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Sistema cardiovascular completo (1)

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SISTEMA CARDIOVASCULAR
ANATOMIA
- Aproximadamente 12cm de comprimento, 9cm de
largura e 6cm de espessura
- Peso em média de 250g (mulheres adultas) e 300g
(homens adultos)
- Repousa sobre o diafragma, próximo da linha mediana
da cavidade torácica
- Encontra-se no mediastino (região torácica dividida em
duas partes, limitada lateralmente pelos pulmões, à frente
pelo esterno, embaixo pelo diafragma e atrás pela coluna
vertebral)
OBS.: Localização do coração é interessante para a
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) � por
estar localizado entre o esterno e a coluna vertebral, a
compressão do tórax pode ser usada para forçar o sangue
para fora do coração em direção à circulação. No
procedimento, são aplicadas compressões rápidas e fortes,
na frequência de 100/minuto de 2cm de profundidade no
adulto.
- 2/3 da massa do coração se encontram do lado esquerdo
do corpo
- Faces: face esternocostal (profunda ao esterno e costelas),
face diafragmática (parte entre o ápice a margem direita
que se apoia sobre o diafragma) e face pulmonar (região
lateral em contato com o pulmão esquerdo e direito)
▼ PERICÁRDIO: membrana que protege o coração
- Restringe o coração à sua posição no mediastino
1. Pericárdio fibroso:
- Tecido conjuntivo inelástico, resistente, denso e irregular
- Assemelha-se a uma bolsa sobre o diafragma, fixando-se
nele
- Impede a hiperdistensão do coração, fornece proteção e
ancora o coração no mediastino
OBS.: região próximo ao ápice � pericárdio fibroso está
parcialmente fundido ao tendão central do diafragma
(movimento do diafragma acaba facilitando a circulação de
sangue pelo coração)
2. Pericárdio seroso:
- Membrana fina, delicada, que forma uma dupla camada
em torno do coração
- Lâmina parietal: mais externa e está fundida ao pericárdio
fibroso
Andreina Marina R de Oliveira
T24 - MEDICINA/UERN
- Lâmina visceral (epicárdio): mais interna e é uma das
camadas da parede do coração
- Entre as camadas � líquido seroso lubrificante
▼ Espaço que contêm o líquido pericárdico �
cavidade do pericárdio
▼ Líquido pericárdico (reduz o atrito entre as
camadas do pericárdio seroso conforme o coração
se move)
*PERICARDITE � inflamação do pericárdio. Há dor
torácica que irradia para o braço esquerdo (podendo ser
confundida com IAM) e atrito pericárdico (som arranhado
auscultado devido ao atrito entre a lâmina visceral e
parietal do pericárdio seroso)
Pode ser tratada através do uso de Anti-inflamatórios
(ibuprofeno e AAS) e/ou drenagem do excesso de
líquido por meio de agulha introduzida na cavidade do
pericárdio
OBS.: PERICARDITE AGUDA � Inflamação do
pericárdio, normalmente, ligada a infecções virais
OBS.: PERICARDITE CRÔNICA � há acúmulo de
líquido pericárdico na cavidade pericárdica, podendo
comprimir o coração e resultar em TAMPONAMENTO
CARDÍACO (enchimento vascular é diminuído, débito
cardíaco é reduzido, retorno venoso ao coração é reduzido,
pressão arterial diminui e respiração é dificultada)
▼ CAMADAS DA PAREDE DO CORAÇÃO:
1. EPICÁRDIO:
- 2 camadas de tecido na lâmina visceral do pericárdio
seroso
- Camada formada por mesotélio e sob o mesotélio há
tecido fibroelástico delicado e tecido adiposo
*Tecido adiposo se deposita mais sob as faces ventriculares
(onde estão as principais artérias coronarianas e vasos
cardíacos)
2. MIOCÁRDIO:
- Responsável pela ação de bombeamento cardíaco
- Composto por tecido muscular cardíaco
- Compõe cerca de 95% da parede do coração
- Fibras musculares envolvidas e separadas por bainhas de
tecido conjuntivo compostas por endomísio e perimísio
(feixes organizados diagonalmente ao coração)
*MIOCARDITE: inflamação do miocárdio. Normalmente
relacionada à infecção viral, febre reumática ou exposição
à radiação, medicamentos e produtos químicos.
▼ ESPESSURA E FUNÇÃO DO MIOCÁRDIO
- Átrios de paredes finas entregam sangue sob menos
pressão aos ventrículos adjacentes
- Ventrículos bombeiam sangue a uma distância maior,
portanto, possuem a parede mais espessa
*Ventrículo esquerdo possui uma parede mais espessa
em comparação com o ventrículo direito, porque a sua
distância de bombeamento é maior, bem como a resistência
ao fluxo sanguíneo
- Lúmen do ventrículo esquerdo é mais circular e o lúmen
do ventrículo direito é mais semilunar
Andreina Marina R de Oliveira
T24 - MEDICINA/UERN
3. ENDOCÁRDIO:
- Fina camada de endotélio que recobre uma fina camada
de tecido conjuntivo
- Fornece um revestimento liso para as câmaras do coração
e abrange as valvas cardíacas
- Minimiza o atrito de superfície conforme o sangue passa
- Contínuo ao revestimento endotelial dos grandes vasos
ligados ao coração
*ENDOCARDITE: inflamação do endocárdio que
tipicamente envolve as valvas cardíacas. Normalmente
causado por bactérias (endocardite bacteriana).
▼ CÂMARAS DO CORAÇÃO:
- 4 câmaras: 2 de recepção superiores (átrios) e 2 inferiores
de bombeamento (ventrículos)
- Átrios recebem o sangue que retornam dos vasos
sanguíneos para o coração pelas veias
▼ Aurícula direita e aurícula esquerda � aumenta
discretamente a capacidade de um átrio de modo
que ele consiga mover um maior volume de sangue
- Ventrículos ejetam o sangue do coração para as artérias
- Sulcos determinam as fronteiras externas entre duas
câmaras do coração.
▼ Sulco coronário � fronteira entre átrios acima e
ventrículos abaixo
▼ Sulco interventricular � situado na superfície
esternocostal e marca a fronteira externa entre o
ventrículo direito e esquerdo nessa face do coração
(continuo posteriormente ao sulco interventricular
posterior)
1. ÁTRIO DIREITO:
- Recebe sangue da veia cava superior, veia cava inferior
e o seio coronário
- Possui cerca de 2 a 3 micrômetros de espessura
- Parede posterior � lisa
- Parede anterior � áspera por causa das cristas
musculares chamadas de músculos pectíneos que se
estendem até a aurícula
- Septo interatrial � fica entre o átrio direito e o esquerdo.
Característica proeminente do septo interatrial é a
depressão oval chamada fossa oval, um remanescente do
forame oval
- Átrio direito � (sangue) � ventrículo direito (valva
atrioventricular direita/tricúspide)
Andreina Marina R de Oliveira
T24 - MEDICINA/UERN
*Valva atrioventricular direita/tricúspide é composta
por 3 válvulas e tem composição de tecido conjuntivo
denso recoberto por endocárdio
2. VENTRÍCULO DIREITO:
- 4-5 micrômetros de espessura
- Forma a maior parte da face esternocostal do coração
- Interior contém uma série de cristas formadas por feixes
de fibras musculares cardíacas chamadas trabéculas cárneas
(transmitem parte do sistema de condução)
- Válvulas da valva atrioventricular direita estão conectadas
às cordas tendíneas que se ligam a trabéculas cárneas em
forma de cone (músculos papilares)
- Septo interventricular
- Ventrículo direito � (sangue) � tronco pulmonar (valva
do tronco pulmonar)
*Tronco pulmonar se divide em artéria pulmonar direita e
esquerda que levam sangue até os pulmões
3. ÁTRIO ESQUERDO:
- Forma a maior parte da base do coração
- Recebe sangue dos pulmões por meio das quatro veias
pulmonares
- Parede posterior � lisa
- Átrio esquerdo � (sangue) � ventrículo esquerdo (valva
atrioventricular esquerda/bicúspide/mitral)
4. VENTRÍCULO ESQUERDO:
- Câmara mais espessa do coração (10-15mm)
- Contém trabéculas cárneas e cordas tendíneas que
ancoram as válvulas da valva atrioventricular aos músculos
papilares
- Ventrículo esquerdo � (sangue) � aorta (valva da aorta)
- Aorta � parte ascendente da aorta (se ramifica em
artérias coronárias que irrigam a parede do coração), parte
descendente da aorta (abdominal e torácica) e arco da
aorta
▼ ESQUELETO FIBROSO DO CORAÇÃO:
- Tecido conjuntivo denso
- 4 anéis de tecido conjuntivo denso que circundam as
valvas cardíacas e que se fundem ao septo interventricular
- Servem de base estrutural para as valvas
- Evita o estiramento excessivo das valvas enquanto o
sangue passa
- Ponto de inserção para feixes musculares cardíacos
- Isolante elétrico entre os átrios e ventrículos
FISIOLOGIA
▼ VALVAS CARDÍACASE CIRCULAÇÃO DO
SANGUE
- Valvas abrem e fecham em resposta às mudanças de
pressão conforme o coração se contrai e relaxa
- Cada valva ajuda a assegurar o fluxo unidirecional do
sangue através da abertura
1. VALVAS ATRIOVENTRICULARES (AV):
- Valva AV aberta � extremidades arredondadas das
válvulas se projetam para o ventrículo
- Ventrículos relaxados = músculos papilares relaxados =
cordads tendíneas frouxas � sangue se move de um local
com mais pressão (átrio) para um de menor pressão
(ventrículo
- Ventrículos contraídos = pressão do sangue aciona as
válvulas para cima, fechando elas = músculos papilares se
contraem = tração nas cordas tendíneas (impede que as
válvulas evertam em resposta à alta pressão)
*Valvas AV ou cordas tendíneas danificadas = sangue
pode regurgitar para os átrios quando os ventrículos
contraem
Andreina Marina R de Oliveira
T24 - MEDICINA/UERN
2. VÁLVULAS SEMILUNARES:
- Valvas da aorta e do tronco pulmonar são compostas por 3
válvulas semilunares
- Possibilitam a ejeção do sangue do coração para as
artérias, mas impedem o refluxo para os ventrículos
- Margens livres se projetam para o lúmen da artéria
*PORQUE NÃO HÁ VALVAS NAS JUNÇÕES DA
VEIA CAVA COM O ÁTRIO DIREITO OU DAS
VEIAS PULMONARES COM O ÁTRIO
ESQUERDO? Porque quando os átrios se contraem, o
músculo comprime e quase colapsa as fracas paredes dos
pontos de entrada das veias
*VALVOPATIAS CARDÍACAS:
Estenose: estreitamento de uma valva cardíaca que
restringe o fluxo cardíaco
Insuficiência: falha de uma valva em se fechar totalmente
- Estenose atrioventricular esquerda: formação de uma
cicatriz ou defeito congênito pode provocar esse
estreitamento na valva atrioventricular esquerda
- Prolapso da valva mitral (PVM): uma das causas da
insuficiência atrioventricular esquerda em que há refluxo
do sangue para o átrio esquerdo (uma das valvopatias mais
comuns). Atinge até 30% da população.
- Doenças inflamatórias (febre reumática) � podem
desencadear uma inflamação sistêmica aguda que pode
inflamar os tecidos conjuntivos das valvas
atrioventriculares.
- Substituição de valva AV: podem se fornecidas por
humanos ou suínos. As vezes se utiliza próteses mecânicas
(mais comum � valva da aorta
▼ CIRCULAÇÃO SISTÊMICA E PULMONAR:
- Em série: a saída de uma é a entrada da outra
- Lado esquerdo do coração: bomba para a circulação
sistêmica (recebe sangue oxigenado vermelho brilhante dos
pulmões, ejeta para a aorta e da aorta segue em
ramificações para o transporte em todos os órgãos)
*Exceção dos alvéolos pulmonares que são irrigados pela
circulação pulmonar
- Lado direito do coração: bomba para a circulação
pulmonar (recebe o sangue desoxigenado vermelho escuro,
ejeta para o tronco pulmonar e do tronco pulmonar se
divide nas artérias pulmonares que levarão o sangue para
os pulmões. Depois de oxigenado nos pulmões, o sangue
retorna oxigenado pela veia pulmonar e retorna ao átrio
esquerdo)
Andreina Marina R de Oliveira
T24 - MEDICINA/UERN
▼ CIRCULAÇÃO CORONARIANA:
- Miocárdio tem sua própria rede de vasos sanguíneos
porque os nutrientes não conseguem se difundir
rapidamente das câmaras do coração para suprir a camada
de células que formam a parede cardíaca
- Artérias coronárias � ramificações da parte ascendente
da aorta (cercam o coração como uma coroa)
- Coração contraído = pouco sangue nas artérias
coronárias (porque estão bem comprimidas)
- Coração relaxado = pressão elevada na aorta impulsiona
o sangue ao longo das coronárias até os vasos capilares e,
depois, até as veias coronárias
*Artérias coronárias:
- Aa coronárias esquerda e direita � ramificações da parte
ascendente da aorta
� A. coronária esquerda: se divide em ramos
interventricular anterior e circunflexo
▼ Ramo Interventricular anterior fornece sangue
oxigenado às paredes dos ventrículos
▼ Ramo circunflexo encontra-se no sulco coronário e
oxigena as paredes do ventrículo esquerdo e átrio
esquerdo
� A. coronária direita: se divide em ramos interventricular
posterior e marginal direito
▼ Ramo interventricular posterior: irriga as paredes
posteriores dos dois ventrículos
▼ Ramo marginal posterior: oxigena a parede do
ventrículo direito
*Miocárdio contém muitas anastomoses! Favorecendo a
oxigenação do músculo cardíaco mesmo que uma
determinada coronariana se encontre obstruída
*Veias coronárias:
- Maior parte do sangue venoso do miocárdio é drenado
para o grande seio vascular no sulco coronário na face
posterior do coração (SEIO CORONÁRIO)
- Veia cardíaca magna (drena áreas do coração irrigadas
pela artéria coronária esquerda)
- Veia interventricular posterior (drena áreas irrigadas
pelo ramo interventricular posterior da artéria coronária
direita)
- Veia cardíaca parva (drena átrio direito e ventrículo
direito)
- Veias anteriores do ventrículo direito (drenam
diretamente ventrículo direito)
*IAM e Isquemia:
- Obstrução parcial do fluxo sanguíneo de uma artéria
coronariana = isquemia
- Angina de peito (“tórax estrangulado”): é uma dor intensa
que normalmente acompanha a isquemia miocárdica �
sensação de aperto ou compressão. Referida no pescoço,
queixo ou braço esquerdo
- Obstrução completa de uma artéria coronária = IAM
- O IAM significa a morte de um tecido por causa da
interrupção da irrigação sanguínea. Tecido distal à
obstrução é substituído por tecido cicatricial não contrátil,
fazendo com que o coração perca força. O infarto
Andreina Marina R de Oliveira
T24 - MEDICINA/UERN
compromete a condução do coração e pode causar morte
súbita por desencadear fibrilação ventricular.
Tratamento envolve a injeção de agentes fibrinolíticos (tPA
ou estreptoquinase), heparina, ou realização de angioplastia
coronariana. Músculo cardíaco permanece vivo em uma
pessoa em repouso se receber até 10-15% do suprimento
sanguíneo normal.
▼ TECIDO MUSCULAR CARDÍACO E
SISTEMA DE CONDUÇÃO DO CORAÇÃO:
HISTOLOGIA DO MUSCULO CARDÍACO:
- Fibras musculares cardíacas são mais curtas e menos
circulares
- Apresentam ramificações
- 50-100 micrômetros de comprimento/fibra
- Núcleo central
- Extremidades das fibras se ligam às fibras vizinhas
através dos discos intercalares (espessamentos
transversais irregulares do sarcolema)
▼ Contêm desmossomos (mantém as fibras unidas) e
junções comunicantes (possibilitam que os
potenciais de ação musculares sejam conduzidos de
uma fibra para as fibras vizinhas � possibilita a
coordenação entre átrios e ventrículos)
- Possui mais mitocôndrias (ocupam cerca de 25% do
citosol)
- Retículo sarcoplasmático das fibras cardíacas é menos
que o RS das fibras musculares esqueléticas (resultado =
musculo cardíaco possui menos reserva intracelular de
Ca2+)
*REGENERAÇÃO DE CÉLULAS CARDÍACAS: até
onde se sabe, a incapacidade de reparar os danos de um
IAM são atribuídos à ausência de células estaminais
(células-tronco) no músculo cardíaco e à ausência de
mitoses nas fibras musculares cardíacas maduras.
Recentes estudos � receptores de transplante cardíaco
(observou-se no coração de um homem que foi
transplantado com o coração de uma mulher a substituição
de cerca de 7-16% das células cardíacas contendo XX
por células contendo XY, incluindo desde fibras
musculares cardíacas e células endoteliais das arteríolas e
capilares coronários, o que representa uma forte evidencia
de que o coração possui, sim, capacidade de se regenerar,
porém o mecanismo pelo qual esse processo é ativado
ainda é desconhecido)
▼ SISTEMA DE CONDUÇÃO (FIBRAS
AUTORRÍTMICAS)
- Fonte da atividade elétrica cardíaca que ocasiona as
contrações cardíacas � fibras musculares cardíacas
especializadas (fibras autorrítmicas) que tem a capacidade
de se autoexcitar)
- Continuam estimulando mesmo se o coração tiver sido
retirado do corpo (essa atividade independe dos nervos
seccionados também)
FUNÇÃO DAS FIBRAS AUTORRÍTMICAS:
- Marca-passo cardíaco (definem o ritmo da excitação
elétrica)
- Sistema de condução do coração (oferecem uma via para
que cada ciclo de excitação cardíaca se propague pelo
coração)
COMO SE DÁ A PROPAGAÇÃO DOS POTENCIAIS
DE AÇÃOCARDÍACOS AO LONGO DO SISTEMA
DE CONDUÇÃO?
1. Excitação cardíaca normalmente inicia no NÓ
SINOATRIAL (SA). Células do nó AS não têm
potencial de repouso estável, de modo que ela se
despolariza repetida e espontaneamente até atingir um
limiar. Quando alcança o limiar, ocorre o disparo do
potencial de ação que propaga através das junções
comunicantes dos discos intercalares para as fibras
musculares ATRIAIS (átrios se contraem ao mesmo
tempo)
2. Potencial de ação alcança o NÓ
ATRIOVENTRICULAR (AV) e desacelera devido a
mudança na conformação estrutural celular do nó AV.
Com isso, os átrios conseguem drenar o sangue para
os ventrículos
3. Após o nó AV, o potencial alcança o FASCÍCULO
ATRIOVENTRICULAR (feixe de His). É o ÚNICO
LOCAL em que o potencial de ação consegue ser
conduzido dos átrios para os ventrículos (o esqueleto
fibroso serve de isolante elétrico entre os átrios e
ventrículos)
4. Potencial de ação entra nos ramos direito e esquerdo
(se estendem até o ápice do coração)
5. Chega aos ramos subendocárdicos calibrosos
(FIBRAS DE PURKINJE) que conduzem esse
potencial do ápice para o miocárdio ventricular,
resultando na contração dos ventrículos com ejeção de
sangue para as válvulas semilunares
Andreina Marina R de Oliveira
T24 - MEDICINA/UERN
OBS.: O nó sinoatrial é chamado de marca-passo natural
do coração porque são essas células que iniciam um
potencial de ação a cada 0,6s (100x por minuto), definindo,
com isso, o ritmo de contração do coração
▼ Impulsos nervosos autônomos do SNA e
hormônios transportados no sangue (epinefrina)
modificam a sincronização e a força a cada
batimento cardíaco, mas NÃO estabelecem o
ritmo de base. Acetilcolina liberada pelo sistema
parassimpático do SNA ATRASA a estimulação
do nó SA para, aproximadamente, 0,8s ou 75
potenciais de ação/minuto
*MARCA-PASSOS ARTIFICIAIS: em caso de
comprometimento do nó SA, o nó AV pode assumir a
função de marca-passo (frequência de estimulação é
40-60/minuto). Em caso de comprometimento dos dois
nós, os fascículos e os ramos subendocárdicos podem
estimular a contração a partir das fibras autorrítmicas, mas
a frequência é extremamente baixa, podendo prejudicar a
chegada de sangue até o encéfalo. Nesse caso, utiliza-se o
marca-passo artificial, um aparelho que envia correntes
elétricas para estimular o coração a se contrair. Possui
uma bateria e um gerador de impulso e normalmente é
implantado sob a pele logo abaixo da clavícula. Há a
inserção de um fio condutor até a veia cava superior e outro
fio até as câmaras do coração.
POTENCIAIS DE AÇÃO E CONTRAÇÃO NAS
FIBRAS CONTRÁTEIS:
- Potenciais de ação do nó SA propagam para excitar as
fibras contráteis (atuantes) dos átrios e ventrículos
Como se dá?
1. Fibras contráteis possuem um potencial de repouso
estável (cerca de 90mV). Quando as fibras contráteis
atingem seu limiar através de um potencial de ação que
pelas fibras vizinhas, seus CANAIS DE NA+
acionados por voltagem se abrem (canais rápidos).
A abertura possibilita a entrada Na+ intracelular
(influxo de sódio abaixo do gradiente eletroquímico)
produz despolarização rápida.
2. PLATÔ: período de despolarização mantida. Ocorre
por abertura dos lentos canais de Ca2+ acionados
por voltagem do sarcolema. Íons cálcio se movem do
interstício (maior concentração) para o citosol (menor
concentração). Esse influxo de cálcio demanda cada
vez mais Ca2+ da membrana do retículo
sarcoplasmático. O aumento da concentração de Ca2+
intracelular provoca a contração.
▼ Pouco antes da fase de Platô iniciar, ocorre a
abertura dos canais de K+ sustentados por
voltagem. A saída do K+ da fibra contrátil
equilibra a entrada de Ca2+.
▼ Fase de Platô dura cerca de 0,25s e o potencial de
membrana da fibra contrátil é cerca de 0mV
3. Repolarização: Ocorre um atraso (maior nas fibras
musculares cardícas) e os canais de K+ acionados por
voltagem adicionais se abrem (promovendo
INFLUXO de K+), reestabelecendo o potencial de
repouso de -90mV. Além disso, os canais de Ca2+ do
sarcolema e do RS estão se fechando.
Andreina Marina R de Oliveira
T24 - MEDICINA/UERN
*Papel do Cálcio nas fibras musculares cardíacas é
SEMELHANTE às fibras musculares esqueléticas:
- Aumento da concentração de Ca2+ intracelular
- Ca2+ se liga a proteína reguladora troponina,
possibilitando que os filamentos de actina e miosina
possam deslizar uns sobre os outros
*SUBSTÂNCIAS QUE ALTERAM O FLUXO DE
CÁLCIO ATRAVÉS DOS CANAIS = influenciam a
força das contrações (ex.: epinefrina � melhora o fluxo de
Ca2+ para o citosol)
*PERÍDO REFRATÁRIO (intervalo no qual uma
segunda contração muscular não pode ocorrer). Período
refratário do músculo cardíaco é MAIOR do que a
própria contração, obviamente, porque deve existir uma
sincronia entre contração/relaxamento, principalmente dos
ventrículos, para que o bombeamento não cesse. Por essa
razão, o músculo cardíaco não sofre tetania.
PRODUÇÃO DE ATP NO MÚSCULO CARDÍACO:
- Músculo cardíaco depende quase que
EXCLUSIVAMENTE da respiração celular aeróbica
em suas mitocôndrias para produzir ATP
- Oxigênio sai das artérias coronárias e é captado pela
mioglobina que, por sua vez, fornece o oxigênio para as
fibras musculares cardíacas
- Oxidação de ácidos graxos (60%) e glicose (35%). Uso
do ácido láctico (pelo coração) produzido pela contração
ativa dos músculos esqueléticos aumenta no exercício
físico!
*FOSFATO DE CREATINA: o músculo cardíaco
produz pouco ATP proveniente dessa fonte.
▼ Níveis de Creatinoquinase (CK – enzima que
catalisa a transferência de um grupo fosfato da
creatina fosfato para o ADP a fim de produzir ATP) e
Infarto Agudo do Miocárdio � No infarto, ocorre
lesão/morte das células musculares cardíacas, o que
faz com que essas células liberem creatinoquinase no
sangue, elevando seus níveis séricos
ELETROCARDIOGRAMA
- É o registro dos sinais elétricos produzidos pelos
potenciais de ação que se propagam pelo coração e são
detectadas na superfície do corpo
- Eletrocardiógrafo
- Posicionam-se eletrodos nos braços e pernas
(DERIVAÇÕES DOS MEMBROS) e em seios posições
do tórax (DERIVAÇÕES TORÁCICAS)
*Derivações são o registro da diferença de potencial
elétrico entre dois pontos
- Eletrocardiógrafo AMPLIFICA os sinais elétricos do
coração e produz 12 traçados diferentes a partir de
combinações diferentes de derivações de membros e
tórax
*Cada eletrodo no membro e tórax registra uma atividade
elétrica diferente devido à posição diferente de cada um
em relação ao coração
- Permite a determinação: se a via condutora está normal,
se o coração está dilatado, se determinadas regiões do
coração estão danificadas e a causa da dor torácica
Andreina Marina R de Oliveira
T24 - MEDICINA/UERN
REGISTRO TÍPICO DE UM ECG:
- 3 ondas são reconhecíveis e aparecem a cada batimento
cardíaco:
1. Onda P (pequeno desvio para cima no ECG) �
despolarização atrial que se propaga do nó SA ao longo
das fibras contráteis atriais)
2. Complexo QRS (começa com uma deflexão para baixo,
continua como uma grande onda vertical triangular e
termina com uma onda descendente � despolarização
ventricular rápida, conforme o potencial de ação se
propaga ao longo das fibras contráteis ventriculares)
3. Onda T (desvio para cima em forma de cúpula �
repolarização ventricular e ocorre quando os ventrículos
começam a relaxar. É uma onda mais larga que a do
complexo QRS porque a repolarização demora mais do que
a despolarização)
OBS.: Período do PLATÔ (despolarização constante) �
traçado do ECG é reto
*Tamanho e largura das ondas podem fornecer indícios
sobre anomalias
▼ Ondas P maiores � aumento das dimensões de um
átrio (fazer a relação: se o átrio está maior,
significa que o potencial de ação irá percorrer uma
superfície maior, produzindo um registro elétrico
mais alargado, de maior duração)
▼ Onda Q alargada � pode indicar um IAM
▼ Onda R alargada � pode indicar ventrículos
aumentados (fazer relação: onda R representa o
ponto máximo da despolarização ventricular. Se os
ventrículos estão aumentados, significa que o
potencial irá percorrer umasuperfície maior,
gerando um registro elétrico de maior duração, ou
seja, alargado no ECG)
*Medição dos intervalos de tempo entre ondas também
são importantes:
▼ Intervalo P-Q (tempo desde o início da onda P até
o inicio do complexo QRS) � tempo de condução
do inicio da excitação atrial até o início da
excitação ventricular (TEMPO NECESSÁRIO
PARA QUE O POTENCIAL DE AÇÃO
AVANCE PELOS ÁTRIOS, NÓ AV E FIBRAS
RESTANTES DO SISTEMA DE CONDUÇÃO)
Patologias (tecido cicatricial causado por
distúrbios como doença coronária e febre
reumática) que obstruem esse sistema de
condução produzem um intervalo P-Q alargado,
obviamente, pelo fato de desviarem o potencial de
ação
Andreina Marina R de Oliveira
T24 - MEDICINA/UERN
▼ Segmento S-T (tempo do fim da onda S e inicio da
onda T) � representa o tempo em que as fibras
contráteis ventriculares são despolarizadas
durante a fase de platô do potencial de ação)
Segmento S-T está elevado (acima da linha de
base) no IAM e deprimido (abaixo da linha de
base) quando o músculo cardíaco não recebe
oxigênio suficiente.
▼ Intervalo Q-T (se estende do inicio do complexo
QRS até o final da onda T) � tempo a partir do
inicio da despolarização ventricular até o fim da
repolarização ventricular
Pode ser prolongado por dano miocárdico,
isquemia miocárdica (diminuição do fluxo
sanguíneo) ou anormalidades de condução
ONDAS ECG E SÍSTOLES
ATRIAIS/VENTRICULARES:
1. Surgimento de um potencial de ação no nó SA,
propagação desse potencial ao longo do músculo atrial
e para baixo em direção ao nó AV. Fibras contráteis
atriais se despolarizam � ONDA P NO ECG (0,03s de
duração)
2. Ocorre a sístole atrial após o inicio da onda P. A
condução desse potencial de ação se desacelera no nó
AV porque as fibras tem diâmetros menores e menos
junções comunicantes (isso gera um atraso de 0,1s na
condução, o que faz com que os ventrículos consigam
se encher e os átrios fiquem contraídos um pouco mais
antes da sístole ventricular)
3. Potencial de ação volta se propagar rapidamente
quando atinge o fascículo AV. Se propaga ao longo
dos ramos, ramos subendocárdicos e todo o
miocárdio ventricular cerca de 0,2s após a onda P.
A despolarização se estende para o ápice, para fora do
endocárdio e para baixo pelo septo interventricular �
COMPLEXO QRS NO ECG
Andreina Marina R de Oliveira
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OBS.: A repolarização atrial ocorre no momento de
formação do complexo QRS, mas esta não é visível no
ECG porque o complexo QRS a mascara
4. Sístole ventricular começa pouco depois de o
complexo QRS aparecer e prossegue até o segmento
S-T
5. Repolarização dos ventrículos começa no ápice e se
espalha por todo o miocárdio ventricular � ONDA T
NO ECG (0,4s depois do inicio da onda P)
6. Após o início da onda T, os ventrículos começam a
relaxar � diástole ventricular (0,6s de duração)
* Os ventrículos e os átrios ficam relaxados por 0,2s e 0,8s
depois a onda P aparece novamente
Andreina Marina R de Oliveira
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ELETRODOS:
DI
DII
DIII
aVR
aVL
aVF
V1
V2
V3
V4
V5
V6
V7- linha axilar posterior
V8- ponta da escápula
V9- linha paravertebral
Andreina Marina R de Oliveira
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CICLO CARDÍACO
(I) Coração direito � bombeia sangue para os
pulmões
(II) Coração esquerdo � bombeia sangue através
da circulação sistêmica que fornece fluxo
sanguíneo aos demais órgãos
Um ciclo cardíaco = todos os eventos associados a um
batimento cardíaco (1 sístole + diástole dos átrios e 1
sístole + diástole dos ventrículos)
FC de 75bpm = ciclo cardíaco dura 0,8s
I. SÍSTOLE ATRIAL:
- Dura aprox. 0,1s
- Átrios se contraindo e ventrículos relaxados
▼ 1) Despolarização do nó SA provoca
despolarização atrial (onda P)
▼ 2) Despolarização atrial = sístole atrial.
▼ 3) Sístole atrial expele o conteúdo de sangue dentro
dos átrios para dentro dos ventrículos pelas valvas
AV abertas
▼ 4) Sístole atrial contribui com +25mL de sangue
para os ventrículos (+105mL pré-existentes dentro
dos ventrículos)
▼ 5) Ou seja, ventrículos ficam com
aproximadamente 130mL de sangue dentro
(volume diastólico final - VDF)
▼ 6) Tem-se o início da despolarização ventricular
(QRS)
OBS.: fim da sístole atrial = fim da diástole ventricular
II. SÍSTOLE VENTRICULAR:
- Dura aprox. 0,3s
- Átrios relaxados e ventrículos se contraindo
▼ 7) Despolarização ventricular = sístole ventricular
▼ 8) Pressão no interior do ventrículo força as valvas
AV a se fecharem (por 0,05s as valvas
atrioventriculares, do tronco pulmonar e da aorta
estão fechadas = período de contração
isovolumétrica � fibras musculares estão se
Andreina Marina R de Oliveira
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contraindo e exercendo força, mas ainda não estão
se encurtando)
▼ 9) Pressão intraventricular aumenta
acentuadamente. P do ventrículo esquerdo > P da
aorta em 80mmHg e P do ventrículo direito > P no
tronco pulmonar a 20 mmHg = abertura das valvas
do tronco aórtico e pulmonar! = ejeção de sangue
do coração
▼ 10) Ejeção ventricular = 0,25s
▼ 11) P do ventrículo esquerdo continua subindo até
cerca de 120mmHg e P do ventrículo direito sobe
até 25-30mmHg
▼ 12) Onda T no ECG (repolarização ventricular)
Vt esquerdo ejeta cerca de 70mL de sangue para a aorta
Vt direito ejeta, também, cerca de 70mL de sangue para o
tronco pulmonar
Volume Sistólico (volume ejetado a cada batimento por
cada ventrículo) = Volume Diastólico Final (aprox. 130mL)
– Volume Sistólico Final (aprox. 60mL) = aprox. 70mL de
VS
III. PERÍODO DE RELAXAMENTO:
- Dura aprox. 0,4s
- Átrios e ventrículos relaxados
- Aumento da FC = período de relaxamento mais curto
▼ 13) Pressão dos ventrículos começa a reduzir,
assim, o conteúdo de sangue que segue para a aorta
e tronco pulmonar reflui para dentro dos
ventrículos (fluxo retrógrado)
▼ 14) Fluxo retrógrado faz com que a valva do tronco
pulmonar e da aorta se fechem (aorta se fecha a
uma pressão de 100mmHg)
▼ 15) Período de relaxamento isovolumétrico (após a
valva do tronco pulmonar e aorta se fecharem,
existe um período em que as 4 valvas permanecem
fechadas)
▼ 16) Ventrículos continuam relaxando, e a pressão
caindo. Quando a pressão ventricular < pressão
atrial, ocorre então a abertura das valvas da aorta e
do tronco pulmonar, começando o enchimento
ventricular novamente.
*Onda dicrótica � refluxo de sangue sobre as válvulas
fechadas da valva da aorta
Andreina Marina R de Oliveira
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