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Resenha Um Crime Entre Nós


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Universidade CEUMA 
Campus: Turma: 
Curso: Direito 
Bimestre: 1º Período: 9º 
Professora: Disciplina: D. Internacional 
 
Nome: RA: 
Nome: RA: 
 
ATIVIDADE: Considerando o disposto na Convenção dos Direitos da 
Criança e o seu Protocolo facultativo sobre a Venda de Crianças, a 
Prostituição Infantil e a Pornografia Infantil, seus conhecimentos prévios e 
o documentário “Um crime entre nós”, discorra em formato de resenha 
crítica, sobre sua compreensão acerca dos direitos da criança e do 
adolescente e sua concretização sob a ótica jurídica, no recorte específico 
abordado no documentário, abordando os entraves e a atuação do 
profissional de Direito. 
 
 
Resenha “Um Crime Entre Nós”1 
 
Alan Jorge Rodrigues Carvalho2 
Lidiane Souza Melo3 
Profa. Carla Costa 4 
 
“Um crime entre nós” trata-se de um excelente documentário que retrata a 
situação de diversas crianças e adolescentes vítimas de crimes sexuais em todo o território 
brasileiro e como essa situação é cada vez mais naturalizados pela sociedade. Foi idealizado 
por Maria Farinha Filmes, pelos institutos Liberta e Alana, dirigido por Adriana Yañez, e 
participação do o médico Drauzio Varella, a youtuber Jout Jout e do apresentador Luciano 
Huck e está disponível no Videocamp e na plataforma de streaming Globoplay. 
Durante as entrevistas foram sucessivas as vezes em que os crimes sexuais 
envolvendo crianças e adolescentes foram tidos como crimes sem punição e cada dia mais 
foram vistos como situações comum em alguns locais. Inicialmente o médico Drauzio Varela 
enfatizou que tais crimes estão relacionados com o descaso da população, onde as pessoas 
 
1 Atividade apresentado à disciplina de Direito Internacional do CEUMA 
2 Aluno do 9º Período do Curso de Direito do CEUMA 
3 Aluno do 9º Período do Curso de Direito do CEUMA 
4 Professora ,Orientadora. 
 
dizem que desaprovam tal conduta, sabem que é crimes, mas como as autoridades ficam 
inertes, acabam por quer “não participar, não saber e não querer ver”. como se assim a 
exploração sexual contra crianças e adolescentes fosse cercar. 
O que se é perceptível é que no Brasil o fenômeno de exploração sexual de 
crianças e adolescentes, infelizmente é algo corriqueiro, segundo os dados coletados pelo 
Sistema de Informação Agravo de Notificações do Ministério da Saúde (Sinan), 70% dos 
estupros as vítimas são crianças ou adolescentes. Importante, ressaltar que a prostituição 
infantil, como é comumente referido quando se trata de relações sexuais com menor de 
idade em troca de algo, deve ser substituído por exploração sexual, pois se, o termo 
prostituição implica numa situação de voluntariedade, apagando o carácter de abuso e 
ocultando o fato de se tratar de crianças ou adolescentes, 
Ademais, o documentário “Um crime entre nós”, expõe a situação das vítimas, 
bem como o quão sujo estão os valores sociais, com seus preceitos patriarcais maculados. 
Pouco se questiona as circunstâncias que levaram a exposição das crianças - que na maioria 
das vezes são meninas- em situação de abuso, julgando-as por suas roupas, não se 
atentando às condições econômicas e familiares que levaram a tal situação. Em 
contrapartida não se julga o homem que abusa fisicamente, ou homem que acessa ou 
disponibiliza imagens de crianças sexualizadas. 
Dessa forma, o que se percebe nesse quadro, é uma situação de naturalização, 
uma sociedade adoecida se tornando cúmplice pela falta de compreensão em entender e 
tentar ajudar o menor nessa situação de vulnerabilidade. Assim, seja o errôneo termo 
prostituição infantil, seja o turismo sexual infantil ou pornografia infantil, todos se tratam de 
exploração sobre menores sem força e discernimento suficiente para defesa. 
 É inegável o amparo legal contra a exploração sexual infantil, o ECA (Estatuto da 
Criança e do Adolescente) Lei Federal 8.089/96°, estabelece em seu 5° artigo que nenhuma 
criança ou adolescente terá seus direitos fundamentais violados, sendo punido na forma da 
lei aquele que atente contra eles, colocando de forma exemplificativa, a discriminação 
negligência, exploração, violência, crueldade e opressão. O Código Penal também, a fim de 
punir e preservar os direitos da vítima, tem um rol de crimes e punições no capítulo “Dos 
crimes sexuais contra vulnerável”. Ainda, visando a proteção física e psíquica da criança ou 
adolescente, várias são as convenções sobre o tema, porém o mais aceito pelos países foi a 
Convenção sobre os Direitos da Criança, ratificado pelo Brasil 1990, comprometendo-se a 
assegurar uma série de direitos ao menor de 18 anos. 
Dessa forma, cumpre destacar a existência de alguns tratados internacionais 
sobre a violência contra crianças e adolescentes que foram adotados pela legislação 
brasileiras, tais como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a convenção americana 
sobre direitos humanos – Pacto de San José da Costa Rica, recebido no país pelo Decreto 
678 em 06 de novembro de 1992, pelo Decreto 678, porém tal Convenção ocorreu em 22 de 
novembro de 1969 e especificamente sobre a questão das crianças a Declaração Dos 
Direitos da Criança. 
Por fim, percebe-se uma vasta gama de instrumentos de proteção, mas na 
realidade não são de total eficácia, seja por descrédito da própria sociedade, e dessa 
maneira dos operadores do direito em ser ouvida, seja por faltar os meios da vítima ao 
menos conseguir falar, visto a condição econômica e por consequência falta de educação e 
naturalização da situação, não sabendo muitas das vezes que se trata de um abuso. 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. UNICEF. . Convenção sobre os Direitos da Criança. 2017. Disponível em: 
https://www.unicef.org/brazil/convencao-sobre-os-direitos-da-crianca#protocolo_venda. 
Acesso em: 18 fev. 2022. 
LIBÓRIO, Renata Maria Coimba; SOUSA, Sônia M. Gomes (org.). A exploração Sexual de 
Crianças e Adolescentos no Brasil. Goiânia: Editora da Ucg, 2004. Disponível em: 
https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=gye8NrnqwewC&oi=fnd&pg=PA17&dq=explora%C3%A7%C3%A3o+sexual+infantil
&ots=6olHj0pIE5&sig=b0nBl3rEFKyrPAfL--
ZI8aQqsgI#v=onepage&q=explora%C3%A7%C3%A3o%20sexual%20infantil&f=false. Acesso 
em: 18 fev. 2022. 
Um Crime Entre Nós. Direção de Adrian Yañes. Produção de Ana Lucia Villela,Estela Renner, 
Luana Lobo, Marcos Nisti. 2020. (59 min.), son., color. Disponível em: 
https://www.videocamp.com/pt/movies/um-crime-entre-nos. Acesso em: 18 fev. 2022.