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DESCRIÇÃO Principais aspectos relativos à evolução, aplicação e definição de testes psicológicos e avaliações cognitivas. PROPÓSITO O conhecimento sobre psicometria e a medição das variáveis psicológicas representam décadas de estudos, e são fundamentais para o desenvolvimento da carreira do psicólogo e sua visão sobre avaliação psicológica, tornando sua prática na pesquisa ou na clínica mais ética, clara e precisa. OBJETIVOS MÓDULO 1 Reconhecer conceitos teóricos e históricos da Psicometria e da medição nos testes de inteligência MÓDULO 2 Identificar a utilidade dos testes cognitivos e sua aplicação prática MÓDULO 3 Distinguir os testes de habilidades no contexto dos testes psicológicos e da medição da inteligência MÓDULO 4 Reconhecer as normas do código de ética e os documentos escritos a serem apresentados nas avaliações psicológicas INTRODUÇÃO Os testes psicológicos são procedimentos sistemáticos na observação de comportamentos baseados nas respostas dos indivíduos. Os objetivos desses testes são descrever e/ou mensurar características e processos psicológicos. Esse conteúdo concentrou-se em três temas principais que desenvolveram medições e instrumentos de medição: a inteligência, a cognição e as habilidades. Vamos saber um pouco mais sobre a história da Psicometria, a busca de pesquisadores do século XIX e XX unindo a Psicologia e a Estatística por décadas de evolução para a utilização plena de medição da inteligência na avalição psicológica. Também apresentaremos como os testes psicológicos devem ser validados e aferidos para o uso dos psicólogos pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Você vai conhecer mais sobre o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI), que conta com um conjunto de especialistas na área da avaliação psicológica, especializado na construção de testes e que tem como objetivo estabelecer padrões e normas para os instrumentos e as práticas de avaliação em Psicologia no Brasil. Abordaremos os testes cognitivos e como eles são importantes na observação do déficit cognitivo e podem atender desde a clínica à pesquisa, incluindo as áreas da Saúde e da Educação. Também refletiremos sobre os testes de habilidades, frutos do interesse pela investigação dos domínios e capacidades, que formam o conceito da inteligência e são muito utilizados em organizações e seleções. Um número enorme de testes está autorizado para ser empregado pelo CFP, e todo psicólogo deveria saber mais sobre esses instrumentos: como utilizá-los, quem deve usá-los, quais as baterias de testes recomendados por idade e interesse de avaliação. Esse conhecimento sobre testes psicométricos de inteligência, cognição e habilidades deve alicerçar a prática sobre as avaliações psicológicas. INTELIGÊNCIA E A SUA MEDIÇÃO A Psicologia procura há décadas responder a perguntas e hipóteses sobre a natureza da inteligência. Você pode imaginar que existe uma infinidade de visões a respeito desse tema. A quantidade de publicações no banco da dados da PsycINFO da Associação Americana de Psicologia acusa, ao colocarmos a palavra inteligência na busca, a publicação de 18.400 artigos até 2002 e um aumento para 171.513 artigos até 2021, demonstrando uma emergente e expressiva produção nos últimos vinte anos. Alguma vez você já deve ter ouvido um comentário sobre alguém ter o QI alto ou baixo, sendo que ter um QI alto seria um elogio, não é mesmo? Saiba que o termo QI é a medida mais popular da inteligência, mas ela não é a única. As pesquisas mais recentes sobre o assunto revelam que as teorias de inteligência vêm evoluindo e representando um processo cumulativo e integrativo. Tanto que a avaliação da variável inteligência tem se mantido destacada há mais de 100 anos (FLORES-MENDOZA & SARAIVA, 2018). MÓDULO 1 Reconhecer conceitos teóricos e históricos da Psicometria e da medição nos testes de inteligência DEFINIÇÃO DE INTELIGÊNCIA Sobre a definição de inteligência, diante de um cenário de diversidade conceitual ao longo do tempo, vamos mencionar uma declaração assinada por 52 renomados pesquisadores e mencionada por Flores-Mendoza & Saraiva (2018). A inteligência: (...) É UMA CAPACIDADE MENTAL MUITO GERAL QUE, ENTRE OUTRAS COISAS, IMPLICA A HABILIDADE PARA RACIOCINAR, PLANEJAR, RESOLVER PROBLEMAS, PENSAR DE MANEIRA ABSTRATA E APRENDER DA EXPERIÊNCIA. NÃO SE PODE CONSIDERAR UM MERO CONHECIMENTO ENCICLOPÉDICO, UMA HABILIDADE ACADÊMICA PARTICULAR OU UMA DESTREZA PARA RESOLVER UM TESTE. ENTRETANTO, REFLETE UMA CAPACIDADE MAIS AMPLA E PROFUNDA PARA COMPREENDER O AMBIENTE — PERCEBER, DAR SENTIDO ÀS COISAS OU IMAGINAR O QUE DEVE SER FEITO”. (FLORES-MENDOZA & SARAIVA, 2018, p. 24) Como a investigação sobre a inteligência humana é um processo evolutivo e contínuo, a melhor forma de apresentarmos o tema é começando pelas origens e a parceria entre a Psicologia e a Estatística. Vamos conhecer um pouco da história desse campo importante da psicologia: a Psicometria. A INTELIGÊNCIA E A PSICOMETRIA A origem da Psicometria deve ser encontrada nos trabalhos do estatístico Spearman, que surgiram no campo da investigação das aptidões humanas: mentais, físicas e psicofísicas (PASQUALI, 1997). A medição das aptidões humanas era a temática psicológica do início do século XX. A ideia de submeter fenômenos psíquicos à linguagem da matemática vem do século XVIII, com o filósofo alemão Christian Wolff. Ao final do século XIX, o pesquisador Weber desenvolveu a Psicofísica, observando a intensidade de um estímulo e a sensação dessas diferenças nos indivíduos. Segundo Pasquali (1997), a partir daí, a evolução foi rápida e possível de ser organizada em décadas e eras de ouro, como o autor chama. Assim, podemos identificar: 1880: A DÉCADA DE GALTON Interesse na avaliação das aptidões humanas por meio da criação de uma medida sensorial. O trabalho de Galton teve enorme impacto na orientação prática da Psicometria, influenciando Cattell, e também na formulação de teorias que apareceriam no século XX, com Pearson e Spearman. 1890: A DÉCADA DE CATTELL Desenvolvimento de medidas para a identificação das diferenças individuais. Cattell foi o criador da terminologia “Teste Mental” (mental test). 1900: A DÉCADA DE BINET Predominam os interesses da avaliação das aptidões humanas, compondo a inteligência. Binet cria o primeiro teste psicológico de capacidade mental. No que se refere à teoria psicométrica, a década de 1900 deve ser considerada a era de Spearman, pelos fundamentos da Psicometria clássica e a importância de suas obras. 1910 – 1930: A ERA DOS TESTES DE INTELIGÊNCIA Esse período teve a influência dos testes de inteligência de Binet, os artigos de Spearman, e sofreu o impacto da Primeira Guerra Mundial, que gerou a utilização de seleção rápida e eficiente de recrutas para o exército (Ex.: testes Army Alpha e Army Beta). 1930: A DÉCADA DA ANÁLISE FATORIAL O entusiasmo com testes de inteligência começa a cair após estudos demonstrarem que o fator da cultura atua sobre a inteligência. A ideia de um fator g (geral e universal) proposto por Spearman começa a ser repensada por psicólogos estatísticos. A enorme produção científica desse período impulsiona a criação da Sociedade Psicométrica Americana e sua revista Psycometrika. Período de grande refinamento das tecnologias, como a análise fatorial da inteligência, e dos testes psicométricos. 1940 – 1980: A ERA DA SISTEMATIZAÇÃO Confluência de pesquisadores que atuam em duas áreas opostas nesse período: a síntese e a crítica. Guilford tenta sistematizar os avanços da Psicometria; Gulliksen sistematiza a teoria clássica dos testes mentais e aperfeiçoa os testes psicológicos; Cattell procurou sintetizar os dados da medida em personalidade; Harmann organiza os conhecimentos na área da análise fatorial. A American Psychological Association (APA), introduz as normas de elaboração e uso dos testes. A PARTIR DE 1980: A ERA DA PSICOMETRIA (TEORIA DA RESPOSTA AO ITEM– TRI) A TRI propõe a avaliação de características que não podem ser observadas diretamente nos indivíduos. Essa metodologia sugere formas de representar a relação entre o traço latente e a probabilidade de um indivíduo dar uma certa resposta a um item. Para a Psicometria, é o que há de mais novo no campo investigativo na Psicologia. MEDIÇÕES E INFLUÊNCIAS DA INTELIGÊNCIA Binet (1857-1911) desenvolveu o primeiro teste verdadeiramente psicológico da capacidade mental, e Terman, em 1916, aperfeiçoou o modelo do teste aplicando o conceito do quociente de inteligência (QI). A evolução se seguiu até a criação da Stanford-Binet Intelligence Scale, que serviu como base para os testes de inteligência de hoje (SCHULTZ & SCHULTZ, 2019). MEDIÇÃO DO QI (QUOCIENTE DE INTELIGÊNCIA) A medição do QI representa a inteligência de uma pessoa e, na época de Binet, era obtida pela seguinte fórmula: idade mental dividida pela idade cronológica, multiplicada por 100. QI Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Por isso. o termo Quociente é utilizado, pois o QI é um coeficiente calculado pela relação entre a idade que o sujeito obtém no teste (IM) e idade real da pessoa no momento da avaliação (IM). Mas os testes de QI na atualidade não trabalham mais com esse simples cálculo. Eles acabam utilizando uma distribuição que tem um valor médio estabelecido em 100 (com desvio padrão de 15 pontos) obtida por meio de um grupo-padrão que serve de referência (grupo de pessoas que representam a população que depois será avaliada com o teste). Ou seja, a inteligência média está nos resultados entre 85 a 115 e nessa faixa estão aproximadamente 90%-95% da população. Abaixo desse valor pode haver algum tipo de comprometimento cognitivo (2,5% de probabilidade) e acima um desenvolvimento cognitivo mais avançado (2,5% de probabilidade). O resultado acima de 130 indica um indivíduo que pode ser considerado superdotado. Quadro de distribuição normal dos níveis QI – população geral RELAÇÃO DOS NÍVEIS DE INTELIGÊNCIA E O COTIDIANO Os autores Flores-Mendoza & Saraiva (2018) afirmam que algumas áreas, como a Sociologia, têm estudado as implicações práticas da inteligência humana na sociedade. O trabalho de Gottfredson (2006) apresentou resultados de pesquisa demonstrando que pessoas identificadas com alto nível cognitivo e competência podem influenciar mais o desenvolvimento de um país do que pessoas de nível cognitivo médio. Curiosamente, observa-se o oposto no campo da política. Pessoas com nível médio de inteligência parecem influenciar mais o desenvolvimento político e democrático de um país do que pessoas altamente inteligentes. Ritchie (2016) afirma que pessoas que possuem um QI elevado têm tendência a levar uma vida mais saudável e a viver mais tempo que os outros. Em sua pesquisa com 1 milhão de homens suecos ficou demonstrado que uma pessoa cujo quociente intelectual é baixo tem 3 vezes mais chance de morrer que uma pessoa com QI elevado. Segundo Ritchie (2016), assim como a mortalidade, a correlação entre o QI e o sucesso profissional é positiva. A inteligência prediz o sucesso profissional e a riqueza. As pessoas que têm quocientes intelectuais elevados apresentam tendências a produzir mais e a ganhar mais dinheiro. Estatisticamente, não há relação significativa dos níveis de QI com os níveis de felicidade e a estrutura de personalidade. A tese da hereditariedade como preditora de inteligência, hipotetizada nos estudos de Galton no final do século XIX, que geraram a criação do conceito da “Eugenia” e a possibilidade de aperfeiçoar a natureza humana por meio do acasalamento de pessoas, já foi refutada. Os estudos do século XXI já demonstraram que os genes não são suficientes para definir os níveis de QI. As diferenças do ambiente como alimentação, educação e o perfil de saúde têm muito mais influência nas capacidades intelectuais do que nossos genes (RITCHIE, 2016). INTELIGÊNCIAS E O FATOR G Mas entre as diferentes teorias e definições de inteligência, encontramos várias concepções, existindo aqueles que falam de único fator (Spearman e o Fator g) e aqueles que acreditam na multiplicidade de fatores (Thurstone e seguidores). É válido nos perguntar sobre a evolução nas teorias de inteligência, como as inteligências múltiplas de Howard Gardner ou os modelos de estratos da inteligência de Carroll: será que elas colocariam em xeque uma medida universal e baseada exclusivamente em uma capacidade intelectual específica como afirmava Spearman. O fato é, as teorias evoluíram, mas aperfeiçoando as descobertas iniciais. Contudo, hoje já sabemos que nossa inteligência é uma combinação fatorial de nossas competências e habilidades. Ou seja, as pessoas que têm um quociente geral elevado intelectual podem apresentar scores elevados no conjunto de subtestes e não somente nos domínios específicos. Essa superposição entre diferentes formas de inteligência é o que os psicólogos chamam “Fator g”. De acordo com Flores-Mendoza & Saraiva (2018), o psicólogo de linguagem e psicometrista norte-americano John Carroll (1993) deu início ao fim da discórdia sobre a estrutura fatorial da inteligência com seu trabalho acadêmico de décadas e um modelo hierárquico chamado: teoria dos três estratos. Estrato III (habilidades cognitivas e habilidade intelectual, equivale ao famoso fator g). Estrato II (8 habilidades amplas, como memória, aprendizagem, percepção e velocidade). Estrato I (média de 60 fatores específicos). A seguir, podemos ver uma ilustração que indica o modelo hierárquico da inteligência. O primeiro estrato (quadrados) corresponde a habilidades muito específicas, como listar palavras que começam com determinada letra; o segundo estrato relaciona-se a habilidades amplas, como o raciocínio verbal; e o Fator g estaria no terceiro estrato. Modelo hierárquico da inteligência. TESTES DE INTELIGÊNCIA NA MODERNIDADE OS TESTES DE INTELIGÊNCIA MAIS UTILIZADOS Segundo Hutz, Bandeira e Trentini (2018), as Escalas Wechsler de Inteligência são os instrumentos mais completos para avaliar esse construto e estão entre os mais usados na avaliação da inteligência em nosso País. Englobam versões para diferentes grupos etários, com versões para crianças, adolescentes e adultos. Mais recentemente, foi desenvolvida uma versão abreviada, que pode ser aplicada em diferentes faixas etárias. Além do objetivo comum de medir a inteligência, as versões originais para cada faixa etária têm estrutura semelhante, embora variem quanto ao número de tarefas e ao conteúdo dos itens (FLORES-MENDOZA & SARAIVA, 2018). São elas: TESTES DE INTELIGÊNCIA WAIS TESTES DE INTELIGÊNCIA WISC-IV TESTES DE INTELIGÊNCIA WASI TESTES DE INTELIGÊNCIA WAIS Escala de Inteligência Wechsler para Adultos. Avalia capacidade intelectual de adultos na faixa etária entre 16 e 89 anos. O WAIS-III oferece a possibilidade de se obter medidas para as seguintes Escalas e Índices (QIs): Memória Operacional, Processamento Verbal, Compreensão Verbal, Organização Perceptual. TESTES DE INTELIGÊNCIA WISC-IV Escala de Inteligência Wechsler para Crianças (6 anos e 0 meses e 16 anos e 11 meses). Composto por 15 subtestes, divididos entre: Índices Fatoriais e Quociente de Inteligência Geral. TESTES DE INTELIGÊNCIA WASI Escala de Inteligência Wechsler Abreviada. Devido à rápida administração (aproximadamente 30 minutos), é usado para estimar o nível intelectual de um determinado grupo, e na clínica é usado para aferir o status intelectual de um paciente. O teste pode ser aplicado: dos 6 aos 89 anos de idade. Figura ilustrativa do subteste com cubos das escalas Wechsler. Existem ainda alguns outros testes de inteligência recomendados. Vamos conhecê-los. TESTES DE INTELIGÊNCIA D–70 Prova de inteligência geral que constitui uma excelente medida de “Fator g". Avalia a capacidade para conceitualizar e aplicar o raciocínio sistemático a novas situações. TESTES DE INTELIGÊNCIAG-36/G-38 Teste saturado do "Fator g" e de múltipla escolha. Propõe questões de compreensão: relação de identidade, raciocínio por analogia; mudança de posição; tipo numérico e tipo espacial. TESTES NÃO VERBAIS DA INTELIGÊNCIA TONI-3 Teste de Inteligência Não Verbal. Para Hutz, Bandeira e Trentini (2018), na aplicação o avaliador não faz uso da fala nem da escrita, somente utiliza gestos para explicar sobre o que deve ser feito durante o teste. Existem outros instrumentos como: o Teste Não Verbal de Raciocínio para crianças (TNVRI) e o Teste Não Verbal de Inteligência Geral (BETA III). O FATOR G E AS TEORIAS DE FATORES MÚLTIPLOS Agora, vamos assistir a um vídeo em que a especialista reflete sobre as diversas concepções de inteligência, destacando a clássica rivalidade entre os teóricos do Fator g e os teóricos de fatores múltiplos e a situação na atualidade. VEM QUE EU TE EXPLICO! Definição de inteligência Medição do QI (Quociente de Inteligência) – O cálculo do QI e suas interpretações. VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 2 Identificar a utilidade dos testes cognitivos e sua aplicação prática OS TESTES PSICOLÓGICOS E SUA DEFINIÇÃO Vamos começar falando de dois verbos muito parecidos: “testar” e “avaliar”. Você acha que eles possuem o mesmo sentido? É importante não nos confundirmos, pois eles não são sinônimos. O ato de testar é a aplicação de um instrumento sistemático para coletar amostras de comportamento e o ato de avaliar é realizar um processo muito mais complexo do que somente aplicar testes, pois avaliar é um processo mais amplo e dinâmico de observação que pode contar inclusive com os resultados de alguns testes. Vamos nos aprofundar no tema dos testes psicológicos, já que eles são uma das ferramentas mais usadas no processo de avaliação do psicólogo. DEFINIÇÃO DE TESTE PSICOLÓGICO Segundo Hutz, Bandeira e Trentini (2015), “o teste psicológico é um instrumento que avalia (mede ou faz uma estimativa) construtos (também chamados de variáveis latentes) que não podem ser observados diretamente.” (p. 12). Os psicólogos não têm a informação da convivência pessoal sobre seus clientes e pacientes, por esse motivo eles precisam de dados mais precisos dos que seriam gerados pela convivência. Quando conhecemos uma pessoa em profundidade, ou se temos a chance de observar o comportamento dela por um longo período, podemos afirmar que, em nosso ponto de vista, a pessoa é (ou não é) otimista, ansiosa, altruísta, empática, e assim por diante. Os testes psicológicos podem nos ajudar com essas informações. Uma definição mais precisa de teste psicológico foi dada por Suzana Urbina (2014 apud HUTZ, BANDEIRA E TRENTINI, 2015). Ela diz que o teste psicológico é um procedimento sistemático "para pontuar e avaliar essas amostras de acordo com normas" (p. 2). O termo normas, mencionado por Urbina, permite uma reflexão sobre como o resultado obtido em um teste por uma pessoa precisa de uma sistematização e regras para ser contextualizado de alguma forma. Todos os resultados encontrados em testes, se não tiverem normas, não terão significado (HUTZ, BANDEIRA & TRINTINI, 2015). Em um teste de inteligência clássico, é muito importante saber o padrão do teste e de seus resultados. Por exemplo, um aplicador, sabendo que a média da população alcança 100 pontos, poderia concluir, em um atendimento, que uma pessoa que alcançou 108 pontos estaria acima da média. Seguindo esse exemplo, se esse score de 108 fosse encontrado em um adolescente e ele apresentasse um rendimento escolar deficiente, o psicólogo poderia saber que as dificuldades na escola não seriam decorrentes de problemas de inteligência. Nesse caso, a avaliação psicológica seria feita com testes e envolveria uma série de outras técnicas na observação de problemas pessoais ou familiares, especialmente aplicando entrevistas com o adolescente, seus pais, professores e colegas. Com esses dados, poderiam ser revelados vários possíveis fatores de interferência no desempenho escolar desse jovem. CONTROLE DOS TESTES NO BRASIL Existe um grande esforço internacional de organizações como American Educational Research Association (AERA), American Psychological Association (APA), National Multi-Commodity Exchange (NMCE) e International Test Commission na orientação e controle sobre o uso adequado dos instrumentos de avaliação de inteligência. Essa ação é uma garantia de disponibilidade de testes válidos e fidedignos, padronizados e normatizados, que demonstrem confiabilidade à prática clínica e pesquisa (ANACHE & CORREA, 2010). Os testes psicológicos no Brasil são conceituados, segundo a Lei nº 4.119/62, como instrumentos que mensuram de forma sistemática características psicológicas, considerados como um método de uso privativo do psicólogo (HUTZ, BANDEIRA e TRENTINI, 2015). Devem ser aprovados para uso e são controlados pelo Conselho Federal de Psicologia e o Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (SATEPSI). TIPOS DE TESTES PSICOLÓGICOS Podemos dividir os testes psicológicos em dois tipos: os testes psicométricos e os testes impressionistas. TESTES PSICOMÉTRICOS Sobre os testes psicométricos, eles utilizam a técnica da escolha forçada, de autorrelato, escalas em que o sujeito deve simplesmente marcar suas respostas. Utilizam a teoria da medida e usam números para descrever os fenômenos psicológicos. Primam pela objetividade e tarefas padronizadas. A correção ou apuração é mecânica, portanto, sem ambiguidade por parte do avaliador. TESTES IMPRESSIONISTAS Sobre os testes impressionistas, sua apuração é ambígua, sujeita aos vieses de interpretação do avaliador porque suas respostas são livres, mesmo que sejam numéricos. Apresentam tarefas pouco estruturadas para uma sistematização de respostas, deixando margem para interpretações subjetivas do próprio avaliador. Precisam de um psicólogo muito mais experiente no uso do instrumento e da avaliação psicológica. AVALIAÇÃO COGNITIVA E SUA APLICAÇÃO A avaliação cognitiva pode oferecer em seus resultados um perfil com pontos fracos e pontos fortes. Contudo, segundo Malloy-Diniz et al. (2010), a avaliação cognitiva difere dos testes de inteligência: “Não são testes submetidos a uma normatização por constituírem tarefas que uma pessoa normal desempenharia com facilidade [...] são exercícios destinados a explorar as etapas dos processos cognitivos.” (p. 53-54) Sobre as capacidades cognitivas, destacam-se: COMPREENSÃO VERBAL O ato de compreender, pensar e se expressar em palavras. RACIOCÍNIO PERCEPTIVO O ato de organizar e raciocinar com informações visuais. MEMÓRIA DE TRABALHO O ato de reter e manipular informações verbais. VELOCIDADE DE PROCESSAMENTO O ato de digitar, processar e identificar informações com precisão. QI E A CAPACIDADE COGNITIVA Normalmente, a pontuação média para o QI e vários domínios está entre 90 e 109. Pontuações mais altas de QI se relacionam com um funcionamento cognitivo mais alto e pontuações mais baixas de QI representam um funcionamento cognitivo mais baixo. No entanto, quando as pontuações entre os domínios variam muito, pode ser necessária a investigação mais detalhada das pontuações dos domínios cognitivos individuais. Os instrumentos de inteligência e de cognição aplicados paralelamente podem fornecer um diagnóstico mais preciso da capacidade cognitiva de um indivíduo do que somente a pontuação geral de QI (MALLOY- DINIZ et al., 2010). Um motivo para realizar uma avaliação cognitiva está relacionado ao fato de um profissional estar preocupado com alguém que pode estar sofrendo de uma deficiência cognitiva. Isso pode ser uma investigação sobre uma lesão cerebral ou derrame, a suspeita de deficiência intelectual de uma criança ou baixo desempenho acadêmico de um adolescente. Uma outra motivação diz respeito à dúvida do psicólogo se um paciente está ou não experimentando algum problema como efeito colateral de medicação. QUEM É ADEQUADO PARA PARTICIPAR DE UM TESTE COGNITIVO?De acordo com Malloy-Diniz et al. (2010), as avaliações cognitivas podem ser aplicadas em crianças, jovens, adultos e idosos, embora sejam aplicadas nas crianças menores em certas circunstâncias. Os indivíduos podem se beneficiar de uma avaliação cognitiva se experimentarem alguns sintomas ou dificuldades relativas à linguagem, ler ou escrever, memória, processamento de informação, atenção e concentração, desempenho acadêmico. TESTES COGNITIVOS NA AVALIAÇÃO DO PSICÓLOGO Durante um atendimento psicológico, uma avaliação cognitiva pode ser feita para saber mais sobre as capacidades atencionais de um paciente. Esses testes também são usados após cirurgias e anestesias para confirmar que o paciente está se recuperando e que nenhuma área do cérebro foi danificada durante a operação. Testes cognitivos podem ser empregados também por outros profissionais como psicopedagogos ou docentes que desejam avaliar os alunos por algum objetivo pedagógico. É necessário diferenciar este tipo de avaliação da avaliação de capacidade intelectual. Os testes cognitivos podem fornecer dados sobre como obtemos e processamos a informação que chega até nós, podendo, assim, identificar áreas de atenção, mas não podemos considerar isso como uma medida de inteligência. TESTES COGNITIVOS, FUNÇÕES E APLICAÇÕES Ao longo da vida, vamos percebendo mudanças em nossa capacidade de atenção. As falhas e perdas de memória, por exemplo, podem não ser graves, mas são gradativas e silenciosas com a idade adulta avançada. O teste cognitivo é frequentemente usado para rastrear esse comprometimento cognitivo leve (MCI – Mild Cognitive Impairment), que pode ser um fator de risco para comprometimento mais sério. É recomendável depois dos cinquenta anos verificar se há declínio na função mental (MALLOY-DINIZ et al., 2010). TESTES COGNITIVOS MAIS USADOS EM AVALIAÇÃO COGNITIVA Vamos conhecer os testes cognitivos mais usados em avaliação cognitiva. AVALIAÇÃO COGNITIVA DE MONTREAL (MOCA) O teste é adequado para observar o comprometimento cognitivo leve e avalia uma ampla gama de funções cognitivas. Inclui a memorização de uma pequena lista de palavras, a identificação da imagem de um animal e a cópia do desenho de uma forma ou objeto. Sua aplicação é de 10 a 15 minutos e contribui com o diagnóstico do CCL (déficit cognitivo relevante) e de demência. A pontuação máxima possível é de 30 pontos. O ponto de corte para CCL é de 26 pontos, e pontuação acima de 26 é considerada normal. MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MMSE) Teste adequado para observar problemas cognitivos mais elaborados e específicos. É composto pela investigação de 7 categorias: orientação para tempo, orientação para local, registro de 3 palavras, atenção e cálculo, lembrança das 3 palavras, linguagem e a capacidade construtiva visual. A escala é simples de usar e pode ser facilmente administrada em 5-10 minutos, inclusive por profissionais não médicos. O escore do MMSE pode variar de 0 até 30 pontos. O ponto de corte 23/24 tem boa a excelente sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de demência. MINI-COG Teste de avaliação de funções cognitivas muito utilizado com a população adulta e idosa. É frequentemente usado porque é rápido, 3 a 5 minutos e fácil de usar. É útil para uma avaliação inicial em ambientes de atenção primária de saúde ou consultas não especializadas. As atividades incluem relembrar uma lista de três palavras de objetos e desenhar um relógio. Escore total: 5 pontos. Resultados considerados normais: de 3 a 5 pontos. Resultados anormais: 0 a 2 pontos. Quando o paciente tem um resultado anormal, faz-se necessária uma avaliação cognitiva mais abrangente. TIPOS E UTILIDADE DOS TESTES COGNITIVOS Agora, vamos assistir a um vídeo em que a especialista reflete sobre os tipos de testes cognitivos, explicando sua utilidade, os testes mais utilizados e diferenças com os testes de inteligência. VEM QUE EU TE EXPLICO! O que é um teste psicológico? – Definição de teste psicológico AVALIAÇÃO COGNITIVA E SUA APLICAÇÃO – Diferença de avaliação cognitiva e de inteligência VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 3 Distinguir os testes de habilidades no contexto dos testes psicológicos e da medição da inteligência A APLICAÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS Os testes psicológicos devem ser compreendidos como instrumentos auxiliares na coleta de dados durante a realização de uma avaliação psicológica. Para Machado (2007): “avaliar nunca é simples, nem rápido, nem fácil” (p. 17). Os resultados dos testes juntamente com as demais informações organizadas pelo psicólogo, auxiliam na descrição e/ou mensuração das características e processos psicológicos e na compreensão do problema estudado, de forma a facilitar a tomada de decisões. Os testes psicológicos descrevem os comportamentos humanos em suas mais diversas formas de expressão, segundo padrões definidos pela construção dos instrumentos. Segundo a sua estruturação, podem ser categorizados de duas formas: Testes com respostas corretas Relacionados a medições objetivas, como o funcionamento cognitivo e habilidades. Testes onde não há respostas corretas Relacionados à observação subjetiva, como inventários, questionários, testes de personalidade, motivações, interesses ou opiniões. AVALIAÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS No Brasil, no final do século XX, os Fóruns Regionais de Avaliação Psicológica e o Fórum Nacional de Avaliação Psicológica já discutiam a respeito da necessidade de controle de qualidade que atendessem à formação continuada dos psicólogos sobre o uso de testes psicológicos. Com base nesse propósito, foram estabelecidas responsabilidades. A escolha dos instrumentos, métodos e técnicas no exercício profissional cabe ao psicólogo. A competência de disciplinar, fiscalizar o exercício profissional e avaliação psicológica cabe ao CFP. O CFP criou o SATEPSI para aplicar as medidas necessárias relativas à avaliação dos instrumentos de avaliação psicológica (MACHADO, 2007). REGULAMENTAÇÃO E QUALIDADE DOS TESTES PSICOLÓGICOS Segundo a Resolução CFP 02/2003, que define e regulamenta o uso, elaboração e comercialização de testes psicológicos, um teste para ser utilizado pelos profissionais de psicologia deve atender a requisitos essenciais. São eles: Profundidade com fundamentação teórica bem definida; Apresentar evidências empíricas de validade e precisão na análise de dados; Estabelecer uma correção e interpretação de escores padronizada; Descrever com precisão os procedimentos de aplicação; Apresentar um manual com as informações e métodos replicáveis. O psicólogo deve dominar os quatro tópicos que definem a qualidade de um teste psicológico: validação, fidedignidade, padronização e adaptação. A decisão de aplicar um teste psicológico implica o domínio dessas informações. Sendo que, durante a aplicação do teste, será de responsabilidade do psicólogo a observação desses princípios, os quais sempre aparecem expostos no manual do teste (MACHADO, 2007). O QUE UM PSICÓLOGO TEM QUE PROCURAR EM UM TESTE? Todo psicólogo deve conhecer os princípios que regem a elaboração dos testes que pretende aplicar. É muito importante garantir que o teste escolhido passou por um processo científico de elaboração. COMO FAZER A ESCOLHA DE UM INSTRUMENTO? Machado (2007) aponta importantes direcionamentos que podem ajudar o profissional a pensar melhor e a escolher o teste mais adequado para a ocasião. Vejamos a seguir. DEFINIR OS ATRIBUTOS OU CARACTERÍSTICAS PARA SE AVALIAR: Personalidade, atenção, inteligência, por exemplo. CONHECER AS TÉCNICAS DISPONÍVEIS E APROVADAS: Técnicas que constam na lista do CFP como aprovadas. CATALOGAR A IDADE, ESCOLARIDADE, NÍVEL SOCIOECONÔMICO DO TESTANDO: Descrever o perfil da pessoa a ser avaliada. DOMINAR AS ORIENTAÇÕES DO INSTRUMENTO: Ter conhecimento prévio do material antes de sua aplicação. CONTROLAR A QUALIDADE DO INSTRUMENTO: Saber a confiabilidade do material. UTILIZAR MATERIAIS ORIGINAIS: Sempreaplicar materiais da editora e nunca fotocópias. CUIDADOS NA APLICAÇÃO DOS TESTES É muito importante que o profissional observe alguns aspectos nos participantes antes da aplicação de qualquer teste psicológico. Deverão ser percebidas as condições físicas, ou seja, o estado de cansaço, uso de medicações, reconhecimento de problemas visuais e auditivos, ausência de alimentação. Serão também observadas as condições psicológicas, nesse caso algum problema situacional ou alteração comportamental. Todas essas condições podem influenciar na qualidade do desempenho do sujeito. No início da avaliação, é importante deixar claro quais são os objetivos do teste, esclarecendo qualquer dúvida que seja expressada. PARA UM MELHOR DESEMPENHO NO TESTE O psicólogo deve se habituar a registrar os eventos de forma detalhada e sistematizada. O trabalho de avaliação deve ser bem organizado. Isso facilitará na hora de tabular e descrever os dados e ajudará o profissional na conclusão de seu trabalho. Sobre o uso dos testes, deve ser observada a aplicação de todos os princípios contidos no manual de código de ética com rigor e precisão até a finalização do processo. O controle de qualidade na entrega dos resultados e aplicação da entrevista de devolução devem nortear uma boa conduta profissional e uma avaliação psicológica competente. Vamos conhecer os principais erros no uso de testes psicológicos. Os 12 pecados mortais do uso de testes psicológicos 1. Utilizar testes não aprovados pelo CFP. 2. Usar cópias de testes. 3. Não encarar a avaliação psicológica como um processo. 4. Dispensar a entrevista. 5. Adaptar os testes de acordo com a sua vontade: alterar tempos, instrumentos, não observando a padronização. 6. Não pedir ao candidato para assinar o teste. 7. Não registrar todas as informações pertinentes ao caso. 8. Aceitar remuneração incompatível com a sua prática. 9. Não esclarecer a respeito da avaliação psicológica ao cliente e ao usuário do serviço. 10. Não fazer entrevistas de devolução. 11. Não se aperfeiçoar em reciclagens, cursos, supervisões e congressos. 12. Não guardar os materiais por cinco anos. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela: Principais erros no uso de testes psicológicos. Extraído de Machado (2007, p. 27). APLICAÇÃO DOS TESTES DE HABILIDADES Para falarmos sobre os testes de habilidade, vamos retomar o tema da inteligência. Vamos lembrar das contestações históricas ao Fator g de Spearman. Edward Thorndike, fatorialista do início do século XX, desafiou o pensamento de Spearman sobre seu modelo de inteligência baseado em um fator único (Fator g ). Thorndike afirmava que o “Fator g” seria um artifício estatístico sem relevância psicológica, pois haveria diferentes tipos de inteligência, como a social e a mecânica, a serem considerados. Naquela época, Thurstone complementou a visão crítica de Thorndike e propôs novo modelo da inteligência com a independência das habilidades por meio do seu teste Primary Mental Abilities (PMA). Essa visão inovadora na investigação da inteligência foi feita com o teste Differential Aptitude Tests (DAT), que inspirou a criação e validação de famosas baterias, inclusive no Brasil (FLORES-MENDOZA & SARAIVA, 2018). De forma semelhante a Thorndike e Thurstone, vários outros fatorialistas seguiram no século XX evoluindo um modelo não hierárquico em que a inteligência é vista como um sistema de dimensões diferenciadas e sem generalidade. O mais famoso modelo é o de Raymond Cattell e John Horn, por teoricamente conseguir definir dois fatores novos para a inteligência: a “inteligência fluida” (habilidade de raciocinar e resolver problemas independentemente de conhecimento anterior) e a “inteligência cristalizada” (capacidade de utilizar o conhecimento e a experiência passados). Essa proposta é bastante usada até os dias atuais (FLORES- MENDOZA & SARAIVA, 2018). Sobre as duas dimensões, inteligência fluida e inteligência cristalizada, podemos entender que o ciclo vital, ou seja, a idade, é um parâmetro importante, pois a inteligência declina com a idade. Se você tem entre 20 e 30 anos, está, segundo estes conceitos, na sua versão mais inteligente. A partir dos 30 anos, isso vai começar a mudar, pois a Inteligência Cristalizada (os conhecimentos que você é capaz de acumular) vão encontrar uma espécie de chapada, enquanto a sua Inteligência Fluida (capacidade de resolver novos problemas) começa a declinar. Com o avanço da neurociência cognitiva, na década de 1990, surgiu o modelo CHC considerado um modelo hierárquico. Seu Fator g é considerado o fator representativo da inteligência geral nos dias atuais. Esse fator é composto por inúmeras capacidades e habilidades. Os psicólogos educacionais norte-americanos Kevin McGrew e Dawn P. Flanagan desenvolveriam essa ideia, apresentaram o CHC, um modelo integrado com as ideias de Cattell, Horn e Carroll (CHC). Esse modelo une a investigação de 12 habilidades amplas e 70 habilidades específicas. Posteriormente, o modelo se estendeu a 16 habilidades amplas e 80 habilidades específicas (FLORES-MENDOZA & SARAIVA, 2018). É importante considerarmos, na evolução histórica, o reconhecimento do papel que o desenvolvimento social teve sobre os conceitos da inteligência. Segundo Flores-Mendoza & Saraiva (2018), dois motivos contribuíram para que novos modelos de inteligência expandissem a investigação de habilidades: até o início do século XX observa-se a diminuição das tarefas rotineiras e a desvalorização do esforço físico no trabalho. Ao mesmo tempo, acontece o aumento significativo das tarefas que exigem abstração e dinamismo. As organizações demandaram novos testes, uma exigência do mercado de trabalho e da urgência da investigação das competências. Um exemplo dessa mudança social no trabalho é a criação do teste Chief Operating Officer (COO) que mede a habilidade de uma pessoa resolver e gerenciar problemas em um curto espaço de tempo, uma habilidade muito valorizada nas organizações atualmente. Agora vamos conhecer os testes de habilidades mais populares. BATERIAS DAT E DAT-5 Teste de Habilidades Diferenciais (DAT) mede a capacidade de aprendizado dos alunos e avalia o potencial de um candidato para uma posição profissional. É uma das baterias de múltiplas aptidões de maior uso no mundo, e a DAT 5 é a versão mais recente. Inicialmente, o Teste de Aptidão Diferencial foi desenvolvido para alunos do ensino médio. Atualmente, é usado com frequência em processos de orientação vocacional e educacional. AC — ATENÇÃO CONCENTRADA Teste e identificação de rapidez e exatidão na execução de uma tarefa simples de natureza perceptiva, sem uso de funções intelectuais. Esse teste tem por objetivo avaliar a capacidade de uma pessoa manter a sua atenção concentrada no trabalho durante algum tempo específico. R1 — TESTE NÃO VERBAL DE INTELIGÊNCIA Teste constituído com a finalidade específica de avaliar e selecionar as capacidades de motoristas amadores e profissionais. O teste é aplicável em diferentes populações em diversos países, podendo ser aplicado em estrangeiros, pois os sinais observados no teste parecem ser manifestados na população em geral. HTM — TESTE DE HABILIDADE PARA O TRABALHO MENTAL Teste de raciocínio lógico. É composto por 48 questões, e configurado em dois parâmetros: Dedução e Indução. É dividido em três partes iguais: o Raciocínio Lógico Verbal; o Raciocínio Lógico Numérico; e o Raciocínio Lógico Abstrato. BATERIA TSP A Bateria TSP é um teste de aplicação individual ou coletiva. Cada teste deve ser aplicado em média por 5 minutos. São nove testes de capacidades observadas: raciocínio lógico e a capacidade de Julgamento; precisão de reconhecimento de nomes e fisionomias na Memória; precisão e rapidez em sistema de cálculos em Habilidade Numérica; aptidão para distinguir a natureza não verbal com Precisão e Percepção; relação espacial e aspectos de motricidade na observaçãoda Habilidade Espacial; aptidão para reconhecer a relação do todo com as partes na Percepção Espacial; capacidade de estimar quantidades e habilidade espacial com Blocos; fluência vocabular simples ou Fluência Verbal. FUNDAMENTAÇÃO DOS TESTES DE HABILIDADES E OS TESTES MAIS USADOS Agora, vamos assistir a um vídeo em que a especialista reflete sobre a fundamentação teórica dos testes de habilidades, usos e os testes mais usados no Brasil. VEM QUE EU TE EXPLICO! A APLICAÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS – Os testes com respostas certas e os testes sem respostas corretas. Para um melhor desempenho no teste – Cuidados do psicólogo na aplicação dos testes VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 4 Reconhecer as normas do código de ética e os documentos escritos a serem apresentados nas avaliações psicológicas ASPECTOS ÉTICOS DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA Segundo Machado, é muito importante a postura do jovem psicólogo e o contínuo estudo e domínio ético-profissional com relação ao uso dos testes psicológicos. QUALQUER PSICÓLOGO QUE PRETENDA TRABALHAR COM AVALIAÇÕES DEVERÁ TER EM MENTE AS DIMENSÕES TÉCNICAS, RELACIONAIS, ÉTICAS, LEGAIS, PROFISSIONAIS E SOCIAIS DIRETAMENTE IMPLICADAS EM SEU TRABALHO. (MACHADO, 2007, p. 17) Com esse propósito alinhado, é muito importante explicitar que os testes psicológicos só podem ser aplicados por psicólogos com registro profissional. Saiba que o candidato que se submete aos testes psicológicos tem o direito a toda e qualquer informação que desejar. Os arquivos devem ser seguros respeitando-se o sigilo dos resultados dos testes. A missão primordial do atual Código de Ética Profissional do Psicólogo, publicação da Resolução 10/2005, de 27 de agosto de 2005, é promover e assegurar um padrão de conduta de psicólogos que fortaleça o reconhecimento social da categoria. Nessa revisão, a terceira versão do código de ética do CFP, o objetivo é absorver as mudanças da sociedade que precisam ser consideradas durante a prática profissional. Foram consideradas novas legislações, como a criação do Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto da Criança e do Adolescente, e o Estatuto do Idoso (CPF, 2010). QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DO CÓDIGO DE ÉTICA? O Código de Ética Profissional da Psicologia deve ser utilizado mais como um instrumento de reflexão e menos como um conjunto de normas a serem seguidas. (CPF, 2010). Entre seus objetivos principais estão, resumidamente: Valorizar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades profissionais e a ciência. Criar espaços para o psicólogo acessar a discussão sobre os limites e interseções relativos aos direitos individuais e coletivos. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a crescente inserção do psicólogo em contextos institucionais e em equipes multiprofissionais. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não somente em suas práticas particulares. O Código de Ética (CPF, 2010) apresenta as responsabilidades e deveres do profissional para a população e baliza para os psicólogos(as) seus julgamentos nas ações. Nesse documento, estão relatados os princípios fundamentais da prática profissional: Manter o respeito; Atuar com liberdade, dignidade, igualdade e integridade; Promover a saúde e a qualidade de vida; Atuar com responsabilidade social; Aprimorar continuamente sua atuação profissional; Manter o acesso ao conhecimento da ciência; Reconhecer e praticar seu posicionamento crítico. QUAIS SÃO AS RECOMENDAÇÕES DA APA? De acordo com Machado (2007), podemos complementar as ideias principais do Código de Ética com as diretrizes da APA que determina seis princípios básicos para a formação e atuação do psicólogo: COMPETÊNCIA TÉCNICA Manter um alto padrão de qualidade e exigência em seus trabalhos, reconhecendo os limites e oferecer em seus serviços apenas aquilo para o que está habilitado. COMPORTAMENTOS HONESTO Ser justo e manter o respeito na sua atuação. Evitar colocar seus próprios ideais mesclados em sua atuação. Ter consciência de seus valores e os efeitos que estes podem ter na sua prática profissional. RESPONSABILIDADE CIENTÍFICA E PROFISSIONAL Colaborar profissionalmente com profissionais de outras áreas e instituições. Ampliação da postura ética a todos os âmbitos atingidos pelo seu trabalho. RESPEITAR A DIGNIDADE DAS PESSOAS Respeitar é um princípio básico da atuação da Psicologia. Reconhecer a privacidade das pessoas e a confidencialidade do que for discutido dentro do ambiente de atendimento. PREOCUPAÇÃO COM O BEM-ESTAR DO OUTRO Resolver da melhor forma possível qualquer conflito que porventura venha a ocorrer na prática profissional, minimizando os riscos envolvidos. RESPONSABILIDADE SOCIAL DO TRABALHO Manter a responsabilidade científica sem vantagens profissionais perante a comunidade e a sociedade, com a manutenção de leis e políticas que beneficiam a sociedade. Com essas diretrizes, é importante que o psicólogo se apoie no código de ética profissional e nas recomendações da APA para evitar problemas futuros com a legislação e garantindo a credibilidade do seu trabalho nos atendimentos e da classe profissional (MACHADO, 2007). PRODUÇÃO DE DOCUMENTOS LEGAIS DECORRENTES DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA Uma das maiores dúvidas para os profissionais da Psicologia é a produção de documentos relacionada ao seu campo de atuação, e não somente decorrentes da Avaliação Psicológica. Por esse motivo, é importante termos a oportunidade de aprofundar esse tema. Segundo Machado, de forma geral, podemos entender que o documento escrito na avaliação psicológica (...) É UMA PROVA LEGAL REALIZADA POR UM ESPECIALISTA, QUE FORNECE INFORMAÇÕES TÉCNICAS ACERCA DE DETERMINADA QUESTÃO. É, ENTÃO, UMA COMUNICAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DE NATUREZA OFICIAL. (MACHADO, 2007, p. 35) Em 2003, foi instituído o Manual de Elaboração de Documentos Escritos por meio da Resolução 07/2003 do CFP. Esses documentos são produzidos pelo psicólogo e são decorrentes da Avaliação Psicológica podendo ter objetivos diversos e procurando subsidiar o profissional na produção qualificada desses materiais. DICA Toda e qualquer comunicação por escrito deverá seguir as diretrizes escritas e a não observância constitui falta ética disciplinar. É fundamental que a redação seja bem estruturada e definida, evitando interpretações errôneas de seu conteúdo. Deve-se ordenar as ideias e utilizar linguagem profissional, mas compreensível por quem lê. Assim, garante-se a precisão na comunicação, com clareza, concisão e harmonia (MACHADO, 2007). Um grande erro de profissionais é criar documentos com muitas informações que não correspondem ao que foi solicitado e que acabam por prejudicar o atendido. A utilização das quatro modalidades do documento depende do objetivo da elaboração e estão apontadas na Resolução 07/2003. São elas: DECLARAÇÃO ATESTADO PSICOLÓGICO RELATÓRIO OU LAUDO PSICOLÓGICO PARECER PSICOLÓGICO Essas modalidades estão descritas no Manual de Avaliação Psicológica de Machado (2007). Vejamos cada uma delas com uma breve descrição. DECLARAÇÃO A Declaração é um documento inicial que informa a ocorrência de fatos objetivos: Descrição da presença do solicitante nas consultas, comparecimentos do seu acompanhante, quando necessário; Acompanhamento psicológico do atendido; Informações sobre as condições do atendimento (tempo, dias, horários). ATESTADO PSICOLÓGICO O Atestado Psicológico é um documento produzido e assinado pelo psicólogo. Essa declaração certifica uma determinada situação ou estado psicológico. Sua finalidade é informar se um indivíduo está apto ou não para atividades específicas, após a realização de um processo de avaliação psicológica dentro do rigor técnico e ético, de acordo com o disposto na Resolução 15/1996 do CFP. É facultativa a utilização do CID (Código Internacional de Doenças). Esse documento pode ser usado também para justificar faltas, impedimentos, afastamentos ou dispensas. Sua estruturadeve ser feita em papel timbrado ou carimbo com nome/sobrenome e CRP, incluindo-se diversos itens: Registro do nome do solicitante, motivação do documento; Registro do sintoma, situação ou condições psicológicas que justifiquem o atendimento, afastamento ou falta; Registro do local e data de expedição; Registro do nome completo do psicólogo e CRP (ou carimbo com as mesmas informações); Assinaturas. RELATÓRIO OU LAUDO DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA A estrutura de um relatório deve conter a identificação, a descrição do que foi solicitado, dados sobre o procedimento, a análise e a conclusão. SOBRE A IDENTIFICAÇÃO DESCRIÇÃO DA DEMANDA PROCEDIMENTO ANÁLISE CONCLUSÃO SOBRE A IDENTIFICAÇÃO Deve-se incluir o nome e o CRP de quem elabora, o nome de quem solicita, o assunto e o motivo do pedido. DESCRIÇÃO DA DEMANDA Apresentar os motivos, razões e expectativas que produziram o pedido do documento com uma análise justificando o procedimento adotado. PROCEDIMENTO Descrever os recursos e instrumentos técnicos utilizados na coleta das informações abordando o referencial técnico e/ou filosófico para embasamento. ANÁLISE Deve ter uma estrutura de relato destacando o que for necessário para o esclarecimento e a conclusão do processo. CONCLUSÃO Apresentar o resultado e as considerações sobre a investigação, mencionando as referências que embasam o trabalho. PARECER TÉCNICO DA AVALIAÇÃO O parecer é um documento bem estruturado e fundamentado no campo psicológico, cujo resultado é indicativo ou conclusivo. Sua finalidade é apresentar uma resposta esclarecedora a uma questão-problema. O psicólogo parecerista deve fazer a análise do problema apresentado e opinar a respeito. ESTRUTURA DO PARECER TÉCNICO Devem estar incluídos os itens: a identificação com o nome do parecerista com a titulação, nome de quem solicitou e a sua titulação, os motivos, assim como a transcrição do objetivo da consulta e das dúvidas apresentadas no processo pelo solicitante. No fechamento da conclusão, depois de apresentada uma análise minuciosa da questão investigada será apresentado o posicionamento do profissional. (MACHADO, 2007). DÚVIDAS IMPORTANTES SOBRE OS DOCUMENTOS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA Agora que você já conheceu os documentos de avaliação psicológica, vejamos as dúvidas mais importantes. MANUTENÇÃO DOS DADOS MUDANÇA DE PROFISSIONAL MATERIAL PARA PSICÓLOGOS MANUTENÇÃO DOS DADOS Os instrumentos utilizados devem ser guardados por cinco anos no mínimo. Em caso de empresas, o material pode ter que ficar arquivado enquanto o colaborador estiver trabalhando no local. MUDANÇA DE PROFISSIONAL Segundo o Código de Ética, se um psicólogo deixa o serviço, deverá passar os materiais para o próximo profissional. Caso pare o serviço, deve ser notificado ao Conselho de Psicologia da região. MATERIAL PARA PSICÓLOGOS Entregar pessoalmente ou por meio de mensageiro de confiança, garantindo a confidencialidade com um envelope lacrado, rubricar todas as laudas e assinar a última, evitando inclusão ou substituição de folhas. FINALIDADES DOS DIVERSOS DOCUMENTOS RESULTANTES OU NÃO DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA Agora, vamos assistir a um vídeo em que a especialista reflete sobre os cuidados éticos durante a avaliação psicológica e a finalidade dos diversos documentos resultantes ou não da avaliação psicológica. VEM QUE EU TE EXPLICO! ASPECTOS ÉTICOS DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA – O Código de ética e outras legislações. Quais são as recomendações da APA? – Recomendações da APA VERIFICANDO O APRENDIZADO CONSIDERAÇÕES FINAIS CONCLUSÃO Como vimos, a Psicologia no mundo contemporâneo vem se transformando constantemente buscando sempre a forma melhor de adaptação. No que diz respeito aos testes de inteligência, cognição e habilidades, percebemos que a construção da modernidade se dá no aperfeiçoamento contínuo dos primeiros passos dos testes psicométricos no início do século XX. Conhecemos a intenção de medir as capacidades intelectuais no final do século XIX, passando pelo teste de QI, o entendimento do Fator g e a evolução no século XX do tema com o aprimoramento dos testes, como a Escala Wechsler para adultos. Vimos como os testes cognitivos foram e são importantes na identificação do déficit cognitivo e como seus resultados abrem portas para a análise de muitas complexidades, desde o desempenho escolar em crianças e jovens, até o teste de rastreio cognitivo em idosos. Aprendemos mais sobre os testes de habilidades, sua relação com os domínios da inteligência e os testes mais utilizados. Finalmente, conhecemos mais sobre o código de ética e suas normas na aplicação dos testes psicológicos e a sua regulação para o uso dos psicólogos, responsabilidade do Conselho Federal de Psicologia, e ainda recebemos informações sobre a documentação escrita necessária no acompanhamento dos psicólogos da devolução de resultados para a avaliação psicológica. Recomendamos que você continue essa jornada de aprendizado e descubra mais sobre testes psicológicos, e esperamos que esta disciplina tenha contribuído para que você possa se interessar e queira conhecer mais sobre os testes apresentados, sendo parte relevante na evolução da sua formação em Psicologia. PODCAST Neste podcast, a especialista refletirá sobre a utilização dos testes psicológicos de inteligência e de habilidades, e sua relação com os testes cognitivos em avaliações em diferentes contextos, destacando os tipos de documentações que podem ser realizadas e os cuidados éticos necessários. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ANACHE, A. A.; CORRÊA, F. B. As políticas do Conselho Federal de Psicologia para a avaliação psicológica In: A. A. Santos, A. A. Anache, A. E. Vellemor-Amaral, B. S. G. Werlang, C. T., C. T. Reppold, C. H. Nunes et al. (Orgs.). Avaliação psicológica: diretrizes para a regulamentação da profissão. v. 1., p. 19-39. Brasília, DF: Conselho Federal de Psicologia, 2010. CFP - Conselho Federal de Psicologia. Avaliação psicológica: diretrizes na regulamentação da profissão/Conselho Federal de Psicologia. Brasília: CFP, 2010. https://satepsi.cfp.org.br/docs/Diretrizes.pdf FLORES-MENDOZA, C.; SARAIVA, R. B. Avaliação da inteligência: uma introdução. In: C. S. Hutz, D. R. Bandeira, & C. M. Trentini (Eds.). Avaliação Psicológica da Inteligência e da Personalidade. Porto Alegre: Artmed, 2018. p. 17-33. GOTTFREDSON, L. S. Consequências sociais das diferenças de grupo em habilidade cognitiva. In: C. E. Flores-Mendoza & R. Colom (Eds.). Introdução à psicologia das diferenças individuais (pp. 433-456). Porto Alegre: Artmed, 2006. HUTZ, C. S.; BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. M. (Orgs). Psicometria. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. HUTZ, C. S.; BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. M. Avaliação Psicológica da inteligência e da Personalidade. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. MACHADO, A. P. Manual de Avaliação Psicológica/Adriane Pichetto Machado, Valéria Cristina Morona. Curitiba: Unificado, 2007. MALLOY-DINIZ, L. F. et al. Avaliação Neuropsicológica. Porto Alegre: Artmed, 2010. PASQUALI, L. Psicometria: Teoria e Aplicação. A teoria clássica dos testes psicológicos. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997. RITCHIE, S. Intelligence: All that matters. London: Hodder and Stoughton, 2016. SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 11. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2019. https://satepsi.cfp.org.br/docs/Diretrizes.pdf EXPLORE+ Assista ao vídeo Inteligência fluida x Inteligência cristalizada e descubra as diferenças entre a inteligência fluida e a inteligência cristalizada e a sua aplicação no dia a dia. Será que realmente com a idade vamos diminuindo a capacidade de aprender coisas novas? Aprenda mais sobre como preencher os documentos nas avaliações psicológicas passando por todas as fases obrigatórias no site do CRP-PR e veja o tópico A elaboração de documentos decorrentes da prestação de serviços psicológicos. Acesse o Código de Ética Profissional do Psicólogo e exploremais o conhecimento sobre a regulação do comportamento ético na aplicação dos testes psicológicos. Essa prática de aprendizagem contínua vai despertar seus valores e virtudes na atuação profissional, oferecendo mais confiança para aplicação dos testes e avaliações. Conheça as baterias mais conhecidas dos testes de Inteligência, Cognição e Habilidades e que estão aprovadas pelo CFP na página Saúde mental, na UFOP. Ainda estão disponíveis outros testes de capacidade de memória e atenção para atendimentos privados ou grupos em empresas. CONTEUDISTA Crismarie Casper Hackenberg
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