Literaturas de Língua Portuguesa I - Cw3 - Unidade 3 - Seção 1

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Unidade 3
Seção 1
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Literaturas de Língua
Portuguesa I
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O barroco na Literatura de língua
portuguesa
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A estética barroca
O barroco corresponde às manifestações artísticas e
culturais seiscentistas, ou seja, do século XVII, posteriores,
portanto, ao que usualmente se chama de alto
renascimento, e que refletem os ímpetos
contrarreformistas, sobretudo dos países ibéricos, onde a
Igreja católica era mais atuante.
iStock 20172
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Embora a Contrarreforma tentasse se contrapor ao
racionalismo renascentista, o qual, por sua vez, se opunha
aos aspectos culturais e sociais da Idade Média, o barroco
não significou um retorno do medieval nas artes. Contudo,
os artistas barrocos herdaram características classicistas,
trabalhando com a mistura de estilos greco-latinos
clássicos e novidades estilísticas.
Fonte:<https://goo.gl/WQiL8s> . Acesso em: 4 ago. 2017.3
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Com a Contrarreforma e com a aristocracia
perdendo sua força para a crescente burguesia,
os humanistas substituíram sua ligação com a
aristocracia pela aliança com a Igreja,
originando uma mudança de perspectiva nas
artes como um todo. Esteticamente, no barroco
literário predominam as contradições de um
mundo ao mesmo tempo materialista e
religioso.
Por isso, constantemente são
identificadas tensões entre vida e morte,
tempo e eternidade, sensualismo e
melancolia, claro e escuro, naturalismo e
sonho, disciplina aristocrática e
caricatura burlesca.
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Cultismo
Conceptismo
Na poesia, diversas figuras de linguagem são utilizadas, evidenciando uma consciência da
forma e favorecendo a expressão literária: figuras sonoras (aliteração, assonância, eco,
onomatopeia), figuras sintáticas (elipse, inversão, anacoluto, silepse), figuras semânticas
(metáfora, metonímia, sinédoque, antítese).
Ainda sobre a estilística barroca, podemos citar duas tendências importantes:
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Expressões da Contrarreforma
em Portugal: teatro,
epistolografia e épica
O teatro ocupou uma centralidade na
sociedade europeia do século XVII. É desse
momento três nomes importantíssimos da
dramaturgia: William Shakespeare (que até
hoje é referência para diversas manifestações
artísticas), Jean Baptiste Racine e Pedro
Calderón de la Barca.
Clique na imagem a seguir.
William Shakespeare
Fonte:<https://goo.gl/9QZFXv>. Acesso em: 4 ago. 2017.
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Nesse momento, há uma revolução na
forma de representação. O mundo da
arte parece ser colocado à parte do
mundo real, já que palco e plateia,
diferentemente do teatro da Idade
Média, eram totalmente separados. Não
havia qualquer identificação e mistura
entre esses dois elementos.
A principal ideia sustentada era de que o
mundo é uma ilusão. Essa concepção pode ser
estendida ao teatro jesuítico, muito forte em
Portugal, que se utilizava com frequência de
recursos técnicos. Um dos principais nomes do
teatro barroco português é dom Francisco
Manuel, educado aos moldes teatrais jesuíticos.
Sua principal peça se chama Auto do fidalgo
aprendiz. Além disso, ele também é um
importante nome da epistolografia barroca.
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No século teatral, Torquato Tasso influenciou a Europa toda
com o gênero épico. As epopeias do barroco são,
antiteticamente, tanto heroicas como sacras. Em muitos
países católicos, a temática mitológica, comum ao gênero,
foi substituída pelo aspecto religioso, refletindo a
Contrarreforma. Muitas vezes, as epopeias desse período
tematizam problemas de ordem social, como a aristocracia
decadente e a miséria popular, mas as resoluções dos
conflitos geralmente eram de expressão barroca, ou seja,
apresentavam resignação estoica.
Fonte:<https://goo.gl/36c9Fo> . Acesso em: 4 ago. 2017.8
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Em Portugal, a quantidade de epopeias
barrocas é enorme. Isso se explica, em parte,
pelo êxito de Camões com seu Os lusíadas.
Além disso, havia uma preocupação com a
questão nacional portuguesa advinda da
junção das dinastias da Espanha e de Portugal
(União Ibérica) entre 1580 e 1640.
Camões lendo Os lusíadas a dom Sebastião, litografia de
Antônio Ramalho (1893)
Fonte:<https://goo.gl/ttJAUH>. Acesso em: 4 ago. 2017.9
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