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GESTÃO PÚBLICA APOSTILA DE MATERIAL DE APOIO Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho mailto:profrjosecarlos@gmail.com Facilitador: Professor Msc. José Carlos Colares Experiência acadêmica: Doutorando em Administração – UnLam (Arg) Mestre em Administração pela Universidade Federal de RO – Unir Especialista em Gestão Pública pela Universidade Luterana do Brasil Graduado em Administração pela Universidade Federal de RO – Unir Experiência Profissional: Diretor de Recursos Humanos do Tribunal de Justiça de Rondônia Chefe de Recursos Humanos do Ministério Público de Rondônia Assessor de Planejamento e Gestão do Ministério Público – RO. Atuação Profissional (Atual): Formado em Lifecoach pela Linecoahcing – Executivo e Personal Coaching Curitiba/PR. Especialização em Lifecoach (Faculdade Profissional – Curitiba/PR). Coach APG Sênior Amana Key. São Paulo/Cotia. Palestrante e Consultor Empresarial Professor de Ensino Superior (Graduação e Pós-Graduação) Avaliador de Cursos Superiores do Ministério da Educação Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas – TCE-RO CONTATOS: E-mail: profrjosecarlos@gmail.com 2 GESTÃO PÚBLICA AULA 1 Breves considerações sobre a teoria das organizações. Principais abordagens, variáveis básicas e evolução da teoria. Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho mailto:profrjosecarlos@gmail.com BREVES CONSIDERAÇÃO SOBRE A TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES Para Weber, toda organização é uma estrutura sistêmica, um grupo organizado e estável de meios adequados a fins. Assim, as pessoas orientem suas ações para uma ordem semelhante, uma vez que seus desempenhos individuais são guiados por normas coletivas e legitimadas. 4 As variáveis básicas da Administração TAREFAS PESSOAS TECNO- LOGIA AMBIENTE ESTRUTURA ORGANIZAÇÃO 5 A evolução da Teoria das Organizações ANO TEORIA ÊNFASE HOMEM 1903 ADM. CIENTÍFICA TAREFAS ECONOMICUS 1916 CLÁSSICA ESTRUTURA ECONOMICUS 1932 RELAÇÕES HUMANAS PESSOAS SOCIALIS 1947 BUROCRACIA E ESTRUTURALISTA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 1951 CIBERNÉTICA E SISTEMAS AMBIENTE RACIONAL 1954 NEOCLÁSSICA ESTRUTURA ECONOMICUS-SOCIAL 1957 COMPORTAMENTAL PESSOAS ADMINISTRATIVO 1972 CONTINGÊNCIA AMBIENTE E TECNOLOGIA COMPLEXUS 1982 NEO- SCHUMPETERIANA TECNOLOGIA DIGITALIS 2000 CAOS TECNOLOGIA CONEXUS 6 Evolução da Gestão x Pessoas nas organizações Economicus Social Administrativo Complexus Conexus Digitalis Organizacional 7 TAREFAS PESSOAS TECNO- LOGIA AMBIENTE ESTRUTURA ORGANIZAÇÃO As variáveis básicas da Administração PANORAMA HISTORICO DO MODELO DE GESTÃO BRASILEIRO E SUAS CONSEQUÊNCIAS Questões para fixação 9 1. As teorias da administração surgiram para dar eficiência às organizações. Após a leitura do artigo sobre a Teoria das Organizações e a Evolução do Pensamento Científico, explique sucintamente a contribuição de cada uma no contexto de sua evolução. 2. É importante para o gestor público conhecer a Teoria das Organizações? Explique. GESTÃO PÚBLICA AULA 2 Administração, gerenciamento e gestão. Governabilidade e governança pública. Administração Pública x Gestão pública. Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho mailto:profrjosecarlos@gmail.com Administração Trata dos problemas típicos das empresas, como os recursos financeiros, recursos patrimoniais e recursos (ou talentos) humanos. É a responsável pela criação de um ambiente favorável. Palavras correspondentes: administrar, administrador. Gerenciamento Trata de níveis específicos da organização, como departamentos ou divisões (marketing, produção etc.) ou projetos. Palavras correspondentes: gerenciar, gerente. Gestão Trata de níveis especializados tanto no que diz respeito à administração quanto ao gerenciamento. Por exemplo, em projetos, temos a gestão dos custos, gestão da qualidade, gestão dos riscos etc. Palavras correspondentes: gerir, gestor. ADMINISTRAÇÃO GERÊNCIA GESTÃO 11 GOVERNABILIDADE & GOVERNANÇA são termos muito confundidos pois são conceitos entrelaçados e conexos. Já a governança está relacionada com a gestão dos recursos e com a capacidade deste governo de implementar as políticas públicas, ou seja, sua capacidade gerencial, técnica e financeira. O conceito de governabilidade é mais relacionado à capacidade política de governar, ou seja, às condições de um governo de se legitimar perante a sociedade como um todo. É um termo ligado ao próprio exercício do poder e às condições materiais que devem existir para que um governo consiga exercer suas funções. Se um governo conta com apoio da sociedade como um todo para governar, ele tem governabilidade. A governabilidade insere-se então nos aspectos políticos do Estado: as relações entre os poderes, os sistemas partidários, a forma de governo, etc. De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), o governo brasileiro não carece de governabilidade, mas de governança. FIQUE ATENTO! Governabilidade está ligada à estrutura do Estado. Governança, à capacidade de geri-lo. 12 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA X GESTÃO PÚBLICA DIFERENÇAS BÁSICAS CONCEITUAIS A administração pública abrange o conjunto das pessoas coletivas públicas e também os órgãos que exercem atividades administrativas, sempre em nome do interesse coletivo. De acordo com Meirelles (2004, p. 64), o conceito de administração: Em sentido formal, a Administração Pública, é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo. Em sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços do próprio Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. 13 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA X GESTÃO PÚBLICA DIFERENÇAS BÁSICAS CONCEITUAIS A Gestão Pública se incumbe da organização, processo decisório de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas de competência do Estado. Esta é gerida por um corpo de recursos humanos contratados pelo Estado com tal finalidade, conduzidos por um núcleo político eleito para assumir os governos de cada esfera administrativa. 14 ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO PÚBLICA DIFERENÇAS BÁSICAS CONCEITUAIS Ao pensar a gestão pública é importante diferenciar Estado, governos, aparelho de Estado e Instituições do Estado. Estado – Entidade maior que estrutura uma nação; Governo – São núcleos de representantes eleitos para executar tarefas concernentes às funções públicas; Aparelho de Estado – Organizações, compostas de estruturas administrativa de carreira ou não que são incumbidas dos processos concernentes às funções públicas; Instituições – Princípios e Regras estabelecidos que determinam/normatizam o comportamento das organizações e agentes (Constituições, Leis, Portarias, Estatutos, além das regras informais). 15 16 Questões para fixação 1.Quais as diferenças entre administração, gerenciamento e gestão? 2.Pontue a diferença entre governabilidade e governança. 3.Conceitue administração pública no sentido formal e material Exemplifique. 4.Conceitue Gestão Pública. 5. Conceitua Estado, Governo, Aparelho de Estado e Instituições. 6.O Prefeito da Cidade perdeu o apoio da população de sua cidade e sua relação com a Câmara de Vereadores está deteriorada, estando prestes a sofrer um processo de Impeachment. Neste caso, pode-se dizer que o Poder Executivo perdeu a capacidade de governança? Discuta com seu grupo e explique. GESTÃO PÚBLICA AULA 3 Estrutura do Estado Brasileiro. A estrutura na CF/88. A divisão dos poderes. O Sistema de freios e contra-pesos. O Aparelhamentodo Estado (Administração Direta e Indireta). Formas de atuação do Estado. Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho mailto:profrjosecarlos@gmail.com ESTRUTURA DO ESTADO BRASILEIRO CF, Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. • Responsabilidades compartilhadas entre governos locais, regionais e nacional. • Soberania nacional expressa na Constituição Federal. • Descentralização e autonomia administrativa e financeira de estados e municípios. 18 ESTRUTURA DO ESTADO BRASILEIRO 19 DIVISÃO DOS PODERES FUNÇÕES TÍPICAS FUNÇÕES ATÍPICASPODERES ADMINISTRAR E EXECUTAR AS LEIS Judicar: Processo ADM. Legilsar: MP ou Lei Delegada EXECUTIVO LEGISLAR E FISCALIZAR Judicar: Julga autoridades por crime de responsabilidade. Administrar LEGISLATIVO JURISDIÇÃO Legislar: Regimento Intenro. Administrar JUDICIÁRIO Lei delegada (vide artigos 59, IV e 68 da CF/88. Sujeita-se à aprovação pelo legislativo. Algumas matérias não podem ser objeto de delegação (atos de competência exclusiva do Congresso Nacional). É lei Ordinária. A última foi editada em 1992. 20 O SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS Legislativo aprova leis que controlam o Executivo e o Judiciário Executivo pode vetar o que foi aprovado pelo Legislativo que pode rejeitar esse veto. Executivo escolhe os membros do Supremo Tribunal controlando o Judiciário, o Legislativo aprova esses nomes controlando o Executivo e o Judiciário. Judiciário julga a aplicação das leis, podendo, suspender a execução delas. 21 APARELHAMENTO DO ESTADO Administração Direta (AD): é o conjunto de órgãos integrados na estrutura central de cada poder das Entidades Estatais (U, E, DF e M), sendo portanto, a gestão de serviços públicos imputadas às referidas Entidades Estatais, por não possuírem Personalidade Jurídica. Administração direta – Órgãos e Unidades da Administração Pública como Ministérios, Secretarias, Departamentos, entre outros. 22 Administração Indireta (AI): é o conjunto de entidades (com personalidade jurídica) que vinculados a um órgão da Administração Direta, prestam serviço público ou de interesse público. Autarquias, Fundações, Empresas Públicas. 23 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA O art. 37, inciso XIX, da CF/88 preceitua que: “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar neste último caso, definir as áreas de sua atuação”. No mesmo artigo, em seu inciso XX, a CF/88 reza que: ”depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada” CONSÓRCIOS PÚBLICOS Os consórcios públicos criados com personalidade jurídica de direito público se apresentam como associação pública, devido a alteração do artigo 41, inciso IV, do Código Civil de 2002, in verbis: Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: IV - as autarquias, inclusive as associações públicas. Com isso, o legislador, ao alterar a redação do citado artigo, colocando a expressão “inclusive”, quis equiparar as associações públicas com as autarquias. 24 FORMAS DE ATUAÇÃO DO ESTADO Direta – Prestação direta de serviços públicos por meio de órgãos da administração direta ou indireta. Indireta – Contratação de serviços públicos para serem prestados à população por meio de concessionários, organizações sociais, empresas privadas, entre outros. Regulação – Controle de setores do mercado com a função de garantir equilíbrio, isonomia e bem-estar social. 25 26 Questões para fixação 1.Os órgãos da Administração Indireta, por seu vínculo estratégico estão subordinados à Administração Direta. Discuta e explique. 2.A administração pública é exercida de forma direta e indireta, praticando funções típicas e atípicas. Dê exemplo de como essas funções são típica e atipicamente exercidas. 3.Explique como funciona o sistema de freios e contra- pesos. 4.Desenhe e explique como está organizada a administração direta e indireta. 5.O que são os consórcios públicos? 6.Como ocorre a forma de atuação do Estado Brasileiro na modalidade de regulação? GESTÃO PÚBLICA AULA 4 Evolução histórica do Estado e da Gestão Pública: Patrimonialismo, o modelo burocrático e a administração gerencial. Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho mailto:profrjosecarlos@gmail.com EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA Em todo Estado, existe alguma relação de dominação na qual os governantes (dominadores) exercem autoridade perante os indivíduos (dominados). Para Weber, existem três tipos de dominação: ✓ Dominação Tradicional – Baseia-se na tradição, nos costumes arraigados, nos relacionamentos construídos por gerações. O “senhor” governa não porque tenha algum mérito ou competência específica, mas porque seu pai governava antes dele, e antes dele seu avô, etc. ✓ Dominação Carismática – Baseada no carisma de uma pessoa. Acredita-se que aquele indivíduo possui qualidades e características extraordinárias, fora do comum, que o credenciam a liderar seus “súditos” ou “seguidores”. Estes lhe conferem um afeto e uma lealdade muitas vezes “cegos”. ✓ Dominação Racional-legal – Baseada na lei! Nesse tipo de dominação, não seguimos um indivíduo, mas devemos obediência a uma série de normas e regulamentos. A Burocracia moderna baseia-se na dominação racional- legal. 28 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA PATRIMONIALISMO O modelo patrimonialista foi introduzido no Brasil pela própria administração portuguesa do qual herdamos o modo de administrar. Neste sistema, existe uma confusão natural entre os bens públicos e particulares, pois o Rei (ou chefe político) não diferencia seu patrimônio particular do estatal. Portanto, a base de sua dominação é a tradição! O governante trata dos assuntos do Estado como se fosse uma extensão de sua vida pessoal. Neste modelo, a posse em cargos públicos acontecia por livre nomeação do soberano. Desta forma, estes cargos eram direcionados a amigos e parentes. Assim, não existiam carreiras organizadas e profissionalizadas no estado. Portanto, uma característica forte deste modelo é o nepotismo e a corrupção. No modelo Patrimonialista, o governante não separa o patrimônio público do privado! 29 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA PATRIMONIALISMO Principais características: 30 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA O termo “burocracia” é derivado do termo francês “bureau” (significa escritório) e do termo grego “kratia”, que se relaciona a poder ou regra. Desta forma, a burocracia seria um modelo em que o “escritório” ou os servidores públicos de carreira seriam os detentores do poder. ORIGENS DA BUROCRACIA O modelo Burocrático, inspirado por Max Weber, veio para suprir a necessidade de impor uma administração adequada aos novos desafios do Estado moderno, com o objetivo de combater o nepotismo e a corrupção. 31 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA Características principais da Burocracia: Formalidade – a autoridade deriva de um conjunto de normas e leis, expressamente escritas e detalhadas. O poder do chefe é restrito aos objetivos propostos pela organização e somente é exercido no ambiente de trabalho - não na vida privada. As comunicações internas e externas também são todas padronizadas e formais. Impessoalidade – Os direitos e deveres são estabelecidos em normas. As regras são aplicadas de forma igual a todos, conforme seu cargoem função na organização. Segundo Weber, a Burocracia deve evitar lidar com elementos humanos, como a raiva, o ódio, o amor, ou seja, as emoções e as irracionalidades. As pessoas devem ser promovidas por mérito, e não por ligações afetivas. O poder é ligado não às pessoas, mas aos cargos – só se tem o poder em decorrência de estar ocupando um cargo. Profissionalização – As organizações são comandadas por especialistas, remunerados em dinheiro (e não em honrarias, títulos de nobreza, sinecuras, prebendas, etc.), contratados pelo seu mérito e seu conhecimento (e não por alguma relação afetiva ou emocional). 32 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA O modelo burocrático, que se caracterizou pela meritocracia na forma de ingresso nas carreiras públicas, mediante concursos públicos, buscou eliminar o hábito arraigado do modelo patrimonialista de ocupar espaço no aparelho do Estado através de trocas de cargos públicos por favores pessoais ao soberano.] Desta forma, o que se busca é a profissionalização do servidor público, sua especialização. 33 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA VANTAGENS E DESVANTAGENS DA BUROCRACIA 34 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA Trecho do importante documento chamado de Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, de 1995: “A administração pública brasileira, embora marcada pela cultura burocrática e regida pelo princípio do mérito profissional, não chegou a se consolidar, no conjunto, como uma burocracia profissional nos moldes weberianos. Formaram-se grupos de reconhecida competência, como é o caso das carreiras acima descritas, bem como em áreas da administração indireta, mas os concursos jamais foram rotinizados e o valor de sua remuneração real variou intensamente em função de políticas salariais instáveis. Os instrumentos de seleção, avaliação, promoção e treinamento que deram suporte a esse modelo estão superados.” 35 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL Antecedentes: • Crise de Petróleo (73 e 79). • Dificuldades do governo em manter o Welfare State. • Crise fiscal e necessidade de reduzir os gastos públicos. • A declínio do modelo essencialmente burocrático. O novo direcionamento: • Necessidade de um modelo mais avançado de gestão. • Trazer a eficiência do setor privado para o setor público: SURGE O GERENCIALISMO 36 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL Objetivos do modelo gerencial, de acordo com o PDRAE: ATENÇÃO: A administração gerencial não é uma negação da Burocracia já que ela mantém diversas características, como a meritocracia, a avaliação de desempenho, a noção de carreira, entre outras. Uma das principais diferenças está na função controle, que deixa de ser efetuado com base em processos e procedimentos (anterior) para ser efetuado com base em resultados (posterior) 37 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL Trecho do importante documento chamado de Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, de 1995: “A administração pública gerencial constitui um avanço e até um certo ponto um rompimento com a administração pública burocrática. Isto não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a administração pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados, e não na rigorosa profissionalização da administração da administração pública, que continua um princípio fundamental.” 38 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL De acordo com Bresser Pereira (2001), a Burocracia tem uma mentalidade de desconfiança total em relação aos servidores públicos e que se deveria ter um grau de confiança limitado: “Algumas características básicas definem a administração pública gerencial. É orientada para o cidadão e para a obtenção de resultados; pressupõe que os políticos e os funcionários públicos são merecedores de um grau real ainda que limitado de confiança.” A Administração Gerencial não abandonou todos estes princípios do modelo burocrático, mas sim os incorporou ao modelo gerencial. Portanto, o modelo gerencial é uma ruptura somente com alguns aspectos da burocracia (o formalismo, por exemplo), mas podemos dizer que “se apoia” em vários de seus princípios (profissionalização, meritocracia, etc.). 39 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL Bresser Pereira (2001) enfatiza: “A administração pública gerencial, por sua vez, assume que se deve combater o nepotismo e a corrupção, mas que, para isto, não são necessários procedimentos rígidos. Podem ter sido necessários quando dominavam os valores patrimonialistas; mas não o são hoje, quando já existe uma rejeição universal a que se confundam os patrimônios público e privado. Por outro lado, emergiram novas modalidades de apropriação da respublica pelo interesse privado, que não podem ser evitadas pelo recurso aos métodos burocráticos. 40 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL Bresser Pereira (2001) enfatiza: Rent-seeking é quase sempre um modo mais sutil e sofisticado de se apropriar do Estado e exige que se usem novas contra-estratégias. A administração gerencial — a descentralização, a delegação de autoridade e de responsabilidade ao gestor público, o rígido controle sobre o desempenho, aferido mediante indicadores acordados e definidos por contrato — além de ser uma forma muito mais eficiente para gerir o Estado, envolve estratégias muito mais efetivas na luta contra as novas modalidades de locupletação do Estado.” “Rentseeking, quer dizer busca de rendas, é definido como a atividade de indivíduos e grupos de buscar “rendas” extramercado para si próprio através do controle do Estado.” 41 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL: Características: Outras características marcantes do novo modelo gerencial são: • a demanda por maior autonomia aos gestores públicos (financeira, material e de recursos humanos); • a definição clara de quais serão os objetivos que os gestores devem buscar; • a descentralização, o incentivo à inovação, a maior flexibilidade; • a preocupação com as necessidades dos “clientes”; • o foco na qualidade; e • uma estrutura hierárquica mais achatada e flexível.42 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL Os três momentos da Administração Gerencial: 1º O gerencialismo puro (ou managerialism); 2º O “consumerism”; e 3º O PSO - “Public Service Orientation”. 43 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL 1º O gerencialismo puro (ou managerialism); • 1979 – Inglaterra (M. Tatcher). Objetivo: Devolver ao Estado a condição de investir através da redução de custos(despesas gerais e com pessoal) e do aumento da eficiência. Finalidade: Melhorar as finanças e a produtividade dos órgãos públicos. Medidas adotadas: • privatização, a desregulamentação, a redução de cargos públicos, a definição clara dos objetivos de cada setor; e • outras com o intuito de reduzir os gastos. O movimento ficou conhecido como “rolling back the state”, algo como “retração da máquina estatal” (ou diminuição do Estado). 44 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL 1º O gerencialismo puro (ou managerialism); Assim, é implantada aos poucos uma administração voltada para os resultados, com uma maior flexibilidade e descentralizaçãodos gestores públicos, em vista a um ganho esperado de eficiência. Após os primeiros resultados, viu-se que o setor público não deveria apenas se preocupar com a eficiência, mas principalmente com a efetividade. 45 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL 1º O gerencialismo puro (ou managerialism); PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: • Descentralização do aparelho de Estado, que separou as atividades de planejamento e execução do governo e transformou as políticas públicas em monopólio dos ministérios; • Privatização das estatais ineficientes, desnecessários ou deficitárias; • Terceirização dos serviços públicos; • Regulação estatal das atividades públicas conduzidas pelo setor privado; • Uso de ideias e ferramentas gerenciais advindas do setor privado. ATENÇÃO: modelo gerencial não busca “copiar” as práticas do setor privado, mas sim adaptar estas ferramentas para o setor público! 46 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL 2º O “consumerism”; O gerencialismo puro recebeu muitas críticas. faltava era a visão de que os serviços deveriam ser prestados com qualidade e com foco nas necessidades dos “clientes” e não nas necessidades da máquina pública. Esta nova visão não renega os princípios do gerencialismo puro, mas acrescenta outras variáveis e prioridades. É o início do que chamamos de “paradigma do cliente” na administração pública. A preocupação deixa somente de ser com custos e produtividade para ser voltada a “fazer melhor” – entregar serviços de qualidade para a sociedade. 47 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL 2º O “consumerism”; Objetivo: Melhorar os serviços entregues à população, através da qualidade. Medidas adotadas: • descentralização do processo decisório. A ideia é delegar poderes para quem está efetivamente envolvido na prestação do serviço ao “cliente”. Ao dar liberdade e autonomia para o servidor público que está lidando com o problema diretamente, sem necessitar “passar” esta informação a um superior e esperar sua resposta, aumentam-se as chances da organização responder ao problema de forma mais acertada concedendo maior celeridade às decisões. • Quebra do monopólio na prestação de serviços dentro da máquina pública: Tentativa de criar competitividade no setor público, gerando alternativa ao cliente. Um exemplo: Criar escolas próximas e estimular a competição entre elas. 48 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL 2º O “consumerism”; Críticas ao modelo: As principais críticas direcionadas ao Consumerism vieram exatamente do problema de se considerar o cidadão um simples cliente, pois apesar de ser uma evolução do que existia antigamente, não se adapta ao real relacionamento que deve existir entre o Estado e seus cidadãos. O termo cliente traz a noção de tratamento diferenciado aos que realmente utilizam os serviços públicos, enquanto o Estado deve ser isonômico! Assim sendo, o bordão comum no setor privado (“o cliente sempre tem razão”) não se aplica no setor público, e no relacionamento entre o Estado e o cidadão devem existir direitos e deveres. Não dá pra ter um cliente público como “cliente Vip” 49 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL 3º O PSO - “Public Service Orientation”. Com o PSO, que é a versão atual ou mais moderna da Nova Gestão Pública (ou NPM), entra a noção de tratamento não somente como “cliente”, mas como cidadão – uma noção mais ampla do que a de cliente, com direitos e deveres. Princípios: equidade, a justiça, a transparência, a accountability, bem como a participação popular. Medida principal: • A descentralização no PSO não é vista somente como uma maneira de melhorar os serviços prestados, mas como um meio de possibilitar a participação popular, criando-se uma arena que aumente a participação política dos cidadãos. Portanto, a visão atual é a de que o Estado deve não só prestar serviços de qualidade e tratar bem seus cidadãos, mas que deve proporcionar meios que possibilitem a cobrança de resultados e a participação destes cidadãos nas políticas públicas, de modo que o cidadão deixe de ser passivo diante do Estado para uma postura mais ativa. 50 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA 51 52 Questões para fixação 1.Fale sobre os 3 tipos de denominação caracterizados por Weber. 2.Conceitue o modelo Patrimonialista. 3.Fale sobre o modelo de Estado Burocrático. 4.Explique o que é o gerencialismo. 5.Fale sobre os três momentos da Administração Gerencial: 1º O gerencialismo puro (ou managerialism); 2º O “consumerism”; e 3º O PSO - “Public Service Orientation”. GESTÃO PÚBLICA AULA 5 Palestra sobre o dia do Administrador. Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho mailto:profrjosecarlos@gmail.com GESTÃO PÚBLICA AULA 6 O Estado liberal. O Estado do bem- estar social. O Estado regulador. Leitura “do estado social ao estado Regulador”. Debates e Resumo de Artigo. Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho mailto:profrjosecarlos@gmail.com EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA O ESTADO LIBERAL O Estado liberal foi uma resposta ao Estado absoluto presente nas monarquias europeias, em que o soberano tinha total poder sobre a população. Neste tipo de Estado, o objetivo primordial é a liberdade (daí seu nome). Assim, este modelo parte do princípio de que se as pessoas tiverem liberdade para seguir “seu próprio caminho” tomarão as melhores decisões e poderão maximizar seus resultados. Este modelo, que vigorou no mundo até, aproximadamente, o final do século XIX teve muito sucesso em fomentar o crescimento econômico, mas criou um contexto de crescente desigualdade. Estas desigualdades insuflaram muitos conflitos nas indústrias e principais cidades. A resposta do Estado foi uma transformação para o Estado do Bem-estar Social. 55 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA O ESTADO DO BEM ESTAR SOCIAL O Estado do Bem-estar Social, também conhecido como Estado Social, marcou um desdobramento dos problemas ocorridos dentro do Estado Liberal. Basicamente, a ideia por trás do Estado de Bem-estar Social é a de que diminuir as desigualdades econômicas e sociais entre os indivíduos. A preocupação com a liberdade aos poucos abre espaço para a preocupação com a igualdade. O coletivo passa a ter predominância ao individual. De certa forma, o principal conceito atrelado ao Estado Social é o de que todas as pessoas devem ter acesso a uma série de serviços, sendo o Estado o garantidor deste fornecimento. Assim, estes serviços englobariam desde a educação para todos, o atendimento médico, o seguro desemprego, uma renda mínima (como o Programa Bolsa-Família) etc. 56 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA O ESTADO DO BEM ESTAR SOCIAL • Início (no Brasil): Era Vargas (direitos trabalhistas e sociais). Cidadania regulada. Seguro-desemprego, licenças maternidade, programas de renda mínima etc. • CF/88: momento em que a maioria dos direitos sociais passa a ter um direcionamento universal. Crise do WELFARE STATE brasileiro: • Crise de Petróleo (década de 70). • Impossibilidade de manter os gastos públicos para sustentar todo o sistema de proteção social. • Impossibilidade de manter empresas estatais (sem dinheiro para investir). Com esse cenário, muitos Estados iniciaram um conjunto de reformas pró-mercado, que muitos autores identificam como neoliberais. Estas reformas buscaram transferir para o mercado diversos setores antes administrados pelo Estado (como o caso da telefonia e da siderurgia no Brasil) buscando um aumento de eficiência destes mercados e uma recuperação da situação fiscaldestes governos. 57 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA O ESTADO REGULADOR • Reorientação das prioridades (não tinha mais condições de manter o modelo de Bem-estar Social, nem capacidade financeira de sustentar os serviços públicos). • No Brasil: (Programa Nacional de Desestatização, de 1990). Porém. muitas empresas atuavam em áreas em que o Estado era anteriormente monopolista ou que prestavam serviços públicos, como o abastecimento de água, de luz, e o setor de telecomunicações. • O Estado deixa de ser o Estado provedor ou produtor para entrar em outro modelo: o Estado regulador. Se não iria mais executar o trabalho diretamente, o Estado deveria acompanhar o trabalho destes novos operadores privados, para que a qualidade do serviço efetivamente melhorasse e que as margens de lucro fossem mantidas em níveis razoáveis. 58 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO E DA GESTÃO PÚBLICA O ESTADO REGULADOR • O Estado instituiu normas e regulamentos que limitem as externalidades negativas (como a poluição), garantam a qualidade e propiciem um ambiente que favoreça os investimentos privados. O Estado como regulador de um setor deve buscar o equilíbrio entre os diversos atores que atuam, desde empresas até os consumidores. Ou seja, as Agências Reguladoras devem equilibrar os interesses privados (respeito aos contratos, estabilidade de regras, lucratividade etc.) com os interesses públicos (universalização do serviço, preços adequados, aumento dos investimentos, etc.). 59 QUESTÕES PARA REFLEXÕES E DEBATES Analise as afirmações abaixo e discuta com seu grupo. 1. “O modelo da administração pública patrimonialista foi o primeiro esforço do Estado em cuidar do patrimônio público, mediante a criação de mecanismos de controle e de preservação do uso indevido dos bens do Estado pelos servidores”. 2. Uma desvantagem do modelo de administração pública burocrática é a grande pessoalidade existente nas relações entre chefia e subordinados. 3. De acordo com o modelo patrimonialista, o gestor público deve ter autonomia para gerir os recursos humanos, materiais e financeiros colocados à sua disposição, a fim de que os objetivos contratados e a finalidade pública sejam atingidos. 4. Uma organização pública que adota os pressupostos da administração burocrática busca combater o nepotismo na instituição. 5. Uma das características da administração pública patrimonialista é a ausência de carreiras administrativas definidas em sua estrutura organizacional. 60 QUESTÕES PARA DEBATER IDEIAS Discutir ideias para implantaras bases da Administração gerencial no serviço público: 6. De que forma o poder público poderia conceder por maior autonomia aos gestores públicos (financeira, material e de recursos humanos). Indique os pressupostos. 7. Como o poder público pode definir claramente quais serão os objetivos que os gestores devem buscar? (quais os instrumentos que poderiam ser usados para executar essa prática)? 8. Quais as maneiras que a Administração Pública pode usar para operacionalizar a descentralização, o incentivo à inovação, a maior flexibilidade, no intuito de melhorar o desempenho dos servidores públicos? 9. E como demonstrar preocupação com as necessidades dos “clientes”. Apresentar algumas ideias pra atender essa demanda. 10. De qual modo a Administração Pública pode demonstrar e operacionalizar o foco na qualidade; 11. É possível a Adm. Pública ter uma estrutura hierárquica mais achatada e flexível? Dê sugestões. 61 QUESTÕES PARA REFLEXÕES E DEBATES Analise as afirmações abaixo e discuta com seu grupo. 12.A ênfase da administração pública gerencial recai sobre o controle do processo em detrimento do resultado. 13.A administração pública burocrática se alicerça em princípios como profissionalização, treinamento sistemático, impessoalidade e formalismo. 14.A Administração Pública Gerencial substituiu a Administração Pública Burocrática, abandonando os preceitos desta em detrimento dos novos paradigmas daquela. 15.Um dos objetivos das Agências Reguladoras deve ser a manutenção da concorrência entre os prestadores de serviços e aumento dos investimentos e da qualidade dos produtos e serviços “entregues” à população. 16.O termo estado de bem-estar em geral designa um sistema de organização social que assegura aos cidadãos condições mínimas de bem estar, ou aquele que proporciona aos cidadãos serviços públicos, tais como educação, saúde, renda em caso de necessidade (desemprego, enfermidade, aposentadoria) ou outras prestações e serviços sociais. 62 GESTÃO PÚBLICA AULA 7 Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho AVALIAÇÃO PARCIAL B1 23/09/2018 (sujeita a alteração) mailto:profrjosecarlos@gmail.com GESTÃO PÚBLICA AULA 8 Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho AVALIAÇÃO OFICIAL B1 30/09/2018 (sujeita a alteração) mailto:profrjosecarlos@gmail.com GESTÃO PÚBLICA AULA 9 As reformas administrativas: O coronelismo; O Estado Novo; O Governo JK – A Era Desenvolvimentista e o Governo Paralelo (1956 e 1961). A Reforma de 1967 – o DL 200/67. O Programa Nacional de Desburocratização (1979). Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho mailto:profrjosecarlos@gmail.com BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS 1. República Velha (1889-1930) • iniciou-se com a proclamação da República e terminou com a revolução de 1930. • Viés: Patrimonialismo • Domínio da elites (Minas e São Paulo). • Exclusão social. •Coronelismo • Feitos principais: •o desenvolvimento das carreiras militares (forças armadas) e do corpo diplomático (Itamaraty). 66 BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS 2. A era Vargas – O ESTADO NOVO • iniciou-se com a revolução de 1930. • Viés: Burocracia e estatismo. Centralização do poder da União. • Situação Política: • Crash da Bolsa (1929). • Queda do preço internacional do café (base da economia nacional). • Feitos principais: • industrialização e da modernização da máquina estatal. • Criação do Conselho Federal do Serviço Público Civil em 1936, depois transformado em 1938 no Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP. •Criação de órgãos formuladores de políticas públicas. • Expansão de órgãos da administração direta; e • Expansão das atividades empresariais do Estado, com a •criação de empresas estatais, fundações públicas, sociedades de economia mista e autarquias. 67 As mudanças trazidas pelo modelo burocrático não alcançaram toda a administração pública, Assim, alguns cargos de nível mais baixo continuaram sob as práticas patrimonialistas e clientelistas, com nomeações políticas, Com isso, a Burocracia convivia com o patrimonialismo! BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS 2. A era Vargas – O ESTADO NOVO O Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP. • Promoveu a introdução do modelo burocrático na administração pública brasileira; • Fortaleceu o princípio da meritocracia (os servidores passaram a ser selecionados mediante concurso público e promoção baseada em avaliações de desempenho). • Instituiu a profissionalização dos servidores e os princípios da Administração Científica de Taylor: • Planejamento – substituir a improvisação pela ciência e planejar o método a ser utilizado; • Preparo – selecionar e treinar os empregados de acordo com suas aptidões e treiná-los para que atinjam um melhor resultado; • Controle – supervisionar o trabalho para que os resultados sejam atingidos; e • Execução – distribuir as atividades e responsabilidades de maneira a disciplinar à execução das tarefas. 68 A reforma administrativa do Estado Novo foi, portanto, o primeiro esforço sistemático de superação do patrimonialismo.(COSTA, 2008). BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS 3. O Governo JK – A Era Desenvolvimentista e o Governo Paralelo (1956 e 1961) • Viés: Desenvolvimento Nacional. O Plano de Metas (50 anos em 5). • Situação Política: • Redemocratização (1946-1964) • Feitos principais: • Instalação das multinacionais. • Construção de Brasília. • aumento da intervenção do Estado •descentralização do setor público através da criação de várias autarquias e sociedades de economia mista com mais autonomia e flexibilidade do que a Administração Direta. 69 O governo Juscelino Kubitschek ficou marcado pelo que se chamou de Administração Paralela. Seu estilo era voltado a evitar ao máximo os conflitos. Portanto, quando tinha um problema a resolver, JK preferia criar outra estrutura estatal (normalmente uma autarquia) do que reformar ou extinguir alguma já existente. Com isso ele “contornava” a administração direta, evitando ter de lidar com a ineficiência gerada pelas práticas patrimonialistas e clientelistas (MARTINS, 1997). BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS 3. O Governo JK – A Era Desenvolvimentista e o Governo Paralelo (1956 e 1961) AS ILHAS DE EXCELÊNCIA 70 Outro ponto interessante no governo Juscelino Kubitschek foi a criação das “Ilhas de Excelência”. A coordenação das ações do Plano de Metas fazia-se por meio de grupos executivos escolhidos diretamente pela Presidência da República. Desta forma, evidenciou-se o papel fundamental das chamadas “ilhas de excelência” (órgãos que contavam com funcionários mais capacitados, que eram contratados por mérito e recebiam salários muito maiores do que os da administração direta) no processo de desenvolvimento nacional que ocorreu naquela época. O plano de metas do governo JK foi executado desta forma, evitando-se os órgãos convencionais. BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS 4. A Reforma de 1967 – o DL 200/67. • Viés: Modernização do Estado • Situação Política: • Regime Militar (1964-1985). • Desequilíbrio econômico. • Aumento da Inflação. • Feitos principais: • Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG): • restrição do crédito e dos aumentos salariais; • reforma tributária (que reduziu impostos em cascata); • instituição da correção monetária nos contratos; • criação do Banco Central (para administrar a emissão de moeda); e • criação do Sistema Nacional da Habitação e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). 71 GERENCIALISMO A reforma de 1967 introduziu na administração pública procedimentos gerenciais típicos do setor privado, abriu espaço para a participação do capital privado em sociedades de economia mista e esvaziou um dos emblemas do Estado populista, o DASP. BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS 4. A Reforma de 1967 – o DL 200/67. • Objetivos: • Foco no Planejamento e racionalidade. • Descentralização das ações governamentais (Administração Indireta). 72 A descentralização envolveria: • a transferência de atribuições “dentro” da própria administração direta (mediante a delegação de poderes e responsabilidades para os níveis inferiores – nível operacional); • a transferência de atividades para os estados e municípios e até mesmo da Administração Pública para a iniciativa privada (através de concessões e contratos). Dentre algumas mudanças incluídas na reforma, foi permitido que os órgãos da Administração Indireta contratassem por meio da CLT. Portanto, não existiria mais a estabilidade no emprego para os empregados das empresas e órgãos da administração indireta, possibilitando assim uma maior flexibilidade na contratação temporária e na gestão de pessoal. BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS 4. A Reforma de 1967 – o DL 200/67. 73 A reforma de 1967 foi uma tentativa de se superar a rigidez do modelo burocrático e é considerada como a primeira iniciativa da administração gerencial no Brasil. Foi sem dúvida uma reforma pioneira, que trazia aspectos ligados à descentralização administrativa (apesar da forte centralização política que ocorreu), ao planejamento e à autonomia, buscando mais agilidade e eficiência da máquina pública. BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS 5. O Programa Nacional de Desburocratização (1979) • Viés: simplificação e racionalização de métodos. • Situação Política: • Declínio do Regime Militar. • Crise do Petróleo. • Dívida Externa Elevada. • Feitos principais: • Criação do Ministério da Desburocratização (H. Beltrão). • Foco no cidadão. •Início do processo de privatizações. 74 “Deve-se retirar o usuário da condição colonial de súdito para investi-lo na de cidadão, destinatário de toda a atividade do Estado”. (Hélio Beltrão) GESTÃO PÚBLICA AULA 10 A CF/88 a constituição cidadã e o retrocesso burocrático. Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho mailto:profrjosecarlos@gmail.com BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS 8. A CF/88 – O retrocesso burocrático • Viés: A Constituição Cidadã. • Situação Política: • 1º Governo Civil após o regime militar (Tancredo x Sarney). •Inchamento da máquina pública (Governo Sarney). • Aprofundamento do troca-troca político. • Populismo (com alto custo para o Brasil). • No plano político: • Descentralização para Estados e Municípios. • No plano Administrativo: • Centralização administrativa. • Enorme Limitação da Administração Indireta (praticamente foi igualada à Adm. Direta). • Retomou os ideais burocráticos de 1930 (hierarquia rígida). • Criou o Regime Jurídico único, incorporando diversos celetistas como estatutários e engessando a máquina pública. • Criou privilégios descabidos para servidores, como aposentadorias integrais sem a devida contribuição e estabilidade para antigos celetistas. 76 BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS 8. A CF/88 – O retrocesso burocrático O Plano Cruzado (governo Sarney) • Congelamento de preços, Alimentos, combustíveis, produtos de limpeza, serviços e até o dólar. • Redução da inflação de 12,47% para 1,43%. • O Plano não se sustentava, pois gerou escassez de produtos. O Plano Cruzado ficou conhecido como um dos maiores exemplos de Estelionato Eleitoral no Brasil. Em 2005, José Sarney admitiu que o plano cruzado foi um erro. 77 Se no plano político a Constituição Federal de 88 foi um avanço, no plano administrativo foi considerada um retrocesso. A máquina estatal foi engessada e voltou a aplicação de normas rígidas e inflexíveis para toda a administração direta e indireta. Além disso, foram concedidos diversos benefícios (alguns extremamente caros) sem que houvesse a preocupação com a capacidade real do estado de cumprir com esses gastos. QUESTÕES PARA REFLEXÕES E DEBATES 1. Com a instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP), o modelo patrimonialista de gestão foi combatido. Isso significou o fim do Coronelismo e a eliminação das práticas patrimonialistas? Debater o assunto e explicar. 2. “As chamadas “Ilhas de Excelência” instituídas pelo Governo JK, tinham a missão de substituir a falta de capacidade dos servidores públicos em impulsionar o Plano de Metas”. Comente a respeito. 3. “A Reforma Administrativa realizada no Brasil pelo Governo Militar através do DL 200/67 foi considerada como a primeira iniciativa da administração gerencial no Brasil”. Você está de acordo com a afirmativa? Explique o por quê? 4. “No plano Político, a CF/88 foi um avanço. Porém no plano administrativo, a Constituição Cidadão foi um tremendo retrocesso”. Você concorda com essa afirmação? Comente. 78 GESTÃO PÚBLICA AULA 11 O Plano Collor I, II e III (Plano Brasil Novo) – 1990 a 1994. A Reforma de 1995. Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho mailto:profrjosecarlos@gmail.com BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS 9. O Plano Collor I, II e III (Plano Brasil Novo) – 1990a 1994. • Viés: Neoliberal (redução da presença do Estado na vida social e econômica da nação). • Situação Política: • Hiperinflação no final dos anos 80 • Medidas • Troca de moeda (Cruzado Novo voltou a ser Cruzeiro). • Confisco da poupança. • Congelamento de preços e salários. • Política fiscal restritiva. • Perda da guerra contra a inflação. 80 BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS 10. A Reforma de 1995 • Viés: Neoliberal • Situação Política: • Impeachment de Collor. • O Plano Real domou a inflação. •A Eleição de FHC. • Medidas • Criação e implementação do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE). • Foco na Governança. • Ajustamento fiscal duradouro. • Reformas econômicas orientadas para o mercado. • A reforma da previdência social. • A inovação dos instrumentos de política social. • A descentralização dos serviços sociais para estados e municípios; • Delimitação mais precisa da área de atuação do Estado. • Assegurar a responsabilização (accountability) através da administração por objetivos; •Transparência no serviço Público; • Privatização dos serviços públicos (água, energia, telefonia, etc.) 81 BRASIL – AS REFORMAS ADMINISTRATIVAS 10. A Reforma de 1995 • Criação das Agências Reguladoras. • Surgimentos das organizações sociais (OSs) e das organizações das sociedades civis de interesse público (OSCIPs). • Surgimento dos contratos de gestão e das agências executivas (maior autonomia às instituições que se comprometem com o alcance de metas). • Foco no controle de resultados (e não nos processos). 82 QUESTÕES PARA REFLEXÕES E DEBATES 1. Os planos Cruzado (Sarney) e Collor I a III, gerados para combater a inflação fracassaram basicamente por quê? Debater e explicar. 2. “O Plano Real teve como base o fortalecimento da economia e o estabelecimento das bases de Governança para fortalecimento da administração pública gerencial”. Comente essa afirmação. 83 GESTÃO PÚBLICA AULA 12 Os Poderes da República. Executivo, Legislativo e Judiciário. O Ministério Público. As organizações sociais – OS. As OSCIPS. Os Conselhos. As entidades paraestatais. O Sistema S. As Agências Executivas. Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho mailto:profrjosecarlos@gmail.com BRASIL – PODERES DA REPÚBLICA O Poder Executivo • No Brasil, os chefes do Poder Executivo são: o Presidente da República (União), os governadores (estados e DF) e os prefeitos (municípios). • No caso do Presidente, ele ainda acumula as funções de Chefe de Estado e de Chefe de Governo. • O presidente tem como principais funções, entre outras: Ser o comandante das forças armadas; Representar o país internacionalmente; Dirigir a Administração Pública Federal; Garantir o cumprimento das leis; Propor políticas públicas. 85 BRASIL – PODERES DA REPÚBLICA O Poder Legislativo • No âmbito da União, o Poder Legislativo se consiste do Congresso Nacional. Ao contrário dos estados e municípios, na União, o Legislativo é bicameral, ou seja, abrange duas casas: a Câmara dos Deputados, que contém 513 deputados federais, e o Senado, que é integrado por 81 senadores. • Nos estados e nos municípios, não existe o bicameralismo. Nos estados, o parlamento é exercido nas Assembleias Legislativas (no caso do Distrito Federal, por meio da Câmara Distrital – que absorve as funções legislativas de estado e município). Nos municípios, o parlamento é exercido nas Câmaras Municipais. 86 BRASIL – PODERES DA REPÚBLICA O Poder Judiciário • Cabe ao Poder Judiciário a função de aplicar a lei e dirimir as disputas e conflitos entre os indivíduos, entidades e o Estado. Um Judiciário independente, como já vimos, é imprescindível para que um Estado Moderno possa cumprir suas funções sem oprimir os indivíduos. • O STF tem o papel de resguardar e interpretar a Constituição Federal e julgar ações contra o Presidente da República e ministros de Estado, além de servir como última instância do Poder Judiciário em diversas matérias. • Seus membros (onze juízes) são indicados pelo Presidente e aprovados pelo Senado Federal. Estes devem ter reputação ilibada e notável saber jurídico. • Além disso, o Judiciário conta com o Conselho Nacional de Justiça que tem como função o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. 87 BRASIL – PODERES DA REPÚBLICA O Poder Judiciário Além do STF e CNJ o Poder Judiciário conta com: o Superior Tribunal de Justiça - STJ, os tribunais Regionais Federais e os órgãos especializados, como: A Justiça do Trabalho, a Justiça Militar e a Justiça Eleitoral. 88 BRASIL – PODERES DA REPÚBLICA O Ministério Público O Ministério Público é uma instituição dinâmica de garantia e efetivação de direitos, pois não precisa ser provocado para atual em prol de sua concretização. De acordo com a CF/88, o MP tem autonomia funcional e Administrativa e não está subordinado a nenhum dos poderes. o Ministério Público exerce, de certa forma, um controle externo da Administração Pública, pois ele atua em denúncias de improbidade administrativa (conduta antiética que fere ou se distancia dos padrões morais admitidos) de seus agentes, nas denúncias de crimes cometidos por autoridades e na defesa de direitos difusos e coletivos. 89 BRASIL – PODERES DA REPÚBLICA O Ministério Público Dentre seus instrumentos, podemos citar: o inquérito civil, a ação de improbidade administrativa e a ação civil pública. O Ministério Público brasileiro é formado pelos ministérios públicos estaduais, pelo Ministério Público da União (MPU). 90 Organizações Sociais De acordo com o PDRAE entende-se por “organizações sociais” as entidades de direito privado que, por iniciativa do Poder Executivo, obtêm autorização legislativa para celebrar contrato de gestão com esse poder, e assim ter direito à dotação orçamentária. As organizações sociais terão autonomia financeira e administrativa. Elas receberão recursos orçamentários, podendo obter outros ingressos através da prestação de serviços, doações, legados, financiamentos, etc.” A OS estão reguladas pela LEI Nº 9.637, DE 15 DE MAIO DE 1998. 91 Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) As OSCIPs – Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público foram introduzidas pela Lei n° 9.790/99 dentro de um contexto de busca de uma atuação do Estado em rede e em parcerias com a sociedade. Estas devem desempenhar atividades de interesse público com auxílio do Estado dentro de áreas como: Assistência social; Promoção da Cultura, do Patrimônio Histórico e Artístico; Educação gratuita; Promoção gratuita da saúde; Segurança alimentar; Meio ambiente; Trabalho voluntário; Combate à pobreza etc. 92 A diferença principal entre as OSs e as OSCIPs é que as primeiras recebem delegação para prestar serviços públicos enquanto as OSCIPs exercem atividade privada com a ajuda do Estado (Di Pietro, 2007) Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014). OS x OSCIPS 93 OS • Foram idealizadas para substituir órgãos do Estado, que seriam extintos e as atividades "absorvidas" pela OS. • Firma um contrato de gestão. • Qualificação é um ato discricionário. • Deve conter em seu conselho de administração membros do Poder Público OSCIP • Não foram idealizadas para substituir órgãos do Estado, • Firma um contrato de parceria. • Qualificação é um ato vinculado. • Não existe uma exigênciade participação de membros do Poder Público. CONSELHOS Trata-se de um mecanismo de controle não- eleitoral, que emprega ferramentas institucionais e não institucionais (ações legais, participação em instâncias de monitoramento, denúncias na mídia, etc.) e que se baseia na ação de múltiplas associações de cidadãos, movimentos, ou mídia, objetivando expor erros e falhas do governo, trazer novas questões para a agenda pública ou influenciar decisões políticas a serem implementadas pelos órgãos públicos. 94 Os Conselhos de Políticas Públicas são exemplos desta accountability societal, pois possibilitam a participação popular na condução das políticas públicas e, portanto, no funcionamento do Estado Os conselhos apontam para uma nova forma de atuação de instrumentos de accountability societal, pela capacidade de colocar tópicos na agenda pública, de controlar seu desenvolvimento e de monitorar processos de implementação de políticas e direitos, através de uma institucionalidade híbrida, composta de representantes do governo e da sociedade civil. Entidades do Sistema S - Paraestatais São entidades privadas, que são criadas através de autorização legislativa sob a forma de serviços sociais autônomos. Como alguns exemplos destas entidades, podemos citar: Serviço Social da Indústria – SESI; Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC; Serviço Social do Comércio – SESC; Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI; Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE; Serviço Social do Transporte - SEST; Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte – SENAT. Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – SESCOOP; 95 Estas paraestatais são financiadas através de contribuições compulsórias pagas por trabalhadores sindicalizados, o que é um exemplo de parafiscalidade tributária. Como são focadas em um setor específico (transporte, por exemplo) acabam produzindo benefícios para estes grupos ou categorias profissionais. Entidades do Sistema S - Paraestatais 96 • Não pertencem à Administração Pública. • Podem definir ritos simplificados próprios de licitação, desde que não contrariem as regras gerais estabelecidas na Lei 8666/93. Desta forma, necessitam sim ter um regulamento estabelecendo as regras formais e procedimentos necessários para as compras de produtos e serviços. • Não são obrigadas por lei a realizar concurso público para contratar pessoal. Agências Executivas As agências executivas foram uma inovação trazida também pela reforma gerencial de 1995. A ideia seria a de, através da celebração de um contrato de gestão, fornecer maior autonomia e flexibilidade de gestão para autarquias e fundações desde que se comprometessem com determinadas metas e objetivos pactuados. De acordo com a Lei 9.649/98, em seu artigo n°51: “O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos: I – ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; II – ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.” 97 Portanto, uma agência executiva é apenas uma qualificação concedida à uma autarquia ou fundação já existente, que firme um contrato de gestão possibilitando o aumento de sua autonomia gerencial, orçamentária e financeira. Agências Executivas x Agências Reguladoras 98 QUESTÕES PARA REFLEXÕES E DEBATES 1. Qual a função do poder executivo? 2. Como poder executivo está organizado na composição do Estado Brasileiro? 3. Qual a função do poder legislativo? 4. Como poder legislativo está organizado na composição do Estado Brasileiro? 5. Qual a função do poder judiciário? 6. Como poder judiciário está organizado na composição do Estado Brasileiro? 7. Qual a função do Ministério Público? 8. Como o Ministério Público está estruturado no Estado Brasileiro? 9. Qual a diferença entre Organização Social e OSCIP? 10.O Que são as entidades paraestatais? 11.O que são as Agências Executivas? 12.Diferencie Agências Executivas x Agências Reguladoras. 99 GESTÃO PÚBLICA AULA 13 Transparência Pública. A LRF (Lei 101/2000). Governo Eletrônico. O Controle Social. O Controle da Administração Pública. Gestão para resultados na Gestão Pública. Planejamento no setor público: PPA, LDO e LOA. Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho mailto:profrjosecarlos@gmail.com Transparência Pública A transparência nas ações governamentais é vistacomo elemento necessário para que o país possa reduzir as suas desigualdades, aumentar sua eficiência e atingir o seu pleno desenvolvimento. De acordo com Matias-Pereira: “a transparência do Estado se efetiva por meio do acesso do cidadão à informação governamental, o que torna mais democrática as relações entre o Estado e sociedade civil.” Ou seja, ser transparente é dar acesso para a sociedade de todos os atos e decisões públicas. É informar à sociedade e deixar disponíveis dados e informações que possibilitem uma análise e eventual crítica da atuação do Estado. Mais informado, o cidadão poderá avaliar melhor as políticas públicas, os diversos governantes e fazer melhores escolhas quando for votar. 101 Transparência Pública e Governo Eletrônico Governo eletrônico é a forma pela qual os governos, de acordo com a ONU, podem usar a internet e a Web para disponibilizar informação e serviços aos cidadãos. Já para a OCDE, o governo eletrônico é definido como o uso das TIC, em particular a internet, como ferramenta para levar a um melhor governo. A ideia de governo eletrônico está ligada a duas dimensões: • uma relacionada à modernização da administração pública por meio da utilização destas tecnologias de informação e comunicação (TIC) e na melhoria dos processos administrativos; • a outra dimensão seria ligada ao uso da internet para a prestação de serviços públicos eletrônicos. 102 Transparência no contexto da LRF Com a entrada em vigor da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, a transparência no Brasil ganhou um grande impulso. Esta lei veio exigir dos governos diversos instrumentos de transparência atualmente consagrados, como o Relatório de Gestão Fiscal - RGF e o Relatório Resumido de Execução Orçamentária - RREO. “Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos. Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante: I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; 103 Transparência no contexto da LRF III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A. Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a: I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando foro caso, ao procedimento licitatório realizado; II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários. 104 Transparência no contexto da LRF Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade. Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício.” 105 Controle Social O controle social, ou popular, se refere à participação da sociedade como um todo na elaboração, acompanhamento e monitoramento do poder público. Desta forma, a própria sociedade exerceria, então, o controle sobre o Estado. Neste caso, não estamos nos referindo apenas ao direito de ter informações sobre os atos do poder público, mas, além disso, da participação da sociedade na gestão pública. “Numa democracia, o controle social é exercido desde o processo de elaboração das políticas públicas, por exemplo, mediante consultas e audiências públicas, até o acompanhamento e monitoramento de sua execução. Transparência e participação na gestão pública são fatores determinantes para o controle efetivo da sociedade sobre a gestão pública.” 106 Controle Social Dentre as formas de controle social, temos: A possibilidade de qualquer cidadão denunciar irregularidades ao Tribunal de Contas; A possibilidade de qualquer cidadão entrar com uma ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público. Desta forma, um cidadão qualquer pode entrar com uma denúncia se considerar que algum agente público está gerindo mal os recursos públicos, se avaliar que uma obra pública está superfaturada, etc.; Obrigação dos entes governamentais de disponibilizar ao contribuinte as contas públicas; O orçamento participativo; As audiências públicas; Conselhos gestores de políticas públicas; Os conselhos municipais. 107 O CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 108 Cartografia das redes de corrupção estabelecidas no Brasil de 1987 a 2014 a partir dos escândalos divulgados na imprensa LUIZ ALVES, PÓS-DOUTORANDO DA USP. O CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 109 Gestão para resultados na Gestão Pública De acordo com o modelo de gestão para resultados, o controle não pode ser mais focado nos procedimentos. O que devem ser buscados são os resultados concretos das ações do governo. O processo de gestão para resultados deve então direcionar toda a lógica da administração para a definição de objetivos e metas, além da medição e do controle destes resultados. São elementos da gestão para resultados: 1. Estratégia na qual se define os resultados esperados de um organismo público. 2. Sistemas de informação que permitam monitorar a ação pública, informar à sociedade, avaliando-a. 3. Promoção da qualidade dos serviços prestados aos cidadãos, mediante um processo de melhoramento contínuo. 110 Gestão para resultados na Gestão Pública Elementos da gestão para resultados: 4. Uma cultura e um conjunto de ferramentas de gestão orientado à melhora dos resultados no desempenho das organizações públicas e seus funcionários. 5. Sistemas de contratação de funcionários de gerência pública, visando aprofundar a responsabilidade, o compromisso e a capacidade de ação dos mesmos. 6. Sistemas de informação que favoreçam a tomada de decisões dos que participam destes processos. 111 Gestão para resultados na Gestão Pública os objetivos da GPR são relacionados a três dinâmicas: Disponibilizar mais informações para os gestores públicos, de forma que estes possam maximizar o processo de criação de valor público, através do alcance de melhores resultados; Contribuir para a melhoria da capacidade das autoridades e organizações públicas de prestar contas para a sociedade; Ajudar à alocação descentralizada de objetivos e responsabilidades bem como à avaliação do desempenho daqueles que exercem as funções gerenciais – com o correspondente uso de incentivos e sanções. 112 113 PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO O planejamento é um dos mais importantes processos na administração. Sem ele, nenhuma empresa ou organização consegue prosperar. CUIDADO Planejamento é orçamento são diferentes O planejamento exige o “pensar novo”. Exige sonhar. Aqui precisam estar os objetivos para serem realizados em curto, médio e longo prazo. O orçamento é uma estimativa da receitas e despesas públicas. PERGUNTA-SE: As organizações públicas focam mais o orçamento ou o planejamento? Por quê? 114 PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO O planejamento proporciona, assim, aos gestores uma capacidade de “pensar o todo”, e não somente ficar “apagando incêndios”. A ideia é não ficar preso ao curto prazo e também analisar as possibilidades e ameaças futuras. REPONDA RÁPIDO: Na sua organização, existe mais a técnica do planejamento ou a tática “APAGAR INCÊNDIO” ??? 115 PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO Principais vantagens do Planejamento: • Dar um norte para a empresa (organização). • Ajuda a focar esforços. • Define parâmetros de controle. • Ajuda na motivação e no comprometimento. • Ajuda no autoconhecimento da organização. • Permite medir resultados 116 PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO ETAPAS DO PLANEJAMENTO 117 PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO NÍVEIS DO PLANEJAMENTO Define “o que” vai fazer Define “como” vai fazer Define “quem” vai fazer O planejamento estratégico deve dar as diretrizes que permitirão os seus membros tomar as decisões apropriadas na alocação de pessoas e recursos de modo que os objetivos estratégicos sejam alcançados9. 118 PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO ETAPAS DO PLANEJAMENTO A participação efetiva de todos os setores e de todas as pessoas em todas as fases do Planejamento é essencial para o sucesso do evento. 119 PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO 120 PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO O planejamento tem cinco características principais: • O planejamento estratégico está relacionado com a adaptação da organização a um ambiente mutável. • O planejamento estratégico é orientado para o futuro. • O planejamento estratégico é compreensivo. • O planejamento estratégico é um processo de construção de consenso. • O planejamento estratégico é uma forma de aprendizagem organizacional. Base Legal CF/88 Art. 174, que diz: Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de.....planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. Art. 165: apresenta os instrumentos de planejamento: PPA, LDO e LOA. Planejamento Público É a definição de objetivos e o estabelecimento dos meios para atingi-los Exigências Atuais ✓ Participação Social Fundamentos: Art. 1º da CF/88 - Estado Democrático de Direitos Art. 48, Parágrafo único da LRF - participação popular na elaboração e discussão dos planos e orçamentos ✓ Ênfase nas Realizações e Resultados Fundamento: Orçamento Moderno - ênfase nos fins (sociedade) e não nos meios (administração) ✓ Deve Refletir a Realidade Fundamentos: LRF (princípio do equilíbrio das contas públicas e metas realistas) IN nº 09/2003 do TCE-RO (reflexos das demandas sociais e metas realistas) ✓Requer setores estruturados, com quadro de pessoal suficiente e capacitado. Planejamento / Orçamento Público Instrumentos Fundamentais de Planejamento/Orçamento: PPA, LDO e LOA (Art. 165, I, II e III da CF) PPA PPA Conjunto de Programas p/ 4 anos LDO Priorizaçãoanual dos programas Metas Fiscais Orçamento Anual Alocação de recursos para execução dos programas Planejamento / Orçamento Público Peças de Planejamento e Orçamento na CF/88 (Art. 165, I, II e III) PPA A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. (Art. 165, §1º) PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO Conteúdo Básico http://1.bp.blogspot.com/-gxktaJi4hmw/TZ9Ux1sVtUI/AAAAAAAAACg/UHgiId7i2Gg/s1600/capa+CF.gif Peças de Planejamento e Orçamento na CF/88 (Art. 165, I, II e III) LDO A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração Pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária (....). (Art.. 165, §2º). PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO Conteúdo Básico http://1.bp.blogspot.com/-gxktaJi4hmw/TZ9Ux1sVtUI/AAAAAAAAACg/UHgiId7i2Gg/s1600/capa+CF.gif Peças de Planejamento e Orçamento na CF/88 (Art. 165, I, II e III) LOA A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal dos Poderes, órgãos e demais entidades da administração direta e indireta; II - o orçamento de investimento das empresas III - o orçamento da seguridade social. (Art.165,§5º). PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO PÚBLICO Conteúdo Básico http://1.bp.blogspot.com/-gxktaJi4hmw/TZ9Ux1sVtUI/AAAAAAAAACg/UHgiId7i2Gg/s1600/capa+CF.gif 127 PLANEJAMENTO NO SETOR PÚBLICO O GRANDE PROBLEMA DO PLANEJAMENTO A Administração confunde o planejamento com um simples documento bem elaborado e deixa de lado a Gestão Estratégica. “Planejamento feito de forma puramente instrumental, como uma receita de bolo.” “Nos EUA, quando saímos para jantar, temos que planejar o cartão de crédito que iremos utilizar, o restaurante aonde vamos, o filme, o carro que vai ser usado. No Brasil, a gente se reúne e, quando chegamos lá, decidimos o que fazer". GESTÃO PÚBLICA AULA 14 Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho AVALIAÇÃO PARCIAL B2 11/11/2018 (sujeita a alteração) mailto:profrjosecarlos@gmail.com GESTÃO PÚBLICA AULA 15 Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho AVALIAÇÃO OFICIAL B1 25/11/2018 (sujeita a alteração) mailto:profrjosecarlos@gmail.com GESTÃO PÚBLICA AULA 16 Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho Leitura do Artigo “ A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO PARA A GESTÃO PÚBLICA” mailto:profrjosecarlos@gmail.com GESTÃO PÚBLICA AULA 17 Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho AVALIAÇÃO DE 2ª CHAMADA 02/12/2018 (previsão) mailto:profrjosecarlos@gmail.com GESTÃO PÚBLICA AULA 18 Discussão dos resultados das avaliações e assistência sobre dúvidas. Prof. José Carlos Colares, Me. profrjosecarlos@gmail.com UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Faculdade Interamericana de Porto Velho mailto:profrjosecarlos@gmail.com REFERÊNCIAS: BRASIL. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE. Brasília: Presidência da República, 1995. BRESSER PEREIRA. Luiz Carlos. Do Estado Patrimonial ao Gerencial. In: W. e. Pinheiro, Brasil: um século de transformações (pp. 222-259). São Paulo: Cia das Letras, 2001. GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas, a teoria na prática. Porto Alegre: 2000. MATIAS-PEREIRA. J. (2009). Curso de Administração Pública: foco nas instituições e ações governamentais (2° ed.). São Paulo: Atlas. MATTOS, Paulo Todescan Lessa. A Formação Do Estado Regulador. Novos Estudos. - CEBRAP n.76. São Paulo Nov. 2006. RENNÓ. Rodrigo. Apostila Estratégia Concursos. Administração Pública p/ TCU-2015 - Auditoria Governamental, 2015. WEBER. Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 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