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APOSTILA DE GESTÃO PÚBLICA 2019-02

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GESTÃO PÚBLICA
APOSTILA DE MATERIAL 
DE APOIO
Prof. José Carlos Colares, Me.
profrjosecarlos@gmail.com
UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON
Faculdade Interamericana de Porto Velho
mailto:profrjosecarlos@gmail.com
Facilitador: Professor Msc. José Carlos Colares
Experiência acadêmica:
Doutorando em Administração – UnLam (Arg)
Mestre em Administração pela Universidade Federal de RO – Unir
Especialista em Gestão Pública pela Universidade Luterana do Brasil
Graduado em Administração pela Universidade Federal de RO – Unir
Experiência Profissional:
Diretor de Recursos Humanos do Tribunal de Justiça de Rondônia
Chefe de Recursos Humanos do Ministério Público de Rondônia
Assessor de Planejamento e Gestão do Ministério Público – RO.
Atuação Profissional (Atual):
Formado em Lifecoach pela Linecoahcing – Executivo e Personal
Coaching Curitiba/PR.
Especialização em Lifecoach (Faculdade Profissional – Curitiba/PR).
Coach APG Sênior Amana Key. São Paulo/Cotia.
Palestrante e Consultor Empresarial
Professor de Ensino Superior (Graduação e Pós-Graduação)
Avaliador de Cursos Superiores do Ministério da Educação
Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas – TCE-RO
CONTATOS: E-mail: profrjosecarlos@gmail.com 
2
GESTÃO PÚBLICA
AULA 1
Breves considerações sobre a teoria das 
organizações. Principais abordagens, variáveis 
básicas e evolução da teoria.
Prof. José Carlos Colares, Me.
profrjosecarlos@gmail.com
UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON
Faculdade Interamericana de Porto Velho
mailto:profrjosecarlos@gmail.com
BREVES CONSIDERAÇÃO SOBRE A TEORIA DAS 
ORGANIZAÇÕES
Para Weber, toda organização é uma estrutura 
sistêmica, um grupo organizado e estável de meios 
adequados a fins. Assim, as pessoas orientem suas 
ações para uma ordem semelhante, uma vez que seus 
desempenhos individuais são guiados por normas 
coletivas e legitimadas.
4
As variáveis básicas da Administração
TAREFAS
PESSOAS
TECNO-
LOGIA
AMBIENTE
ESTRUTURA
ORGANIZAÇÃO
5
A evolução da Teoria das Organizações
ANO TEORIA ÊNFASE HOMEM
1903 ADM. CIENTÍFICA TAREFAS ECONOMICUS
1916 CLÁSSICA ESTRUTURA ECONOMICUS
1932
RELAÇÕES 
HUMANAS
PESSOAS SOCIALIS
1947
BUROCRACIA E 
ESTRUTURALISTA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
1951
CIBERNÉTICA E
SISTEMAS 
AMBIENTE RACIONAL
1954 NEOCLÁSSICA ESTRUTURA ECONOMICUS-SOCIAL
1957 COMPORTAMENTAL PESSOAS ADMINISTRATIVO
1972 CONTINGÊNCIA
AMBIENTE E 
TECNOLOGIA
COMPLEXUS
1982
NEO-
SCHUMPETERIANA
TECNOLOGIA DIGITALIS
2000 CAOS TECNOLOGIA CONEXUS
6
Evolução da Gestão
x
Pessoas nas organizações
Economicus
Social
Administrativo
Complexus
Conexus
Digitalis
Organizacional 
7
TAREFAS
PESSOAS
TECNO-
LOGIA
AMBIENTE
ESTRUTURA
ORGANIZAÇÃO
As variáveis básicas da Administração
PANORAMA HISTORICO DO MODELO DE GESTÃO 
BRASILEIRO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Questões para fixação
9
1. As teorias da administração surgiram para dar
eficiência às organizações. Após a leitura do artigo
sobre a Teoria das Organizações e a Evolução do
Pensamento Científico, explique sucintamente a
contribuição de cada uma no contexto de sua
evolução.
2. É importante para o gestor público conhecer a Teoria
das Organizações? Explique.
GESTÃO PÚBLICA
AULA 2
Administração, gerenciamento e gestão. 
Governabilidade e governança pública. 
Administração Pública x Gestão pública.
Prof. José Carlos Colares, Me.
profrjosecarlos@gmail.com
UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON
Faculdade Interamericana de Porto Velho
mailto:profrjosecarlos@gmail.com
Administração
Trata dos problemas típicos das empresas, como os 
recursos financeiros, recursos patrimoniais e recursos 
(ou talentos) humanos. É a responsável pela criação 
de um ambiente favorável. Palavras 
correspondentes: administrar, administrador.
Gerenciamento
Trata de níveis específicos da organização, como 
departamentos ou divisões (marketing, produção 
etc.) ou projetos. Palavras correspondentes: 
gerenciar, gerente.
Gestão
Trata de níveis especializados tanto no que diz 
respeito à administração quanto ao gerenciamento. 
Por exemplo, em projetos, temos a gestão dos custos, 
gestão da qualidade, gestão dos riscos etc. Palavras 
correspondentes: gerir, gestor.
ADMINISTRAÇÃO GERÊNCIA
GESTÃO
11
GOVERNABILIDADE & GOVERNANÇA 
são termos muito confundidos
pois são conceitos entrelaçados e conexos.
Já a governança está 
relacionada com a gestão dos 
recursos e com a capacidade 
deste governo de implementar 
as políticas públicas, ou seja, 
sua capacidade gerencial, 
técnica e financeira.
O conceito de governabilidade é 
mais relacionado à capacidade 
política de governar, ou seja, às 
condições de um governo de se 
legitimar perante a sociedade como 
um todo. 
É um termo ligado ao próprio 
exercício do poder e às condições 
materiais que devem existir para 
que um governo consiga exercer 
suas funções. 
Se um governo conta com apoio da 
sociedade como um todo para 
governar, ele tem governabilidade. 
A governabilidade insere-se então 
nos aspectos políticos do Estado: as 
relações entre os poderes, os 
sistemas partidários, a forma de 
governo, etc.
De acordo com o Plano Diretor 
da Reforma do Aparelho do 
Estado (PDRAE), o governo 
brasileiro não carece de 
governabilidade, mas de 
governança.
FIQUE ATENTO! 
Governabilidade está ligada à 
estrutura do Estado. 
Governança, à capacidade de 
geri-lo.
12
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
X
GESTÃO PÚBLICA
DIFERENÇAS BÁSICAS CONCEITUAIS
A administração pública abrange o conjunto das pessoas 
coletivas públicas e também os órgãos que exercem 
atividades administrativas, sempre em nome do interesse 
coletivo. De acordo com Meirelles (2004, p. 64), o conceito 
de administração:
Em sentido formal, a Administração Pública, é o conjunto 
de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do 
Governo.
Em sentido material, é o conjunto das funções necessárias 
aos serviços públicos em geral; em acepção operacional, é 
o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos 
serviços do próprio Estado ou por ele assumidos em 
benefício da coletividade. 
13
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
X
GESTÃO PÚBLICA
DIFERENÇAS BÁSICAS CONCEITUAIS
A Gestão Pública se incumbe da organização, processo
decisório de formulação, implementação e avaliação das
políticas públicas de competência do Estado.
Esta é gerida por um corpo de recursos humanos
contratados pelo Estado com tal finalidade, conduzidos por
um núcleo político eleito para assumir os governos de cada
esfera administrativa.
14
ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO PÚBLICA
DIFERENÇAS BÁSICAS CONCEITUAIS
Ao pensar a gestão pública é importante diferenciar Estado,
governos, aparelho de Estado e Instituições do Estado.
Estado – Entidade maior que estrutura uma nação;
Governo – São núcleos de representantes eleitos para
executar tarefas concernentes às funções públicas;
Aparelho de Estado – Organizações, compostas de
estruturas administrativa de carreira ou não que são
incumbidas dos processos concernentes às funções
públicas;
Instituições – Princípios e Regras estabelecidos que
determinam/normatizam o comportamento das
organizações e agentes (Constituições, Leis, Portarias,
Estatutos, além das regras informais).
15
16
Questões para fixação
1.Quais as diferenças entre administração,
gerenciamento e gestão?
2.Pontue a diferença entre governabilidade e
governança.
3.Conceitue administração pública no sentido formal e
material Exemplifique.
4.Conceitue Gestão Pública.
5. Conceitua Estado, Governo, Aparelho de Estado e
Instituições.
6.O Prefeito da Cidade perdeu o apoio da população de
sua cidade e sua relação com a Câmara de Vereadores
está deteriorada, estando prestes a sofrer um processo
de Impeachment. Neste caso, pode-se dizer que o
Poder Executivo perdeu a capacidade de governança?
Discuta com seu grupo e explique.
GESTÃO PÚBLICA
AULA 3
Estrutura do Estado Brasileiro. A estrutura na 
CF/88. A divisão dos poderes. O Sistema de 
freios e contra-pesos. O Aparelhamentodo 
Estado (Administração Direta e Indireta). 
Formas de atuação do Estado.
Prof. José Carlos Colares, Me.
profrjosecarlos@gmail.com
UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON
Faculdade Interamericana de Porto Velho
mailto:profrjosecarlos@gmail.com
ESTRUTURA DO ESTADO BRASILEIRO
CF, Art. 18. A organização político-administrativa da
República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos desta Constituição.
• Responsabilidades compartilhadas entre governos
locais, regionais e nacional.
• Soberania nacional expressa na Constituição Federal.
• Descentralização e autonomia administrativa e
financeira de estados e municípios.
18
ESTRUTURA DO ESTADO BRASILEIRO
19
DIVISÃO DOS PODERES
FUNÇÕES TÍPICAS FUNÇÕES ATÍPICASPODERES
ADMINISTRAR E 
EXECUTAR AS LEIS
Judicar: Processo ADM.
Legilsar: MP ou Lei 
Delegada
EXECUTIVO
LEGISLAR E 
FISCALIZAR
Judicar: Julga autoridades por 
crime de responsabilidade.
Administrar
LEGISLATIVO
JURISDIÇÃO
Legislar: Regimento 
Intenro.
Administrar
JUDICIÁRIO
Lei delegada (vide artigos 59, IV e 68 da CF/88. Sujeita-se à aprovação pelo
legislativo. Algumas matérias não podem ser objeto de delegação (atos de
competência exclusiva do Congresso Nacional). É lei Ordinária. A última foi
editada em 1992.
20
O SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS
Legislativo aprova leis que controlam o Executivo e o Judiciário
Executivo pode vetar o que foi aprovado pelo Legislativo que pode
rejeitar esse veto.
Executivo escolhe os membros do Supremo Tribunal controlando o
Judiciário, o Legislativo aprova esses nomes controlando o
Executivo e o Judiciário.
Judiciário julga a aplicação das leis, podendo, suspender a execução 
delas.
21
APARELHAMENTO DO ESTADO
Administração Direta (AD): é o conjunto de órgãos integrados
na estrutura central de cada poder das Entidades Estatais (U,
E, DF e M), sendo portanto, a gestão de serviços públicos
imputadas às referidas Entidades Estatais, por não possuírem
Personalidade Jurídica.
Administração direta – Órgãos e Unidades da Administração
Pública como Ministérios, Secretarias, Departamentos, entre
outros.
22
Administração Indireta (AI): é o conjunto de entidades (com 
personalidade jurídica) que vinculados a um órgão da 
Administração Direta, prestam serviço público ou de interesse 
público.
Autarquias, Fundações, Empresas Públicas.
23
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
O art. 37, inciso XIX, da CF/88 preceitua que: “somente por lei
específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à lei complementar neste
último caso, definir as áreas de sua atuação”.
No mesmo artigo, em seu inciso XX, a CF/88 reza que:
”depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação
de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior,
assim como a participação de qualquer delas em empresa
privada”
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
Os consórcios públicos criados com personalidade jurídica
de direito público se apresentam como associação
pública, devido a alteração do artigo 41, inciso IV, do
Código Civil de 2002, in verbis:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas.
Com isso, o legislador, ao alterar a redação do citado
artigo, colocando a expressão “inclusive”, quis equiparar
as associações públicas com as autarquias.
24
FORMAS DE ATUAÇÃO DO ESTADO
Direta – Prestação direta de serviços públicos por meio de
órgãos da administração direta ou indireta.
Indireta – Contratação de serviços públicos para serem
prestados à população por meio de concessionários,
organizações sociais, empresas privadas, entre outros.
Regulação – Controle de setores do mercado com a função de
garantir equilíbrio, isonomia e bem-estar social.
25
26
Questões para fixação
1.Os órgãos da Administração Indireta, por seu vínculo
estratégico estão subordinados à Administração Direta.
Discuta e explique.
2.A administração pública é exercida de forma direta e
indireta, praticando funções típicas e atípicas. Dê
exemplo de como essas funções são típica e atipicamente
exercidas.
3.Explique como funciona o sistema de freios e contra-
pesos.
4.Desenhe e explique como está organizada a
administração direta e indireta.
5.O que são os consórcios públicos?
6.Como ocorre a forma de atuação do Estado Brasileiro
na modalidade de regulação?
GESTÃO PÚBLICA
AULA 4
Evolução histórica do Estado e da Gestão 
Pública: Patrimonialismo, o modelo burocrático e 
a administração gerencial.
Prof. José Carlos Colares, Me.
profrjosecarlos@gmail.com
UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON
Faculdade Interamericana de Porto Velho
mailto:profrjosecarlos@gmail.com
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
Em todo Estado, existe alguma relação de dominação na
qual os governantes (dominadores) exercem autoridade
perante os indivíduos (dominados).
Para Weber, existem três tipos de dominação:
✓ Dominação Tradicional – Baseia-se na tradição, nos
costumes arraigados, nos relacionamentos construídos
por gerações. O “senhor” governa não porque tenha
algum mérito ou competência específica, mas porque seu
pai governava antes dele, e antes dele seu avô, etc.
✓ Dominação Carismática – Baseada no carisma de uma
pessoa. Acredita-se que aquele indivíduo possui
qualidades e características extraordinárias, fora do
comum, que o credenciam a liderar seus “súditos” ou
“seguidores”. Estes lhe conferem um afeto e uma lealdade
muitas vezes “cegos”.
✓ Dominação Racional-legal – Baseada na lei! Nesse tipo
de dominação, não seguimos um indivíduo, mas devemos
obediência a uma série de normas e regulamentos. A
Burocracia moderna baseia-se na dominação racional-
legal.
28
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
PATRIMONIALISMO
O modelo patrimonialista foi introduzido no Brasil pela
própria administração portuguesa do qual herdamos o modo
de administrar.
Neste sistema, existe uma confusão natural entre os bens
públicos e particulares, pois o Rei (ou chefe político) não
diferencia seu patrimônio particular do estatal.
Portanto, a base de sua dominação é a tradição! O
governante trata dos assuntos do Estado como se fosse uma
extensão de sua vida pessoal.
Neste modelo, a posse em cargos públicos acontecia por
livre nomeação do soberano. Desta forma, estes cargos
eram direcionados a amigos e parentes.
Assim, não existiam carreiras organizadas e
profissionalizadas no estado. Portanto, uma característica
forte deste modelo é o nepotismo e a corrupção.
No modelo Patrimonialista, o 
governante não separa o 
patrimônio público do privado!
29
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
PATRIMONIALISMO
Principais características:
30
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA
O termo “burocracia” é derivado do termo francês
“bureau” (significa escritório) e do termo grego “kratia”, que
se relaciona a poder ou regra. Desta forma, a burocracia
seria um modelo em que o “escritório” ou os servidores
públicos de carreira seriam os detentores do poder.
ORIGENS DA BUROCRACIA
O modelo Burocrático, inspirado por Max Weber, veio
para suprir a necessidade de impor uma administração adequada
aos novos desafios do Estado moderno, com o objetivo de
combater o nepotismo e a corrupção.
31
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA
Características principais da Burocracia:
Formalidade – a autoridade deriva de um conjunto de
normas e leis, expressamente escritas e detalhadas. O poder
do chefe é restrito aos objetivos propostos pela organização
e somente é exercido no ambiente de trabalho - não na vida
privada. As comunicações internas e externas também são
todas padronizadas e formais.
Impessoalidade – Os direitos e deveres são
estabelecidos em normas. As regras são aplicadas de forma
igual a todos, conforme seu cargoem função na
organização. Segundo Weber, a Burocracia deve evitar lidar
com elementos humanos, como a raiva, o ódio, o amor, ou
seja, as emoções e as irracionalidades. As pessoas devem
ser promovidas por mérito, e não por ligações afetivas. O
poder é ligado não às pessoas, mas aos cargos – só se tem
o poder em decorrência de estar ocupando um cargo.
Profissionalização – As organizações são comandadas
por especialistas, remunerados em dinheiro (e não em
honrarias, títulos de nobreza, sinecuras, prebendas, etc.),
contratados pelo seu mérito e seu conhecimento (e não por
alguma relação afetiva ou emocional).
32
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA
O modelo burocrático, que se caracterizou pela
meritocracia na forma de ingresso nas carreiras públicas,
mediante concursos públicos, buscou eliminar o hábito
arraigado do modelo patrimonialista de ocupar espaço no
aparelho do Estado através de trocas de cargos públicos por
favores pessoais ao soberano.]
Desta forma, o que se busca é a profissionalização
do servidor público, sua especialização.
33
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA BUROCRACIA
34
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA
Trecho do importante documento chamado de Plano Diretor
da Reforma do Aparelho do Estado, de 1995:
“A administração pública brasileira, embora marcada
pela cultura burocrática e regida pelo princípio do
mérito profissional, não chegou a se consolidar, no
conjunto, como uma burocracia profissional nos
moldes weberianos.
Formaram-se grupos de reconhecida competência,
como é o caso das carreiras acima descritas, bem
como em áreas da administração indireta, mas os
concursos jamais foram rotinizados e o valor de sua
remuneração real variou intensamente em função de
políticas salariais instáveis.
Os instrumentos de seleção, avaliação,
promoção e treinamento que deram suporte a
esse modelo estão superados.”
35
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
Antecedentes:
• Crise de Petróleo (73 e 79).
• Dificuldades do governo em manter o Welfare State.
• Crise fiscal e necessidade de reduzir os gastos públicos.
• A declínio do modelo essencialmente burocrático.
O novo direcionamento:
• Necessidade de um modelo mais avançado de gestão.
• Trazer a eficiência do setor privado para o setor
público: SURGE O GERENCIALISMO
36
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
Objetivos do modelo gerencial, de acordo com o PDRAE:
ATENÇÃO: A administração gerencial não é uma negação
da Burocracia já que ela mantém diversas características,
como a meritocracia, a avaliação de desempenho, a noção
de carreira, entre outras.
Uma das principais diferenças está na função
controle, que deixa de ser efetuado com base em processos
e procedimentos (anterior) para ser efetuado com base em
resultados (posterior)
37
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
Trecho do importante documento chamado de Plano Diretor
da Reforma do Aparelho do Estado, de 1995:
“A administração pública gerencial constitui um
avanço e até um certo ponto um rompimento com
a administração pública burocrática.
Isto não significa, entretanto, que negue todos os
seus princípios. Pelo contrário, a administração
pública gerencial está apoiada na anterior, da qual
conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus
princípios fundamentais, como a admissão segundo
rígidos critérios de mérito, a existência de um
sistema estruturado e universal de remuneração, as
carreiras, a avaliação constante de desempenho, o
treinamento sistemático.
A diferença fundamental está na forma de controle,
que deixa de basear-se nos processos para
concentrar-se nos resultados, e não na rigorosa
profissionalização da administração da
administração pública, que continua um princípio
fundamental.”
38
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
De acordo com Bresser Pereira (2001), a Burocracia tem
uma mentalidade de desconfiança total em relação aos
servidores públicos e que se deveria ter um grau de
confiança limitado:
“Algumas características básicas definem a
administração pública gerencial. É orientada para
o cidadão e para a obtenção de resultados;
pressupõe que os políticos e os funcionários públicos
são merecedores de um grau real ainda que limitado
de confiança.”
A Administração Gerencial não abandonou todos
estes princípios do modelo burocrático, mas sim os
incorporou ao modelo gerencial.
Portanto, o modelo gerencial é uma ruptura
somente com alguns aspectos da burocracia (o
formalismo, por exemplo), mas podemos dizer que
“se apoia” em vários de seus princípios
(profissionalização, meritocracia, etc.).
39
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
Bresser Pereira (2001) enfatiza:
“A administração pública gerencial, por sua vez,
assume que se deve combater o nepotismo e
a corrupção, mas que, para isto, não são
necessários procedimentos rígidos. Podem
ter sido necessários quando dominavam os
valores patrimonialistas; mas não o são hoje,
quando já existe uma rejeição universal a que
se confundam os patrimônios público e privado.
Por outro lado, emergiram novas modalidades
de apropriação da respublica pelo interesse
privado, que não podem ser evitadas pelo
recurso aos métodos burocráticos.
40
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
Bresser Pereira (2001) enfatiza:
Rent-seeking é quase sempre um modo mais
sutil e sofisticado de se apropriar do Estado e
exige que se usem novas contra-estratégias.
A administração gerencial — a
descentralização, a delegação de autoridade e
de responsabilidade ao gestor público, o rígido
controle sobre o desempenho, aferido
mediante indicadores acordados e definidos
por contrato — além de ser uma forma muito
mais eficiente para gerir o Estado, envolve
estratégias muito mais efetivas na luta contra
as novas modalidades de locupletação do
Estado.”
“Rentseeking, quer dizer busca de rendas, é definido
como a atividade de indivíduos e grupos de buscar
“rendas” extramercado para si próprio através do
controle do Estado.”
41
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL: Características:
Outras características marcantes do novo modelo
gerencial são:
• a demanda por maior autonomia aos gestores
públicos (financeira, material e de recursos
humanos);
• a definição clara de quais serão os objetivos que
os gestores devem buscar;
• a descentralização, o incentivo à inovação, a
maior flexibilidade;
• a preocupação com as necessidades dos
“clientes”;
• o foco na qualidade; e
• uma estrutura hierárquica mais achatada e flexível.42
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
Os três momentos da Administração Gerencial:
1º O gerencialismo puro (ou managerialism);
2º O “consumerism”; e
3º O PSO - “Public Service Orientation”.
43
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
1º O gerencialismo puro (ou managerialism);
• 1979 – Inglaterra (M. Tatcher).
Objetivo: Devolver ao Estado a condição de investir
através da redução de custos(despesas gerais e com
pessoal) e do aumento da eficiência.
Finalidade: Melhorar as finanças e a produtividade dos
órgãos públicos.
Medidas adotadas:
• privatização, a desregulamentação, a redução de cargos
públicos, a definição clara dos objetivos de cada setor; e
• outras com o intuito de reduzir os gastos.
O movimento ficou conhecido como “rolling back the
state”, algo como “retração da máquina estatal” (ou
diminuição do Estado).
44
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
1º O gerencialismo puro (ou managerialism);
Assim, é implantada aos poucos uma administração
voltada para os resultados, com uma maior
flexibilidade e descentralizaçãodos gestores públicos,
em vista a um ganho esperado de eficiência. Após os
primeiros resultados, viu-se que o setor público não
deveria apenas se preocupar com a eficiência, mas
principalmente com a efetividade.
45
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
1º O gerencialismo puro (ou managerialism);
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
• Descentralização do aparelho de Estado, que separou as
atividades de planejamento e execução do governo e
transformou as políticas públicas em monopólio dos
ministérios;
• Privatização das estatais ineficientes, desnecessários ou
deficitárias;
• Terceirização dos serviços públicos;
• Regulação estatal das atividades públicas conduzidas
pelo setor privado;
• Uso de ideias e ferramentas gerenciais advindas do
setor privado.
ATENÇÃO: modelo gerencial não busca “copiar” as
práticas do setor privado, mas sim adaptar estas
ferramentas para o setor público!
46
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
2º O “consumerism”;
O gerencialismo puro recebeu muitas críticas. faltava era a
visão de que os serviços deveriam ser prestados com
qualidade e com foco nas necessidades dos “clientes” e
não nas necessidades da máquina pública.
Esta nova visão não renega os princípios do gerencialismo
puro, mas acrescenta outras variáveis e prioridades. É o
início do que chamamos de “paradigma do cliente” na
administração pública.
A preocupação deixa somente de ser com custos e
produtividade para ser voltada a “fazer melhor” – entregar
serviços de qualidade para a sociedade.
47
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
2º O “consumerism”;
Objetivo: Melhorar os serviços entregues à população,
através da qualidade.
Medidas adotadas:
• descentralização do processo decisório. A ideia é
delegar poderes para quem está efetivamente envolvido
na prestação do serviço ao “cliente”. Ao dar liberdade e
autonomia para o servidor público que está lidando com o
problema diretamente, sem necessitar “passar” esta
informação a um superior e esperar sua resposta,
aumentam-se as chances da organização responder ao
problema de forma mais acertada concedendo maior
celeridade às decisões.
• Quebra do monopólio na prestação de serviços
dentro da máquina pública: Tentativa de criar
competitividade no setor público, gerando alternativa ao
cliente. Um exemplo: Criar escolas próximas e estimular a
competição entre elas.
48
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
2º O “consumerism”;
Críticas ao modelo:
As principais críticas direcionadas ao Consumerism vieram
exatamente do problema de se considerar o cidadão um
simples cliente, pois apesar de ser uma evolução do que
existia antigamente, não se adapta ao real relacionamento
que deve existir entre o Estado e seus cidadãos.
O termo cliente traz a noção de tratamento diferenciado aos
que realmente utilizam os serviços públicos, enquanto o
Estado deve ser isonômico!
Assim sendo, o bordão comum no setor privado (“o cliente
sempre tem razão”) não se aplica no setor público, e no
relacionamento entre o Estado e o cidadão devem existir
direitos e deveres.
Não dá pra ter um cliente público como “cliente Vip”
49
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
3º O PSO - “Public Service Orientation”.
Com o PSO, que é a versão atual ou mais moderna da Nova
Gestão Pública (ou NPM), entra a noção de tratamento não
somente como “cliente”, mas como cidadão – uma noção
mais ampla do que a de cliente, com direitos e deveres.
Princípios: equidade, a justiça, a transparência, a
accountability, bem como a participação popular.
Medida principal:
• A descentralização no PSO não é vista somente como
uma maneira de melhorar os serviços prestados, mas
como um meio de possibilitar a participação popular,
criando-se uma arena que aumente a participação política
dos cidadãos.
Portanto, a visão atual é a de que o Estado deve não só
prestar serviços de qualidade e tratar bem seus cidadãos,
mas que deve proporcionar meios que possibilitem a
cobrança de resultados e a participação destes cidadãos nas
políticas públicas, de modo que o cidadão deixe de ser
passivo diante do Estado para uma postura mais ativa.
50
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
51
52
Questões para fixação
1.Fale sobre os 3 tipos de denominação caracterizados
por Weber.
2.Conceitue o modelo Patrimonialista.
3.Fale sobre o modelo de Estado Burocrático.
4.Explique o que é o gerencialismo.
5.Fale sobre os três momentos da Administração
Gerencial: 1º O gerencialismo puro (ou managerialism);
2º O “consumerism”; e 3º O PSO - “Public Service
Orientation”.
GESTÃO PÚBLICA
AULA 5
Palestra sobre o dia do Administrador. 
Prof. José Carlos Colares, Me.
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GESTÃO PÚBLICA
AULA 6
O Estado liberal. O Estado do bem-
estar social. O Estado regulador. Leitura “do
estado social ao estado Regulador”. Debates e
Resumo de Artigo.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
O ESTADO LIBERAL
O Estado liberal foi uma resposta ao Estado
absoluto presente nas monarquias europeias, em que
o soberano tinha total poder sobre a população.
Neste tipo de Estado, o objetivo primordial é a
liberdade (daí seu nome). Assim, este modelo parte
do princípio de que se as pessoas tiverem liberdade
para seguir “seu próprio caminho” tomarão as
melhores decisões e poderão maximizar seus
resultados.
Este modelo, que vigorou no mundo até,
aproximadamente, o final do século XIX teve muito
sucesso em fomentar o crescimento econômico, mas
criou um contexto de crescente desigualdade.
Estas desigualdades insuflaram muitos conflitos nas
indústrias e principais cidades. A resposta do Estado
foi uma transformação para o Estado do Bem-estar
Social.
55
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
O ESTADO DO BEM ESTAR SOCIAL
O Estado do Bem-estar Social, também conhecido
como Estado Social, marcou um desdobramento dos
problemas ocorridos dentro do Estado Liberal.
Basicamente, a ideia por trás do Estado de Bem-estar
Social é a de que diminuir as desigualdades
econômicas e sociais entre os indivíduos.
A preocupação com a liberdade aos poucos abre
espaço para a preocupação com a igualdade. O
coletivo passa a ter predominância ao individual.
De certa forma, o principal conceito atrelado ao
Estado Social é o de que todas as pessoas devem
ter acesso a uma série de serviços, sendo o Estado
o garantidor deste fornecimento.
Assim, estes serviços englobariam desde a educação
para todos, o atendimento médico, o seguro
desemprego, uma renda mínima (como o Programa
Bolsa-Família) etc.
56
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
O ESTADO DO BEM ESTAR SOCIAL
• Início (no Brasil): Era Vargas (direitos trabalhistas e
sociais). Cidadania regulada. Seguro-desemprego, licenças
maternidade, programas de renda mínima etc.
• CF/88: momento em que a maioria dos direitos sociais passa
a ter um direcionamento universal.
Crise do WELFARE STATE brasileiro:
• Crise de Petróleo (década de 70).
• Impossibilidade de manter os gastos públicos para sustentar
todo o sistema de proteção social.
• Impossibilidade de manter empresas estatais (sem dinheiro
para investir).
Com esse cenário, muitos Estados iniciaram um
conjunto de reformas pró-mercado, que muitos autores
identificam como neoliberais.
Estas reformas buscaram transferir para o mercado
diversos setores antes administrados pelo Estado (como o
caso da telefonia e da siderurgia no Brasil) buscando um
aumento de eficiência destes mercados e uma recuperação da
situação fiscaldestes governos.
57
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
O ESTADO REGULADOR
• Reorientação das prioridades (não tinha mais
condições de manter o modelo de Bem-estar
Social, nem capacidade financeira de sustentar os
serviços públicos).
• No Brasil: (Programa Nacional de
Desestatização, de 1990). Porém. muitas
empresas atuavam em áreas em que o Estado era
anteriormente monopolista ou que prestavam
serviços públicos, como o abastecimento de água,
de luz, e o setor de telecomunicações.
• O Estado deixa de ser o Estado provedor ou
produtor para entrar em outro modelo: o Estado
regulador.
Se não iria mais executar o trabalho
diretamente, o Estado deveria acompanhar o trabalho
destes novos operadores privados, para que a
qualidade do serviço efetivamente melhorasse e que
as margens de lucro fossem mantidas em níveis
razoáveis.
58
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA
O ESTADO REGULADOR
• O Estado instituiu normas e regulamentos que
limitem as externalidades negativas (como a
poluição), garantam a qualidade e propiciem um
ambiente que favoreça os investimentos privados.
O Estado como regulador de um setor deve
buscar o equilíbrio entre os diversos atores que atuam,
desde empresas até os consumidores.
Ou seja, as Agências Reguladoras devem
equilibrar os interesses privados (respeito aos
contratos, estabilidade de regras, lucratividade etc.)
com os interesses públicos (universalização do
serviço, preços adequados, aumento dos
investimentos, etc.).
59
QUESTÕES PARA REFLEXÕES E DEBATES
Analise as afirmações abaixo e discuta com seu grupo.
1. “O modelo da administração pública patrimonialista foi
o primeiro esforço do Estado em cuidar do patrimônio
público, mediante a criação de mecanismos de controle
e de preservação do uso indevido dos bens do Estado
pelos servidores”.
2. Uma desvantagem do modelo de administração pública
burocrática é a grande pessoalidade existente nas
relações entre chefia e subordinados.
3. De acordo com o modelo patrimonialista, o gestor
público deve ter autonomia para gerir os recursos
humanos, materiais e financeiros colocados à sua
disposição, a fim de que os objetivos contratados e a
finalidade pública sejam atingidos.
4. Uma organização pública que adota os pressupostos da
administração burocrática busca combater o nepotismo
na instituição.
5. Uma das características da administração pública
patrimonialista é a ausência de carreiras administrativas
definidas em sua estrutura organizacional.
60
QUESTÕES PARA DEBATER IDEIAS
Discutir ideias para implantaras bases da Administração
gerencial no serviço público:
6. De que forma o poder público poderia conceder por maior
autonomia aos gestores públicos (financeira, material e de
recursos humanos). Indique os pressupostos.
7. Como o poder público pode definir claramente quais serão
os objetivos que os gestores devem buscar? (quais os
instrumentos que poderiam ser usados para executar essa
prática)?
8. Quais as maneiras que a Administração Pública pode usar
para operacionalizar a descentralização, o incentivo à
inovação, a maior flexibilidade, no intuito de melhorar o
desempenho dos servidores públicos?
9. E como demonstrar preocupação com as necessidades dos
“clientes”. Apresentar algumas ideias pra atender essa
demanda.
10. De qual modo a Administração Pública pode demonstrar e
operacionalizar o foco na qualidade;
11. É possível a Adm. Pública ter uma estrutura hierárquica
mais achatada e flexível? Dê sugestões.
61
QUESTÕES PARA REFLEXÕES E DEBATES
Analise as afirmações abaixo e discuta com seu grupo.
12.A ênfase da administração pública gerencial recai sobre
o controle do processo em detrimento do resultado.
13.A administração pública burocrática se alicerça em
princípios como profissionalização, treinamento
sistemático, impessoalidade e formalismo.
14.A Administração Pública Gerencial substituiu a
Administração Pública Burocrática, abandonando os
preceitos desta em detrimento dos novos paradigmas
daquela.
15.Um dos objetivos das Agências Reguladoras deve ser a
manutenção da concorrência entre os prestadores de
serviços e aumento dos investimentos e da qualidade dos
produtos e serviços “entregues” à população.
16.O termo estado de bem-estar em geral designa um
sistema de organização social que assegura aos cidadãos
condições mínimas de bem estar, ou aquele que
proporciona aos cidadãos serviços públicos, tais como
educação, saúde, renda em caso de necessidade
(desemprego, enfermidade, aposentadoria) ou outras
prestações e serviços sociais.
62
GESTÃO PÚBLICA
AULA 7
Prof. José Carlos Colares, Me.
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AVALIAÇÃO PARCIAL B1
23/09/2018 (sujeita a alteração)
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GESTÃO PÚBLICA
AULA 8
Prof. José Carlos Colares, Me.
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Faculdade Interamericana de Porto Velho
AVALIAÇÃO OFICIAL B1
30/09/2018 (sujeita a alteração)
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GESTÃO PÚBLICA
AULA 9
As reformas administrativas: O coronelismo; O 
Estado Novo; O Governo JK – A Era 
Desenvolvimentista e o Governo Paralelo 
(1956 e 1961). A Reforma de 1967 – o DL 
200/67. O Programa Nacional de 
Desburocratização (1979).
Prof. José Carlos Colares, Me.
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Faculdade Interamericana de Porto Velho
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BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
1. República Velha (1889-1930)
• iniciou-se com a proclamação da República e terminou
com a revolução de 1930.
• Viés: Patrimonialismo
• Domínio da elites (Minas e São Paulo).
• Exclusão social.
•Coronelismo
• Feitos principais:
•o desenvolvimento das carreiras militares
(forças armadas) e do corpo diplomático
(Itamaraty).
66
BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
2. A era Vargas – O ESTADO NOVO
• iniciou-se com a revolução de 1930.
• Viés: Burocracia e estatismo. Centralização do poder
da União.
• Situação Política:
• Crash da Bolsa (1929).
• Queda do preço internacional do café (base da economia
nacional).
• Feitos principais:
• industrialização e da modernização da máquina estatal.
• Criação do Conselho Federal do Serviço Público Civil em
1936, depois transformado em 1938 no Departamento
Administrativo do Serviço Público – DASP.
•Criação de órgãos formuladores de políticas públicas.
• Expansão de órgãos da administração direta; e
• Expansão das atividades empresariais do Estado, com a
•criação de empresas estatais, fundações públicas,
sociedades de economia mista e autarquias.
67
As mudanças trazidas pelo modelo burocrático não
alcançaram toda a administração pública, Assim,
alguns cargos de nível mais baixo continuaram sob as
práticas patrimonialistas e clientelistas, com nomeações
políticas, Com isso, a Burocracia convivia com o
patrimonialismo!
BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
2. A era Vargas – O ESTADO NOVO
O Departamento Administrativo do Serviço Público –
DASP.
• Promoveu a introdução do modelo burocrático na
administração pública brasileira;
• Fortaleceu o princípio da meritocracia (os servidores
passaram a ser selecionados mediante concurso público e
promoção baseada em avaliações de desempenho).
• Instituiu a profissionalização dos servidores e os
princípios da Administração Científica de Taylor:
• Planejamento – substituir a improvisação pela
ciência e planejar o método a ser utilizado;
• Preparo – selecionar e treinar os empregados de
acordo com suas aptidões e treiná-los para que
atinjam um melhor resultado;
• Controle – supervisionar o trabalho para que os
resultados sejam atingidos; e
• Execução – distribuir as atividades e
responsabilidades de maneira a disciplinar à
execução das tarefas.
68
A reforma administrativa do Estado Novo foi, portanto, o
primeiro esforço sistemático de superação do
patrimonialismo.(COSTA, 2008).
BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
3. O Governo JK – A Era Desenvolvimentista e o
Governo Paralelo (1956 e 1961)
• Viés: Desenvolvimento Nacional. O Plano de Metas (50
anos em 5).
• Situação Política:
• Redemocratização (1946-1964)
• Feitos principais:
• Instalação das multinacionais.
• Construção de Brasília.
• aumento da intervenção do Estado
•descentralização do setor público através da criação de
várias autarquias e sociedades de economia mista com
mais autonomia e flexibilidade do que a Administração
Direta.
69
O governo Juscelino Kubitschek ficou marcado
pelo que se chamou de Administração Paralela. Seu
estilo era voltado a evitar ao máximo os conflitos.
Portanto, quando tinha um problema a resolver,
JK preferia criar outra estrutura estatal
(normalmente uma autarquia) do que reformar ou
extinguir alguma já existente.
Com isso ele “contornava” a administração
direta, evitando ter de lidar com a ineficiência gerada
pelas práticas patrimonialistas e clientelistas (MARTINS,
1997).
BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
3. O Governo JK – A Era Desenvolvimentista e o
Governo Paralelo (1956 e 1961)
AS ILHAS DE EXCELÊNCIA
70
Outro ponto interessante no governo Juscelino
Kubitschek foi a criação das “Ilhas de Excelência”.
A coordenação das ações do Plano de Metas fazia-se
por meio de grupos executivos escolhidos diretamente pela
Presidência da República.
Desta forma, evidenciou-se o papel fundamental das
chamadas “ilhas de excelência” (órgãos que contavam com
funcionários mais capacitados, que eram contratados por
mérito e recebiam salários muito maiores do que os da
administração direta) no processo de desenvolvimento nacional
que ocorreu naquela época.
O plano de metas do governo JK foi executado desta
forma, evitando-se os órgãos convencionais.
BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
4. A Reforma de 1967 – o DL 200/67.
• Viés: Modernização do Estado
• Situação Política:
• Regime Militar (1964-1985).
• Desequilíbrio econômico.
• Aumento da Inflação.
• Feitos principais:
• Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG):
• restrição do crédito e dos aumentos salariais;
• reforma tributária (que reduziu impostos em
cascata);
• instituição da correção monetária nos contratos;
• criação do Banco Central (para administrar a emissão
de moeda); e
• criação do Sistema Nacional da Habitação e do Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
71
GERENCIALISMO
A reforma de 1967 introduziu na administração pública
procedimentos gerenciais típicos do setor privado,
abriu espaço para a participação do capital privado em
sociedades de economia mista e esvaziou um dos
emblemas do Estado populista, o DASP.
BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
4. A Reforma de 1967 – o DL 200/67.
• Objetivos:
• Foco no Planejamento e racionalidade.
• Descentralização das ações governamentais
(Administração Indireta).
72
A descentralização envolveria:
• a transferência de atribuições “dentro” da própria
administração direta (mediante a delegação de
poderes e responsabilidades para os níveis
inferiores – nível operacional);
• a transferência de atividades para os estados e
municípios e até mesmo da Administração Pública
para a iniciativa privada (através de concessões e
contratos).
Dentre algumas mudanças incluídas na
reforma, foi permitido que os órgãos da
Administração Indireta contratassem por meio
da CLT. Portanto, não existiria mais a
estabilidade no emprego para os empregados
das empresas e órgãos da administração
indireta, possibilitando assim uma maior
flexibilidade na contratação temporária e na gestão
de pessoal.
BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
4. A Reforma de 1967 – o DL 200/67.
73
A reforma de 1967 foi uma tentativa de se
superar a
rigidez do modelo burocrático e é considerada
como a primeira iniciativa da administração
gerencial no Brasil.
Foi sem dúvida uma reforma pioneira, que
trazia aspectos ligados à descentralização
administrativa (apesar da forte centralização política
que ocorreu), ao planejamento e à autonomia,
buscando mais agilidade e eficiência da máquina
pública.
BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
5. O Programa Nacional de Desburocratização (1979)
• Viés: simplificação e racionalização de métodos.
• Situação Política:
• Declínio do Regime Militar.
• Crise do Petróleo.
• Dívida Externa Elevada.
• Feitos principais:
• Criação do Ministério da Desburocratização (H. Beltrão).
• Foco no cidadão.
•Início do processo de privatizações.
74
“Deve-se retirar o usuário da condição 
colonial de súdito para investi-lo na de 
cidadão, destinatário de toda a atividade 
do Estado”. (Hélio Beltrão)
GESTÃO PÚBLICA
AULA 10
A CF/88 a constituição cidadã e o retrocesso 
burocrático.
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BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
8. A CF/88 – O retrocesso burocrático
• Viés: A Constituição Cidadã.
• Situação Política:
• 1º Governo Civil após o regime militar (Tancredo x
Sarney).
•Inchamento da máquina pública (Governo Sarney).
• Aprofundamento do troca-troca político.
• Populismo (com alto custo para o Brasil).
• No plano político:
• Descentralização para Estados e Municípios.
• No plano Administrativo:
• Centralização administrativa.
• Enorme Limitação da Administração Indireta
(praticamente foi igualada à Adm. Direta).
• Retomou os ideais burocráticos de 1930 (hierarquia
rígida).
• Criou o Regime Jurídico único, incorporando diversos
celetistas como estatutários e engessando a máquina
pública.
• Criou privilégios descabidos para servidores, como
aposentadorias integrais sem a devida contribuição e
estabilidade para antigos celetistas.
76
BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
8. A CF/88 – O retrocesso burocrático
O Plano Cruzado (governo Sarney)
• Congelamento de preços, Alimentos, combustíveis,
produtos de limpeza, serviços e até o dólar.
• Redução da inflação de 12,47% para 1,43%.
• O Plano não se sustentava, pois gerou escassez de
produtos.
O Plano Cruzado ficou conhecido como um dos maiores
exemplos de Estelionato Eleitoral no Brasil. Em 2005,
José Sarney admitiu que o plano cruzado foi um erro.
77
Se no plano político a Constituição Federal de 88
foi um avanço, no plano administrativo foi 
considerada um retrocesso.
A máquina estatal foi engessada e voltou a 
aplicação de normas rígidas e inflexíveis para toda a 
administração direta e indireta.
Além disso, foram concedidos diversos benefícios
(alguns extremamente caros) sem que houvesse a 
preocupação com a capacidade real do estado de 
cumprir com esses gastos.
QUESTÕES PARA REFLEXÕES E DEBATES
1. Com a instituição, em 1936, do Departamento de
Administração do Serviço Público (DASP), o modelo
patrimonialista de gestão foi combatido. Isso
significou o fim do Coronelismo e a eliminação das
práticas patrimonialistas? Debater o assunto e
explicar.
2. “As chamadas “Ilhas de Excelência” instituídas pelo
Governo JK, tinham a missão de substituir a falta de
capacidade dos servidores públicos em impulsionar o
Plano de Metas”. Comente a respeito.
3. “A Reforma Administrativa realizada no Brasil pelo
Governo Militar através do DL 200/67 foi considerada
como a primeira iniciativa da administração gerencial
no Brasil”. Você está de acordo com a afirmativa?
Explique o por quê?
4. “No plano Político, a CF/88 foi um avanço. Porém no
plano administrativo, a Constituição Cidadão foi um
tremendo retrocesso”. Você concorda com essa
afirmação? Comente.
78
GESTÃO PÚBLICA
AULA 11
O Plano Collor I, II e III (Plano Brasil Novo) –
1990 a 1994. A Reforma de 1995.
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BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
9. O Plano Collor I, II e III (Plano Brasil Novo) – 1990a
1994.
• Viés: Neoliberal (redução da presença do Estado na
vida social e econômica da nação).
• Situação Política:
• Hiperinflação no final dos anos 80
• Medidas
• Troca de moeda (Cruzado Novo voltou a ser Cruzeiro).
• Confisco da poupança.
• Congelamento de preços e salários.
• Política fiscal restritiva.
• Perda da guerra contra a inflação.
80
BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
10. A Reforma de 1995
• Viés: Neoliberal
• Situação Política:
• Impeachment de Collor.
• O Plano Real domou a inflação.
•A Eleição de FHC.
• Medidas
• Criação e implementação do Plano Diretor da Reforma do
Aparelho do Estado (PDRAE).
• Foco na Governança.
• Ajustamento fiscal duradouro.
• Reformas econômicas orientadas para o mercado.
• A reforma da previdência social.
• A inovação dos instrumentos de política social.
• A descentralização dos serviços sociais para estados e
municípios;
• Delimitação mais precisa da área de atuação do Estado.
• Assegurar a responsabilização (accountability) através
da administração por objetivos;
•Transparência no serviço Público;
• Privatização dos serviços públicos (água, energia,
telefonia, etc.)
81
BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS
10. A Reforma de 1995
• Criação das Agências Reguladoras.
• Surgimentos das organizações sociais (OSs) e das
organizações das sociedades civis de interesse público
(OSCIPs).
• Surgimento dos contratos de gestão e das agências
executivas (maior autonomia às instituições que se
comprometem com o alcance de metas).
• Foco no controle de resultados (e não nos processos).
82
QUESTÕES PARA REFLEXÕES E DEBATES
1. Os planos Cruzado (Sarney) e Collor I a III, gerados
para combater a inflação fracassaram basicamente
por quê? Debater e explicar.
2. “O Plano Real teve como base o fortalecimento da
economia e o estabelecimento das bases de
Governança para fortalecimento da administração
pública gerencial”. Comente essa afirmação.
83
GESTÃO PÚBLICA
AULA 12
Os Poderes da República. Executivo, 
Legislativo e Judiciário. O Ministério Público. 
As organizações sociais – OS. As OSCIPS. Os 
Conselhos. As entidades paraestatais. O 
Sistema S. As Agências Executivas.
Prof. José Carlos Colares, Me.
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BRASIL – PODERES DA REPÚBLICA
O Poder Executivo
• No Brasil, os chefes do Poder Executivo são: o Presidente
da República (União), os governadores (estados e DF) e os
prefeitos (municípios).
• No caso do Presidente, ele ainda acumula as funções de
Chefe de Estado e de Chefe de Governo.
• O presidente tem como principais funções, entre outras:
Ser o comandante das forças armadas;
Representar o país internacionalmente;
Dirigir a Administração Pública Federal;
Garantir o cumprimento das leis;
Propor políticas públicas.
85
BRASIL – PODERES DA REPÚBLICA
O Poder Legislativo
• No âmbito da União, o Poder Legislativo se consiste do
Congresso Nacional. Ao contrário dos estados e
municípios, na União, o Legislativo é bicameral, ou seja,
abrange duas casas: a Câmara dos Deputados, que
contém 513 deputados federais, e o Senado, que é
integrado por 81 senadores.
• Nos estados e nos municípios, não existe o
bicameralismo. Nos estados, o parlamento é exercido nas
Assembleias Legislativas (no caso do Distrito Federal, por
meio da Câmara Distrital – que absorve as funções
legislativas de estado e município). Nos municípios, o
parlamento é exercido nas Câmaras Municipais.
86
BRASIL – PODERES DA REPÚBLICA
O Poder Judiciário
• Cabe ao Poder Judiciário a função de aplicar a lei e
dirimir as disputas e conflitos entre os indivíduos,
entidades e o Estado. Um Judiciário independente, como
já vimos, é imprescindível para que um Estado Moderno
possa cumprir suas funções sem oprimir os indivíduos.
• O STF tem o papel de resguardar e interpretar a
Constituição Federal e julgar ações contra o Presidente
da República e ministros de Estado, além de servir como
última instância do Poder Judiciário em diversas
matérias.
• Seus membros (onze juízes) são indicados pelo
Presidente e aprovados pelo Senado Federal. Estes
devem ter reputação ilibada e notável saber jurídico.
• Além disso, o Judiciário conta com o Conselho Nacional
de Justiça que tem como função o controle da atuação
administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.
87
BRASIL – PODERES DA REPÚBLICA
O Poder Judiciário
Além do STF e CNJ o Poder Judiciário conta com: o Superior
Tribunal de Justiça - STJ, os tribunais Regionais Federais e
os órgãos especializados, como: A Justiça do Trabalho, a
Justiça Militar e a Justiça Eleitoral.
88
BRASIL – PODERES DA REPÚBLICA
O Ministério Público
O Ministério Público é uma instituição dinâmica de garantia
e efetivação de direitos, pois não precisa ser provocado
para atual em prol de sua concretização.
De acordo com a CF/88, o MP tem autonomia funcional e
Administrativa e não está subordinado a nenhum dos
poderes.
o Ministério Público exerce, de certa forma, um controle
externo da Administração Pública, pois ele atua em
denúncias de improbidade administrativa (conduta antiética
que fere ou se distancia dos padrões morais admitidos) de
seus agentes, nas denúncias de crimes cometidos por
autoridades e na defesa de direitos difusos e coletivos.
89
BRASIL – PODERES DA REPÚBLICA
O Ministério Público
Dentre seus instrumentos, podemos citar: o inquérito civil,
a ação de improbidade administrativa e a ação civil pública.
O Ministério Público brasileiro é formado pelos ministérios
públicos estaduais, pelo Ministério Público da União (MPU).
90
Organizações Sociais
De acordo com o PDRAE entende-se por “organizações
sociais” as entidades de direito privado que, por iniciativa
do Poder Executivo, obtêm autorização legislativa para
celebrar contrato de gestão com esse poder, e assim ter
direito à dotação orçamentária.
As organizações sociais terão autonomia financeira e
administrativa. Elas receberão recursos orçamentários,
podendo obter outros ingressos através da prestação de
serviços, doações, legados, financiamentos, etc.”
A OS estão reguladas pela LEI Nº 9.637, DE 15 DE MAIO DE
1998.
91
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
(OSCIP)
As OSCIPs – Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público foram introduzidas pela Lei n° 9.790/99 dentro de
um contexto de busca de uma atuação do Estado em rede e
em parcerias com a sociedade.
Estas devem desempenhar atividades de interesse público
com auxílio do Estado dentro de áreas como:
Assistência social;
Promoção da Cultura, do Patrimônio Histórico e Artístico;
Educação gratuita;
Promoção gratuita da saúde;
Segurança alimentar;
Meio ambiente;
Trabalho voluntário;
Combate à pobreza etc.
92
A diferença principal entre as OSs e as OSCIPs é que
as primeiras recebem delegação para prestar serviços
públicos enquanto as OSCIPs exercem atividade
privada com a ajuda do Estado (Di Pietro, 2007)
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
(OSCIP)
Podem qualificar-se como Organizações da
Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de
direito privado sem fins lucrativos que tenham sido
constituídas e se encontrem em funcionamento regular
há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos
objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos
requisitos instituídos por esta Lei. (Redação dada pela Lei nº
13.019, de 2014).
OS x OSCIPS
93
OS
• Foram idealizadas para
substituir órgãos do Estado,
que seriam extintos e as
atividades "absorvidas" pela
OS.
• Firma um contrato de gestão.
• Qualificação é um ato
discricionário.
• Deve conter em seu conselho
de administração membros
do Poder Público
OSCIP
• Não foram idealizadas para
substituir órgãos do Estado,
• Firma um contrato de
parceria.
• Qualificação é um ato
vinculado.
• Não existe uma exigênciade
participação de membros do
Poder Público.
CONSELHOS
Trata-se de um mecanismo de controle não-
eleitoral, que emprega ferramentas institucionais e não
institucionais (ações legais, participação em instâncias de
monitoramento, denúncias na mídia, etc.) e que se baseia
na ação de múltiplas associações de cidadãos, movimentos,
ou mídia, objetivando expor erros e falhas do governo,
trazer novas questões para a agenda pública ou influenciar
decisões políticas a serem implementadas pelos órgãos
públicos.
94
Os Conselhos de Políticas Públicas são exemplos
desta accountability societal, pois possibilitam a participação 
popular na condução das políticas públicas e, portanto, no 
funcionamento do Estado
Os conselhos apontam para uma nova forma de
atuação de instrumentos de accountability societal, pela
capacidade de colocar tópicos na agenda pública, de controlar
seu desenvolvimento e de monitorar processos de
implementação de políticas e direitos, através de uma
institucionalidade híbrida, composta de representantes do
governo e da sociedade civil.
Entidades do Sistema S - Paraestatais
São entidades privadas, que são criadas através de
autorização legislativa sob a forma de serviços sociais
autônomos. Como alguns exemplos destas entidades,
podemos citar:
Serviço Social da Indústria – SESI;
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC;
Serviço Social do Comércio – SESC;
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI;
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas –
SEBRAE;
Serviço Social do Transporte - SEST;
Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte – SENAT.
Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo –
SESCOOP;
95
Estas paraestatais são financiadas através de
contribuições compulsórias pagas por trabalhadores
sindicalizados, o que é um exemplo de parafiscalidade
tributária.
Como são focadas em um setor específico
(transporte, por exemplo) acabam produzindo benefícios para
estes grupos ou categorias profissionais.
Entidades do Sistema S - Paraestatais
96
• Não pertencem à Administração Pública.
• Podem definir ritos simplificados próprios de licitação, desde
que não contrariem as regras gerais estabelecidas na Lei
8666/93. Desta forma, necessitam sim ter um regulamento
estabelecendo as regras formais e procedimentos
necessários para as compras de produtos e serviços.
• Não são obrigadas por lei a realizar concurso público para
contratar pessoal.
Agências Executivas
As agências executivas foram uma inovação trazida
também pela reforma gerencial de 1995. A ideia seria a de,
através da celebração de um contrato de gestão, fornecer
maior autonomia e flexibilidade de gestão para autarquias e
fundações desde que se comprometessem com
determinadas metas e objetivos pactuados.
De acordo com a Lei 9.649/98, em seu artigo n°51:
“O Poder Executivo poderá qualificar como Agência
Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os
seguintes requisitos:
I – ter um plano estratégico de reestruturação e
de desenvolvimento institucional em andamento;
II – ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo
Ministério supervisor.”
97
Portanto, uma agência executiva é apenas uma
qualificação concedida à uma autarquia ou fundação já
existente, que firme um contrato de gestão possibilitando o
aumento de sua autonomia gerencial, orçamentária e
financeira.
Agências Executivas x Agências Reguladoras
98
QUESTÕES PARA REFLEXÕES E DEBATES
1. Qual a função do poder executivo?
2. Como poder executivo está organizado na composição
do Estado Brasileiro?
3. Qual a função do poder legislativo?
4. Como poder legislativo está organizado na composição
do Estado Brasileiro?
5. Qual a função do poder judiciário?
6. Como poder judiciário está organizado na composição
do Estado Brasileiro?
7. Qual a função do Ministério Público?
8. Como o Ministério Público está estruturado no Estado
Brasileiro?
9. Qual a diferença entre Organização Social e OSCIP?
10.O Que são as entidades paraestatais?
11.O que são as Agências Executivas?
12.Diferencie Agências Executivas x Agências
Reguladoras.
99
GESTÃO PÚBLICA
AULA 13
Transparência Pública. A LRF (Lei 101/2000). 
Governo Eletrônico. O Controle Social. O 
Controle da Administração Pública. Gestão 
para resultados na Gestão Pública. 
Planejamento no setor público: PPA, LDO e 
LOA.
Prof. José Carlos Colares, Me.
profrjosecarlos@gmail.com
UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON
Faculdade Interamericana de Porto Velho
mailto:profrjosecarlos@gmail.com
Transparência Pública
A transparência nas ações governamentais é vistacomo
elemento necessário para que o país possa reduzir as suas
desigualdades, aumentar sua eficiência e atingir o seu pleno
desenvolvimento.
De acordo com Matias-Pereira:
“a transparência do Estado se efetiva por meio
do acesso do cidadão à informação governamental, o que
torna mais democrática as relações entre o Estado e
sociedade civil.”
Ou seja, ser transparente é dar acesso para a
sociedade de todos os atos e decisões públicas. É informar
à sociedade e deixar disponíveis dados e informações que
possibilitem uma análise e eventual crítica da atuação do
Estado.
Mais informado, o cidadão poderá avaliar melhor
as políticas públicas, os diversos governantes e fazer
melhores escolhas quando for votar.
101
Transparência Pública e Governo Eletrônico
Governo eletrônico é a forma pela qual os
governos, de acordo com a ONU, podem usar a internet e a
Web para disponibilizar informação e serviços aos cidadãos.
Já para a OCDE, o governo eletrônico é definido
como o uso das TIC, em particular a internet, como
ferramenta para levar a um melhor governo.
A ideia de governo eletrônico está ligada a duas
dimensões:
• uma relacionada à modernização da administração
pública por meio da utilização destas tecnologias de
informação e comunicação (TIC) e na melhoria dos
processos administrativos;
• a outra dimensão seria ligada ao uso da internet para a
prestação de serviços públicos eletrônicos.
102
Transparência no contexto da LRF
Com a entrada em vigor da Lei de Responsabilidade
Fiscal - LRF, a transparência no Brasil ganhou um grande
impulso. Esta lei veio exigir dos governos diversos
instrumentos de transparência atualmente consagrados,
como o Relatório de Gestão Fiscal - RGF e o Relatório
Resumido de Execução Orçamentária - RREO.
“Art. 48. São instrumentos de transparência da
gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive
em meios eletrônicos de acesso público: os planos,
orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações
de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório
Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão
Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
Parágrafo único. A transparência será assegurada também
mediante:
I – incentivo à participação popular e realização de
audiências públicas, durante os processos de elaboração e
discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e
orçamentos;
II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da
sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas
sobre a execução orçamentária e financeira, em meios
eletrônicos de acesso público;
103
Transparência no contexto da LRF
III – adoção de sistema integrado de administração
financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de
qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao
disposto no art. 48-A.
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do
parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o
acesso a informações referentes a:
I – quanto à despesa: todos os atos praticados
pelas unidades gestoras no decorrer da execução da
despesa, no momento de sua realização, com a
disponibilização mínima dos dados referentes ao número do
correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço
prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do
pagamento e, quando foro caso, ao procedimento
licitatório realizado;
II – quanto à receita: o lançamento e o
recebimento de toda a receita das unidades gestoras,
inclusive referente a recursos extraordinários.
104
Transparência no contexto da LRF
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do
Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o
exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão
técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e
apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
Parágrafo único. A prestação de contas da União
conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências
financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os
empréstimos e financiamentos concedidos com recursos
oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no
caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do
impacto fiscal de suas atividades no exercício.”
105
Controle Social
O controle social, ou popular, se refere à
participação da sociedade como um todo na elaboração,
acompanhamento e monitoramento do poder público. Desta
forma, a própria sociedade exerceria, então, o controle
sobre o Estado.
Neste caso, não estamos nos referindo apenas ao
direito de ter informações sobre os atos do poder público,
mas, além disso, da participação da sociedade na gestão
pública.
“Numa democracia, o controle social é exercido
desde o processo de elaboração das políticas públicas,
por exemplo, mediante consultas e audiências públicas,
até o acompanhamento e monitoramento de sua
execução. Transparência e participação na gestão pública
são fatores determinantes para o controle efetivo da
sociedade sobre a gestão pública.”
106
Controle Social
Dentre as formas de controle social, temos:
A possibilidade de qualquer cidadão denunciar
irregularidades ao Tribunal de Contas;
A possibilidade de qualquer cidadão entrar com uma ação
popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público.
Desta forma, um cidadão qualquer pode entrar com uma
denúncia se considerar que algum agente público está
gerindo mal os recursos públicos, se avaliar que uma obra
pública está superfaturada, etc.;
Obrigação dos entes governamentais de disponibilizar
ao contribuinte as contas públicas;
O orçamento participativo;
As audiências públicas;
Conselhos gestores de políticas públicas;
Os conselhos municipais.
107
O CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
108
Cartografia das redes de corrupção estabelecidas no Brasil de
1987 a 2014 a partir dos escândalos divulgados na
imprensa LUIZ ALVES, PÓS-DOUTORANDO DA USP.
O CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
109
Gestão para resultados na Gestão Pública
De acordo com o modelo de gestão para
resultados, o controle não pode ser mais focado nos
procedimentos. O que devem ser buscados são os
resultados concretos das ações do governo.
O processo de gestão para resultados deve então
direcionar toda a lógica da administração para a definição
de objetivos e metas, além da medição e do controle destes
resultados.
São elementos da gestão para resultados:
1. Estratégia na qual se define os resultados esperados de
um organismo público.
2. Sistemas de informação que permitam monitorar a ação
pública, informar à sociedade, avaliando-a.
3. Promoção da qualidade dos serviços prestados aos
cidadãos, mediante um processo de melhoramento
contínuo.
110
Gestão para resultados na Gestão Pública
Elementos da gestão para resultados:
4. Uma cultura e um conjunto de ferramentas de gestão
orientado à melhora dos resultados no desempenho das
organizações públicas e seus funcionários.
5. Sistemas de contratação de funcionários de gerência
pública, visando aprofundar a responsabilidade, o
compromisso e a capacidade de ação dos mesmos.
6. Sistemas de informação que favoreçam a tomada de
decisões dos que participam destes processos.
111
Gestão para resultados na Gestão Pública
os objetivos da GPR são relacionados a três
dinâmicas:
Disponibilizar mais informações para os gestores públicos,
de forma que estes possam maximizar o processo de criação
de valor público, através do alcance de melhores
resultados;
Contribuir para a melhoria da capacidade das autoridades
e organizações públicas de prestar contas para a sociedade;
Ajudar à alocação descentralizada de objetivos e
responsabilidades bem como à avaliação do desempenho
daqueles que exercem as funções gerenciais – com o
correspondente uso de incentivos e sanções.
112
113
PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO
O planejamento é um dos mais importantes
processos na administração. Sem ele, nenhuma empresa ou
organização consegue prosperar.
CUIDADO
Planejamento é orçamento são diferentes
O planejamento exige o “pensar novo”. Exige 
sonhar. 
Aqui precisam estar os objetivos para serem 
realizados em curto, médio e longo prazo.
O orçamento é uma estimativa da receitas e 
despesas públicas. 
PERGUNTA-SE:
As organizações públicas focam mais o 
orçamento ou o planejamento?
Por quê?
114
PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO
O planejamento proporciona, assim, aos
gestores uma capacidade de “pensar o todo”, e não
somente ficar “apagando incêndios”. A ideia é não
ficar preso ao curto prazo e também analisar as
possibilidades e ameaças futuras.
REPONDA RÁPIDO:
Na sua organização, existe mais a técnica do 
planejamento ou a tática “APAGAR INCÊNDIO” ???
115
PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO
Principais vantagens do Planejamento:
• Dar um norte para a empresa (organização).
• Ajuda a focar esforços.
• Define parâmetros de controle.
• Ajuda na motivação e no comprometimento.
• Ajuda no autoconhecimento da organização.
• Permite medir resultados
116
PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO
ETAPAS DO PLANEJAMENTO
117
PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO
NÍVEIS DO PLANEJAMENTO
Define “o que” 
vai fazer
Define “como” 
vai fazer
Define 
“quem” vai 
fazer
O planejamento estratégico deve dar as
diretrizes que permitirão os seus membros
tomar as decisões apropriadas na alocação de
pessoas e recursos de modo que os objetivos
estratégicos sejam alcançados9.
118
PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO
ETAPAS DO PLANEJAMENTO
A participação efetiva de todos os setores e 
de todas as pessoas em todas as fases do 
Planejamento é essencial para o sucesso do 
evento. 
119
PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO
120
PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO
O planejamento tem cinco características
principais:
• O planejamento estratégico está relacionado
com a adaptação da organização a um
ambiente mutável.
• O planejamento estratégico é orientado para o futuro.
• O planejamento estratégico é compreensivo.
• O planejamento estratégico é um processo de
construção de consenso.
• O planejamento estratégico é uma forma de
aprendizagem organizacional.
Base Legal CF/88
Art. 174, que diz: Como agente normativo
e regulador da atividade econômica, o
Estado exercerá, na forma da lei, as
funções de.....planejamento, sendo este
determinante para o setor público e
indicativo para o setor privado.
Art. 165: apresenta os instrumentos de
planejamento: PPA, LDO e LOA.
Planejamento Público
É a definição de objetivos e o 
estabelecimento dos meios 
para atingi-los
Exigências Atuais
✓ Participação Social
Fundamentos: Art. 1º da CF/88 - Estado Democrático de Direitos
Art. 48, Parágrafo único da LRF - participação popular na elaboração e
discussão dos planos e orçamentos
✓ Ênfase nas Realizações e Resultados
Fundamento: Orçamento Moderno - ênfase nos fins (sociedade) e não nos meios
(administração)
✓ Deve Refletir a Realidade
Fundamentos: LRF (princípio do equilíbrio das contas públicas e metas realistas)
IN nº 09/2003 do TCE-RO (reflexos das demandas sociais e metas
realistas)
✓Requer setores estruturados, com quadro de pessoal suficiente e 
capacitado.
Planejamento / Orçamento Público
Instrumentos Fundamentais de Planejamento/Orçamento:
PPA, LDO e LOA (Art. 165, I, II e III da CF)
PPA
PPA
Conjunto de 
Programas 
p/ 4 anos
LDO
Priorizaçãoanual dos 
programas
Metas Fiscais
Orçamento 
Anual
Alocação de 
recursos para 
execução dos 
programas
Planejamento / Orçamento Público
Peças de Planejamento e 
Orçamento na CF/88
(Art. 165, I, II e III)
PPA
A lei que instituir o Plano
Plurianual estabelecerá, de
forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas
da administração pública
federal para as despesas de
capital e outras delas
decorrentes e para as
relativas aos programas de
duração continuada. (Art.
165, §1º)
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO
Conteúdo Básico
http://1.bp.blogspot.com/-gxktaJi4hmw/TZ9Ux1sVtUI/AAAAAAAAACg/UHgiId7i2Gg/s1600/capa+CF.gif
Peças de Planejamento e 
Orçamento na CF/88
(Art. 165, I, II e III)
LDO
A lei de diretrizes orçamentárias
compreenderá as metas e
prioridades da administração
Pública federal, incluindo as
despesas de capital para o
exercício financeiro
subseqüente, orientará a
elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as
alterações na legislação
tributária (....). (Art.. 165, §2º).
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO
Conteúdo Básico
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Peças de Planejamento e 
Orçamento na CF/88
(Art. 165, I, II e III)
LOA
A lei orçamentária anual
compreenderá: I - o
orçamento fiscal dos
Poderes, órgãos e demais
entidades da administração
direta e indireta; II - o
orçamento de investimento
das empresas III - o
orçamento da seguridade
social. (Art.165,§5º).
PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO
Conteúdo Básico
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127
PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO
O GRANDE PROBLEMA DO PLANEJAMENTO
A Administração confunde o planejamento
com um simples documento bem elaborado e
deixa de lado a Gestão Estratégica.
“Planejamento feito de forma puramente instrumental, 
como uma receita de bolo.”
“Nos EUA, quando saímos para jantar, temos que 
planejar o cartão de crédito que iremos utilizar, o 
restaurante aonde vamos, o filme, o carro que vai ser 
usado. 
No Brasil, a gente se reúne e, quando chegamos lá, 
decidimos o que fazer".
GESTÃO PÚBLICA
AULA 14
Prof. José Carlos Colares, Me.
profrjosecarlos@gmail.com
UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON
Faculdade Interamericana de Porto Velho
AVALIAÇÃO PARCIAL B2
11/11/2018
(sujeita a alteração)
mailto:profrjosecarlos@gmail.com
GESTÃO PÚBLICA
AULA 15
Prof. José Carlos Colares, Me.
profrjosecarlos@gmail.com
UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON
Faculdade Interamericana de Porto Velho
AVALIAÇÃO OFICIAL B1
25/11/2018
(sujeita a alteração)
mailto:profrjosecarlos@gmail.com
GESTÃO PÚBLICA
AULA 16
Prof. José Carlos Colares, Me.
profrjosecarlos@gmail.com
UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON
Faculdade Interamericana de Porto Velho
Leitura do Artigo “
A IMPORTÂNCIA DO 
PLANEJAMENTO
PARA A GESTÃO PÚBLICA”
mailto:profrjosecarlos@gmail.com
GESTÃO PÚBLICA
AULA 17
Prof. José Carlos Colares, Me.
profrjosecarlos@gmail.com
UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON
Faculdade Interamericana de Porto Velho
AVALIAÇÃO DE 2ª CHAMADA
02/12/2018 (previsão)
mailto:profrjosecarlos@gmail.com
GESTÃO PÚBLICA
AULA 18
Discussão dos resultados das avaliações e 
assistência sobre dúvidas.
Prof. José Carlos Colares, Me.
profrjosecarlos@gmail.com
UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON
Faculdade Interamericana de Porto Velho
mailto:profrjosecarlos@gmail.com
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE. Brasília:
Presidência da República, 1995.
BRESSER PEREIRA. Luiz Carlos. Do Estado Patrimonial ao Gerencial. In: W. e.
Pinheiro, Brasil: um século de transformações (pp. 222-259). São Paulo: Cia
das Letras, 2001.
GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas, a teoria na prática. Porto Alegre:
2000.
MATIAS-PEREIRA. J. (2009). Curso de Administração Pública: foco nas
instituições e ações governamentais (2° ed.). São Paulo: Atlas.
MATTOS, Paulo Todescan Lessa. A Formação Do Estado Regulador. Novos
Estudos. - CEBRAP n.76. São Paulo Nov. 2006.
RENNÓ. Rodrigo. Apostila Estratégia Concursos. Administração Pública p/
TCU-2015 - Auditoria Governamental, 2015.
WEBER. Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo:
Companhia das Letras, 2004.
WEBER, M. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva
(4° ed.). Brasília: UNB, 2000.
133

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