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AULAS 1_2_3_4_5_6 METODOLOGIA DO ENSINO DOS ESPORTES COLETIVOS

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Metodologia do Ensino dos Esportes Coletivos
Aula 01: Aspectos culturais e evolutivos dos esportes coletivos
Apresentação
Estudaremos os aspectos evolutivos dos Jogos Esportivos Coletivos, compreendidos como parte da cultura de um povo.
A partir da discussão da interação do esporte com a sociedade, aprenderemos que ele deve ser visto como um fenômeno
sociocultural em todos os âmbitos.
Veremos ainda que o esporte encontra, na contemporaneidade, um momento de valorização. Ele se manifesta em
diversos cenários e envolve diferentes personagens, os quais lhe designam variados signi�cados.
Objetivos
Identi�car os principais pontos associados à evolução dos Jogos Esportivos Coletivos;
Discutir a interação do esporte com a sociedade;
Reconhecer os Jogos Esportivos Coletivos como um meio de desenvolvimento biopsicossocial.
Aspectos evolutivos dos jogos esportivos coletivos
Os Jogos Esportivos Coletivos descendem de manifestações realizadas por povos primitivos, comprovadas por registros
arqueológicos de civilizações centro-americanas, gregas, orientais e indígenas da América do Sul. Registros no Oriente e nas
Américas citam alguns jogos como precursores do futebol e do basquetebol. Na Grécia antiga, alguns fragmentos
arqueológicos mostram a existência de jogos com bola (�guras 1 e 2).
Figura 3 – Partida de Calcio Fiorentino, ou Calcio Storico, em 2008 | Fonte: WIKIPÉDIA,
2008.
Em 1555 o sacerdote Antonio Scaino publicou o Tratado do
jogo da bola, surgindo o Calcio Fiorentino, também
chamado de Calcio Storico. Este, para muitos, foi o
precursor do futebol moderno. O jogo era composto por
duas equipes com 27 jogadores de cada lado e tinha como
objetivo lançar a bola pelo alto e atingir o extremo oposto da
praça, sendo permitido correr, saltar e agarrar. Havia uma
estrutura tática e talvez ele tenha sido o primeiro jogo no
qual os jogadores tinham funções de�nidas (�gura 3).
 Fonte: Shutterstock por Alex Kravtsov
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Os Jogos Esportivos Coletivos têm se manifestado com destaque no cenário esportivo nacional desde o �nal do século XIX,
com o futebol; e, no decorrer do século XX, com outras modalidades, como o basquete, o futsal, o handebol e o voleibol.
Os esportes coletivos representam uma forma de atividade social organizada, uma forma especí�ca de manifestação e de
prática, com caráter lúdico e processual, na qual os jogadores são reunidos em duas equipes adversárias determinadas pela
obtenção da vitória desportiva.
A concepção de jogo permite estruturar exigências e demandas a �m de estabelecer estratégias para a prática e os
relacionamentos intra e intergrupos. Enquanto nos esportes coletivos �ca clara essa necessidade de interação entre os
membros da equipe e seus adversários, nas modalidades individuais, essa perspectiva não é comumente observada.
Comentário
Nos esportes individuais, o que se percebe é que algumas modalidades apresentam interação com o adversário enquanto
outras não. Contudo, tanto modalidades coletivas quanto individuais dependem do esforço dos praticantes para a obtenção do
êxito, mesmo que nas individuais os atletas dependam exclusivamente de si para isso, e sua atuação requer a elaboração de
ações estimuladas e exigidas pela considerável imprevisibilidade inerente ao jogo esportivo coletivo.
Esses conjuntos de ações se dirigem às mais diversas competências e habilidades do indivíduo:
1
Fundamentos e gestos técnicos
2
Sistemas e esquemas de jogo
3
Condicionantes físico-motores
4
Interpretação da lógica do jogo
Os Jogos Esportivos Coletivos se desenvolvem de forma complexa, envolvendo a relação de oposição entre as equipes e a
cooperação entre os jogadores da mesma equipe.
O processo de ensino deve contemplar características de imprevisibilidade, estimulando uma leitura rápida e e�caz para as
constantes tomadas de decisão. Nesse sentido, não se recomenda a execução da técnica simplesmente pela técnica, ela deve
ser desenvolvida e norteada pela estratégia: Do simples para o complexo, do fácil para o difícil, do conhecido para o
desconhecido.
Exemplo
1. Realize atividades sem oposição; 
2. Aumente as exigências técnicas e cognitivas; 
3. Incorpore gradativamente tomadas de decisão; 
4. Trabalhe atividades com múltiplas inteligências (para isso, veja a �gura 4).
 Figura 4 – Múltiplas inteligências de acordo com Howard Gardner | Fonte: WIKIPÉDIA, 2020.
Esporte e sociedade
javascript:void(0);
 Fonte: Shuttershock por FamVeld
O esporte deve ser compreendido como um fenômeno sociocultural e encontra na contemporaneidade um momento de
valorização, manifestando-se em diversos cenários (p. ex. clubes, escolas e projetos sociais), envolvendo diferentes
personagens (p. ex. crianças, jovens e adultos), que lhe designam variados signi�cados (p. ex. melhoria da aptidão física,
melhoria da qualidade de vida, mais socialização e aprimoramento desportivo).
Ao se estruturar uma proposta pedagógica para ensinar esporte, são necessários alguns questionamentos:
1
Qual é a modalidade a ser ensinada?
2
Em que cenário?
3
Quais os personagens dessa prática?
4
Quais os seus signi�cados?
Somente a partir das respostas a essas perguntas é que será possível dar um tratamento pedagógico ao esporte.
Partindo da constatação de que o esporte se manifesta em diferentes contextos, observa-se que ele apresenta inúmeras
modalidades, em uma pluralidade de cenários nos quais ainda mais personagens interagem e dão a ele uma in�nidade de
signi�cados. Temos, assim, a dimensão do esporte como fenômeno sociocultural, como:
Aulas de Futsal Para crianças entre 6 e 15 anos, em um clube social de determinada região de classe alta.
Aulas de
Basquetebol
No contraturno escolar para alunos entre 12 e 17 anos, em uma escola de classe média.
Aulas de Voleibol Para meninas entre 8 e 15 anos em uma comunidade com elevados índices de violência doméstica.
Aulas de
Handebol
Para a seleção de jovens de ambos os sexos, entre 12 e 15 anos, para comporem equipes que representarão a
cidade nos jogos abertos.
Quando o pro�ssional de Educação Física se propõe a ensinar um
esporte, normalmente se trata de ensinar a praticar os diferentes
esportes, ou seja, ensinar aos alunos os gestos técnicos e as táticas
das diferentes modalidades. Isso está certo, mas é muito pouco.
A Educação Física deve levar o aluno a conhecer o esporte, e isso não é apenas saber praticar uma ou mais modalidades
esportivas. Isso signi�ca compreender o contexto sociocultural em que os alunos estão inseridos; o que aquela modalidade
esportiva representa no imaginário coletivo dos indivíduos daquele local; e como o esporte pode ser um meio de obtenção de
êxito na vida, independentemente da pro�ssão que se almeje.
Saiba mais
Conheça alguns pontos inerentes ao esporte, fundamentais para a re�exão do pro�ssional de Educação Física:
Na sociedade, o esporte é um fenômeno do senso comum e as pessoas, nos círculos de conversa familiar ou não, reproduzem
o esporte e o discurso existente na imprensa. Esse é seguramente um fenômeno muito presente nos meios de comunicação
de massa que mobilizam milhões de pessoas em todo o mundo (�guras 5 e 6).
 Figura 5 – O esporte na mídia televisiva | Fonte: ESPN, 2020
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 Figura 6 – O esporte na mídia televisiva | Fonte: (FOX SPORTS, 2020).
 Esporte e inclusão social
 Clique no botão acima.
O impacto do esporte em nossa sociedade é algo incontestável, sendo impossível imaginar como seria o mundo, hoje,
sem a presença dele. O reconhecimento do esporte como canal de inclusão social é revelado pelo crescente número
de projetos esportivos destinados aos jovens das classes populares, �nanciados por instituições governamentais e
privadas. Por exemplo, somente na cidade do Rio de Janeiro, a prefeitura mantém em funcionamento 26 vilas
olímpicas atendendo mais de 30 mil pessoas entre crianças, jovens, adultos e idosos.
A Lei de Incentivo ao Esporte (Lei n. 11.438/2006) representou um grande avanço, poisas pessoas jurídicas podem
patrocinar ou doar até 1% do imposto de renda devido e as pessoas físicas, até 6% do imposto de renda devido, para a
realização de projetos desportivos e paradesportivos, que deverão atender a pelo menos uma das manifestações a
seguir:
Desporto educacional;
Desporto de participação;
Desporto de rendimento.
O esporte aparece como a atividade alternativa dominante à rua. Acredita-se que as crianças e os jovens gostam do
esporte e que, portanto, participarão dos projetos. Em crianças e adolescentes, um maior nível de atividade física
contribui para a melhora do per�l lipídico e metabólico e para a redução da prevalência de obesidade.
Acredita-se que uma criança �sicamente ativa se torne um adulto também ativo, contribuindo, do ponto de vista de
saúde pública e medicina preventiva. Nessa perspectiva, acredita-se ainda que, promover a prática regular de atividade
física na infância e na adolescência pode signi�car o estabelecimento de uma base sólida para a redução da
prevalência do sedentarismo na idade adulta, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.
Em alguns locais, os alunos são vistos como carentes de características e valores (afetivos, culturais, sociais e
econômicos). As di�culdades de aprendizagem são habitualmente atribuídas às condições de vida das famílias e das
comunidades dos alunos provenientes das camadas populares e, quase invariavelmente, a mudança dessas
condições se tornou um requisito para a aprendizagem.
Uma revisão sistemática realizada em 2015 sobre o tema Ambiente familiar e o desempenho escolar, após o crivo dos
critérios de elegibilidade e de exclusão, selecionou 70 artigos de 20 países, sendo quatro deles brasileiros. Na maioria
dos estudos, o desempenho escolar foi atrelado às notas obtidas pelos alunos em testes de leitura, matemática e
ciências. Contudo, tal dado representa uma foto especí�ca do momento em que foi coletado, não permitindo uma
análise contínua e ampla do processo, além de possivelmente não corresponder à realidade dos alunos.
Um ponto fundamental encontrado foi que a participação em atividades físicas está positivamente relacionada ao
desempenho acadêmico em crianças e indica que as atividades esportivas podem melhorar o comportamento delas
na sala de aula, aumentando as chances de melhor concentração acadêmica e maior absorção dos conteúdos das
lições escolares.
Outro estudo, de 2017, demonstrou que participantes de escolas esportivas alcançaram melhor desempenho
acadêmico, atestando que a prática esportiva pode ocasionar efeitos bené�cos no desempenho cognitivo (�gura 7).
A aprendizagem e/ou o interesse pelos estudos depende também dos contextos sociais, familiares e culturais nos
quais os alunos estão inseridos. Percebe-se que os estudos corroboram a discussão ao indicarem que inúmeros
fatores (sociais, políticos, econômicos e culturais) in�uem no sucesso ou no fracasso escolar dos alunos, inclusive o
tipo de participação requerido para a família. Os dados indicam que o envolvimento no esporte é uma ferramenta que
contribui para o bom desempenho acadêmico dos estudantes.
 Figura 7 – O esporte como meio para o desenvolvimento de crianças e jovens | Fonte: Shutterstock por Arak Rattanawijittakorn
Característica dos jogos esportivos coletivos
BOLA
A bola constitui um meio de integração com o outro (�gura 8).
META
Meta: uma a atacar e uma a defender; e, para ganhar, uma equipe deve marcar mais pontos que a adversária
REGRAS
Regras determinam, por exemplo, a maneira de jogar a bola, com qual parte do corpo, a conduta dos jogadores e dos
adversários, as dimensões do campo, o número de jogadores por equipe, a duração da partida e as sanções a serem
aplicadas.
 Figura 8 – O futsal e suas regras como meio de integração de crianças | Fonte: Shutterstock por matimix
A principal característica dos Jogos Esportivos Coletivos é a oposição entre as equipes que se dispõem pelo campo de jogo,
alternando-se em situações de ataque e defesa. Além disso, todos os Jogos Esportivos Coletivos utilizam:
Além disso, é possível identi�car três grupos de Jogos Esportivos Coletivos:
Figura 9 – O voleibol e a participação alternada das equipes | Fonte: Shutterstock por
Ververidis Vasilis
1. As movimentações ocorrem em um espaço separado e
com a participação sobre a bola de forma alternada. Uma
rede divide o campo de jogo, situando-se cada equipe em
um lado e com uma intervenção sobre a bola, em que
primeiro atua uma equipe e a outra deve esperar a resposta
antes de intervir. Exemplo: Vôlei (�gura 9);
2. As equipes utilizam um espaço comum, e a forma de
ação sobre a bola é alternada, não podendo uma equipe
intervir sobre a bola até o �m da ação da outra equipe.
Exemplo: Squash em duplas;
3. As equipes desenvolvem as ações em um espaço comum
e com participação simultânea sobre a bola, não
necessitando esperar o �m da ação do adversário. Exemplo:
Futebol, futsal, basquete e handebol.
As situações de ataque e de defesa são determinadas pela posse da bola. As ações e comportamentos dos jogadores se dão
em função da situação de cada um no jogo. Destacamos o voleibol, que apresenta algumas diferenças em relação ao futsal, ao
basquete e ao handebol:
1
Presença de uma rede
2
Impossibilidade de penetrar no campo do adversário
3
Eliminação de qualquer contato físico
No rol de possibilidades de oposição e cooperação, surge uma característica fundamental dos Jogos Esportivos Coletivos:
Coordenar as ações de ataque e de defesa com a �nalidade de recuperar, de conservar e de progredir com a bola, visando ao
objetivo �nal do jogo, que é marcar pontos.
Percebe-se que os jogadores dessas modalidades precisam
enfrentar não só as características estruturais (bola, campo
de jogo e regras) mas também as características funcionais
(complexidade das ações). Para que um jogador lide com
todas essas variáveis, é necessário que ele interaja com
todos os membros da equipe, visto que essas modalidades
estão associadas às mudanças constantes de panorama,
sobre as quais é difícil exercer controle.
Figura 10 – Técnico orientando o atleta | Fonte: Shutterstock por Rawpixel.com
A interação para lidar com as mudanças no panorama do jogo deve fazer parte constante do treinamento, pois só é possível
executar no jogo o que foi treinado. Às vezes, ao assistirmos a uma partida na televisão, vemos um técnico com uma
prancheta na mão mostrando algumas movimentações. Na verdade, a partir de uma estratégia de jogo, ele por vezes tem a
necessidade de realizar alguns ajustes na tática.
Atenção
É importante distinguir tática de estratégia, pois frequentemente os termos são apresentados como sinônimos. A tática
consiste na adaptação momentânea das estratégias às con�gurações do jogo; já por estratégia, entende-se aquilo que está
previsto antecipadamente (�gura 10).
Exemplo
Como exemplos de atuações estratégicas, pode-se destacar:
Trocar os jogadores durante a partida em função do resultado ou do confronto entre jogadores;
Trocar jogadores de posição e/ou função durante a partida;
Estudar o jogo da equipe adversária;
Planejar o descanso de cada jogador.
São exemplos de atuações táticas:
Passar a bola para um companheiro desmarcado;
Simular uma ação e trocá-la repentinamente;
Desmarcar-se para poder receber um passe;
Fintar um marcador
Bloquear o deslocamento de um oponente;
Atrair um defensor para facilitar a penetração de um companheiro.
Um bom resultado tático depende do desenvolvimento de capacidades cognitivas dos atletas relacionadas com como as
informações são percebidas por eles, para assim decidir qual ação executar. A tomada de decisão é in�uenciada pela
concentração, pelo autocontrole frente ao estresse e pela responsabilidade pela atividade.
Considerados esses pontos, o jogador deverá transformar essa decisão em ação. Não são raras as vezes em que um atleta
toma a decisão correta mas não executa a ação de forma e�caz. Isso demonstra a importância da técnica . Assim, a
táticaé dependente da técnica e dos aspectos físicos.
 Fonte: Shutterstock por Rawpixel.com
A iniciação esportiva e a especialização precoce
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0425/aula1.html
 Fonte: Shutterstock por matimix
Figura 11 – O professor deve ter compreensão da sua importância na formação |
Fonte: Shutterstock por wavebreakmedia
Nem sempre os agentes envolvidos na iniciação desportiva
têm conhecimento dos problemas das intervenções
formativas e pedagógicas descontextualizadas. O
tratamento da criança como um adulto em miniatura, a
busca pela excelência desportiva a qualquer custo e o foco
no resultado competitivo vêm excluindo do processo de
participação esportiva crianças ainda não preparadas para o
contexto da iniciação esportiva com foco na busca do
resultado competitivo (�gura 11).
Essa perspectiva ocasiona o crescimento da especialização esportiva precoce, em que as crianças são estimuladas a
participarem prematuramente de competições que costumam ser realizadas nos moldes das quais participam os adultos. Esse
assunto é muito discutido pelos estudos que sinalizam novas tendências em Pedagogia do Esporte, pois, ainda hoje, muitos
pro�ssionais concordam com a ideia de que, quanto mais cedo a criança se especializar e se destacar em alguma modalidade
esportiva, maiores serão as chances de sucesso dela como futuro atleta da modalidade escolhida.
 Especialização é um problema?
 Clique no botão acima.
As possíveis consequências de se especializar a criança precocemente estão diretamente ligadas ao fato de se adotar,
por longo período, uma metodologia incompatível com as características, os interesses e as necessidades infantis.
Logo, os possíveis efeitos podem não se manifestar diretamente, mas no decorrer de temporadas. Os maiores
problemas que um treinamento especializado precoce provoca sobre a vida da criança, e especialmente sobre o futuro
dela, após encerrar a carreira esportiva, podem ser:
Formação escolar de�ciente, devido à grande exigência em acompanhar com êxito a carreira esportiva;
Unilateralização de um desenvolvimento que deveria ser plural;
Redução da participação em atividades, brincadeiras e jogos do mundo infantil, indispensáveis para o
desenvolvimento da personalidade na infância;
Estresse de competição, que se caracteriza por um sentimento de medo e insegurança, causado principalmente
por con�itos oriundos de uma prática excessivamente competitiva. A criança, nesse caso, tem medo de errar,
sente-se insegura e com a autoestima ameaçada;
Saturação esportiva, que se manifesta quando a criança apresenta sinais de desânimo e desinteresse em
continuar a prática do esporte. Ela se sente assim porque o praticou em excesso e quer abandoná-lo;
Lesões que advêm, principalmente, pela prática inadequada e em excesso para a faixa etária.
O esporte na infância é um fenômeno muito complexo, que não pode ser reduzido a um pensamento simplista, como
as tradicionais seleção esportiva e eleição de um modelo ideal de atleta. A iniciação da criança nas atividades
esportivas deve ser observada com muito critério e muito cuidado, para que não se valorizem apenas os resultados
atléticos, desconsiderando os fatores educacionais advindos da prática esportiva.
A primazia da iniciação esportiva não está nas habilidades especí�cas, mas na amplitude de possibilidades de
estímulos para o desenvolvimento e o crescimento físico e �siológico, e o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo-
social.
Atividades
1. Marque a opção INCORRETA.
a) A iniciação da criança nas atividades esportivas deve ser observada com muito critério e muito cuidado, para que não se valorizem
apenas os resultados atléticos, desconsiderando os fatores educacionais advindos da prática esportiva.
b) A primazia da iniciação esportiva não está nas habilidades específicas mas na amplitude das possibilidades de estímulos para o
desenvolvimento e o crescimento físico e fisiológico, e o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo-social.
c) O tratamento da criança como um adulto em miniatura; a busca pela excelência desportiva a qualquer custo; e o foco no resultado
competitivo vêm excluindo do processo de participação esportiva crianças ainda não preparadas para o contexto da iniciação esportiva
com foco na busca do resultado competitivo.
d) Um bom resultado tático depende exclusivamente do desenvolvimento de capacidades cognitivas dos atletas que estão relacionadas
com como as informações são percebidas por eles, para assim decidir qual ação executar.
e) A técnica pode ser entendida como a execução do movimento específico de cada modalidade, de maneira funcional e
biomecanicamente mais favorável.
2. Marque a opção que corresponde a uma atuação tática.
a) Trocar os jogadores durante a partida, em função do resultado ou confronto entre jogadores.
b) Trocar de posição e/ou função jogadores durante a partida.
c) Estudar o jogo da equipe adversária.
d) Planejar o descanso de cada jogador.
e) Atrair um defensor para facilitar a penetração de um companheiro.
Notas
Técnica
Pode ser entendida como a execução do movimento especí�co de cada modalidade, de maneira funcional e
biomecanicamente mais favorável.
Referências
GALATTI, L. R.; PAES, R. R; DARIDO, S. C. Pedagogia do esporte: livro didático aplicado aos jogos esportivos coletivos. Motriz:
Journal of Physical Education, v. 16, n. 3, p. 751-761, 2010. Disponível em:
http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/motriz/article/view/1980-6574.2010v16n3p751. Acesso em: 28 jun.
2020.
PAES, R. R.; HERMES, F. B. Pedagogia do esporte: contextos e perspectivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
RAMOS, A. M.; NEVES, R. L. de R. A iniciação esportiva e a especialização precoce à luz da teoria da complexidade: notas
introdutórias.  Pensar a Prática, v. 11, n. 1, 2008. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/1786/3613. Acesso
em: 28 jun. 2020.
ROSE JUNIOR, D. de. Modalidades esportivas coletivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
ROSE JUNIOR, D. de. Esporte e atividade física na infância e na adolescência. Porto Alegre: Artmed, 2009.
Próxima aula
O professor como um profundo conhecedor da modalidade esportiva com a qual pretende trabalhar;
O componente pessoal fundamental do professor no processo de trabalho esportivo com jovens.
Explore mais
Leia os textos:
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A iniciação esportiva e a especialização precoce à luz da teoria da complexidade: notas introdutórias; 
Pedagogia do esporte: livro didático aplicado aos jogos esportivos coletivos.
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Metodologia do Ensino dos Esportes Coletivos
Aula 02: Pedagogia dos esportes
Apresentação
Estudaremos as competências que um professor deve ter para ensinar um esporte. Veremos que não basta a ele ser um
profundo conhecedor da modalidade esportiva com a qual está trabalhando. Mais que isso, há um componente pessoal
fundamental nesse processo.
O repertório do professor de Educação Física deve ser composto pela preocupação sincera com os jovens que treina. Para
isso, ele deve gostar de crianças, de dividir com elas não apenas o que sabe sobre esportes mas também o amor por eles,
além da paciência e da compreensão fundamentais ao envolvimento e ao crescimento do aluno na atividade esportiva.
Por �m, veremos que professores bem-sucedidos preocupam-se com a saúde e o bem-estar dos alunos jogadores. Para
compreendermos como isso pode ser colocado em prática, trataremos da comunicação e da interação com o outro no
jogo e fora dele, seja por meio de mensagens verbais ou não verbais.
Objetivos
Apontar as competências necessárias ao bom professor;
Discutir as questões sobre as relações interpessoais;
Construir as bases para uma comunicação e�caz.
As competências para ensinar um esporte
 Fonte: Shuttershock por Sergey Ryzhov
É imprescindível que o professor conheça as regras, as táticas e as técnicas do esporte. Esses são elementos básicosque
devem ser associados aos meios apropriados de treinamento e segurança, de modo que os jogadores possam treinar com
e�ciência e desempenho associado ao baixo risco de lesões.
Lesões podem ocorrer e, inevitavelmente, você será a primeira pessoa a responder pelas lesões dos jogadores com os quais
trabalha. Portanto, esteja certo de que você aplicou todos os cuidados.
As metas devem estar estabelecidas para que se trabalhe
e�cientemente. Lembre-se de que, antes de tudo, até
mesmo da vitória, você deve buscar a diversão e o
crescimento pessoal em suas ações. O desa�o e o prazer
do esporte são experimentados pelo esforço para vencer e
não pela vitória em si. Nenhum esforço na luta pela vitória
deve ser feito à custa do bem-estar dos atletas, da diversão
e do desenvolvimento (�gura 1).
Figura 1 – O bem-estar das pessoas deve estar acima do rendimento esportivo |
Fonte: Shutterstock por Jacob Lund
Atenção
Outra ferramenta vital que se deve ter no repertório é a preocupação sincera com os jovens que treinamos. Isso envolve gostar
de trabalhar com crianças, desejar dividir com elas o conhecimento que se tem sobre o esporte e o amor que se nutre por ele,
além da paciência e da compreensão que permitem a cada jogador crescer por meio do envolvimento na atividade esportiva.
Figura 2 – O esporte precisa ser ensinado como um meio e não como um fim | Fonte:
Shutterstock por Rawpixel.com
Professores de sucesso têm uma real preocupação com a
saúde e o bem-estar dos jogadores que treina. Eles cuidam
para que cada criança do time tenha uma experiência
agradável e bem-sucedida. Reconhecem que há
similaridades entre as experiências dos jovens no esporte e
outras atividades nas vidas deles e os encorajam a se
esforçarem para aprender com essas experiências, a �m de
tornarem-se indivíduos bem resolvidos (�gura 2).
Há muitos caminhos para um professor demonstrar a afeição e a paciência:
 Fonte: Shutterstock
As crianças e os jovens aprendem ouvindo o que os adultos dizem, mas eles aprendem ainda mais observando o
comportamento das pessoas importantes, e você, como professor, provavelmente será observado.
Então resta a pergunta: Será que você é um bom exemplo?
Ter bom caráter signi�ca adotar comportamentos
apropriados no esporte e na vida, e isso quer dizer muito
mais do que falar as coisas certas. Dessa forma, o que você
diz e o que você faz devem ser a mesma coisa. Não há lugar
para a �loso�a do faça o que eu digo, mas não faça o que
eu faço. Desa�e, encoraje, apoie e recompense. Esteja no
controle sempre e não tenha medo de admitir que errou,
ninguém é perfeito (�gura 3).
Figura 3 – Seja um exemplo para os atletas | Fonte: Shutterstock Monkey Business
Images
Sempre re�ita sobre as próprias atitudes a respeito da ética, evite fazer comentários estereotipados sobre os outros e deixe as
palavras e as ações mostrarem aos alunos que cada indivíduo é importante. Essa postura ensinará uma valiosa lição sobre
respeitar e aceitar as diferenças individuais. Considere os seguintes passos para ser um bom modelo:
1
Re�ita sobre seus pontos fortes e fracos
2
Trabalhe os pontos fortes
3
Trace objetivos para melhorar coisas que
não gostaria de ver imitadas
4
Se você falhou, peça desculpas e busque se
sair melhor na próxima oportunidade
Dica
O humor é uma ferramenta esquecida muitas vezes. Ter bom humor signi�ca ter a capacidade de rir de si mesmo e com os
jogadores durante os jogos e os treinos. Nada ajuda mais a equilibrar o tom sério de uma aula que uma ou mais risadas,
portanto, não se aborreça com cada erro que os alunos cometerão nem responda negativamente aos jogadores que tiverem
errado. Permita a eles, e a si próprio, aproveitar os bons momentos, em vez de pensar nos maus.
Veja algumas dicas para acrescentar bom humor aos seus treinos:
Torne os treinos divertidos incluindo várias atividades;
Mantenha todos os jogadores envolvidos nos exercícios;
Considere o riso dos jogadores um sinal de apreciação, não um ato de indisciplina.
A importância da comunicação e do feedback
 Fonte: Shuttershock por Monkey Business Images
Os professores costumam acreditar que comunicar-se envolve somente instruir os jogadores a fazer algo, mas os comandos
verbais são uma pequena parte do processo de comunicação. Mais da metade do que é comunicado é não verbal, por isso,
lembre-se de que ações falam mais alto do que palavras.
A comunicação, na forma mais simples, envolve duas pessoas: Transmissor e Receptor. O transmissor envia a mensagem
verbalmente, pela expressão facial e pela linguagem corporal. Depois que mensagem é enviada, o receptor deve assimilá-la
e�cientemente. Um receptor que falhar ao prestar atenção ou ouvir perderá partes, se não o todo da mensagem.
Crianças e jovens têm pouco entendimento das regras e das técnicas e, provavelmente, até menos con�ança para jogar,
portanto, necessitam de precisão, compreensão e mensagens de apoio para ajudá-los. Esse é o motivo das mensagens verbais
e das não verbais serem tão importantes.
Figura 4 – A importância da mensagem verbal | Fonte: Shutterstock por Monkey
Business Images
Mensagens verbais
Se você está corrigindo um comportamento inadequado,
ensinando como jogar a bola ou recompensando um aluno
por uma boa tentativa, há uma série de coisas que deve
considerar ao enviar uma mensagem verbalmente, isso
inclui:
Seja positivo e sincero: Nada desanima mais as
pessoas do que ouvir alguém reclamar o tempo todo.
Encoraje e identi�que o que os jogadores �zeram bem;
Fale de maneira clara e objetiva: Mensagens positivas
e honestas são boas mas somente se expressas
diretamente em palavras que os jogadores entendam;
Diga em alto e bom tom e repita: Fale com os alunos
em um tom de voz que todos os membros possam
ouvir e interpretar;
Seja coerente: Não diga uma coisa hoje e desminta
depois, os alunos �carão confusos.
Exemplo
Você é professora de basquetebol de um grupo de meninas entre 15 e 16 anos. Em um treinamento com alta demanda tática,
você percebe que algumas jogadoras não estão realizando corretamente as orientações. Caso avalie que é imprescindível a
correção, interrompa a atividade e, de forma clara, direta e respeitosa, revise os principais pontos abordados procurando sanar
as principais dúvidas diagnosticadas.
Figura 5 – A comunicação não verbal é parte importante do processo | Fonte:
Shutterstock
Mensagens não-verbais
Da mesma forma que você precisa ser coerente no tom de
voz e nas palavras que usa, deve manter as mensagens
verbais e não verbais coerentes. Um exemplo extremo de
falha ao fazer isso é balançar a cabeça indicando
desaprovação e ao mesmo tempo dizer ao jogador Boa
tentativa!. Mensagens podem ser enviadas não verbalmente
de várias formas, expressões faciais e linguagem
corporal são apenas duas das mais óbvias formas de
sinais não verbais que podem ajudá-lo quando estiver
treinando.
O contato físico também pode ser um uso muito
importante da linguagem corporal. Um aperto de mão, um
afago na cabeça e um abraço são maneiras efetivas de
mostrar aprovação, interesse, afeição e contentamento aos
jogadores.
Exemplo
Você é técnico de basquetebol de um grupo de jovens entre 16 e 18 anos. Em um determinado momento da partida, seu
armador realiza um arremesso forçado, fora das suas recomendações. Nesse momento, você se lembra de que este foi um
fato isolado e o jogador em questão sempre foi muito disciplinado taticamente. Então, a �m de encorajá-lo e manter a equipe
no foco, você levanta os braços e faz o gesto para manterem a calma, sinalizando que ele deve trabalhar mais a bola em busca
de uma melhor oportunidade.
Figura 6 – O técnico precisa ouvir o atleta | Fonte: Shutterstock por ALPA PROD
Recepção das mensagens
Analisaremos a outra metade do processo de comunicação:
A recepção das mensagens. Ser um bom transmissor não
garante ser um bom receptor, é essencial que você seja
capaz de cumprir os dois papéis efetivamente.
As exigências para receber mensagenssão mais simples,
mas as habilidades receptoras talvez sejam menos
satisfatórias e, portanto, pouco desenvolvidas se
comparadas com as habilidades transmissoras. As pessoas
parecem naturalmente apreciar mais ouvir a si próprias do
que aos outros.
Primeiro, você deve ter atenção, deve querer ouvir o que os
outros têm para lhe comunicar. Nem sempre é fácil quando
se está ocupado treinando e há muitas coisas competindo
pela sua atenção, mas, em reuniões individuais ou coletivas
com os jogadores, você deve se concentrar no que eles
estão dizendo, verbal e não verbalmente.
Comentário
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0425/aula2.html
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0425/aula2.html
Não só a atenção concentrada o ajudará a captar cada palavra que os jogadores disserem, como você também perceberá os
humores e os estados físicos deles, alcançando uma ideia dos sentimentos deles em relação a você e aos companheiros do
time.
O modo como recebemos as mensagens dos outros, talvez mais do que qualquer coisa que fazemos, demonstra o quanto nos
importamos com o transmissor e com o que a pessoa tem para nos dizer. Se você pouco se importa com os jogadores ou tem
pouco respeito pelo que eles têm a dizer, isso �cará visível na maneira como presta atenção e como os escuta.
Como reunir as funções de transmissor e receptor? Todos sabemos que transmissores e receptores mudam de papéis muitas
vezes durante uma interação. Uma pessoa inicia a comunicação transmitindo uma mensagem para outra pessoa, que então a
recebe. Depois o receptor troca de papel e torna-se transmissor, respondendo à pessoa que transmitiu a mensagem inicial.
Os jogadores lhe pedirão feedback o tempo todo, para saber o que você acha sobre como eles estão se saindo e, obviamente,
você pode responder de muitas maneiras diferentes:
Mantenha as informações concisas ao dar instruções.
Use demonstrações para fornecer feedback.
Direcione os jogadores por meio da técnica ou use uma demonstração em câmera lenta, se eles estiverem tendo problemas
de aprendizagem.
Use apenas o mínimo de críticas negativas, mantenha a calma e sempre dê um feedback positivo ao corrigir um erro.
Exemplo
Você é técnico de futsal de um grupo de meninos de 14 e 15 anos. Durante um treinamento, os erros continuam acontecendo
mesmo após algumas intervenções. Então, você interrompe o treino e, no seu celular, abre um vídeo com a movimentação
tática pretendida. Com isso, você espera que, além do recurso verbal, a imagem possa facilitar a compreensão do que
necessita ser realizado.
Interação com outras pessoas
Treinar não signi�ca apenas transmitir e receber mensagens
e fornecer feedback adequado aos jogadores mas também
interagir com pais, torcedores, árbitros e técnicos
adversários. Se você não se comunicar efetivamente com
esses grupos de pessoas, sua carreira de técnico será
insatisfatória e curta.
Os pais de um jogador precisam se certi�car de que o �lho
ou a �lha está sob a direção de um técnico conhecedor do
esporte e preocupado com o bem-estar do jovem. Você
pode minimizar essas preocupações fazendo uma reunião
pré-temporada para orientação dos pais, quando descreverá
sua experiência e abordagem como técnico.
Fonte: Shutterstock por Lopolo
Se os pais entrarem em contato com um problema durante a temporada, escute-os atentamente e tente oferecer soluções
positivas. Caso você precise se comunicar com eles, reúna-os depois do treino, dê-lhes um telefonema. As mensagens
enviadas aos pais por intermédio das crianças são frequentemente perdidas, mal interpretadas ou esquecidas.
 Fonte: Shutterstock por Paolo Bona
Provavelmente não haverá grande quantidade de torcedores nos jogos, mas isso apenas signi�ca que você ouvirá mais
facilmente os poucos torcedores que criticarem seu trabalho. Quando você ouvir alguma coisa sobre o trabalho que está
fazendo, não responda, mantenha a calma, considere se a mensagem tem algum valor, caso contrário esqueça-a. Responder a
críticas e comentários sem justi�cativa de um torcedor durante o jogo somente encorajará outros a também expressarem as
opiniões. Por isso, deixe de lado seus ouvidos atentos e mostre aos torcedores, pelos seus atos, que você é um técnico
con�ante e competente.
Prepare os jogadores para as críticas dos torcedores; diga a eles que é a você que eles devem escutar. Se você notar que um
dos jogadores �cou perturbado pelo comentário de um torcedor, reassegure a ele que sua avaliação é mais objetiva e favorável
e a única que conta.
O modo como você se comunica com os árbitros terá
grande in�uência na maneira como os jogadores se
comportarão em relação a eles. Portanto, você precisa dar o
exemplo. Cumprimente os árbitros com um aperto de mão,
uma apresentação e talvez alguma conversa casual sobre o
jogo. Mostre seu respeito por eles antes, durante e depois
do jogo. Não faça reclamações desagradáveis, nem grite ou
use gestos corporais desrespeitosos. Os jogadores o verão
fazer isso e acharão que esse comportamento é adequado.
Além disso, se o árbitro o ouvir, ou vê-lo fazendo essas
coisas, a comunicação entre vocês acabará.
Figura 7 – O técnico precisa ter um bom relacionamento com os árbitros | Fonte:
Shutterstock por Nadir Keklik
Faça um esforço para conversar como técnico da equipe adversária antes do jogo. Durante a partida, não entre em uma
disputa pessoal com ele e lembre-se de que os alunos, não os técnicos, estão competindo. Além disso, tendo um bom
relacionamento com o técnico adversário, você mostrará aos jogadores que competição envolve cooperação e respeito.
Exemplo
Você é técnico de basquetebol de uma equipe Sub 21 masculina. Ao chegar ao ginásio, iniciam-se os procedimentos de
aquecimento e, a �m de demonstrar tranquilidade e respeito pelos demais membros da partida, você se levanta do banco e se
dirige até o trio de arbitragem, cumprimentando cada um deles, bem como o técnico e os demais membros da comissão
técnica adversária.
Atividades
1. Marque a opção INCORRETA.
a) Os professores costumam acreditar que comunicar-se envolve somente instruir os jogadores a fazerem algo, mas os comandos verbais
são uma pequena parte do processo de comunicação.
b) Mais da metade do que é comunicado é não verbal, por isso, ações falam mais alto do que palavras.
c) O professor deve ser positivo e sincero, pois nada desanima mais os jogadores do que ouvir alguém reclamar o tempo todo. O
professor deve encorajar e identificar o que os jogadores fizeram bem.
d) Ser um bom transmissor não garante ser um bom receptor, é essencial que o professor seja capaz de cumprir os dois papéis
efetivamente.
e) O contato físico não é um bom recurso da linguagem corporal. Um aperto de mão, um afago na cabeça e/ou um abraço podem ser mal
interpretados pelos atletas.
2. Há muitos caminhos para que se demostre afeição e paciência, EXCETO:
a) Tratar os jogadores como gostaria de ser tratado em circunstâncias iguais.
b) Controlar as emoções.
c) Mostrar o entusiasmo em estar envolvido com o time.
d) Manter-se frio e duro. Somente assim, os atletas estarão prontos para as demandas psicológicas de uma partida.
e) Fazer um esforço para conhecer cada jogador do time.
Notas
Expressões faciais
Olhares duros não ajudam atletas que precisam de dicas sobre como agir, eles apenas presumirão que você está infeliz ou
desinteressado. Não tenha medo de sorrir, o sorriso pode ser um grande estímulo para um jovem atleta inseguro e, além disso,
um sorriso faz os atletas saberem que você está feliz por treiná-los. Porém, não sorria em excesso, ou os alunos não serão
capazes de dizer quando você está verdadeiramente satisfeito com alguma coisa que eles �zeram ou quando está apenas
sorrindo.
Linguagem corporal
Como os jogadores pensariam que você está se sentindo caso chegasse ao treino desmotivado, com a cabeça baixa e os
ombros caídos? Como pensariam que está se sentindo se assistisse a eles durante um jogo com as mãos na cintura? Por isso
é que você deve seragradável, con�ante e vigoroso. Tal postura não só transmite alegria pelo seu papel de técnico, como
também proporciona um bom exemplo para os jovens jogadores que queiram imitar seu comportamento.
Referências
PAES, R. R.; HERMES, F. B. Pedagogia do esporte: contextos e perspectivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
ROSE JUNIOR, D. de. Modalidades esportivas coletivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
ROSE JUNIOR, D. de. Esporte e atividade física na infância e na adolescência. Porto Alegre: Artmed, 2009.
TANI, G.; BENTO, J. O.; PETERSEN, R. D. S. Pedagogia do desporto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2043-4/c�/4!/4/4@0.00:11.7. Acesso em: 28 jun. 2020.
Próxima aula
Vantagens e desvantagens de alguns métodos de ensino;
Escolha de métodos de ensino segundo os objetivos almejados;
Escolha do método correto para o desenvolvimento integral da criança.
Explore mais
Leia os textos:
Por que é que o desporto precisa da pedagogia? 
Pesquisa Google Acadêmico 
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Metodologia do Ensino dos Esportes Coletivos
Aula 03: Metodologia dos esportes (parte 1)
Apresentação
Cabe a você, professor, escolher os métodos com os quais trabalhará. Mas, quais métodos escolher? Existe um método
melhor que outro? Algo que você deve saber a priori é que os métodos escolhidos devem variar de acordo com os
objetivos almejados.
Independentemente dos objetivos que você tenha traçado para o processo de ensino e aprendizagem, o método correto
será aquele que favorecerá o desenvolvimento integral dos alunos.
Estudaremos os diversos métodos de ensino de esportes, atentando-nos para as vantagens e as desvantagens de cada
um. No entanto, lembre-se de que você, como professor, sempre poderá abandonar os modelos prontos e seguir
propostas metodológicas próprias, desde que sejam baseadas em conhecimento teórico e respeito aos participantes do
processo prático, comprometendo-se com a pedagogia do esporte.
Objetivos
Descrever as características dos diversos métodos de ensino;
Apontar os pontos fortes e fracos de cada um dos métodos;
Construir as bases para um trabalho e�caz.
Qual é o melhor método?
 Fonte: Shutterstock
O método pode ser entendido como um caminho a ser seguido para que se atinja um determinado �m, um objetivo. O método
ideal é aquele que motiva e estimula o aluno a aprender, sendo um elemento que facilita o processo de aprendizagem.
Os métodos escolhidos pelo professor de Educação Física devem variar de acordo com os objetivos almejados. Seja qual for o
objetivo, é preciso escolher o método adequado. No processo de ensino e aprendizagem, somente procedimentos de ensino
adequados à capacidade e à realidade dos alunos é que os estimularão e proporcionarão a eles prazer, alegria e motivação.
Figura 1 – O método parcial e sua estratégia baseada em exercícios analíticos.| Fonte:
Shutterstock
Método parcial
Quando o ensino do esporte ocorre a partir do
fracionamento dos fundamentos por meio de exercícios
básicos e formas analíticas, tem-se o que na literatura é
chamado de método parcial (�gura 1), também
apresentado por alguns autores como método analítico ou
analítico sintético.
Para os defensores do método, o esporte, por causa da
complexidade, deve ser fragmentado; e as partes,
desenvolvidas uma a uma, considerando uma progressão
pedagógica. O praticante é levado a aprender para somente
então jogar. Nas aulas existe o foco no domínio técnico, de
forma hierarquizada, e os exercícios devem ser repetidos
quantas vezes forem necessárias até que se atinja o
rendimento/qualidade desejado pelo professor.
Com essa estratégia, conforme o aluno domina a técnica, mais ele tende a ter êxito desportivo. O fracionamento do gesto
motor e sua execução em uma sequência inserida na lógica do jogo conduzem ao movimento completo com um nível mínimo
de pro�ciência.
Essa estratégia possibilitaria um controle mais apurado do aprendizado e no ritmo de cada praticante, já que o processo de
ensino é dividido em pequenos indicadores cuja observação e correção seriam mais fáceis.
Saiba mais
O eixo é conhecido como série de exercícios que são regidos por princípios metodológicos, como: Do conhecido ao
desconhecido (das partes ao todo); do mais fácil para o mais difícil (diminuição gradativa da ajuda); do simples para o
complexo; do mais lento para o mais rápido.
 Proposta prática 1: Método parcial
 Clique no botão acima.
 Fonte: Shutterstock
Proposta prática 1: Método parcial
Modalidade: Voleibol 
Fundamento: Toque
1. Lançar a bola para o alto com as duas mãos, posicionar-se embaixo dela com a técnica do toque preparada e acolher a bola
sem executar o toque propriamente dito; 
2. Lançar a bola para o alto com as duas mãos, deixar a bola quicar 1 vez, posicionar-se embaixo dela com a técnica do toque
preparada e acolher a bola sem executar o toque propriamente dito; 
3. Lançar a bola para o alto com as duas mãos, deixar a bola quicar 1 vez, posicionar-se embaixo dela com a técnica do toque
preparada e executar 1 toque para o alto; 
4. Lançar a bola para o alto com as duas mãos, deixar a bola quicar 1 vez, posicionar-se embaixo dela com a técnica do toque
preparada e executar 1 toque para um companheiro que estará a 3 metros de distância; 
5. Lançar a bola para o alto com as duas mãos, deixar a bola quicar 1 vez, posicionar-se embaixo dela com a técnica do toque
preparada e executar 1 toque para o alto e um toque para o companheiro que estará a 3 metros de distância.
Limitações do método parcial:
1
Treinar as partes separadamente di�culta a conexão delas
no jogo propriamente dito.
2
Corre-se o risco de usar o mesmo tipo de aula/treino para
alunos/atletas com per�s diferentes.
3
A imprevisibilidade do jogo observada pela oposição das
equipes nunca será contemplada nos exercícios analíticos,
levando a tomada de decisões por parte do praticante a não
ser estimulada.
Atenção
Embora haja pouca transferência do aprendizado para o jogo propriamente dito, o método parcial ainda resiste por causa da
facilidade de implantação e de execução dos movimentos, principalmente os mais complexos.
Figura 2 – O método global estimula a tomada de decisões | Fonte: Shutterstock
Método global
O método global (�gura 2) de ensino surge em oposição ao
método parcial com o objetivo de que o movimento seja
aprendido no conjunto, na estrutura total em relação à meta
do movimento. O método global procura desenvolver os
fundamentos do esporte com uma alta capacidade de
transferência à imprevisibilidade do jogo real, em virtude do
condicionamento do praticante para a seleção de uma
resposta motora adequada e cada vez mais rápida às
diferentes situações observadas no jogo.
Caracteriza-se pela intenção de adequar toda a
complexidade do jogo esportivo pela apresentação de uma
sequência de jogos recreativos acessíveis à faixa etária e à
capacidade técnica do aluno iniciante. Essa metodologia
tem se mostrado mais consistente se comparada à
analítica, pois atende ao desejo de jogar dos alunos e,
consequentemente, tornando-os motivados, além de
facilitar o processo de ensino e aprendizagem.
O método global prioriza a capacidade cognitiva, possibilitando o aprendizado das regras e da tática. O desempenho motor não
é apresentado como um aspecto isolado e o praticante é levado a aprender jogando, propiciando uma aula mais criativa, com
comportamentos contextualizados e não estereotipados.
Comentário
Para que o método tenha êxito, as experimentações devem ser mais simples do que o jogo propriamente dito. Utilizando jogos
de fácil compreensão, o professor deve apresentar as regras de forma clara, concisa e com linguagem acessível.
 Proposta prática 2: Método global
 Clique no botão acima.
Proposta prática 2: Método global
Modalidade: Handebol
1. Jogo de queimada: Vence a equipe que queimar todos os adversários. Objetivo:Desenvolver o passe, o arremesso e
o controle do corpo.
2. Pique-bandeira: Vence a equipe que conseguir pegar a bandeira no campo adversário. Objetivo: Desenvolver o
controle do corpo e o conceito de invasão.
3. Jogo do passe: Vence a equipe que conseguir trocar a quantidade de passes, sem que o adversário a intercepte.
Objetivo: Desenvolver a técnica dos diferentes tipos de passe e o desmarque.
 Fonte: Shutterstock
Método situacional
 Figura 3: O método situacional estimula jogos em condições reduzidas | Fonte: Shutterstock
A aprendizagem em modalidades esportivas reúne alterações tanto em aspectos motores quanto em aspectos cognitivos
(tomadas de decisão em ação) e sociais (interação entre os participantes). Desse modo, a metodologia precisa estar
contextualizada e o método situacional (�gura 3) explora as situações de jogo e favorece a aprendizagem inter-relacionada dos
aspectos motores, cognitivos e sociais. Situações-problema reais provenientes das jogadas proporcionam soluções para o
complexo cenário do jogo. Alternativas podem ser treinadas para que os alunos, diante dos fatos, venham a agir com
inteligência perante as regras e a imprevisibilidade do jogo. Criatividade e tática favorecem a aprendizagem em situações
críticas.
Trata-se de metodologia que aproxima procedimentos de ensino e contexto de jogo, construindo jogos educativos com
intenções pedagógicas adequadas ao nível de domínio da aprendizagem pelos alunos, para alcançar os objetivos propostos. É
uma aprendizagem incidental. A capacidade tática vivida nas situações de jogos leva os alunos a usarem as técnicas com
inteligência, decidindo a melhor alternativa quanto ao procedimento motor a ser empregado.
Diferentes processos ensino-aprendizagem-treinamento são modi�cados ao longo da metodologia situacional. Estão entre
eles:
O ensino pelo método situacional não tem como objetivo a maestria da técnica mas o entendimento da tática do jogo coletivo,
levando os jogadores a se habituarem às situações-problema e a identi�carem a melhor maneira de resolvê-las.
Saiba mais
Esse método explora situações de jogo provenientes das jogadas proporcionando soluções para o complexo panorama da
partida. Consiste em um método que aproxima o gesto desportivo do contexto de aplicação. A tática vivida nas situações de
jogo (1x1, 1X2, 2X1, 2x2, 2x3, 3x2 etc.) leva os alunos a utilizarem as técnicas que melhor se aplicam segundo a avaliação
deles.
 Proposta prática 3: Método situacional
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Proposta prática 3: Método situacional
Modalidade: Futsal
1. Jogo 1 x 1: Disputa de 1 x 1. Vencerá aquele que mantiver o domínio da bola por 1 minuto; 
2. Jogo 2 x 2: Equipes com 2 jogadores e um único gol com o goleiro. Vencerá a equipe que �zer 2 gols primeiro; 
3. Ataque contra defesa 3 x 2: 3 jogadores no ataque, 2 jogadores na defesa e um gol com o goleiro. A cada gol que o
ataque �zer, troca-se a defesa e o goleiro. A cada roubada de bola da defesa, os jogadores da defesa terão a
oportunidade de jogar no ataque com mais um jogador, enquanto os jogadores que estavam no ataque sairão, para
que outros 2 de fora entrem na defesa; 
4. Jogo 3 x 3: 3 jogadores por equipe utilizando metade da quadra e 1 gol com dimensões reduzidas para cada lado.
Vencerá a equipe que �zer 2 gols primeiro.
 Fonte: Shutterstock
Vantagens do método situacional:
1
Proximidade das ações e situações com as encontradas no
desporto propriamente dito.
2
Inter-relação das capacidades técnicas, táticas e físicas na
busca da solução dos problemas encontrados.
3
Contato precoce com as regras e ações do jogo
propriamente dito.
Método misto
 Fonte: Shutterstock
O método misto de ensino se caracteriza pelo emprego concomitante dos métodos global e parcial, adotando as vantagens de
um e de outro e minimizando as desvantagens de cada um deles, fazendo surgir uma metodologia híbrida em que se inicia pelo
método global, identi�cando um erro, e se emprega o método parcial, para aprimorar a técnica. Após, retorna-se ao contexto do
jogo, o método global.
Método da confrontação
 Figura 4 – O método da confrontação estimula a prática do jogo propriamente dito | Fonte: Shutterstock
No método da confrontação (�gura 4), o jogo se aprende jogando. Jogar o jogo em si com todas as suas regras e formas é a
principal maneira de aprender o jogo. O jogo não deve ser dividido em etapas ou tarefas a serem aprendidas, pois, se isso
ocorrer, a ideia do todo deixaria de existir.
Clique nos botões para ver as informações.
Como vantagens, temos: 
 
Proporciona uma grande socialização e motivação por parte dos praticantes, pois aproxima a aprendizagem
rapidamente do objetivo �nal, que é a prática do jogo em si;
Proporciona o conhecimento teórico da técnica do jogo e a vivência prática dele ao mesmo tempo;
Facilita a organização das aulas por parte dos professores: Essa é a metodologia do rola a bola.
 
Vantagens 
Já como desvantagens, podemos apontar:
O número de variações é muito grande durante o jogo, levando os alunos a não diferenciarem aquilo que é
importante ou supér�uo;
Pode existir uma perda de motivação dos menos aptos, pois o sucesso destes ocorre com menos frequência;
Di�culdade de identi�car erros técnicos e táticos;
Nas situações de competição, podem surgir con�itos, muitas vezes em virtude da diferença de rendimento e dos
níveis de interesse;
Pode sobrecarregar a capacidade do aluno, pois muitas vezes as exigências da prática são muito complexas para
iniciantes ou para os menos aptos;
O prazer e a alegria de jogar são importantes, porém a satisfação é maior ao sentir sabe jogar. Quando se tem a
sensação de que se faz algo bem, a motivação é maior, o que leva a querer praticar cada vez mais.
Desvantagens 
Método recreativo
 Figura 5 – No método recreativo, o objetivo principal é a diversão | Fonte: Shutterstock
O método recreativo (�gura 5) possui grande semelhança com o método global, pois utiliza muitas vezes séries de jogos com
diferentes formas e que, dependendo do objetivo, permitem a aula/treinamento de uma maneira recreativa. Alguns autores o
consideram sinônimo do método global. Defendem que os alunos devem logo praticar o jogo que desejam aprender. A
aprendizagem acontece pela prática de pequenos jogos, jogos adaptados e com regras simpli�cadas.
O conceito recreativo do jogo esportivo destaca alguns valores dos métodos global e parcial, como a prática constante do jogo
e sua construção pela seriação por partes de diferentes aspectos do jogo. Sendo assim, a utilização de pequenos jogos, muitas
vezes, permite que possam ser realizadas as correções e o aperfeiçoamento de gestos técnicos.
Dica
De forma fracionada ou por meio de jogos, as atividades realizadas devem ter o caráter lúdico, graus de di�culdade adequados
e serem prazerosas para o aluno.
 Proposta prática 4: Método recreativo
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Fonte: Shutterstock
1. Voleibol na piscina
2. Handebol de praia
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
3. Voleibol com balão
Dica
Existem diversos fatores que contribuem para que um professor seja bem-sucedido ao elaborar e aplicar as atividades durante
o treinamento. De um modo geral, atividades que envolvem um único fundamento são mais fáceis de serem �xadas pelos
jogadores e controladas pelos professores.
Leia o documento Dicas para um trabalho e�caz e saiba mais.
Atividades
1. Cada professor terá a própria característica ao elaborar o treinamento. Contudo, existem algumas recomendações
importantes a se considerar, EXCETO:
a) Destine um tempo para aprimorar a aptidão motora.
b) Desenvolva os conteúdos sempre que possível em metodologias que estimulem a tomada de decisões.
c) Sempre reserve uma parte da aula para o desenvolvimento dos fundamentos técnicos individuais.
d) Elabore o plano de aula determinando o tempo para cada atividade.
e) Definitivamente, o professor/técnico escolherá um método de ensino que deverá sempre nortear suas ações,caso contrário, dificultará
o processo de ensino.
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2. Marque a opção INCORRETA.
a) A perda de motivação dos menos aptos, pois o sucesso ocorre com menos frequência, pode ser considerada uma desvantagem do
método da confrontação.
b) A dificuldade em identificar erros técnicos e táticos pode ser considerada uma desvantagem do método da confrontação.
c) O contato precoce com as regras e as ações do jogo propriamente dito podem ser uma desvantagem do método parcial.
d) A inter-relação das capacidades técnicas, táticas e físicas na busca da solução dos problemas encontrados pode ser uma vantagem do
método situacional.
e) A proximidade de ações e situações como as encontradas no desporto propriamente dito pode ser uma vantagem do método
situacional.
Notas
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Referências
ARAÚJO NETTO, J. Metodologia do ensino do voleibol. Rio de Janeiro: SESES, 2018.
CARVALHO FILHO, J. V. de. Metodologia do ensino do futebol e futsal. Rio de Janeiro: SESES, 2017.
COSTA NETO, J. V. da. Metodologia do ensino do handebol. Rio de Janeiro: SESES, 2017.
RIBEIRO, L. G. Metodologia do ensino do basquetebol. Rio de Janeiro: SESES, 2018.
Próxima aula
Dicas de como desenvolver as aulas;
Deveres do técnico;
A observação atenta das execuções acertadas e não acertadas dos jogadores como parte signi�cativa do ensinamento.
Explore mais
Leia os textos:
Metodologia do ensino dos esportes coletivos; 
Métodos para o ensino dos esportes coletivos utilizados durante o estágio de 6º ao 9º ano;
Pedagogia do esporte: procedimentos pedagógicos aplicados aos jogos esportivos coletivos.
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Metodologia do Ensino dos Esportes Coletivos
Aula 04: Metodologia dos esportes (parte 2)
Apresentação
Muitas pessoas acreditam que a única quali�cação necessária para treinar alguém é ter praticado o esporte em questão.
Isso ajuda, entretanto, muito mais é necessário para que se elaborem e se coloquem em prática treinos com sucesso.
Os jogadores, especialmente os mais jovens e inexperientes, precisam de acompanhamento, além de saber qual técnica
eles estão aprendendo e por quê. Portanto, cabe a você como técnico não apenas ensinar aos jogadores como executar a
técnica mas também dar assistência individualizada, para que erros sejam corrigidos e a autoestima do jogador seja
mantida.
 Aprenderemos a desenvolver aulas, discutindo estratégias de ensino e também as bases para um bom planejamento.
Você aprenderá como realizar sessões de treino com segurança e respeito às necessidades de cada jogador.
Objetivos
Discutir estratégias de ensino;
Discutir as bases para um bom planejamento;
Discutir as questões inerentes à realização de uma sessão de treino.
Como ensinar a técnica?
 Figura 1 – A demonstração é parte importante do processo de ensino | Fonte: Shutterstock
Embora você possa mencionar outros nomes comuns para a técnica, decida qual usará e o mantenha, isso ajudará a evitar
confusão e melhorará a comunicação com os jogadores. Por �m, apesar de a importância da técnica ser óbvia para você, os
jogadores podem estar menos aptos a ver como ela os ajudará a se tornarem melhores no esporte. Ofereça uma razão para
que eles aprendam a técnica e descreva como ela se relaciona com outras mais avançadas.
A demonstração pode ser considerada a parte mais importante do ensino de técnicas esportivas para jovens atletas que
podem nunca ter feito algo parecido. Eles necessitam de uma imagem, não apenas palavras, precisam ver como a técnica é
executada.
Se você não for capaz de executar a técnica corretamente, tenha um técnico assistente, um dos jogadores ou alguém
habilidoso para fazer a demonstração. Estas dicas o ajudarão a fazer suas demonstrações de modo mais e�ciente:
1
Use a técnica correta
2
Demonstre a técnica várias vezes
3
Diminua a velocidade da ação, se possível, quantas vezes
forem necessárias, para que os jogadores possam ver cada
movimento envolvido na técnica
4
Execute a técnica em diferentes ângulos, para que os
jogadores possam ter uma perspectiva completa.
Figura 2 – Questionar os alunos é uma ferramenta de avaliação do aprendizado |
Fonte: Shutterstock
Os jogadores aprendem mais efetivamente quando é dada
uma pequena explicação da técnica em conjunto com a
demonstração. Use termos simples e, se possível, relacione
a técnica com outras previamente aprendidas. Pergunte aos
jogadores se eles entenderam a descrição. Em seguida,
peça para o time repetir a explicação e faça
questionamentos a �m de observar olhares de confusão ou
incerteza. Se possível, use palavras distintas para que os
jogadores tenham a chance de tentar entender de uma
perspectiva diferente (�gura 2).
Técnicas mais complexas são geralmente mais bem
entendidas quando são explicadas em partes mais fáceis de
controlar. Além disso, entenda que jovens têm curtos
períodos de atenção, e uma longa demonstração ou
explicação da técnica irá tirá-los do foco. Por isso, não gaste
mais que uns poucos minutos entre a introdução, a
demonstração e a explicação das fases. Depois, mantenha
os jogadores ativos na tentativa de executar a técnica.
 Proposta prática 1
 Clique no botão acima.
Modalidade: Voleibol 
Fundamento: Ataque (bola alta)
Ao ensinar a técnica do ataque, uma possível estratégia consiste em fracionar o movimento em indicadores
fundamentais ao gesto, como sugestão:
1. Passada; 
2. Preparação para o salto; 
3. Salto; 
4. Ataque propriamente dito; 
5. Finalização.
A partir de uma perspectiva parcial do gesto motor, ensine e realize atividades isoladas para cada um dos indicadores.
Por exemplo, estimule a passada em diferentes velocidades da bola. Em seguida, na preparação para o salto, evidencie
a importância de não se manter embaixo da bola. O salto deve ser realizado com os dois pés juntos e, no momento do
ataque propriamente dito, mostre a forma como deve ocorrer o contato da mão com a bola. Por �m, na �nalização,
mostre que o contato dos pés com o chão deve ser simultâneo, evitando-se, dessa forma, a sobrecarga de um dos
membros inferiores.
Se a técnica selecionada fazia jus à capacidade dos jogadores e você tiver feito um trabalho efetivo de introdução,
demonstração e explicação, eles devem estar prontos para executá-la. Alguns jogadores podem precisar ser �sicamente
guiados ao longo dos movimentos durante as primeiras tentativas.
Comentário
Seus deveres como técnico não terminam quando todos os atletas demonstram que entenderam como executar a técnica. Na
verdade, uma parte signi�cativa dos seus ensinamentos envolverá observar atentamente as execuções cheias de acertos e
erros dos jogadores.
Enquanto você observa os esforços deles nos exercícios e nas atividades, ofereça um feedback positivo e corretivo. Se um
jogador executar a técnica adequadamente, reconheça e elogie, tenha em mente que seu feedback terá uma grande in�uência
na motivação dos jogadores para os treinos e melhorará os rendimentos deles.
 Proposta prática 2
 Clique no botão acima.
Exemplos de feedbacks positivos e corretivos:
1. Excelente! Continue assim, atenção à bola... 
2. Muito bom! Procure �exionar um pouco mais os joelhos... 
3. Melhorou bastante! Um pouco mais de velocidade...
Lembre-se também de que jovens atletas precisam de instruções individualizadas. Por isso, reserve algum tempo
antes, durante e depois do treino para dar assistência individual (�guras 3e 4).
 Figura 3 – Professor ensinando a posição correta das mãos durante o arremesso no basquetebol.| Fonte: Shutterstock
 Figura 4 – Professor ensinando a posição correta das mãos durante o toque no voleibol.| Fonte: Shutterstock
O planejamento na perspectiva das equipes esportivas
Técnicos e�cientes começam a planejar a temporada muito tempo antes do início. Ao longo da pré-temporada, as medidas que
tornarão a temporada mais agradável, bem-sucedida e segura para você e os jogadores são as seguintes:
1
Familiarize-se com a organização esportiva com a qual você
está envolvido, especialmente com as �loso�as e os
objetivos em relação ao esporte para jovens
2
Examine a disponibilidade das instalações, dos
equipamentos, dos recursos humanos e dos outros
materiais necessários para treinos e jogos
3
Descubra qual é o recurso �nanceiro disponível e decida
qual é o melhor caminho para atingir os objetivos
4
Faça preparativos para qualquer viagem necessária durante
a temporada
5
Selecione e se reúna com os outros membros da comissão
para discutir a �loso�a, os objetivos, as regras do time e os
planos para a temporada
6
Tenha exames médicos dos jogadores
7
Faça uma reunião de orientação para informar os pais sobre
sua experiência, sua �loso�a, seus objetivos e sua
abordagem. Também dê uma pequena explicação sobre as
regras do esporte, a terminologia e as estratégias para
familiarizar os pais ou os responsáveis com o esporte.
Atenção
Você pode �car surpreso com o número de tarefas que deverá executar antes do primeiro treinamento. Mas se você as
preparar durante a pré-temporada, a temporada será muito mais agradável e produtiva para você, a comissão técnica e os
jogadores.
Fonte: Shutterstock
A escolha das atividades durante a temporada deve ser
baseada em se elas ajudarão os jogadores a desenvolver
habilidades físicas e mentais, o conhecimento das regras e
das táticas do jogo, o comportamento esportivo e o amor
pelo esporte. O que você planeja fazer durante a temporada
deve ser compatível com a maturidade e o nível de
habilidade dos jogadores. Em termos de técnicas e táticas,
você deve ensinar primeiro o básico e partir para as
atividades mais complexas somente quando eles tiverem
aperfeiçoado as técnicas e estratégias mais fáceis.
Depois de ter de�nido as técnicas e táticas que deseja que os jogadores aprendam durante a temporada, pode planejar como
ensiná-las nos treinos. Provavelmente eles terão di�culdades de aprender determinada técnica ou tática; reserve algum tempo
extra até que eles sejam capazes de dominá-la, mesmo que isso signi�que retroceder no planejamento. Se os jogadores não
forem capazes de executar técnicas básicas, nunca executarão as mais complexas que você planejou para eles e não se
divertirão tentando.
Ter um plano para aperfeiçoar jogadores por meio de
técnicas durante a temporada ajuda. A maneira como você
organiza a temporada também pode ajudar os jogadores a
se desenvolver social e psicologicamente. Dando-lhes
responsabilidades em certos aspectos do treinamento,
como conduzir as atividades de aquecimento e
alongamento, você os ajuda a desenvolver a autoestima e a
se responsabilizar por si mesmos e pelo time. Quando
planejar a temporada, considere os meios de fornecer aos
jogadores experiências que os leve a aperfeiçoar essas
técnicas.
Fonte: Shutterstock
O planejamento na perspectiva do desporto escolar
 Fonte: Shutterstock
No âmbito escolar, o ensino da prática esportiva para se tornar uma atividade e�ciente deve combater dois grandes males: A
rotina e a improvisação. E o planejamento é a previsão de todas as etapas do trabalho escolar e a programação de todas as
atividades, de forma que o ensino se torne e�caz, seguro e econômico.
Cada professor tem a possibilidade de organizar o próprio programa, atendendo às capacidades, aos interesses e às
necessidades dos alunos à luz das orientações pedagógicas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Entretanto, para elaborar qualquer tipo de planejamento, o professor
necessita dispor de um bom número de dados e informações sobre os
alunos que orientará. Para isso, ele deve realizar uma sondagem inicial de
modo a conhecer a personalidade dos alunos, suas capacidades, suas
limitações, suas experiências, seus interesses e suas aspirações, de forma a
poder estabelecer com relativa segurança os objetivos e o programa com os
conteúdos, e a desenvolver e escolher o método mais conveniente a adotar.
A prognose da aprendizagem em Educação Física consiste na previsão dos resultados que podem ser esperados das turmas e
dos alunos. Essa sondagem da aprendizagem vem sendo apontada como uma das mais importantes para a elaboração de um
bom planejamento, que deverá ser dividido em:
1
Plano de curso
Previsão global de todos os trabalhos do professor e dos
alunos durante todo o período letivo, sem preocupação em
detalhar as intervenções.
2
Plano de unidade didática
Plano que se restringe a cada uma das unidades didáticas.
Ele é mais detalhado sobre a perspectiva dos conteúdos e
atividades a serem desenvolvidas.
3
Plano de aula
Prevê o desenvolvimento do conteúdo e as formas de
trabalho no âmbito de cada aula.
Atenção
Os três tipos de planos apresentados nada mais são do que três fases de um planejamento, buscando um progressivo
detalhamento, à medida que se aproxima o momento da execução em aula.
 Exemplo de plano de curso e de unidade (1º semestre)
 Clique no botão acima.
O plano de curso e de unidade a seguir foi elaborado considerando que existe uma equipe escolar de futsal que
realizará treinos fora do planejamento e horários previstos para a Educação Física curricular.
Ano: 7º ano de ensino fundamental 
Modalidade: Futsal 
Sexo: Masculino
Mês Unidade Dia Detalhamento
Fevereiro Medidas e avaliações
4 Reunião de apresentação
6 Entrega dos exames médicos
11 Antropometria
13 Teste de flexibilidade
18 Teste de velocidade
20 Teste de força
25 Teste aeróbio
27 Teste de potência
Março Preparação Geral
3 Exercícios de mobilidade articular
5 Exercícios de coordenação e agilidade
10 Exercícios de equilíbrio
12 Exercícios de velocidade
17 Exercícios de força
19 Sessão de valências combinadas 1
24 Sessão de valências combinadas 2
26 Sessão de valências combinadas 3
31 Sessão de valências combinadas 4
Abril Futsal - fundamentos
2 Passe e recepção 1 / goleiro: empunhadura
7 Passe e recepção 2 / goleiro: recepção
9 Condução e drible 1 / goleiro: passe
14 Condução e drible 2 / goleiro: codução
16 Chute e marcação 1 / golerio: defesas
21 Chute e marcação 2 / golerio: defesas
23 Sessão de fundamentos combinados
28 Sessão de fundamentos combinados
30 Sessão de fundamentos combinados
Maio Futsal - jogos em condições reduzidas 5 1x1
7 2x2
12 3x3
14 2x1
19 3x2
21 4x3
26 Situação de superioridade defensiva 1
28 Situação de superioridade defensiva 2
Junho Futsal - Aprimoramento
2 Sistema posicionais ofensivos 1
4 Sistema posicionais ofensivos 2
9 Sistema posicionais ofensivos 3
11 Sistema posicionais defensivos 1
16 Sistema posicionais defensivos 2
18 Sistema posicionais defensivos 3
23 Sessão de aprimoramento dos sistemas 1
25 Sessão de aprimoramento dos sistemas 2
30 Sessão de aprimoramento dos sistemas 3
Elaborando um bom treino
 Figura 5 – O aquecimento é parte importante da sessão de treinamento | Fonte: Shutterstock
Um bom planejamento torna a preparação dos treinos muito mais fácil. Faça os jogadores trabalharem em objetivos mais
importantes e menos difíceis nas sessões de treinamento do início da temporada e aperfeiçoarem as técnicas básicas antes de
passar para as mais avançadas. Isso ajuda a estabelecer um objetivo para cada treino, mas tente incluir várias atividades
relacionadas com o objetivo, e para proporcionar mais variedade aos treinos, mude a ordem das atividades.
Em geral, recomenda-se que, em cada um dos treinos, você faça:
Figura 6 – Ajude os atletas a terem êxito | Fonte: Shutterstock2 - Aquecimento: 
a. Atividades menos intensas; 
b. Alongamentos.
2 - Parte principal: 
a. Treine as técnicas ensinadas anteriormente; 
b. Ensine e treine as novas técnicas; 
c. Treine em condições competitivas.
3 - Volta à calma: 
a. Relaxe; 
b. Avalie.
Clique nos botões para ver as informações.
Enquanto você está fazendo a chamada e comunicando os objetivos para o treino, os jogadores devem estar preparando
os corpos deles para as atividades mais intensas. Um período de 5-10 minutos de atividades em ritmo lento e
alongamentos devem ser su�cientes para que os jovens aqueçam os músculos e reduzam os riscos de lesões (�gura 5).
Aquecimento 
Reserve parte de cada treino para que os jogadores trabalhem as técnicas básicas que já conhecem. Mas lembre-se: Os
alunos gostam de variedade. Portanto, você deve organizar e modi�car os exercícios de forma que todos estejam
envolvidos e continuem interessados. Elogie e encoraje os jogadores quando você perceber melhoras e ofereça
assistência individual para aqueles que precisam de ajuda.
Treine as técnicas ensinadas anteriormente 
Desenvolva gradualmente as habilidades dos jogadores, dando-lhes algo novo para praticar em cada sessão de
treinamento. Você tem diversas estratégias diferentes para ensinar as técnicas.
Ensine e treine as novas técnicas 
A competição entre os membros do time durante os treinamentos prepara os jogadores para o jogo real e informa os
jovens atletas sobre como estão as habilidades deles em comparação com os colegas. Os jovens também parecem se
divertir mais em atividades competitivas. No entanto, considere as seguintes instruções antes de introduzir competições
nos seus treinos: 
Todos os jogadores devem ter oportunidades iguais de participar;
Agrupe os jogadores por habilidade e maturidade física;
Tenha certeza de que os jogadores podem executar as técnicas básicas antes de competirem em grupos;
Enfatize a boa execução, não a vitória, em cada competição (�gura 6);
Dê aos jogadores espaço para erros, evitando avaliar constantemente as performances deles.
Treine em condições competitivas 
Cada treino deve terminar com períodos de 5-10 minutos de exercícios leves, incluindo trote, execução de técnicas
simples e um pouco de alongamento. A volta à calma permite que o corpo volte ao estado de repouso, além de dar
oportunidade de rever o treino.
Relaxe 
No �nal do treino, gaste alguns minutos com os jogadores revendo o quanto dos objetivos estabelecidos foi atingido.
Mesmo que sua avaliação seja negativa, mostre otimismo com relação aos treinos futuros (�gura 7).
Avalie 
 Figura 7 – A avaliação é parte fundamental do treino | Fonte: Shutterstock
Conhecer os componentes de um treinamento simplesmente não é su�ciente. Você deve ser capaz de arranjá-los em uma
progressão lógica e adaptá-los a um tempo programado. Agora, usando seus objetivos como guia para selecionar quais
técnicas os jogadores terão de trabalhar, tente planejar vários treinamentos que você poderia conduzir.
 Prevenção de acidentes e lesões
 Clique no botão acima.
Para a prevenção de acidentes e lesões entre os jogadores, você deve estar atento aos seguintes itens:
 Figura 8 – Mesmo em crianças, o exame médico é imprescindível | Fonte: Shutterstock
Exame físico na pré-temporada (�gura 8) – na ausência de lesões graves ou doenças, os jogadores devem fazer um exame físico
anual. Caso se saiba que um jogador tem um problema, deve ser obtido o consentimento de um médico antes de permitir a
participação dele nas atividades. Você também deve fazer os pais ou os responsáveis pelos atletas assinarem um termo de
consentimento da participação e outro de responsabilidade que permita às crianças serem atendidas em casos de emergência.
Nutrição (�gura 9) – cada vez mais a alimentação não balanceada e as dietas não saudáveis estão afetando os jovens. Faça os
jogadores e os pais deles saberem a importância de uma alimentação saudável. Os jovens precisam suprir os corpos deles com
energia extra e com qualidade, para suportar a demanda dos treinamentos e jogos.
Instalações e equipamentos – outro caminho para prevenir lesões é checar a qualidade e o ajuste do equipamento de proteção
usado pelos jogadores. Solados lisos, tamanhos errados ou tênis mal amarrados, óculos frouxos e joias são perigosos na quadra
tanto para o jogador que os usa quanto para os demais praticantes. Encoraje os jogadores a calçar os tênis apenas quando
chegarem aos locais de treino e de jogo, para que as solas estejam livres de lama e sujeira. Lembre-se, também, de examinar
regularmente a quadra na qual eles treinam e jogam. Seque locais molhados, remova objetos perigosos, relate condições que você
não pode mudar e requisite manutenção quando necessário. Se já há condições pouco seguras, faça adaptações para evitar riscos
à segurança dos jogadores ou pare o treino ou partida até que tal segurança seja restabelecida.
Agrupamento de atletas pela característica física – crianças com a mesma idade cronológica podem diferir em altura e peso;
evite o confronto físico nessas situações.
Supervisão apropriada e relatórios – no caso de jovens sua mera presença na área de jogo não é su�ciente você deve planejar e
 Figura 9 – É importante ter bons hábitos alimentares | Fonte: Shutterstock
Supervisão apropriada e relatórios – no caso de jovens, sua mera presença na área de jogo não é su�ciente, você deve planejar e
dirigir efetivamente as atividades da equipe e observar atentamente e avaliar a participação dos jogadores. Essas atividades com
sua supervisão constante tornarão o ambiente de jogo mais seguro para os jogadores e o ajudarão a prevenir acidentes.
Intervalos para beber água (�gura 10) – encoraje os jogadores a beber água antes, durante e depois dos treinamentos. Pelo fato
de a água compor de 45% a 65% do peso corporal de um jovem, a perda de uma pequena quantidade desse líquido pode ter
consequências severas sobre o desempenho e a saúde.
Aquecimento e volta à calma – um período de aquecimento
de aproximadamente 10 minutos antes de cada treino é
bastante recomendado. O aquecimento deve atingir cada
grupo muscular e conseguir elevar a frequência cardíaca na
preparação para a atividade principal. Quando o treino
estiver terminando, separe um período de 5 a 10 minutos de
atividades de baixa intensidade, alongamento e/ou
relaxamentos que propiciem o retorno adequado às
condições de repouso.
Figura 10 – Beba água antes, durante e depois da prática esportiva | Fonte:
Shutterstock
Atividades
1. Marque a opção INCORRETA.
a) O aquecimento deve atingir cada grupo muscular e conseguir elevar a frequência cardíaca na preparação para a atividade principal.
b) Os jogadores devem ser encorajados a beber água somente antes e depois dos treinamentos. Esse hábito durante o treinamento
prejudicará o desempenho.
c) Outro caminho para prevenir lesões é checar a qualidade e o ajuste do equipamento de proteção usado pelos jogadores. Solados lisos,
tamanhos errados, tênis mal amarrados, óculos frouxos e joias são perigosos na quadra, tanto para o jogador que os usa quanto para os
demais praticantes.
d) A alimentação não balanceada e as dietas não saudáveis estão afetando os jovens. Faça os jogadores e seus pais saberem a
importância de uma alimentação saudável.
e) Dê aos jogadores espaço para erros, evitando avaliar constantemente suas performances.
2. Estas dicas o ajudarão a fazer suas demonstrações de modo mais e�ciente, EXCETO:
a) Use a técnica correta.
b) Demonstre a técnica somente uma vez, assim você terá certeza de quem estava atento.
c) Diminua a velocidade da ação.
d) Os jogadores aprendem mais efetivamente quando é dada uma pequena explicação da técnica em conjunto com a demonstração.
e) Use termos simples e, se possível, relacione a técnica com outras previamente aprendidas.
Notas
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