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4 0s conceitos Íundamentais da terapia Íamiliar IJna rt:aneira tolaltnetth ttotia d0 pensar sohre o ro|ÌìpoÍtaÍÌlento lìu|lìaÍìo A rerâpia íamilid'muiras vezes é mal compreendida como apenas mais uma varia, ção de psicoteÌapia. na qual â Fafiflìa inreiÌa é leì€da a üatamento, E isso. claro. mas o mais importânte é qüe envolve urÌra maneim no\.'a de pensar sobre o comporramenro hurnaÌìo - isto é. como fundãmentaìrnenre organizaclo pelo contexto interpessoaÌ. AjÌtes do advento da terapia fâmiliaÌ, o indjvíduo eÌa visro como o lócus dos problemas psicológicos e o alvo óbüo do tÌ-atamento. Se umâ mãê têlêfoÍa$e dizêndo que o Ëlho de 15 anos estâ\,ã deprimido, o terapeuta atenderia o menino paÌa descobrir o qup hayia dê eÌrado com eÌe, Um rogeriano poderia procuruÍ uma baixã âuto€\tima: urr Íieudiaro, raiva repri mida;um comportamenralista, ausència de ati vidades reÍorcadoras: mls todos eles acleditd riarÍÌ que as principais foÌças que moÌdm o com ponâmento do menino estal,?m ÌocâÌizadâs den tÌo deÌe e qrc a terapia, portanto, rcqueda ape nas a presença do paciente e de üm tempeuta. A terapia famiÌiar mudou tudo isso. Hoje, se üÌÌÌa mãe buscasse ajuda para um adoles cente depnmido, a ÍrÌaioriã dos |.eIapeutasaten deria o menino e os pais.juntos. Se um adoÌcs. cenre de 15 anoç esdver deprimido. não é in sensato supor que pode estaÌ acontecendo algo na familia. ïãlvez os Dai. do menino não eslc jam se Ìelâcionando bem e ele esteja com medo de que se divorciem. O: Íalvez ele esreja com dificuldade em atender às expectativas cdad6 por uma iÌmã mais velha muito bem-sucedìda SupoDha que você é o telapeuta, Você aten de o merlino e a faÌÌìllia e descobre que e1e não eslá prcocrpado com os pú nem senÌe c ú,.ne da ilmã. De fato, 'esú tudo bem' em casa. O menino simpÌesmenre esrá deprimido. E agoíàt Esse sentimento e agoro é uma experiên cìa comum qüando começamos a âtendeÌ mnias. Mesmo quándô unsrp als,ma .oiç" ot} üamente errada - o menino está preocupado com os pais, ou todos griram. e ning!ém pa_e ce escu taÌ -, 8eÌâ1men te é diÊícil sabeí por o nde começar, Você pode começar renlândo "esol. ver os p.oblemai da família para eÌes, mas eÌl tão você não os estaÌìa ajudando a üdar com o l motrvo de êstarcm com probÌemas. Para tratar aquilo que toma diícil para a fam.lia enÍÌentar seus problerras, voce precis" sàber onde Drocürar Para isso, você necessl'ir de uma maneha de compreender o que move as fanúias. Você precisa de uma teoria. Quando começaram a obseruar Íarrllds disclrtirdo scLs problcmas. oe rerâpe râs pcr cebemm, imediatamenre, que nem rodos eo-a. wm envolüdos. No clâmor de brigas barulh"n tas. todaüa. é difÍcil enxergar além das per"o naÌidades - a adolescente mal-humorada, a màe conúoìâdora, o pai distante - e perceber os padrões que os conectam, Ëm vez de se coÌl entrd em indMduos e suas penonalidadcs, os terãpeutâs familiaÍes consideram como os problemâs podem. pelo menos em parre. se_ produto dos reÌacionamentos que os ce'cam Co'no compreender esses relacionamenros é o arsunto dest€ capítulo. ctBISÌ{tÌtcA O pdmeko e talvez mais influente mode ]THÂPIÁFAMILIAR IÍ|I ,'-^\ lo de como as famrlias furcionâm foi a cibeF Írétic4 o estudo dos mecanismos defeedback em sistemas que se auto.regxÌam, Oque a fa núlia compartilhâ com ouros sistemas cibemé ticos é uma tendência a manteÌ a estabilidade usando comoÊcóack inJormoçõ€s sobíe sêu desempeúo. No âmago da cibemética está o ciÌcuiÍo deJeedôcck, o processo pelo qual um sistenla obtém a inforÍÌaçâo necessáÍa paÌa manter um cuÌso estável. EsseÊedúdck údui informações sobre o desempeúo do sistema em relação ao seu ambi€nte extemo € sobre as relações €ntÍe âs pârtes do sistema. Circuitos defeedóock po dem ser legativos ou positivos. Essa distinção Ìefere-se ao efeito que eles têm sobre os desü os em íelacão a um estado homeostárico. nàu significando que sâo benéficos ou prejudiciais. o Ê€dback neSativo ìndica que o siste nÌa desvia-se do alvo e quais as coreções ne cessárias para trazê-lo d€ volta ao curso, EIe sinaliza que o sistema pÌecisa Ìesraur:ìÌ se statür qüo. Assim, o/eedbdck nêgativo não é dê forma alSr]ma algo negativo. sua infonnação viLal para corrigir enos dá ordem e autocon trole a miíquinas automáticas, ao corpo e ao céÌebrc e à!s pessoas em seu cotidiano. oteed lìdcft positivo é a infofinação que confÌma e reíorça a dircçáo que o sistenÌa toma. Um exêmplo .onhc.ido dp Épdòace n' - gativo ocore no sistema de aquecimento de uma casa. Quândo â temperatura cai abaixo de celto pontq o temostato aciona a fomalha pala aquecer novamente a casa até os lìmites preesÌabelecidos. E este circuito de Ieedback autocoretivo que constitui a cibemética dos sistemas e é a resposta do sistema à mudança como um sinal piÌm restaÌuaÌ seu eslado prè vìo que ilusta ofeedódck negativo. A Fig!Ìa 4.1 mostÌa a circulaÌidade bfuicâ envolvida em um circuito de leedbock, Cada elemento tem um efeito sobrc o segrinre, até / \Í t C B \___.,' IlfünÀ 4.1 Causalidade circular de um circuito de íeedback, mostra um circuito de /eedòock semelhante para um casâ]. Nesse câso, as taÌefas de liúpe za e aÌTumaçáo da casa que Jan rcaliza (ourpuf) âfetãm quânto do üabalho doméstico é feito, o que subseqüentcmerte âfeta quantas taÌefâs de ümpeza e aÍumação Billie prccisa fazer, o qlre enlão rerroalimenu (inpar) quantas rare' fas de limpeza Jan acha que ainda pÌecisam ser realizadas. e assim Dor diante. O sistema cibemé-tico acabou se tomân do u'na meráfora parlicülaÌmenre úlil para dc:crrvcr como as faníias nrarrêm sua erta bilidade (Jackson, 1959). Às vezes isso ébom, poÌ exempÌo, quando uma família continua funcionando como uma unidade coesa apesar de estar ameaçada por um coÍúïlo ou esrÌesse. outras vezes, no entanto, não é bom resisú à mudanç4 como quando uÌna faÌnília não con segue se rcajustaÌ para acomodar o s€scimento ou a mudança de um de seus membros. Como ^o Je?dback negati\,o, o /eedóack positjvo pode teÌ conseqüências desejáv€ìs ou indesejáve:s. Se não forem vedficados. os efei ros reÍorçadoÍes do /eedback positivo tendem a comDor os erros de um sistema. Ievando a **"'"* que o último elemento "retroalimente" o efeito í cumulativo pâÌâ â primeiÍâ pârtê do cicÌo. As sim, A aJeta B, que por sua vez afeÌa C, que reúoâÌimentâ paÌâ âIeLaJ À e assim por d.iaffe. ì Lìmpeza èaÍtumação da cas No exemplo do sistema de aquecimento dã cãsa, A poderia ser a temperarura da sala; B, o termostato, e c, a fornâlha. A FiSura 4.2 tlGüRÀ 4.2 CiÍcuiro de feedbâck nas tarefas de limpeza e ãrrumação dacasa dê um casal. ||}2 MrcHeE P. N cHos processos de desconúoìê, O infeljt motorisra em ÌÌmã êstrâdã gelâíìa q Ê pnvial"p tbork põ sitivo para o motor de seu caÌÍo, pisândo no acelerador, pode denapar fora d e contr'oìe,por que o fÌeio será inútil pâÌa forr,ecer o feedback negativo que vai paÌaÌ o caÊo, Igralmente, a preocupação pemiciosa, â eütação fóbica e outras formas de compoÌtamento neurótico pod€m começaÌ com lma pÌeocupação rclatr vamente tdviaÌ e fu aumentando, em um pro cesso destÍutivo fora de contÌoÌe, Considere, por exemplo, como um ata- $re de pâoico pode começaÌ como uma situa, ção relativamente inócua de respìração oíegan te, mas uma resposta de pânico à diflculdade de rcspiraÌ pode se tÍansfomar em üma erpe riência âteÌÌorizânte de perda de controÌe. To, mando um exemplo üm poúco mais comple xo, coffidere a estutura de funcionamento do govemo federal. Já que o presidenle geralÌnen te se cerca de conselheiros que compartilham seu Ponto de vista e estão ansiosos pâÌa rnan teÌ esre contâÌo, esses conseÌheiros tendem a apoia.r qualquer posiéo que o prcsidente as sume. EsteÊedbdck pos:Üvo pode rcqu rir nâ adoção e iÌnplementáção dc umâ po í câ i1â dequâda -como rÌa épocâ de I ),ndon Johrúon, com a escalação da Guerra do Vietnã. Feliz menre, no entanto, a fiscaljzaçáo e o equiÌi brio exercidos pelos podeÌes Legislativo e Ju dicjiíÌio norma-tmente fomecem o/eedóack ne gâtivo que impede â admidsúação de irlonge demais em dLeÉes imprudeDtes. Fara sobre viver e se âdâptâÌ ao mundo $re os cerca, to dos os sistemâs de comuDicaçâo - inclusive as faÍúiar - precisam de um equilJbrio sauoa\el de feedback r'egatjv o e p ositivo. Como veremos, todaüa, os prtneiros terapeutas famiüares ten diam a enfâúaÌ demasiado oleedôccft negati vo e a resistêlcia à mudança. Apücada às familias, â cjbeméricd ron centÌou-se em diversos fenômenos: 1. regÌas íamiliaÌes, que govemam a varia So de componamento que um sìslema famiiiaÌ é capaz de rolerar (a variação homeostática da família); 2- mecarìismos d€ /€edòack neSa.iyo que as familias empregam para impor essas re Sras (culpa, punição, sintomas): 3, seqüências de intercçãoldmilidr em torÍìo de um problema que caracterìzaÍ\ a rea ção de um sisrema âele (os ciÌcuiros de /eedóocl< em toroo de um dewio); 4. o que acontece quando o Íeedba(k nega tivo costumeirc do sisteÌÌÌa é ineíetivo, de sencadeando c,ircüiros de feedback posítivo. ExempÌos de circuitos de Jeedback DosiÈ vo são aqueles "ciclos viciosos" incômodos, nos quais as âções postâs em pÌática só pioram ar coirâs. A bem-con]ìecida ?rofecia autocumpri dora" é um desses úcuitos de/eedòack posiri vo: ?Ìs apreensões da pessoa levam a ações que A cibernétìca ÍoifÍuto da ìmaginaçâo do maiemático do lMlT {MassachLrssels Inslitule oÍTechnology) NorbeÍt Wienef (1948), qua desenvolveu o qu€ se rornaia o p meÍo mod€lo d€ dinámÌca ÍamìliaÍ €m um 6mbienle muilo imprcvável. DurantêaS€gunda Guerra Mundial,Wi€neríoisolhilado a estudar o pÍoblemâdêcomo asâÍmasdedeí$aantiaérca podeÍiâr,ì deÍlbaÍos aviões alemáes, quevoavamlão Íápidoque era ìmpossível a;ustar ás balerias dearÌllhaÍia com ÍapidezsuficientêparââtÌfgir os alvos. Sla so uçáo ioi ÍnconoraÍ um sist€ma deíeedáac* inÌeÍfo, em vez de confiaÍ em obseruadores paÍa reajusÌar as armas d€poìs de cada eÍo de 8lvo, GrcSory Bateson enlÍou em contalo com a cibêrnelica êmuma séria notávelde enconÍos multidisciplìnares, asconferênciâs lvacy, que iniciaÍam em 1942 (Heins,1991l, Bat€son eWiênerlmvaÍam uma camaradagem ìmediâta nesses encontros, e seus diáloqos tiv€râm um pÍofundo impacto sobrc Bateson, levando-o a aplicâÍ â t6oÍiâ dos sistemas à lef apia famìliar. Viío que a cìbernética surgìu do estudo das máqLrinas, em que os circuilos ds feedóâcÍ posiiivo levavam a "desconuoles" destrutÌvos,ía?€ndo com que â máqujna eslËgasse, a ênÍaseÍoinoíeedracl negatl'vo erâ nìanutsn çãôdahomeôstase.oambientedolislemamúdárja-âtemperaturâsubi.iaoubsixaia-eestamudançadmecanis mos de feedract negativo paÍa reconduzir o sistêma à homeostass - o caloÍ aumentaÍia ou dÌminuhia 0s cÍcuiÌos de íeedóacl negslivo contÍo am tudo, do shtema endócrino a€cossist€mâ.As espécles ariÍnais sáo €q!i libmdaspela moÍe poÍ inanição e pof predadoleg, quândo ocorc uma supeÍpopulaçáo/ e poraumenlo nos indices de nascimento, quândo seu núherô se Èduz demais. 0snÍveis de ãçúcar no sansuc a6o equilibrtdot pelo aumenÌo da produção ds insulÌna quando sobem demais e pelo aumento do apetlte quando bâixam demah. Fecipitam a siruação temida, o que, por sua rp7, justifica os medos do indfi,'{duo, e alsim por diante. Ouro exempìo de/eedbock positì ro é o "efeito modismo" - a tendência de üma .âusa de ganhar apoio simplesmente deüdo ao üescent e número deadeDtos. Podemos Dei,- Jar em algumas modas pa;ag€iras e um Èom DúmeÌo de Srupos de música pop que devem müto de sua popularidâde ao modismo. Como exemplo de uma profecia autocum Fidora, iÍÌagine umâjovem Ìeaapeuta que es pfra que os homens não se envolvâm na üda hmiliaÌ. Éla acredila que o pai devend desem pen"ar um papeÌ arivo nâ yida dos Âlhos, mas ruá experiência ensinou a nào esperar muito dos homens. Suponha que ela esrá reftando age ìdaÌuma consulta famüaÌ e a mãe diz que o márido não poderá eslâÌ presenle, Como ã ooss, reÌapeu€ hìpotética provaveimenle res. ponderá? Ela poderiâ aceitar ao pé da leúa a decìâJacão da ÍÌãe e, assim, enEaÌem umcoF hrio para gâÌanú exatamente o que espeÊva. Ao corÌrÌário, eÌa poderia objeraÌ a8Ìessivamen te à airmaÉo da mãe, deslocando assim para o relacionamento com a mãe a sua âtitude enr relaçâo aos homens - ou €mpunando â máe p€Ìa uma posição antagonista em Ìelação ao Passândo a um exemplo familiâ! em uma famíÌia com baixo limiaÌ pata a expressão da ' raiva, Marcus, o fiìho adolescente. exDlode com ô6 oais dianre de sua insisrência paÌa qLle ete €steja em cffa ant€s dã meiâ-noirê. A mãe ffca óocada com sua explosão de raivâ e começa â chorar O pai responde deiyando Marcus de (asbgo por um mês. Ao invés de reduzir o des. rìo de Marcu\ - fazendo sua rai\,€ voliaÌ paÍa os ì:miLe. homeosúricos -. esLe/€edóack neSa dvo produz o efeito oposto: MaÌcus expìode e Íies.fia â âutoridâdê deles. Os pais respondem mm mais choÌo e casrigos, o !Ìue aumenu aìn da maìs â rai de MâÌcus, e assim por diante. Desu maneiÌa. o /e?dbac& negativo prerendi do [ihoro e casdSo) se toma vmJeedback po sitivo. Ele amplifica, ao invés de dirninuir, o de\üo de Marcus. A família fica pÌesâ em um "descontrole" d€ leedóacÈ positivo, também ì conìecido como ciclo vicioso, que aumenta até MaÌcus fugiÌ de casa. ÉI Mais tâÌde, cibemeticiitas como walter Bu cld ey e Ross Ashby reconieceram qu e os cil t. cuitos de Êedback positivo nem sempre sáo TENAPIAFAMIUÂi I|l3 ruins: se eÌes não escapam ao conffole, podem ajudal o sisrem.r sc ojr.craÌ às ciÌcunstáncias modiÍicrda<. A frmtli. dF MaÌcus precisaria recaÌibrar suâs regras reÌativas à raiva, para acomodar a asseitiüdade aumentada de uD adoÌescente, A crise que esse úcuito deÊedüack positivo produziu poderia levat ao rcexame daj regrâs fam:üare.. se a famíia conseguisse sair do cÍ..iro o renrlo ecessárjo paÌa obrer cer ta perspectiva. Ao fazer isso, eles estariãm fa zendo uso da metacomunicâção, comunicân do-se a respeito de suâ mâneim de se comun ca4 um processo que pode levar a uma mu dança nas rcgras do sistcma (Bateson, 1956). Comojá deve e.ta- ctaro, os cibemetjot tas familiares focaram os circuitos deJeedrack dentro dâs famíÌias, também corúecidos como padaões de comunicâção, enquanto a fonte fim damental de disfunção fâmiliaÌ. Por isso, os teóricos da fumr'lia mais iMuenciados peìâ cj bernédcâ passaram a ser conhecjdos como a escoLa àas comunícações (veÌ Capítulos 3 e 6). Comunicações fãÌhas ou pouco cLüÍìs resultam em umfeedódcft inadequado ou incompleto, de modo que o sistemâ não consegue se autocom gir (mudar suas regÉt e, conseqüentememc, reage àmudança de modo exagerado ou insu, ficiente. ItoRra [0s stsTflllÀs O maior dêseio enftentado por aqueles que tÌâtam famílias é enxergar âlém das peÌ sonalidades eperceber os paalrões de iÌúuên cia que der ermir aJ 1 o componamenrc dos mem bros da iamília. E.umos làoacosrumâdo5aver o que acontece nas famíÌias como produto de quaÌidãdes indiüduri.. como egoímo. gene rosidadc, rcbcldia, passiüdade,roleÌância,sub missão e assim poÌ diante, que aprender a ver padóes de relacionâmento requer uma mudân ça radical de peÌspectiva. A experièncja ensina que o que se míúi festa como o comportamento de uma pessoa pode ser prcduto de Ìelacionamentos. O mes, mo indivídúo pode ser submisso €m ]m rclacjo namento e dominante em ouÍo. como tantas quaÌidades que atribuímos aos indiúduos, a submissão é apenâs metade de uma equação de duas partes. De fato, os tempeutas familia res empregam vários conceitos para descrever I II+ MICHAEL P NICHOII como duas pessoÍìs em um ieÌacionâmeôto con Eibu€m paÌa o que acontece entÌe elaç, induin do ciclos de perseguialor-distancíad,or, supeíu c ioname nlo- subfJ nc io nc n e n I o, c o n tro le - rebe I did, e âssim poÌ dialte. A vantagem desses con ceitos é que qualqüer uma das partes do rela cionamento pode mudar sua participaçáo no paalÌâo. Contudo, eÌlboïa seja relativamenie fácil descobÌt temas no reÌacionamento eãúe duas pessoâs, é mais diffcil enxergar padóes de interação,em gìrpos rnâiores como fami üâs int eiÌas. Epor l.sso que os rerapeuras f:ìmi liaÌes passarama considerar táo útil a teoíia dos sistemas. A teoria dos sistemas reve origem na matemática, física e engenharia da década de 1940, quândo os teóricos coÌÌÌeçaÌâm a cons trufu modelos da estÍutuÌa e fi[cionamento de tridades mecânicas e biológicas orgmizadas. O que esses teódcos descobriram foi que coisas tão dive$as como Ìrüáquinas simples, aüões a jato, amebas e o cércbrc humano compaÍtilham os ariburos de um sislemã - isÌo é, uma mon tagem organizada de partes que íormam um todo complexo. Bareson e seus coleSas con siderâÌ3m a teoria dos sisremâs o veÍculo per feilo paÌa esclaÌecer as mâneirãs peìas quais as famílias funcionavam como unidades or ganizadas. Segundo a teoÌia dos sistemasi as prcprie dades essenciaiò de um organismo, ou siste mâ, üvosãopropriedades dorodo, que nenìu ma das partes tcm. Elas surgcm das interações e relações entre as paÌtes. Essas propriedades são destruídas quando o sistema é rcduzido a elementos isola dos. Orodo é sempre ma:orqJe a soma de suas paÌtes. AssiÌn, sob uma pe$- pecd\,'a sisrêmjca, não faria muiro s.nrido ren taÌ entender o comportamento de uma crian çâ enreviirando-a sem o reslanre dd faÍúia. Embora alg!mâs pessoas usem (erm05 como t€ona dos sistemdJ ou sisaémicd para si8- nificar pouco mais do que consideraÌ as faÍìlÌias como unidades, o sistema na \erdade possJl algumas propriedades mais especíÍicas e inte' ressantes. Para começâtr â mud-nç.i dP oÌhâÌ apenas para o inúvíduo e pas.d d .o,..iderar a faÍúia como um sistema signifìca mudaÌ o Íoco dos individuos para os pâdróes de seus relacjonamentos, De uma perspecliva sistè. míca, a família é majr que uma coleção de in_ diúduos - ela é uma rede de relacionamentos. Vamos tomar um exempÌo simples, Se uma mãe rcprccndc o Êlho, o mâÌìdo lhe diz para não ser tão dura e o menino continua se comportando mal, uma análise sistêmica se concentÌâria nesta seqüência, pois é esta interaúo obsenálel que Íevela como o siste ma funcjona. PaÌa focar os inpüls e oürputo. uma aniálise sìstêmica eütaperg!ÍïaÍ por que os indi!'Íduos fazem o que fazem. A e\pressão mais radical dessa perspecriva sislêmjcâ foi a metáfora da'taixa-preta": A inpossibilidade de ver a mente em açàc' levoì! nos ìítimos anos, à adoção do conceito de ca ixa-preta das rclecomuicaçóes t...ì apìi üdo do lato de que o l,drdwdrc eleuôrtLo é atuaìmmre rão compÌeyo que às vezes é mâis \ãiì Ìajoso desconsideÍâJ â êsúuturâ inrema de um apâÌelho e se concmtrâÌ no estudo de suas rcÌaçóes especncar de ìnpür-ourpü. t...1 Esse con.eiro, se apìicãdo ãos probìemas psicoìó gicos e psiquiárricos, âpresenta a vantagem Ììeuísticá de não sê precistr inocsr neúu ma hipótese insãpsÍquica não-verificável e de podermos nos limirar às rdaçòes de inpuFoü . püt obseÌváveis, isto é, à mmuÌÌicaçáo (warz lâwjck, Beáün e Jackson, I967, p. 43-44). Ver âs pessoâs como caixâs-pretas pode paÌeceÌ a expressão máÌimâ do peÌÌsamento mecanicista, mas esta metáÍbÌã lem â vânrá 8em de simplificaÌ o campo de esrudo ao eÌì minaÌ especulações lobre a menle e as emo çôes e se concentlaÌ no inpur e oltrput da5 pes soas (comunicação, compoÌtamento). EntÍe as características dos sislemâs per cebidas pelos primeiÌo\ Ìerãpeutâs [amiìiares. poucas foran maÍs injìuentes - ou posterior mente mais conEoversâs - do que a homeos taÍie, a auto-regulação que manrém os sisiL esrâdo de equilibrio dinámico. A noçào de Don Jackon de bomeostase fami liaÌ enfatizou que a terÌdência das famílias disfuncionais de resistúem à müdançâ ex?b cava por quej apesaf de esforços heróicos paÌa melhorat tantos pacientes continuâvâm na mesma (Jackson, i959). Hoje. vernos essa èn_ fase na homeostâse como uma injustiça com as famíLias, ÌiÌn exagero de suas proPÌiedades consenadoral e uma subesdmação de sua fl(_ xibilidade e recuÌsos. Portanto, embora muitos dos conceilos cibeméticos ucjÜzados para descÌeveÌ as má_ qüinâs possam ser estendidos, por analogia, a útemai huÍianos como as famiÌias, acontece $c os sistcmar úvos não podem ser adequa damente descritos pelos mesmos principios dos útemas mecánicos. l{da gêÍôldos 6istenas Durdn{e os anos de I940. um biólo8o aus úiaco. Ludwig von Benalanffy, tencou combi- !âr conceitos do pensamenro sistêmico eda ìriologiâ êm umâ teoriâ miv€rsâl dôs sistemas yivos -da mente humânâ à ecoesfera globâ1. hÍÈindo de investigações do sistema e[dócÌi[o, cìe começou a exúâpolaÍ para sistemal sociais úars complexos e desenvolveu um modelo que ga.ssou aser coúecido como a teoÌia geral òs sistemas, MaÌk Dâvidson (1983, p. 26), êm suâ fas dnante bioSrafia Uncommon serlJe, tesÌ]Ìniu a definição de sistema de Betalalrffy como: quaÌqueÌ entidade nantida peÌa múrua inre ração de suas partes, do áromo ao cosmq e induindo exeúplos mundanos como os siste, mas telefônico, postal e de tÌânsiÌó rápjdo. Um sistema benalanlfiano pod€ seÌ flsicq como um aparelho de telÊvjsão, bioÌógico, colno um cocfter spdniei, psicológico, como !ÍÌa perso nâÌidâdq EôciolóEico, çomo m sindicato, ou simbóüco, como u conjünto de leis 1...1 UE sisrema pode ser composro por skrêmas me nores € também pode ser paÉ€ de um sistema mair amplq €xatamoÌre como lm estado ou proríncia é composto por jurisdiÉes nerc, res e também é paÌte de urna nação. O úÌtimo ponto é impoÌtante. Todo siste ma é um subsistemade um sistema ma.ioI' mas, çardo adoraram a perspecriva sisrémica, os Ídapeìrtas familiares t€rdiam a esqueceÌ essa Íede de iníuéncia que se alarúa. Eles tlara. 9âm a fumilìa como um sislema, enquanto ig Doravam em grande paÌte os sistemas mais arnpìos da comunidade. cuìtura e politica em que a-s famílias estão inseridas. BeÌtalaÌìfb' foi o pioneiro da idéia de que um sisÌeÍnâ é mais que a soma de suas panes. no mesÍìo sentido de que um relógio é mais que Ìrma coleçâo de en8ÌenaSens e molÍrs. Não há nada de místico nisso; acontece apenas que quando as coisasestãoíganizadas em um sil ITRAP|A IAMIUÀ' I ||5 tema, surge aÌ8o novo, como quando a ág1la surge da interação do hidÌogênio com o oxigê nio. Aplicddd. à Lerdpid famiüar, essas idéias - de que um sistema famüaÌ deve ser visto como mais do que apenâs uma coleção de indiúduos e que os terapeutas devem focaÌ as interações em vez da personàlidade - tomiÚam-se princí pros cenÌIals no campo. Benrlrnfb ulilizou a metáfora de um or Sanilmo para os 8Íupos socjâis, mas um oÌ. gânisúo que era um sistema aberto, intem gindo continuamente com seu ambiente. Os sistemâs âbenos, como oposros âos siqtêmâs feúados (por eremplo, as máqünas), mantêm se pelo intercâmbio contíouo de recuÌsos com seü ambiente por exemplo, inalando oxigê nio e exala-do d:óxido de caÌbono, Ou!Ía pro priedade dos sistemas vivos que os mecanicistas esquecerâm foi que não só reagem aos estímu" Ìos como iniciâm atiwmente êsforços pâra se delenvolve_. Arsim, nas lârÌÌilias sadìas. os pars encaÌam âs novas idéias que os filhos úazem para casa como uÌna fonte de eüiquecimento, e essas famíIias gerâlÌÌrente buscam manekas de beneficiar e apreciaÌ uns aos outÌos. DuranLe roda a sua üda, Benalatríy foi um cruzado contrâ a üsão mecanicista dos sis temas üvos. er especial daqueìes sisremas ü vos chamados pessoâs. Ele acreditava que, di ferentemente das máquinas, os organismos vi vos dFmo-r.rrdm eqiiìfinúdâde, a capacida de de âtingir um objetivo final de maneiras diversas, (Nos sistemas mecânicos, o estado ânal e os meios pda ess€ estado são Êros.) EÌe e outros biólogos empÌegaÌam esse teÍno paÌa identificaÌ a capacidade do organismo dírjpida pdra o seu -nterior de proteger ou res taurar sua integrìdâde, como acontece no cor po humano, que mobiliza anticorpos e é capaz de refazer a pele e os ossos (von BertalanfÍi, 19s0). Ássim, os organismos vivos são ativos e cliativos, Eles trabalham p?Ìra manter sua or ganização, mas não são motivados uÌLicamen te paÌa preservar o st4rüJ qüo. os tempeutas famiÌiares desenvolveram o conceito de ho meostaseJ mâs, segundo Bertalanff, üma ên fare exagerada nesse aspeco conservador do organismo reduziu-o ao nível de üma miáqul na: "Se lesse] pdncíÉoda manutenção da homeostase for tomado como uma re$a de comportamentoj o assim chamado indivíduo | 0$ urcmnr Hrnos bem-ajustado será ldefinidol como LÍn robô bem-lubrificado" (citâdo em Davidson, 1983, p. 104). Embon a homeostase continue sendo um conceito importante na terapia la,.riljar sua li mitada capacidâde de expÌ:cal â c-iarividade humana foi repetidamente reconhecida por terapeütâs famiÌiares de uma ÌÌÌaneta que ecoa as preocupações de Belralanffy (HoÍrÌÌaD, 1981; Spee4 1970; De[, 1982). Os cibemeti cistas tiveÌam de pÌopor conceitos que soavam L'npressionantes. como morfogênese íSpeer 1970), para explicaÌ o que BenalanJry acredl tava ser simplesmente uma propriedade náru ral dos orgãnismos - prccu râÌ a Íì ud a nça, álém de ÌesistiÌ a ela. Beïtalânffy tâmbém reconhecia que a obseÍ\,'ação tinha efeito sobre o observado. Esse êDtendimento reforçou sua conwicçáo de que devemos ser humildes em Ìelação às nossas suposições. Um lerapeura befla ãrffiano cui dâria pâra não impoÌ sua perspecÌiva aos clien les e tentaria compreender <uas perspefti\,'ás em relação aos própÌios probìemas. Diíerente mente de algüns pós-modemisras, que assu mem a posição de que, já que não podemos conhecer â veÌdade absolu[a, não podemos ter vaÌores sólidos porque nada é meÌhor do que qualquer ouúa cois4 Bertalanffy acreditava que devemos nos preocüpar ma,s. em vez de menos. com nossos valore\ e.upo\içóe\. pois algìrmâs perspecrivai são ecologicameìle des Ertivas. AssiDrj os terapeulas pfecisam escru rinâÌ suas suposiçoeq eâ. supo.r\ões implÍcF tas em suas teodas em termos de seu impacto sobrc âs fâÍílias e a sociedâde. Resumindo, Bertalanffy levantou muitas das questôes que moìdaram e ainda nìoldam a tempia familiaÌ: . Uú sistemâ como mais do qrÌe a soma de suas partes. . Lnfâse ÌÌa intenção denüo de e entre siste mas ver5r6 reducionismo. . Sisiemas humânos como organismos eco lógicos veruür mecanicismo. . Conceito de eqiìifinalidade. . Reatividâde homeostática versus atividade espontânea. . lmponância de üençrs e v"lores ecologj camente ceÍos veruuj ausência de valor Muitas dêssas questões reapaÌecerão elÌÌ discussões subseqüentes e poÌ todo o lilÌo, C0ISTAUCl0lìllSÌil0 S0ClAL A terapia famiÌiar nalceu em uma época em que o paÌadigma psicanalítico prevalenre enfatizava os conflitos úconssientes como a fonte da infúcidade humanâ. PaÌa ser efetiva, a terapia precisava sondaÌ profundamente para descobÌL esses confÌitos - e esse era um pro cesso longo e lento. Ao rejeitú esse modelo mentalista, os terapeutas famiìiares recorreram a metáforas sistêmicâs que focavam o compor tãmento, a intemção e o íeedbdck. A teotía dos sistemas nos ensinou â ver como a üdâ das pessoas é moldâda poÌ seus intercâmbios com aquelas qüe as ceÌcam, mâs, âo fôcáÍ pâdÌões de interação, a teoÌia dos sistemai deixou uma coi5a de fora, na verdade, dua5: como as cren ças dos membros dâ famíüa afeÉm suas açòes e como as foÌçâs culturars determinam essas crençrìs. Construtivisno O conltrutiüsmo câpturou a imaginâção dos terapeutas famìliares na década de 1980, quando estudos dâ função cerebral mostraram que jamais conlÌeceÌemos o Írundo como ele existê "1á foÌâ": tudo o que conheceremos é a nossa expeÌiência subjetiva desse mundo. A pesquisa sobre redes neumis (von Foente! .1981) e os experimenros sobre a üsão da rà (MatuÌana e VâÌela, 1980) indicâÌam que o cé rcbïo não prccessa as imâgens liteïâlmente, como uma câmerã. mas regisúa â e,\periénüa em padÌões oÌgmizados peÌo sisteúa neÌvoso do observâdorÌ Nada é percebido diretamen re. TUdo é tiftÌado pela menle do observador Quando essa nova percpectiva em rcla ção ao conlìecìmento foi tmnsmitida ao cam po da fâÍília por Paul watzlawick (1984), PaÌiÌ Dell (1985) e L]'rìn HoffÌnan (1988), o efeito foi um grito de aÌeÍa âÌertândo nos da im ponáncjâ da cogniçio na üda famjüâÌ e des auindo a conücção dos terâpeu&üì de que eles podiam ser peÌitos objetivos. O coÌrsti:utivismo é â expÌessão moder na de uma ffadiçâo fiÌosófica que rcmonta, no ltinimo, âo século XVIII. LÌÌmanuel Kanr ( 1724-1804), um dos pitares da tradjçào inre_ le(Íuãì ocr'denral, consideÌava o coúeiimcrlLo .omo p_oduto- da maneiÌa pela quâl nossas Írìa$naçoes sao organizadas. o muìdo ene_ Íior não se imprime simpÌesmente na tábula rasa (teÌa em branco) da nossa mente, coiÌÌo o ÊmpiÌjcisra bdÉnico John Loúe (1632_1204) ãcredilâva, De fato, como IGÌt arguÍEentou, a nossa Ínenrc e tudo, menos vazia. cia é Jm 6lrro ativo atÌavés do qual processamos, catc_ tonzamos e mterpretamos o mundo_ O const&tivismo enconüou seu câmiúo p6Ìa a psicotempia rÌa teorta iLo coÌlstructo Des_ Joat de George KeÌ1y (1955). Segundo K;Iba comp.eendemos o mundo criândo nossos pró_ pnos constutos do ambiente. Interpretamàs e orgâ râmos os âcontêcimentos e fazemos pre_ dições que orientam nossas ações com Éase nesses consEutos. Você podeÌia compaÌar essa ma,nelra oe üìterpretar a experiênciã com ver o munoo através de óculos. Já que taìvez Dre cisemos âlteaãÌ ou descaÌtaÌ consúutos, i te_ rapn se toma_uma questão de revisaÌ antigos consruLos ê desenvotver novos _ er,perirnèn_ râr entes dderenles paÌa ver quajs nos permi nr9o. rìgvigar peto mundo de mâneiÌa m€is slt$tatofla. O primeirc exemplo de constÍuriüsmo na rerapia familia. foi a técrlica estratégica de aeenqüadramento _ rcclassificaÍ comDorta menros poÌa modifiüÌ a Eaçào da faÌrÍtia ã etes. os clentes reagiÌão de forÍnã múto diferenle a uma cÍ1€nça que é üsta como ,fipeÌativa,, e a üma cnaÌìça que é percebida como .tnal_cort TEfiAPIÂÊAIVUM desencadeou umc ìudânca fundãmenlal de ènlase, fu meuiÍo ras sisrèm icas locavam a açao; o consúlÌtivismo mudou o foco para a exDiora_ ção das suposiçõcs que as pessoas Ém;obre seus prcbÌemâs. O significâdo, em si, tomou"se o principaì alvo. O objerjvo da rempia. ânrcs a inrerrupcão de Dâdroes ploblemátjcos.lc.u,n_ portãnÌento, pâssou â ser ajudar os cÌientes a oescoDnr novas perspectivas em sua üda po. meio do processo übettador do diáloso. Na varìguaÌda desre movimend estavam Harry.Coolíshian e Harlene Anderson, (qa "abordagem sisrèmica co aborariva baseãda rra Ijnglãgem era de ;r,da mênos pelo ouc o terapeula fal do que por aquilo que elË não raz. l\este modelo. o rcrapeula ndo assume o papet de petÍo. nd'o srJpóe que sabe como a tamúâ (eve mudar e ,do ã empuffa em urna dererminada düeçao. o p:oel do rerapeura nâo e muoar as pessoas, e .im abrir ponas para que etar eyltorêrìr novo" s BniÊcodos cm sua 11cla. O rerapêura rio corrr ta s enrÌeüçLa áô in. ruenoar a conversã em Lrma dercnninada di reção. no ser 'do de Lo rteúoo ou resulrâíìn nern é reqponqãvet pe,â direção da mudanp. u lerapeub iô é r-ooBá\el por oiú D cÍ paço em que possa oconer a conversa diaÌó, gica (Anderson e coolishia& 1988, p. 38s1. , o consruhv,-no nos enrina a olharalém oo compoftamento, paÌa a nossa maneirâ de p€rceDer, tnlerpreÍar ! .on.tÌuiÌ a nossa expe nencta. !.m um mürÌdo onde roda verdadc e portada . Igxalnenre. ospaisdesencoraiados de un menino rebelde de lO ãnos se senúão me_ lhor se AcaÌem convencidos de que, em vez de lerem "d iscipünddores ineâcjenres.', eles lèm um "ïho oposicionista". O primeiro diagÌóstjco sugere que os pajs devem ser mais duÌos, mas tambem que pÌovavelmente não reÌão sucesso. O segundo sugere que [daÌ com umã cÌiança or.Ì1or p-ode exjgiÌ esúaégia. O ponro nâo é uma oescnçâo ser methor que a outra, e sim aue. se o rórulo ou ddssiff€dção que a Íâmiliâ apüca aos seus proDlemas leva â esúafegias ineficazes de manejo. talvez um novo róhdo ou classificaçào aÌtere seu ponto de vista o sü6ciente para eliciâr respostas mais efetivas. Quando o construtivismo tomou conta da tempia fâmiÌiaÌ em meados da década de 1980 rcrarÌva, a perspectiva do terapeuta começou a ser \,1stâ como se não tivesse maior diÌeito à objetiüdade do que a perspectira dos clientes. Assim, o consfütiüsmo diminuiu o sta!üJ do tempeuta como unla autoridade objetivâ com conÌÌecÌmento priviÌegìado decausa e cuÌa. Reconhecer que a nossa mãneira de per_ cebea e entender a reaÌidade é uma constn - çâo não signfic4 eüdenremente, que não exis_ te nada de rêa. lã forr a ser óercebido e compreendjdo, Drur e oedms podem quebrar OSSOS.,qlem disso. resmo OS majs ardOrOSC,s consEutivÌstas (por exemplo, EftarL Lukeff e Lrúens, 1990) noç'€mb'am de que aìslrnras construçòes são mais úteis que outras. " . _ Alguns contestaram a impücação conEá_ na do coÌÌstrutiüsmo - que um terâpeuta seÌr 108 unmrL e HnroLs o stctur de perito é um terapeuta sem influên cia. Em sua cuidadosa análise da temPìa pÓs" modema, Back to r€ali4,, BaÌbâra Held (1995, p. 244) salienla que "cenamente eÌrste umâ aonüadição a .êr enfrenLâda por esses auloÍes quando eles tentam negar ou minjmizaÌ a pe rícia que eles, apâÌentemenÌe, tambêm querem ter - oue os terapeutas lealmente pÌeclsam le gitimar sua ativiãade como uma Profissão/dis_ _ ""'i- d" nó. t"u" ,"nli'nentos lào Íones a respejro do que paceb€u como a abdi'açin íìâ liderança que decid:u Ìembrar os teraPeutas: serão os Éra peul aç e o' cLenres paÌceiios em u- "noreenìimen o conjrnto? serão eìes de, PrcvavelÌnente convén ìembrar que me: mo as nossas mais quêridas metáforas para a üda Íamiliar - "sistema', emaÌaúâmenlo", ''ioguinìos sujos", uiàngulos" e assim por diàn_ r;- sào qimplesmente isto: meráforas Eias ráo existem eú algrma realidade objelivâ; òáo constiuções, alSumal mais úteis que ouÚas A consEução preierida por Anderson e coolisl'idn era que a linpascm oii rrâis do oue reÍlere, a realidade Cenamente nào el' te nada de novo na descdção da terapia { d cura pela fala") como diálogo O lovo erd d elevação da narrariva pessoâl ao pinâculo do inteÌesse na teraDia familiar - um campo nas_ ci.lo dâ descoberta de como o pessoal é mo _ dado peÌo contexto inLerPessoal igüais? \ão. Os cli"nres são, pãraJraseando Ão eúatizar a perspectiva idiossincrática G€oÌse orwell, "mais i8rÌâis" no que se rerc'e ao pÁnm rl" üs-a de quem. e$ênciaìmente conG. Os Érâpeu _a' são ou de\e-am set mârs iguab no que se refere à formação, peícia e obietiüdade e a conduzir o que acontece dúdte a hora dc teÉpia Está @rto criti'ar o poder-se pooer 'igìifi'ã doÍÌinacao e con Eoìei não é ';o ceao abdi(aJ da lrderanca (Niúols, 1993, P. 16s) |1 ma$: se o.sânizâÌ e atüâr como anitÌião de con venas fosse tuao o que un terapeuta faz, eÌe deveria ser chanado de mediâdor' ou o opôs to de um apresentador de un programâ dè ênrlwista, na televisão (cDjo objetivo é orsa ÍÌizaÌ conversas qüe seriam desasrâdáveis e abusi!'rs). O terapeura como an'rtriáo negli Sencia o pâpelde prole'so' -!m aspecro mÚ- !o diÍmado r"d e$"ncial. d( grârquer rêÌa' Dia Ía$fomadora os Ìerapeutas ensrÌm' não dizendo às pessoas como levar sua ndâ' ma5 aiudândo ar d ãprenderaì8Lma coìsa ço hrê si mesmas o\ichoh, 1993, P 164)' "Dizer as pessoas como IeÌ€Ì súa vidâ" é exâtamente o que preocÌrpâva Anderson e Goolishian (1988). O conslrìltiúsmo eü Üma revoltâ conúa um modelo autoÍitário de tera pia, contra a imrgem do lerapPula como Úm indmidador. Anoe"or e aooÌisruan Prelc' ránì o que chamavam de u-a alirude de "não-sa bei, em que deixaran espâço paÍa as lderâç do dientc. Cm vez de ,boídãi âs 'âmÚras 'nm nocões pré-concebidas de estÌutura e runclo_ nãÀ.nó,.t"t -".ir"vuvam aPen2\ clrriosidâ do indiüduo, os consúutivistas foÉm acusa dos poÍ âlguns (por exemplo. lM inuchin. I99l ) de isnorãr o contexto \ocial Qllando esse c-_ nho;otipsísticofoiâpontado, osconsEutiústas mais imDorÌantes esclâreceram sua poslçaÔ: quando AlsseÌâm que a Ìeâlidade é con'truida queriam dizer sociolnenle constÌuida A co[stÌüçáo scial da rcalidade O constÍucionismo social expande o cons_ tÌutivismo assim como a terapia Íamiilat ex_ pândiu a psicologia indiüdual O consrrudüs mo afirma que percebemos o mundo e nos Ìe_ ìicionamôs com ele básPãdos em nosçâs lnler_ DÍetaçôeç, O constrncionismo social \aÌÌe_'a que e;sas inrerpretações çào moldadâs peÌo contexto sociaÌ em que uvemos. Se um adolescente de 14 anos desobede' ce constantemente os pais, um constÌutlvÉta Doderia dizer que o menino acredita que eles ;áo merecem seu respeito- Em outrâs paiavras âç a(òes do menino não são apenas unL p"od ro dos esforços disciplinares dospais. mas lâm bém da sua consúução da autoridade clos paìs Um constÌucionista social acrescenraÍia que a: aritudeç de um adolescenle em relaçao a aJto ridade Darenlal sào moldadas não sPenar oo "ouir. àu" sc".te* n, ÍlÍ'flrâ, mâs rambén pó. *"ntug"ns transmitidas pela cultuÌa en seÉI. Na escola e no râbalho, no ãÌmoço er cônversas telefôni€s, no cinema e na televl são, absorvemos atitudes e opiniões que caÍ€ 8ãmoc pâ!â denúo da nossa tunrlia. A telelr r:ìo, para tornar uma i4IIUênciâ muito poderu sa soDre o adolescente comurn de I4 anos, tor_ nou aS cúanç€sde hoie majssofisti.âdâs emars orÌtcàs, loniorme o esrudioso das cornunica ço€s Joshua Meyrowitz (1985) argumenla eIr !: sptlse oJ place, âs criânças de hoie eslào exposrès aos .bãsrjdores..do mundo ãdujto. a ouvìoas e conJl;tos sob ouroj ãJpectos esc;rr_ uuu5, a toucuras e irâcâssos de modelos adul_ :1s-lle:le: vë.em nâ releüsào. Esrr desínjsE. Ldldo urÌrun ut a contiança do adolescente enr mpn rnnun t03 na pergur r ar à m Lr.her se ela Ie mbra de algum a exceçao a essa oue-ya, talvez eÌa e o mâdo manLenlranì colretsas razoavelmente boas qrando 5ãcm para L,l-ìlnhar ou para iantar, Nesse caso, -o teraDeut.r poderia simplesmenre baseic.se :::^ïï"":"r.,i.:9,:".:pr"rã""ã,,-,"-"r,Ëã ros ia €/,r. u",iã;, à"-.JÃL',iïjiffi :::n: sfu: coleqas f9-c9_d", "";1,è;;;; praticanres da $'ïi#,iï,#ïhl"ffi 3ifi""ffi# os,sucesro. pássãdoç r Iìm de mobüzar s'Ã_ çóes-compo.rdme..ri\. " "É;;d" ï*p; naÌr€d\aé mais anplo e ,", rnri. , âutuoei..A ré.ni( a dec:sj* a".irã'".jìr"À ""r._ã_l Ëfi-;i111ïïiâH'ff irui-ff #ï**Hï# #n*:::'_"-. - ;li# ïË.ry#Ë"ff Ë; zavam,a menLe suòleriva do i"ai"ia"ã,-* gf$"r, consruootusÌâs sociais dáo maior ênÍase á in- o,,a ^ar rerprer aqà o socjal, e à iMuen"iu in*rì" ry..i"uu S""r**Ìe.ïi.n ll*s::t,X*i*ì:nli"":;iï::ffi.FJJ:ï"ï{1";l;ff;i* 1*U*U$N':,ffi trl,iff*d"dl, o "*pr". *ì"" i.ï#ïfiìff;,..." menino é um rro* srnaa.. . *i.,r'i^-* ceLerrrnLsfa enquPrto3 última - a procrarü nia de aenêq araigaaa;ì;;;ì:;:"ïïË:- naçao as \ ezes le\.a a melhor- libena o meni na prarica é iJusaaáo nas ar* ""À.ìïïì,ìi no-d-e uma iderÍidrd. Fegrtivâ e translorma a de<consúuçáo - de übert*;; "li;ï;ìi::' ;1,:,:l,ln:f*f ::tAl3,-:,,1$:ilff i:ffi ;"ï,:ï'i'-li:n::ïïIJ*'::i;: . - .rermte à maioÌia das rormas de terapia -*'ïãïiJ'""i jlï"ï1iLï"f.,f; ran rc os terapo rtasïÌiìèttit!#ád6Iffiõ 'o H os daÌÌãdvob ãssumem um papeÌ ativo :ï;i,i{1ï:1:Ë"ü{i"ff""1ilï h ; ::u:": ;:l xï,, Í: ïilffi il'Sï,ff ':"ï:nï#:ï:::*.#,ii:::Ìï:Íï,ïï:*ll#li:ïïffiffi; ff Ï$"ïï''":,.".":,;1!,H,i';"r"",:ui ffif ïïtrïïï ip;"lr"i'"*Yi,"!1ftË:i*il# ffittff ::1ìïi ;"lïr*ï;;fjf ":Íljïïï"ïti,""Jii*ff :ïgN'::rur*lr*ffi "'*,HÉï *,"iïffSi ffã ÍfiHt"; ï#, ;: i:*ïir;:;::i:ï"ïã#:liïi*":ï""ï :il#:;il#1Í:,ii",i.ïiÍ:"ï,",,ï;ïÍ:"*ï*.Jï.,,"*[*ta:$ï:#il: I IU MICHÁELE MCH(]LS Críticos, ÌÌós mesmos induídos (NichoÌs e Schü?aÌÌz, 2001), saÌientaram que. âo €nfa tizar a dime$ão cognitiva dos indiúáuos e sua experiênci4 os coffEucìonistas sociais üraram as costas a aÌgüns dos ;rulghrs definidores da terapia famiüaÌ - a sabe4 que as famiÌias ope, ranÌ como unidades complexas e que os sinro_ mas psicológicos geÌaÌmènte resulìam de .on flitos dentro da fâmíÌiâ. A nossâ expcÌiêncra e a nossa idenridade são. parcjâlrenle, consru. ções lingü'sdcas, mâs so palcialmenLe. Sc os consEucionistas sociais tendem a iqnoÌar os ÌÌrrklÌtr da teoria sistêmica e a dar;ouca ÌIn portàncja aoconjliLo familiar; não hinada ine_ rente no consúucion:smo \oc:aJque lorne isso nêcêsçíriô. Os ripos de intcrâção polarizada oescntos por Batesorl Jackson e Haley há 40 aros - em.teIlnos como complemenrcr e simé mcd - podem ser compreendidos corno reÍìe_ xos tanto de in Ieraçòes com pon ament ais o uaÌÌ_ to de constrüções socjâis, èm vez de ou uma oü ouEa. . Apsiqjatra iratiana Valeda Usazio (1999) oescreve como os membros da íamíia diferen, ciam-se rlâo apenas por suâ\ açóes. ma\ talÌ_ bem pela íEaneiÌã de fararsobre s: mesmos em polaÌidades semándcas. Aj\im, por exemplo, em uma faÌnllia cuja conversa so_bre ehs ;cs mos e sobïe os orEos pode ser caücterizada peJa polaÌidade depeudi,reÍi/independéncja, as conve$as teÌrderão a ser organizadas em romo do medo e da -oragenr, dã necessidade de proeção e do desejo de eÌploraçáo. Em re sultaoo dessas conver\Iìs, os meÌbros dessa fanúlia irão se deÊnir como tímidos e cautelo sos ou coÌno oüsados e aventlrefuos, ftonn [0 ÂPIG0 Confome o campo amaduÌeceu, os tera, peutff familiaÌes demonsúaram um reno do úreresse peìa üda intprior dos indjvíduos que coÍÌlriruem a famíÌia. Arualmenre, atem dõ leoriâs que nos ajudam a compreender as €uD pia5 injÌuências sisrèm:cas sob.e o compona mento dos membros da família, a tuo;id í1ô dpego suÌgru como um ústrumento importan_ re pâÌâ descreveÌ as raizes majs profundas oa Johnson,2002). em queajuda a erplicarcomo mesmo os aduÌ(os sadios precisam deDender um do ouúo, Nos primeiros anos da rerap:a tâmutar, o traumento de casaj era uma (era_ p1a sem uma teoria. A maioÌia dos tenpeutas tatava os casais com os mesmos modelos des rin"dos às familiâs (por exemplo. BoreI, 1978; HaÌey, 1976; Minuchin, fpZ+). as ex ceções Íoüm os comportamentalìstas. que su, geriam que a intimidade era um prodüto do reforçq e os psicólogos coSnitivos, qüe suge- ftÌm que, se mudássemos â mâneira de o câsâl pensâÌ e se comunica4 suas emoçòes acompa- ÌÌì:ÌnaJn essá mudánça. Ning!ém farava mUi losobre amot desejo ou confiançâ. Dependén_ (1a pooenâ estai ceío paÌa crianças, mas nos aou[os. iomos iúormados, era um sina] de "emalanìamento". Na terâpiã de câsâÌ mm foco emocional. Susán Johruon e_mprega a leoda do apego para oescoÌìstÌur a dúámica íâmilia_r em que u l parceiÌo crjtica e se queixa enquanto ó ouÌro nca de,ensivo e se alasta, o que a reoria do apego sugere é que a cÌítica e a queixa são um protesto contla a disnÌpção do laço de apego _ em oúaas pala\,Ìasj o pâÌ€eiro queixoso Dode estar Ìnais inseSüro do que zântado. euando o paJcerÌo rnseguÌo consegüe âdmidr suâ !.ul nerâbilidâde, é majs provável que o ourÌo se aproxrme parâ oFerecer conforõ e reassesL IameDto. A noção de que os casais lidam um com o ôú.ro de uma mâneira que reftetc sua hisróÌÌa cÍe apego pode ser localizâda nos estudos Dio_ neiros de John Bowlby e Mary Ainswonh. Quando Bowlby gÌaduou-se em Cambridse na década de 1940, supunlÌa-se que os bebê; ape Savam-se ,Ìs mães em conseqüência de sereol alimentados. Todaüa, /onraã Lorenz (I935) mostrou que os filhotes de Sanso se apegavam a paìs que não os alimmtavajt, e Harry HaÌlow (1958) obsenTou que, sob estresse, os fiÌhotes de macaco pr€feriaÍn não as,,mães,' de arame. que fomecjâm alimenro, e sim aj..màes de pano acolchoadas, que fomeciam um consolo oe conlato. Acontece que 09 bebès humatros. ramDem. apeSam-se a pessoas que nao o: aJ, mentam (Ainsworú, 196D. dinâmjca dos relacionamenros pir;ximos. A teoria do âpego tem sìdo especiâÌm€nte produtì!ìa na terapia de casal (põr exempl,, , Nos anos de 1940 e 19S0. âlguru esrudos oescoD-rrraÌn que mancas pequenas sepa,adas oâs mâes atÌ€vessavam uma série de reacôe" que podem ser descritas como .proresro , ide- sespero" e, fiDalÌnente, ,desligamento', (por exempÌo. Burlinghan e FreudJ 1 944; Robertso& 1953). Ao renÉÌ compreender essâs reações. Bowlby (1958) conclúu que o vínculo enrre os bebês e os pais baseava-se em um implúo biológico paÌa a proxinúdade, que evotúu pelo processo de seleçào narural. euando há peri go ou ameaça. os bebês que pefinanecem per_ ro oos pals coÌrem menor risco de serem mor_ tos por predadores. . ApeSo significa buscâr Foximidade dian te clo estresse. (Podemos abraçar nosso cober_ ror,, mas ete não nos âbraça de volra.) O apeSo pooe ser oDsen€do no gesto de se aconclìesa r ao corpo mâcio e quente da máe e seÌ acõn_ chegado por el4 oÌhâÌ em seus olhos e ser olha clo com c&inhoJ e agarrâÌ-se a elâ e seÌ abra_ çado com fiÌmeza, Essas experiências sâu pto_ runoamerÌte conJoÌürdoras. _ . Segundo Mar) Ainsiwonì (196D, os be. ÏERÂPIA FA]VìUÂR Ií I Uma das coisal que distingne a teoda do apego é ela têí sido extensivamente estudada. Está claro que esse é üm traço esúvel e influen_ repor loda a irÍância. Oripo deapegodemons_ lrado aos 12 meses prediz: 1. o tipo de apego aos 18 meses (WaÌers, 1978j Main e WestoÌL 1981); 2. a ÂìrsrÌabilidade, a persijrércia, a coope mtividade e o eÌÌtusiasmo em taÌeías aos 18 meses (Main, 1977; Matas, AÌend e Srroufe, 1978); 3. a competência social em pré_escolarcs (Lieberman, 1977; Easterb;ook e Lamb, 1979; Waters, Wippman e Süoufe, 1979) 4. a auto-esLima, a empada e a co[duta em saÌa de aula (SÍoúe, 1979). De fato, a quaÌidade do relâcionâm€nro bë^s usam sua 6gura de âpego (geralÌnenÌe a Tae.l sorìo u,mg óare se&ra pâra exploração. vuando um beDè se senle ameaçado, ele le. correrá à cuidadora em busca de proteção e .onforÌo. VaÌiações nesse padÌão esião eüden_ tes em duas esrarégias de apego iãseguro. Na eçrategÌa esquivd. o bebê iende a inibir o urm_ portamenro de apego; na estratégia res6renre, ete se agarÌa à mãe e eü|a a exDloracão. A se8üÌança no retacion"rrr."tu Ëo Fgura de apego indica que o "-u bebè é capaz de corÌniu na cutoaclora como uma Íonre de con_ [ono€^proteção. euando surge uJÌìa :ìmcaca. os DeDes em relacjonatnentos leguÌos sãiJ ua_ pazes de dirigiÌ o "comportamenio de apego íaproximar-se. chorar, buscaÌ.) à cuidadora c 5€ consoÌaÌ com o reasseSurâmento desta, Os bebès com apegos seguÌos con6âm na disDoni_ bilidade da sua cuidadora e, conseqüeffe;en te, conniÌm em suas interações com o mundo_ Essa confiânça não esú eüdente nos be- [Ës com reÌacionamentos de apepo ansioso!, Pedidos de âtenção podem ter sid; recebidos com indifeÌença ourejeição (Ainsworú, Btehâq Walrers e Waì, 1978: Bowlby, ì973). Em re_ rulrado, lait bebès permaìecem ansiosos clr rclação à disponibilidade da cúdadora. Arém disso. Eowlby arSumenrou que, como as 6gu rar de â?ego.sào irtemalizadas, essas erpe_ nencta5 rruoa$ moldaÌn as expectadvâsem re- |ã€ìonamentos posleriores de amizade, pater_ lrdade e amor românrico aos 12 meses é um excelente preditoÌ da oua lidade do relacionaÌ-se em viirias situações até os 5 anosr com *mtagens para o bebê que aprc_ senta apego segum compaÌado ao qüe apre senra apego resútente ou esquivo. O que não está tão clâramente confiÌrxd do peìa pesçuisâ é â proposiçâo de que os esri tos de apego na inIáncja se coÍrelacionam dus estiÌos de âpego em relacioÌÌamentos aduhos Ínrimos- No enranro, a idéia de que o amor roma-rco po.le ser conceitualizado como Lrm processo de apego (Hazan e Shave4 198D Dc!_ manece uma proposição compeÌidor4 me;mo que nâo cnmprovâda âté o momento. A pes_ qu6a estaEeleceu que os indiúduos áÌìsiosos nos relacionamentos relatam mais conflitos em suas Ìelacões, o que sugere que pâne desLes con JÌos e pÌovocaclo por inseguranças bási_ cas e-n -eiação a amoí perda e abârdono. pes_ soas ansjosâs quânto aos seus relacioname!_ ros gêÌaÌmente lidâm com o conflito de ÍÌane! m coercitiva e desconfiada, que tende â pro_ drziÌ o e),aro resrdLado que elas mais temern [Feeney 1995). Llanan W],,nne ( 1984 ) es I a va e n üe os pri meÍos terapeutas fâmiliaÌes â citaÌ a teoÌitdo ap€go quando desseveu o apego como a prio_ noâoe raror no desenvolvimcnro dos relaciu_ namentos. A teoria do apego é aplicada ao úa_ tamenio cliiìco. Iigando e7.?ressôe5 sintomá lrcas.de medo e raiva a peflurbâções nos r.êracronamentos cle apego. os pais podem ser aJudâdos a compreender alguÍÌs dos compor. I lz MtcHtIt c NicH0rs tâmentos disÌuptivos dos filhos como decoÌ_ r,entes da-_aÌIsiedade da criTçà em relaçào à cllsporubllìdâcle e responsiüdâde dos pais. Os casars poclemser ajudâdos a entender os me_ dos e al-ldneÌabil;dades õe âpego por trá5 de rff€raçoes ratvosas e defènsivas (cortman, 1994; Johnson, 1996). Os terapeutas podem utilizaÌ a teoria do apego para esclaÌecer Ìeìacionamentos atuats, mosüiÌndo como o mau comportamento de uma criançâ pode relìeür um apego inseguo, ou como a evitacão de um marjdo pode ser oe\,'lclâ a um apego ambivalenre, ou comu a anìmosidad€ de u.ra rulher pode ser uma expÌessao de um apego ansioso. Quando os terâpeutâs familiaÌcs sentem-se levados a de_ sempenìaÌ um papeÌ no rcteiro familiaÌ. eles não só de!em evirar assum:r un papel que fal_ ta na fanúia como tambérn pod;; udlizar â rcona do apego para sâlientaÌ a necessidade de membros da famíÌia de serem cuidados e protegidos, Em vez de ser recnrtado pala tran quxzar uma criança ansiosa ou consolãÌ um cônjuge iúeüz, o tempeuta pode devolver a responsabilidade aos pais ou âo parceiro e mcenovâ-los a serem menoç defê"<:\os e mais cadúosos e apoiadores. [0r]ctusóIs _ Depois de ler esta cronologia de como evolulrâm âs feoria< dominániês nã teráDia familiá-r, o leiror pode se senú .smaeado ó"- las muitas mudanças de paJâd gma qÌl-e o cam po soÍeu nas polrcas décadas de sua eïistêIl_ cia, Convém salientaÌ um padrão nesta apa_ rente. desconrinuidadp. O lo(o da lerapia e\- pãnoru-se contnuamen.e pâra ÍLveis de con. texto cãda vêz majs âmplos. Esse processo co meçou quando os terapeutas olharam além dos indiúduos, paÌa as suas fânúias. Subitametl te. compodamenroc inexpì:càveis pâssaram a lazer senrido. Os primeios rerapeuras famüa res concenEzúam-se em avaliar e alteÉr as seqüências de interação comportamentai que ceÌcavam os pÌoblemas. A sêgriÌ, reconheccu se que essâs seqúências eüÌÌÌ manifestâções de uma esúutula familjar srÌbjâcentej e a estÌutrr ra tomou-se o âlvo da mudan(d. Depois, a es trutlrâ loi ü9a como produto de um procêsso sisremas de crenças, e os terapeutas dirigirar suâs jnrervenções a es5as crenças sr.biacàu<s. Mais recenremente. os terapeuìas pe;ceberar que esses sisteÌnas de creÌìças não surgiam em um" vAcüo, por isso o atual inrêrFs(e pelas ú üuenclâs culfurais. Os terâpeutas familiaÌes, naturalistas llíJ cenário humanoj descobdrãm como o cutrr portamento iìdiüdual é moÌdado por tÌansâ çoes que nem sempre vemos, os concekos si\_ rèmicos -Éedóack, circulaÌidâde, e assim /ur oìante - rôrâm ú(trümenros úrers q.e aju daram a tomar predizíveis interacóeç iomole_ xas. Acompaúândo nossâ ênf$e em com; as ìdéias são aplicâdas atualÌnente Ìla prática clí Ìnca, agora examinâremos os conceitos de tra balho fundamentais da terâpia famiÌiar 0S C0ÌìlCtlÌoS I|E ÍÂÂBAu0 0À TItÂptA ÍItÌ,ü.nn Co eno interp€ssoal ,. .A premjssa fiüdamenral da rerapiê fam; rÉÌ e qüe as pessoas são produtos de seu con lexto. Já que poucas pessoa< òào.nars proxÌ mas a nós que nossos pais e parceiro(, esra noção pode ser Eaduzida na afirmaçào oe que o nosso compoflaÍnento é poderoçamenre in rluenoaoo pêlas Interaçoes com ouEos mem bros da fanúüa. Assim, aiÌnponánciado conrex ro pocleÌia serreduzida à imponâncja da famj liâ. Ela pode ser reduzida a iiso, mas não deve. . Embora a família imediâta gerâlmente seJa o_contexto mais ÌeÌevante paÌa se com- pÌeenoer o compor&Lmento, nem semDre é as_ sim. Um unjversilliÌio deprimido, por exemplu, Poderia esLâr mais infeüz com o que aconte.e em seu domitóaio do que com o que acontece em casa. Além disso, apesar de os rerapeutas familiãÌes focarcm pdmeiro o contexto conL portâmenta| o ambiente interpessoâl também incÌui dimensões cognitivas como expectativâs e suposições, assim como influências de foÍa da famllia, na escola, no tÌ.abalho, de âmigos e da cultura circundante. A in1poÌrâlìcia clínica do conÉxlo é que tentatt\,?s de üatâr os indivíduos com convel_ sas de 50 minutos, unÌâ vez por semana, pode mulogeraoonal de longo prazo. govemado por teÍ menor ìnfluência do que suas intêrâçõês com outras pessoas durante as 162 holaj rey tantes dâ semana. Positivâmente: em gerâ1, â ã 'oìüèuÌpÌoduro) nJslertt poú euàpoli ruaur *'E*t*f;;çd*1'ïi q*- 'Hillil*ïi#ïËi]j#.ï$jijiËïi ${ii, .:L"^':::T"j "p oglea.r b eroasJ_r u.r1 .ar _'rqJ u nolej(Lrãtu! àlã oluol ãn i nÌ,^,6r oruàffe'd'ràr "i ";;,;;d"; :_ï:lï:" "p -*,*, no opu,p'.,o'í o"í,ìãïïí";"ïÌlï:'o ,i:i:Hï'trfi u f;ï f ïl ""i."* **'*HçËffi " *,r.-. lïi"i"ff I ïiï'ï,,ï1"".":","";:- ï'j*tïhn:l""j *"gffi l':'f, ïHr;ïfx,:í,ïï:#;i':t:tffi '.*iJ:iJ;;:Gi:5'ffi ;:;r",'""x- ':u*âüf:Hffiffi g*-ã{*lïlË*l*':*i":,"1-ì.," ç i";'#i:ï:,:ril:::::Ë j :i ::lr,ïd relnJrlJ apeplEsnss roï[ï"#;$l*iïi*"*".#:;'ffii:i,:ï"i::"ïi"m"*u;:"# ,tr.fjËf$*',"-Tffi .Hi'Jii1:xf".i,ïi*"+ $.-l"#fl{xjr3;;;'i'iËitr# sltlltEuauedürol i!+:iii#ï"ïiih?3ïi,ii:: -axrânD ès EF rnb retads" ff# "p ""^ *" .rg ' fll wiït4vluvrrr .Epr^ Ens ltla sètueuodlrn seossed se.lno uro, ,-rla uroJ 'IEstã^uol 9 spurêlqold snrs la^tos -dr e uràrlup JEpnÍe âp E^DàJã srEU È nà.rELU I r,t MtcuÀR P NtcHots assim por diarrteJ de modo que o número de possÍveis resultados é ilimitâdo. As ações do cachor ro lmorder, Dor exex! pÌo) fazem o circuito de roka e afeijm os pro_ ximos movimentos do homem (pragueja4 por exemptor, o que por sla rez afera o cachorro, e as-srm pordianÌe. Aaçãooriginal instiga uma sequencn crcular em que cdda ação subse_ quentê aÍetâ ÌecursivâÌnente o ouúo. Câusa e efeiro lineares são perdidos em x1ç;*1o 6" influência mútua. Esta idéia de caüsaìidade ciIcrdaÌ é imen sarnenLe úriÌ pâia os rerapeutas, porque Gntas ralÌüllas chegam procurando ,,a causa de seus pmblemai e querendo derenn_na-r quem é res_ ftonsável. Em !€z de sc Furjr à famiia em uro busca 1ógic4 mas improdudv4 de quem come çou o que. a causalidade ciÍculaÌ suqere oue os problemal são susren |-3 dos por uma -série ion U_ nua cle âções e Ìeações, euem começou? Isso raÌêìmente é importante. comporta maÌ com fÌeqüêncja é apoiada our uÍn dos.pajs. quando uma criança-pequera e oesoDeotente, isso gerâlmente simifica oue u> pajs tem coníitos em relação ás regraiou a roÌÌna de lmpo-las. ^ - Talvez o pai seja um discjplinador rigid o. 5e ror o calso, a esposa ralvez rinu que Dreciòa pÌoteger a filha da dureza do pai è então se tom€ mâis uma amiga e aliada da fflha do que umâ màe no comando. A.lguns pais esUio iâo zangaoos- um com o ouúo que suas discor oanctas sao endenres, mas muitas sâo meno, evidentes. Seus conflitos são dolorosos. de modo que eles os mantêm pala si mesmos, TaÌ vez e€s peÌÌsem qüe o teÌapeuta não tem naoa a vcr côm seu relaciorafiento DessoaÌ. ou taÌ ver o pai leúa decidido que, se a esp;sr não gostâ doseujeiro de fazer as coisas, -Enlào ed qu€ se encaÌreg{el" O ponto é: pÌobÌemás de reÉcloDaÍDento em geraÌ são trianflrlares (Bowen, 1978), mesmo que isso nem;empre esteJa apÍfente. Ìriârsur.s *u", i,ï'!fri:1"#ffff"x'#.1ï: ãiïï; _,^-j:33::d"._t1:t.e.eÌpressasLaspreo- iï,tX'#ï'in::ï:iãïü,1'.:',:iH'r:: c:Ìrpaçoes em termos l-nêrres, Ta vez seja uma e raiva súcienres paÌa criar uma cãna anrmo- lTrança oe quatÍo anos rrgovemável-', ou uma sidáde inevirável enEe os ex-côniuses. Acres ï:::ll.:1T r:fi:ã a cooperar, nos ar_ cenie a issouma dosesaudávetdecuìpaparen_ Ìanjos de \ìsrtas ooç f|hos. Mesmo que essa5 râJ (senrida e projeradaJ, e vocè reri uma Iór l::oit :yry"t" Cr" 9 problema esrá em um mula paÌa bÌigar sobre quem fica com as crian_ ïi"_"]TTli"l " -r.n-a dos rerapeÌtas pen_ ças nas férias, de quem é a vez de comprar sana em procuftìÌ questòes de reÌacionamen- tênis novos e quem se atrasoü palâ buscã ou to. Ácontece.que as crianças de quatro anos ! enEegaÌ as (Íiânças no útimo ôm de semana. -T^8",Y:41ï:, ""..Ìr"qúència Gm pajs que Conversar com os ex-cônjuges belicosos prc sao olsciptinactores inelelivos, e ex_esposas va!elmente nào adiantaiá muito para fázer pouco ruoavers prova\etmenle têu-sua prú. com que ãceiLem que o problema é enoe os pna versao da tusÌóhJ. Entào o lFrapeula, cer- dois. No entanto, mesmo duas pessoar murto tamente um terapeuta íamilìa! prcvâvelÌnm_ zangadasuma com a outra acàbarão encon, te iÌia qüerer atender a crìança de quatro anos üândo umâ manêiÌâ de resolver as coisas a Junto com os pais e conve$aÌ símultaneamen- menos que uma terceim pessoa entÌe em cena. te com o pai zangâdo e com a ex esposa. O que você supõe que acoDtecerá se um . Suponhamos que o rerapeura que afende pai divoiCado se quãixar-para a nova n:unora- € cnançã cte 4 anos e os paÌs percebe que o da da ..insensa Ìez , da süa ex? o que normaÌ. probremâ. rêalmeÍ e, é ílha de d:sc:plina, A menre aconrece quardo uma pessóa se queira mâe,se quelya de que a meninâ jxmajs Êaz o de ounâ. A namorada concordarâ com ele e, que lhe mandam, o pai concorda com a câbe- provãv€lm€nte, o incentivaÌá â ser duro com a ça, e-a cdançâ corre peìa saÌa ignorando os ex-esposa. Enquanto isso, a màe igualmenre peclldos da mãe pâÌa que spìte quierinìa. TaI- pode rer umã amiga qüe a esrimu.eì ser mais vez os pais pudessem receber alguns conselhos agÍessiva. fusim, em vez de duas pessoas que sobre como esrabeÌecer limires, Talvez, mas a preclsamrcsoÌverjunraj urna situaçào, uma ou experiêrcia ensinâ que uma criança que se ambas são incentivadas a aumentar o ionflito. A bianSulação tende a estabüzaÌ os re_ lacionamentos - mas também a manter o con flito, Todos os problemâs de Ìelacionamento envolvem terc€iÌas Pessoas? Todos ÍÌãor Ínas a sÌaioria envolve. Locesso/co êúdo FocaÌ o plocesso de comunicaçáo, ou aomo as pessoas fuliìm em vez do seu conteÚ do, ou sobre o qué ela5 fatam lalvez seja â mudança mais produtiva qÌre um terapeuta lamitiâÌpodc fazcí Ìmagine. poí exemplo. qÌre uJr lerapeuta incentiva uma câloura uruversl_ dria"delua" a convercaÌ com os pars lmaglnê tâmbém que a jovem raram€nte se exPrcssa ÌTMPIAÍÀMIUAfi 1I5 sa ser {eito com relação ã isso. Todavi4 à me dida que o terapeuta íoca exclusivamente o conreúdo, ele p.ovavelmente não ajudaú a f níliâ a se tolnff um sistema com melhot fun cionamento. tstÍulüÌa lamiliaÍ As inreraçòe( lamiìiaÌes são Previlíveis aÌ81tns diÌiâm infleíveis - por estarem lnse ddas em estruturas poderosas, mas oesPerce bidas. Os padrões dinâmicos, como persegur dorldista;ciador descrevem o pÌocesso da interaLào: a estrurura defrne a orSanrzaçào dentro da qurl e.'Js inlerações ocorrem. InF ciaÌmerLe, as;n'e âções moldam a esrutura. em palavras, esim PoÍ um proÌe9o p-asslvo agessivo, e que os Paìs, ao conlrano..sao muI to faladores, sempre prontos a verDafizar suas oprniões. Suponìâ qu€ ajovem finâlmenie co mece a express:Ìr seu senÚmento de que a la ordade é uma PeÌda de tempo e que os paì\ (o'ltIapóem um aÌFlmento soDre a rmporlan cia de continuaÌ cuÍsando a faculdade. Um reraDeuta que fica ansioso com a possibilidade ile a iovern de lato largar ã faculdade e inter r;m para apoiar o conretdo da posi€o dos pâiç oerderá a oportunidade de apoiai o proceiso pelo qual a jovem aprende a exPor seus seng mentos por paÌaçTas em vez cte por açoes autodestÌuívas. As íâmíÌias que buscam tratâmeBto ge raÌmente focam o conteúdo. O marido quer o dildrcio, o fiIho se rccusa â ir à êscola, â mu lheÌ esrá deprimidâ, e assim poÍ dianle. o lera Deuta fanjliaÌ conveÌsa com a faÍúüa sobrc o conteúdo de seus problemas, mas pensa sot're o processo pelo qual eles Lentam resolver as oucslões. E;quanio a fâmíia discule o que fa zer a respeitoda recusa do 61ho de iÌ à escola, o 'empcu(a observa se os Pajs püecem esrd no coÀando e se âpóiam um ao outro O tera De.Ìta oue diz aos pais como relolveÌ o problê ma (fazendo o menino ir à escola) está úaba_ lhando com o conteúdo, não com o prccesso' A ciiança pode começaÌ a iï à escola, mãs os pais não teúo melhorâdo seu processo oe to_ mada de decisão. ìs vezes, é claro, o conteúdo é importarr É, se a mulher bebe para afogaÌ suas prcocü pações ou o marido molesta a filha. alSo preci mas, uma vcz estabelecida, â €strutuÌa úoldâ as interaçôes, Ar famí1ias, como outÌos gnLPos, tem muÌtas opções de rclacionamento. No entan to, interações que em âlgum momento loram li\,Tes para var iar muito rapÍdamenre se tor nam rÀgulares e preü'íveis. Quando esse-s pa drões sáo esrabeìecidos, os mcmbros da IaÍÚ lia usam aperas ura Pequena fraçâo.do ìeque comoleto de componamentos dlsporÚvels pârã eles {Minuclúr . t'UchoÌs, t99g). ,qs famiiat são esúutuÌadas em súbsistemas - determi' rados por ger;çào gènero e função - demaÌ cadoç por fronleirâs interpessoals DarreÚáç lnvisÍvÀis qu" regrrm a quanridâdc de contâ to com os ouúos (Minuchin, 1974) . Como nal membÉnas de células üvas, al fÌontekas prc_ tesem a condição de estâÌ sepalada e a a11to no-mia da familìa e de seus subsistemas. Ao DASSaT Um tempo sozinhos um com o ouüo e ao excluir amisos e famíia de algmas de süas aíüalades, o crsal estabelece ruìa Êonteira que Drotesp <eu rPlJcionamenLo de inEusões. Mais iartle, "e eles.a'arcm etiverem 6lho5' essa Fon renà s--á nrp.e"vdda pela criaçào de momen tos oue Dalsâráo junlos, sem os filhos. Se, por ouú; Iaào, o ca.al :nduir os filhos em rodas as suas atividades, a ftonteira qüe sepíÌra âs gem_ ções fica tênue, e o relacioDamento do casâl ó iacriicado pe a patemidade. Se os pab se en voherem em rodìs as suas aÈiüdades. os frlhos não desêì\olverào autonomia ou iniciatìva' A teoria psicanalítica taÍÌbém enÍatiza a necessidade de fronteiras ìnterpessoajs. come_ çando com "o nascimento psicológico do betrê ll6 urcmrLrrrcroLs hümano" (MaÌìÌe4 Pine e Bergman, 1975), os psicaÍÌalistas dêscrevêm â progÌessiva sepâÌa ção e indiüduaEão que culÌninâ na íesolu€o dos apegos edípicos e, finaìÍ'enre, na sáída de casa. tsta é uma ènrr.e rribreraì em tronrei Ias maÌ-definidar. Os psicanaìistas não prestam a atenção necessária aos problemas do :solamento emo cional decorente de fionteiras Ìígidas. Essa qença na sepaÌação como modelo e medida da maruridade pode ser um exemplo de psico losia nÌâsculina muiro se n c-al izad a e não-queq tionada. o perigo de as pessoas se perdetem em relacionamentos não é mais rcâl do que o perigo de elas se isolarem da intimidade. O que os lerapeLÌas lamrLjaÌeq descobri ram é que surgem problemas quardo as fron teiras são Ìígidas ou djfusds dêmais. Fronrei ras rísidas são demasiado resúidvas e pemi tem pouco conlaro coÌr sislema< exÌemos, o que resulta em desvencjlhamento. O desven cilhâmento toma os indi\,1duos e subsistemas independentes, mas isoiados; ele estimula a autonomia. mã5 li-iÌa ã aJe:ção e o carinìo. Subsistemas emaranhados têm fronteiÍas ditusas; eles traasmitem ]m sentimcnto maior de apoio, mas à custa da independência e da autonomia. Pais emaranhados são âmorosos e aenros; rodaüa, seur Flhos rendem â ser de pendentes e podem ter dificuÌdade pâÌa se re lâciorÌâÌ com pessoas de fora da família. Pais emaraúados respondem rápido demâis aos Êlhos; pais des!enL,Lhddo' podem não respon deï quândo necessádo. Ouúo pon(o lmponarte sobre as ftontei ras é que eìa. sào recipro.as. O emaÌanha mento de uma mãe com os filhos está diïeta mente relacionado à d'srâ1cia enocional en üe ela e o mârido, Quanto menos receber do marido. maii eÌa p'ecisara re, eb.r do. hllos - e quanto mais envoÌüda com os filhos, meÌÌos tempo e enerSla terá para o maÌido. Não podemoç delxar de observar que es ses arranjos estão Ìigados ao gêneÌo. Isso não os torna mais cerlos ou mais errados, mal deve nos tomaÌcãurelosos com relaç;o a culPaÌ umã mãe por opectativas e arranjos cuÌturais que perpetuâm seu papeÌ como a principâÌ cuida" dom dos 6úos (Luepniu, 1988). o terapeuta que reconhêcê â natrìrezá normativa da ìiberdade aos filhos, deveria se pergunraÌ po que não the oconc dcsafiaÌo paia se envohF na situação. 0 $ignifiGado fiülçáo) do$ si|Íomas Quando os leÌapeuras famüares desco brlÌam qüe os slnmmas do paciente identifica do gerâlnenle dnhâm uma inÍuêncja esrabi - zadora na fâíúliá, clÌâmarâm e)ra iniluèncì" homeo*ítica de tunção do sintoma (Jackson, 1957). Em um artigo seminal, The emotionolly disrurbed chiÌd a a lanìly scopesoor. FzrâVogeÌ e Norman Beìl (1960) obseÌvârâm qÌre c.ìanças emocÍonalmente perturbadas cosruma estíf envolvidas nas tensôes entle os pais, Ao dewiar seus corflitos paÌa um dos filhos, os pais corsê8uem manteÌ um rêlâcioÍâmênto mzoavelmente estáveÌ, embon o custo para a criançâ possa ser gnnde, Sepndo Vogel e Bell, alglúna conringên cjâ caÌacrerística da criança pode ser escoÌhi da como objeto de uma atenção ansios4 em um processo que estereotipa a criança cono o mcmbro desvionredr fonfliâ. Fnquenrc ospai5 íocam sua preocupação 'ja criâìça, cpus con flitos podem s€r ignorados. A idéia de que os sinromâs de um mem bro da famiÌia podem teÌ uÍÌâ funçào homeos tática alertou os terapeutas e os fez olhaÌ aÌéIn das queixas apresenradas. parâ os coúitos la tent€s qüe podedam cstar por tlás. Sc uma (Íian ça rem um problema de componamenlo. pol exemplo, gelalmente os pais estáo em coúÌto sobre como Üdar com ela, EnEerarro, isso rrão é o mesmo que dizer que o mau comportâmen' ro da criança berp,Ênd âFaÍúia. O conJlilo do. pais pode ser um Ìesultâdo, e não a causa, do! problemas da criança. A propósito, fepare qu€ o terìno bode expiatóio é uniÌateÉ1 e avaliativo Uma conseqüèncja da suposrção de qu. os sinromas esláo a seruiço dos proDó.ilos oi faÌrúia é o estabelecimenro de ur velacionâ mento anrâ8onisla enti-e lamiljas e rerap.rta. Esse antagonismo é com fteqüência reforçad{ pela tendêncÌa de sìmpatizar com as aiança e ver os pàis como opre(<ores, (Nào era a<çjn que mÚtos de nós se senriam enquânlo oescia mos?) Não é fácil ser mãe e pai. Ter um fith sindrome mãe-emar arhada /pai-desvencilha difícit não íaciÌita nem um pouco as coisas. 5 do, mas colocâ na máe a carga de dar maior os pais lêm de Üdar com um Ierapeutâ que sL põ€ que eles se beneficiâm, de alguma forma, dos problênÌâs ds criançs, quem podêÌiâ culpá .los por apresentarcm resistência? A idéia de que os sintomâl têm uma filn ção na fâmília foi desacreditada, e a maionâ das escolas teÌapêuticas atualmente defende um reÌacionamento colaborativo com os clieÌr t€s, Enüetanto, eúbota seja um elro supor que G sintoúas, necessariamente, têm uma tunção homeostática para a familia, vale a pena con srderar a possibilidcde de. em alguns casos, a depressão da mãe ou a recusa da criança em ir à escoÌa tercm uma função protetoÉ paÌa a íãrrúiâ. Ciclo de Yida Íômiliar Quândo pensamos no ciclo de vida, tende mos a pensar em indil.íduos que se movem Do decorer do tempo, dominândo os desaÍios de c?da peÍíodo e, enião, a\,.ançando para o próxi. mo, O clclo da úda humana pode ser ordenado, nas não é um processo regula6 contínuo, Pro gredimos em esúgios, com platôs e obsúcülos desenvolvimentâis que exigem mudanças. pe ríodos de qescimento e mudánçâ são segur dos por períodos de rclati\,? estabilidade, du" TmÁflarAM|]An I l7 estar decepcionado com sua caÌreiÌa e decidir se envolvêí mâis com a f3Ìnília exatâmente no momento em que os fiÌhos estão crescendo e se afastándo. seu desejo de se aproximar pode fÌusÍar a necessidade dos fiÌhos de ficarem soziúos, Citando ouro exemplo cada vez maìs comumr eÍatâmente qudrdo um homem e umâ muÌher começam a se envolveÍ mais como ca sal d€pois que os filhos saem de casa, eles se descobrcm novamente vivendo com filhos (fi lhos que laÌgaram a faculdade, não conseguem se susfenra- ou se rccuperam de um divórcio precoce), O casal. então. se depaÌa com uma versâo desajeirada de uma segundâ pâremida de. Uma propdedade qre as faÌnílias compar tilham coÌÌ outros sistemar complexos é que elas não mudam por Lm píocesso suave e gÌâ dual de evoìução. ein porpulos desconúuos. O amor romântico e as revoÌuções poÌíticas são exemplos desses pulos. Ter um bebê é como se apaixonaÌ e üver uma íevolução simultaneâ mente. Na década de 1940, os sociólogos EveÌ)Ìì Duvalle Reuben hrll aplicâram uÍnâ e\úurura desenvoÌvimental às famíias, dividindo a úda famiìiar eï estagio\ dìsdntos, com taÌefas a serem cumpddas em cada estágio (Duvâll, Íanrc os quais a5 mudanças sào consoÜdadas. A icléia de um ciclo ale üda familiâr aah cionâ dois pontos à nossa compreeÌÌsão do de spnvolvimenro indiüdual: primeiro, as l'amfli âr precjsam reorsãnizd-se paÌã acomodar ol cÌescimento e a mudança de seus membros:. segundo, desenvolümenros em qualquer ge ração da família podem ter um impacto em um ou em todos os seus membros, Quândo um fi iho ingressa na pré-escola ou atinge a puber dade, nâo só a criança precisa apÌendeÌ â lidâr .om ümâ sériê de circuDstâncias inteiramente novas, como também toda a família precjsa se reajustaÌ: Além disso. as úansiçóes desenvolvi meniais oue afetam os fiúos úo são aDenas de es, sao iamDem dos pa$, Em alguns casos, até dos aús. A tensão no ÌeÌacionamento de um adolescen[e de 14 anos com os pais pode ser devida canto à cÌise de meia idade do Dai ou a Preocupaçao oa mae com a aposenürdo rja do próprio paj, quanto aISo que o adoles cente mesmo üvencia. 1957; Hill e Rodgers, 1964). tu terapeutas de famíÌia Betty Carteí e Monica Mccoldrick (1980. 1999) erriqueceram essa esffutura acrescenÌâ-do u _ ponro de ústa mültigera cional, Ìeconhecendo padrõ€s cultuÌalmente dive$os e considerando esúgios de divórcio e novo casamento (TabeÌa 4.1). E importante reconhecer que nâo existe nenlurrã ve-são padráo do ciclo de úda fami. liaÌ. Não só as famílias existem em uma r?Ìie 0 t omno a"voni* Mccoldriek tinbra os terupeuta: de que at funniat Mudanças em uma geração complicâm os ajustes em ouÍa. Um pai de meà-idade pode Jt eqüenÌenenk tê n díf,cüìdade de linú .an nutlançd no ll8 urcmarrunros Taüela 4,,| 0s estágios do ciclo de vidaíamiliar tstígio d0 ciclo Pncesso emocionalde faÍsiÉo: da rida üfucÍlios ÍuÍdamoítaistllüdaÍçís de següúr onleú Í0 rÍrrrrjÍâmilifi mcessáÌias Íara 0 ivânço desê||volúimêtrtal SaÍ de casât âdulto Uniáo defâmílìas pelo Aceitar âf esponsabÌlidade emocional e Íìnâncei€ poÍ si Comprorôeterse corrì onovo al Dif€rcnciaçáo do sel êm r€lação àfamitia de o gem Desenvolvimenlo do Íe lac io nam êntos íntimos com s€us 0l Eshbelecimento do sefcom rclaçáo ao llabalho € à d independéncia fi nanceirs Formação do sistema conjugsl a) Realinhâmento dos relacìonamontos com as Íâmíliâs ampliadas e amigos pala incluirocônjuge FamíJiss com filhos aì Ajustar o siíema conjugalpala da.espâço aosílhos Ac€itar novos membros no b) UnÌr-se na criaçáo dos Íilhos, nas tarefas financeirâs ê Ììasdomésticas c) Sealinhamenlo dos relacionamentos com aíamlliâ ampliada para incluf papéis ds pais e svós tamíliascom Lançando osÍìlhos e FamÍÌksnavida mais lâÌdk AuÍneniaÍ a flexibìlidadê dss lrcnleiÍas familiares paf â pemiliÍ a ìndopendôncia dos fiÌhos êa íÍagilidade dos âvós Aceitar !m gíaide núÍnero de saldâs e€nlradas no sistêma famÌliâl Ac€itaÍ mLrdança nos papéÌs al À,ludd rlac:orãmen_oc pãi$Ílhos pâra p€miÌi. qrè o adolescenle entÍe B sa;a do sistema b) I!4Jdar o foco pâra as queíõ6s conjugâis e üofissonas da meia-idads c) Começar umâ mudança nosenÍdo de cuidâl da Seraçãom3lsvelha al R€negociaro sistema conjugalcomo uma díade b) Deserìvolvimsnto de rclaciommentos adulto.aduÌto c) ReaÌinhômento dos relacionâmentos pam incl!irnoms, gemos e neÌos d) Lidarcom a iicapacidadêe monedos pais (avós) al l\4aÍÍe'o pÌóprio Íunconamento a inleí"asses (0. os do casal) diante dodedínio psicológicor €xplorar novas opçó€s dê pap€l famìliaf e social b) Apoiar um p8pelmais cenlrôida goÍação inreír.eaiá iâ c) DaÍespaço nsistem palaa sâbedo.ia oexpe ência dos mais v€lhos, apoiar a geÍâçáo mais velhâ sem ÍazeÍ d) Lidâ. com a peda do cônjugê, hmãos eouÍosiguaise se pfeparar para a mone dade de formas famflias monoparentais, ca sais do mesmo sexo, fâmílias de segundo casa mento - como vários grupos religiosos. cult-- Ìaiç e émicospodem reÌnormâs complerâmên te difereÍÌtes paÌa drversos estágios. O reaÌ va lor do conceiLo de cido de vida náo é Lalru aprender o que é nonrìal ou espêrâdo em de terminâdos estágios, e sim reconhecer que as , {famílias muitas vezes desenvolvem problemas "Ìnas tânsições do ciclo de vida. Os problemar surgem quando a ÍaÍnÍüâ I enconüaum desâ Êo - ambienLal ou desenvoÌvi- l,mental - e não é capaz de se adaptar àtnovas iicircunstâncìas, Assim, os problemas normal lmente são üstos não como sinal de uÌÌÌa "faÌrú- ;lia-dìsfuncionâ1", mas apmas como sinaÌ de que J a famÍlia não consegtiu se reajustíu a um dos ' momentos crítjcosdaüda, Sempre quealgüém dÊsênvôrve sinlomas psicoÌógicos, pense na possibüdade de a farrúlia eslaÌ simpÌesmenle empacada na rÌaÌÌsição de um estágio desenvol ümental paÌa o próximo. Besistência Já que as famílias geralÌnente temem o que pocle acontecer se seus conflitos forem €xpostos, elas talvez relutem em examinaí seus problemas mais deücados. Os pdmeiros reÌa peutar familiaÌes iÌnerpretavam mal a Ìesistén cia - medo seria uma pala!Ìa melhoi - como inflexibilidade ou oposição à mudança (ho meostase.). Maìs rccentemeflter os tempeutas reco.Ììecer:rm que todos os sistemas humanos Íelutâm em fazeÌ mudanças que pêrcebem como ariscadas. As famílias deyem resistir à mudançà - mesmo a mudanças que DaÌecem benéficas paÌa quem olha de fora - ãre ficar cìarc que as conseqúências dessas mudanças sao seguras e que o terapeuh é digno de con fstüdo de caso i-iv eË -ma maêsoll€na cJias tenÈtivos de d3c:ptinar o íl'o e âÍn sohpadas o€la pÍoleçáo da a!ó marêrÌ. Em:ty rtRÂPJA FÀMIUA]I Ig fiança. Assi4 é possível ver a resistência como prudência, em vez de como teimosia. Os terapeutas que reconhecem a função proteto ra da Ìesistência percebem que é nelhor fazer primeiÌo com que a família se sinta segura o suficjerte pâra baixa. a guardâ do que tenrar derrubaÌ ar suds defesds de Íorma sorraleira ou pela força, Eles tentam cÍiaÌ um aÌnbienrc terapêuticoacolhedol não-acusatório,que gere a esperança de <olucionaÌ âlé as quesróes mâis Íìmeaçadoral. Ao se Ìmrginãr fazendo rerapia famüa! você talvez se per$rnte de que mareim, como um terapeura habilidoso e ïespeitoso, poderia evitar que membros zangados de uma fãmíÌia gritassem uns com os outros ou mântivessen um siÌêncio gélido ênquanto os ponteiÌos do relógio âvançam. Criar üÌÌÌa atmosfeÌa sequÌa envolve mais do que apeÍâs estabelecer dedi biÌidade e esperança. O terapeuta também pre clsâ mostrar que é capaz de impedir que os membros da família se machuquem uns aos ouúos. parz que saibam que podem deixaÌ câir suâ áÌmadura de pÌoteção sem medo dc ara ques. Nos primeìros anos da tempia famüa! lmâgmava,se ser necessiíLÌ.io empüÌ:u os mem_ bros da famíLia para crìses emocionú, a fim de descongelar seus padÌões homeosúticos. Com o passaÌ do tempo, todaü4 os terapeutas per c€berâm que. embora o conJliro sejã real e náo devâ ser temido como dÈ o ditado, ,Não se pode fazer uma omelete sem quebÌaÌ ovos', -, a mudança ainda é possível quaÌÌdo os mèmbÌos da fâmiìja interagemcom respeiro e compaixão. E nesses momentos que eles se sentem súcieG temente seguÌos p a serem reais urÌs com ()5 ?v lava enrenbra mãepoÍacÍeditar que issodenadaadian. Eda. Ela achâva qus, se desafiada, ã rnãs á apoiaÌia âÌnda mênos e ela se s€nlÍia aÌnda maisdeprtmid€. Esses medos Uma das ca-racteríticas distintivas da tc rapia familiaÌ é a sua üsão otimisra das pessoas. üo erâm i'reais. No passÀoo, eÍa exaÌamente isso q.e acon- Ècìa quândo Emily cÍiticava a máe poralguma coisa. As oe fn5!s das psssoâsnos paÍecem pouco razoávoisap€naspor AJguns modelo: de rerapia familiâr supõem que are ná0 onxergâmos suas lembranças, por tIás da loïaleza protetorâ dâ Iaiva ou au siedade está um sell central sadio, câpaz de PaÍaque Emilyseconvenc€ssealentarconvêrsarcom ê mãe sobÍe s€us sonÍmenlos, o têrapeUla pÍscisava aumen w s-a conlìânça deque tGbâlrarcom elo melhoÍar;a as co;. rõ con a.nàe, Para consoguiÍ esss credibitidsde, o terapeLts ç.er sava respsitar o Íitmo de Emily e Íeconhecer seus me ser razoáveÌ, respeitosq empático, tolerãnte e disposto a mudãÌ. Quando os membros da Ía- rÃília inteÌaEem neste estado, geralmefte des cobrem que 5ão capazes de resolver seus pro blemas sozinhos, 5ào as suas emoções prote ás. er ve2 de coní.onra.ou manipJtarsua íesisìéncia. Os "íapeulas encontfâÍáo ben ÌÌìenos msiíêncis sê ábordd- €ín a tamília cono pa.ceiros, tenlândo aiudála a idenlificaÍ o que â impede de se r€lacionar como gostaia, em vez de to*rs que produzem impasse. Independentemente da témica do tera peuta, o segÌedo para c aÌ interações produtÌ crmo peÍtos qu€ dão conselhos e apontam suasíathas. vas, mesmo em sessões acrimoniosaj, é a cren ça de que esse porercìdl constÌ]]rivo eÍste em t.,u MtcHÂR P NlcHots todo o mundo, Com essa cfençâ, os Iempeuras ì::iam futuros compotamentos, e assim po. sao capazes de alsumüum papel Colaboraüvo, pors acreditam que os clientes possuem os re_ cuÌsos lecessá os. Sem essa confiança, o terapeuta é empuÌrado paÌa o pâpel do pento O interesse pela nãlratiir'a familiar pas sou a ser identificado com uma escola es;eci I hca,Ja rerapìa narrarívàìe MiiFâd-wfiie. que que supre os in€redienÈes ouse.rÉ\ _coruèlhos, rÌlJrgnt, curdâclos paÌentaj<, inso_ução ou r e_ ,l enJãtiza o fâio de que âs farrúiâs com pÌóble_ llmascnegaJn á terapia com narrâtivâs Dessimis cticaFo. Isso nâo quer dizer que; rerapeuta IaInUar qUe tem essa visão respeitosâ das pes soâ.s nunca oferece esses ingredientes - elè só nao süpoe que sempÌe sabe o que é melhor. lllanrtives íamiliares Os primeiros tenpeutâs familiares othâ \',ãm âlém dos indi!íduos, para os rejaciona_ men ros familiares, a fim de conpreen de r como os Protrlemãs se desenvolveram e foram nêr_ peruados. Acontece que a.s açdes esü; jÍrs;rid;s em rnlerações - e. evidentemenre. as inlerações mais óbvias são comportãmentâis, DuDÌos vìn- cuÌos, -seqüências $re maDtêm o p.;bÌ"-u, confole aversivo. tÌiân$lìos, ernararìamenro e desvenciÌhamento -esse! conceiros todos focavam o componamenlo. Além de serem ato_ Ies na vìda uns dos outros, os membros da fa_ nÍÌia também são contadores de histórias_ ìta_s que rendem a impedir que ajam ãe forma lereb!?. Mas uma parÈe inrpurtanre do úaba- 'rno de qualquer tempeura é ser sensível à im. ponâncja das narrarivaj pessoajs, A lerapia é conduzida como um dirálogo. For mais q,re o rerapeulã esteja jnieressado no proces5o da inrerâCão ou na estrutum dos relaiionamentos raJruUaÌes. tambèm pÌecisa aprendeÌ a resnc:- rar a infiuência de iomo a"i que acontece - incÌuindo o "*p*u"iúÃ-" inpüt do terapeuú, GéneÍo Quando os tempeutas famìliares còmeca farr â aplicar â meÉfora dos slstemas _ umâ organizaFo de partes mais a máneira de a5 panes funcionarem juntâs . , preslâram mais aiençàoà mânciÌã pelâ quaj aslamíias Âmcio. navam oo que as suas pârtes. Ás famíÌias eram ] . - Ao reconstÌuL os acontecimentos de sua | !Ìdâ em nâÌrarjvâs coercrre\, os mmbror dd I faÌrúliacon{egüem comprepnder suâs e){penc!- I cias (Whire! EpsÌon, t99OJ. tusim, não çao apenaiã--(oes € interâções qLe moldam a vida oe urrLa laÌìitia. mãs ralìbêm a\ hisrórias que seus membros constroeÌb e contam. os pai;de üma cÌiança de dois anos de jdâde que dizem a si mcsmo que a 6lha é ,do contra., reasirão de_forma muiro diferente se comparadoõ aos pars çÌue clrzem que sua pequenina é ,,corqiosa,'. 1 As narrativâs familiares orsanizam e ex_ ,]plicam a experiência. Elas enfãrizam cer.tos lL acontecimentos que reforçam a linìa da tra- ' ma e deixam de Íora ouBos eventos que não combiram. E nhis pruvávet que os piis oue veem a fitha de dois anos como..do conlÌà' Iembrem nÌais dos momentos em qLe ela disrÈ não do que daqueles em que disse stm. es rn iterações familiar€s e sua narÌativa dos aco!, 'tecimentos relacionam-se de manein circular: os eventos comportamenraj, .;o perceb'dos e ' orSarlzados de forma narrahva: essa naÌratj rva) por sua vez, cda expectativas que infllren, compreendidas em termos de abstrações coÍro "fionteüas", 'niâ ngdos ' e ..su bsisGmas pã.en- raÌs_,€ os membÍos da famila eram. àsteze\, trãhclos como engÍenagens de uma máquina. fu "panes" de um sistema famüar nuncã dei xam de ser serês humânos indjviduais, mâs a preocupa(àocoma orgâJÌizaç.ão
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