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CADERNO_DE_QUESTOES_1-SIMULADO-EXTENSIVO-ENEM-2022-DIGITAL_1128_28-03-2022-08-57-12

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Prévia do material em texto

PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
1º SIMULADO EXTENSIVO ENEM CHROMOS
 
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões, numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, 
disposta da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45 relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) proposta de redação;
c) questões de número 46 a 90 relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
 ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira, podendo ser feitas pela opção Inglês 
ou Espanhol, uma vez que essas possuem o mesmo gabarito. 
2. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente 
à questão.
3. À medida que você for preenchendo o gabarito, as suas respostas serão salvas automaticamente no nosso 
sistema. Desse modo, caso você saia do sistema antes de concluir a prova, não perderá o que já fez.
4. O prazo para a realização deste simulado é das 13 horas e 30 minutos de domingo (20/03/2022) 
às 23 horas e 59 minutos da quarta-feira (23/03/2022). 
5. O tempo sugerido para esta prova é de cinco horas e trinta minutos.
6. Para anexar a imagem de sua redação, clique em INSERIR REDAÇÃO.
7.	 Quando	terminar	a	prova,	verifique	se	todo	o	gabarito	foi	preenchido	e	clique	no	botão	ENVIAR	RESPOS-
TAS. Após clicar nesse botão, o seu gabarito será enviado para o nosso sistema e você não poderá alte- 
rá-lo mais.
8.	 O	gabarito	oficial	será	publicado	em	nosso	site (www.chromos.com.br) na quinta-feira, 24/03/2022, com o 
arquivo contendo as questões comentadas para auxiliá-lo em seus estudos.
 
2022
1° DIA 
CADERNO 
1enem enem 
en
em
 e
ne
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 e
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en
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 ene
m enem enem enem enem enem
 enem
 enem
 enem
 enem
 enem enem enem enem enem
 ene
m 
en
em
Dúvidas
ou
Sugestões?
Entre em contato com:
simulado@chromos.com.br
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 3
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
Questão 01 
I can’t believe the news today
Oh, I can’t close my eyes and make it go away
How long, how long must we sing this song?
How long? How long?
‘Cause tonight
We can be as one
Broken bottles under children’s feet
Bodies strewn across the dead-end street
But I won’t heed the battle call
It puts my back up, puts my back up against the wall
And it’s true, we are immune
When fact is fiction and TV reality
And today, the millions cry
We eat and drink while tomorrow, they die
U2, Sunday, Bloody Sunday. Disponível em: https://www.letras.mus.
br/u2/385206/traducao.html (fragmento).
U2 é uma famosa banda irlandesa que canta canções 
conhecidas por seu cunho sociopolítico. Na música 
"Sunday, Bloody Sunday", a banda usa sua influência 
para denunciar
A. 	as notícias falsas comumente disseminadas na 
mídia.
B. 	os maus-tratos infantis. 
C. 	a inércia da população diante de injustiças sociais.
D. 	a persistência de um cenário violento gerado pela 
guerra.
E. 	a desigualdade social.
Questão 02 
 
Disponível em: https://www.presstelegram.com/2020/04/08/social-
distancing-in-the-unemployment-line-political-cartoons/. 
Acesso em: 4 mar. 2022. 
Cartuns comumente satirizam situações cotidianas e, 
assim, geram reflexão. Nesse cartum, a crítica está 
relacionada 
A. 		às	grandes	filas	formadas	devido	à	falta	do	uso	de	
máscaras.
B. 	à escassez de interação social após um grande 
período de isolamento.
C. 	ao desemprego crescente em tempos pandêmicos.
D. 	à	dificuldade	de	se	inserir	no	mercado	de	trabalho	
durante a pandemia.
E. 	à necessidade do distanciamento social quando 
não há o uso de máscaras.
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 4
Questão 03 
 
Disponível em: https://www.bhthechange.org/resources/new-tobacco-infographic-shows-impact-disparity-populations/attachment/lgbthealthlink-infographic-
english/. Acesso em: 4 mar. 2022.
O infográfico mostra algumas informações sobre o uso de tabaco. Com base em seus elementos verbais e não 
verbais, o leitor aprende que
A. 	o tabaco pode desencadear transtornos mentais.
B. 	afro-americanos são aqueles que mais morrem por doenças causadas pelo fumo.
C. 	moradores de rua utilizam mais drogas lícitas do que o restante da sociedade.
D. 	o uso de tabaco entre a população está associado à vulnerabilidade social de grupos minorizados. 
E. 	metade da população LGBT é fumante.
Questão 04 
It’s not just the action and the magic that flop. Even the film’s more intimate moments fall flat. One early 
domestic comedy scene involving Peter, MJ, Aunt May (Marisa Tomei, mostly wasted here), and Happy Hogan 
(Jon Favreau) has the camera whip-panning and roaming the spaces of their apartment in a pastiche of handheld 
indie filmmaking, but none of the humor feels organic or earned or even all that funny. It doesn’t build or make any 
emotional sense. Like almost everything else in the movie, it’s just another put-on. Making Peter more of a child 
does allow you to play up his sincerity and naïveté, which should ideally be a breath of fresh air in a universe filled 
with cynical, world-weary superheroes. But for all their alleged earnestness, these last three Spider-Man films 
have never had any kind of identity to call their own.
Disponível em: https://www.vulture.com/article/movie-review-marvels-spider-man-no-way-home.html Acesso em: 4 mar. 2022.
A crítica desse comentário sobre o filme Homem-Aranha: Sem Volta para Casa se baseia 
A. 	na	magia	presente	no	filme	devido	aos	momentos	mais	íntimos	expostos	nele.
B. 	na inovação que o processo de amadurecimento do personagem Peter Parker traz à obra.
C. 	na falta de identidade, tendo em vista que o longa-metragem tem um potencial não explorado. 
D. 	na	falta	de	originalidade,	pois	os	últimos	três	filmes	do	personagem	são	iguais.
E. 	na escassez de cenas de ação causada pela sinceridade e ingenuidade do personagem principal.
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 5
Questão 05 
Still I rise
Out of the huts of history’s shame
I rise
Up from a past that’s rooted in pain
I rise
I’m a black ocean, leaping and wide,
Welling and swelling I bear in the tide.
Leaving behind nights of terror and fear
I rise
Into a daybreak that’s wondrously clear
I rise
Bringing the gifts that my ancestors gave,
I am the dream and the hope of the slave.
I rise
I rise
I rise.
Angelou, M. Still I Rise. And Still I Rise: A Book of Poems, 1978 
(fragmento).
Maya Angelou foi uma poeta negra americana que 
viveu no século XX e escreveu "Still I rise" em 1978. 
O título do poema demonstra, por parte da autora, um 
sentimento de
A. 	vingança,	pelo	enfrentamento	das	dificuldades.
B. 	orgulho, pela aceitação de sua condição.
C. 	tristeza, pela indignação perante a sociedade.
D. 	superação, pela resistência diante de obstáculos. 
E. 	superioridade, pela resiliência. 
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
Questão 01 
La magia de conversar 
Como sucede con cualquier otra actividad humana, 
hay diferentes grados de implicación y dominio en 
la comunicación oral con los demás. En el lado más 
ligero de este arte, estaría la charla informal, que según 
Debra Fine, profesora de Lingüística, está injustamente 
poco valorada.
 “La charla tiene el estigma de ser considerada 
la humilde hijastra de la verdadera conversación, 
aun cuando cumple una función extremadamente 
importante. Sin ella es muy difícil entablar un verdadero 
coloquio. Quienes dominan la charla informal 
son expertos en lograr que los demás se sientan 
involucrados, valorados y cómodos, y eso ayuda a 
reforzar una relación laboral, cerrar un trato, dejar la 
puerta abierta a una nueva relación amorosa o entablar 
una amistad”.
Disponible en: www.elpais.com. Acceso el: 11 ago. 2015 (adaptado).
O texto trata da importância da conversa informal, 
agradável, que transcorre sem objetivo definido. 
Quando o autor afirma que essa conversa é considerada 
uma “hijastra”, enteada, quer dizer que a conversa 
informalA. 	é, de fato, mais importante que a conversação.
B. 	é tão importante como a conversação verdadeira.
C. 	é imprescindível entre as pessoas de uma família.
D. 	tem pouco valor em comparação a uma conversação.
E. 	não tem nenhuma importância em uma conversação.
 
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 6
Questão 02 
Vuelta de paseo
Asesinado por el cielo. 
Entre las formas que van hacia la sierpe
y las formas que buscan el cristal, 
dejaré crecer mis cabellos. 
Con el árbol de muñones que no canta
 y el niño con el blanco rostro de huevo.
Con los animalitos de cabeza rota
y el agua harapienta de los pies secos.
Con todo lo que tiene cansancio sordomudo
y mariposa ahogada en el tintero.
Tropezando con mi rostro distinto de cada día. 
¡Asesinado por el cielo!
 LORCA, F. G. Poeta en Nueva York. (1929-1930). 
“Vuelta de paseo” é o poema inaugural do livro Poeta 
en Nueva York, que reúne poesias escritas por García 
Lorca enquanto vivia nos EUA. O verso “Asesinado por 
el cielo”, que abre e fecha o poema, evoca
A. 	o	conflito	entre	homem	e	natureza.	
B. 	a	desconfiança;	o	céu	como	uma	força	traiçoeira.	
C. 	o sentimento de angústia, que parece se impor 
sobre o eu lírico. 
D. 	o temor frente a fenômenos sobrenaturais, que 
podem provocar tragédias. 
E. 	a frustração do eu lírico em relação à cidade, 
intensificada	pelo	clima	nova-iorquino.		
Questão 03 
Los hilos ocultos de Atuntaqui
No hay nada que, a primera vista, diferencie a 
Atuntaqui del resto de poblados de la sierra andina. 
Nada, excepto ser conocida como la capital de la 
moda en Ecuador. La ciudad cuenta con más de cien 
comercios textiles y ya se han generalizado dos ferias 
de moda a las que acuden miles de turistas cada año. 
Pero detrás de esos escaparates, se esconde un 
mundo	que	muy	pocos	pueden	ver;	en	realidad,	solo	
los gerentes de estas empresas, donde mujeres y 
niños trabajan en pésimas condiciones, dejándose la 
piel para que los maniquíes puedan seguir vestidos al 
día siguiente. 
REVISTA PUNTO Y COMA. España, n. 34, 2012 (adaptado).
De acordo com o texto, pode-se inferir que “los hilos”, 
no título, estão relacionados
A. 	aos comércios têxteis.
B. 	às roupas vendidas em Atuntaqui.
C. 	aos turistas que frequentam a cidade por causa 
das feiras de moda.
D. 	às pessoas que trabalham em más condições na 
confecção de roupas.
E. 	ao status da capital de moda do Equador, ainda 
não muito conhecido pelo público.
Questão 04 
México es el segundo país con más personas 
obesas del mundo, solo por detrás de Estados Unidos. 
Son 40 millones y otros 20 con sobrepeso. Al 52% de los 
mexicanos le sobran kilos, según el Instituto Nacional 
de Salud Pública. México es una de las 10 potencias 
mundiales en comida basura y el primer productor 
de Latinoamérica. Los alimentos prefabricados que 
rebosan grasa, azúcar, sal y componentes químicos 
han ido desplazando en los últimos años a los cereales, 
las legumbres o las verduras frescas, base de la dieta 
tradicional mexicana. 
Disponível em: www.bbc.com/mundo/noticia. 
Acesso em: 3 ago. 2015 (adaptado). 
Segundo o texto, é possível inferir que o México 
enfrenta um problema
A. 	logístico;	 a	 distribuição	 da	 produção	 de	 comida	
industrializada	é	feita	com	dificuldade.	
B. 	econômico;	 os	 produtores	 agrícolas	 perdem	
espaço para as indústrias de comida congelada.
C. 	de	 saúde;	 a	 obesidade	 cresce	 cada	 vez	 mais	
no país devido ao elevado consumo de comida 
industrializada. 
D. 	de	identidade	cultural;	a	dieta	típica	do	país	vem	
sendo substituída por comidas industrializadas 
devido à globalização. 
E. 	econômico;	 o	 país	 passa	 por	 safras	 ruins	 de	
legumes e verduras nos últimos anos, aumentando 
o consumo de comidas rápidas. 
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 7
Questão 05 
Riesgos y acontecimientos futuros
Los riesgos producen incertidumbre y la 
incertidumbre genera ansiedad. 
Para disminuir ese riesgo, la sociedad ofrece lo 
que yo llamo una “falsa certidumbre social”: trabajo 
en relación de dependencia, sueldo del 1 al 5 de cada 
mes, obra social, vacaciones, aguinaldo. Esto apunta 
a disminuir la incertidumbre (casi un sinónimo del 
riesgo) de la persona que está dispuesta a aceptar 
estas condiciones. 
A los Millennials la “certidumbre social” parece 
preocuparlos muy poco, ya que no se sienten cómodos 
con los horarios de oficina ni con las estructuras 
jerárquicas y prefieren trabajar desde su casa o en 
bares especialmente acondicionados. Cuando se 
“fuerzan” a trabajar en empresas, por lo general duran 
poco tiempo porque no se sienten motivados y saben 
que muchas veces, a nivel tecnológico, saben mucho 
más que sus jefes. 
Disponível em: www.lanacion.com.ar. 
Acesso em: 3 ago. 2015 (adaptado). 
A geração Y, também conhecida por Millennials ou ainda 
geração da internet, é aquela cujo desenvolvimento 
ocorreu concomitantemente a um período de grandes 
avanços tecnológicos. O autor do fragmento acima 
aponta um contraste de valores entre essa geração 
e a sua antecessora, e seu texto tem a intenção de
A. 	divulgar dados sobre o mercado de trabalho atual. 
B. 	criticar a falta de ousadia das gerações que ante-
cedem os Millennials. 
C. 	informar, por meio de fatos, uma tendência 
mundial nos acordos trabalhistas. 
D. 	indicar uma tendência que altera a organização e 
as relações atuais de trabalho.
E. 	fazer	 uma	 crítica	 à	 postura	 profissional	 dos	
Millennials, que não conseguem se adaptar ao 
mercado. 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 06 a 45
Questão 06 
CABRAL,	Gladir	da	Silva;	DAMAZIO,	Lucas	Pereira.	 
As influências do movimento concretista na linguagem 
publicitária. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/
article/view/21170/11513. Acesso em: 3 jun. 2021 (adaptado).
Analisando a linguagem verbal e não verbal presente 
no texto, verifica-se a 
A. 	 cobiça de vida tranquila.
B. 	 crítica ao padrão atlético.
C. 	 inveja causada por magreza.
D. 	 valorização de amizade ideal.
E. 	 vontade de alcançar saúde.
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 8
Questão 07 
Capítulo IV
Uma Teoria Nova
[...]
Simão Bacamarte refletiu ainda um instante, e 
disse:
– Suponho o espírito humano uma vasta concha, 
o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair a pérola, 
que	 é	 a	 razão;	 por	 outros	 termos,	 demarquemos	
definitivamente os limites da razão e da loucura. A 
razão	é	o	perfeito	equilíbrio	de	todas	as	faculdades;	
fora daí insânia, insânia e só insânia.
O Vigário Lopes, a quem ele confiou a nova teoria, 
declarou lisamente que não chegava a entendê-la, que 
era uma obra absurda, e, se não era absurda, era de tal 
modo colossal que não merecia princípio de execução.
– Com a definição atual, que é a de todos os 
tempos, acrescentou, a loucura e a razão estão 
perfeitamente delimitadas. Sabe-se onde uma acaba 
e onde a outra começa. Para que transpor a cerca?
Sobre o lábio fino e discreto do alienista roçou 
a vaga sombra de uma intenção de riso, em que o 
desdém	vinha	casado	à	comiseração;	mas	nenhuma	
palavra saiu de suas egrégias entranhas.
A ciência contentou-se em estender a mão à 
teologia, – com tal segurança, que a teologia não 
soube enfim se devia crer em si ou na outra. Itaguaí e 
o universo à beira de uma revolução.
ASSIS, Machado de. O Alienista. Biblioteca Virtual do Estudante 
Brasileiro. USP. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/
pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1939. 
Acesso em: 12 ago. 2019.
O vocábulo "comiseração" aproxima-se do sentido 
da palavra 
A. 	 brandura. 
B. 	 entusiasmo. 
C. 	 indiferença. 
D. 	 indulgência. 
E. 	 julgamento.
 
Questão 08 
Quem Sabe um Dia
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!
Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!
Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!
Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida
 QUINTANA, Mário. Antologia Poética, 5. ed. 
Rio de Janeiro: Ed. Alfaguara.Na última estrofe do poema, o poeta usa, como recurso 
expressivo, o(a) 
A. 	metáfora, pelo uso da coletividade. 
B. 	assíndeto, pelo não uso de conectivos. 
C. 	personificação,	pela	interlocução	com	o	tempo.			
D. 	gradação, pela ideia crescente do tempo. 
E. 	hipérbole, pelo exagero no aspecto temporal.
 
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 9
Questão 09 
DOEDERLEIN, J. O livro dos ressignificados. São Paulo: Parábola, 
2017.
Normalmente, em verbetes de dicionário, há a 
predominância da função metalinguística. No caso 
do verbete do poeta João Doederlein, identificam-se 
elementos que mudam essa predominância. O autor 
incorpora em seu verbete a função 
A. 	conativa, como em “(valeu, galera)!”. 
B. 	referencial, como em “é festejar o próprio ser.”
C. 	poética, como em “é a felicidade fazendo visita.”
D. 	emotiva, como em “é quando eu esqueço o que 
não importa.”
E. 	fática, como em “é o dia que recebo o maior nú-
mero de ligações no meu celular.” 
Questão 10 
Mais big do que bang
A comunidade científica mundial recebeu, na 
semana passada, a confirmação oficial de uma 
descoberta sobre a qual se falava com enorme 
expectativa há alguns meses. Pesquisadores do 
Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian revelaram 
ter obtido a mais forte evidência até agora de que o 
universo em que vivemos começou mesmo pelo Big 
Bang, mas este não foi explosão, e sim uma súbita 
expansão de matéria e energia infinitas concentradas 
em um ponto microscópico que, sem muitas opções 
semânticas, os cientistas chamam de “singularidade”. 
Essa semente cósmica permanecia em estado latente 
e, sem que exista ainda uma explicação definitiva, 
começou a inchar rapidamente [...]. No intervalo de um 
piscar de olhos, por exemplo, seria possível, portanto, 
que ocorressem mais de 10 trilhões de Big Bangs.
ALLEGRETTI, F. Veja, 26 mar. 2014 (adaptado).
No título proposto para esse texto de divulgação 
científica, ao dissociar os elementos da expressão Big 
Bang, a autora revela a intenção de 
A. 	 condensar a conclusão de que a explosão 
de matéria e energia ocorre em um ponto 
microscópico. 
B. 		destacar	 a	 experiência	 que	 confirma	 uma	
investigação anterior sobre a teoria de matéria e 
energia. 
C. 	 evidenciar a descoberta recente que comprova a 
explosão de matéria e energia ligada ao Big Bang. 
D. 	 resumir os resultados de uma pesquisa que trouxe 
evidências concretas para a teoria do Big Bang. 
E. 	 sintetizar a ideia de que a teoria da expansão de 
matéria e de energia substitui a teoria da explosão. 
Questão 11 
Os textos literários são obras de discurso, a 
que falta a imediata referencialidade da linguagem 
corrente;	 poéticos,	 abolem,	 “destroem”	 o	mundo	
circundante, cotidiano, graças à função irrealizante da 
imaginação que os constrói. E prendem-nos na teia de 
sua linguagem, a que devem o poder de apelo estético 
que	 nos	 enleia;	 seduz-nos	 o	mundo	 outro,	 irreal,	
neles configurado (...). No entanto, da adesão a esse 
“mundo de papel”, quando retornamos ao real, nossa 
experiência, ampliada e renovada pela experiência da 
obra, à luz do que nos revelou, possibilita redescobri-lo, 
sentindo-o e pensando-o de maneira diferente e nova. 
A ilusão, a mentira, o fingimento da ficção, aclara o 
real	ao	desligar-se	dele,	transfigurando-o;	e	aclara-o	
já pelo insight que em nós provocou.
NUNES, Benedito. Ética e leitura. In: Crivo de Papel.
O argumento de Benedito Nunes em torno da natureza 
artística da literatura leva a considerar que a obra só 
assume função transformadora se
A. 	estabelece um contraponto entre a fantasia e o 
mundo. 
B. 	utiliza a linguagem para informar sobre o mundo.
C. 	instiga	 no	 leitor	 uma	 atitude	 reflexiva	 diante	 do	
mundo.
D. 	oferece ao leitor uma compensação anestesiante 
do mundo.
E. 	conduz o leitor a ignorar o mundo real.
 
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 10
Questão 12 
Para os chineses da dinastia Ming, talvez as 
favelas cariocas fossem lugares nobres e seguros: 
acreditava-se por lá, assim como em boa parte do 
Oriente, que os espíritos malévolos só viajam em linha 
reta. Em vielas sinuosas, portanto, estaríamos livres 
de assombrações malditas. Qualidades sobrenaturais 
não são as únicas razões para considerarmos as 
favelas um modelo urbano viável, merecedor de 
investimentos infraestruturais em escala maciça. 
Lugares com conhecidos e sérios problemas, elas 
podem ser também solução para uma série de desafios 
das cidades hoje. Contanto que não sejam encaradas 
com olhar pitoresco ou preconceituoso. As favelas 
são, afinal, produto direto do urbanismo moderno e 
sua história se confunde com a formação do Brasil.
CARVALHO, B. A favela e sua hora. Piauí, n. 67, abr. 2012.
Nesse texto, a construção semântica em torno das 
favelas cariocas revela essas localidades 
A. 	são tidas como nobres pelos brasileiros. 
B. 	 são consideradas mal assombradas no Ocidente. 
C. 	são tidas como capazes de espantar assombrações 
pelo povos do Oriente. 
D. 	são consideradas como modelos urbanos inviáveis. 
E. 	são produtos do arcaico urbanismo brasileiro. 
Questão 13 
A personagem da tirinha cita uma figura de linguagem 
para
A. 	condenar a prática de exercícios físicos.
B. 	valorizar aspectos da vida moderna.
C. 	desestimular o uso das bicicletas.
D. 	caracterizar o diálogo entre gerações.
E. 	criticar a falta de perspectiva do pai. 
Questão 14 
O Brasil será, em poucas décadas, um dos países 
com maior número de idosos do mundo, e precisa 
correr para poder atendê-los no que eles têm de melhor 
e mais saudável: o desejo de viver com independência 
e autonomia. [...] O mantra da velhice no século XXI é 
“envelhecer no lugar”, o que os americanos chamam 
de aging in place. O conceito que guia novas políticas 
e negócios voltados para os longevos tem como 
principal objetivo fazer com que as pessoas consigam 
permanecer em casa o maior tempo possível, sem 
que, para isso, precisem de um familiar por perto. 
Não se trata de apologia da solidão, mas de encarar 
um dado da realidade contemporânea: as residências 
não abrigam mais três gerações sob o mesmo teto e 
boa parte dos idosos de hoje prefere, de fato, morar 
sozinha, mantendo-se dona do próprio nariz. 
Disponível em: http://veja.abril.com.br/brasillenvelhecer-no-seculo-xxi/. 
Acesso em: 10 ago. 2017 (adaptado).
A conjunção em destaque na frase “Não se trata de 
apologia da solidão, mas de encarar um dado da realidade 
contemporânea: (...)” possui a função semântica de 
A. 	 acréscimo. 
B. 	 compensação. 
C. 	 complementação. 
D. 	 correção. 
E. 	 separação. 
Questão 15 
3 de Maio
Aprendi com meu filho de dez anos
Que a poesia é descoberta
Das coisas que eu nunca vi
ANDRADE, Oswald de. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: 
Civilização Brasileira, 1971.
O curto poema de Oswald de Andrade revela em sua 
interpretação
A. 	que existe uma radical defesa da oralidade lite-
rária, pois o verso “Das coisas que eu nunca vi” 
é entendido pelo leitor como “Das coisas que eu 
nunca li”.
B. 	que a referência à infância no primeiro verso 
e o próprio título do poema afastam qualquer 
possibilidade de metalinguagem.
C. 	que a crítica elitista contra modos de pensamento 
inovadores assume em “3 de Maio” uma acentuada 
expressão.
D. 	que a ausência de complexidade formal do poema 
impede-o de ser considerado um exemplar típico 
da primeira fase modernista.
E. 	que a poesia nos propõe uma visão renovada da 
experiência do mundo, revelando facetas daquilo 
que não estava evidente em um primeiro olhar.
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 11
Questão 16 
Pedestre, a medida de todas as coisas
Na palestra que fiz mês passado no seminário "A Mobilidade a Pé e o Futuro do Recife", organizado pelo 
INTG – Instituto da Gestão – e apoiado pelo Cesar, pela Urbana/PE e pela Fiepe, tive oportunidade de falar 
sobre a importância crucial do pedestre para o urbanismo contemporâneo. Esse seminário regional foi um 
desdobramento, no Recife, doseminário internacional "Cidades a Pé", realizado em São Paulo, no mês de 
novembro do ano passado.
Disse que, embora graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPE, só fui entender o que considero vital 
na questão urbana atual depois que andei milhares de quilômetros no Recife. Depois, portanto, que, na prática, 
me “pós-graduei” pelos pés. O essencial do que aprendi foi que se o pedestre se sente mal no solo é porque o 
urbanismo é ruim e o planejamento urbano, se houve, falhou.
Já existem, inclusive, um conceito e um conjunto de indicadores que ajudam a materializar essa tendência. 
Trata-se, o conceito, do Walkability, e o conjunto de indicadores, do Walk Score, que mede o quanto “caminhável” é 
determinado local, bairro ou cidade. Temos que seguir por aí. Afinal, como repete aquele complemento de comercial 
de rádio e TV, independentemente do meio de transporte que utilizemos, “na cidade, todos somos pedestres”.
CUNHA, Francisco. In: Revista Algomais, ano 11, nº 124, julho de 2016, p. 50 (adaptado).
Considerando aspectos semânticos do vocabulário utilizado no texto “Pedestre, a medida de todas as coisas”, 
assinale a alternativa correta. 
A. 	A ideia de “importância crucial do pedestre” (1º parágrafo) equivale semanticamente à ideia de “importância 
fundamental que tem o pedestre”. 
B. 	As	afirmações	“o	planejamento	urbano,	se	houve,	falhou”	(2º	parágrafo)	e	“o	planejamento	urbano,	se	houve,	
declinou” têm sentidos contrários. 
C. 	Com	a	afirmação	de	que	“na	prática,	me	‘pós-graduei’	pelos	pés”	(2º	parágrafo),	o	autor	pretendeu	afirmar	
que,	na	prática,	ele	tinha	estudado	profundamente	a	fisiologia	dos	pés.			
D. 	O termo “caminhável” (3º parágrafo) é um neologismo criado pelo autor para expressar a ideia de “difícil de 
caminhar”. 
E. 	Uma ideia que se opõe a “o que considero vital na questão urbana” (2º parágrafo) é “o que considero negativo 
na questão urbana”. 
 
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 12
Questão 17 
Bruxas não existem
Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, 
mulheres malvadas que passavam o tempo todo 
maquinando coisas perversas. Os meus amigos também 
acreditavam nisso. A prova para nós era uma mulher 
muito velha, uma solteirona, que morava numa casinha 
caindo aos pedaços, no fim de nossa rua. Seu nome era 
Ana Custódio, mas nós só a chamávamos de “bruxa”. 
Era	muito	 feia,	 ela;	 gorda,	 enorme,	 os	 cabelos	
pareciam palha, o nariz era comprido, ela tinha uma 
enorme verruga no queixo. E estava sempre falando 
sozinha. Nunca tínhamos entrado na casa, mas 
tínhamos a certeza de que, se fizéssemos isso, nós 
a encontraríamos preparando venenos num grande 
caldeirão. 
Nossa diversão predileta era incomodá-la. Volta 
e meia invadíamos o pequeno pátio para dali roubar 
frutas e quando, por acaso, a velha saía à rua para 
fazer compras no pequeno armazém ali perto, 
corríamos atrás dela gritando “bruxa, bruxa!”. 
Um dia encontramos, no meio da rua, um bode 
morto. A quem pertencera esse animal, nós não 
sabíamos, mas logo descobrimos o que fazer com 
ele: jogá-lo na casa da bruxa. O que seria fácil. Ao 
contrário do que sempre acontecia, naquela manhã, e 
talvez por esquecimento, ela deixara aberta a janela da 
frente. Sob comando do João Pedro, que era o nosso 
líder, levantamos o bicho, que era grande e pesava 
bastante, e com muito esforço nós o levamos até a 
janela. Tentamos empurrá-lo para dentro, mas aí os 
chifres ficaram presos na cortina. 
– Vamos logo – gritava o João Pedro –, antes que 
a bruxa apareça. E ela apareceu. No momento exato 
em que, finalmente, conseguíamos introduzir o bode 
pela janela, a porta se abriu e ali estava ela, a bruxa, 
empunhando um cabo de vassoura. Rindo, saímos 
correndo. Eu, gordinho, era o último. 
SCLIAR, Moacyr. Disponível em: http://novaescola.org.br/
fundamental-1/bruxas-nao-existem-689866.shtml. 
Acesso em: 11 jul. 2016. 
Elementos como o título e o vocabulário de um 
texto frequentemente servem de fio condutor para 
a sua construção, estabelecendo elos coesivos que 
mostram, por exemplo, o tema em torno do qual o texto 
se desenvolve. Com base no título do texto, assinale 
a alternativa cujo grupo de palavras estabelece uma 
relação semântica com o seu principal tema. 
A. 	 bode – bicho – chifres 
B. 	 bruxas – caldeirão – vassoura 
C. 	 enfermeira – hospital – ambulância 
D. 	 garoto – amigos – mãe 
E. 	 rua – casa – pátio 
Questão 18 
Xote Ecológico
Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
E se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar
Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
E se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar
Cadê a flor que estava aqui?
Poluição comeu
E o peixe que é do mar?
Poluição comeu
E o verde onde é que está?
Poluição comeu
Nem o Chico Mendes sobreviveu
GONZAGA,	Luiz.	Disponível	em:	https://www.letras.mus.br/luiz-
gonzaga/295406/. Acesso em: 2 mar. 2022.
As figuras de linguagem são recursos utilizados para 
tornar os textos mais ricos, garantindo-lhes maior 
expressividade.
No trecho “Cadê a flor que estava aqui? / Poluição 
comeu,” temos a mesma figura de linguagem que em: 
A. 	Aquele que agride a natureza age como alguém 
irracional.
B. 	Todos morremos de medo da extinção dos recur-
sos naturais.
C. 	Meu pensamento caminha sem destino diante da 
minha impossibilidade de evitar as agressões ao 
meio ambiente.
D. 	Já não sentimos o cheiro suave que vinha da mata 
em dias chuvosos.
E. 	Falar em recursos naturais, no Brasil, é pensar em 
vida e em morte simultaneamente.
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 13
Questão 19 
Acrobata da Dor
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
salta, 1gavroche, salta clown, varado
pelo 2estertor dessa agonia lenta...
Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d’aço...
E embora caias sobre o chão, 3fremente,
afogado em teu sangue 4estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.
Cruz e Sousa
1 gavroche: garotos de Paris, figuradamente artista. 
2 estertor: respiração anormal própria de moribundos. 
3 fremente: vibrante, agitado, violento. 
4 estuoso: que ferve, ardente, febril. 
Assinale a alternativa em que a expressão utilizada 
possui uma carga semântica que destoa das demais:
A. 	 “agonia lenta”. 
B. 	 “gargalhada atroz, sanguinolenta”. 
C. 	 “macabras piruetas”. 
D. 	 “Pedem-se bis”. 
E. 	 “riso de tormenta”. 
Questão 20 
O gato e a barata 
A baratinha velha subiu pelo pé do copo que, ainda 
com um pouco de vinho, tinha sido largado a um canto 
da cozinha, desceu pela parte de dentro e começou 
a lambiscar o vinho. Dada a pequena distância que 
nas baratas vai da boca ao cérebro, o álcool lhe 
subiu logo a este. Bêbada, a baratinha caiu dentro 
do copo. Debateu-se, bebeu mais vinho, ficou mais 
tonta, debateu-se mais, bebeu mais, tonteou mais e 
já quase morria quando deparou com o carão do gato 
doméstico que sorria de sua aflição, do alto do copo.
– Gatinho, meu gatinho –, pediu ela – me salva, me 
salva. Me salva que assim que eu sair daqui eu deixo 
você me engolir inteirinha, como você gosta. Me salva.
– Você deixa mesmo eu engolir você? – disse o gato.
– Me saaaalva! – implorou a baratinha. – Eu prometo.
O gato então virou o copo com uma pata, o líquido 
escorreu e com ele a baratinha que, assim que se viu 
no chão, saiu correndo para o buraco mais perto, onde 
caiu na gargalhada.
– Que é isso? – perguntou o gato. – Você não vai sair 
daí e cumprir sua promessa? Você disse que deixaria eu 
comer você inteira.
– Ah, ah, ah – riu então a barata, sem poder se conter. 
– E você é tão imbecil a ponto de acreditar na promessa 
de uma barata velha e bêbada?
Moral: Às vezes a autodepreciaçãonos livra do 
pelotão.
FERNANDES, Millôr. Fábulas fabulosas. 
8. ed. Rio de Janeiro: Nórdica, 1963.
Na fábula de autoria do cronista Millôr Fernandes, a 
função do texto é, sobretudo,
A. 	fazer uma crítica política.
B. 	transmitir um ensinamento.
C. 	satirizar comportamentos humanos.
D. 	humanizar os animais.
E. 	divertir o leitor.
Questão 21 
O que é Web Semântica?
Web Semântica é um projeto para aplicar conceitos 
inteligentes na internet atual. Nela, cada informação 
vem com um significado bem definido e não se 
encontra mais solta no mar de conteúdo, permitindo 
uma melhor interação com o usuário. Novos motores 
de busca, interfaces inovadoras, criação de dicionários 
de sinônimos e a organização inteligente de conteúdos 
são alguns exemplos de aprimoramento. Dessa forma, 
você não vai mais precisar minerar a internet em busca 
daquilo que você procura, ela vai passar a se comportar 
como um todo, e não mais como um monte de informação 
empilhada. A implementação deste paradigma começou 
recentemente, e ainda vai levar mais alguns anos até que 
entre completamente em vigor e dê um jeito em toda a 
enorme bagunça que a internet se tornou.
Disponível em: www.tecmundo.com.br. 
Acesso em: 6 ago. 2013 (adaptado).
Ao analisar o texto sobre a Web Semântica, deduz-se 
que esse novo paradigma auxiliará os usuários a 
A. 	 armazenar grandes volumes de informações. 
B. 	 captar informações na internet com mais velocidade. 
C. 	 localizar informações na internet com mais precisão. 
D. 	 navegar apenas sobre dados já organizados. 
E. 		publicar	dados	com	significados	não	definidos.	
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 14
Questão 22 
Rios sem discurso
Quando um rio corta, corta-se de vez
o	discurso-rio	de	água	que	ele	fazia;
cortado, a água se quebra em pedaços,
em poços de água, em água paralítica.
Em situação de poço, a água equivale
a uma palavra em situação dicionária:
isolada, estanque no poço dela mesma,
e	porque	assim	estanque,	estancada;
e mais: porque assim estancada, muda,
e muda porque com nenhuma comunica,
porque cortou-se a sintaxe desse rio,
o fio de água por que ele discorria.
MELO NETO, João Cabral de. A educação pela pedra e outros 
poemas. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2008.
Ao comparar o fluxo das águas às palavras, João 
Cabral de Melo Neto alegoriza o processo poético. 
Ao fazer isso, fica evidente que
A. 	o sentido de uma palavra é construído em 
situação discursiva, no ato comunicativo, e resulta 
da interação entre emissor e receptor.
B. 	para a comunicação, o emissor faz escolhas 
lexicais que estão ao alcance do receptor da 
mensagem.
C. 	o sentido de um texto só estará ao alcance do 
receptor se as palavras utilizadas estiverem em 
situação dicionária.
D. 	as	 palavras	 isoladas	 não	 têm	 significado	 e	 não	
podem ser compreendidas pelo receptor de uma 
mensagem.
E. 	na produção de um enunciado, o emissor precisa 
fazer uso do dicionário para dar maior sentido ao 
seu discurso. 
Questão 23 
A carroça sem cavalo
Conta-se que, em noites frias de inverno, descia 
um forte nevoeiro trazido pelo mar e, nessa noite, 
ouviam-se muitos barulhos estranhos. Os moradores 
da cidade de São Francisco, que é a cidade mais antiga 
de Santa Catarina, eram acordados de madrugada 
com um barulho perturbador. Ao abrirem a janela de 
casa, os moradores assustavam-se com a cena: viam 
uma carroça andando sem cavalo e sem ninguém 
puxando... Andava sozinha! Na carroça, havia objetos 
barulhentos, como panelas, bules, inclusive alguns 
objetos amarrados do lado de fora da carroça. O 
medo dominou a pequena cidade. Conta-se ainda 
que um carroceiro foi morto a coices pelo seu cavalo, 
por maltratar o animal. Nas noites de manifestação 
da assombração, a carroça saía de um nevoeiro, 
assustava a população e, depois de um tempo, voltava 
a desaparecer no nevoeiro.
Disponível em: www.gazetaonline.com.br. 
Acesso em: 12 dez. 2017 (adaptado).
Considerando-se que os diversos gêneros que 
circulam na sociedade cumprem uma função social 
específica, esse texto tem por função
A. 	abordar histórias reais.
B. 	informar acontecimentos.
C. 	questionar crenças populares.
D. 	narrar histórias do imaginário social.
E. 	situar fatos de interesse da sociedade.
Questão 24 
Famosos em suas áreas de atuação, René 
Descartes e Fernando Pessoa expressaram questões 
humanas profundas com estas frases: 
“Penso, logo existo”. 
René Descartes
“Duvido, portanto penso”. 
Fernando Pessoa 
Comparando-as, é correto chegar à conclusão de 
que 
A. 	as duas frases diferenciam-se apenas pelos 
sentidos dos conectivos "logo" e "portanto". 
B. 	 Descartes argumenta que existir é a causa lógica 
de pensar. 
C. 	 há uma relação de parte/todo nos sentidos de 
ambas as frases. 
D. 	 os autores usam conectivos diferentes com 
mesma carga semântica. 
E. 	 Pessoa reproduz o original de Descartes usando 
outras palavras. 
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 15
Questão 25 
O Egoísmo Gregário 
como Princípio do Rebanho Pós-Moderno
Estamos numa época de promoção do egoísmo, 
de produção de egos tanto mais cegos ou cegados que 
não percebem o quanto podem hoje ser recrutados 
em conjuntos massificados. Em outras palavras, 
vemos egos, isto é, pessoas que se creem iguais e 
que, na realidade, passaram a ficar sob o controle 
do que se deve bem chamar “o rebanho”. Viver em 
rebanho fingindo ser livre nada mais mostra que uma 
relação consigo catastroficamente alienada, uma 
vez que supõe ter erigido como regra de vida uma 
relação mentirosa consigo mesmo. E, a partir daí, 
com os outros. Assim, mentimos despudoradamente 
aos outros, àqueles que vivem fora das democracias 
liberais, quando lhes dizemos que acabamos – com 
algumas maquininhas à guisa de presentes ou de 
armas nas mãos em caso de recusa – de lhes trazer 
a	liberdade	individual;	na	realidade,	visamos,	antes	de	
tudo, fazer com que entrem no grande rebanho dos 
consumidores.
Mas qual é, perguntarão, a necessidade dessa 
mentira? Por que precisamos fazer crer que somos 
livres quando vivemos em rebanho? E por que 
precisamos fazer outros crerem que são livres quando 
vamos colocá-los em rebanho? A resposta é simples. 
É preciso que cada um vá livremente na direção 
das mercadorias que o bom sistema de produção 
capitalista fabrica para ele. Digo bem “livremente” pois, 
forçado, resistiria. Ao passo que livre, pode consentir 
em querer o que lhe dizem que deve querer enquanto 
cidadão livre. [...]
DUFOUR, Dany-Robert. O divino mercado: a revolução cultural 
liberal. Rio de Janeiro: Cia de Freud, 2008. p. 23-24 (adaptado). 
No texto, as palavras “rebanho” e “livremente” são 
colocadas entre aspas com o objetivo de 
A. 	 demarcar sua inadequação semântica. 
B. 	 demonstrar uso intertextual das palavras. 
C. 		destacar	seus	significados	equivalentes.				
D. 	 enfatizar seu uso metafórico e aproximado. 
E. 	 restringir interpretação ao sentido literal. 
Questão 26 
Você conseguiria ficar 99 dias 
sem o Facebook?
Uma organização não governamental holandesa 
está propondo um desafio que muitos poderão 
considerar impossível: ficar 99 dias sem dar nem uma 
“olhadinha” no Facebook. O objetivo é medir o grau 
de felicidade dos usuários longe da rede social. [...]
Disponível em: http://codigofonte.uol.com.br (adaptado). 
A utilização dos artigos destacados justifica-se em 
razão de(a)
A. 	 generalização, no primeiro caso, com a introdução 
de	informação	conhecida,	e	da	especificação,	no	
segundo, com informação nova. 
B. 	 informações conhecidas, nas duas ocorrências, 
sendo possível a troca dos artigos nos enunciados, 
pois isso não alteraria o sentido do texto. 
C. 	 informações novas, nas duas ocorrências, 
motivo pelo qual são introduzidas de forma mais 
generalizada. 
D. 	 introdução de uma informação nova, no primeiro 
caso, e da retomada de uma informação já 
conhecida, no segundo. 
E. 	 retomada de informações que podem ser 
facilmente depreendidas pelo contexto, sendo 
ambas equivalentes semanticamente.Questão 27 
Gilberto Gil é uma multipresença espalhada por 
diferentes meios. Entre setembro e outubro de 2021, 
ele voltou aos palcos realizando turnê pela Europa. [...]
O doutor em história Maurício Barros de Castro, 
professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
(UERJ) e autor de Gilberto Gil: Refavela, aponta que 
a música de Gil sempre esteve conectada a questões 
contemporâneas, refletindo os múltiplos interesses do 
artista: tecnologia, políticas culturais, ancestralidade 
africana, herança nordestina e o diálogo constante 
com as novas formas de pensar o mundo.
Disponível em: https://bit.ly/3tMRQyX. Acesso em: 5 mar. 2022.
As letras de Gilberto Gil sempre foram ricas em 
expressividade e simbolismo. Entre os versos do autor 
transcritos a seguir, podemos identificar uma relação 
paradoxal em:
A. 	“Sou viramundo virado / pelo mundo do sertão.”
B. 	“Louvo a luta repetida / da vida pra não morrer.”
C. 	“De	dia,	Diadorim,	/	de	noite,	estrela	sem	fim.”
D. 	“Toda saudade é presença / da ausência de 
alguém.”
E. 	”Começou a circular o Expresso 2222/Da Central 
do Brasil”.
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 16
Questão 28 
Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
[...]
O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. 
Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.
No lirismo de Manuel Bandeira, pode-se destacar
A. 	a construção de oposições semânticas.
B. 	a apresentação de ideias de forma objetiva.
C. 	o	 emprego	 recorrente	 de	 figuras	 de	 linguagem,	
como o eufemismo.
D. 	a repetição de sons e de construções sintáticas 
semelhantes.
E. 	a inversão da ordem sintática das palavras.
Questão 29 
Disponível em: http://biaquario/wordpress.com/2010/04/01/hello-word.
A partir da análise da linguagem verbal e não verbal, 
verifica-se que o texto
A. 	 alerta a população sobre sanções de prática 
criminosa.
B. 	 estimula ação de denúncia dos desperdiçadores 
de água.
C. 	 incentiva a promoção de campanhas de economia 
d’água.
D. 	 apresenta contradição entre a linguagem verbal e 
a não verbal.
E. 	sensibiliza público em relação à economia do 
recurso hídrico.
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 17
Questão 30 
Chega um momento em que a tensão eu/mundo se 
exprime mediante uma perspectiva crítica, imanente à 
escrita, o que torna o romance não mais uma variante 
literária	da	 rotina	social,	mas	o	seu	avesso;	 logo,	o	
oposto do discurso ideológico do homem médio. O 
romancista “imitaria” a vida, sim, mas qual vida? Aquela 
cujo sentido dramático escapa a homens e mulheres 
entorpecidos ou automatizados por seus hábitos 
cotidianos. A vida como objeto de busca e construção, 
e não a vida como encadeamento de tempos vazios 
e inertes. Caso essa pobre vida-morte deva ser 
tematizada, ela aparecerá como tal, degradada, sem 
a aura positiva com que as palavras “realismo” e 
“realidade” são usadas nos discursos que fazem a 
apologia conformista da “vida como ela é”... A escrita 
da resistência, a narrativa atravessada pela tensão 
crítica, mostra, sem retórica nem alarde ideológico, 
que essa “vida como ela é” é, quase sempre, o ruído 
de um mecanismo alienante, precisamente o contrário 
da vida plena e digna de ser vivida.
É nesse sentido que se pode dizer que a narrativa 
descobre a vida verdadeira, e que esta abraça e 
transcende a vida real. A literatura, com ser ficção, 
resiste à mentira. É nesse horizonte que o espaço da 
literatura, considerado em geral como lugar da fantasia, 
pode ser o lugar da verdade mais exigente.
BOSI, Alfredo. Narrativa e resistência (adaptado).
No texto de Alfredo Bosi, ele apresenta o conceito de 
resistência, expresso pela tensão do indivíduo perante 
o mundo. Esta adquire perspectiva crítica na escrita 
do romance quando o autor
A. 	rompe a superfície enganosa da realidade.
B. 	forja um realismo rente à vida mesquinha.
C. 	é	neutro	ao	figurar	a	vacuidade	do	presente.
D. 	conserva o discurso positivo da ordem.
E. 	consegue sobrepor a fantasia à verdade.
Questão 31 
QUINO. Potentes, prepotentes e impotentes, 2003.
A análise da charge permite caracterizar o personagem 
como 
A. 	 hipócrita. 
B. 	 impulsivo. 
C. 	 ingênuo. 
D. 	 intransigente. 
E. 	 visionário. 
Questão 32 
BECK, Alexandre. Disponível em: http://tirasarmandinho.tumblr.com. 
Acesso em: 27 out. 2019.
As figuras de linguagem constituem procedimentos 
linguísticos importantes para a compreensão da 
temática do texto. Na tirinha de Armandinho,
A. 	o termo “papel” é uma metáfora para “planeta”. 
B. 	ao dizer “este é o meu planeta”, a criança cria um 
paradoxo, já que não existiria um mundo só de 
crianças.
C. 	a tirinha trabalha com antíteses: tanto o tamanho 
do adulto e da criança quanto seus pontos de vista 
se chocam.
D. 	a fala da criança “eu vi você deixar cair o papel” é 
uma hipérbole para “eu vi você jogar lixo no chão”.
E. 	o termo “Coroa” é utilizado como uma personi-
ficação,	 que	 atribui	 características	 humanas	 a	
objetos inanimados.
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 18
Questão 33 
Epitáfio
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor
TITÃS. Epitáfio. São Paulo: 2002. A melhor banda dos últimos tempos 
da última semana.
Em “Queria ter aceitado/ As pessoas como elas são/ 
Cada um sabe a alegria/ E a dor que traz no coração” 
(2ª estrofe), infere-se que o eu lírico
A. 	demonstra um grande arrependimento em ter se 
importado com questões bobas e não ter vivido de 
forma plena.
B. 	faz um convite para que o leitor saia completamente 
da sua rotina e viva a vida com mais sentido.
C. 	reflete	 sobre	 como	 gostaria	 de	 ter	 aproveitado	
mais os momentos importantes de sua vida com 
os amigos.
D. 	fala da fragilidade da vida e da importância 
de se conviver mais com as pessoas que são 
importantes.
E. 	afirma	 que	 não	 se	 deve	 julgar	 os	 outros	 e	 que	
se deve compreender as fraquezas e os pontos 
fortes de cada um.
Questão 34 
Disponível em: https://ceejamarilia.wordpress.com/2020/07/17/1-o-
que-voce-precisa-saber-sobre-estrangeirismos. 
Acesso em: 25 set. 2020.
Na charge acima, o efeito de humor é conseguido por 
meio de(a)
A. 	 alteração do sentido de termos estrangeiros. 
B. 	 escolha lexical que evidencia a erudição linguística. 
C. 	 incoerência entre o conteúdo da fala e a escolha 
lexical. 
D. 	 postura preconceituosa em relação ao uso de 
coloquialismos. 
E. 	 utilização de texto construído na variante padrão 
do português. 
Questão 35 
QUINO. Cada um no seu lugar, 2005.
No cartum de Quino, a construção do humor se baseia 
no(a)
A. 	antítese.
B. 	 eufemismo.
C. 	personificação.
D. 	hipérbole.
E. 	paradoxo.
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 19
Questão 36 
Sou um homem comum
brasileiro, maior, casado, reservista,
e não vejo na vida, amigo
nenhum sentido, senão
lutarmos juntos por um mundo melhor.
Poeta fui de rápido destino
Mas a poesia é rara e não comove
nem move o pau de arara.
Quero, por isso, falar com você
de homem para homem,
apoiar-me em você
oferecer-lhe meu braço
que o tempo é pouco
e o latifúndio está aí matando
[...]
Homem comum, igual
a você,
[...]
Mas somos muitos milhões de homens
comuns
e podemos formar uma muralha
com nossos corpos de sonhos emargaridas.
FERREIRA GULLAR. Dentro da noite veloz. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 (fragmento).
Ferreira Gullar, em seu poema, promove uma aproxi-
mação entre a realidade social e o fazer poético. Nessa 
aproximação, o eu lírico atribui à poesia um caráter de
A. 	agregação construtiva e poder de intervenção na 
ordem instituída.
B. 	força emotiva e capacidade de preservação da 
memória social.
C. 	denúncia retórica e habilidade para sedimentar 
sonhos e utopias.
D. 	ampliação do universo cultural e intervenção nos 
valores humanos.
E. 	identificação	 com	 o	 discurso	 masculino	 e	
questionamento dos temas líricos.
Questão 37 
Disponível em: https:www.chargeonline.com.br. 
Acesso em: 9 set. 2020.
No que concerne aos recursos de expressividade em 
diferentes linguagens, a crítica social presente nessa 
charge decorre da 
A. 	 adoção de palavras em seu sentido denotativo. 
B. 	 atribuição de ações humanas a um ser irracional. 
C. 	 comparação de elementos do mesmo campo se-
mântico. 
D. 		interpelação	de	um	ser	personificado	de	maneira	
enfática. 
E. 		transposição	 de	 significado	 dada	 à	 contiguidade	
de sentido. 
Questão 38 
Leia os versos a seguir e responda.
Catar Feijão
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e	as	palavras	na	folha	de	papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e o oco, palha eco [...]
MELO NETO, João Cabral de. A educação pela pedra e outros 
poemas. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2008.
Alguidar: recipiente de barro, metal ou material 
plástico, usado para tarefas domésticas.
O poema metalinguístico de João Cabral de Melo 
Neto revela
A. 	o princípio de que a poesia é fruto de inspiração 
poética, pois resulta de um trabalho emocional.
B. 	influência	 da	 aleatoriedade	 ao	 escolher	 palavras,	
ao	acaso,	que	nada	significam	para	a	construção	
da poesia.
C. 	preocupação com a construção de uma poesia 
racional contrária ao sentimentalismo choroso.
D. 	valorização do eu lírico, ao extravasar o estado de 
alma e o sentimento poético.
E. 	valorização do pormenor mediante jogos de 
palavras,	sobrecarregando	a	poesia	de	figura	e	de	
linguagem rebuscada. 
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 20
Questão 39 
Disponível em: https://imgsapp.em.com.br/app/noticia. 
Acesso em: 5 set. 2020.
A charge aborda uma situação do cotidiano de 
muitas famílias brasileiras. 
Nesse sentido, ela tem o propósito comunicativo de 
A. 	 alertar sobre a falta de entendimento entre pais e 
filhos.			
B. 	 apresentar posturas para melhorar o relaciona-
mento familiar. 
C. 	 criticar excessos de utilização de tecnologia no 
convívio familiar. 
D. 	 denunciar os prejuízos da ausência de diálogo 
entre	pais	e	filhos.			
E. 	 informar sobre relevância de se limitar uso de 
aparelhos tecnológicos.
 
Questão 40 
HENFIL. Disponível em: https://medium.com. Acesso em: 29 out. 2018 
(adaptado).
Nessa tirinha, produzida na década de 1970, os 
recursos verbais e não verbais sinalizam a finalidade de 
A. 	 criticar as obrigações da maternidade. 
B. 	 estimular a abdicação da vida social. 
C. 	 explicitar a autonomia das mulheres. 
D. 	 ironizar as condições de igualdade. 
E. 	 reforçar a luta por direitos civis. 
 
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 21
Questão 41 
Disponível em: http://www.turmadoroma.com.br/assim-e-o-futebol/
tempos-modernos-1. Acesso em: 17 jun. 2019.
Na leitura da tirinha acima, ao associarmos o texto 
verbal com as ilustrações, percebemos que 
A. 	a conclusão à qual o personagem chega no 
terceiro quadrinho caracteriza um exagero no que 
diz respeito aos cuidados com a camisa e uma 
ironia quanto ao seu uso. 
B. 	a ilustração do cômodo no qual o personagem se 
encontra caracteriza uma informação irrelevante, 
visto que as informações verbais quanto aos 
cuidados	 com	 a	 roupa	 são	 suficientes	 para	
compreendermos o sentido da tira. 
C. 	a interpretação que o personagem dá à informação 
“não torcer” é equivocada já no segundo 
quadrinho, sendo dispensável a leitura do terceiro 
para compreendermos o sentido da tira. 
D. 	a expressão do personagem no segundo quadrinho 
sugere que a informação da etiqueta da camisa o 
surpreendeu de algum modo e que isso atende às 
expectativas do leitor quanto ao que será dito no 
último quadrinho. 
E. 	a polissemia de um termo provocou ambiguidade 
no texto, o que levou o personagem a uma 
interpretação equivocada sobre o que poderia ser 
feito com a camisa. 
 
Questão 42 
Anatomia
Qual a matéria do poema?
A fúria do tempo com suas unhas e algemas?
Qual a semente do poema?
A fornalha da alma com os seus divinos dilemas?
Qual a paisagem do poema?
A selva da língua com suas feras e fonemas?
Qual o destino do poema?
O poço da página com suas pedras e gemas?
Qual o sentido do poema?
O sol da semântica com suas sombras pequenas?
Qual a pátria do poema?
O caos da vida e a vida apenas?
CAETANO, A. Disponível em: www.antoniomiranda.com.br. 
Acesso em: 27 set. 2013 (fragmento).
A função poética da linguagem é comum em textos 
do gênero lírico, porém não é a única no poema de 
Ana Caetano, em que se destaca a presença de 
metalinguagem. A função metalinguística se prova
A. 	pelo uso de repetidas perguntas retóricas.
B. 	pelas dúvidas que inquietam o eu lírico.
C. 	pelos	usos	que	se	fazem	das	figuras	de	linguagem.
D. 	pelo fato de o poema falar de si mesmo como 
linguagem.
E. 	pela prevalência do sentido poético como in-
quietação existencial.
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 22
Questão 43 
O Menino do Alto
Leandro Siqueira dos Santos nunca havia 
reparado que nascera numa cidade partida. Perdeu 
a inocência no instante da descoberta. Quando os 
doutores disseram que nada mais poderiam fazer 
por ele, o pai arranjou uma porta velha, bichada, e 
sobre ela deitou o filho. Com a ajuda de parentes, 
dos vizinhos, do povo de cima, carregou-o até o alto 
de seu destino. Pela primeira vez o menino decifrou o 
precipício de sua vida. Pela primeira vez sentiu medo 
do barranco, das pedras, das cicatrizes escalavradas 
na terra. O menino percebeu naquele exato momento 
que havia nascido com todas as pontes dinamitadas. 
Quando compreendeu, começou a envelhecer. Até a 
voz mudou. (...)
Quando se mergulha no coma, o corpo dorme. 
Os membros, as articulações desmaiam como se 
perdessem a vida. Para que não se cristalizem no lugar 
errado, é preciso que um fisioterapeuta movimente 
os pés, as mãos, dia após dia. Não fizeram com o 
menino do alto. Selaram seu destino com a displicência 
com que a planície trata a cidade de cima. Não foi o 
acidente que roubou a liberdade do menino. Não foi o 
traumatismo craniano que retorceu seus pés. Foi crime.
BRUM, Eliane. O menino do alto. In: ______. A vida que ninguém vê. 
Porto Alegre: Arquipélago 2006, p. 72 e 73 (adaptado).
A crônica de Eliane Brum oscila entre o literário e o 
não literário. Isso fica bastante patente no fragmento 
acima por causa da concomitância
A. 	da linguagem poética (“as articulações desmaiam”) 
e	da	reflexão	sobre	o	contexto	cotidiano	(“Não	foi	
o traumatismo craniano que retorceu seus pés. 
Foi crime”).
B. 	do discurso indireto livre (“os doutores disseram 
que nada mais poderiam fazer por ele”) e da 
atmosfera realística (“carregou-o até o alto de seu 
destino.”).
C. 	da verossimilhança (“Até a voz mudou”) e da 
forma de notícia (“Quando se mergulha no coma, 
o corpo dorme”).
D. 	da repetição (“Não foi o acidente”/“Não foi 
o traumatismo craniano.”) e da linguagem 
denotativa (“...havia nascido com todas as pontes 
dinamitadas”). 
E. 	do	 tom	 ficcional	 (“Selaram	 seu	 destino	 com	
a displicência”) e da presença da função 
metalinguística da linguagem (“não se cristalizem 
no lugar errado”).
Questão 44 
Disponível em: https://tirasarmandinho.tumblr.com. 
Acesso em: 30 ago. 2019.
O sentido global da tirinhaé constituído a partir de 
uma relação 
A. 	 antonímica, que se estabelece contextualmente 
entre as palavras “muros” e “pontes”. 
B. 	 dialógica, devido à negação enfática da 
personagem no segundo quadrinho. 
C. 	 morfológica, que se manifesta pela formação do 
diminutivo de “tijolinho”. 
D. 	 sintática, expressa pelo uso da construção 
adversativa no primeiro quadrinho. 
E. 	 sociolinguística, baseada numa variante linguística 
incompatível com a fala de crianças. 
 
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 23
Questão 45 
 Tive um sonho que em tudo não foi sonho!...
O sol brilhante se apagava: e os astros,
Do eterno espaço na penumbra escura,
Sem raios, e sem trilhos, vagueavam.
A terra fria balouçava cega
E tétrica no espaço ermo de lua.
A manhã ia... vinha ... e regressava...
Mas não trazia o dia! Os homens pasmos
Esqueciam no horror dessas ruínas
Suas paixões: E as almas conglobadas
Gelavam-se num grito de egoísmo
Que demandava ‘luz’. Junto às fogueiras
Abrigavam-se... e os tronos e os palácios,
Os palácios dos reis, o albergue e a choça
Ardiam por fanais. Tinham nas chamas
As cidades morrido. Em torno às brasas
Dos seus lares os homens se grupavam,
P’ra à vez extrema se fitarem juntos.
Feliz de quem vivia junto às lavas
Dos vulcões sob a tocha alcantilada!
As figuras de linguagem estão presentes em textos poéticos e produzem expressividade no discurso, criando 
efeitos de sentido variados. A figura em destaque nos seguintes versos: “E as almas conglobadas/Gelavam-se 
num grito de egoísmo” é denomindada
A. 	Aliteração.
B. 	Comparação.
C. 	Metonímia.
D. 	Catacrese.
E. 	Sinestesia.
LC - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 24
TEXTOS MOTIVADORES
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
	 4.1.	 tiver	até	7	(sete)	linhas	escritas,	sendo	considerada	“texto	insuficiente”;
	 4.2.	 fugir	ao	tema	ou	que	não	atender	ao	tipo	dissertativo-argumentativo;
	 4.3.	 apresentar	parte	do	texto	deliberadamente	desconectada	do	tema	proposto;
 4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
TEXTO I
Violência no trânsito: Brasil é o quarto país com mais mortes na América
Brasil é o quarto país com mais mortes no trânsito na América
Excesso de velocidade. Ultrapassagens em locais indevidos. Ingerir bebida alcoólica e dirigir. 
A violência no trânsito depende de muitos fatores, como explica o inspetor Diego Brandão, da Polícia Rodoviária Federal. 
Mais de 1,2 milhão de pessoas perdem a vida devido ao trânsito todos os anos no mundo. 40 milhões ficam feridas.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/acervo/geral/audio/2018-02/violencia-no-transito-brasil-e-o-quarto-pais-com-mais-mortes/. 
TEXTO II
O país perdeu 479.857 vidas no trânsito entre 2007 e 2018. O custo desses acidentes chegou a R$ 1,584 trilhão, segundo 
o estudo Impactos Socioeconômicos dos Acidentes de Transporte no Brasil, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica 
Aplicada (Ipea). A análise, feita em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), utiliza dados 
de mortalidade do Datasus, do Ministério da Saúde – que inclui internações e reembolso de gastos – e aplica o Valor Estatístico 
da Vida (VEV), estimado em R$ 2,26 milhões a valores de dezembro de 2018. A pesquisa contabiliza pedestres, motociclistas, 
acidentados em automóveis, ciclistas, e ainda meios de transporte aquaviários, ferroviários e aéreos. A avaliação considera 
uma série de fatores, como quantidade de indenizações pagas por morte e por categoria de veículos.
Disponível em: https://www.portaldotransito.com.br/noticias/brasil-gasta-132-bilhoes-por-ano-com-acidentes-de-transporte/. 
TEXTO III
 
Disponível em: https://estradas.com.br/onde-obter-dados-sobre-a-violencia-no-transito-brasileiro/.
TEXTO IV
Atualmente, foi sancionada uma lei que altera o Código de Trânsito e alguns pontos causam preocupação, como a 
ampliação da pontuação para que se tenha a carteira suspensa. As mudanças acendem um alerta porque o número de 
vítimas de acidentes é bastante alto.
Disponível em: https://www.portaldotransito.com.br/noticias/brasil-gasta-132-bilhoes-por-ano-com-acidentes-de-transporte/. 
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto 
dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Violência no trânsito como 
desafio no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, 
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
CH - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 25
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
Questão 46 
Produção e Consumo de Energia
Produção de energia
Consumo de energia
AAA, 2000.
A representação cartográfica acima é uma
A. 	carta	topográfica,	indicando	que	o	Japão	consome	
mais energia do que produz.
B. 	anamorfose, indicando que a França produz mais 
energia do que consome. 
C. 	anamorfose, indicando que os Estados Unidos 
consomem mais energia do que produzem.
D. 	carta	 topográfica,	 indicando	 que	 a	 Alemanha	
produz mais energia do que consome.
E. 	anamorfose, indicando que os países africanos 
consomem mais energia do que produzem.
Questão 47 
A mitologia comparada surge no século XVIII. Essa 
tendência influenciou o escritor José de Alencar, que, 
inspirado pelo estilo da epopeia homérica na Ilíada, 
propõe em Iracema uma espécie de mito fundador 
do povo brasileiro. Assim como a Ilíada vincula a 
constituição do povo helênico à Guerra de Troia, 
deflagrada pelo romance proibido de Helena e Páris, 
Iracema vincula a formação do povo brasileiro aos 
conflitos entre índios e colonizadores, atravessados 
pelo amor proibido entre uma índia – Iracema – e o 
colonizador português Martim Soares Moreno.
DETIENNE, M. A invenção da mitologia. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 1998 (adaptado).
A comparação estabelecida entre Ilíada e Iracema 
demonstra que essas obras
A. 	combinam cultura popular e cultura erudita em 
seus estilos literários.
B. 	articulam resistência e opressão no gênero literá-
rio conhecido como Tragédia.
C. 	associam história e mito na construção da 
identidade de suas sociedades.
D. 	refletem	 pacifismo	 e	 guerra	 em	 suas	 escolhas	
ideológicas.
E. 	traduzem revolta e conformidade em seus padrões 
alegóricos.
Questão 48 
Leia o excerto a seguir.
Em Roma, os cristãos foram perseguidos pelo 
imperador Nero, que os transformou em bodes 
expiatórios para o grande incêndio que consumiu 
a cidade em 64. É possível que, depois disso, a 
perseguição se tenha estendido às províncias pelo 
exemplo, porque governadores romanos se baseavam 
no precedente de Nero, que dispensava aos cristãos 
o tratamento previsto para criminosos.
FOX, Robin Lane. Bíblia: verdade e ficção. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1993. p. 320.
A principal acusação usada para justificar a perseguição 
aos cristãos foi 
A. 	a organização de cerimônias noturnas à luz de 
tochas pelos cristãos dentro das catacumbas. 
B. 	a instrução sobre caridade e humildade propagada 
pelos adeptos do cristianismo. 
C. 	a transformação de um condenado à morte por 
cruz em divindade digna de culto. 
D. 	a recusa dos adeptos da religião cristã em cultuar 
os deuses romanos e o imperador. 
E. 	o local de origem da religião ter sido a rebelde e 
distante província da Judeia. 
Questão 49 
Leia o seguinte excerto:
Para nós, o ostracismo existe no sentido figurado, 
mas para os ateniensesera uma medida concreta 
que marcava a vida do ostracizado. As escavações 
arqueológicas permitiram que se descobrissem cacos 
com diversos nomes [de ostracizados].
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002. 
p. 34.
Considerando os conhecimentos sobre Grécia Antiga, 
a principal função pensada para a implantação do 
ostracismo na sociedade de Atenas entre os sécu- 
los VI e V a.C. foi a de impedir que 
A. 	espartanos tivessem poder político e ameaçassem 
a aristocracia. 
B. 	imigrantes mobilizassem poder político e ameaçassem 
a oligarquia. 
C. 	cidadãos concentrassem poder político e ameaças-
sem a democracia. 
D. 	troianos arregimentassem o poder político e ameaças-
sem a república. 
E. 	cretenses conseguissem poder político e ameaças-
sem a tirania. 
 
CH - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 26
Questão 50 
A representação abaixo corresponde a uma porção 
de uma carta topográfica com equidistância entre as 
curvas de nível de 20 metros. 
N
Rio
50
0
60
0
O sentido em que o rio corre e a margem de menor 
declividade são:
A. 	nordeste e margem esquerda. 
B. 	sudoeste e margem direita. 
C. 	sudoeste e margem esquerda. 
D. 	nordeste e margem direita. 
E. 	sudeste e margem direita.
Questão 51 
Leia o texto: 
A corrupção nos costumes das mulheres é ainda 
uma coisa prejudicial ao fim que se propõe o governo, 
e à boa conservação das leis do Estado [...] É o que 
aconteceu em Esparta [...].
Tais são as observações feitas entre os 
lacedemônios: no tempo da sua dominação as 
mulheres resolviam todas as questões. De resto, que 
diferença existe em que as mulheres governem, ou que 
os magistrados sejam governados por mulheres? [...] 
As mulheres dos lacedemônios, mesmo no caso de 
perigo, fizeram-lhes o maior mal possível”.
ARISTÓTELES. A política. Rio de Janeiro: Ediouro, s./d. p. 79-80.
Sobre as mulheres na Grécia Antiga é possível 
depreender que 
A. 	conquistaram direitos à educação, acesso às 
escolas	filosóficas	e	participação	política	na	pólis	
de Atenas durante o período clássico. 
B. 	em Esparta, recebiam educação física na infância, 
tinham direito à herança e administravam as 
propriedades na ausência dos maridos. 
C. 	adquiriram poderes políticos como cidadãs apenas 
com o estabelecimento do Império Macedônico, 
sob a liderança de Alexandre Magno. 
D. 	em Atenas, podiam participar de algumas discus-
sões na assembleia e possuíam direitos de mani-
festação durante o período da democracia. 
E. 	tornaram-se legisladoras e integrantes do conselho 
dos mais velhos em todas as cidades helênicas. 
Questão 52 
Leia o texto com atenção:
“Desde que há Estado – da cidade grega às 
burocracias contemporâneas –, a ideia de verdade 
sempre se voltou, finalmente, para o lado dos poderes 
[...]. Por conseguinte, a contribuição específica da 
filosofia que se coloca a serviço da liberdade, de 
todas as liberdades, é a de minar, pelas análises 
que ela opera e pelas ações que desencadeia, as 
instituições repressivas e simplificadoras: quer se trate 
da ciência, do ensino, da tradução, da pesquisa, da 
medicina, da família, da polícia, do fato carcerário, dos 
sistemas burocráticos, o que importa é fazer aparecer 
a máscara, deslocá-la, arrancá-la...”
CHÂTELET, François. História da filosofia: ideias, doutrinas. 
Rio	de	Janeiro:	Zahar,	s.	d.	v.	8.	p.	309.
De acordo com François Châtelet, a Filosofia é um tipo 
de conhecimento que
A. 	é	 inútil,	 pois	 sua	 abordagem	 é	 superficial,	 sem	
uma análise mais crítica sobre os fatos.
B. 	incomoda, pois desestabiliza o status quo ao 
questionar qualquer forma de instrumento de poder.
C. 	está sempre a serviço das instituições de poder, 
como forma de manutenção da ordem vigente.
D. 	busca a manutenção da ordem por meio do 
imobilismo das pessoas diante dos acontecimentos.
E. 	busca a garantia das liberdades individuais por 
meio das instituições repressivas do Estado.
Questão 53 
Ao nosso mui querido amigo, o glorioso conde Hatton, 
saudação eterna do Senhor. Um dos vossos servos, de 
nome Huno, veio à igreja dos santos mártires Marcelino 
e Pedro pedir mercê (intercessão) pela falta que cometeu 
contraindo casamento sem o vosso consentimento [...]. 
Vimos, pois, solicitar a vossa bondade para que em nosso 
favor useis de indulgência em relação a este homem, se 
julgais que a sua falta pode ser perdoada. Desejo-vos 
boa saúde com a graça do Senhor.
Disponível em: https://www.ricardocosta.com/extratos-de-documentos-
medievais-sobre-o-campesinato-secs-v-xv. 
Acesso em: 3 mar. 2022 (adaptado).
O pedido contido no texto foi feito entre os anos 830/840 
e refere-se à realidade europeia ocidental, na qual a(o)
A. 	religião interferia pouco nas condutas entre os 
segmentos da sociedade.
B. 	clero católico romano impedia a exploração 
daqueles que não eram livres.
C. 	realeza proibia a violência contra os setores mais 
desqualificados	do	reino.
D. 	nobreza feudal possuía direitos sobre as relações 
sociais de seus subordinados.
E. 	pena de morte era rotineira na punição aos 
homens que ofendessem o senhorio.
CH - 1º dia | Caderno 1 - BRANCO - Página 27
Questão 54 
TEXTO I
Nenhum documento permite afirmar que Pedro 
Álvares Cabral partira de Lisboa com o propósito 
de descobrir novas terras. A intencionalidade da 
descoberta não encontra fundamento em nenhuma 
das testemunhas, seja Pero Vaz de Caminha, Mestre 
João ou o piloto anônimo. A armada partiu com destino 
à Índia, e foi só isso.
MAGALHÃES, Joaquim Romero de. Quem descobriu o Brasil?. 
In: FIGUEIREDO, Luciano. História do Brasil para ocupados, 2013.
TEXTO II
Quando Pedro Álvares Cabral e seus homens 
chegaram à costa da atual Bahia em 1500, não havia, 
obviamente, nem Brasil nem brasileiros. Pode ser, 
como querem muitos historiadores, que outros tenham 
andado por ali antes, mas disso não ficou registro 
consistente, e foram Pero Vaz de Caminha e Mestre 
João os autores das primeiras narrativas sobre a nova 
terra e seu céu.
MELLO	E	SOUZA,	Laura de. O nome Brasil. 
In: FIGUEIREDO, Luciano. História do Brasil para ocupados, 2013.
Sobre a afirmação do texto II, de que “Quando Pedro 
Álvares Cabral e seus homens chegaram à costa da 
atual Bahia em 1500, não havia, obviamente, nem 
Brasil nem brasileiros”, é possível depreender que 
A. 	os lusitanos tratavam os nativos como servos 
ou escravos e não reconheciam seu direito à 
cidadania brasileira. 
B. 	os desbravadores portugueses pensavam ter 
alcançado as Índias e não admitiam ter chegado a 
terras até então desconhecidas. 
C. 	a nacionalidade brasileira se estabeleceu apenas 
após a miscigenação entre nativos, africanos 
escravizados e europeus. 
D. 	os portugueses pretendiam impor a nacionalidade 
portuguesa aos nativos e não permitiam, por parte 
deles, reivindicações identitárias. 
E. 	a ideia de nacionalidade se concretizou apenas 
após a conquista da autonomia política e a 
superação da condição colonial.
 
Questão 55 
Uma empresa anunciou que a partir de 2018 
celulares deverão ter um GNSS (Sistema Global 
de Navegação por Satélite) com precisão de até 
30 centímetros. Essa situação vai ser benéfica 
principalmente para quando estamos sendo guiados 
em ruas que ficam lado a lado, caso de grandes 
avenidas em que existe uma pista local, uma expressa 
e uma central. Os GNSS atuais raramente acertam em 
qual das três você está.
Disponível em: https://tecnologia.uol.com.br. Acesso em: 8 out. 2017 
(adaptado).
O funcionamento dos GNSS é possível devido ao 
emprego de
A. 	sensores de aerofotogrametria. 
B. 	satélites naturais de precisão. 
C. 	radares de sensoriamento remoto. 
D. 	satélites globais de localização. 
E. 	sensores de energia eletromagnética. 
Questão 56 
Todo mapa estabelece uma determinada 
proporção entre os elementos que representa e seus 
correspondentes na realidade: é o que se entende 
por escala.
O mapa do Brasil em diferentes escalas
COELHO, M. de A. Geografia geral. O espaço natural e 
socio-econômico.3. ed. São Paulo: Moderna, 1996. p. 302.
Considerando a sequência das imagens acima, de 
A a C, pode-se dizer que 
A. 	os três mapas apresentam a mesma riqueza de 
detalhes. 
B. 	os mapas A e B apresentam maior riqueza de 
detalhes que o mapa C. 
C. 	o mapa B é proporcionalmente cinco vezes maior 
que o mapa C. 
D. 	o mapa C apresenta maior riqueza de detalhes 
que o mapa A. 
E. 	os três mapas possuem o mesmo tamanho. 
 
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Questão 57 
Na América Portuguesa do século XVI, a política 
europeia para os indígenas pressupunha também 
a existência de uma política indígena frente aos 
europeus, já que os Tamoios e os Tupiniquins tinham 
seus próprios motivos para se aliarem aos franceses 
ou aos portugueses.
CUNHA, Manuela Carneiro da. Introdução a uma história indígena. 
São Paulo: Companhia das Letras/Fapesp, 1992. p. 18 (adaptado).
Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre 
os primeiros contatos entre europeus e indígenas no 
Brasil, é possível depreender que 
A. 	a população ameríndia era heterogênea e os 
conflitos	entre	diferentes	grupos	étnicos	ajudaram	
a	definir,	de	acordo	com	suas	próprias	 lógicas	e	
interesses, a dinâmica dos seus contatos com os 
europeus. 
B. 	o fato de Astecas e Tupiniquins serem grupos 
aliados contribuiu para neutralizar as disputas 
entre franceses e portugueses pelo controle 
do Brasil, pelo papel mediador que os nativos 
exerciam. 
C. 	os indígenas, agentes de sua história, desde 
cedo souberam explorar as rivalidades entre os 
europeus	e	mantê-los	afastados	dos	seus	conflitos	
interétnicos, anulando o impacto da presença 
portuguesa. 
D. 	as etnias ameríndias viviam em harmonia umas 
com as outras e em equilíbrio com a natureza. 
Esse quadro foi alterado com a chegada dos 
europeus,	que	passaram	a	incentivar	os	conflitos	
interétnicos para estabelecer o domínio colonial. 
E. 	as diversas etnias da América do Sul possuíam 
características comuns como o sedentarismo e o 
domínio da escrita.
Questão 58 
A concepção mitológica compreende um conjunto 
de histórias/narrativas que envolve elementos 
sobrenaturais, transmitidos por uma tradição oral cuja 
finalidade era promover, na pólis, uma sensação de 
tranquilidade e justificativa em relação aos fenômenos 
sociais e naturais.
Acerca desse conceito, é correto afirmar:
A. 	Os	mitos	 figuram,	 na	 contemporaneidade,	 como	
construções simbólicas representativas de dada 
parcela da sociedade.
B. 	A representação mitológica, no âmago da 
sociedade contemporânea, é vista e concebida 
como verdades apodíticas.
C. 	As concepções mitológicas contemporâneas expli-
cam, de forma válida e comprovada, os fenômenos 
sociais e naturais.
D. 	Na Antiguidade Grega (Cosmogonia), os mitos 
figuram	como	uma	forma	indubitável	de	aquisição	
de verdades absolutas.
E. 	Os mitos compreendem construções reais e 
verdadeiras, nas quais e pelas quais as verdades 
eram	validadas	cientificamente.
Questão 59 
A figura representa o palco da guerra entre a 
coalizão anglo-americana e o Iraque. 
VEJA, 2 abr. 2003.
Usando as referências contidas na figura e considerando 
que a distância entre o centro de Bagdá e o limite 
do último círculo é de 5 cm, a escala do mapa 
representado é:
A. 	1: 160.000.000 
B. 	1: 53.000.000 
C. 	1: 20.000.000 
D. 	1: 15.000.000 
E. 	1: 3.200.000 
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Questão 60 
Mil anos antes da “descoberta” do Brasil pelos 
europeus, um grande movimento de migração parece 
ter se iniciado no sul da floresta amazônica. Os povos 
que se moviam falavam línguas aparentadas, de uma 
grande família de línguas que denominamos tupi- 
-guarani. Praticavam a coivara e eram bons caçadores 
e pescadores.
GUARINELLO, Norberto Luiz. Os primeiros habitantes do Brasil, 
2009 (adaptado).
Tendo como base o texto e os seus conhecimentos, 
pode-se afirmar que os referidos povos 
A. 	dedicavam-se ao extrativismo e alimentavam-se 
principalmente de moluscos, daí serem também 
chamados de povos dos sambaquis. 
B. 	eram ordeiros e estabeleceram relações amistosas 
com outros grupos nativos e, posteriormente, com 
os colonizadores portugueses. 
C. 	eram oriundos da Ilha de Marajó e dominavam 
a cerâmica, o que permitia a conservação de 
mantimentos e a produção de urnas funerárias. 
D. 	foram exterminados por grupos indígenas 
procedentes	do	 litoral	pacífico	do	continente,	daí	
sua cultura ter sido extinta antes da conquista 
portuguesa. 
E. 	praticavam a agricultura e tinham bom domínio da 
navegação, o que contribuiu para sua expansão 
pelas terras posteriormente chamadas de Brasil. 
Questão 61 
Todos os mapas e globos representam as 
características da Terra em um tamanho muito menor 
do que ela possui na realidade. Os globos foram 
criados, em princípio, para serem modelos perfeitos 
da Terra, diferenciando-se dela pelo tamanho. A escala 
é utilizada como uma fração simples, que se obtém 
representando a distância do globo e da Terra na 
mesma unidade. 
Considerando que um centímetro no globo corresponde 
a 650 km na Terra, a escala numérica correspondente 
é: 
A. 	1: 65.000 
B. 	1: 650.000 
C. 	1: 65.000.000 
D. 	1: 165.000.000 
E. 	1: 1.650 
 
Questão 62 
Disponível em: https://educacaopoliticasite.wordpress.com. 
Acesso: 8 mar. 2022.
O mapa indica uma característica importante das Treze 
Colônias inglesas da América do Norte. 
As relações observadas indicam que os colonos norte-
americanos estavam
A. 	subordinados ao regime mercantilista de porto 
único.
B. 	envolvidos na produção agrícola na África Ocidental.
C. 	alijados das trocas por artigos industriais 
europeus.
D. 	inseridos em uma atividade econômica autônoma.
E. 	impedidos de comercializarem com a metrópole.
Questão 63 
“A ação social (incluindo tolerância ou omissão) 
orienta-se pela ação de outros, que podem ser 
passadas, presentes ou esperadas como futuras 
(vingança por ataques anteriores, réplica a ataques 
presentes, medidas de defesa diante de ataques 
futuros). Os ´outros` podem ser individualizados 
e conhecidos ou uma pluralidade de indivíduos 
indeterminados e completamente desconhecidos”.
WEBER, Max. Ação social e relação social. In: FORACCHI, M.M., 
MARTINS, J.S. Sociologia e Sociedade. Rio de Janeiro: LTC, 1977. 
p. 139.
A partir do ponto de vista apresentado no texto, no 
processo de conquista da América, os “responsáveis 
pela ação social” e “os outros” foram, respectivamente,
A. 	espanhóis e ameríndios.
B. 	colonizadores e jesuítas.
C. 	povos originários e militares.
D. 	europeus e clero.
E. 	Inquisição e Igreja Romana.
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Questão 64 
“Podemos dar conta boa e certa que em quarenta 
anos, pela tirania e ações diabólicas dos espanhóis, 
morreram injustamente mais de doze milhões de 
pessoas…”
Frei Bartolomé de Las Casas, 1474-1566.
A informação contida no texto demonstra características 
do Antigo Sistema Colonial, no qual
A. 	muitos nativos desapareceram por não possuírem 
armamentos ou exércitos numerosos próprios.
B. 	os ameríndios, apesar de terem superioridade 
bélica, sucumbiram às doenças trazidas pelos 
europeus.
C. 	as tropas espanholas, apesar de não possuírem 
melhores armamentos, usaram a religião para 
exterminar os nativos.
D. 	as ações efetuadas pela catequese foram as 
principais razões para a fragilização dos nativos e 
seu consequente desaparecimento.
E. 	mesmo associada ao Estado na colonização, a 
Igreja possuía membros que denunciavam as 
atrocidades cometidas contra os índios. 
Questão 65 
Santo aparelho, o GPS pouco a pouco substituiu 
os outros instrumentos. Ele era usado para inúmeras 
outras funções, além da determinação da posição: 
controle das baterias, cálculos de médias, tempo, 
distâncias, velocidades, desvio magnético, tudo. 
Os instrumentos padrão de bordo, com exceção do 
indicador de vento, foram todos desligados para 
diminuir o número de luzes no painel.
KLINK, Amyr. Mar sem Fim. São Paulo:

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