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1 CEDERJ - CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO CURSO: Administração DISCIPLINA: Orçamento, Estrutura e Custo de Capital CONTEÚDISTA: Kátia de Almeida e Marcelo Alvaro da Silva Macedo AULA 8 – Módulo 2 Analisando o Orçamento de Capital a partir do Custo Marginal do Capital META DA AULA Definir o conceito de Custo Marginal Ponderado de Capital (CMaPC) e abordar como este pode ser usado na análise das oportunidades de investimento. OBJETIVOS Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: • Determinar os pontos de ruptura relativos a cada fonte de financiamento e o Custo Marginal Ponderado de Capital (CMaPC). • Explicar como o CMaPC pode ser usado com o perfil de oportunidades de investimentos (POI) para tomar decisões de investimento e financiamento da empresa. PRÉ-REQUISITOS Para que você encontre maior facilidade na compreensão dessa aula, é importante que tenha em mente todos os conceitos desenvolvidos nas aulas 4 a 7. 1. INTRODUÇÃO Nesta aula nós vamos mostrar a relação entre o custo de capital e o orçamento de capital. O custo de capital tem uma importância estratégica bem grande, pois projetos são aceitos ou rejeitados pela regra do VPL ou da TIR, utilizando-o como parâmetro de decisão. Isso porque, se a empresa pretende investir em novos projetos, esta deve exigir que estes sejam capazes de cobrir o custo de capital dos recursos necessários para seu financiamento. Logo, saber o custo marginal ponderado de capital (CMaPC) para comparar com a TIR ou para usar como TMA no cálculo do VPL dos projetos é relevante. 2 O custo marginal ponderado de capital é a função que relaciona o custo médio ponderado de capital da empresa a cada nível de novo financiamento total. Ele aumenta juntamente com o nível do novo financiamento total, porque os custos dos componentes do financiamento – empréstimos, ações preferenciais e ações ordinárias – sobem à medida que maiores volumes são levantados. O aumento nos custos componentes do financiamento resulta do fato de que num determinado instante, quanto maior o volume de financiamento novo, maior o risco para o fornecedor de capital. O risco aumenta em resposta à incerteza crescente quanto aos investimentos financiados com esses fundos. Em outras palavras, os fornecedores de capital exigem maiores retornos na forma de juros e dividendos, como compensação pelo maior risco assumido, conforme maiores montantes de novos financiamentos forem incorridos. Outro fator que causa o aumento do custo médio ponderado de capital relaciona-se ao uso de ações ordinárias como alternativa de financiamento. A parte do novo financiamento proporcionado pela ação ordinária será retirada dos lucros retidos disponíveis, até exauri-los, e depois será obtida através de emissões de ações ordinárias. Uma vez que lucros retidos são uma forma menos dispendiosa de financiamento de capital próprio do que a venda de novas ações ordinárias, quando os lucros retidos tiverem sido exauridos, o custo médio ponderado de capital aumentará, com a adição de ações ordinárias mais caras. O CMaPC é um insumo-chave no processo de tomada de decisão de investimento, já que a empresa deve fazer somente investimentos cujo retorno esperado seja maior que o CMaPC. Evidentemente, a qualquer momento, os custos do financiamento e os retornos dos investimentos da empresa serão afetados pelo volume de financiamento e pelo investimento efetuado. Por conta disso, se torna importante o uso do CMaPC associado as decisões de investimento 2. CUSTO MARGINAL PONDERADO DE CAPITAL (CMaPC) O custo marginal de qualquer item é o custo de uma unidade adicional desse item; por exemplo, o custo marginal da mão-de-obra é o custo de se acrescentar um trabalhador adicional. O custo marginal da mão-de-obra pode ser de $35 por pessoa se forem acrescentados dez trabalhadores, mas de $50 por pessoa se a empresa tentar contratar cem novos trabalhadores, porque será mais difícil encontrar cem pessoas com disposição e capacidade de fazer o trabalho. O mesmo conceito é aplicável ao capital. Á medida que a empresa tenta atrair mais capital (reais) novos, o custo de cada real irá subir em algum ponto. Assim, o custo marginal do capital (CMaPC) é definido como o custo do último real de novo capital levantado pela empresa, sendo que o custo marginal aumenta, à medida que mais e mais capital é levantado, durante um dado período. O custo médio ponderado de capital pode variar a qualquer momento, dependendo do volume de financiamento que a empresa planeja levantar. Conforme o volume de financiamento aumenta, os custos dos vários tipos de financiamento aumentarão, elevando o custo médio ponderado de capital da empresa. O custo marginal ponderado de capital (CMaPC) é o custo médio ponderado de capital da empresa (CMePC) associado à próxima unidade monetária do novo financiamento total. O administrador financeiro está interessado neste custo marginal porque é relevante nas decisões atuais. 3 2.1 Ponto de ruptura Como questão prática, conforme uma empresa capta somas cada vez maiores, em um dado período de tempo, os custos de suas fontes se elevam, e à medida que isso ocorre, o CMePC de cada unidade monetária se eleva. Isto nos leva ao conceito de ponto de ruptura, que é o valor do capital novo que pode ser captado antes que ocorra um aumento no CMePC da empresa. Estes pontos podem ser encontrados pela divisão da quantia total do capital de custo mais baixo de um certo tipo pela fração deste tipo de capital na estrutura de capital da empresa. Para se utilizar o conceito de CMaPC nas decisões de investimento é necessário se calcular primeiramente os denominados pontos de ruptura. Estes poderiam ser definidos como sendo aqueles que refletem o nível do novo financiamento total, no qual aumenta o custo de um dos componentes de financiamento. Este é encontrado pelo quociente entre o total de fundos disponíveis de uma determinada fonte de financiamento a um dado custo e o peso da estrutura de capital (histórica ou meta) para esta mesma fonte de financiamento. A equação abaixo é usada para encontrar os pontos de ruptura. i i i w TFPR = onde PRi = ponto de ruptura para a fonte de financiamento i TFi = total de fundos disponíveis da fonte de financiamento i a um dado custo wi = peso da estrutura de capital - histórica ou meta - para a fonte de financiamento i. Exemplo Quando a Empresa Magnus exaurir seus lucros retidos disponíveis de $500.000 (kr = 13%), terá que usar um novo financiamento de ações ordinárias, mais dispendioso (kn = 14,01%), para suprir as necessidades do seu capital próprio. Além disso, a empresa espera emprestar somente $600.000 a um custo de 8,85%; um empréstimo adicional terá um custo após o imposto de renda (ki) de 10,00%. Assim sendo, existem dois pontos de ruptura – (1) quando os lucros retidos, $500.000, que custam 13,00% forem exauridos e (2) quando o empréstimo a longo prazo, $600.000, que custa 8,85% for exaurido. Os pontos de ruptura podem ser encontrados substituindo-se esses valores e os pesos da estrutura de capital correspondentes na equação anterior. Obtém-se: ,00$1.000.000 0,50 $500.000 próprio capital ==PR $1.500.000 0,40 $600.000 prazo longo a empréstimo ==PR Este resultado indica que níveis de novo financiamento total de até $1.000.000, o custo de capital próprio é igual a 13% a.a., superior a $1.000.000, o custo de capital próprio é igual a 14,01% a.a. 4 Para o empréstimo de longo prazo, até um total de $1.500.000, o custo do empréstimo a longo prazo é 8,85%, superior a $1.500.000, o custo do empréstimo a longo prazo é 9,5%. Portanto, o nível de $1.000.000de financiamento total é um ponto de ruptura para o capital próprio. E o ponto de ruptura do capital de terceiros é $1.500.000 de financiamento total. Cálculo do CMaPC Uma vez determinados os pontos de ruptura, deve ser calculado o CMePC sobre cada faixa formada pelos pontos de ruptura. Etapas: 1ª: Determinar o custo da cada fonte de financiamento para os vários níveis de utilização daquele tipo de financiamento. A determinação do custo deve ser feito através de uma análise das condições correntes de mercado, como foi visto na aula 7. 2ª Determinar os níveis do novo financiamento total, a partir dos quais muda o custo dos novos componentes. Ou seja determinar os pontos de ruptura. 3ª Calcular o custo médio ponderado de capital nos pontos de ruptura. 4ª Construir o gráfico do custo marginal ponderado de capital (CMaPC), que representa o custo médio ponderado de capital (CMePC) para cada ponto do novo financiamento total. Exemplo Os custos médios ponderados de capital (CMePC) para as três faixas, criados pelos dois pontos de ruptura, estão resumidos na tabela mostrada no Quadro 1. Esses dados descrevem o custo marginal ponderado de capital (CMaPC) que, como se pode ver, aumenta de acordo com os níveis de aumento do novo financiamento total. QUADRO 1 - DADOS PARA O USO NO CÁLCULO DO CUSTO MARGINAL PONDERADO DE CAPITAL (CMaPC) DA EMPRESA MAGNUS Fonte de capital Proporção-meta Faixa de novo financiamento Custo $0 a $600.000 8,85% Superior a $600.000 10,00% Ações preferenciais (AP) 10% Para qualquer financiamento 10,63% $0 a $500.000 13,00% Superior a $500.000 14,01% Empréstimo a longo prazo (ELP) Ações ordinárias (AO) 40% 50% ETAPA 1: Após consultar inúmeras fontes, a Empresa Magnus determina o custo de cada uma de suas três fontes de capital, durante várias faixas das respectivas fontes de novo financiamento. 5 QUADRO 2 - DETERMINAÇÃO DE PONTOS DE RUPTURA PARA FONTES DE CAPITAL DA EMPRESA MAGNUS Fonte de capital Proporção- meta Custo Faixa de novo financiamento Ponto de ruptura Ponto de financiamento total 8,85% $0 a $600.000 $0 a $1.500.000 10,00% Superior a $600.000 Superior a $1.500.000 AP 10% 10,63% 13,00% $0 a $500.000 $0 a $1.000.000 14,01% Superior a $500.000 Superior a $1.000.000 $600.000 ÷ 0,40 = $1.500.000 $500.000 ÷ 0,50 = $1.000.000 ELP AO 40% 50% Para qualquer nível de financiamento ETAPA 2: Usando as proporções de estrutura-meta de capital dadas na coluna 2 do Quadro 2 e as faixas de financiamento dadas na coluna 4, os pontos de ruptura para cada fonte são calculadas na coluna 5 do Quadro 2. As faixas resultantes de novo financiamento total são dadas na coluna 6 do Quadro 2. ETAPA 3: Um exame das colunas 5 e 6 do Quadro 2 indica que o custo médio ponderado de capital da empresa mudará a níveis de novo financiamento total de $1.000.000, $1.500.000, e acima de $1.500.000. Esses pontos de ruptura são listados em ordem crescentes. Vamos agora calcular o CMaPC em alguns pontos: Para um nível de financiamento até $1.000.000 • $1.000.000 ELP: 0,4 x 8,85% = 3,54% AP: 0,1 x 10,63% = 1,06% CMaPC = 11,10% a.a. AO: 0,5 x 13,00% = 3,65% Para um nível de financiamento de $1.000.001 a $1.500.000 (o custo da AO até $500.000 é de 13,00% a.a. e acima de $500.000 é de 14,01% a.a.) • $1.100.000 ELP: 0,4 x 8,85% = 3,54% a.a. AP: 0,1 x 10,63% = 1,06% a.a. AO: $550.000 (50% do capital total) $550.000 representam 50% na estrutura de capital, logo fazendo uma regra de três, temos: %45,45000.500 5,0000.550 =⇒→ → xx Logo, se $500.000 representam 45,45% de um total de 50%, $50.000 representam 4,55%, então temos para a ação ordinária: AO: $550.000 sendo: 6 $500.000 – 13,00%→13,00% x 0,4545 = 5,91% O custo da AO é igual a: 6,55% a.a. $ 50.000 – 14,01%→ 14,01% x 0,0455 = 0,64% Somando todos os custos, temos a um nível de financiamento de $1.100.000 um CMaPC de: CMaPC = 3,54% + 1,06 + 6,55 = 11,15% a.a. • $1.400.000 ELP: 0,4 x 8,85% = 3,54% a.a. AP: 0,1 x 10,63% = 1,06% a.a. AO : $700.000 (50% do capital total) $700.000 representam 50% na estrutura de capital, logo fazendo uma regra de três, temos: %71,35000.500 5,0000.700 =⇒→ → xx Logo, se $500.000 representam 35,71% de um total de 50%, $200.000 representam 14,29%, então temos para a ação ordinária: AO: $700.000 sendo: $500.000 – 13,00%→13,00% x 0,3571 = 4,64% O custo da AO é igual a: 6,64% a.a. $200.000 – 14,01%→ 14,01% x 0,1429= 2,00% Somando todos os custos, temos a um nível de financiamento de $1.400.000 um CMaPC de: CMaPC = 3,54% + 1,06 + 6,64 = 11,24% .a. Para um nível de $1.500.000 (o custo da AO até $500.000 é de 13,00% a.a. e acima de $500.000 é de 14,01% a.a.) ELP: 0,4 x 8,85% = 3,54% a.a. AP: 0,1 x 10,63% = 1,06% a.a. AO : $750.000 (50% do capital total) $750.000 representam 50% na estrutura de capital, logo fazendo uma regra de três, temos: %33,33000.500 5,0000.750 =⇒→ → xx Logo, se $500.000 representam 33,33% de um total de 50%, $250.000 representam 16,67%, então temos para a ação ordinária: AO: $750.000 sendo: $500.000 – 13,00%→13,00% x 0,3333 = 4,33% O custo da AO é igual a: 6,67% a.a. $250.000 – 14,01%→ 14,01% x 0,1667 = 2,34% Somando todos os custos, temos a um nível de financiamento de $1.400.000 um CMaPC de: 7 CMaPC = 3,54% + 1,06 + 6,67 = 11,27% a.a. Para um nível de financiamento acima de $1.500.000 (o custo da AO até $500.000 é de 13,00% a.a. e acima de $500.000 é de 14,01% a.a., e o custo do capital de terceiros até 600.000 é igual a 8,85% a.a. e acima de $600.000 é igual a 10,00% a.a.) • $1.600.000 ELP: $640.000 (40% do capital total) $600.000 representam 40% na estrutura de capital, logo fazendo uma regra de três, temos: %50,37000.600 4,0000.640 =⇒→ → xx Logo, se $600.000 representam 37,50% de um total de 40%, $40.000 representam 2,50%, então temos para o capital de terceiros, temos: ELP: $640.000 sendo: $600.000 – 8,85%→ 8,85% x 0,3750 = 3,32% O custo da ELP é igual a: 3,57% a.a. $ 40.000 – 10,00%→ 10,00% x 0,0250 = 0,25% AP: 0,1 x 10,63% = 1,06% a.a. AO : $800.000 (50% do capital total) $800.000 representam 50% na estrutura de capital, logo fazendo uma regra de três, temos: %25,31000.500 5,0000.800 =⇒→ → xx Logo, se $500.000 representam 31,25% de um total de 50%, $300.000 representam 18,75%, então temos para a ação ordinária: AO: $800.000 sendo: $500.000 – 13,00%→ 13,00% x 0,3125 = 3,61% O custo da AO é igual a: 6,72% a.a. $300.000 – 14,01%→ 14,01% x 0,1875 = 3,11% Somando todos os custos, temos a um nível de financiamento de $1.600.000 um CMaPC de: CMaPC = 3,57% + 1,06 + 6,72 = 11,35% a.a. • $2.000.000 ELP: $800.000 (40% do capital total) $800.000 representam 40% na estrutura de capital, logo fazendo uma regra de três, temos: %00,30000.600 4,0000.800 =⇒→ → xx 8 Logo, se $600.000 representam 30,00% de um total de 40%, $200.000 representam 10,00%, então temos para o capital de terceiros, temos: ELP: $800.000 sendo: $600.000 – 8,85%→ 8,85% x 0,30 = 2,66% O custo da ELP é igual a: 3,66% a.a. $200.000 – 10,00%→10,00% x 0,10 = 1,00% AP: 0,1 x 10,63% = 1,06% a.a. AO : $1.000.000 (50% do capital total) $1.000.000 representam 50% na estrutura de capital, logo fazendo uma regra de três, temos: %25000.500 5,0000.00.1 =⇒→ → xx Logo, se cada parcela de $500.000 representa 25% de um total de 50%, então temos para a ação ordinária: AO: $1.000.000 sendo: $500.000 – 13,00%→ 13,00% x 0,25 = 3,25% O custo da AO é igual a: 6,75% a.a. $500.000 – 14,01%→ 14,01% x 0,25 = 3,50% Somando todos os custos, temos a umnível de financiamento de $1.600.000 um CMaPC de: CMaPC = 3,66% + 1,06 + 6,75 = 11,47% a.a. ETAPA 4: No Quadro 3 é dado um quadro de custo médio ponderado de capital associado a cada ponto relevante do novo financiamento total. Esse quadro representa o custo marginal ponderado de capital. A natureza crescente deste relacionamento deveria ficar evidente a partir dos dados apresentados. Resumindo temos; QUADRO 3 - CUSTO MARGINAL PONDERADO DE CAPITAL DA EMPRESA MAGNUS Pontos de Financiamento Custo médio ponderado de capital Até $1.000.000 11,1% a.a. $ 1.100.000,00 11,15% a.a. $ 1.400.000,00 11,24% a.a. $ 1.500.000,00 11,27% a.a. $ 1.600.000,00 11,35% a.a. $ 2.000.000,00 11,47% a.a. 9 CMgPC 11,05% 11,10% 11,15% 11,20% 11,25% 11,30% 11,35% 11,40% 11,45% 11,50% 0 500000 1000000 1500000 2000000 2500000 Necessidades de novos recursos TIR ou Custo FIGURA 1 – GRÁFICO DO CUSTO MARGINAL PONDERADO DE CAPITAL 3. PERFIL DAS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS (POI) Num determinado momento, uma empresa dispõe de certas oportunidades de investimento. Essas oportunidades diferem, no que diz respeito ao tamanho do investimento antecipado, do risco e do retorno. (Uma vez que o custo médio ponderado de capital não é aplicável aos investimentos com risco variável, continua-se supondo que todas as oportunidades têm riscos iguais, semelhantes ao risco da empresa). O perfil das oportunidades de investimento (POI) da empresa é o perfil que classifica as possibilidades de investimentos, indo do melhor (retornos mais altos) ao pior (retornos mais baixos). À medida que a empresa aumenta o montante de recursos disponíveis para o investimento em projetos de capital, o retorno (TIR) sobre os projetos diminuirá visto que, geralmente, o primeiro projeto aceito terá o retorno mais elevado, o projeto seguinte escolhido será o segundo com retorno mais elevado, e assim por diante. Resumindo, o retorno dos investimentos diminuirá à medida que forem aceitos projetos adicionais. Exemplo: O perfil das oportunidades de investimento (POI) da Empresa Magnus relaciona as possibilidades de investimento, a começar das melhores (retornos mais altos), na coluna 2 Quadro 4. Na coluna 3 do quadro, é mostrado o investimento inicial exigido em cada projeto e na coluna 4 são dados os investimentos necessários acumulados para financiar todos os melhores projetos e incluindo a oportunidade de investimento correspondente. QUADRO 4– PERFIL DAS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO (POI) PARA A EMPRESA MAGNUS A 14,00% $ 500.000,00 $ 500.000,00 B 13,50% $ 200.000,00 $ 700.000,00 C 13,00% $ 400.000,00 $ 1.100.000,00 D 12,00% $ 300.000,00 $ 1.400.000,00 E 11,00% $ 200.000,00 $ 1.600.000,00 F 10,50% $ 400.000,00 $ 2.000.000,00 Oportunidade de investimento Taxa interna retorno (TIR) Investimento inicial Investimento cumulativo 10 0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 500 1000 1500 2000 2500 Necessidades de novos recursos TI R ou C us to s POI A C ED B F Agora associamos o Perfil das Oportunidades de Investimentos para a Empresa Magnus com o CMaPC para cada ponto de investimento cumulativo (para cada ponto de necessidade marginal de capital) da empresa, conforme mostra o Quadro 5: QUADRO 5– PERFIL DAS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO (POI) PARA A EMPRESA MAGNUS ASSOCIADO AO CMaPC A 14,00% $ 500.000,00 $ 500.000,00 11,10% B 13,50% $ 200.000,00 $ 700.000,00 11,10% C 13,00% $ 400.000,00 $ 1.100.000,00 11,15% D 12,00% $ 300.000,00 $ 1.400.000,00 11,24% E 11,00% $ 200.000,00 $ 1.600.000,00 11,35% F 10,50% $ 400.000,00 $ 2.000.000,00 11,47% CMgPC para cada nível de necessidade de financiamento Oportunidade de investimento Taxa interna retorno (TIR) Investimento inicial Investimento cumulativo Como a empresa só deve aceitar projetos que tenham a TIR maior ou igual a TMA, que nada mais é que o CMaPC, mesmo que possua recursos ilimitados de capital, ou ainda, supondo que a empresa dispõe de um total de $2.000.000,00 para seus investimento, os projetos E e F deverão ser rejeitados, pois possuem CMaPC maior que as suas TIR’s. Representando graficamente os lucros do projeto em relação ao investimento acumulado sobre um conjunto de eixos de novo financiamento total / investimento total – custo médio ponderado de capital e TIR, resulta o perfil de oportunidades de investimento (POI) da empresa. Na Figura 2 é fornecido um gráfico do POI da Empresa Magnus. FIGURA 2 – GRÁFICO DO PERFIL DE OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS DA EMPRESA MAGNUS . 11 A Figura 3, abaixo, representa o gráfico comparativo do POI da Empresa Magnus versus o seu CMaPC. FIGURA 3 – GRÁFICO COMPARATIVO DO POI X CMaPC DA EMPRESA MAGNUS POI 10,00% 10,50% 11,00% 11,50% 12,00% 12,50% 13,00% 13,50% 14,00% 14,50% 0 500 1000 1500 2000 2500 Necessidades de novos recursos TIR ou Custo CMgPC No gráfico fica bem claro que existem dois projetos que estão abaixo da curva do CMaPC, logo não podem ser aceitos. A Figura 3 mostra a escala de CMaPC e POI da Empresa Magnus no mesmo conjunto de eixos. Usando essas duas funções em conjunto, o orçamento ótimo de capital da empresa (“X” da figura) está determinado. Levantando-se $1.400.000 de novo financiamento e investindo-os nos projetos A, B, C e D, a empresa estará escolhendo os projetos de maior rentabilidade. Note-se que o seu retorno de 12,0% a.a. sobre o último $1 investido (no projeto D) excede seu custo médio ponderado de 11,24% a.a. O investimento no projeto E é inviável, já que seu retorno de 11,0% a.a. é menor que o custo de 11,35% a.a.dos fundos disponíveis para investimento E A B C D F 12 É importante notar que no ponto em que a TIR se iguala ao custo médio ponderado de capital, ka – o orçamento ótimo de capital de $1.400.000, o tamanho da empresa, bem como o capital dos acionistas, serão otimizados. De certo modo, o tamanho da empresa é determinado pelo mercado – a disponibilidades e os retornos das oportunidades de investimentos e a disponibilidade e o custo dos financiamentos. Evidentemente, como mostrado na aula 5, a maior parte das empresas opera com racionamento de capital, porque a administração impõe um orçamento interno de gastos de capital (e, assim sendo, financeiro) restrito, que está abaixo do orçamento ótimo de capital (onde TIR = ka). Basta dizer que devido ao racionamento de capital, existe sempre uma defasagem entre o orçamento de capital teoricamente ótimo e o nível real de financiamentos / investimento da empresa. 4. CONCLUSÃO O CMaPC deveria ser usado em conjunto com as oportunidades de investimento disponíveis à empresa, a fim de possibilitar a escolha dos investimentos a serem implementados. Enquanto a taxa interna de retorno (TIR) do projeto for maior que o custo marginal ponderado de capital de novo financiamento a ser utilizado para financiar o projeto, a empresa deveria aceitar o projeto. O retorno dos investimentos diminuirá à medida que mais projetos forem aceitos, ao passo que o custo marginal ponderado de capital aumentará porque serão necessários maiores montantes de novo financiamento. A empresa aceitaria projetos até o ponto em que o retorno marginal de seu investimento se igualasse a seu custo marginal ponderado de capital. Além desse ponto o retorno de seus investimentos será inferior a seu custo de capital. A elaboração do orçamento de capital consiste em primeiramente identificar o conjunto de possibilidades de investimento, aplicando a este as técnicas de análise de viabilidade econômico-financeira, como por exemplo, o VPL e a TIR. Parase chegar a alguma resposta é necessário antes definir o custo de oportunidade ajustado ao risco que será utilizado na análise dos projetos de investimento. Este elemento, que será utilizado para trazer a valor presente os fluxos de caixa relevantes ou para ser comparado com a rentabilidade gerada pelos mesmos, pode ser o CMaPC. Essa abordagem é consistente com a maximização do valor presente líquido (VPL), uma vez que para projetos convencionais (1) o VPL é positivo enquanto a TIR exceder o custo médio ponderado de capital, ka, e (2) quanto maior a diferença entre a TIR e ka, maior o VPL resultante. Assim sendo, a aceitação de projetos começando com aqueles que tenham a maior diferença positiva entre a TIR e ka até o ponto em que a TIR se iguala a ka, deveria resultar num total máximo de VPL para todos os projetos independentes aceitos. Tal resultado está completamente consistente com o objetivo da empresa de maximizar a riqueza dos proprietários. Exercícios Resolvidos: 1. A administração da Cia. DoPonto está planejando o orçamento de capital para o próximo ano. A empresa projeta seu lucro líquido em $900.000, e planeja distribuir 40% deste como dividendos. Os lucros e dividendos da empresa estão se expandindo a uma taxa constante de 6%; seu último dividendo foi de $5,32; e o atual preço das ações é de $50,92. A nova dívida da Cia. DoPonto custará 14%. Se a DC emitir novas ações ordinárias, os custos de lançamento no mercado serão de 20%. A DC está em sua 13 estrutura ótima de capital, que se constitui de 40% de dívida e 60% de ações próprias, e a alíquota de imposto é de 40%. A Cia. DoPonto tem as seguintes oportunidades de investimentos independentes; Projeto Custo TIR A $180.000 17% B 240.000 14 C 180.000 16 D 144.000 15 Quais projetos da Cia. DoPonto pode implementar? Lucro retido = $900.000 × 0,6 = $540.000 D1 = D0 (1 + g) D1 = $5,32 (1,06) = $5,64 Custo de dívida de longo prazo, kd = 14% a.a. ki = 14% × (1 – 0,40) = 8,4% a.a. Custo do lucro retido, %08,171708,006,01107,006,0 92,50$ 64,5$ ==+=+=sk a.a. Custo de lançamento = $50,92 × 0,20 = $$10,184 Recebimento líquido = $50,92 - $10,18 = $40,74 Custo de nova ações, %84,191984,006,01384,006,0 74,40$ 64,5$ ==+=+=nk a.a. $900.000 0,60 $540.000 próprio capital ==PR CMaPC para orçamento até $900.000: CMaPC = 0,40 × 8,4% + 0,60 × 17,08 = 3,36 + 10,25 = 13,60% a.a. Projeto Custo TIR Invest. Acumulado A $180.000 17% $180.000 C 180.000 16 360.000 D 144.000 15 504.000 B 240.000 14 744.000 A Cia. DoPonto pode implementar todos os quatro projetos, pois até um volume de recursos no montante de R$ 900.000,00 seu CMePC será de 13,60% a.a. 2. A Empresa InfoSol obteve lucro líquido de $4.200.000 no último exercício anual. Desse lucro, a empresa pagou um dividendo de $1,50 para cada uma de suas ações ordinárias, em um número total de 1 milhão. A estrutura de capital da empresa inclui 40% de capital de terceiros, 10% de ações preferenciais e 50% de capital próprio. A empresa é tributada à alíquota de 40%. a) Sendo o preço da ação ordinária igual a $40 e esperando-se que os dividendos cresçam a 6% ao ano no futuro, qual é o custo de financiamento com lucros retidos da empresa? 14 b) Se os custos de lançamento de novas ações ordinárias forem iguais a $2,00 por ação, qual é o custo de financiamento com a emissão de novas ações ordinárias? c) A empresa pode emitir ações preferenciais com dividendo de $2,00 a um preço de mercado de $25 por unidade. Os custos de lançamento totalizariam $3,00 por ação. Qual o custo de financiamento com a emissão de ações preferenciais? d) A empresa pode emitir obrigações com valor de face de $1.000, cupom de 10% e prazo de cinco anos. As obrigações seriam vendidas por $1.200 a unidade. Os custos de lançamento totalizariam $25 por obrigação. Qual o custo de financiamento com capital de terceiros? e) Qual é o volume máximo de investimento em projetos que a Empresa InfoSol poderia fazer antes de ser obrigada a emitir novas ações ordinárias? f) Qual é o CMaPC entre zero e o ponto de ruptura? g) Qual é o CMaPC a partir do ponto de ruptura? Lucro líquido = $4.200.000 Dividendo, D0 = $1,50 Número de ações ordinárias = 1.000.000 Total de dividendos = $1,50 × 1.000.000 ações = $1.500.000 Lucros retidos = $ 4.200.000 - $1.500.000 = $2.700.000 a) Custos de lucros retidos, kr ks = g P D + 0 1 Recebimento líquido, Nn = Preço de venda = P0 = $40 g= 6% D1 = $1,50 × (1,06) = $1,59 %975,90998,006,00398,006,0 40$ 59,1$ ==+=+=sk a.a. b) Custo de novas emissões de ações ordinárias g N Dk n 1 n += PV = P0 = $40 g= 6% D1 = $1,336 Custo de colocação = $1 Nn = $40 – $2 = $38 %1842,101018,006,00418,006,0 38$ 59,1$ ==+=+=nk a.a. c) Custos de ações preferenciais, kp Dividendos anuais, Dp = $2,0 Recebimentos líquidos da venda da ação, Np = $25 - $3 de custos de colocação = $22 %09,9091,0 22$ 0,2$ ===pk a.a. d) Custo do financiamento com capital de terceiros Custo do financiamento antes do imposto de renda, kd 15 Entradas Limpar Funções f CLEAR Saídas 41.175 1.100100 g CF0 CHS g CFj f IRRCHS g CFj g Nj 5,861 Solução com o uso da calculadora Custo do financiamento depois do imposto de renda, ki ki = kd (1 – T) ⇒ ki = 5,861% (1 – 0,40) = 3,517% e) Volume máximo de investimentos em projetos que a Edna Recording poderia fazer antes de ser obrigada a emitir novas ações ordinárias = Ponto de ruptura associado com a utilização total de lucros retidos Lucro disponível $4.200.000 (-) Dividendos (1.500.000 Lucro retido 2.700.000 i i i w TFPR = $5.400.000 0,50 $2.700.000 próprio capital ==PR f) Cálculo do custo médio ponderado de capital (CMePC) associado com o financiamento total abaixo do ponto de ruptura ($5.400.000) (ou seja entre $0 e $5.400.000) Fontes de capital Peso (1) Custo (2) Custo ponderado [(1) × (2)] = (3) Empréstimo a longo prazo 0,40 3,517% 1,4064% Ações preferenciais 0,10 9,09 0,909 Ações ordinárias 0,50 9,975 4,9875 Totais 1,00 7,3029% CMaPC = 7,303% a.a. g) O custo será crescente e sempre superior a 7,3029 % a.a., pois marginalmente a empresa teria que incorporar capital mais caro. 16 Exercícios Propostos 1. Cia. Saúde do Corpo está interessada em avaliar o seu custo total de capital. As últimas investigações reuniram os dados abaixo: Empéstimo a longo prazo: A empresa pode levantar um montante ilimitado de empréstimo através da venda de títulos de dívida de 15 anos, com valor nominal de $1.000, taxa de juros de cupom de 11% que serão pagos anualmente. Para vender a emissão, precisaria dar um desconto médio de $30 por título. A empresa precisa pagar também os custos de colocação de $20 por título. Ação preferencial: A Adams também pode emitir ações preferenciais a $50 cada, a qual paga um dividendo constante de $5 por ação. O custo de lançamento das ações preferenciais é de $1 por ação. Um volume ilimitado de ações preferenciais pode ser vendido nessas condições. Ação ordinária: A ações da empresa atualmente são vendidas a $40 por ação. Espera-se que o dividendo ao final do ano seja de $3,50, que o dividendo cresça a uma taxa constante de 6% ao ano. O custo de lançamento, na emissão de novas ações é de 10%. A empresa pode vender um número ilimitado de novas ações ordinárias nessas condições. Lucros retidos Estima-se que o lucro líquido seja de $2.500,00 e que a empresa planeja manter sua política de pagar 40% dedividendos. Assim que esses lucros tiverem sido totalmente utilizados, a empresa usará novas ações ordinárias como forma de financiamento. A empresa está na faixa de 40% de taxa de imposto de renda. a) Calcule o custo específico de cada fonte de financiamento (arredonde ao próximo 0,1%) b) A empresa usa os seguintes pesos baseados nas proporções da estrutura-meta de capital para calcular seu custo médio ponderado de capital (arredonde ao próximo 0,1%). Fonte de capital Peso Empréstimo a Longo Prazo 15% Ação Preferencial 10% Ação ordinária 75% Calcule o único ponto de ruptura associado com a situação de financiamento da empresa. Calcule o custo médio ponderado de capital associado com o financiamento total, abaixo do ponto de ruptura c) Utilizando os resultados de b juntamente com as informações seguintes sobre as oportunidades de investimentos disponíveis, e diga, quais (se houver) dos investimentos 17 disponíveis você recomendaria que a empresa aceitasse? Justifique sua resposta. Qual será o novo financiamento total necessário? Oportunidade de investimento Taxa de retorno Custo Projeto 1 16% $ 2.000 Projeto 2 15 3.000 Projeto 3 13,75 5.000 Projeto 4 12,50 2.000 2. Patton Paints Corporation tem uma estrutura de capital desejada de 40% de dívida e 60% de capital próprio. A empresa espera ter $600.000 de lucro líquido de impostos no próximo ano e planeja reter 40% de seus lucros. O preço corrente da ação é de $30, o último dividendo foi de $2,00; e se espera que o dividendo cresça a uma taxa constante de 7%. Podem ser vendidas novas ações com um custo de lançamento de 25%. Qual será o custo marginal do capital próprio da empresa, se ela levantar um total de $500.000 de novo capital? 3. Lancaster Engineering Inc (LEI) obteve lucro líquido de $34.285,72 no último exercício anual. Desse lucro, a empresa pagou um dividendo de $3,60 por ação e seu percentual de distribuição de dividendos estabelecidos é 30%. A estrutura de capital da empresa inclui 25% de capital de terceiros, 15% de ações ordinárias e 60% de capital próprio. A empresa é tributada à alíquota de 40%. a) Sendo o preço da ação ordinária igual a $60 e esperando-se que os dividendos cresçam a 9% ao ano no futuro, qual é o custo de financiamento com lucros retidos da empresa? b) Se os custos de lançamento de novas ações ordinárias forem iguais a 10% do valor nominal, qual é o custo de financiamento com a emissão de novas ações ordinárias? c) A empresa pode emitir ações preferenciais com dividendo de $11,00 a um preço de mercado de $100 por unidade. Os custos de lançamento totalizariam $5,00 por ação. Qual o custo de financiamento com a emissão de ações preferenciais? d) A empresa pode emitir obrigações até $5.000 com valor de face de $1.000, cupom de 12% e prazo de dez anos. As obrigações seriam vendidas por $1.000 a unidade. Os custos de lançamento totalizariam $20 por obrigação. Se necessitar de mais recursos financiados com capital de terceiro, além de $5.000, o custo será de 14% antes do imposto de renda. Qual o custo de financiamento com capital de terceiros, nas duas situações? e) Quais são os pontos de ruptura associados a cada fonte de capital? 18 f) Qual é o CMePC para cada um dos intervalos de financiamento? g) Com as escalas de custo de capital e oportunidades de investimento da empresa são apresentados a seguir Projeto Investimento Inicial TIR A $10.000 12,0% B 10.000 17,4 C 10.000 14,2 D 20.000 13,7 E 20.000 16,0 Identifique os projetos que você recomendaria para a Lancaster Engineering Inc. no próximo ano, e explique por que certos projetos são recomendados e outros não. Resumo O CMaPC é o custo de se obter um real adicional de capital. À medida que a empresa vai necessitando captar mais recursos, os custos de capital e os retornos de investimento serão afetados pelo volume de recursos a serem captados. À medida que a empresa capta mais recursos no mercado, os agentes tendem a exigir taxas crescentes de juros. Um ponto de ruptura ocorrerá no esquema do CMaPC sempre que o custo dos componente de capital aumenta. O perfil de oportunidade de investimento (POI) é um gráfico das oportunidades de investimento da empresa, classificado na ordem de suas taxas de retorno. O esquema do CMaPC é combinado com o cronograma do POI, e a interseção define o custo de capital da empresa, que é empregado para avaliar os projetos durante a elaboração de orçamento de capital. O custo marginal ponderado de capital, CMaPC, é o custo de oportunidade a ser utilizado nas decisões de orçamento de capital que avaliam as novas oportunidades de investimento, segundo quadro abaixo. QUADRO 7 – ESQUEMA DE DECISÃO Taxa de retorno dos projetos Riqueza do acionista Taxa interna de retorno > custo de capital Aumenta Taxa interna de retorno = custo de capital Não muda Taxa interna de retorno < custo de capital Diminui 19 INFORMAÇÕES SOBRE A PRÓXIMA AULA Depois de termos visto os conceitos e o calculo do custo de capital, vamos utilizá-los para explicar a estrutura ótima de capital da empresa, discutindo o enfoque LAJIR – LPA em relação à estrutura de capital e a busca pela estrutura (proporção entre CT e CP) que gere o menor CMePC e, por conseguinte, o maior valor para empresa (maximize a riqueza dos proprietários). REFERÊNCIAS Gitman, Lawrence Jeffrey. Princípios de Administração Financeira. 10ª Edição. São Paulo: Pearson Education, 2004. 745 páginas. Ross, Stephen A.; Westerfield, Randolph W.; Jaffe, Jeffrey F. Administração Financeira - Corporate Finance. 2ª Edição. São Paulo:Atlas, 2002. 699 páginas. Brigham, Eugene F.; Ehrhardt, Michael C. Administração Financeira - Teoria e Prática. 10ª Edição. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. 1044 páginas. Lemes Jr., Antonio Barbosa; Rigo, Claudio Miessa; Cherobim, Ana Paula Mussi Szabo. Administração Financeira - Princípios, Fundamentos e Práticas Brasileiras . 2ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 547 páginas.
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