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Direito Previdenciário para o INSS – Técnico do Seguro Social Professor: Kerlly Huback Aulas: 01 a 10 Prof. Kerlly Huback Pág. 1 1 Apresentação Olá, pessoal! É com satisfação que inicio esse curso de Direito Previdenciário para você, que se prepara para o próximo concurso para Técnico do Seguro Social. Para quem não me conhece, meu nome é Kerlly Huback. Sou Auditor Fiscal da Receita Federal (RFB) no Rio de Janeiro. Iniciei minha vida acadêmica com o curso de Engenharia, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), há bastante tempo, lá pelos idos de 1985. Além de estudar, comecei a trabalhar com informática na própria universidade. Ficava das 7 às 24 h no campus. Tempos difíceis... A proximidade com os computadores fez-me decidir por trocar de curso. Assim, me formei como Analista de Sistemas na UFRJ. Mas antes mesmo de concluir a primeira graduação, resolvi estudar para outros concursos públicos. E dei muita sorte, pois em 1992 foi aberto um concurso para Técnico do Tesouro Nacional (atualmente, Analista da RFB) – naquela época só exigia nível médio – e ainda por cima destinaram umas vagas para informatas. Era o que precisava. Passei! Depois de me graduar, em 1995, comecei a estudar para Auditor. Bem, essa é uma longa história! Em 1997 foi publicado o edital para Auditor Fiscal da Previdência Social. Estudei muito e tive a felicidade de ser aprovado. Tomei posse em dezembro de 1997, entrei em exercício em janeiro de 2008 e em março já estava dando aulas de Direito Previdenciário. No fim daquele ano fui aprovado no curso de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), vindo a me graduar em 2003. Dez anos mais tarde fiz mestrado em Direito Previdenciário na PUC/SP. Nesses anos todos, tive o prazer de ter dezenas de milhares de alunos. Com o advento dos cursos a distância, parei de contar...rs. De qualquer forma, sempre é gratificante estar junto de vocês, colaborando na realização de um sonho, chamado de APROVAÇÃO. Ficam aqui meus endereços nas redes sociais: • Facebook: kerlly.huback • Grupo de discussão no Facebook: Loucos por Previdenciário e Tributário • Twitter: @kerllyhuback Desejo a todos muito boa sorte. Com afinco e perseverança todos têm condições de ser aprovado. Vamos à luta! Kerlly Huback 2 Detalhes do concurso anterior O último concurso para Técnico do Seguro Social (mais conhecido como Técnico do INSS) foi de responsabilidade da Fundação Carlos Chagas (FCC). O edital fui publicado em 2011, mas as provas aplicadas em 2012. A prova continha 60 questões, das quais 40 eram de Direito Previdenciário. Alguma dúvida de que esta é uma disciplina importantíssima para esse cargo!? O conteúdo programático daquele concurso consta abaixo. Abordá-lo-emos integralmente neste curso, embora não exatamente nesta ordem, por questões didáticas. 1 Seguridade Social. 1.1 Origem e evolução legislativa no Brasil. 1.2 Conceituação. 1.3 Organização e princípios constitucionais. 2 Legislação Previdenciária. 2.1 Conteúdo, fontes, autonomia. 2.3 Aplicação das normas previdenciárias. 2.3.1 Vigência, hierarquia, interpretação e integração. Prof. Kerlly Huback Pág. 2 3 Regime Geral de Previdência Social. 3.1 Segurados obrigatórios, 3.2 Filiação e inscrição. 3.3 Conceito, características e abrangência: empregado, empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial. 3.4 Segurado facultativo: conceito, características, filiação e inscrição. 3.5 Trabalhadores excluídos do Regime Geral. 4 Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário. 5 Financiamento da Seguridade Social. 5.1 Receitas da União. 5.2 Receitas das contribuições sociais: dos segurados, das empresas, do empregador doméstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional, sobre a receita de concursos de prognósticos, receitas de outras fontes. 5.3 Salário-de-contribuição. 5.3.1 Conceito. 5.3.2 Parcelas integrantes e parcelas não-integrantes. 5.3.3 Limites mínimo e máximo. 5.3.4 Proporcionalidade. 5.3.5 Reajustamento. 5.4 Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social. 5.4.1 Competência do INSS e da Secretaria da Receita Federal do Brasil. 5.4.2 Obrigações da empresa e demais contribuintes. 5.4.3 Prazo de recolhimento. 5.4.4 Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualização monetária. 6 Decadência e prescrição. 7 Crimes contra a seguridade social. 8 Recurso das decisões administrativas. 9 Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiários, espécies de prestações, benefícios, disposições gerais e específicas, períodos de carência, salário-de-benefício, renda mensal do benefício, reajustamento do valor dos benefícios. 10 Manutenção, perda e restabelecimento da qualidade de segurado. 11 Lei n.° 8.212, de 24/07/1991 e alterações posteriores. 12 Lei n.º 8.213, de 24/07/1991 e alterações posteriores. 13 Decreto n.° 3.048, de 06/05/1999 e alterações posteriores; 14 Lei de Assistência Social – LOAS: conteúdo; fontes e autonomia (Lei n° 8.742/93 e alterações posteriores; Decreto nº. 6.214/07 e alterações posteriores) 3 Por onde estudar? O ponto de partida para estudar Direito Previdenciário é a Constituição Federal (CF). Há quatro artigos importantíssimos: 194, 195, 201 e 203. Um desses, pelo menos, deve cair em sua prova. Quanto à legislação infraconstitucional, há duas leis básicas Lei 8.212/1991 (custeio) e Lei 8.213/1991 (benefícios). Além das leis básicas, é muito importante conhecer o Decreto 3.048/99, que aprovou o Regulamento da Previdência Social (RPS). Esse é o ferramental para estudarmos. Gostaria de indicar meu livro, que embora tenha sido publicado no final de 2012, pode ajudá-los (ed. Forense, 8ª ed.): Prof. Kerlly Huback Pág. 3 4 O que regula o Direito Previdenciário? O Direito Previdenciário regra as relações que envolvem a Previdência Social. Direitos e deveres no âmbito previdenciário são tratados pelo Direito Previdenciário. Logo, a Previdência Social é o objeto de estudo do Direito Previdenciário. Mas o que é Previdência Social? É um seguro, como veremos a seguir. 5 Seguridade Social e Previdência Social Não devemos confundir Previdência Social com Seguridade Social. Esta é gênero; previdência é espécie desse gênero. Ou seja, Seguridade Social é algo mais amplo do que Previdência Social. Assim está na CF: Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Esse dispositivo é muito cobrado em provas. Assim, assimilem a fórmula: Seguridade Social = Saúde + Previdência + Assistência Social Aqui vamos estudar a Previdência Social. Ela está regulada no art. 201 da CF. É preciso saber seu texto. Vamos ao caput (cabeça) e incisos: Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. Muito bem, Previdência Social é um seguro social público e contributivo (ao contrário do direito à Saúde e à Assistência Social). Esse seguro não é facultativo, mascompulsório. Ou seja, os trabalhadores são obrigados a contribuir para esse seguro público. Como seguro, do que se quer proteger? De vários infortúnios, como a invalidez, a morte, a prisão, a idade avançada etc. Prof. Kerlly Huback Pág. 4 A ideia é fornecer pagamento em dinheiro (prestação pecuniária) aos beneficiários, que podem ser segurados e dependentes. Segurado é o beneficiário que contribui; o dependente não contribui para a Previdência Social. 6 Princípios de Seguridade Social Ponto sempre muito cobrado em concursos são os princípios (ou objetivos) que regem a Seguridade Social e, por consequência, também a Previdência Social. Absorva bem o que está no parágrafo único do art. 194 da CF (grifei): Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - equidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 7 Filiação e inscrição Não há que confundir filiação com inscrição. Segundo o RPS, filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações (art. 20). Já a inscrição é mero cadastramento. 8 Segurados obrigatório e facultativo Segurado obrigatório é aquele que é compelido a contribuir, independentemente de sua vontade (filiação compulsória). A filiação deles decorre automaticamente do exercício de atividade remunerada. Quanto ao segurado facultativo, a filiação depende da inscrição formalizada com o pagamento da primeira contribuição. Assimilem o diagrama: • Segurado obrigatório: atividade remunerada � filiação compulsória; • Segurado facultativo: inscrição + pagamento da 1ª contribuição � filiação facultativa 9 Segurados obrigatórios Tais segurados estão disciplinados no art. 12 da Lei 8.212/1991 (ou 11 da Lei 8.213/1991) e, de forma mais elástica, no art. 9º do RPS. Deem preferência a estudar esse ponto pelo RPS. São cinco categorias de segurados obrigatórios (art. 9º, RPS): • Empregado (inciso I); Prof. Kerlly Huback Pág. 5 • Empregado doméstico (inciso II); • Contribuinte individual (inciso V e § 15); • Trabalhador Avulso (inciso VI); • Segurado especial (inciso VII). 9.1 Empregado Não há uma definição de segurado empregado. Cabe absorver o texto do Regulamento (art. 9º, I), abaixo reproduzido. Grifei as alíneas que considero mais importantes: a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não superior a três meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas, na forma da legislação própria; c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País; d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidade de direito público interno; e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; f) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se amparado por regime próprio de previdência social; g) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56 e 57 da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário local; h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008; i) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência social; Prof. Kerlly Huback Pág. 6 l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal; m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de emprego público; n) (Revogada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social, em conformidade com a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994; e p) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; q) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; r) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei no 5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano; 9.2 Empregado doméstico Entende-se por empregado doméstico: “aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos” (art. 9º, II, RPS). São elementos da relação doméstica: • natureza contínua: não é trabalho eventual, esporádico; • mediante remuneração: trata-se de trabalho oneroso; • a pessoa ou família: nunca poderá sem uma empresa o empregador doméstico; • no âmbito residencial desta: nunca numa dependência empresarial; • em atividade sem fins lucrativos: quem o contrata não visa ao lucro. 9.3 Contribuinte individual (CI) Esta categoria surgiu pela Lei 9.876/1999, que reuniu as antigas categorias do autônomo, equiparado a autônomo e empresários na do CI. Ou seja, não há mais aquelas categorias. Hoje, aquelestrabalhadores são CI. Não há uma definição dessa categoria, apenas um rol bem amplo. Assimilem os dispositivos do RPS (art. 9º, V e § 15). Grifei os que acho mais importantes: a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área, contínua ou descontínua, superior a quatro módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 8o e 23 deste artigo; b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo -, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de Prof. Kerlly Huback Pág. 7 prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; e) o titular de firma individual urbana ou rural; f) o diretor não empregado e o membro de conselho de administração na sociedade anônima; g) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria; h) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho e o administrador não empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana ou rural; i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração; j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; m) o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado classista temporário da Justiça do Trabalho, na forma dos incisos II do § 1º do art. 111 ou III do art. 115 ou do parágrafo único do art. 116 da Constituição Federal, ou nomeado magistrado da Justiça Eleitoral, na forma dos incisos II do art. 119 ou III do § 1º do art. 120 da Constituição Federal; n) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; e o) (Revogado pelo Decreto nº 7.054, de 2009) p) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais. § 15. Enquadram-se nas situações previstas nas alíneas "j" e "l" do inciso V do caput, entre outros: I - o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado aquele que exerce atividade profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário, co- proprietário ou promitente comprador de um só veículo; II - aquele que exerce atividade de auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regime de colaboração, nos termos da Lei nº 6.094, de 30 de agosto de 1974; Prof. Kerlly Huback Pág. 8 III - aquele que, pessoalmente, por conta própria e a seu risco, exerce pequena atividade comercial em via pública ou de porta em porta, como comerciante ambulante, nos termos da Lei nº 6.586, de 6 de novembro de 1978; IV - o trabalhador associado a cooperativa que, nessa qualidade, presta serviços a terceiros; V - o membro de conselho fiscal de sociedade por ações; VI - aquele que presta serviço de natureza não contínua, por conta própria, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, sem fins lucrativos; VII - o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de cartório, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de registro, não remunerados pelos cofres públicos, admitidos a partir de 21 de novembro de 1994; VIII - aquele que, na condição de pequeno feirante, compra para revenda produtos hortifrutigranjeiros ou assemelhados; IX - a pessoa física que edifica obra de construção civil; X - o médico residente de que trata a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981. XI - o pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em embarcação com mais de seis toneladas de arqueação bruta, ressalvado o disposto no inciso III do § 14; XII - o incorporador de que trata o art. 29 da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964. XIII - o bolsista da Fundação Habitacional do Exército contratado em conformidade com a Lei nº 6.855, de 18 de novembro de 1980; e XIV - o árbitro e seus auxiliares que atuam em conformidade com a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998. XV - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, quando remunerado; XVI - o interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de instituição financeira de que trata o § 6º do art. 201. 9.4 Trabalhador avulso É importante observar que há diferença entre os textos das Leis 8.212 e 8.213/91 e o do Regulamento. Nas leis está assim grafado (art. 12, Lei 8.212/1991, VI ou art. 11, VI, Lei 8.213/1991): Como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento. Vê-se que fica a cargo do Regulamento cuidar do avulso, que assim o define (art. 9º): VI - como trabalhador avulso - aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da categoria, assim considerados: Prof. Kerlly Huback Pág. 9 a) o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco; b) o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; c) o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios); d) o amarrador de embarcação; e) o ensacador de café, cacau, sal e similares; f) o trabalhador na indústria de extração de sal; g) o carregador de bagagem em porto; h) o prático de barra em porto; i) o guindasteiro; e j) o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos; Assim, para termos avulso, exige-se uma relação triangular, com os seguintes participantes: a) Empresa contratante; b) Sindicato ou órgão gestão de mão de obra (OGMO); e c) Trabalhador avulso. 9.5 Segurado especial Podemos pensar no segurado especial como um pequeno produtor rural. As leis previdenciárias fornecem a ele um tratamento jurídico mais benéfico (regime jurídico diferenciado), que ao longo do curso veremos. Também não há uma definição do que seja segurado especial. Vejamos o texto do RPS (art. 9º): VII - como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: a) produtor, seja ele proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatáriorurais, que explore atividade: 1. agropecuária em área contínua ou não de até quatro módulos fiscais; ou 2. de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo sustentável, de recursos naturais renováveis, e faça dessas atividades o principal meio de vida; b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de dezesseis anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas “a” e “b” deste inciso, que, comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar. Certos produtores rurais, seringueiros e pescadores artesanais deixarão de se enquadrarem como segurados especiais se não cumprirem os requisitos legais. Por exemplo, como regra, não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento. Mas há exceções. Grifei as que reputo mais importantes (art. 9º, § 8º, RPS): Prof. Kerlly Huback Pág. 10 I – benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere o do menor benefício de prestação continuada da previdência social; II – benefício previdenciário pela participação em plano de previdência complementar instituído nos termos do inciso III do § 18 deste artigo; III – exercício de atividade remunerada em período de entressafra ou do defeso, não superior a cento e vinte dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 22 deste artigo; IV – exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais; V – exercício de mandato de vereador do município onde desenvolve a atividade rural, ou de dirigente de cooperativa rural constituída exclusivamente por segurados especiais, observado o disposto no § 22 deste artigo; VI – parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 18 deste artigo; VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que, nesse caso, a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da previdência social; e VIII – atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da previdência social. O segurado especial pode contratar empregados? Sim, mas não de forma permanente. Em linhas gerais, prescreve o § 8º do art. 12 da Lei 8.212/1991 que o grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou trabalhador autônomo (CI) à razão de no máximo 120 pessoas por dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-doença. Observo que a atual redação do dispositivo veio da Lei 12.873/2013. Antes dessa alteração, só era permitida a contratação em época de safra, restrição não mais existente. 10 Segurado facultativo O segurado pode filiar-se facultativamente se não estiver inserido nas disposições relativas ao segurado obrigatório. Dessa forma, são mutuamente excludentes. Não se pode ser obrigatório e facultativo simultaneamente. Como a filiação obrigatória decorre automaticamente do exercício de atividade remunerada, o facultativo será, grosso modo, quem não exerce atividade onerosa. É o caso do estudante, da dona de casa etc. Vale advertir que o estagiário que receba bolsa de estudos e o presidiário que preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria, não são segurados obrigatórios, por expressa disposição normativa. Outra advertência, a pessoa participante de regime próprio de previdência social (como os servidores públicos) não podem filiar-se ao Regime Geral como facultativo. É o que está no art. 201 da CF: § 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. Prof. Kerlly Huback Pág. 11 Outro ponto importante, a idade mínima para filiar-se nesta categoria, segundo o RPS, é 16 anos, embora as Leis 8.212 e 8.213/1991 mencionem ser de 14 anos. Para efeito de prova tem prevalecido 16 anos. O RPS disciplina com detalhes o segurado facultativo. Observe: Art. 11. É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social. § 1º Podem filiar-se facultativamente, entre outros: I - a dona-de-casa; II - o síndico de condomínio, quando não remunerado; III - o estudante; IV - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; V - aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social; VI - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; VII - o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a Lei nº 6.494, de 1977; VIII - o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; IX - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; X - o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; e XI - o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria. § 2º É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio. § 3º A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo, gerando efeito somente a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não permitindo o pagamento de contribuições relativas a competências anteriores à data da inscrição, ressalvado o § 3º do art. 28. § 4º Após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá recolher contribuições em atraso quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado, conforme o disposto no inciso VI do art. 13. Prof. Kerlly Huback Pág. 12 11 Exercícios É hora de testar o aprendizado por meio de questões de provas. Boa sorte! 1. (Técnico INSS – 2012 – FCC) A Seguridade Social encontra-se inserida no título da Ordem Social da Constituição Federal e tem entre seus objetivos: (A) promover políticas sociais que visem à redução da doença. (B) uniformizar o atendimento nacional. (C) universalizar o atendimento da população. (D) melhorar o atendimento da população. (E) promover o desenvolvimento regional. 2. (Técnico INSS – 2012 – FCC) É correto afirmar que a Seguridade Social compreende (A) Assistência Social, a Saúde e a Previdência Social. (B) Assistência Social, o Trabalho e a Saúde.(C) o Sistema Tributário, o Lazer e a Previdência Social. (D) a Educação, a Previdência Social e a Assistência Social. (E) a Cultura, a Previdência Social e a Saúde. 3. (Técnico INSS – 2012 – FCC) No tocante à Previdência Social, é correto afirmar que (A) é organizada sob a forma de regime especial e observa critérios que preservem o equilíbrio financeiro. (B) é descentralizada, de caráter facultativo. (C) tem caráter complementar e autônomo. (D) baseia-se na constituição de reservas que garantam o benefício contratado. (E) é contributiva, de caráter obrigatório. 4. (Técnico INSS – 2012 – FCC) João exerce individualmente atividade de pescador artesanal e possui embarcação com 5 toneladas de arqueação bruta, com parceiro eventual, que o auxilia. Nessa situação, João é (A) segurado facultativo. (B) segurado especial. (C) contribuinte individual. (D) trabalhador avulso. (E) não segurado da Previdência Social. 12 Gabarito • Questão 1: letra “c” (art. 194, parágrafo único, I, CF); • Questão 2: letra “a” (art. 194, caput, CF); • Questão 3: letra “e” (art. 201, CF); • Questão 4: Letra “b” (art. 9º, § 14, II, RPS). 13 Período de graça Sabemos que a Previdência Social é um seguro contributivo, de modo que se espera contribuição mensal para a manutenção da condição de segurado. Isto é, a proteção fica na dependência do aporte mensal de recursos. Contudo, o legislador, de forma excepcional, assegura a manutenção da condição de segurado, independentemente de contribuições, por certos períodos. Tais períodos são apelidados de “período de graça”. Prof. Kerlly Huback Pág. 13 Eles constam do art. 15 da Lei 8.213/1991: Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício; II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso; V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. O prazo do inciso II (até 12 meses) será prorrogado para até 24 meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. Na mente do legislador, o segurado com mais de 10 anos de contribuição (+ 120 contribuições mensais) deve ser beneficiado com um período de graça maior. Assim, manterá a condição de segurado por até 24 meses. Há ainda outro acréscimo, também de 12 meses, se comprovada a situação de desemprego pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Assim, se o segurado deixar de exercer atividade remunerada, seu período de graça será de 24 meses. E se também tiver pago mais de 120 contribuições mensais, manterá a qualidade por até 36 meses. É muito importante frisar que durante o período de graça o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social. 14 Período de carência Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício (art. 24, Lei 8.213/1991). É o mesmo conceito de um seguro-saúde. Certas prestações não exigem número prévio de contribuições (consulta médica, p. ex.); outras, exigem (tomografia, p. ex.). O mesmo ocorre no Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Prof. Kerlly Huback Pág. 14 14.1 Prestações com carência No art. 25 da Lei 8.213/1991 temos a prestações que exigem carência: Prestação Período de Carência • Auxílio-doença • Aposentadoria por invalidez 12 contribuições mensais • Aposentadoria por idade • Aposentadoria por tempo de contribuição • Aposentadoria especial 180 contribuições mensais • Salário-maternidade (CI, facultativa e segurada especial) 10 contribuições mensais Vale alertar que em caso de parto antecipado, o período de carência para o salário- maternidade será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado. Por exemplo, se a criança nasceu de 7 meses, o parto foi antecipado em 2 meses, o que faz com que a carência seja de 8 contribuições mensais. 14.2 Prestações sem carência O art. 26 da Lei 8.213/1991 arrola as prestações sem carência. São elas: I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente; II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado1; III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei; IV - serviço social; V - reabilitação profissional. VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica. Algumas observações: • Em regra, para auxílio-doença e para aposentadoria por invalidez, a carência é de 12 contribuições mensais, mas o art. 26, II, arrola as hipóteses excepcionais em que não se exige carência. 1 O rol de doenças ou afecções que dispensam carência está no art. 1º da Portaria MPAS/MS Nº 2.998/2001. São elas: I - tuberculose ativa; II - hanseníase; III- alienação mental; IV- neoplasia maligna; V – cegueira; VI - paralisia irreversível e incapacitante; VII- cardiopatia grave; VIII - doença de Parkinson; IX - espondiloartrose anquilosante; X - nefropatia grave; XI - estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante); XII - síndrome da deficiência imunológica adquirida - Aids; XIII - contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada; e XIV - hepatopatia grave. Prof. Kerlly Huback Pág. 15 • Os segurados especiais não precisam cumprir carência (número mínimo de contribuições mensais). No lugar disso, comprovam o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período, imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao número de meses correspondentes à carência do benefício requerido. • O salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica independe de carência, enquanto a carência é de 10 contribuições mensais para as demais (CI, facultativa e segurada especial). 15 Carência de reingresso Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido 16 Exercícios É hora de testar o aprendizado por meio de questões de provas. Boa sorte! 1. (Técnico INSS – 2012 – FCC) A Seguridade Social encontra-se inserida no título da Ordem Social da Constituição Federal e tem entre seus objetivos: (A) promover políticassociais que visem à redução da doença. (B) uniformizar o atendimento nacional. (C) universalizar o atendimento da população. (D) melhorar o atendimento da população. (E) promover o desenvolvimento regional. 2. (Técnico INSS – 2012 – FCC) É correto afirmar que a Seguridade Social compreende (A) Assistência Social, a Saúde e a Previdência Social. (B) Assistência Social, o Trabalho e a Saúde. (C) o Sistema Tributário, o Lazer e a Previdência Social. (D) a Educação, a Previdência Social e a Assistência Social. (E) a Cultura, a Previdência Social e a Saúde. 3. (Técnico INSS – 2012 – FCC) No tocante à Previdência Social, é correto afirmar que (A) é organizada sob a forma de regime especial e observa critérios que preservem o equilíbrio financeiro. (B) é descentralizada, de caráter facultativo. (C) tem caráter complementar e autônomo. (D) baseia-se na constituição de reservas que garantam o benefício contratado. (E) é contributiva, de caráter obrigatório. 4. (Técnico INSS – 2012 – FCC) João exerce individualmente atividade de pescador artesanal e possui embarcação com 5 toneladas de arqueação bruta, com parceiro eventual, que o auxilia. Nessa situação, João é (A) segurado facultativo. (B) segurado especial. (C) contribuinte individual. (D) trabalhador avulso. (E) não segurado da Previdência Social. Prof. Kerlly Huback Pág. 16 17 Gabarito • Questão 1: letra “c” (art. 194, parágrafo único, I, CF); • Questão 2: letra “a” (art. 194, caput, CF); • Questão 3: letra “e” (art. 201, CF); • Questão 4: Letra “b” (art. 9º, § 14, II, RPS). Por hoje é só, pessoal. Espero que tenham gostado. Abraços Kerlly Huback sgc_inss_2014_tecnico_direito_previdenciario_01_a_10_capa sgc_inss_2014_tecnico_direito_previdenciario_01_a_10
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