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Tício, representante comercial autônomo, esteve por nove vezes em 
determinado hotel, entre dezembro de 2009 e fevereiro de 2010 (três 
vezes em cada mês), a trabalho. Em cada pernoite, Tício assinava um 
documento comprovando que havia utilizado os serviços do hotel, onde 
constavam tão somente a data e o valor da diária (cento e cinqüenta 
reais). 
 
Não adimplida tal obrigação, ajuizou o hotel, em julho de 2011, ação 
condenatória colocando no pólo passivo Tício e a empresa para quem 
este presta serviços. Pleiteou o hotel o valor do débito, acrescido de 
multa de 10%. A inicial não trouxe procuração. 
 
Considerando estas informações, elabore a contestação de Tício e da 
empresa, em uma única peça. 
Exmo. Dr. Juiz de Direito da XX Vara Cível da Comarca de (nome da 
comarca) 
Sempre a contestação será dirigida ao juiz que determinou a citação do 
réu – ainda que se pretenda alegar sua incompetência. 
 
 
Processo nº. (número) 
É fundamental que se indique o número dos autos em que tramita o 
processo, para que a petição seja devidamente anexada. 
 
TÍCIO (sobrenome), representante comercial autônomo, (estado civil), 
portador da cédula de identidade RG nº XX e inscrito no CPF sob o 
nºXX, residente em (Rua , nº, bairro, CEP), na comarca de (comarca) e 
EMPRESA (nome), com sede na (Rua, nº, bairro e CEP), inscrita no 
CNPJ sob o nºXXX, 
Não é obrigatória a apresentação de defesa dos litisconsortes em uma 
única peça. Inclusive se forem peças sepraradas com procuradores 
distintos, haverá prazo em dobro (CPC, art. 191). 
Se a qualificação do réu já estiver correta na inicial, basta indicar “já 
qualificado nos autos”, não havendo necessidade de se reproduzir a 
qualificação novamente. 
 
TÍCIO (sobrenome), e EMPRESA (nome), ambos já qualificados 
nos autos em epígrafe, vêm à presença de V.Exa., com o devido 
respeito, por intermédio de seu advogado (procuração anexa), 
para apresentar a presente CONTESTAÇÃO à ação Condenatória, 
proposta por HOTEL (nome), já qualificado, com base nos fatos e 
fundamentos a seguir expostos: 
 
I – DA SÍNTESE DA INICIAL 
Não se trata de requisito obrigatório em uma contestação, mas 
às vezes é conveniente abrir tal tópico, para facilitar a 
compreensão da cuasa por parte do juiz/examinador. Na OAB, 
sempre se deve apresentar este tópico. 
 
Busca o requerente o Judiciário pleiteando recebimento dos 
valores referentes à utilização dos serviços hoteleiros por parte 
do requerido TÍCIO. 
Afirma a exordial que TÍCIO hospedou-se no Hotel por nove 
oportunidades, entre dezembro de 2009 e fevereiro de 2010, e 
que não pagou a conta. 
 
A demanda foi ajuizada, em abril de 2011, também em face da 
EMPRESA, pedindo o autor a condenação dos réus ao 
pagamento de R$1.350,00(mil trezentos e cinquenta reais), 
referentes às diárias e multa de 10% (dez por cento). 
Se o advogado opta por realizar a síntese, não deve tomar 
partido neste momento, afirmando que inverídicas ou 
equivocadas as afirmações – mas simplesmente relatar os fatos 
trazidos na inicial. Por sua vez se a versão do réu para os fatos 
for muito distinta, pode ser aberto um tópico para narrar os 
fatos sob a perspectiva do réu. 
 
 
II – PRELIMINARMENTE 
 
Tratando-se de contestação e existindo alguma defesa 
pocessual, deve ser aberto tópico próprio para apontar as 
preliminares (CPC, 301) 
 
Antes de adentrar no mérito, mister se faz apontar algumas 
defesas em sede preliminar. 
1.DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA EMPRESA 
Se o advogado preferir, já é possível que apresente diretamente os argumentos 
processuais, não havendo necessidade de abrir um tópico específico para tanto, 
como fizemos. 
É patente a ilegitimidade passiva ad causam da empresa para figurar no 
pólo passivo da presente demanda. 
A melhor definição para legitimidade é a coincidência entre as partes que 
figuram na relação processual e aquelas que figuram na relação 
material. E, no caso, é cristalina a ausência de correspondência entre as 
partes deste processo e as partes contratantes. 
Ora, da própria inicial já se percebe que quem se valeu dos serviços 
hoteleiros foi TICIO, e não a empresa. Portanto há relação jurídica 
material (prestação de serviços hoteleiros) somente entre Ticio e o Hotel. 
Além disso, é de se apontar que, como consta da exordial,Tício é 
representante comercial autônomo, não havendo qualquer liame entre 
este e a empresa. 
Destarte, é indubitável que a empresa (parte na relação processual) não 
é parte da relação jurídica material existente, razão pela qual deve ser 
reconhecida sua ilegitimidade passiva – com a consequente extinção do 
processo sem resolução de mérito, em virtude de carência de ação 
(CPC, arts. 267, VI e 301, X). 
2. DO DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO: FALTA DE PROCURAÇÃO 
 
A inicial não veio instruída com a procuração outorgando poderes ao 
patrono do HOTEL. 
Nos termos dos artigos 37 e 254 do CPC, fundamental que o advogado, 
ao postular em juízo, apresente instrumento de mandato. 
Assim, percebe-se defeito de representação (CPC, art. 267, III), devendo 
o autor corrigir tal vício, sob pena de extinção do processo sem resolução 
de mérito (CPC, arts. 13 e 284). 
Considerando que é possível a correção, o certo é que não se peça 
diretamente a extinção, mas inicialmente a correção do problema. 
 
 
III – MÉRITO 
Terminado o tópico da preliminar, parte-se para o mérito – momento em 
que serão discutidos aspectiso de direito material referentes à causa. 
Superadas as preliminares, o que se admite apenas para argumentar, 
tampouco no mérito prosperará a demanda proposta pelo autor. 
Outrossim, é de apontar também que, no caso, há questão prejudicial a 
ser analisada (prescrição). 
1.DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO DO AUTOR 
Prescrição não é matéria processual. Nos termos do art. 269IV, a prescrição 
acarreta a prolação de sentença COM resolução de mérito, razão pela qual não 
se alega em preliminar. Assim, pode-se alegar no mérito (como aqui se fez) ou 
então, entre a defesa preliminar e o mérito, em um tópico que pode ser 
denominado “prejudicial de mérito”. 
O crédito referente às estadias já se encontra irremediavelmente 
prescrito. 
Discute-se nestes autos a cobrança da hospedagem por parte dos 
hospedeiros, matéria especificamente tratada no Código Civil (art. 206, 
§1º,I). Para fins de OAB, recomendável que se reproduza o dispositivo, 
para reforçar a argumentação. 
 
Art. 206. Prescreve: 
§ 1o Em um ano: 
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados 
a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da 
hospedagem ou dos alimentos; 
 
Traz a inicial que o requerido teria se valido dos serviços de 
hospedagem nos meses de dezembro de 2009 e janeiro e 
fevereiro de 2010. 
Nos termos do dispositivo já mencionado, o prazo prescricional 
para hipóteses como a presente é de 1(um) ano – sendo certo 
que a prescrição do último mês se efetivaria em fevereiro de 
2011, data anterior à distribuição da petição inicial que deu 
origem a este processo. 
Destarte, como se vê, o pedido encontra óbice na prescrição. 
Assim, nos termos do art. 269, IV, do CPC, deve haver a 
resolução do mérito, em virtude da prescrição apontada. 
 
 
2. DO DESCABIMENTO DA MULTA, VISTO QUE NÃO PREVISTA 
PELAS PARTES CONTRATANTES 
 
Acaso afastada a prescrição – o que se admite apenas ad 
argumentandum tantum, impõe-se o afastamento da multa 
pleiteada pelo autor. 
Alega-se esta defesa por força do princípio da eventualidade, já que, se acolhida 
a prescrição, este tópico sequer será analisado. Assim deve ser, pois não haverá 
oportunidade para aditar a defesa. 
Ora, é certo que houve, entre o requerente e o requerido Tício, 
um contrato verbal de prestação de serviços hoteleiros. 
 
Contudo, não houve a formalização de qualquer instrumento 
contratual, em que poderia constar a previsão de multa – e 
tampouco houve qualquer informação a Tício acerca da 
existência de tal multa. 
 
Portanto, diante dainexistência de qualquer acerto prévio entre 
as partes, impossível falar na existência de multa, pena de 
verdadeira insegurança jurídica e violação ao princípio da 
legalidade (CF, art. 5º, II). 
 
Assim, conclui-se que a multa pleiteada deve ser afastada. 
 
IV – DA CONCLUSÃO 
 
Neste momento, deve o advogado sintetizar o que expôs na peça, apontando a 
consequência específica para cada uma das alegações apontadas na 
contestação. 
Ante o exposto, requerem a V.Exa.: 
 
a) preliminarmente, seja reconhecida a ilegitimidade passiva da 
empresa, com a extinção do feito sem resolução de mérito; 
b) Preliminarmente, que o autor traga aos autos procuração 
outorgando poderes a seu patrono, sob pena de 
indeferimento da inicial; 
c) Se afastadas as preliminares, no mérito, o reconhecimento 
da existência de prescrição, em relação a todo o valor 
cobrado pelo autor; 
d) Subsidiariamente, na remota hipótese de procedência do 
pedido principal, seja afastada a multa pleiteada; 
e) A condenação do autor no ônus da sucumbência; 
f) Provar o alegado por todos os meios de prova previstos em 
direito, especialmente pelos documentos ora juntados aos 
autos,o depoimento pessoal do representante legal do autor 
e a oitiva das testemunhas cujo rol apresenta anexo. 
Termos em que 
Pede deferimento 
Cidade, data, advogado, OAB

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