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2ª-AULA-INQUÉRITO-POLICIAL

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1/12 
 
2ª AULA – INQUÉRITO POLICIAL 
 
 
O inquérito policial é um procedimento (não é 
processo) que tem por escopo a produção de provas, 
tudo para abalizar a denúncia (se for o caso) do 
membro do Ministério Público. 
 
No inquérito policial, não há ampla defesa e o 
contraditório, trata-se de um processo inquisitivo, 
por seja, de mera colheita de provas. 
 
Quem conduz o inquérito policial é a 
autoridade policial, isto em razão do poder de 
investigação que a Polícia Civil ou Polícia Federal 
possuem. 
 
Inquérito policial estadual segue o rito do 
Código de Processo Penal. 
 
O prazo para conclusão do inquérito policial, 
se réu preso é de 10 dias, se solto, 30. O prazo não 
pode ser prorrogado. 
O encarregado do inquérito policial é um 
delegado de polícia estadual. 
 
Inquérito Policial Federal segue o rito da Lei 
5010/66, no que diz respeito ao prazo da conclusão. 
 
O prazo para conclusão do inquérito policial é 
de 15 dias, podendo ser prorrogado, ainda que p réu 
esteja preso. 
O encarregado do inquérito policial é um 
Delegado Federal. 
 
O inquérito policial se iniciará com base no 
artigo 5º do Código de Processo Penal, isto em crime 
de competência estadual, vejamos: 
 
 
 
 
 
 
 
2/12 
 
 
Art. 5º Nos crimes de ação pública(1) o 
inquérito policial será iniciado: 
I - de ofício(2-4); 
II - mediante requisição(5-8) da autoridade 
judiciária ou do Ministério Público, ou a 
requerimento do ofendido(9) ou de quem tiver 
qualidade para representá-lo(10). 
§ 1º O requerimento a que se refere o no II 
conterá sempre que possível (11): 
a) a narração do fato, com todas as 
circunstâncias (12); 
b) a individualização do indiciado ou seus 
sinais característicos e as razões de 
convicção(13) ou de presunção de ser ele o 
autor da infração, ou os motivos de 
impossibilidade de o fazer (14); 
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de 
sua profissão e residência (15). 
§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento 
de abertura de inquérito caberá recurso para o 
chefe de Polícia (16). 
§ 3º Qualquer pessoa do povo que tiver 
conhecimento da existência de infração penal em 
que caiba ação pública poderá, verbalmente ou 
por escrito (17), comunicá-la à autoridade 
policial, e esta, verificada a procedência das 
informações, mandará instaurar inquérito (18). 
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação 
pública depender de representação (19), não 
poderá sem ela ser iniciado (20). 
§ 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade 
policial somente poderá proceder a inquérito a 
requerimento de quem tenha qualidade para 
intentá-la (21). 
 
 
 
Vamos entender este artigo: 
(1)  Ação Pública é aquela cuja iniciativa cabe 
ao Ministério Público, dividindo-se em 
incondicionada e condicionada. 
 
(2)  Significa que o delegado de polícia, tomando 
conhecimento da prática de uma infração penal, 
determina, por sua conta e através de portaria, 
a instauração de inquérito policial. 
 
3/12 
 
(3)  Chamamos de notitia criminis a comunicação 
de um fato criminoso à autoridade policial. 
 
 
(4)  Investigação policial contra prefeito só 
pode ser a autoridade competente, como descrito 
no artigo, ou seja, o Tribunal de Justiça do 
Estado (crimes estaduais) ou pelo Tribunal 
Regional Federal (crimes federais). Só após a 
autorização do Poder Judiciário é que se pode 
investigar a pessoa do prefeito. 
 
(5)  Requisição é a exigência para a realização 
de algo, fundamentada em lei. Não podemos 
confundir requisição com ordem, pois o delegado 
não é subordinado do juiz ou do promotor. 
 
(6)  O Delegado de Polícia pode recusar-se a 
atender a requisição do juiz ou do promotor, 
isto quando a requisição for manifestamente 
ilegal. 
 
(7) Indicação detalhada da ocorrência e do objeto 
de investigação: requisições dirigidas à 
autoridade policial, exigindo a instauração de 
inquérito policial contra determinada pessoa, 
ainda que aponte o crime, em tese, necessitam 
conter dados suficientes que possibilitem o 
delegado tomar providências e ter rumo a seguir 
(ver § 1º deste artigo). Noutras palavras é 
dizer que não é possível um ofício genérico. 
 
(8) Se houver necessidade de trancamento de 
inquérito policial, porque indevidamente 
instaurado, constituindo constrangimento ilegal 
a alguém, deve-se levar em consideração em 
conta a autoridade que tomou iniciativa de 
principia-lo. 
 
(9) Requerimento é um pedido, uma solicitação, 
passível de indeferimento pelo destinatário, ou 
4/12 
 
seja, o Delegado de Polícia (Estadual ou 
Federal), diferente da requisição que é uma 
exigência legal. Do indeferimento do 
requerimento, caberá recurso ao chefe de 
polícia. 
 
(10) Representante legal não é, necessariamente, um 
advogado, podendo ser qualquer pessoa apta a 
representar outra, por procuração ou por foça 
de lei. Assim, o pai do menor vítima de um 
crime pode encaminhar o requerimento à polícia. 
 
(11) O requerimento, neste sentido, deve ser 
interpretado também como requisição, ou seja, 
tanto no requerimento, quanto na requisição, 
deve ter todas as circunstâncias do fato, a 
individualização do indivíduo, as razoes que 
supõe ser ele o autor, além de testemunhas que 
viabilizem o início da investigação. 
 
(12) Fato e circunstâncias têm uma pequena 
diferença: fato: o fato deve estar previsto em 
lei incriminadora; circunstâncias: são os 
elementos que envolvem o fato, permitindo ao 
delegado maior domínio sobre o assunto. 
 
(13) Convicção e Presunção são termos vagos em 
matéria de prova no processo penal, porém são 
aptas para instaurar uma investigação. 
Convicção significa uma formação íntima, 
pessoal, enquanto que presunção significa mera 
suspeita ou opinião de alguém baseada nas 
aparências. Para o juiz condenar um acusado, 
não pode se valer apenas da convicção e da 
presunção, deve se ater impreterivelmente as 
provas seguras e cabais que foram acostadas aos 
autos do processo criminal. 
 
 
5/12 
 
(14) Impossibilidade de indicar o autor: por muitas 
vezes, a vítima não sabe quem é seu algoz, 
sendo impossível indicar quem seja o infrator. 
Neste caso, cabe a vítima narrar o fato e 
circunstâncias, cabendo a autoridade policial 
localizar o autor do delito. 
 
(15) Testemunhas e sua qualificação: Do mesmo modo 
que o autor do fato, nem sempre é possível, mas 
quando existirem, ainda q pertinente somente ao 
fato e não ao autor, convém sejam incluídas no 
requerimento ou na requisição. 
 
(16) Recurso ao Chefe de Polícia: atualmente, 
considera-se o chefe da polícia civil o 
Delegado Geral que é o superior máximo 
exclusivo da Polícia Judiciária. No entanto, há 
quem sustente que o Secretário de Segurança 
Pública é o chefe maior da polícia civil. No 
caso da Polícia Federal, deve-se encaminhar o 
inconformismo ao Diretor Geral da polícia 
Federal. 
 
(17) Anonimato: há quem defenda a impossibilidade 
de se instaurar um inquérito policial através 
de denúncia anônima. No entanto, é 
perfeitamente possível a instauração de uma 
investigação em razão de uma denúncia anônima, 
como ocorre no caso do telefone 181 (Disque 
denúncia). 
 
(18) Delatio Criminis: é a comunicação de um fato 
típico à autoridade policial, narrando não só o 
fato, mas suas circunstâncias, bem como o autor 
do fato, se possível. 
 
 
 
6/12 
 
(19) Representação: Trata-se de delatio criminis 
postulatória, em q a vítima comunica um crime e 
requer ainstauração de inquérito policial. 
Geralmente ocorre nas ações penais 
condicionadas a representação. 
 
(20) Indispensabilidade da representação: Nas ações 
penais condicionadas a representação, o 
inquérito policial não pode ser iniciado se não 
houver a representação da vítima ou de seu 
representante legal. Por vezes, a representação 
se dá em razão do registro da própria 
ocorrência. 
 
(21) Indispensabilidade do requerimento: Quando se 
trata de crime de ação penal privada, cuja 
iniciativa é do particular, não há 
representação. 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL 
 
 
 
- ESCRITO: todo inquérito policial deve ser 
escrito. Não há inquérito oral. Ainda que o 
depoimento seja prestado de forma oral, deve ser 
reduzido a termo, o reconhecimento de pessoas e 
coisas deve ser lavrado em auto próprio. 
 
- INQUISITIVO: não há ampla defesa e o 
contraditório em campo de inquérito policial. No 
entanto, há quem defenda haver a ampla defesa e o 
contraditório, porém, de forma mitigada. Noutras 
palavras é dizer que, o advogado, ao acompanhar a 
oitiva de uma testemunha, ou até mesmo do acusado, 
não pode fazer perguntas, não pode interferir nas 
oitivas. 
 
 
 
 
7/12 
 
- SIGILOSO: (artigo 20 do Código de Processo 
Penal). 
 
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito 
o sigilo necessário à elucidação do fato ou 
exigido pelo interesse da sociedade. 
 
 
Segundo este artigo, o inquérito policial, 
diferente do processo penal, não fica a disposição 
do público em geral. 
No entanto, o sigilo do inquérito policial não 
atinge a pessoa do advogado devidamente 
constituído. Assim também o é ao juiz e ao promotor 
de justiça. 
 
Quanto ao sigilo das investigações, é direito do 
advogado ter acesso a todas as provas já produzidas 
e encartadas aos autos do inquérito policial, isto 
segundo a Súmula Vinculante nº 14, que diz: 
 
É direito do defensor, no interesse do 
representado, ter acesso amplo aos elementos de 
prova que, já documentados em procedimento 
investigatório realizado por órgão com 
competência de polícia judiciária, digam 
respeito ao exercício do direito de defesa. 
 
 
Baseado nesta súmula, podemos entender a corrente 
que declina haver ampla defesa e o contraditório no 
inquérito policial. 
 
- DISPENSÁVEL: para a propositura de uma ação 
penal, não é obrigatória a instauração de inquérito 
policial. 
Caso haja elementos de convicção, indícios de 
autoria e materialidade, o ministério público pode 
denunciar diretamente sem a necessidade de 
instauração de inquérito policial nos crimes de 
ação penal incondicionada. 
Em caso de ação penal condicionada a representação, 
o ministério público só poderá intentar a ação 
penal contra o agente se houver a devida 
representação, que por muitas vezes, só o ato de 
8/12 
 
requerer a instauração da ação penal, subentende-se 
como representação. 
Já nos crimes de ação penal privada, somente com o 
requerimento expresso do ofendido (ou CADI). 
 
Obs. O inquérito policial jamais será considerado 
nulo, devendo todas as provas ser ratificadas em 
juízo. 
 
 
COMO SE INICIA UM INQUÉRITO POLICIAL 
 
 
 PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO: 
 Flagrante próprio: ocorre quando o agente é 
surpreendido durante a prática delitiva, ou 
seja, praticando o crime no local dos 
fatos. 
 
 Flagrante improprio: quando o agente é 
surpreendido logo após a pratica do crime, 
sendo perseguido, por exemplo. 
 
 Flagrante presumido: quando o agente é 
surpreendido com objetos que fazem presumir 
ser ele o autor do crime. 
 
 DE OFÍCIO ATRAVÉS DE PORTARIA: 
Quando o delegado tomar ciência de crime, tem o 
dever de ofício de instaurar o inquérito policial, 
podendo ser através de requerimento do ofendido (ou 
CADI). 
 
 ATRAVÉS DE REQUISIÇÃO DO JUIZ OU DO PROMOTOR: 
Quando o delegado recebe o requerimento de 
instauração de inquérito policial, o delegado não 
pode se negar, salvo se manifestamente ilegal. 
 
 PELA QUEIXA NOS CRIMES DE AÇÃO PENAL PRIVADA: 
Quando o ofendido (ou CADI) apresentar a queixa 
crime para o delegado de polícia, sendo 
evidentemente crime o constante na queixa. 
9/12 
 
 
 
 
PRAZO PARA A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 
 
 
Inquérito policial estadual: 
Se estiver preso, 10 dias (improrrogável); 
Se estiver solto, 30 dias (prorrogável). 
 
Inquérito policial federal: 
Se estiver preso, 15 dias, podendo ser prorrogado 
por mais 15, desde que fundamentado (art. 66 da Lei 
5010/66). 
 
 
 
ESPÉCIES DE PRISÃO: 
 
 
 ESPÉCIES DE PRISÃO: 
 Prisão preventiva (também chamadas de 
prisão processual): São aquelas prisões de 
caráter assecuratório, ou seja, para 
garantir a ordem pública, garantir a ordem 
econômica, garantir a instrução processual 
e garantir a aplicação da lei penal. 
 
Pode ser aplicada tanto na fase de 
inquérito policial quanto na fase 
processual. Não tem prazo de duração. 
 
É considerada prisão processual até o 
trânsito em julgado da sentença penal 
condenatória. 
 Prisão Temporária: somente pode ser 
aplicada em campo de inquérito policial. 
Está prevista na lei Nº 7.960, de 21 de 
dezembro de 1989. 
 
Art. 1° Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as investigações 
do inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver residência 
fixa ou não fornecer elementos necessários ao 
esclarecimento de sua identidade; 
10/12 
 
III - quando houver fundadas razões, de acordo 
com qualquer prova admitida na legislação 
penal, de autoria ou participação do indiciado 
nos seguintes crimes: 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 
2°); 
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, 
caput, e seus §§ 1° e 2°); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 
3°); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 
2°); 
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, 
caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação 
com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, 
e sua combinação com o art. 223, caput, e 
parágrafo único); 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação 
com o art. 223 caput, e parágrafo único); 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 
1°); 
j) envenenamento de água potável ou substância 
alimentícia ou medicinal qualificado pela morte 
(art. 270, caput, combinado com art. 285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do 
Código Penal; 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 
2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer 
de sua formas típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, 
de 21 de outubro de 1976); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 
7.492, de 16 de junho de 1986). 
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo 
Juiz, em face da representação da autoridade 
policial ou de requerimento do Ministério 
Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, 
prorrogável por igual período em caso de 
extrema e comprovada necessidade. 
§ 1° Na hipótese de representação da autoridade 
policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o 
Ministério Público. 
§ 2° O despacho que decretar a prisão 
temporária deverá ser fundamentado e prolatado 
dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, 
contadas a partir do recebimento da 
representação ou do requerimento. 
§ 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a 
requerimento do Ministério Público e do 
Advogado, determinar que o preso lhe seja 
11/12 
 
apresentado,solicitar informações e 
esclarecimentos da autoridade policial e 
submetê-lo a exame de corpo de delito. 
§ 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-
á mandado de prisão, em duas vias, uma das 
quais será entregue ao indiciado e servirá como 
nota de culpa. 
§ 5° A prisão somente poderá ser executada 
depois da expedição de mandado judicial. 
§ 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial 
informará o preso dos direitos previstos no 
art. 5° da Constituição Federal. 
§ 7° Decorrido o prazo de cinco dias de 
detenção, o preso deverá ser posto 
imediatamente em liberdade, salvo se já tiver 
sido decretada sua prisão preventiva. 
Art. 3° Os presos temporários deverão 
permanecer, obrigatoriamente, separados dos 
demais detentos. 
Art. 4° O art. 4° da Lei n° 4.898, de 9 de 
dezembro de 1965, fica acrescido da alínea i, 
com a seguinte redação: 
"Art. 4° 
...............................................
................ 
i) prolongar a execução de prisão temporária, 
de pena ou de medida de segurança, deixando de 
expedir em tempo oportuno ou de cumprir 
imediatamente ordem de liberdade;" 
Art. 5° Em todas as comarcas e seções 
judiciárias haverá um plantão permanente de 
vinte e quatro horas do Poder Judiciário e do 
Ministério Público para apreciação dos pedidos 
de prisão temporária. 
Art. 6° Esta Lei entra em vigor na data de sua 
publicação. 
Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário. 
 
 
Como regra, a validade desta prisão será de 
5 dias, podendo ser prorrogada por igual 
período, isto em caso de extrema 
necessidade. 
 
 
 Prisão pena: é aquela para punir, só 
existindo após o trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória. 
 
 
12/12 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 
 
O inquérito policial se finda com uma peça chamada 
relatório feito pelo delegado de polícia. 
 
Todo o inquérito policial, incluindo o relatório, 
deve ser encaminhado ao ministério público. 
 
O Promotor de Justiça pode, (como regra): 
- requerer novas diligências; 
- requerer o arquivamento do inquérito policial 
(arquivado o inquérito policial por determinação do 
juiz, não caberá recurso); 
- denunciar o indiciado.

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