Buscar

O Medo da Morte em Pacientes Terminais

Prévia do material em texto

CURSO: FARMÁCIA – MATUTINO
Explique como o medo da morte se manifesta em pacientes vida graves ou terminais e quais suas consequências para a psíquica desse sujeito:
Poucas pessoas conseguem encarar a morte com naturalidade, nem mesmo as que seguem alguma religião ou filosofia, que acredita na vida após a morte, estão isentas ao medo de morrer. De maneira geral, no nosso inconsciente, não conseguimos assimilar a morte como algo possível quando se trata de nós mesmos, e quando tentamos imaginar, sempre é associado a algum ruim e doloroso, fazendo com que tenhamos a tendência a repelir qualquer pensamento a respeito da morte e do processo de morrer.
No caso de pacientes diagnosticados com doenças terminais, quando recebem a notícia da gravidade de sua doença, vem à tona o receio de que, quanto mais chegar perto da morte, maior será sua dor. Isso acaba ocorrendo porque a morte em si, causa menos medo do que o processo de morrer, pois esse período tende a ser desagradável. É comum que esses pacientes se tornem solitários e depressivos por não querer ter contato com a família e amigos, por acreditar que serão rejeitados por estarem com a aparência debilitada e principalmente por serem dependentes de terceiros para suprir suas necessidades.
O modelo de Kübler-Ross descreve os cinco estágios emocionais vivenciados durante este processo. O primeiro estágio é denominado negação, que ocorre quando o sujeito recebe a notícia que é portador de uma doença terminal e nega esta condição, assim sente que tem mais tempo para confrontar a situação. Esta condição é temporária e logo é substituída pela aceitação parcial. A segunda fase é a raiva, que se caracteriza pelos sentimentos de revolta, fúria dirigidos aos familiares e cuidadores. Durante este estágio é importante que tanto os profissionais da saúde, quanto os familiares entendam que as ofensas não são pessoais, mas sim uma reação emocional diante da morte. O terceiro estágio é a barganha. É uma estratégia que visa o prolongamento da vida ou alguns dias sem dor. Nessa fase é comum o sujeito doar bens, intensificar suas idas a igreja, com intuito de adiar seu inexorável desfecho. Mesmo aqueles que não são apegados a religião, nessa fase voltam-se a Deus ou outras divindades. O quarto estágio é denominado depressão, onde o sujeito torna-se retraído, sem esperança, apresentando alterações no sono e na alimentação. Essa tristeza é proveniente das limitações físicas ocasionadas pela doença ou, ainda, o tempo prolongado da hospitalização. A aceitação é a última fase dos cinco estágios emocionais. Nesse período, o sujeito supera o conflito diante de morrer, passando organizar sua vida considerando a proximidade da morte, sem relutar diante de sua realidade. 
Com isso, podemos observar a relevância que o apoio, a compreensão e o preparo de profissionais da área de saúde desempenham durante terminal da doença, sendo cruciais para ajudar na resolução dos conflitos do paciente e no seu sofrimento diante de tal condição. Portanto com suporte psicológico, vinculado à uma dinâmica de interação adequada entre familiares e equipe médica, pode ser proporcionado ao paciente o apoio necessário, que irá minimizar seu sofrimento em últimos momentos de vida.

Continue navegando

Outros materiais