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1
Nome: Leticia de Paiva Maia Dantas;
RA: 821146012;
1. TITULO 
PARECER JURÍDICO 
2. ENDEREÇAMENTO
Advogada Leticia de Paiva Maia Dantas. Representante jurídico. Da empresa “Sabres LTDA”. Parecer para a procuradoria do Estado a respeito da possibilidade ou não da cobrança de um tributo.
3. EMENTA
DIREITO TRIBUTÁRIO. MEIOS ADEQUADOS PARA A COBRANÇA DE UM TRIBUTO. LIMITES DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA EM RELAÇÃO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
4. RELATÓRIO 
Trata-se de Anakin, proprietário da empresa “Sabres LTDA”, contribuinte do ICMS. Tendo por meio que o governador do Estado baixou o decreto 10.112/19 de 25 de Abril do mesmo ano aumentando a alíquota do ICMS de 18% para 25% sobre artigo elétricos, no qual são as mercadorias que Anakin trabalha, passando a ser cobrada em 26 de julho do mesmo ano.
Porém no dia 02/01/2020 sob fiscalização dos agentes do Estado, foi aplicado exação de R$ 30 mil reais e multa de R$ 20 mil reais, pelo não recolhimento do ICMS sobre a nova alíquota sobre o período de 26 de julho a 31 de dezembro. 
É o relatório. Passo a opinar.
5. FUNDAMENTAÇÃO
No caso apresentado é necessário analisar os limites impostos pela Constituição Federal, a qual, em seu artigo 150, traz o chamado “princípio da anterioridade”.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
  III -  cobrar tributos.
b)  no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
Este princípio determina a observância na criação ou aumento de tributos. Primeiramente, temos o dispositivo que veda ao ente tributante (União, Estados, Distrito Federal ou Municípios) a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os houver instituído ou aumentado.
Assim, uma lei publicada entre 01/01/2019 e 31/12/2019 somente pode aumentar ou instituir um novo tributo a partir de 01/01/2020.
“A anterioridade de exercício está consagrada no art. 150, III, b, da CF. Garante que o contribuinte só estará sujeito, no que diz respeito à instituição e majoração de tributos, às leis publicadas até 31 de dezembro do ano anterior. ” (PAULSEN, Leandro. Curso de direito tributário completo. Editora Saraiva, 2020. 11. Ed. Pág. 195.)
Ainda analisando os limites da Constituição Federal, O artigo 5º, II da CF, conceitua-o: Ninguém será obrigado a fazer algo ou deixar de fazer senão em virtude da lei. No caso apresentado é possível identificar que este tributo foi baixado por meio de decreto e conforme o princípio da legalidade, é necessário a existência de uma lei para cobrar um tributo. Ou seja, um decreto não pode aumentar a alíquota de um tributo.
Para corroborar com nosso entendimento, trazemos o julgado do Tribunal Regional Federal 
“Ementa: TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ANUIDADES DE CONSELHO PROFISSIONAL. CONTRIBUIÇÕES. NATUREZA TRIBUTÁRIA PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA. 1- O C. Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI 1.717/DF decidiu pela inconstitucionalidade dos parágrafos 1º, 2º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º do artigo 58 da Lei nº 9.649/98. 2- Além disso, a Suprema Corte, em repercussão geral, no julgamento do RE 704292, de Relatoria do Ministro Dias Toffoli, decidiu: "É inconstitucional, por ofensa ao princípio da legalidade tributária, lei que delega aos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas a competência de fixar ou majorar, sem parâmetro legal, o valor das contribuições de interesse das categorias profissionais e econômicas, usualmente cobradas sob o título de anuidades, vedada, ademais, a atualização desse valor pelos conselhos em percentual superior aos índices legalmente previstos". 3- Apelação provida. ”
(Tribunal Regional Federal, 2021. Apelação cível, ap: Ap 0048357-21.2010.4.03.6182 SP. Acesso em 25 de Abril de 2021).
Objeto pelo qual podemos entender que o fato citado em questão diz respeito a ofensa ao princípio da legalidade, em que se passa a fazer referência ao caso em questão pelo fato de que é proibido aumentar tributo sem lei que o estabeleça. 
Para Leandro Paulsen, “a lei é que estabelece o quantum debeatur e somente a lei pode aumentá-lo, redefinindo seu valor, modificando a base de cálculo, majorando a alíquota. ” (PAULSEN, Leandro. Curso de direito tributário completo. Editora Saraiva, 2020. 11. Ed. Pág. 180.)
 O STF entende que “A Legalidade Tributária é [...] verdadeiro direito fundamental dos contribuintes, que não admite flexibilização em hipóteses que não estejam constitucionalmente previstas” STF, RE 959.274 AgR, rel. p/ Acórdão Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 29/08/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-234 PUBLIC 13-10- 2017.
6. CONCLUSÃO 
Ante o exposto, respondendo a cada um dos questionamentos formulados na consulta, opino que no caso analisado, o decreto 10.112/19 fere os princípios constitucionais.
E assim, não há possibilidade desta cobrança.
É o parecer.
Santo André, 25 de Abril de 2021.
Nome: Leticia de Paiva Maia Dantas;
RA: 821146012;
1. TITULO 
PARECER JURÍDICO 
2. ENDEREÇAMENTO
Advogada Leticia de Paiva Maia Dantas. Representante jurídico. Parecer para os professores Rubens Ferreira Junior e Tatiana Cristina Leite de Aguiar, a respeito da inconstitucionalidade da “TAXA ANUAL DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO”.
3. EMENTA
DIREITO TRIBUTÁRIO. TAXA INCOSTITUCIONAL.
4. RELATÓRIO 
Trata-se sobre a análise da Lei n. 12345/21, que instituiu uma taxa anual de segurança contra incêndio.
Que tem como fato gerador “A utilização, efetiva ou potencial, de serviço específico de combate a incêndio e pânico, resgate e remoção em acidente automobilísticos, salvamentos aquáticos, terrestres e aéreos, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição” a ser cobrada de  todos os proprietários de imóveis residenciais unifamiliares e multifamiliares ou  dos proprietários de imóveis de uso empresarial industrial, comercial, profissionais liberais e autônomos, firmas individuais ou coletivas.
É o relatório. Passo a opinar.
5. FUNDAMENTAÇÃO
O direito relacionado ao objeto do presente parecer vem expresso no Art. 77 do Código Tributário Nacional (CTN/1966).
“As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. ”
No caso apresentado, pode-se ver que esta taxa, não é divisível e não será utilizada por todos os contribuintes, sendo assim é uma taxa inconstitucional.
Como exemplo temos a taxa de coleta de lixo domiciliar, que é uma taxa constitucional, pois todos habitantes produzem lixo, e todas as residências possuem esse serviço de coleta. Ou seja, cada contribuinte vai arcar com aquilo que deve e é possível identificar quem está sendo beneficiado, já no caso da “taxa anual de segurança contra incêndio” não há como dividir quanto o Estado vai ter de custo com cada indivíduo como na taxa do lixo. 
Ainda sobre a taxa, Leandro Paulsen diz:
“O interesse público impõe ao Estado que exerça o poder de polícia administrativa e que preste determinados serviços. Contudo, não há por que toda a sociedade participar do custeio de tais atividades estatais quando sejam específicas, divisíveis e realizadas diretamente em face de ou para determinado contribuinte que a provoca ou demanda. Daí a outorga de competência para a instituição de tributo que atribua o custeio de tais atividades específicas e divisíveis às pessoas às quais dizem respeito, conforme o custo individual do serviço que lhes foi prestado ou fiscalização a que foram submetidas, com inspiração na ideia de justiça comutativa. ” (PAULSEN, Leandro. Curso de direito tributário completo. Editora Saraiva, 2020. 11. Ed. Pág. 72.)
A taxa deveser cobrada, daquele que se beneficiar de um serviço público, específico e divisível. Para corroborar com o entendimento desta tese, trago o julgado do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.
EMENTA: TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL - REMESSA NECESSÁRIA - MANDADO DE SEGURANÇA - TAXA DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO - INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO STF - RE N. 643.247/SP E ADI N. 2.908/SE - COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA - POSSIBILIDADE - A PARTIR DA IMPETRAÇÃO - LEI ESTADUAL N. 14.699/2003 - SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. O Plenário do STF, ao apreciar, em sede de repercussão geral, a cobrança de taxa pela utilização potencial do serviço de extinção de incêndios concluiu pela sua inconstitucionalidade (RE 643.247/SP). Posteriormente, o Tribunal Superior, por maioria, julgou parcialmente procedente o pedido formulado na ADI n. 2.908 para declarar a inconstitucionalidade de dispositivo legal de Lei Estadual que prevê a cobrança da denominada Taxa Anual de Segurança Contra Incêndio. Apreciada a questão pelo Tribunal responsável pela guarda da Constituição, impõe-se concluir pela inconstitucionalidade da cobrança pelo Estado de Minas Gerais de taxa de segurança pública pela utilização potencial do serviço de extinção de incêndios. A compensação creditória limita-se às parcelas pagas após a impetração da ação mandamental e deve ser condicionada aos pressupostos normativos estabelecidos pela Lei Estadual n. 14.699/2003, nos termos do artigo 170 do CTN. (Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, 2021. Disponível em revistasdostribunais.com.br. Acesso em 25 de Abril de 2021).
 No julgado podemos ver a inconstitucionalidade da taxa, onde passa a fazer referência a Lei n. 12345/21, que também é uma lei inconstitucional.
6. CONCLUSÃO 
Ante o exposto, respondendo ao questionamento formulado na consulta, opino que no caso analisado, a Lei n. 12345/21 não é constitucional.
É o parecer.
Santo André, 25 de Abril de 2021.

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