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METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS > tanto polissacarídeos quanto dissacarídeos são hidrolisados nos monossacarídeos glicose (cerca de 80%), frutose e galactose durante a digestão dos carboidratos. > uma parte da frutose é convertida em glicose conforme ela é absorvida pelas células epiteliais > os hepatócitos (células do fígado) converte a maior parte da frutose restante e praticamente toda a galactose em glicose > o metabolismo dos carboidratos na verdade é o metabolismo da glicose - Destino da GLICOSE: > é a fonte preferida do corpo para a síntese de ATP, seu uso depende das necessidades das células do corpo, que incluem: PRODUÇÃO DE ATP Nas células do corpo que necessitam de energia imediata, a glicose é oxidada para a produção de ATP. A glicose que não é necessária para a produção imediata de ATP pode entrar em várias outras vias metabólicas SÍNTESE DE AMINOÁCIDOS As células do corpo podem utilizar a glicose para a formação de vários aminoácidos que, então, podem ser incorporados em proteínas SÍNTESE DE GLICOGÊNIO Os hepatócitos e as fibras musculares podem realizar glicogênese, em que centenas de monômeros de glicose são combinados para a formação do polissacarídeo glicogênio. A capacidade total de armazenamento de glicogênio é de cerca de 125 g no fígado e 375 g nos músculos esqueléticos SÍNTESE DE TRIGLICERÍDEOS Quando as áreas de armazenamento de glicogênio são preenchidas, os hepatócitos podem transformar a glicose em glicerol e ácidos graxos, que podem ser utilizados para a lipogênese, a síntese de triglicerídeos. Os triglicerídeos são então depositados no tecido adiposo, que possui capacidade de armazenamento virtualmente ilimitada. - Movimento da GLICOSE para as células: > antes que a glicose possa ser utilizada pelas células do corpo, ela deve primeiramente passar através da membrana plasmática e entrar no citosol. > a absorção de glicose no sistema digestório é realizada por transporte ativo secundário > a entrada da glicose na maior parte das outras células do corpo ocorre por molécula GluT (uma família de transportadores que permitem a entrada da glicose nas células por difusão facilitada) > Um alto nível de insulina aumenta a inserção de um tipo de GluT, chamado de GluT4, nas membranas plasmáticas da maior parte das células do corpo, aumentando assim a taxa de difusão facilitada da glicose para dentro das células. > em neurônios e em hepatócitos está presente outro tipo de GluT na membrana plasmática, de modo que a entrada da glicose está sempre “ligada”. Ao entrar na célula, a glicose se torna fosforilada. Como o GluT não consegue transportar a glicose fosforilada, essa reação “prende” a glicose dentro da célula. - Catabolismo da GLICOSE: > A oxidação da glicose para a produção de ATP também é conhecida como respiração celular e envolve quatro tipos de reações: GLICÓLISE Um conjunto de reações em que uma molécula de glicose é oxidada e são produzidas duas moléculas de ácido pirúvico. As reações também produzem duas moléculas de ATP e duas moléculas contendo energia NADH + H+ FORMAÇÃO DE ACETILCOENZIMA A É a fase de transição que prepara o ácido pirúvico para a entrada no ciclo de Krebs. Essa fase também produz a molécula contendo energia NADH + H+ e dióxido de carbono (CO2). REAÇÕES DO CICLO DE KREBS Essas reações oxidam a acetilcoenzima A e produzem CO2, ATP, NADH + H+ e FADH2. REAÇÕES DA CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Essas reações oxidam NADH + H+ e FADH2 e transferem seus elétrons através de uma série de carreadores de elétrons. Qual dos quatro processos mostrados aqui produz mais ATP? Como a glicólise não requer oxigênio, ela pode ocorrer tanto em condições aeróbicas (com oxigênio) quanto anaeróbicas (sem oxigênio). Ao contrário, as reações do ciclo de Krebs e da cadeia transportadora de elétrons requerem oxigênio e são chamadas coletivamente de respiração aeróbica. Desse modo, quando o oxigênio está presente todas as quatro fases ocorrem: a glicólise, a formação da acetilcoenzima A, o ciclo de Krebs e a cadeia transportadora de elétrons. Entretanto, se o oxigênio não estiver disponível ou se a sua concentração for baixa, o ácido pirúvico é convertido em um substrato chamado ácido láctico e os passos seguintes da respiração celular não ocorrem. Quando a glicólise ocorre em condições anaeróbicas, ela é chamada de glicólise anaeróbica. - GLICÓLISE: Durante a glicólise, reações químicas quebram uma molécula de glicose com seis carbonos em duas moléculas de ácido pirúvico com três carbonos cada. Embora a glicólise consuma duas moléculas de ATP, ela produz quatro moléculas de ATP, havendo um ganho efetivo de 2s moléculas de ATP para cada molécula de glicose oxidada. > A fosfofrutoquinase, a enzima que catalisa a etapa 3, é o principal regulador da taxa de glicólise. > A atividade desta enzima é alta quando a concentração de ADP é alta e nesse caso o ATP é produzido rapidamente. > Quando a atividade da fosfofrutoquinase é baixa, a maior parte da glicose não entra nas reações da glicólise e sofre conversão em glicogênio para armazenamento. > Na segunda metade da sequência (reações 6 a 10), as 2 moléculas de gliceraldeído 3-fosfato são convertidas em 2 moléculas de ácido pirúvico e o ATP é gerado. - Destino do ácido pirúvico: > o destino do ácido pirúvico produzido durante a glicólise depende da disponibilidade de oxigênio. >por exemplo, se o oxigênio for escasso (condições anaeróbicas) nas fibras musculares durante um exercício extenuante, o ácido pirúvico é, então, reduzido por uma via anaeróbica pela adição de dois átomos de hidrogênio, formando ácido láctico (lactato). > essa reação regenera o NAD+ que foi usado na oxidação do gliceraldeído 3-fosfato, e desse modo a glicólise pode continuar. > Conforme o ácido láctico é produzido, ele rapidamente se difunde para fora da célula e entra no sangue > os hepatócitos removem o ácido lático do sangue e o convertem novamente a ácido pirúvico > a formação do ácido láctico é um fator que contribui para a fadiga muscular Para cada molécula de glicose que passa pela glicólise, quantas moléculas de ATP são geradas? Quando o oxigênio é abundante (condições aeróbicas), a maior parte das células converte o ácido pirúvico em acetilcoenzima A. Essa molécula conecta a glicólise, que ocorre no citosol, com o ciclo de Krebs, que ocorre na matriz mitocondrial. O ácido pirúvico entra na matriz mitocondrial com a ajuda de uma proteína transportadora especial. Como não possuem mitocôndrias, as hemácias só conseguem produzir ATP por intermédio da glicólise. - Formação da acetilcoenzima A: > Cada etapa na oxidação da glicose requer uma enzima diferente e, frequentemente, também requer uma coenzima. > A coenzima utilizada nesse ponto da respiração celular é a coenzima A (CoA), que é derivada do ácido pantotênico, uma vitamina B > Durante a etapa de transição entre a glicólise e o ciclo de Krebs, o ácido pirúvico é preparado para entrar no ciclo > enzima piruvato desidrogenase, que está localizada exclusivamente na matriz mitocondrial, converte o ácido pirúvico em um fragmento de dois carbonos chamado de grupo acetil, removendo uma molécula de dióxido de carbono > A perda de uma molécula de CO2 é chamada de descarboxilação > Essa é a primeira reação da respiração celular que libera CO2. Durante essa reação, o ácido pirúvico também é oxidado. Cada ácido pirúvico perde dois átomos de hidrogênio na forma de um íon hidreto (H–) e um íon hidrogênio (H+) > A coenzima NAD+ é reduzida conforme ela capta o H– do ácido pirúvico; o H+ é liberado na matriz mitocondrial > a oxidação de uma molécula de glicose produz duas moléculas de ácido pirúvico, de modo que para cada molécula de glicose são perdidas duas moléculas de dióxido de carbono e são produzidos dois NADH + H+. O grupo acetil se liga à coenzima A, produzindo uma molécula chamada de acetilcoenzima A (acetil-CoA). - Ciclo de Krebs: >uma vez que o ácido pirúvico tenha sofrido descarboxilação e o grupo acetil restante esteja ligado á CoA, o composto resultante (Acetil-CoA) está pronto para entrar no ciclo de Krebs. > As reações ocorrem na matriz mitocondrial e consistem em uma série de reações de oxidação-redução e em reações de descarboxilação que liberam CO2 > No ciclo de Krebs, as reações de oxirredução transferem energia química, na forma de elétrons, para duas coenzimas – NAD+ e FAD > Os derivados do ácido pirúvico são oxidados e as coenzimas são reduzidas. Além disso, uma das etapas gera ATP Por que a enzima que catalisa a etapa é chamada de quinase? Cada vez que uma molécula de acetil-CoA entra no ciclo de Krebs, o ciclo passa por uma “volta” completa, começando com a produção de ácido cítrico e terminando com a produção de ácido oxalacético. Para cada volta do ciclo de Krebs são produzidos três NADH, três H+ e um FADH2 por reações de oxirredução e é gerada uma molécula de ATP por fosforilação no nível do substrato. Como cada molécula de glicose fornece duas moléculas de acetil-CoA, ocorrem duas voltas no ciclo de Krebs para cada molécula de glicose catabolizada. Isso resulta na produção de seis moléculas de NADH, seis H+ e duas moléculas de FADH2 por reações de oxirredução e duas moléculas de ATP por fosforilação no nível de substrato. A formação de NADH e de FADH2 é o resultado mais importante do ciclo de Krebs porque essas coenzimas reduzidas contêm a energia armazenada originalmente na glicose e, então, no ácido pirúvico. Mais tarde, elas gerarão muitas moléculas de ATP a partir da cadeia transportadora de elétrons. A liberação do CO2 ocorre conforme o ácido pirúvico é convertido em acetil-CoA e durante as duas reações de descarboxilação do ciclo de Krebs. Como cada molécula de glicose gera duas moléculas de ácido pirúvico, são liberadas seis moléculas de CO2 para cada molécula de glicose original catabolizada por essa via. As moléculas do CO2 se difundem para fora da mitocôndria, atravessam o citosol e a membrana plasmática e, então, entram na corrente sanguínea. O sangue transporta o CO2 até os pulmões, onde ele é eventualmente exalado. - Cadeia transportadora de elétrons(cadeia respiratória): > é uma série de carreadores de elétrons, que são proteínas integrais de membrana na membrana mitocondrial interna > Essa membrana é dobrada em cristas que aumentam sua área superficial, acomodando milhares de cópias da cadeia transportadora em cada mitocôndria > Cada carreador na cadeia é reduzido conforme ele recebe elétrons e é oxidado conforme ele doa elétrons. > Conforme os elétrons passam pela cadeia, uma série de reações exergônicas liberam pequenas quantidades de energia; essa energia é utilizada para a formação de ATP. > quimiosmose: a geração de ATP une reações qúimicas com o bombardeamento de íons hidrogênio RESUMO DA PRODUÇÃO DE ATP NA RESPIRAÇÃO CELULAR FONTE: ATP GERADO POR MOLÉCULA DE GLICOSE (PROCESSO) GLICÓLISE Oxidação de uma molécula de glicose em duas moléculas de ácido pirúvico 2 ATP (fosforilação ao nível do substrato). Produção de 2 NADH + H+ 3 ou 5 ATP (fosforilação oxidativa). FORMAÇÃO DE DUAS MOLÉCULAS DE ACETIL COENZIMA A 2 NADH + 2 H+ 5 ATP (fosforilação oxidativa). CICLO DE KREBS E CADEIA TRANSPORTADOR A DE ELÉTRONS Oxidação de succinil CoA em ácido succínico 2 GTP são convertidos em 2 ATP (fosforilação ao nível do substrato). Produção de 6 NADH + 6 H+ 15 ATP (fosforilação oxidativa). Produção de 2 FADH2 3 ATP (fosforilação oxidativa). Total 30 ou 32 ATP por molécula de glicose. - Anabolismo da GLICOSE: Armazenamento de glicose/ GLICOGÊNESE: > processo de síntese de glicogênio no fígado e músculos, no qual moléculas de glicose são adicionada à cadeia do glicogênio > esse processo é ativado pela insulina em resposta aos altos níveis de glicose sanguínea > Durante a glicogênese, a glicose é primeiro fosforilada em glicose 6-fosfato pela hexoquinase. A glicose 6-fosfato é convertida em glicose 1-fosfato e, então, em glicose uridina difosfato e, finalmente, em glicogênio. Liberação de glicose/GLICOGENÓLISE: > é a degradação de glicogênio realizada através da retirada sucessiva de moléculas de glicose > quando as atividades corporais requerem ATP, o glicogênio armazenado nos hepatócitos é convertido em glicose e liberado para a corrente sanguínea para ser transportada para as células, onde ela será catabolizada pelos processos de respiração celular > Nas células musculares esqueléticas, o glicogênio é clivado em glicose 1-fosfato que é então catabolizado para a produção de ATP pela glicólise e pelo ciclo de Krebs. Entretanto, o ácido láctico produzido pela glicólise nas células musculares pode ser convertido em glicose pelo fígado. Assim, o glicogênio muscular pode ser uma fonte indireta de glicose sanguínea. - Formação de glicose a partir de proteínas e gorduras/ GLICONEOGÊNESE: > O glicerol dos triglicerídeos, o ácido láctico e alguns aminoácidos podem ser convertidos em glicose no fígado. O processo pelo qual a glicose é formada a partir dessas fontes que não são carboidratos > a glicose não é formada a partir do glicogênio, ela é recém-formada. A gliconeogênese é estimulada pelo cortisol, o principal hormônio glicocorticoide do córtex da glândula suprarrenal, e pelo glucagon formado pelo pâncreas. Além disso, o cortisol estimula a quebra de proteínas em aminoácidos, aumentando a disponibilidade deles para a gliconeogênese. Os hormônios tireoidianos (tiroxina e tri-iodotironina) também mobilizam proteínas e podem mobilizar triglicerídios do tecido adiposo, tornando o glicerol disponível para a gliconeogênese.
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