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FICHAMENTO HEREDITARIEDADE

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Mantida pela União de Ensino Superior do Vale do Ivaí Ltda – UNESVI 
Recredenciada pela Portaria nº 1.345, de 12 de julho de 2019 
 
 
FICHAMENTO 
Disciplina: Processos Psicológicos Básicos Turma: 2022/1 
Aluno (a): Léia Daiane Galvão Andreacci Matr.: 2022100153 
Professor: Wagner Luiz Schmit Ishibashi 
 
Título do texto: Terceira Aula: O Estudo da Hereditariedade e do meio na Pedagogia 
Autor (es): Lev Semenovich Vigotski 
Referência completa do texto nas normas da APA: 
VIGOTSKI, L. S. (2018). Sete Aulas De LS Vigotski Sobre Os Fundamentos Da 
Pedologia. Organização [e tradução]: Zoia Prestes e Elizabeth Tunes. 
Palavras-chave: Hereditariedade. Pedologia. Doenças Genéticas. 
Resumo: Neste capítulo do livro, a terceira aula aborda sobre o estudo do meio e da 
hereditariedade na pedologia e espero ter a oportunidade de mostrar, de forma 
mais concreta do que da última vez, em que consiste a especificidade do 
método pedológico de investigação. 
 Resenha: O autor nesta aula reforça que o método pedológico tem a sua especificidade 
de investigação e apresenta meios de realizá-lo. Destaca que a pedologia não se preocupa 
com as leis da hereditariedade em si, mas sim, com a relação entre esses mesmos aspectos 
hereditários e o meio. O método de pesquisa é apresentando com exemplos a partir do 
estudo do desenvolvimento trata da relação entre a hereditariedade e o meio na pedologia 
a partir de exemplos de pesquisas com gêmeos uni e bivitelinos. Vigotsky por meio dos 
resultados de estudo paralelo a genética afirma que “a pedologia estuda o papel da 
hereditariedade no desenvolvimento e, por isso, focaliza características híbridas, instáveis, 
e que se submetem à alteração no processo de desenvolvimento da criança” (p. 59). Tais 
resultados se mostram coerentes pelos resultados obtidos que comprovam que a formação 
humana está interligada a fatores biológicos e ambientais em que o objeto de estudo (ser 
humano) se situa. 
Trechos para citação: O pedagogo estuda de que forma inclinações hereditárias, 
transmitidas segundo leis da hereditariedade, influenciam o desenvolvimento do que é 
 
 
Mantida pela União de Ensino Superior do Vale do Ivaí Ltda – UNESVI 
Recredenciada pela Portaria nº 1.345, de 12 de julho de 2019 
 
 
hereditário. Por sua vez, as leis de transmissão de características hereditárias são 
estudadas pela genética e pela biologia geral (p. 57). 
O pedólogo[...] lida com características[...] complexas, que surgem e se alteram 
ao longo do desenvolvimento, porque apenas na relação entre elas é que podemos 
estabelecer qual é o papel desempenhado pela hereditariedade no desenvolvimento (p. 
58). 
Não interessa ao pedólogo as características puramente hereditárias, que 
independem do meio, mas aquelas cujo desenvolvimento sofre influência conjunta do 
meio e da hereditariedade (p. 58). 
Vigotsky contextualiza o leitor sobre as crenças de estudo da Biologia e 
Pedologia (Psicologia Infantil), em que deixa claro a sua tese sobre a hereditariedade 
ser influenciado por ações ambientais. 
O pedólogo não se interessa apenas pelas características que variam, que 
diferenciam uma criança de outra, mas pelo modo como as inclinações hereditárias 
presentes na pessoa conduzem as crianças a um determinado tipo de desenvolvimento (p. 
59). 
Interessará à pedologia não apenas as diferenças individuais específicas, mas 
também as características hereditárias comuns a todas as pessoas (p. 59). 
Interessa ao pedólogo a influência da hereditariedade no desenvolvimento da 
criança. Ele se interessa, primeiramente, pelas características dinâmicas que surgem ao 
longo do desenvolvimento da criança, não pelas que já estão dadas e são independentes 
deste (p. 59). 
A pedologia estuda o papel da hereditariedade no desenvolvimento e, por isso, 
focaliza características híbridas, instáveis e que se submetem a alteração no processo de 
desenvolvimento da criança. (p. 59). 
Vigotsky faz um detalhamento sobre o ramo da Pedologia em que se utiliza 
da criança como objeto de estudo ao longo do seu crescimento e desenvolvimento 
conforme as ações externas em que vive. 
 
 
Mantida pela União de Ensino Superior do Vale do Ivaí Ltda – UNESVI 
Recredenciada pela Portaria nº 1.345, de 12 de julho de 2019 
 
 
Na genética, adota-se a fórmula de Pearson, que admite que a hereditariedade seja 
a correlação entre o grau de parentesco e o de semelhança [...]. Para a pedologia a 
correlação seria de [...]fatores do meio (p. 60). 
Quando falamos de desenvolvimento e de características muito complexas que 
não estão presentes desde o início e que envolvem a herança e o meio, a semelhança e 
sua coincidência com o grau de parentesco nada nos diz sobre a natureza hereditária ou 
não hereditária dela (p. 61).O problema da hereditariedade se apresenta na genética e na pedologia de modo 
tão diferente que a fórmula geral de Pearson é incorreta para aplicação a características 
complexas estudadas pela pedologia (p. 61). 
Ao longo do Capítulo Vigotsky constantemente coloca teses de estudiosos da 
Biologia (Pearson) paralelo as teses da Pedologia, mostrando concretamente ambos 
os resultados, deixando para o leitor declarado que a tese sobre fatores do meio sobre 
a hereditariedade tem sua veracidade. 
Um dos principais métodos que auxilia a pedologia contemporânea a estudar a 
hereditariedade e seu papel no desenvolvimento da criança: o método comparativo do 
estudo de gêmeos (p. 61). 
Os caracteres hereditários dos gêmeos univitelinos (GU) são absolutamente 
coincidentes. Em relação aos gêmeos bivitelinos (GB), que se desenvolvem de dois 
óvulos fertilizados, a hereditariedade não é idêntica e existe diferença entre os dois, assim 
como entre o irmão e a irmã ou entre dois irmãos ou duas irmãs (p. 62). 
No âmbito de cada par univitelino e de cada par bivitelinos, as condições do meio 
são mais ou menos iguais, mas, nos gêmeos univitelinos, a carga hereditária é idêntica, 
enquanto nos bivitelinos, não (p. 63). 
O autor exemplifica seus experimentos com gêmeos univitelinos e bivitelinos 
que norteiam o embasamento de suas hipóteses sobre apesar da mesma formação 
genética, ocorrem diferenças. 
 
 
Mantida pela União de Ensino Superior do Vale do Ivaí Ltda – UNESVI 
Recredenciada pela Portaria nº 1.345, de 12 de julho de 2019 
 
 
O grau de hereditariedade de determinada característica será definido pelo grau de 
divergência entre os coeficientes de semelhança dos gêmeos univitelinos e dos bivitelinos. 
Quanto maior a divergência entre esses coeficientes, ou seja, quanto maior a semelhança 
nos gêmeos univitelinos em relação aos bivitelinos, mais a característica é determinada 
hereditariamente (p. 63). 
Por meio do estudo de características complexas nos gêmeos univitelinos e 
bivitelinos, temos a possibilidade de estudar a influência da hereditariedade na formação 
e no desenvolvimento de características complexas e dinâmicas que são determinadas não 
apenas pela hereditariedade, mas também pelo meio (p. 65). 
Quanto mais elementar é a função, maior a divergência dos coeficientes de 
semelhança entre os GU e os GB. Mais uma vez, quanto mais alto o nível da função, 
mantendo-se as mesmas as demais condições (no caso de escolha de funções do 
mesmo gênero), menor é a divergência (p. 66). 
Apesar das conclusões obtidas por observações dos gêmeos, o autor mostra 
que as ações do meio percorrem os mais diversos caminhos, estimulando a origem e 
o desenvolvimento do pensamento de cada indivíduo. 
As funções superiores, produto do desenvolvimento histórico do homem, 
encontram-se numa outra relação com a hereditariedade que não a das funções 
elementares, predominantemente produto do processo de desenvolvimento evolutivo do 
homem (p. 67-68). 
Pode-se concluir que quanto mais longo o caminho do desenvolvimento de 
alguma função (o que significa função superior? É a que surge mais tarde e percorre um 
caminho mais longo no seu desenvolvimento), menor a influência hereditária. Ela não se 
manifesta tão diretamente. Quanto mais curto o caminho de desenvolvimento de alguma 
função, mais diretamente se manifesta determinada influência da hereditariedade (p. 68). 
O desenvolvimento não realiza, modifica ou simplesmente combina inclinações 
hereditárias. Ele acrescenta algo novo a essas inclinações. Como se diz, ele mediará essa 
realização de inclinações hereditárias e, no seu processo, surgirá algo novo, que refratará 
uma ou outra influência hereditária (p. 68). 
 
 
Mantida pela União de Ensino Superior do Vale do Ivaí Ltda – UNESVI 
Recredenciada pela Portaria nº 1.345, de 12 de julho de 2019 
 
 
A hereditariedade e as inclinações hereditárias se encontram, de modo específico, 
numa relação diferente com a vida e com as funções superiores [...]. Quanto às funções 
inferiores, as inclinações hereditárias influenciam de modo mais ou menos direto o caráter 
e o destino da própria função; porém, em relação às superiores, tais inclinações são, 
provavelmente, condições cuja presença é necessária para que essas funções possam se 
desenvolver, já que, no seu ponto de origem, nada existe além dessa condição (p. 68-69). 
A hereditariedade não se modifica ao longo do desenvolvimento etário, mas o 
peso específico de sua influência pode sofrer alteração se, de fato, como falamos desde o 
início, surge algo novo que não estava prontamente contido nas inclinações hereditárias 
(p. 70). 
À medida que esse novo se desenvolve, o peso específico das influências 
hereditárias se torna ou mais forte e passa para o primeiro plano ou mais fraco e passa 
para o segundo plano p. 70). 
Não há e não pode haver uma definição sumária das influências hereditárias no 
curso do desenvolvimento que tenha a mesma relação com todos os aspectos deste e com 
todas as idades (p. 71). 
O autor mostra que o comportamento da criança não apenas ativa e treina suas 
próprias funções psicológicas, mas é a fonte do surgimento de uma forma de comportamento 
completamente nova, aquela que surgiu no período histórico de desenvolvimento da 
humanidade e que, na estrutura da personalidade, se apresenta como função psicológica 
superior. 
Eis por que, ao lidar com características complexas, híbridas, dinâmicas e 
mutáveis, o pedólogo não pode separar diferentes aspectos do desenvolvimento – os que 
são determinados hereditariamente e os que são determinados pelo meio. O problema se 
mostra bem mais complexo e exige um estudo diferenciado, em diferentes degraus etários, 
das influências hereditárias no curso do desenvolvimento para cada um dos seus aspectos 
isoladamente e para o mesmo aspecto separadamente (p. 71). 
Vigotsky reflete sobre a força interna e racional que impulsiona atitudes que 
pode converter-se em seu processo reflexivo, independentemente de ser uma 
 
 
Mantida pela União de Ensino Superior do Vale do Ivaí Ltda – UNESVI 
Recredenciada pela Portaria nº 1.345, de 12 de julho de 2019 
 
 
conclusão individual, estará contextualizada socialmente, pois surge a necessidade 
de utilizar critérios sociais para chegar a tal decisão. 
Mantendo-se as mesmas as demais condições, se considerarmos características 
análogas, veremos que a divergência será menor ou maior ao se estudar, respectivamente, 
o desenvolvimento de aspectos humanos comuns ou as características variáveis, isto é, as 
que diferem de pessoa para pessoa (p. 71-72). 
O componente de hereditariedade participa do desenvolvimento por menor que 
seja seu peso específico relativo nesse caso concreto. O papel desse componente nunca 
se reduz a zero absoluto e, da mesma forma, nunca a divergência é igual a 100. Isto é, um 
aspecto que se desenvolve nunca é determinado apenas como uma característica 
puramente hereditária, ou seja, o meio também participa do desenvolvimento. Logo, o 
desenvolvimento contém sempre, numa unidade, aspectos hereditários e do meio (p.72). 
O autor afirma que as funções mentais nascem das relações com o meio, ou 
seja, nos tornamos humanos indo do plano inter-psíquico para o intrapsíquico. Toda 
função mental, como a criatividade, o raciocínio lógico, a atenção seletiva, por 
exemplo, nasceu da nossa troca com o ambiente, da nossa atividade e 
experimentação no mundo. 
Os componentes das influências hereditárias e das influências do meio participam 
diretamente das características que se desenvolvem. Ou seja, desenvolvimento é sempre 
um processo dinâmico, uma unidade de influências hereditárias e do meio. Contudo, essa 
unidade não é constante, não é permanente, não é algo dado para todo o sempre e 
sumariamente determinado. É uma unidade mutável, diferenciada, constituída de diversas 
formas e requer, a cada vez, um estudo concreto.Nunca se observou algum aspecto do 
desenvolvimento que fluísse como se fosse determinado apenas pela herança ou pelo 
meio, ou seja, o desenvolvimento não consiste de uma combinação mecânica de dois 
fatores, de duas forças externas, do meio e da hereditariedade, que se combinam e o 
movem para frente (p. 73). 
A Psicologia vigotskiana considera que as funções psíquicas são formadas na 
relação dialética do sujeito com a cultura e a sociedade. Essa relação acontece tendo 
 
 
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como mediadores, ou seja, como pontes entre indivíduo e meio, os instrumentos e os 
signos, que são construídos culturalmente.

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