broncodilatador de curta duração. 
Etapa 1 e 2: Asma leve 
 Rose Anne | Medicina 
5 
 
• Formoterol + Corticoide Inalatório em 
baixa dose conforme necessário; 
• Somente em casos de sintomas e/ou 
crises; 
• Não se usa B2-agonista de forma isolada 
Etapa 3: Asma moderada 
• Formoterol + Corticoide Inalatório em 
baixa dose de manutenção 
Etapa 4: Asma moderada 
• Formoterol + Corticoide Inalatório em dose 
moderada de manutenção 
Etapa 5: Asma grave 
• Considerar Formoterol + Corticoide 
Inalatório em alta dose 
• Adicionar LAMA (Antimuscarínico de 
Longa Duração) 
• Encaminhar para avaliação fenotípica 
• Iniciar imunobiológicos (anti-IgE; anti-IL5) 
Resgate: Formoterol + Corticoide Inalatório em 
baixa dose conforme necessário 
2ª escolha: via alternativa 
Controle e resgate alternativo com B2-agonista 
de curta ação inalatório 
Etapa 1: 
• Dose baixa Corticoide Inflamatório sempre 
que usar SABA (B2-agonista de curta 
duração) caso necessário (de 
resgate/alívio)Etapa 2: 
• Corticoide Inalatório em baixa dose de 
manutenção 
• Resgate: B2-agonista de curta duração 
Etapa 3: 
• LABA + Corticoide Inalatório em baixa 
dose de manutenção 
 
Etapa 4 
• LABA + Corticoide Inalatório em dose 
moderada/alta de manutenção 
Etapa 5 
• Considerar Formoterol + Corticoide 
Inalatório em alta dose 
• Adicionar LAMA (Antimuscarínico de 
Longa Duração) 
• Encaminhar para avaliação fenotípica 
• Iniciar imunobiológicos (anti-IgE; anti-IL5) 
Resgate: B2-agonista de curta ação inalatório 
conforme necessário. 
O uso de corticoide oral não tem papel no 
controle da asma, apenas em casos de 
exacerbação grave. (situações de emergência) 
Início de tratamento

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