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contabilidade geral - introdutória

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License-527095-37898-0-5
CONTABILIDADE 
GERAL
O significado e as aplicações da 
Contabilidade
A partir de 1840, o desenvolvimento econômico e as 
transformações sociopolíticas e socioculturais trouxeram a 
necessidade de aperfeiçoar a avaliação da situação patrimonial, 
ou seja, era necessário evidenciar se tudo o que a empresa 
possuía (bens e direitos) era suficiente para fazer frente às suas 
dívidas. Essa necessidade foi suprida pelas Demonstrações 
Contábeis, mais precisamente pelo Balanço Patrimonial.
O que é Contabilidade ? 
Contabilidade é a ciência que registra 
números realizados, em valor e em 
quantidades, incorridos pela empresa, 
com a finalidade de demonstrar o 
resultado do período.
Uma das maiores preocupações dos gestores é saber qual o 
lucro do seu negócio. E não foi diferente na Revolução Industrial 
durante o século XVIII, um marco na história da humanidade 
em relação a assuntos contábeis em geral. Antes da Revolução 
Industrial, a Contabilidade exercia a função de informar o lucro 
do negócio de forma simples, por meio de um demonstrativo 
de resultado, que fornecia grande parte das informações 
necessárias para o dono do negócio, como o valor recebido pela 
venda e o valor gasto na produção. 
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CONTABILIDADE 
GERAL
 
Fonte: Thinglass, Shutterstock, 2017. (Adaptado). 
De acordo com a imagem, podemos observar uma das funções 
da Contabilidade é analisar o comportamento das Receitas e 
dos Custos da organização.
Com isso, a Contabilidade passa a ter três grandes áreas de 
conhecimento: Contabilidade Financeira, Contabilidade de 
Custos e Contabilidade Gerencial.
Objetivos e finalidades da Contabilidade
O objeto da Contabilidade é o 
patrimônio das empresas e a principal 
função é registrar os fenômenos 
financeiros e econômicos que ocorrem 
no patrimônio (conjunto de bens, 
direitos e obrigações) delas.
A principal finalidade da Contabilidade é a de fornecer 
informações, interpretações de dados reais e possíveis fatos que 
impactaram na composição e nas variações do patrimônio, para 
a tomada de decisões de seus gestores.
License-527095-37898-0-5
CONTABILIDADE 
GERAL
A Contabilidade tem como principal função registrar tudo que 
altera o patrimônio de uma empresa, e entendemos como 
patrimônio tudo o que a empresa possui (Bens e Direitos) e 
também tudo o que a empresa deve (Obrigações com terceiros 
e Obrigações com os sócios), como ilustra a figura a seguir.
Ativo
Conjunto de bens
e direitos
Passivo
Conjunto de
obrigações a pagar
a terceiros
PL
Conjunto de recursos
permanentes aos sócios
A Contabilidade tem o objetivo de fornecer informações que 
orientem os gestores das empresas a tomar decisões tais como:
A capacidade de produção da fábrica;
Calcular o preço de vendas de um produto;
Terceirizar ou produzir as matérias-primas necessárias para a elaboração do produto final;
Substituir máquinas e equipamentos por novos ou a reforma e manutenção de máquinas e 
equipamentos antigos;
Descobrir quais os produtos mais lucrativos da empresa, bem como, quais os produtos que lhe 
dão prejuízo;
Fornecer dados para a elaboração do planejamento estratégico, tático e operacional;
Disponibilizar informações para o gerenciamento do desempenho, avaliando se foram cumpridas 
as metas previstas nos orçamentos.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Antigamente, à época de seu surgimento no Brasil, mais 
precisamente em 1902 com a inauguração da Escola de Comércio 
Álvares Penteado, a Contabilidade era vista apenas como um 
sistema de informações tributárias e o contador era denominado 
“guarda livro”. Atualmente, a Contabilidade desempenha um 
papel gerencial e o contador ocupa cargos de staff, contribuindo 
com informações necessárias para tomadas de decisões e para 
o processo de gestão. Viram como cresceu significativamente a 
importância da Contabilidade?
A importância da Contabilidade
A Contabilidade é formada por dados 
históricos que nortearão o caminho 
que a empresa deve trilhar para atingir 
seus objetivos e metas.
Só conhecimentos contábeis (boas técnicas contábeis) não 
são o suficiente para o contador, caro aluno. É necessário que 
ele possua, ainda, conhecimentos matemáticos e estatísticos, 
pesquisa operacional e técnicas de planejamento.
Segundo Ludícibus, Marion e Lopes, a Contabilidade é um valioso 
instrumento nas tomadas de decisões tanto dentro quanto fora 
da empresa, e aquelas que não possuem uma Contabilidade 
adequada são as que têm má gerência.
Além disso, a Contabilidade tem o papel primordial de evitar 
a realidade presente na maioria das empresas brasileiras, que 
é a existência de controles financeiros paralelos, conhecidos 
como caixa dois, originários de transações sem nota fiscal, que 
têm a finalidade de diminuir os custos tributários envolvidos na 
operação de um negócio.
License-527095-37898-0-5
CONTABILIDADE 
GERAL
Fonte: One photo, Shutterstock, 2017.
Como observado na imagem, a Contabilidade garante a 
idoneidade das informações prestadas. Escândalos financeiros 
de empresas americanas como a Enron, as Worldcom e outras, 
levaram a promulgação, em 30/07/2002, da Lei Sarbanes-Oxley 
também denominada Lei Sox, que tem a finalidade de garantir 
que as empresas implantem boas práticas de governança 
corporativa. A Lei Sox reforça e incentiva as empresas a não 
cometerem atos ilícitos, ao mesmo tempo em que garante aos 
investidores segurança na negociação de ações e aplicação de 
seus recursos.
Você deve estar se perguntando, quais funções desempenhadas 
pela Contabilidade são importantes para os gestores 
administrarem seus negócios, certo? 
A seguir, citamos algumas delas:
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CONTABILIDADE 
GERAL
Através do controle dos livros de entradas e dos livros de saídas, gerenciamos o estoque de 
acordo com a demanda, evitando níveis elevados de produtos estocados;
Através do controle contábil, temos conhecimento de todos os impostos incidentes sobre o 
produto e os gastos de produção para que possamos formar o preço de venda;
Gerenciamos o fluxo de caixa (entradas e saídas de dinheiro);
Controlamos periodicamente os livros fiscais e sua escrituração, bem como o cálculo e 
recolhimento dos impostos respeitando as alíquotas e os prazos previstos em lei;
Projetamos a demanda para o controle de estoque;
Projetamos a demanda para determinar os volumes de produção e vendas e/ou serviços;
Elaboramos o balancete contábil periodicamente, para determinar o lucro do período, permitindo 
o controle dos gastos e a projeção do preço.
Fonte: Pixelbliss, Shutterstock, 2017.
Conforme imagem, a Contabilidade deve ser considerada uma 
aliada, pois ela fornece informações para tomadas de decisões, 
de forma ágil e segura, de acordo com a estrutura e o histórico de 
seu negócio, sendo uma ferramenta fundamental de projeções e 
planejamento estratégico.
Desta forma, podemos concluir que o atual cenário de 
globalização em que vivemos, além de representar um desafio 
aos contatados, traz oportunidades de desenvolvimento e 
crescimento para esta profissão. 
License-86996-47566-0-6
CONTABILIDADE 
GERAL
Reconhecer o conceito de Patrimônio 
e Situação Líquida
O Patrimônio de uma empresa é representado pelo Capital 
Próprio (Patrimônio Líquido − PL). A situação patrimonial 
líquida de uma empresa é a diferença entre os Bens e Direitos 
e as Obrigações, ou seja, é Ativo (A) deduzido do Passivo (P). 
A situação patrimonial líquida pode ser representada pela 
equação: PL = A – P. 
Equação básica: 
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido
O Balanço Patrimonial é constituído 
pelo Ativo (bens e direitos), pelo Passivo 
(obrigações com terceiros) e pelo 
Patrimônio Líquido (obrigações com 
o Capital Próprio), conforme Lei n. 
6.404/1976 (artigos 176 a 182 e artigo 187).
O Balanço Patrimonial é composto por Ativo e Passivo (Passivo + 
Patrimônio Líquido). O Passivo são as obrigações com terceiros 
(fornecedores, salários, impostos) e o Patrimônio Líquido são osbens do sócio. A Contabilidade convencionou o lado esquerdo 
como Ativo e o lado direito como Passivo, como mostra a figura 
a seguir.
Ativos Passivos
Pago já
Pago em breve
Pago a perder de vista
 Patrimônio Líquido
Recebo já 
Recebo em breve
Recebo a perder de vista
Total Total 
LI
QU
ID
EZ
EX
IG
IB
IL
ID
AD
E
LIQUIDEZ DOS ATIVOS E EXIGIBILIDADE DOS PASSIVOS
License-86996-47566-0-6
CONTABILIDADE 
GERAL
A organização das contas patrimoniais respeita aos seguintes 
critérios: prazo, liquidez e exigibilidade.
Prazo: a velocidade com que as Obrigações nos são exigidas e o prazo em que os direitos da 
empresa são realizados. As Contas Patrimoniais são organizadas do menor para o maior prazo.
Grau de Liquidez: a liquidez é a capacidade de um Ativo de se transformar em dinheiro. Quanto 
mais líquido um Ativo, mais velozmente ele se transforma em dinheiro. Os Ativos são classificados 
em ordem decrescente de liquidez.
Grau de Exigibilidade: é a brevidade que uma conta de Passivo deve ser liquidada. Quanto mais 
exigível, mais veloz é sua liquidação. As contas são ordenadas em ordem crescente.
Estudo do patrimônio
Para melhor entendimento de patrimônio, vamos relacioná-lo 
com as coisas do cotidiano. 
Ao nos referirmos a bens, a maioria de nós os traduz como 
bens materiais. Mas a empresa possui tantos bens materiais 
(corpóreos ou palpáveis) quanto bens imateriais (incorpóreos 
ou não palpáveis). Em Contabilidade, eles são denominados, 
respectivamente, Bens Tangíveis e Bens Intangíveis. A imagem 
a seguir, por exemplo, mostra um bem tangível (notebook) e um 
intangível (software).
Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock, 2017.
License-86996-47566-0-6
CONTABILIDADE 
GERAL
Tangíveis: têm forma física. 
Exemplo: imóveis, móveis, veículos, 
equipamentos e máquinas.
Intangíveis: não têm forma física. 
Exemplo: marcas, patentes, softwares, etc.
Antes de continuarmos, vamos esclarecer a diferença entre 
Bens e Direitos. Bens pertencem à empresa e estão em posse da 
mesma, já os Direitos pertencem à empresa e estão em posse de 
terceiros.
Quando falamos dos direitos de um patrimônio, estamos nos 
referindo ao direito que a empresa tem de receber de outro, 
como de receber sobre as vendas realizadas com pagamento a 
prazo, por exemplo.
Em Contabilidade, além do direito de receber, temos o direito 
de exigir alguma coisa que esteja em poder de terceiros. Para 
exemplificar, temos: valores a receber, títulos a receber, entre 
outros. Assim como os bens de uma empresa, os direitos da 
empresa também constituem o Ativo Patrimonial dela. 
Quanto às obrigações de uma empresa, são tudo o que a empresa 
tem a pagar a terceiros, a outras pessoas físicas (marceneiro, 
pedreiro, encanador) ou jurídicas (outras empresas, governo). As 
Obrigações são valores de propriedades de terceiros que estão 
em posse da empresa, destinados a financiar as atividades 
empresariais, que conhecemos comercialmente como “dívidas 
a serem pagas a terceiros”. Essas dívidas são as obrigações 
exigíveis, isto é, serão reclamados, exigidos, por fornecedores, 
pelo governo, por funcionários, entre outros.
Observe na imagem que as Obrigações (Passivo) devem ter o 
mesmo valor dos Bens (Ativo).
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CONTABILIDADE 
GERAL
Fonte: Pterwort, Shutterstock, 2017.
Em relação ao Patrimônio Líquido de uma empresa, ele é formado, 
basicamente, pelos grupos de contas:
capital: é a soma dos valores que os proprietários ou acionistas se responsabilizaram e/ou 
investiram na empresa;
reservas: são constituídas a partir do lucro, com finalidades legais e estatutárias;
prejuízos líquidos: são resultados negativos obtidos na operacionalidade da empresa.
Estrutura do Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é constituído do Ativo, Passivo e Patrimônio 
Líquido, sendo descritos por:
ativo: formado por aplicações de recursos representados por Bens e Direitos;
passivo: representa as origens de recursos constituídos pelas Obrigações para com terceiros;
patrimônio líquido: representa os recursos próprios da empresa. O Patrimônio Líquido é a 
diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo (Ativo menos Passivo).
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CONTABILIDADE 
GERAL
Clique na figura para assistir ao vídeo
Exercício Fiscal ou Ano Fiscal é o 
período do Balanço Patrimonial e 
compreende 12 meses (podendo ser de 
janeiro a dezembro, de abril a maio, de 
julho a junho).
Os Direitos e as Obrigações são classificados em grupos denomina-
dos Circulante, quando os prazos esperados de realização dos Di-
reitos e os prazos de exigibilidade das Obrigações, vençam no 
ano subsequente à data do Balanço Patrimonial.
Os Direitos e as Obrigações são classificados nos grupos do 
Não Circulante, quando os prazos esperados de realização dos 
Direitos e os prazos de exigibilidade das Obrigações vençam 
após o término do exercício fiscal subsequente a data do Balanço 
Patrimonial.
Os Bens compõem o Não Circulante, pois possuem característica 
permanente, são divididos nos grupos nomeados de Investimento, 
Imobilizado e Intangível. Veja esses elementos no quadro a 
seguir.
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CONTABILIDADE 
GERAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante 
(realizado em até 365 dias subsequentes da 
data do balanço)
Ativo Não Circulante
(realizado após 365 dias da data do balanço ou 
de caráter permanente)
Realizável a Longo Prazo
 Investimento
 Imobilizado
 Intangível
Passivo Circulante 
(exigido em até 365 dias subsequentes da 
data do balanço)
Passivo Não Circulante
(exigido após 365 dias da data do balanço)
Patrimônio Líquido
 Capital Social
 Reservas
 Prejuízos líquidos 
Ativo
O Ativo está agrupado em:
Ativo Circulante
O Circulante compõe-se de:
disponível: recursos financeiros de disposição imediata, como moeda ou depósitos bancários;
créditos: são as duplicatas a receber, os títulos de crédito, entre os outros direitos;
estoques: são os valores que representam os produtos acabados, produtos em elaboração, 
matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em andamento;
outros créditos: são créditos relacionados ou não às atividades fim da empresa;
despesas antecipadas: são aplicações em gastos (custos ou despesas) que se realizarão no 
período subsequente à data do Balanço Patrimonial.
Ativo Não Circulante
Formado por:
realizável a longo prazo: composto pelos direitos com prazo de realização subsequente a data 
do Balanço Patrimonial;
investimento: participações em sociedades e Bens e Direitos que não relacionados as atividades 
fim da empresa;
imobilizado: Bens e Direitos Tangíveis, destinados a realização das atividades fim da empresa;
intangível: são Ativos não físicos, como Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura (goodwill).
License-86996-47566-0-6
CONTABILIDADE 
GERAL
Passivo
Já o Passivo é constituído por:
passivo circulante: obrigações como fornecedores, salários, aluguel, impostos, etc., com prazos 
de exigibilidade de até um ano subsequente a data do Balanço Patrimonial;
passivo não circulante: são obrigações exigidas após exercício social subsequente a data do 
balanço patrimonial;
patrimônio líquido: as contas que compõem o Patrimônio Líquido representam obrigações com 
os proprietários ou acionistas, são agrupadas em:
 • Capital Social: valores investidos pelos proprietários ou acionistas.
 • Reservas.
 • Prejuízos líquidos.
License-222628-47574-0-8
CONTABILIDADE 
GERAL
Fontes de financiamento (Origem) e 
fontes de investimento (Aplicação)
A Estrutura do Capital não é constituída por dívidas de manutenção 
da atividade operacional, essas Obrigações são chamadas 
de Passivos de Funcionamento (fornecedores, salários etc.). O 
conceito Estrutura de Capital considera apenas dívidas que são 
passíveis de remuneração financeira (Juros), essas dívidas são 
formadas por empréstimos e financiamentos de curto e longo 
prazo, ou por aporte de capital pelos sócios ou acionistas.
Mecanismo da determinação de débito e crédito
Um dos símbolosda Contabilidade 
é a balança de libra, que representa 
o equilíbrio entre Ativo e Passivo 
(igualdade).
A Contabilidade é a linguagem dos negócios. É um instrumento de 
medição para os resultados das empresas, analisa o desempenho 
dos negócios, norteando as tomadas de decisões.
Antes de nos aprofundarmos na Estrutura de Capital de uma 
empresa, precisamos entender o mecanismo de débito e crédito. 
Para isto, é necessário que esqueçamos tudo o que sabemos 
sobre os conceitos débito e crédito. Provavelmente, você 
interprete débito como uma situação negativa, alguém devendo 
para alguém, entre outros, e crédito como uma situação positiva, 
ou seja, possuir crédito na praça, poder comprar a prazo etc.
Exemplos de débito em Contabilidade:
aquisição de direitos;
cessação de obrigações;
registro de uma despesa;
entrada de bens materiais.
Exemplos de crédito em Contabilidade:
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CONTABILIDADE 
GERAL
aquisição de obrigações;
cessação de direitos;
registro de uma receita;
saída de bens materiais.
Podemos concluir que, em Contabilidade, débito e crédito são o 
oposto do que conhecemos.
Clique na figura para assistir ao vídeo
De acordo com o mecanismo apresentado, para garantimos a 
igualdade dos lados do Balanço Patrimonial (ATIVO = PASSIVO 
+ PATRIMÔNIO LÍQUIDO), utiliza-se o Método das Partidas 
Dobradas, ou seja, cada débito corresponde a um crédito de 
igual valor. Esse método foi desenvolvido em 1494 pelo Frei Luca 
Pacioli, em seu tratado sobre Contabilidade.
Para entendermos esse método, vamos imaginar a aquisição 
de uma matéria-prima totalmente a prazo. Ela é um Bem, 
License-222628-47574-0-8
CONTABILIDADE 
GERAL
portanto, Ativo, como estamos aumentando o Ativo, será feito 
um débito na conta Estoque. A aquisição foi a prazo, o que indica 
que possuímos fornecedores a pagar, que é uma Obrigação, 
caracterizando um Passivo. Como estamos contraindo uma 
dívida, estamos aumentando o Passivo da empresa, portanto, 
será feito um crédito na conta Fornecedores.
Vamos seguir no mesmo exemplo, mas imaginando que o 
pagamento da matéria-prima foi feito metade à vista e metade 
a prazo. A matéria-prima continua sendo um Bem, portanto, 
ocorre um débito no Ativo, na conta estoque. A aquisição foi 
metade à vista e metade a prazo. A parcela à vista é uma saída 
de dinheiro, o que reduz a conta Banco. Como esta conta é um 
Bem da empresa e estamos reduzindo, é feito um crédito nesta 
conta; a parcela a prazo, como explicado anteriormente, será 
creditada na conta Fornecedores.
Decisões de Investimento e 
Decisões de Financiamento
A Estrutura de Capital são as fontes 
de financiamento que a empresa 
utiliza nas decisões de investimento, 
ou seja, como a empresa financia suas 
atividades.
Cada decisão financeira (de investimento ou de financiamento) 
deve ter como meta a maximização da riqueza da empresa, 
que é uma das principais funções dos gestores, como ilustra a 
imagem a seguir. 
License-222628-47574-0-8
CONTABILIDADE 
GERAL
Fonte: Lightspring, Shutterstock, 2017.
Essas decisões financeiras são conduzidas por duas variáveis: o 
Retorno e o Risco. Quanto maior o Risco nas decisões tomadas, 
maior o Retorno e, portanto, a análise e o planejamento financeiro 
são fundamentais para definir o risco que o sócio ou acionista 
está disposto a correr, para que seja definida a melhor Estrutura 
de Capital que maximize a riqueza. 
A análise e o planejamento financeiro devem passar por três 
etapas:
1
transformação dos dados financeiros provenientes das Demonstrações Contábeis 
em informações que possam ser utilizadas para orientar a posição financeira que a 
empresa irá adotar;
2
estimativa da necessidade de aumento ou redução da capacidade produtiva ou da 
prestação de serviço; 
3 designação do tipo de financiamento incremental que deve ser realizado.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Essas etapas do planejamento financeiro passam por decisões 
estratégicas, táticas e operacionais. Os Demonstrativos 
Contábeis, principalmente o Balanço Patrimonial, ilustrado a 
seguir, e a Demonstração do Resultado do Exercício, são fontes 
de informações fundamentais para a constituição da análise e 
planejamento financeiro.
Balanço Patrimonial
Ativos
Circulantes
Recursos
Temporários
Ativos
Não Circulantes
Recursos
Permanentes
Fo
nt
es
 d
e 
in
ve
st
im
en
to
Fontes de financiam
ento
Decisão de Investimento é como a empresa administra a estrutura 
de Ativo. As decisões de investimentos envolvem aplicações de 
recursos no Ativo, com o objetivo principal de maximizar o retorno 
do capital investido na empresa. Uma vez definida a composição 
dos Ativos, os gestores devem garantir o desempenho ótimo de 
cada Ativo Circulante. Em relação aos Ativos Permanentes, cabe 
ao gestor realizar estudos para identificar ativos permanentes 
que estão próximos à obsolescência e decidir quando e quais 
Ativos permanentes devem ser adquiridos. 
A determinação da melhor estrutura de Ativo para a empresa 
exige do gestor conhecimento sobre o histórico de operação da 
empresa e do planejamento das futuras decisões da empresa, 
envolvendo as metas e objetivos que deverão ser alcançados 
a longo prazo. Conforme a imagem a seguir, a empresa possui 
variadas fontes de financiamento, mudando nos aspectos prazo, 
forma de pagamento e juros.
License-222628-47574-0-8
CONTABILIDADE 
GERAL
Fonte: Miriam Doerr Martin Frommherz, Shutterstock, 2017.
Decisão de financiamento é como a empresa administra sua 
estrutura financeira, ou seja, suas fontes de recursos. Para decidir 
a estrutura financeira da empresa, os gestores precisam:
Decidir qual a melhor composição de financiamento, curto ou longo prazo, que a empresa deve 
manter, pois essa decisão impactará a lucratividade e a liquidez da empresa. 
Definir quais as fontes individuais de financiamento, de curto ou de longo prazo, são as melhores 
considerando as estratégias da empresa e custo de cada fonte de financiamento. 
Silva, falando sobre as decisões de financiamento faz alguns 
questionamentos:
As decisões de financiamento referem-se à forma 
de como financiar os ativos, isto é, decorrem da 
estrutura de capitais que a empresa quer manter. 
Para cada unidade monetária de capital próprio, 
quanto a empresa quer manter de empréstimo? 
Qual o efeito da alavancagem, isto é, qual 
a melhoria nos resultados conseguidos pela 
empresa com o uso de recursos de terceiros? 
Quais os riscos que isto representa? 
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CONTABILIDADE 
GERAL
As decisões de financiamento envolvem o Risco Financeiro, que 
é o custo de captação do recurso e do custo do capital próprio, 
e Risco Econômico, que é o risco do impacto destas decisões 
no lucro operacional. Ao decidir a fonte de financiamento a ser 
usada na Estrutura de Capital, seja ela de terceiros (captação de 
recursos) ou própria (capital próprio), não se deve desconsiderar 
o impacto destas decisões na operacionalização da empresa.
Determinar a Estrutura de Capital da 
empresa é definir o perfil da dívida. 
Os principais fatores considerados são 
o grau de aversão ao risco, liquidez x 
rentabilidade e endividamento.
Veja a imagem a seguir: o aumento do retorno do investimento 
aumenta também o risco deste investimento.
Fonte: Nokz, Shutterstock, 2017. (Adaptado).
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CONTABILIDADE 
GERAL
Em sua acepção mais simples, o risco é a chance de perda 
financeira. Risco financeiro é a possibilidade de que a empresa 
não seja capaz de fazer frente a suas obrigações.
As empresas são administradas por gestores, que são pessoas 
que têm comportamentos distintos, portanto, tomam decisões 
diferentes. Estes comportamentos diversos interferem no 
processo decisório de financiamento, que define o risco 
(probabilidade de perda em relação a resultados esperados) 
que o gestor está disposto a correr.
Decisões de financiamento equivocadas podem afetar as 
decisões de investimentos e o lucro da empresa. Como mostra 
a figura a seguir,várias decisões que envolvem liquidez e 
rentabilidade impactam o fluxo de caixa da empresa. 
Fonte: Docstockmedia, Shutterstock, 2017. (Adaptado).
Você sabe qual a Estrutura Ótima de Capital? A Estrutura Ótima 
de Capital é aquela na qual é possível ter lucros maiores com 
fontes de financiamento baratas, ou seja, com juros baixos. 
Quanto menor o custo do financiamento, maior o lucro que a 
empresa atingirá.
License-222628-47574-0-8
CONTABILIDADE 
GERAL
Partindo desta ideia, devem-se buscar de fontes de financiamento 
em capital de terceiros, a um custo menor que as fontes de 
financiamento com capital próprio. O custo deste financiamento 
(juros cobrados) depende da liquidez da empresa, da capacidade 
que a empresa tem de honrar todos os seus compromissos 
financeiros.
Ao captar recursos externos visando uma maior rentabilidade, 
a empresa pode reduzir a liquidez, a redução da liquidez reduz 
a capacidade da empresa de conseguir recursos de terceiros, 
trazendo o dilema liquidez x rentabilidade.
Quando a empresa capta recursos de terceiros, a dívida 
(valor aportado na empresa acrescido dos juros) será exigida 
independentemente da existência ou não do lucro. Chamamos 
isso Risco Financeiro, que é a possibilidade de a empresa não 
conseguir saldar suas obrigações no prazo determinado.
As fontes de financiamento da empresa utilizam, para medir 
o risco de uma empresa não pagar suas dívidas, o grau de 
endividamento (relação percentual entre o total das fontes de 
capital de terceiros em relação ao total das fontes de capital 
próprio).
O grau de endividamento demonstra a proporção em que os 
sócios ou acionistas estão financiando em relação ao capital de 
terceiros. Quanto mais investimento há no próprio negócio, mais 
confiança o financiador terá na empresa.
Planejar a Estrutura de Capital da empresa garante a maximização 
da riqueza e se reflete em lucros operacionais crescentes.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Aplicações: bens tangíveis e 
intangíveis
Você sabia que o Ativo é composto de bens e direitos? Os direitos 
são representados por valores a receber de terceiros. Os bens, 
que são o nosso tema de estudo, estão relacionados as coisas 
úteis que são necessárias para a continuidade da organização. 
Tais bens são classificados em tangíveis e intangíveis, podendo 
ser circulantes e não circulantes.
Aplicações
É preciso compreender que as aplicações dos recursos são 
compostas por bens e direitos, financiados pela sua origem 
(Passivo). E que no enfoque dos bens, em linha com a emissão 
dos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC), a abordagem alcança os pontos relevantes na 
contabilização desses ativos, bem como a metodologia dos seus 
cálculos e sua evidenciação nas demonstrações financeiras.
As empresas, em suas operações, podem acumular vários bens, 
como: dinheiro, estoques, máquinas e equipamentos, imóveis, 
veículos, móveis e utensílios etc., chamados de bens corpóreos, 
classificados de bens tangíveis. Outros bens, chamados de 
bens não corpóreos, classificados de bens intangíveis, como: 
marcas, patentes, domínio de um site, etc., possuem o seu valor 
e metodologia para apuração e contabilização, os quais iremos 
aprofundar logo em seguida.
Em sua estrutura, o Ativo elenca dois grupos: o Ativo Circulante e 
o Ativo Não Circulante, de acordo com Ribeiro, conforme veremos 
a seguir.
As aplicações dos recursos no 
balanço aumentam o seu patrimônio 
em lançamentos em débitos e são 
reduzidos em créditos.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Ativo
Circulante
Não Circulante
Bens Tangíveis
( destinado ao
comércio)
Direitos
(até 12 meses)
Direitos
(acima 12 meses)
Bens Tangíveis
(não destinado ao
comércio)
Bens Intangíveis
Bens tangíveis
Como você deve ter percebido, de acordo com as explicações 
dadas anteriormente, bens tangíveis são coisas materiais. 
Aquelas que podemos tocar, pegar, movimentar ou não, e até 
mesmo transformar, no entanto, sua essência de coisa material 
ainda permanece.
Os bens tangíveis podem se encaixar em dois grupos, no Ativo 
Circulante e no Não Circulante.
No Ativo Circulante estão as operações com menos de um ano 
do seu ciclo operacional. As operações acima de um ano do 
seu ciclo operacional deverão ser classificadas no Ativo Não 
Circulante.
Elencamos alguns dos subgrupos e suas contas patrimoniais, 
pertinentes, como exemplos: 
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CONTABILIDADE 
GERAL
Ativo Circulante – Disponibilidades
Temos a movimentação do dinheiro nas contas patrimoniais 
denominadas: caixa, bancos, conta movimento e aplicações de 
liquidez imediata.
Ativo Circulante – Estoques
Neste subgrupo de contas, encontramos estoques para revenda, 
no caso das empresas que comercializam mercadorias de 
outros fornecedores, produtos ou bens, como por exemplo: uma 
concessionária de carros novos, ilustrada na figura a seguir, ou 
uma revendedora de carros usados.
Fonte: Ritu Manoj Jethani, Shutterstock, 2017. 
Também temos estoques de produção para as empresas no 
segmento industrial, que incluem nas suas operações os bens 
como matéria-prima, produtos em processo de transformação e 
os produtos já com a sua industrialização terminadas, chamados 
de produtos acabados. Exemplo: pães, como mostra a imagem a 
seguir, veículos, máquinas, laticínios etc.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Fonte: Kheng Guan Toh, Shutterstock, 2017.
O estoque também pode ser utilizado não somente para 
comercialização ou produção, como é o caso dos estoques 
para consumo da própria empresa, por exemplo, material de 
expediente, material de escritório, material de limpeza, ilustrado 
na figura a seguir, etc. Estes, geralmente, permanecem por muito 
pouco tempo em estoque, pois são para consumo imediato.
Algumas empresas dispensam esse 
mecanismo de estoque, classificando-
as diretamente como despesas.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Fonte: Tony Thiethoaly, Shutterstock, 2017.
No Ativo Não Circulante estão os bens tangíveis, que estão 
classificados dentro desse grupo como Ativo Imobilizado. Vamos 
entender o seu conceito?
Ativo Imobilizado 
Neste grupo estão relacionadas várias contas patrimoniais de 
natureza relativamente permanente, não relacionadas as vendas 
da empresa, e que em suas operações são chamadas de bens 
de uso da empresa. Esses bens são utilizados para gerar as 
operações pertinentes as atividades fins, visando alcançar os 
seus objetivos.
Por que falamos que é de natureza relativamente permanente? 
Lançado esse desafio, oportunamente informamos que esses 
bens sofrem desgastes, com a vida útil limitada, tendo o seu 
valor zerado nas demonstrações contábeis das empresas. 
No tocante à sua natureza, já ajudando no desafio, são três 
pontos que definem o Ativo Imobilizado:
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CONTABILIDADE 
GERAL
relativamente permanente, porque possui sua vida limitada, sofre desgaste, com exceção dos 
terrenos;
não se destina à comercialização;
possui participação operacional nos negócios da empresa.
Imagine quais os tipos de bens operam em diferentes segmentos 
das empresas (industriais, serviços e comerciais) e a sua 
funcionalidade para as empresas.
As empresas industriais, como ilustra a figura a seguir, possuem 
em seu parque industrial grande volume de máquinas e 
equipamentos, como exemplo podemos citar as indústrias de 
manufaturas, tecelagens, automotivas, etc. para gerar produção 
de suas atividades-fim.
Fonte: Kalabi Yau, Shutterstock, 2017. 
As empresas de serviços não produzem e nem comercializam 
produtos, sua captação de receita está em seus serviços, 
assim como, por exemplo, empresas de consultoria contábil, 
auditorias, empresas de telemarketing, que canalizam o seu foco 
no atendimento e, para garantir ao cliente o melhor conforto, 
possuem equipamentos e bens móveis, como mesas, cadeiras, 
computadores de última geração etc., como mostra a figura a 
seguir.
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CONTABILIDADEGERAL
Fonte: ESB Professional, Shutterstock, 2017. 
Nas empresas comerciais, por possuírem grande movimentação, 
além de circulação de muitas mercadorias, seu ativo imobilizado 
se diversifica ainda mais, podendo conter móveis e utensílios, 
imóveis, veículos para compor a área de distribuição e logística, 
inclusive galpões para armazenamento. Essa situação está 
ilustrada na próxima imagem.
Fonte: Dmitry Kalinovsky, Shutterstock, 2017. 
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CONTABILIDADE
GERAL
No tocante a esses bens tangíveis, são classificados dentro do 
Ativo Imobilizado, nos seguintes grupos de contas patrimoniais 
e suas formas de desgastes, até o fim da sua vida útil. Eis alguns 
exemplos: depreciação (edifícios, equipamentos, móveis e 
utensílios) e exaustão (reservas minerais, reservas florestais).
O desgaste dos bens corresponde à vida útil, ou seja, o 
estado provisório de funcionamento do bem no tocante a 
sua funcionalidade ou a sua produtividade, tanto na linha de 
produção, gerando custos, como na administração, gerando 
despesas, até zerar o seu valor por completo.
Agora que você já sabe o conceito de vida útil, vamos aprender 
a calcular a depreciação? Há várias formas de depreciar um 
bem, vejamos a tabela sugerida pela Receita Federal, conforme 
o Regulamento do Imposto de Renda RIR/1999.
BENS VIDA ÚTIL TAXA
Computadores 5 anos 20% a.a
Imóveis (exceto terrenos) 25 anos 4% a.a
Instalações 10 anos 10% a.a
Móveis e utensílios 10 anos 10% a.a
Veículos 5 anos 20% a.a
O cálculo da depreciação geralmente é feito mensalmente, 
aplicando 1/12 da taxa sugerida anual, conforme a tabela 
apresentada.
Como iremos aprofundar esse assunto nos capítulos posteriores, 
segue a fórmula mais utilizada para a depreciação mensal, 
conhecida como depreciação linear.
Fórmula: 
( )Taxa do Bem valor do bem = quota de depreciação anual
100
Taxa do Bem valor do bem×Taxa do Bem valor do bem
quota de depreciação anual
Depreciação mensal = 
12
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CONTABILIDADE
GERAL
Exemplo: aquisição de um veículo em 31 de janeiro de X1 por R$ 
40.000, cálculo anual, base tabela do RIR/99.
( )20 R$40.000Depreciação anual = R$8.000(Depreciação anual = R$8.000( )Depreciação anual = R$8.000)Depreciação anual = R$8.00020 R$40.000Depreciação anual = R$8.00020 R$40.000
100
Depreciação anual = R$8.000
100
Depreciação anual = R$8.000
20 R$40.000×20 R$40.000
Depreciação anual = R$8.000=Depreciação anual = R$8.000
Há outras formas de se calcular a depreciação, com base 
na produtividade e que são muito utilizadas na indústria, 
como exemplos: horas trabalhadas, quantidade de unidades 
produzidas, taxas variáveis etc.
Bens Intangíveis
Neste grupo do Ativo, como falamos na introdução, são bens 
incorpóreos que não podemos pegar ou tocar, sendo considerado 
como Ativo Não Monetário, identificável sem substância física.
São alguns exemplos de Ativos Intangíveis: nome de produtos, 
direitos de autorias, goodwill, patentes, custos de desenvolvimento 
de software, custos de pesquisas e desenvolvimentos, e franquias.
Importante informar que não se confundem os gastos 
administrativos para a documentação de uma marca e patente 
num processo jurídico, como Ativo Intangível, logo, deve haver 
benefício direto, desconsiderando tudo aquilo que serve apenas 
para suporte de sua existência. Elementos físicos, como um disco 
de software ou documentos legais pertinentes a licença, podem 
estar inclusos nos Ativos Intangíveis.
Quando houver dúvidas sobre se o 
Ativo possui elementos Intangíveis ou 
Tangíveis, deve-se sempre consultar os 
CPCs 27 e 04 e ver o elemento mais 
significativo.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Outro fato relevante, nem todos os gastos são custos do Ativo, 
por exemplo:
custos com propaganda e promoções, agregados ao produto ou serviço;
atividades de deslocamento, incluindo os custos de capacitação para atendimento aos novos 
clientes. Gastos indiretos e demais gastos administrativos;
O goodwill, conhecido como fundo de comércio, é o valor pago 
a mais, acima do valor justo, em uma negociação de compra de 
uma empresa ou a sua parte, denominado ágio. Na verdade, é 
o valor agregado, fruto da imagem da empresa, sua reputação 
no mercado, construída pelo seu histórico, participação no 
mercado, tamanho e tempo de existência.
Se os bens Tangíveis podem sofrer desgastes, o Intangível 
também pode?
Sim, como também possuem vida útil. Os CPCs elencaram alguns 
aspectos relevantes para a mensuração desse desgaste:
Conforme a previsão de uma empresa, deve ser analisado se o Ativo poderá ser aproveitado em 
atividades de outros profissionais administrativos.
A análise das informações no tocante ao ciclo de desgaste dos Ativos e o tempo restante de sua 
durabilidade.
Se está ultrapassado pelo avanço tecnológico ou por questões de comercialização e demais 
situações pertinentes.
Observar as demandas da produção do mercado atuante e a seu comportamento no tocante 
à estabilidade comercial.
Agressividade da concorrência e suas ações influentes.
O custo x benefício entre os gastos para manter a operação do ativo e seus efeitos futuros.
Questões contratuais para gestão sobre o cronograma de utilização de locações e 
arrendamentos.
Se o ativo é dependente de demais ativos para manter-se em operação no tocante ao tempo 
de utilização.
 
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CONTABILIDADE 
GERAL
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CONTABILIDADE 
GERAL
Obrigações: dívidas de curto e longo 
prazo 
No universo contábil, quando são assinados contratos, sendo 
dívidas ou obrigações, e seus vencimentos são em até 12 meses, 
são consideradas de curto prazo, por isso são classificadas em 
Passivo Circulante. Os mesmos contratos, quando ultrapassam o 
período de 12 meses, são classificados de Passivo Não Circulante.
Como vimos acima, de acordo com Ribeiro, podemos resumir 
que Capital de Terceiros é igual a Obrigações.
Estrutura das dívidas para fins contábeis
No Balanço Patrimonial, no Passivo, temos Contas a Pagar com 
os credores. Esses credores podem ser o governo, instituições 
financeiras, fornecedores ou funcionários da empresa. Nesta 
linha, entendemos que a empresa está se beneficiando com 
recursos de terceiros, não oriundos dos sócios.
Imagine você que uma empresa industrial no segmento editorial 
adquire 50.000 unidades de matérias-primas, incluindo papel, 
tintas etc., para produzir livros em suas gráficas. O prazo médio 
de produção é de 25 dias decorridos, para que os produtos 
estejam disponíveis para venda. Sabendo-se que a área de 
produção, em parceria com a área financeira, negociou um prazo 
de pagamentos para 90 dias decorridos, observe que a empresa 
está se beneficiando das vendas antes mesmo de pagar os seus 
fornecedores. Na verdade, é justamente a origem do capital 
de terceiros, decorrentes da captação de matérias-primas ou 
insumos, que vai alavancar o giro de capital da empresa.
Há outras situações, nas quais os prazos, às vezes, são muitos 
desproporcionais às vendas, por exemplo, empresas que 
estão começando, as startups, que não têm tanto poder de 
negociação na questão dos prazos mais longos. Quando elas não 
disponibilizam de recursos próprios, são obrigadas a captarem 
recursos dos bancos, onde o custo do capital (juros e correção) 
geralmente é repassado para o produto, deixando a empresa 
menos competitiva.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Startups são empresas que estão 
começando a comercializar seus 
produtos, geralmente possuem uma 
estrutura pequena e foram recém-
criadas.
Viu como o prazo é fundamental para os balanços das empresas? 
A seguir, veremos as questões do curto e longo prazo.
Dívidas de curto prazo 
Indo direto ao ponto, podemos elencar vários exemplos 
seguindo a estrutura de contas patrimoniais, dentro do grupo 
do Passivo Circulante. Exemplos: fornecedores, empréstimos e 
financiamentos, obrigações tributárias, obrigações trabalhistas 
e previdenciárias e demais obrigações a pagar.
Este grupode contas corresponde ao 
giro de pagamentos das empresas, 
e seu ciclo financeiro influencia 
diretamente a necessidade de capital 
de giro da empresa.
 • Fornecedores: são pessoas jurídicas (empresas) ou pessoas 
físicas. Geralmente estão ligadas ao fornecimento de 
produtos pertinentes aos negócios-fim, atrelados ao custo, 
sejam eles comerciais, indústrias ou de serviços. Há de se 
observar, no processo de obrigações, que cada fornecedor 
emite, por questões da legislação fiscal, notas fiscais ou 
recibos, ilustrados na imagem a seguir, dependendo da 
transação, para evidenciar o compromisso de pagamento e 
entrega dos produtos ou serviços. Neste caso, estamos nos 
referindo a vencimentos de notas com prazo inferior a 360 
dias decorridos. Geralmente, dentro das empresas, a área 
que cuida dessas negociações são de: compras, suprimentos 
ou área comercial, dependendo do ramo de atividade.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Fonte: Pixsooz, Shutterstock, 2017.
As empresas no setor industrial podem possuir vários contratos, 
desde o fornecimento de matérias-primas a produtos acabados, 
para compor a linha de produção. Cabe ressaltar que os prazos 
de pagamentos, obrigações, podem se estender um pouco 
mais, devido ao processo de produção, dando maior poder de 
negociação junto ao volume e valores acordados.
No segmento comercial, vamos supor que uma distribuidora 
farmacêutica, exemplificada na imagem a seguir, prevendo 
aumento de preços nos medicamentos ou a realização de 
campanhas para as vendas, realize grande volume de compras. 
Isso, possivelmente aumentará os seus ganhos e dilatará os seus 
prazos de vencimentos, podendo até ser superior a 360 dias, 
assim, sua classificação no tocante as suas obrigações seria no 
grupo do Passivo Não Circulante.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Fonte: James Steidl, Shutterstock, 2017. 
Também, no tocante aos serviços, podem ser de empresas de 
terceirização de mão de obra. Exemplos: serviços de limpeza 
predial, lavagem de veículos, consultorias, empresas de 
terceirização de contabilidade etc. Suas obrigações, no tocante 
aos vencimentos contratuais são inferiores a 30 dias decorridos 
da emissão da nota fiscal, em média 10 dias decorridos. 
 • Empréstimos e financiamentos: neste grupo de Contas 
Patrimoniais, os empréstimos são registrados através de 
contratos ligados à manutenção do chamado Capital de Giro 
da empresa, onde os credores dessas obrigações geralmente 
são os bancos, que cobram juros, correção e multas, sobre 
o valor principal acordado. Sua forma de cobrança perante 
as empresas pode ser através da emissão de faturas ou, 
simplesmente, previstos nos contratos, débitos em contas 
bancários em períodos acordados, geralmente, mensais. 
No tocante aos financiamentos, como os hipotecários, 
demonstrado na imagem a seguir, servem como instrumento 
de aquisição de bens, como veículos, máquinas e imóveis. Em 
geral, eles alimentam o Ativo Imobilizado das empresas.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Fonte: Maxx-Studio, Shutterstock, 2017.
 • Obrigações tributárias: no Brasil, há uma diversidade de 
impostos a serem pagos junto ao governo, são eles: Federal 
(PIS/ COFINS, IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica, CSLL 
- Contribuição Social Sobre o Lucro, IPI – imposto sobre 
produtos importados e outros), Estadual (ICMS e outros) 
e Municipal (ISS, ITBI e outros). Para essas Obrigações, os 
instrumentos de cobranças do governo junto às empresas 
variam muito. Veja os exemplos: DARF, DARJ, carnê do IPTU 
e outros. Na imagem a seguir, temos um exemplo de arquivo 
para agendamento de pagamento de tais Obrigações.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Fonte: Gunnar Pippel, Shutterstock, 2017. (Adaptado).
 • Trabalhistas e previdenciárias: neste grupo, encontramos 
a movimentação de Obrigações referentes ao quadro 
de funcionários das empresas, ilustrados na imagem a 
seguir, como folha de pagamentos, benefícios concedidos 
a empregados (assistência médica, cartão refeição ou 
alimentação, previdência privada e outros), encargos sociais 
(INSS e FGTS), uniformes etc. Por ser uma conta muito 
complexa, envolve várias formas de cobranças, como notas 
fiscais, faturas, boletos etc.
Fonte: Phovoir, Shutterstock, 2017.
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CONTABILIDADE 
GERAL
 • Outras Obrigações: são direcionadas às operações com 
terceiros que divergem dos grupos patrimoniais que 
explicamos até aqui. Exemplos: pagamentos por danos morais 
e material de clientes decididos pela justiça, como ilustra a 
imagem a seguir, aluguel a pagar etc.
Fonte: Zvonimir Atletic, Shutterstock, 2017. 
Já que entendemos que as dívidas de curto prazo são compostas 
por capital de terceiros com vencimentos inferior a 12 meses, 
vamos entender sobre as dívidas de longo prazo? Veja a seguir.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Dívidas de longo prazo
Agora, que você já sabe a composição das dívidas de curto 
prazo, vamos conhecer as de longo prazo? Então, reflita se 
você conhece alguém, ou você mesmo(a), que tenha feito 
financiamento de imóvel com prazo maior de 12 meses. Observe 
que o efeito financeiro permanece, porém podem estar 
embutidos juros maiores nas parcelas conforme o prazo. Na 
prática, o que realmente muda para as empresas é o processo 
de contabilização neste grupo.
Em regra geral, estão alocadas nas contas patrimoniais do grupo 
do Passivo Não Circulante, compostas pelas mesmas operações 
classificadas no Passivo Circulante, porém com vencimentos 
acima de 360 dias decorridos. 
Sua estrutura, no Balanço Patrimonial, 
geralmente compõe financiamentos, 
Debêntures e outras Obrigações a 
longo prazo.
Em relação aos financiamentos, eles vão se revezando entre o 
curto e o longo prazo, conforme o cronograma contratual de 
pagamentos e suas liquidações. Geralmente, nas empresas, 
recomenda-se um alto controle nesse processo, e as áreas de 
tesouraria e contabilidade precisam estar muito alinhadas e 
seus sistemas integrados bem parametrizados. Podemos citar 
como exemplos os financiamentos junto ao BNDES para projetos 
de geração de energia solar.
As Debêntures são papéis negociados (títulos), emitidos pelas 
empresas com o objetivo de captar recursos. A diferença mais 
relevante em relação aos financiamentos comuns são os altos 
juros pagos, para ser atrativo ao credor e podendo converter em 
participação nos lucros das empresas.
As outras Obrigações a longo prazo são títulos a pagar, 
geralmente pedidos junto aos fornecedores solicitados com muita 
antecedência, muito comuns na indústria, visando a um custo 
unitário menor, decorrente de um planejamento bem elaborado 
pela área de produção em parceria com a controladoria.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Obrigações: com terceiros ou Capital 
Próprio
As Obrigações com terceiros, também chamadas de Capital de 
Terceiros, são as origens que provêm, como o nome já informa, 
de terceiros. E quem seriam esses terceiros? Entidades que não 
possuem vínculo societário com a empresa, que podem ser 
provedores de serviços, fornecedores, parceiros comerciais ou 
estabelecimentos bancários. Neste caso, as Obrigações podem 
estar dentro do longo e curto prazo, mas não se encontram no 
Patrimônio Líquido, como é o caso do Capital Próprio (Capital 
Social), que veremos mais adiante.
Obrigações =
Passivo exigível
Capital de Terceiros:
- Curto Prazo = Circulante
- Longo Prazo = Não Circulante
Capital Próprio :
- Patrimônio Líquido = 
Dívidas com sócios
Podemos também chamar as Obrigações com terceiros de 
Passivo Exigível, o qual, dependendo do seu ciclo operacional, 
estará no Passivo Circulante ou Não Circulante. As operações no 
Passivo irão gerar um desembolso futuro.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Capital Social Reservas
Reservas de Lucros Reservas de Capital
Prejuízos
Acumulados
Patrimônio
Líquido
O Capital Próprio configura o Patrimônio Líquido das empresas 
em geral, que possui subgrupos:Capital Social, Reservas e Lucros 
ou Prejuízos Acumulados, de acordo com Ribeiro.
Capital Social
Você sabia que as empresas podem ter o seu capital social 
negociado em bolsa de valores? No Brasil, podemos citar a 
Bovespa. Vamos entender.
As empresas podem possuir uma estrutura de Capital Social 
dividida em quotas ou ações. Neste âmbito, as empresas 
denominadas “Ltda.”, sociedade limitada, possuem os valores 
aplicados nas sociedades pelos sócios divididos em “quotas”, 
as quais podem ser negociadas, conforme previsão em seu 
contrato social. 
Já as empresas denominadas “S/A”, sociedades por ações, 
têm capital dividido por ações, podendo ser de Capital Aberto 
ou Capital Fechado. Quando o Capital é Aberto, as empresas, 
conforme previsão em seu estatuto social, são negociadas em 
bolsa de valores, no entanto, as empresas de Capital Fechado 
não negociam suas ações em bolsa, seguindo seus critérios 
internos, também estabelecidos em seu estatuto social.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Uma empresa Ltda. ou S/A de Capital 
Fechado poderá abrir o seu capital, 
processo conhecido como IPO, que 
significa, em inglês, Initial Public 
Offering.
Clique na figura para assistir ao vídeo
O processo de formação do Capital Social será composto no 
momento da sua subscrição, subtraído pelas parcelas não 
realizadas pelos sócios. Vale informar que a nomenclatura 
dessas contas pode variar conforme sua formação acionária, 
como por exemplo: acionistas a realizar para as empresas S/A e 
quotas a realizar, quando as empresas forem Ltda. 
Reservas
São ferramentas contábeis, representadas por contas 
patrimoniais com o objetivo de assegurar a integridade do 
Capital Social, com alcance no âmbito dos investimentos pelos 
recursos próprios, inclusive nas compensações de prejuízos e no 
aumento do capital. 
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CONTABILIDADE 
GERAL
As Reservas se dividem eu dois grupos, 
são eles: Reservas de Lucros e Reservas 
de Capital.
Reservas de Lucros são contas patrimoniais formadas pela 
apropriação do Lucro Líquido do exercício da empresa, com 
a finalidade de garantir valores para ser utilizado em algum 
momento oportuno, evitando que sejam utilizados pelos sócios 
das empresas respectivas, conforme veremos a seguir.
Reserva Legal: conforme artigo 193 da lei nº 6.404/76, são reservados 5% do Lucro Líquido do 
exercício, não podendo exceder a 20% do Capital Social. Seu objetivo é garantir a integridade 
do capital, onde somente poderá ser utilizada para compensar prejuízo ou aumentar o capital.
Reserva Estatutária: como o nome já informa, provém do estatuto da empresa, desde que 
informe de modo preciso e completo a sua finalidade, fixe critérios para estabelecer as parcelas 
anuais de sua constituição.
Reserva para Contingências: seu objeto é bem claro, destinado a contingências, e a assembleia 
geral determina valores oriundos do lucro líquido a serem compensados nos exercícios 
posteriores. Geralmente, essas reservas são habituais, muito comuns no segmento agrícola, 
afim de evitar maiores danos com fenômenos naturais (geadas, inundações, vendavais, secas, 
el niño etc.).
Reserva de Lucros para Expansão: podemos observar que são valores destinados à expansão, 
para prover investimento para aumentar alcance dos negócios da empresa, conforme orçamento 
do projeto.
Reserva de Lucros a Realizar: trata-se de uma reserva facultativa. Pode ser realizada sempre que 
o lucro líquido for menor em seu montante, frente aos dividendos, inclusive Imposto de Renda, 
porém é obrigatória para cobrir os pagamentos dos dividendos.
Reserva de Incentivos Fiscais: é destinada para uma reserva específica fonte de doações 
etc., inclusa no Lucro Líquido, podendo ser excluída da base de cálculo para pagamentos de 
dividendos.
Reserva de Capital: é fonte de receitas, cujos valores foram obtidos em operações não habituais 
da empresa. Exemplos: a correção monetária do capital realizado, o produto da alienação de 
partes beneficiárias e bônus de subscrição, o prêmio recebido na emissão de Debêntures, e as 
doações e as subvenções para Investimentos.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Lucros ou Prejuízos Acumulados
São valores oriundos do Lucro Líquido do exercício transferidos das 
Demonstrações dos Resultados do Exercício (DRE) anualmente, 
que veremos em unidades posteriores. Cabe informar que, para 
as empresas regidas de Ltda. de grande porte e as sociedades 
por ações, não existem lucros acumulados por não especificar o 
seu destino, conforme o artigo 178 da Lei 11.638/07. 
Patrimônio Líquido: Capital Social, 
Reservas de Capital, Ajustes de 
Avaliação Patrimonial, Reservas de 
Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos 
Acumulados.
Embora as empresas regidas pela Sociedade por Ações não 
incluam lucros acumulados, esta conta existe no plano de 
contas das empresas, e aparece, como veremos nos próximos 
capítulos, nas demonstrações financeiras, DLPA, que significa: 
Demonstrações dos Lucros e Prejuízos Acumulados, que 
evidencia muito bem toda a movimentação na conta patrimonial 
dos Lucros Acumulados. Outra demonstração envolvendo o 
Patrimônio Líquido, porém mais complexa, poderá substituir a 
DLPA, pois envolve todas as suas contas patrimoniais: é a DMPL 
(Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido). Não é 
obrigatória, mas é muito útil para compor as Demonstrações de 
Fluxos de Caixa (DFC).
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CONTABILIDADE 
GERAL
Balanço Patrimonial, Demonstração 
do Resultado e Demonstração do Re-
sultado Abrangente
Todas as Demonstrações Contábeis possuem uma finalidade e 
representam uma situação específica relacionada ao patrimônio. 
Para cada objetivo, devemos escolher quais os indicadores que 
queremos consultar. 
Você perceberá ao longo desta unidade que todos os 
conhecimentos absorvidos nos capítulos anteriores serão 
aplicados na composição desses demonstrativos. Vamos começar 
pelo Balanço Patrimonial e as Demonstrações de Resultados, 
do Exercício e abrangente, conhecendo suas estruturas e 
características.
Balanço Patrimonial
O Balanço é uma das demonstrações 
mais importantes, pois dele deriva as 
demais Demonstrações Contábeis. Ele 
abrange todo patrimônio!
Segundo Ribeiro, “[...] o Balanço Patrimonial é a demonstração 
financeira que evidencia, resumidamente, o patrimônio da 
entidade, quantitativa e qualitativamente”.
A disposição do balanço obedece uma ordem de agrupamento 
que facilita a análise da situação financeira da entidade. Se 
dividem em contas de Ativo e Passivo e são ordenadas por grau 
de liquidez.
Estrutura do balanço patrimonial:
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CONTABILIDADE 
GERAL
B
e
n
s 
e
 D
ir
e
it
o
s
Ativo Passivo+ Patrimônio Líquido
O
b
rig
a
çõ
e
s
Ativo circulante Passivo circulante
Caixa Fornecedores
Banco Empréstimos e financiamentos
Aplicações financeiras Obrigações tributárias
Contas a receber Provisões
Estoques Encargos
Despesas antecipadas Obrigações trabalhistas
Ativo não circulante Passivo não circulante
Realizável a longo prazo Patrimônio Líquido
Investimento Capital Social
Imobilizado Reservas de Capital
Intangível Ajustes de reavaliação patrimonial
Reservas de lucro
Ações de tesouraria
Prejuízos acumulados
Total do ativo Total do passivo + Patrimônio Líquido
Você sabia que o Balanço é uma estrutura estática? Ao pé da 
letra estamos falando de uma estrutura parada. Exatamente! O 
Balanço Patrimonial apresenta um retrato da situação patrimonial 
em um dado momento, ou seja, é uma estrutura que evidencia 
em uma determinada data a situação do patrimônio de uma 
organização.
De posse desse relatório é possível verificar o que foi investido, 
quais as aplicações da entidade, quem financiou tais aplicações, 
o quanto é capital próprio ou de capital de terceiros. Podemos 
analisar, por exemplo, a natureza e quais são os Ativos da empresa, 
quais são as obrigações da entidade, o perfil do Passivo, entre 
outros aspectos.
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CONTABILIDADEGERAL
No Balanço, as contas de Ativo são separadas em Circulante, que 
são os valores disponíveis e os valores realizáveis a curto prazo 
e o Não Circulante, que são valores realizáveis a longo prazo, 
ou seja, superiores a 12 meses, os valores dos investimentos, os 
valores do imobilizado e do intangível. No Passivo, encontramos 
os dois grupos, representados pelo exigível a curto prazo e o 
exigível a longo prazo e mais o Patrimônio Líquido.
ATIVO
BENS E
DIREITOS
PASSIVO
BALANÇO
PATRIMONIAL
OBRIGAÇÕES
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
O saldo devedor deve ser igual ao saldo credor.
No Ativo estão classificados os bens e direitos, compondo 
as aplicações de recursos e no passivo estão classificadas as 
obrigações, expressando a origem dos recursos. 
Uma observação importante: o Balanço reúne todas as Contas 
Patrimoniais. Não se esqueça!
DRE – Demonstração do Resultado do Exercício
Você sabia que na DRE podemos 
visualizar se a empresa teve lucro ou 
prejuízo no exercício?
Então, saiba que a principal função da DRE é demonstrar o 
fluxo econômico da organização, evidenciando o resultado do 
exercício, através do confronto entre as receitas e despesas 
ocorridas no período. Segundo Ribeiro, “[...] essa demonstração 
evidencia o resultado que a empresa obteve (lucro ou prejuízo) 
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CONTABILIDADE 
GERAL
no desenvolvimento de suas atividades durante um determinado 
período, geralmente igual a um ano”.
Para elaboração desta demonstração, você deve organizar a 
estrutura mostrando o resultado operacional, o resultado antes 
dos impostos e o lucro líquido do exercício. 
O que diferencia custo, despesa e investimentos?
Clique na figura para assistir ao vídeo
Podemos afirmar que os custos estão diretamente ligados com 
a produção do bem ou serviço, as despesas estão associadas 
diretamente a parte administrativa e os investimentos são 
recursos investidos para melhorias e benefícios da empresa.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Essa é a estrutura base da DRE:
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita bruta
(-) Deduções
Receita líquida
(-) CMV
Lucro bruto
Despesas com vendas
Despesas administrativas
Despesas financeiras líquidas
Outras receitas/despesas
Resultado antes do IR e CSLL
(-) IRPJ
(-) CSLL
Lucro líquido do exercício
Não se esqueça que aqui reunimos todas as contas de resultado: 
Receitas, Despesas e Custos.
Em resumo, esta é uma demonstração que tem como finalidade 
principal apresentar o resultado líquido do periodo, que pode 
ser lucro ou prejuízo.
Vejamos no próximo tópico a demonstração dos resultados 
abrangentes que também é uma demonstração obrigatória, ainda 
que não seja prevista pela lei nº 6.404/76. Esta demonstração foi 
instituída pela resolução CFC nº 1.185/09 e pelo CPC 26, onde 
apresenta o desempenho da entidade, em transações que não 
estão diretamente ligadas aos sócios, enquanto proprietários, 
provocando mutações no PL da entidade.
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CONTABILIDADE 
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DRA – Demonstração do Resultado Abrangente
Você sabia que a DRA também 
apresenta na sua estrutura receitas 
e despesas que não são ou que não 
foram reconhecidas na DRE, embora 
já estejam registradas no Ativo ou no 
Passivo? 
Esta demonstração apresenta as receitas e despesas que ainda 
não foram reconhecidas, mas que podem alterar o Patrimônio 
Líquido. Tem como base a DRE, incluindo outros resultados 
abrangentes e resultados abrangentes de empresas investidas. 
O Conselho Federal da Contabilidade (2015), na NBC TG 26, 
determina que essa demonstração pode ser apresentada 
em relatório próprio ou dentro da DMPL – Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido.
Segundo a NBC TG 26 R4, a Demonstração do Resultado e 
outros resultados abrangentes (Demonstração do Resultado 
Abrangente) devem apresentar também:
O total do resultado (do período); 
Total de outros resultados abrangentes; 
Resultado abrangente do período, sendo o total do resultado e de outros 
resultados abrangentes.
Uma observação: caso a entidade decida apresentar a DRE 
separada da DRA, ela não deverá incluir a DRE na estrutura da 
DRA.
Vale lembrar também que outros resultados abrangentes devem 
apresentar rubricas para valores de outros resultados abrangentes 
no período, classificadas por natureza (incluindo a parcela de 
outros resultados abrangentes de coligadas e empreendimentos 
controlados em conjunto contabilizada utilizando o método da 
equivalência patrimonial) e agrupadas naquelas que, de acordo 
com outros pronunciamentos do CPC: 
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CONTABILIDADE 
GERAL
Não serão reclassificadas subsequentemente para o resultado do período; 
Serão reclassificadas subsequentemente para o resultado do período 
quando condições específicas forem atendidas. (Alterado pela Revisão 
CPC 3) (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2010).
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE
(=) Resultado Líquido do Período X1 X2
(=/-) Outros Resultados Abrangentes
Variação de Reserva de Reavaliação
Ganhos/Perdas em Planos de Previdência Complementar ou Conversão 
das Demonstrações Contábeis p/ Exterior
Ajuste de Avaliação Patrimonial
(=/-) Resultados Abrangentes de Empresas Investidas
(=) Resultado Abrangente
No Resultado Abrangente, vamos encontrar variações futuras 
que já foram lançados no Ativo ou no Passivo, entretanto, as 
mesmas ainda não impactaram o resultado do exercício. 
Podemos exemplificar a DRA, a partir da conta de a juste 
patrimonial, que de acordo com o CPC 26, as mudanças no Ativo 
e no Passivo devem ser informadas no Lucro Abrangente, a partir 
do valor justo, observando o princípio da competência, que não 
permite não registro na DRE (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS 
CONTÁBEIS, 2011). Essa possibilidade de registro garante uma 
maior transparência em relação aos resultados econômicos da 
empresa. 
Em resumo, a organização deve apresentar todas as contas de 
receitas e despesas, distribuídas nas duas Demonstrações, do 
Resultado e da Abrangência do período, sendo que a última, 
evidencia principalmente os ajustes realizados no PL, para fins 
de conhecimento sobre o capital próprio da entidade.
Importante destacar que existe a possibilidade de apresentar a 
DRA como parte da Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido - DMPL, haja vista que a mesma demonstra a renovação 
ocorrida no capital próprio que foram renovadas a partir do 
Patrimônio Líquido.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido e Demonstração 
do Valor Adicionado
Daremos continuidade neste tópico a duas demonstrações que 
guardam em suas finalidades dois importantes aspectos, o fluxo 
da movimentação das contas do Patrimônio Líquido, constituindo 
a DMPL, Demonstração do Patrimônio Líquido, e o processo de 
formação de riqueza da entidade e sua distribuição, a partir da 
DVA, Demonstração do Valor Adicionado.
DMPL – Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido
O que você compreende por mutações do Patrimônio Líquido? 
Se você pensou em modificações que alteram o patrimônio, 
acertou! Mas o patrimônio de quem? Da entidade e de terceiros, 
mais precisamente.
Este relatório contábil tem por 
finalidade evidenciar as variações 
ocorridas nas contas que 
compõem o Patrimônio Líquido em 
determinado período.
A DMPL é um relatório contábil que visa evidenciar as variações 
ocorridas em todas as contas que compõe o Patrimônio Líquido 
em determinado período. Vamos relembrar quais são as contas 
que compõem o Patrimônio Líquido? 
Capital social
Reservas de capital
Ajustes de avaliação patrimonial 
Reservas de lucro 
Ações em tesouraria
Lucros ou prejuízos acumulados
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CONTABILIDADE 
GERAL
Não existe um modelo obrigatório, mas as empresas geralmente 
elaboram uma tabela com colunas, sendo destinada cada coluna 
para cada conta do Patrimônio Líquido. Observe o modelo a 
seguir:
DESCRIÇÃO
CAPITAL RESERVAS
LUCROS OU 
PREJUÍZOS 
ACUMULADOS
TOTAL
Subscrito A RealizarRealizado Capital Lucros
Saldos 
iniciais
Ajustes de 
exercícios 
ant.
Aumentos de 
capital
Reversões de 
Reservas
Lucro 
Líquido do 
Exercício
Destinações 
do lucro
• Reservas
• Dividendos
Saldo em 
31/12 atual
Importante destacar que, com base no CPC 26, deve-se 
acrescentar mais três colunas ao demonstrativo, incluindo 
as contas: outros resultados abrangentes, patrimônio líquido 
dos sócios da companhia e participação dos acionistas 
não controladores no PL da controlada (COMITÊ DE 
PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2011).
Esta demonstração apresenta a movimentação ocorrida no 
capital próprio, durante o exercício social, e desta forma, contribui 
para o gestor ter uma visão ampliada sobre como os recursos 
da entidade foram aplicados ao longo do exercício.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Podemos citar alguns itens que influenciam na variação 
patrimonial como:
Acréscimos pelo lucro ou redução pelo prejuízo dos exercícios, 
redução por dividendos, acréscimo ou redução por ajustes de 
exercícios anteriores, a juste de avaliação patrimonial, entre 
outros.
A partir da DMPL, você pode compreender se o seu patrimônio está 
aumentando ou diminuindo, por isso as informações constantes 
nesse demonstrativo complementam o Balanço Patrimonial.
Esta demonstração tornou-se obrigatória a partir da resolução 
nº 1.185/09, publicada pelo Conselho Federal de Contabilidade 
(2009a). Outra informação relevante é que ela foi considerada 
como substituta da Demonstração de Lucros e Prejuízos 
Acumulados, que por sua vez, teve seus dados incorporados a 
DMPL.
DMPL e DLPA
Você sabia que a DMPL, Demonstração 
das Mutações do Patrimônio Líquido, 
substitui a DLPA, Demonstração dos 
Lucros e Prejuízos Acumulados? 
Com a incorporação da lei 11.941/09, foi instituído que no balanço 
das empresas S.A.s não deverá mais constar a rubrica de lucros 
acumulados, onde a mesma não deverá apresentar resultado 
positivo, associado a lucros acumulados, embora continue sendo 
obrigatória sua elaboração.
Por outro lado, de acordo com o §2º do art. 186, da Lei 6.404/76, 
lei das S.A., modificada parcialmente pela Lei nº 11.638/2007, a 
entidade pode optar por elaborar a DMPL ou a DLPA, apontando 
o total dos ganhos, derivados pelo capital social, podendo inclui-
la na DMPL, caso seja elaborada e publicada pela entidade. 
Esta regra não abrange as companhias de capital aberto, que 
continuam obrigadas a elaborar a DMPL.
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CONTABILIDADE 
GERAL
A DLPA limita-se a demonstrar apenas o resultado e as alterações 
do lucro ou prejuízos acumulados da entidade, enquanto que a 
DMPL se apresenta como uma demonstração mais completa e 
abrangente por trazer uma análise detalhada de todo Patrimônio 
Líquido, incluindo o resultado do período.
Apesar dessa não obrigatoriedade, deve-se atentar para Resolução 
CFC n. 1.255/2009, que permite a apresentação da DLPA no 
lugar da DRA e DMPL, se as alterações no PL da empresa, tiverem 
origem: do resultado, de pagamento de dividendos ou de outra 
forma de distribuição de lucros, correção de erros de períodos 
anteriores e de mudanças de políticas contábeis (CONSELHO 
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009b).
Desta forma, é importante ter conhecimento de todas as 
situações onde uma ou outra, ou as duas demonstrações, serão 
exigidas.
DVA – Demonstração do Valor Adicionado
Essa demonstração financeira foi implantada, também, a partir 
da lei 11.638/07, com a convergência das normas brasileiras às 
internacionais, sendo obrigatória, para as companhias abertas, 
a sua elaboração a partir do exercício encerrado a partir de 
01/01/08, embora sua elaboração seja útil as outras modalidades 
de empresas. É regulamentada pelo CPC 9.
Você precisa compreender que a DVA tem por finalidade 
expressar a riqueza produzida pela empresa e a forma como 
será distribuída, com quem contribuiu para sua composição, 
ou seja, entre empregados, acionistas, governo e etc. Para sua 
elaboração, as informações são extraídas da DRE e do Balanço 
Patrimonial.
Dessa forma, podemos concluir que a Demonstração do Valor 
Adicionado é uma parte relevante do balanço social, devendo 
ser entendida como um instrumento apropriado para auxiliar a 
contabilidade na medição e demonstração da capacidade de 
geração, bem como de distribuição, da riqueza de uma empresa 
(SANTOS, 1999).
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CONTABILIDADE 
GERAL
Veja a seguir estrutura da DVA:
Descrição 20X1 20X2
1 – Receitas
2 - Insumos adquiridos de terceiros (inclui os valores dos 
impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS)
3 - Valor adicionado bruto (1-2)
4 - Depreciação, amortização e exaustão
5 - Valor adicionado líquido produzido pela entidade (3-4)
6 - Valor adicionado recebido em transferência
7 - Valor adicionado total a distribuir (5+6)
8 - Distribuição do valor adicionado
Percebemos, com base na sua estrutura, que a DVA, na sua 
primeira parte, apresenta o detalhamento da riqueza formada 
pela entidade e, na segunda parte, como essa riqueza foi 
distribuída.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Demonstração do Fluxo de Caixa e 
notas explicativas
Neste último subtópico, trataremos da DFC, Demonstração do 
Fluxo de Caixa, que reflete as variações do caixa e das notas 
explicativas, que apresentam informações complementares e 
que não puderam ser registradas nas Demonstrações Contábeis, 
mas que requerem um certo destaque.
DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa
Esta demonstração tem como objetivo principal retratar a 
situação financeira da entidade, tendo como base o saldo das 
disponibilidades no início e no fim do período, demonstrando 
separadamente os valores de recursos das atividades 
operacionais, atividades de investimentos e atividades de 
financiamento.
Segundo Franco, “[...] esta demonstração vem se tornando 
peça de grande utilidade como instrumento de administração 
financeira.” Desta forma, a DFC indica como ocorreu as entradas 
e as saídas de dinheiro no caixa no período e o resultado desse 
fluxo, isto é, avalia a capacidade da empresa de gerar dinheiro. 
Através desta demonstração, o gestor 
terá condições de decidir sobre o seu 
caixa, dimensionando quanto pagou e 
quanto recebeu em um dado período. 
Desta forma, será possível estimar sua situação financeira na 
perspectiva de gerar ganhos líquidos, como também, construir a 
condição para quitação de suas dívidas.
Esta demonstração pode ser feita pelo Método Direto, tomando 
como base os recebimentos e pagamentos efetuados no período, 
com caráter financeiro, ou pelo Método Indireto, com caráter 
contábil. Além disso, tem como base os lucros ou prejuízos do 
DRE e também as variações das contas patrimoniais, referente a 
dois períodos. 
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CONTABILIDADE 
GERAL
Os dois métodos se diferem basicamente na análise dos fluxos 
das atividades operacionais, sendo iguais as outras duas análises, 
em relação aos investimentos e aos financiamentos.
Método Direto – variação dos recebimentos e pagamentos (disponibilidade).
Método Indireto – variação do resultado econômico, lucro ou prejuízo do 
exercício.
Vejamos como se estrutura o fluxo de caixa:
Método 
Direto
Fluxo de caixa 
das atividades 
operacionais
Venda de mercadorias e serviços (+)
Pagamento de fornecedores (-)
Salários e encargos sociais dos empregados (-)
Dividendos recebidos (+)
Impostos e outras despesas legais (-)
Recebimento de seguros (+)
Caixa líquido das atividades operacionais (+/-)
Método 
Indireto
Fluxo de caixa 
das atividades 
operacionais
Lucro líquido
Depreciação e amortização (+)
Provisão para devedores duvidosos (+)
Aumento/diminuição em fornecedores (+/-)
Aumento/diminuição em contas a pagar (+/-)
Aumento/diminuição em contas a receber (+/-)
Aumento/diminuição em estoques (+/-)
Caixa líquido das atividades operacionais (+/-)
Métodos: 
Direto e 
Indireto
Fluxo de caixa 
das atividades de 
investimento
Venda de imobilizado (+)
Aquisição de imobilizado (-)
Aquisição de outras empresas(-)
Caixa líquido das atividades de investimento (+/-)
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CONTABILIDADE 
GERAL
Métodos: 
Direto e 
Indireto
Fluxo de caixa 
das atividades de 
financiamento
Empréstimos líquidos tomados (+)
Pagamento de leasing (-)
Emissão de ações (+)
Caixa líquido das atividade de financiamento (+/-)
Aumento / diminuição líquido de caixa e equivalente de caixa
Caixa e equivalentes de caixa - início do ano
Caixa e equivalentes de caixa - final do ano
Perceba que a estrutura da DFC só se diferencia em relação 
ao fluxo operacional, mantendo as mesmas estruturas no que 
diz respeito aos fluxos das atividades de financiamento e de 
investimentos.
Assim, podemos compreender que as atividades operacionais 
(industrialização, comercialização ou prestação de serviços pela 
entidade) são as responsáveis pela geração direta de receita da 
empresa, as atividades de investimentos (gastos com imobilizado 
e intangível, por exemplo) estão relacionadas a aquisição e 
venda de Ativos de longo prazo e as atividades de financiamento 
(empréstimos e financiamentos de curto prazo, por exemplo) se 
caracterizam na variação do capital próprio, pra mais ou pra 
menos, que não estão relacionados com a atividade operacional. 
DFC e DOAR
Outra alteração relevante, proveniente da Lei 11.638/07, 
visando a convergência das normas brasileiras para as normas 
internacionais de Contabilidade, diz respeito a substituição da 
DOAR pela DFC. 
A DFC apresenta uma estrutura inicial parecida com a DOAR – 
Demonstração das origens e aplicações de recurso, no tocante as 
contas do circulante. Outro aspecto importante é a demonstração 
das incidências que alteram o resultado, mas que não interferem 
no caixa da entidade, pois sua estrutura inicia-se pelo Lucro 
Líquido ajustado.
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CONTABILIDADE 
GERAL
A DFC é considerada uma 
demonstração mais simples que a 
DOAR, permitindo uma interpretação 
mais facilitada por parte de todos os 
usuários da geração de caixa e seus 
equivalente S.S.
De acordo com o CPC 3, a DFC é considerada uma demonstração 
mais simples e mais fácil de ser compreendida e tem a função 
essencial de apresentar uma análise precisa para os usuários 
sobre a capacidade da entidade de gerar caixa e equivalentes 
de caixa (aplicações ou investimentos a curto prazo), com a 
perspectiva de perceber a capacidade da empresa de gerar 
líquidos positivos, provenientes de suas atividades (COMITÊ DE 
PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2010).
Notas explicativas
Nas notas explicativas encontraremos 
informações adicionais que 
não constam nos relatórios das 
demonstrações financeiras, mas que 
são de extrema.
Correto! As notas explicativas também são consideradas 
Demonstrações Contábeis. Neste demonstrativo são evidenciadas 
informações adicionais em relação as apresentadas nas 
demonstrações contábeis. Todas as informações relevantes 
devem constar nas notas explicativas.
De acordo com o CPC 26, item 12 (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS 
CONTÁBEIS, 2011), as notas explicativas devem: 
Apresentar informação acerca da base para a elaboração das Demonstrações Contábeis e das 
políticas contábeis específicas utilizadas;
Divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações 
do CPC que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis; 
Prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas Demonstrações Contábeis, 
mas que seja relevante para sua compreensão (CPC).
 
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CONTABILIDADE 
GERAL
Dessa forma: 
As notas explicativas devem ser apresentadas, 
tanto quanto seja praticável, de forma sistemática. 
Na determinação de forma sistemática, a 
entidade deve considerar os efeitos sobre 
a compreensibilidade e comparabilidade 
das suas demonstrações contábeis. Cada 
item das demonstrações contábeis deve ter 
referência cruzada com a respectiva informação 
apresentada nas notas explicativas. (CONSELHO 
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2015, s.p.)
Ribeiro afirma que as notas explicativas são informações que têm 
como finalidade complementar as Demonstrações Financeiras 
e elucidar os critérios contábeis utilizados pela entidade, 
assim como a composição dos saldos de determinadas contas, 
formas de depreciação, os principais critérios de avaliação dos 
elementos patrimoniais, entre outros aspectos relevantes. 
Ao final deste capítulo, podemos concluir que:
I. Cada demonstração tem uma finalidade, mesmo que não seja 
obrigatória sua elaboração.
II. Os relatórios originados pelas demonstrações expressam 
indicadores financeiros, econômicos e econômico-financeiros 
para tomada de decisões dos usuários internos e externos da 
organização.
III. As informações geradas por essas demonstrações devem 
expressar relatórios que qualquer usuário possa interpretar.
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CONTABILIDADE 
GERAL
Aplicação de recursos (Ativo)
Nesta parte, vamos estudar de forma mais detalhada, o Ativo 
e suas especificidades, compreendendo como este grupo está 
estruturado e quais critérios devem ser atendidos na ordenação 
das suas contas. Nesse sentido, iremos perceber algumas 
características comuns ao Ativo e ao Passivo.
Natureza das contas: Ativo
Você sabia que o Ativo possui natureza 
devedora, mesmo sendo a parte 
positiva do Patrimônio?
Para que possamos compreender de forma mais simples essa 
questão, vamos observar uma situação cotidiana usando como 
exemplo as transações bancárias. Observe que ao realizar um 
depósito em conta bancária, você passa a ter um crédito junto 
ao banco e ao realizar um saque ou uma compra, operações de 
débitos são registradas. 
Quando você confia seu dinheiro a um banco, a instituição 
financeira passa a ter uma obrigação para com você, ou seja, o 
banco passa a te “dever”. Por esse motivo, as contas de Ativo são 
consideradas de natureza devedora. Importante destacar que as 
aplicações podem ser de recursos ou de investimentos. 
Dessa forma, podemos afirmar que, o porquinho que você 
guarda suas moedinhas para fazer uma poupança, como mostra 
a imagem abaixo, tem uma dívida com você!
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CONTABILIDADE 
GERAL
Fonte: Zadorozhnyi Viktor, Shutterstock, 2017.
Ativo Circulante e Não Circulante
Podemos notar que as contas do Balanço Patrimonial estão 
dispostas de forma que o seu processo de análise seja facilitado. 
As contas são ordenadas de acordo com seu grau de liquidez, 
ou seja, primeiramente vem as contas mais líquidas, que podem 
ser convertidas em dinheiro mais rapidamente, até chegar nas 
contas menos líquidas, obedecendo uma ordem decrescente do 
grau de liquidez das contas. 
Em relação a sua classificação, o Ativo se divide em dois grupos, 
o Circulante, composto por contas de curto prazo e o Não 
Circulante, composto por contas de longo prazo. Em outras 
palavras, os bens e direitos registrados no Ativo Circulante 
serão revertidos em dinheiro em até 12 meses e, no Ativo Não 
Circulante, após 12 meses.
Vejamos como as contas estão organizadas no Ativo:
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CONTABILIDADE 
GERAL
ATIVO CIRCULANTE / CURTO PRAZO
ATIVO 
GERALMENTE: 
DISPONIBILIDADES - CAIXA,
BANCO, APLICAÇÕES FINANCEIRAS,
VALORES A RECEBER ATÉ 12 MESES,
ESTOQUES E DESPESAS ANTECIPADAS
ATIVO CONVERTIDO EM DINHEIRO 
APÓS 12 MESES GERALMENTE: CRÉDITOS E
VALORES, APLICAÇÕES FINANCEIRAS E 
DESPESAS ANTECIPADAS DE LONGO PRAZO,
INVESTIMENTOS, IMOBILIZADO, INTANGÍVEL 
COM CARÁTER PERMANENTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE / LONGO PRAZO
OBS: O Ativo Não Circulante representa a nova denominação da 
lei nº 11.638/07, que se refere ao realizável a longo prazo e ativo 
permanente da lei nº 6.404/76.
O Ativo é representado pelas 
aplicações de recursos, que podem ser 
originados de capital de terceiros ou 
capital próprio.
Diferenças entre Bens e Direitos 
Não, não é tudo a mesma coisa! 
Clique na figura para assistir ao vídeo
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CONTABILIDADE 
GERAL
Os Bens são tudo aquilo que pertence a 
entidade, podendo ser para uso, troca 
ou

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