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APG 15- Processo de Cicatrização

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Nycoli Lottermann
Process� d� Cicatr�açã� .
Objetivos :
01- entender o processo de cicatrização, sua
formação e seus componentes
02- destacar os tecidos envolvidos na cicatrização e
suas variações
03- identificar o processo de inflamação na
cicatrização (+ cuidados).
Ferida é uma ruptura da pele, logo, a cicatrização é
comum a todas as feridas independente do agente
que a causou.
É um mecanismo coordenado de cascata de eventos
em diversos níveis celulares, moleculares e
bioquímicos.
Fase� d� cicatr�açã�
1- Fase Inflamatória
→ O endotélio lesado e as plaquetas estimulam
a cascata da coagulação.
As plaquetas têm papel fundamental na
cicatrização. Visando a hemostasia, essa
cascata é iniciada e grânulos são liberados das
plaquetas que atraem neutrófilos à ferida.
O coágulo é formado por colágeno, plaquetas e
trombina, que servem de reservatório protéico
para síntese de citocinas e fatores de
crescimento, aumentando seus efeitos. Desta
forma, a resposta inflamatória se inicia com
vasodilatação e aumento da permeabilidade
vascular, promovendo a quimiotaxia (migração
de neutrófilos para a ferida).
As primeiras células a chegar à ferida são os
Neutrófilos, com maior concentração 24 horas
após a lesão.
São atraídos por substâncias quimiotáticas
liberadas por plaquetas. Os neutrófilos aderem à
parede do endotélio mediante ligação com as
selectinas (receptores de membrana).
Neutrófilos produzem radicais livres que
auxiliam na destruição bacteriana e são
gradativamente substituídos por macrófagos.
Os macrófagos migram para a ferida após 48 -
96 horas da lesão, e são as principais células
antes dos fibroblastos migrarem e iniciarem a
replicação. Têm papel fundamental no término
do desbridamento iniciado pelos neutrófilos e
sua maior contribuição é a secreção de citocinas
e fatores de crescimento, além de contribuírem
na angiogênese, fibroplasia e síntese de matriz
extracelular, fundamentais para a transição para
a fase proliferativa.
Nycoli Lottermann
2- Fase proliferativa
4º dia após a lesão e se estende aproximadamente
até o término da segunda semana
É constituída por quatro etapas fundamentais:
1º epitel�açã� = A epitelização ocorre
precocemente. Se a membrana basal estiver
intacta, as células epiteliais migram em direção
superior, e as camadas normais da epiderme
são restauradas em três dias. Se a membrana
basal for lesada, as células epiteliais das bordas
da ferida começam a proliferar na tentativa de
restabelecer a barreira protetora
2º angiogênes� = é estimulada pelo fator de
necrose tumoral alfa (TNF-α), e é caracterizada
pela migração de células endoteliais e formação
de capilares, essencial para a cicatrização
adequada.
3º formaçã� d� tecid� d� granulaçã� = Por volta
do 4º dia o tecido de granulação começa a ser
formado, e é composto pelos novos capilares
sanguíneos, tecido conjuntivo frouxo, leucocitos,
colágeno tipo III e proteoglicanos. Os
fibroblastos são as células essenciais para a
formação do tecido de granulação. A olho nu
possui aparência rósea e o edema presente é
fruto da grande permeabilidade vascular, além
de pequenos espaços presentes no seu
endotélio que permitem extravasamento de
líquido para o meio intersticial. A partir do
momento que a cicatriz vai maturando, a
vascularização é reduzida e o tecido de
granulação passa a ter uma cor mais pálida.
4º dep�içã� d� colágen�= Em seguida é liberado
o TGF-β, que estimula os fibroblastos a
produzirem colágeno tipo I e a transformarem-se
em miofibroblastos, que promovem a contração
da ferida.
3- Fase de maturação ou remodelamento
A cicatriz é marcada pela presença de um tecido
conjuntivo do tipo frouxo. Sua constituição é de
colágeno do tipo III, ou seja, um constituinte
mais fino, considerado “imaturo”. A fase da
maturação é, em particular, marcada pela
modificação desse colágeno que passa a
apresentar fibras mais grossas, o que faz com
que a superfície da ferida fique mais forte
(aumento da tensão) e sua espessura vai
diminuindo. Aos poucos, a matriz antiga vai
sendo desfeita e dando lugar a nova
organização tecidual. É uma fase em que o
colágeno é produzido, digerido e suas fibras
passam por uma reorientação e reorganização.
É longa, tendo início por volta do 20º dia e pode
durar de meses a mais de um ano.
A cicatr�açã� pod� s� apresentar co� algun�
distúrbi� :
Contratura - Cicatrização se forma de maneira
que os movimentos do indivíduo se tornem
limitados.
Hipertrofia - Cicatriz se apresenta aumentada,
mas não ultrapassa as bordas da lesão;
Quelóide - Cicatriz se apresenta tão aumentada
que ultrapassa as bordas da incisão.
Hiperpigmentação - Cicatriz fica com cor mais
escura que a coloração da pele do entorno.
Despigmentação - Cicatriz perde coloração
típica do indivíduo se apresentando mais clara
Perd� d� tecid� :
Feridas com perda parcial de tecido (superficiais):
são aquelas que acometem a epiderme e uma
parte da derme permanece, ocorrendo o processo
de regeneração, com proliferação epitelial e
migração, sem ocorrer perda da função;
Ferida com perda total de tecido (profundas):
ocorre destruição completa da epiderme e
derme, podendo inclusive envolver as camadas
mais profundas assim como o subcutâneo,
fáscia, músculos e ossos.
Nycoli Lottermann
Fatore� qu� interfere� n� cicatr�açã�
1 – Fatores locais (aqueles relacionados diretamente à ferida):
→ Características da ferida: dimensão,
profundidade, aspecto da secreção, hematomas,
edemas e presença de corpo estranho.
→ Cuidados: higienização, material e curativos
utilizados.
→ Isquemia tecidual: a falta de oxigenação
dificulta a proliferação das células.
→ Infecção local: quando o processo de
cicatrização é retardado por conta de
contaminação bacteriana.
2 – Fatores sistêmicos (que dizem respeito
ao indivíduo):
→ Faixa etária: a idade avançada dificulta a
resposta da fase inflamatória.
→ Estado nutricional: uma dieta pobre em
proteínas e vitaminas interfere em todas as
fases da cicatrização. A má nutrição diminui a
resposta imunológica e a síntese de colágeno. O
resultado disso, além da demora na
cicatrização, pode resultar em deiscência de
suturas.
→ Doenças crônicas: diabetes mellitus,
obesidade, hipertensão, entre outras.
→ Terapia medicamentosa: anti inflamatórios,
antibióticos e quimioterápicos podem interferir
no processo cicatricial.
→ Tratamento tópico inadequado: utilização de
produtos inapropriados, como sabão comum.
→ Distúrbios cicatriciais: distúrbios na
cicatrização, como atrofia cicatricial, cicatriz
hipertrófica e quelóides.
Nycoli Lottermann
Nycoli Lottermann

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