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CISTOS ODONTOGÊNICOS · CISTOS INFLAMATÓRIOS · CISTO PERIAPICAL RADICULAR(dente desvitalizado, associado ao granuloma periapical) CÁRIE, DOENÇA PERIODONTAL, TRAUMA ↓ MORTE DA POLPA ↓ INFLAMAÇÃO ÓSSEA APICAL ↓ FORMAÇÃO DO GRANULOMA ↓ ESTIMULAÇÃO DOS RESTOS EP. DE MALASSEZ (NO LIGAMENTO PERIODONTAL) ↓ PROLIFERAÇÃO DO EPITÉLIO ↓ FORMAÇÃO DO CISTO A fonte epitelial é formada pelos restos epiteliais de MALASSEZ (origem mais provável). A resposta inflamatória parece aumentar a produção do fator de crescimento de ceratinócitos pelo estroma das células periodontais, levando ao aumento da proliferação do epitélio normalmente quiscente na região. O desenvolvimento cístico é comum, sendo a freqüência relatada de 7% a 54% das imagens radiolúcidas periapicais. Mais comum em região maxilomandibular. Os cistos periapicais são caracterizados por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso revestida por epitélio com um lúmen contendo líquido e restos celulares. Teoricamente, à medida que o epitélio se descama para o interior do lúmen, aumenta o conteúdo protéico. Ocorre a entrada de fluido no lúmen na tentativa de equilibrar a pressão osmótica, promovendo um crescimento lento. A maioria dos cistos periapicais crescem lentamente e não atingem um grande tamanho. Algumas vezes, um cisto semelhante, a melhor denominação seria cisto radicular lateral, pode se desenvolver ao longo da porção lateral da raiz e assim como o periapical essa lesão também se origina dos restos epiteliais de malassez e a fonte de inflamação pode ser a doença periodontal ou a necrose pulpar com a disseminação através do forame lateral. O tecido inflamatório que não foi curetado totalmente no momento da extração do dente pode dar origem ao cisto inflamatório chamado de cisto periapical residual, e com o tempo muitos destes cistos exibem uma redução no tamanho podendo ter resolução espontânea pela ausência de estimulo inflamatório constante. · CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Cisto Periapical Em geral os pacientes não apresentam sintomas, ao menos que exista uma exarcebada inflamação aguda. Além disso, se o cisto atingir um tamanho grande, podem ser observadas tumefações e sensibilidade leve. Com o crescimento do cisto podem ocorrer mobilidade e deslocamento dos dentes adjacentes. O dente de origem não responde ao teste pulpar térmico e elétrico. O padrão radiográfico é idêntico ao granuloma periapical, podendo desenvolver-se mesmo como imagens radiolúcidas periapicais pequenas, e o tamanho radiográfico da lesão não poder ser utilizado para o diagnóstico definitivo. Observa-se perda da lâmina dura ao longo da raiz adjacente e uma imagem radiolúcida arredondada circunda o ápice do dente acometido, sendo a reabsorção radicular comum. Com o crescimento, a imagem radiolúcida muitas vezes se torna achatada conforme a lesão se aproxima dos dentes adjacentes. Eles também são conhecidos por envolver dentes decíduos, sendo mais associado ao molares e aparecem em zona radiolúcida circundante às raízes e que preenche o espaço interradicular na região de furca. · Cisto periapical residual O cisto periapical residual apresenta-se como uma imagem radiolúcida de forma circular e oval, de tamanho variável. Localizada no processo alveolar em um sítio de extração prévia (foi retirado um dente e um cisto periapical que estava ali e não se fez a curetagem correta, proliferando novamente). Com o envelhecimento da lesão, a degeneração dos constituintes celulares no lúmen leva ocasionalmente à calcificação distrófica e à radiopacidade central do lúmen. · TRATAMENTO > Extração do dente e curetagem do periapice. > Apicectomia (salva dente) – Retira-se parte da raiz onde esta o cisto, obtura com amalgama sem retirar o dente. > Tratamento endodontico ↓ ↓ Regressão Não regrediu ↓ ↓ Diagnostico Granuloma Diagnostico de cisto · Os cistos inflamatórios não recidivam após um tratamento adequado, e em casos raros relata-se o desenvolvimento de carcinoma de células escamosas nos cistos periapicais. Portanto mesmo na ausência de sintomas o tratamento é necessário para todas as alterações intraósseas cujo exame histopatológico não tenha fornecido um diagnostico definitivo. · Cistos da Bifurcação Vestibular É uma inflamação incomum, com patogênese incerta. Acomete a face vestibular do 1º molar inferior permanente (em erupção) Algumas dessas lesões desenvolvem pois dentes apresentam extensões vestibulares de esmalte, que se projetam na região da bifurcação. ↙ Regiao de bifurcação → PERICORONARITE (esse cisto tb é muito comum em 3º, mas não recebe o nome de cisto da bifurcação vestibular e sim PARA DENTÁRIO). Tais extensões podem predispor esses dentes a formação de bolsa vestibular que pode aumentar de forma a compor um cisto em resposta a pericoronarite. · Características CLÍNICAS Acomete crianças de 5 a 13 anos. Dor leve a moderada Afeta o dente em processo de erupção Presença de edema e secreção local Radiografia: Raiz linguias voltadas para a lingual · Tratamento Enucleação do cisto sem remoção do dente afetado. Após 1 ano → Cicatrização completa, sem profundidade a sondagem e reparo ósseo. · CISTOS DO DESENVOLVIMENTO · Cisto Dentígero (dentro do osso) Cisto que se origina pela separação do folículo que fica ao redor da coroa de um dente incluso. Esse é o tipo mais comum de cisto odontogênico do desenvolvimento. O cisto dentígero envolve a coroa de um dente impactado e se conecta ao dente pela junção AMELOCEMENTÁRIA. A patogênese desse cisto é incerta, mas aparentemente ele se desenvolve pelo acúmulo de fluido entre o epitélio reduzido do esmalte e coroa do dente. · Características Clínicas e Radiográficas Apesar desse cisto poder ocorrer em associação com qualquer dente impactado, ele envolve mais freqüentemente 3º molares inferiores. Outros locais tb comuns são: Caninos, 3º molares superiores e os 2º pré molares inferiores. São descobertos geralmente entre os 10 e os 30 anos. Maior predileção pelo sexo masculino e por brancos. Em geral são assintomáticos, descobertos somente em exames radiográficos de rotina ou quando são feitos pra saber o porque o dente não erupcionou. Podem atingir tamanhos consideráveis, podendo estar associado a expansão ossea indolor na área envolvida. Lesões extensas podem resultar em assimetria facial. (sendo os de grandes dimensões incomuns, e na maioria dos casos as grandes lesões o exame radiográfico revela ser ceratocisto odontogênico ou ameloblastoma) Radiograficamente: O cisto dentígero mostra tipicamente uma área radiolúcida unilocular que esta associada à coroa de um dente incluso. A lesão radiolúcida geralmente apresenta margem bem definida e frequentemente esclerótica, mas um cisto infectado pode mostrar margens pouco definidas. ** A relação cisto coroa mostra diversas variações radiográficas. Variante central (mais comum) – o cisto envolve a coroa do dente e ela se projeta no cisto. Variante lateral – geralmente associada a 3º molares inferiores, impactado com a inclinação mesio angular e que estão parcialmente erupcionados. O cisto cresce lateralmente ao longo da superfície radicular e envolve parcialmente a coroa. Variante circunferencial - o cisto circunda a coroa e se estende por alguma distancia ao longo da raiz de forma que uma porção significativa da raiz parece estar dentro do cisto. · Tratamento Enucleação com remoção do dente não erupcionado. Grandes cistos → Marsupialização (descompressão da lesão, deixando drenar a secreção que tem dentro do cisto). Subsequente remoção. Pode evoluir para complicações como: Ameloblastoma Carcinoma · Cisto de erupção (hematoma de erupção) É análogo, tecidos moles, do cisto dentígero. Se desenvolve com a separação do folículo dentário da coroa de um dente em erupção que já esta posicionado nos tecidos moles que recobrem o osso alveolar. · Características Clínicas Surge com o aumento de volume de consistência mole, frequentemente translúcido, na mucosa gengival que recobre a coral de um dente decíduo ou permanente em erupção. A maioria dos exemplos sãoem crianças com até 10 anos. Mais comum a incisivos centrais decíduos inferiores, a primeiros molares permanentes e a incisivos decíduos superiores. O trauma em sua superfície pode resultar em uma quantidade considerável de sangue no fluido cístico, o que concede a cor azul a marrom roxo do cisto. · Tratamento e Prognostico Pode não haver tratamento pq o cisto se rompe espontaneamente, permitindo a erupção do dente. Quando necessário fazer uma enucleação conservadora, com recidivas raras. Cisto Periodontal Lateral (ósseo) - (análogo do cisto gengival do adulto que ocorre em tecidos moles) É um tipo incomum de cisto odontogênico do desenvolvimento, ocorre ao longo da superfície radicular lateral de um dente. Acredita-se que suja a partir dos restos da lâmina dental e represente a contraparte intra-óssea do cisto gengival do adulto (análogo). · Características Clínicas e radiográficas Assintomático que só é detectado com radiografia. Ocorre em pacientes de 50 a 70 anos. Ocorre mais em região de pré molar, canino e incisivo lateral inferior. Radiograficamente o cisto aparece como uma área radiolúcida localizada lateralmente à raiz ou raízes de dentes COM VITALIDADE, possuindo menos de 1cm na maioria dos casos. O cisto pode apresentar o aspecto policístico, ou em cachos de uvas que é denominado cistos odontogênicos botrioides. Características radiográficas não são suficientes para fechar diagnostico, uma vez que o ceratocisto odontogênico se desenvolve entre raízes. Um cisto radicular inflamatório tb pode simular um cisto periodontal lateral. · Tratamento Enucleação conservadora com recidivas raras, mais comum quando a variante é do tipo botrióide (em forma de cachos de uvas). ALGUMAS CONSIDERAÇÕES DO SCISTOS ODONTOGÊNICOS (AULA) · Podem levar a formação maligna (CARCINOMAS) · CISTOS RESIDUAIS · PERIAPICAIS · DENTÍGERO · ACOMETE MAIS HOMENS · PROVOCA DOR, EDEMA · Tratamento Radioterapia, quimioterapia, excisão local com ampla margem de segurança, recessão local. · CISTOS NÃO ODONTOGÊNICOS · Cistos palatinos do recém-nascido Há duas teorias para o surgimento desses cistos, a primeira é que quando os processos palatinos se fusionam na linha média, durante a vida embrionária para formar o palato secundário pequenas ilhas epiteliais podem ficar aprisionadas por baixo da superfície tecidual ao longo da rafe palatina e formar os cistos. Como descrito originalmente, as PERÓLAS DE EPSTEIN ocorrem ao longo da rafe palatina mediana e provavelmente surgem do epitélio aprisionado ao longo da linha de fusão. A segunda os cistos poderiam ter surgido de remanescentes epiteliais oriudos do desenvolvimento de glândulas salivares menores do palato. Os NÓDULOS DE BORN, estão espalhados pelo palato duro e acredita-se que são derivados de glândulas salivares menores. ❶ ILHAS EPITELIAIS APRISIONADAS → PROCESSOS PALATINOS SE FUSIONAM NA LINHA MEDIA DO PALATO → PEROLAS DE EPSTEIN. ❷ REMANESCENTES EPITELIAIS DE GLND. SALIVARES MENORES DO PALATO → NÓDULOS DE BORN. · Características Clínicas · Muito comuns · São pequenos, geralmente apresentam tamanhos de 1 a 3mm · Apresentam-se como pápulas branco amareladas e aparecem preferencialmente ao longo da linha media na junção palato duro e mole, preferencialmente. · Sempre de 2 a 6 cistos. Nunca 1 só. · Tratamento Regressão espontânea. · Degeneração epitelial · Rompimento da parede · Cisto Nasolabial Cisto do desenvolvimento (tecidos moles), é raro, e ocorre no lábio superior, lateral a linha média. Duas teorias para o seu surgimento. ❶ Surgiram a partir dos remanescentes epiteliais aprisionados (teoria + aceita) ❷ Surgiram a partir da deposição ectópica do epitélio do ducto nasolacrimal. · Características Clinicas Apresenta-se como o aumento de volume do lábio superior lateral à linha média, resultando na elevação da asa do nariz, causando muitas vezes o apagamento do fundo de vestíbulo. Podendo essa elevação resultar em obstrução nasal e interferir no uso de prótese. A dor é rara exceto quando infecta secundariamente. O cisto pode romper espontaneamente e drenar para a cavidade nasal ou oral. Maior freqüência em adultos, com maior freqüência entre 4ª e 5ª década, predileção pelo gênero feminino. · Tratamento Remoção cirúrgica total por acesso intraoral. Como a lesão esta associada ao soalho nasal muitas vezes é necessário retirar parte da mucosa nasal para garantir a remoção completa da lesão. Recidiva rara. · Cisto do Ducto Nasopalatino (análogo ao cisto da papila incisiva – tecidos moles) Origem a partir de remanescentes do ducto nasopalatino. Outras origens: Trauma, Infecção do ducto ou retenção de muco. · Características Clinicas e Radiográficas Mais comum na 4ª a 6ª década de vida, predileção pelo gênero masculino. Os sinais e sintomas mais comum são: Tumefação na região anterior do palato, drenagem e dor. ( as vezes esses sinais são relatados de forma longa devido sua natureza intermitente) Raramente um cisto pode reproduzir uma expansão “completamente” flutuante, envolvendo a região anterior do palato e mucosa alveolar. (TUMEFAÇÕES FLUTUANTES RARAS) As radiografias geralmente mostram uma lesão radiolúcida bem circunscrita próxima ou na linha média da região anterior da maxila, entre os ápices dos incisivos centrais, se apresentando de forma oval com halo escrerótico e em alguns casos nota-se na imagem uma forma de pêra invertida ou coração. · Tratamento Enucleação cirúrgica Recidiva rara Raros relatos de transformação maligna. · Cisto linfoepitelial oral Se desenvolve dentro do tecido linfóide oral. Esse tecido linfóide é encontrado na cavidade oral e faringe, consistindo, principalmente, no ANEL DE WALDEYER (amígdalas linguais, palatinas e adenóides faringianas) alem disso pode ocorrer em amígdalas orais acessórias e agregados linfóides em soalho de boca, superfície ventral de lingua e palato mole. Local mais comum é a borda lateral de lingua e soalho bucal. Patogênese ❶ Cristas amigdalianas são obstruídas (ceratina) → Invaginação do epitélio de revestimento. ❷ Epitélio de Revestimento ou Epitélio da glândula salivar que ficou retido no tecido linfóide durante a embriogênese. · Características Clínicas Se apresenta como uma massa submucossa pequena branco ou amarelada, geralmente < 1cm. Afeta mais adultos jovens, acomentendo principalmente soalho bucal (50%). Outros locais de acometimento: Borda lateral e superfície ventral. Consistência firme ou mole a palpação sendo assintomático. · Tratamento Enucleação. AULA KARLA BIANCA – TUMORES ODONTOGÊNICOS São formados a partir: · Epitélio odontogênico · Mesênquima odontogênico · Tumor do mesênquima e/ou ectomesênquima odontogênico com ou sem epitélio · Misto Diagnostico Anamnese + exame físico + exames complementares Radiograficamente podem ser: · Multicistico · Unicistico · Periférico · Pode ser uma imagem associada a coroa de um dente incluso como também pode não se associar a coroa do dente incluso. Descrição das Loculações: Pequenas: FAVO DE MEL Medias a grandes: BOLHAS DE SABÃO Extensas: SILHUETA DE ARANHA Podem ser totalmente radiolúcidos com flocos radiopacos – flocos de neve. (não vamos estudar esses). Tratamentos: São semelhantes para a maioria ↓ Enucleação, curetagem, ou passar a caneta de alta rotação em toda a cavidade depois de fazer a curetagem (ostectomia periférica). Lesões muito extensas podemos usar técnicas para regredi-las e depois retira-las: ↓ - Marsupialização - Descompressão (abre uma tampa maior na superfície da lesão e coloca um despositivo la dentro e o paciente irriga com soro através de seringa, agulha e o canudinho inserido na lesão, e ela vai diminuindo. - Ressecção: Remoção da mandíbula e maxila. → TUMORES DO EPITELIO ODONTOGÊNICO · Ameloblastoma Clinicamente é o tumor significativo mais comum, sua origem é epitelial odontogênico, podendo surgir dos restos da lamina dentaria, do órgão do esmalte em desenvolvimento, revestimento epitelial de um cisto odontogenico ou mucosa oral. São tumores de crescimento lento, localmente invasivos, que apresentamcurso benigno na maioria dos casos. Ele ocorre em 3 situações clinicoradiográficos 1) Solido convencional ou multicistico (86%) +importante 2) Unicístico (13%) +importante 3) Perífericos (extra-osseos 1%) 4) Dermoplasico – Acomete região anterior dos ossos gnaticos, principalmente maxila. → SÓLIDO CONVENCIONAL OU MULTICÍSTICO · Homens · Região posterior de mandíbula · Faz expansão da vestibular e lingual da cortical. · Reabsorção das raízes dos dentes adjacentes comum Característica radiográfica mais freqüente é a multilocular, com aspecto de bolhas de sabão ou favos de mel. (varia só o tamanho) · DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Qualquer lesão multicistica (ameloblastoma faz + expansão) · Tratamento: Enucleação e curetagem. Recessão em bloco. · Ameloblastoma Unicístico · Afeta mais pacientes jovens · Região posterior da mandíbula · Lesão transparente unicística (Na maioria dos casos aparece como uma imagem radiolucida circunscrita que envolve a coroa de um 3º molar inferior não erupcionado, lembrando clinicamente um cisto dentígero. Outros tumores se apresentam como uma área radiolúcida bem demarcada e são geralmente considerados como sendo um cisto primordial, radicular ou residual, dependendo da relação com os dentes envolvidos.) · Tratamento: Enucleação. · TUMOR ODONTOGÊNICO · CERATOCISTO ODONTOGENICO ↘ Não se enquadram no grupo dos cistos por possuir um comportamento mais agressivo que os cistos, não crescem por pressão osmótica como os cistos e tem uma biologia e evolução diferente, ligada a genética. Histopatologicamente é IGUAL a um cisto. · Atinge mais homens de 10 – 40 anos · Região posterior de mandíbula com crescimento Antero posterior sem causar expansão ossea, mas infiltra o trabeculado. · Liquido presente dentro é a ceratina, que é verificada através da punção aspirativa que é diferente de PAAF. · Recorrência de 5 a 62% por conta: · Possui um epitélio frágil que se solta do conjuntivo (característica friável, cápsula fina). · Presença de cistos satélites · Comportamento agressivo por possuir esse estimulo molecular. · Exibem uma área radiolúcida com margens escleróticas frequentemente bem definidas. Lesões grandes, no corpo posterior e no ramo da mandíbula, podem se apresentar multiloculada. Um dente não erupcionado esta envolvido na lesão em 25% a 40% dos casos, em tais casos sugere o diagnóstico de cisto dentígero. · O diagnostico baseia-se no histopatológico pois os achados radiográficos apesar de serem sugestivos não confirma a lesão, podendo simular o cisto dentígero, periodontal lateral, cisto residual, cisto radicular. · Os ceratocistos também em região de linha média anterior da maxila podem mimetizar os cistos do ducto nasopalatino. · Pode estar associado a Síndrome de Gorlin Goltz ou apenas Sindrome do Carcinoma nevóide basocelular. ↓ · Doença hereditária autossômica dominante com alta penetração e expressividade variável. · Mutações no gene patched (PTCH) – gene supressor do tumor. · Principais manifestações: multipolos tumores odontogênicos ceratocisticos, carcinoma de células basais em pele. · Assimetria facial · Hipertelorismo ocular (olho caído) · Costela bífida. · Aumento do volume mandibular. Tratamento para os ceratocistos odontogenicos: enucleação e curetagem. Tratamento da síndrome: geralmente não oferece risco de morte. Os cistos dos ossos gnáticos são tratamos por enucleação, mas em muitos pacientes vão continuar a desenvolver. · TUMORES ODONTOGÊNICOS MISTOS · ODONTOMA São os mais comuns dos tumores odontogênicos. São considerados anomalias do desenvolvimento (hemartomas – proliferação celular do tecido que pertecem ao mesmo órgão de onde se origina), em vez de neoplasias verdadeiras. Quando totalmente desenvolvidos consistem em esmalte em dentina com quantidades variáveis de polpa e cemento. São divididos em: · ODONTOMA COMPOSTO: formado por múltiplas estruturas semelhantes a dentes (dentículos). · ODONTOMA COMPLEXO: consiste em uma massa conglomerada de esmalte e dentina que não se assemelha com dente. (esse geralmente atrapalha a erupção dentária) São identificados na média de 14 anos, e são assintomáticos (geralmente são identificados em exames radiográficos de rotina ou de erupção dentária). · TRATAMENTO Excisão cirúrgica simples Prognóstico excelente · TUMOR DE MESENQUIMA OU ECTOMESENQUIMA COM OU SEM EPITÉLIO ODONTOGENICO · Sem origem do epitélio odontogênico · Para ter formação precisa ter reabsorção ossea (FEEDBACK) para o osteoblasto ativar o osteoclasto. · São lesões que tinham osso em seu interior, mas que por conta de algum mecanismo esse tecido foi substituído por tecido denso fibroso (dentro tem material mineralizado). · Displasia Fibrosa (lesão de vidro fosco – aspecto embaçado na radiografia) Lesão benigna causada por mutação no gene GNA S1 (cromossomo 20). Dependendo da fase que ocorre a mutação a alteração será diferente. Pode ser monostótica quando afeta um único osso. Pode ser poliostótica quando afeta mais de 2 ossos e geralmente esta associada a SINDROME DE MC CUNE ALLRIGHT. · Displasia fibrosa monostótica Afeta apenas um osso e responde a 80% dos casos. Sendo os ossos gnáticos os mais afetados; aumento de volume indolor; crescimento lento. A maxila geralmente esta mais envolvida que a mandíbula. · A principal característica é a de vidro despolido ou embaçado na radiografia, geralmente com expansão. · Displasia fibrosa polióstotica; · Envolvimento de 2 ou mais ossos. Sindrome de Mc Cun Allright - Manchas café com leite - Displasia dibrosa polióstotica - Distúrbio endócrino Síndrome de Jaffe – Lichtenstein - Displasia fibrosa polióstotica -manchas brancas café com leite · Displasia cemento ossea Ocorre nas áreas de suporte dos dentes nos ossos gnáticos (MAXILA E MANDÍBULA) e é provavelmente a lesão fibro ossea mais comum encontrada na clinica. Acredita-se que essa displasia surge em estreita aproximação com o ligamento periodontal, e alguns dizem que ela tem origem no ligamento periodontal, ou no defeito da remodelação óssea. Pode ser classificada em 3 grupos de acordo com sua característica radiográfica: · Displasia Cemento Ossea Focal: Somente uma lesão envolvida. Começa com uma lesão radiolúcida, fica mista e com o tempo essa lesão fica radiopaca (nessa fase final apresenta um halo transparente) ** ESSA CARACTERÍSTICA ACOMETE OS 3 GRUPOS. · Acomete região posterior de mandíbula. · Pode ocorrer em áreas dentadas e edentulas. · Displasia Cemento Ossea Periapical: envolve predominantemente a região periapical anterior da mandíbula (incisivos centrais inferiores). Podem ocorrer lesões solitárias mas múltiplos focos tb são freqüentes. Predileção acentuada pelo gênero feminino, além de pacientes da raça negra. Dentes envolvidos são quase sempre VITAIS, e quase nunca tem restaurações. Tratamento: Não se deve mexer pois pode necrosar e causar osteomielite, principalmente em pacientes idosos, por conta do seqüestro ósseo. Apenas acompanhar. · Diagnóstico: Apenas biopsia para casos bem atípicos SOS. Fazer teste de sensibilidade e analisar os aspectos clínicos e radiográficos. · Displasia cemento ósseo florida: (+ importante) Aparece com envolvimento multifocal NÃO limitado a região anterior da mandíbula, mostram-se tendência acentuada por envolvimento bilateral, quase frequentemente simétrico, e não é raro encontrar lesões extensas em todos os quadro quadrantes posteriores. Pode ser totalmente assintomática. Pode ser completamente assintomática, mas em alguns casos o paciente se queixa de dor persistente de baixa intensidade podendo estar presente uma fístula alveolar, expondo o osso avascular amarelado na cavidade oral. Pode ser notado algum grau de expansão. Pode ser uni ou multilobular. E radiograficamente é igual aos outros grupos. Diagnóstico: Aspecto clinico, exame por imagem e biopsia intra ossea. Tratamento : Remoção cirúrgica. · Lesão central de células gigantes (lesão intra ossea) · Anterior da mandíbula cruzando a linha média · Geralmente não agressivas, mas quando agressiva tende a recidiva · Pouco ou nenhumsintoma · Crescimento lento · Sem perfuração da cortical · Sem reabsorção radicular · Radiograficamente: uni ou multiloculada (semelha-se ao ameloblastoma) · Pode ter formação de material mineralizado · Tratamento: Não agressivo, enucleação e curetagem, quando agressivas há recidivas. Entrar com corticosteróides, calcitonina ou interferon alfa 2ª · Lesões de células gigantes · Também recebe o nome de tumor marrom (marrom pq tem muita hemociderina e hemorragia fora dos vasos) de hiperparatiroidismo. Associação do Tumor central de células gingantes + condição de hiperparatiroidismo (glândula tireóide é a responsável pela produção do paratormônio, que retira Ca2+ do osso e joga no sangue em níveis baixos). Pode ser classificado em 1ª e 2ª; 1ª – Alterações nas glândulas paratireóides, geralmente adenoma ou hiperplasia que desencadeia. 2ª – Resposta a níveis baixos de cálcio, geralmente associado à doença renal crônica pois o cálcio não é reabsorvido e é estimulado sua liberação, desencadeando a falta de cálcio nos ossos (quadro de ossos com osteolise). ** A baixa dosagem de Cálcio no organismo eleva a dosagem de fósforo (rim). Tratamento: Tratar as patologias da paratireóide ou controle da doença renal. · OSTEOESCLEROSE IDIOPATICA (sem origem aparente) – DENTES VITAIS · Afeta o periapice do dente, sem relação com o dente. · Não causa expansão ossea · Ausência da linha radiotransparente na radiografia · Áreas comuns: segundo pré e segundo molar. · Na maioria dos casos esta presente apenas um foco de osso esclerótico. · Radiograficamente: lesões com volume radiodenso bem definido, arredondadas ou elípticas, maioria radiopas. · Lesões variam de 2 a 3cm. · Diagnósticos: Feito com segurança com base na história, características clinicas e achados radiográficos. · Diagnóstico diferencial: Osteite condensante. · Tratamento: Se for descoberto na adolescência, apenas acompanhamento radiográfico, e algumas sofrem remissão completa. · OSTEÍTE CONDENSANTE (diagnóstico diferencial – osteoesclerose idiopática) – DENTES NÃO VITAIS · Origem: dente · Semelhante a idiopática (radiograficamente) o que muda é o teste de sensibilidade, pois esta lesão acomete dentes não vitais e o tratamento é apenas canal ou exo. · OSTEOSARCOMA (LESÃO MALIGNA MAIS COMUM) · Bem agressiva · Paciente sente dor · Faz espessamento do ligamento periodontal · Mal delimitada · Pacientes adultos jovens · Radiografia: aspecto ruído de traça (reabsorve em vários pontos), esclerose densa, misto de lesões radiolúcidas e escleróticas até um processo inteiramento radiolúcido. · Aparência radiográfica clássica em raios de sol causada pela produção de osso osteofitico na superfície da lesão, bem visualizado em tomadas oclusais. · Uma alteração radiográfica importante consiste no alargamento simétrico do espaço do ligamento periodontal em torno de um ou vários dentes, resultado da infiltração do tumor ao longo do espaço do ligamento periodontal. · Fatores pré disponentes: doença ossea de paget (condição caracterizada pela reabsorção e deposição anormais e anárquicas de osso, resultando na deposição e enfraquecimento dos ossos afetados). · Tratamento: Remoção cirúrgica radical e associação com quimioterapia.