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DISCIPLINA: SAÚDE COLETIVA E EPIDEMIOLOGIA 
THAÍS VIEIRA BARROS 
8040809 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA DO FILME: É A VIDA CONTINUA 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA-RR 
 2022 
 
O filme faz referência ao início de uma epidemia causada por um 
desconhecido agente infeccioso nos EUA em 1981. Retrata-se a pesquisa 
acerca desta doença que à época era comumente chamada de “Câncer Gay” 
devido ao grande número de pacientes homossexuais infectados. 
Grande parte do filme tem como cenário o Centro de Controle de 
Doenças (CCD), com a presença de personagens que constituem uma equipe 
multidisciplinar de diversas áreas e esferas sociais, como médicos sendo o Dr. 
Don Francis um especialista em doenças imunológicas, epidemiologistas, 
sociólogos, psicólogos e profissionais como ativistas e jornalistas, a fim de 
traçar o perfil dos pacientes acometidos, o agente etiológico, o quadro clínico e 
as complicações dessa doença desconhecida e temida. 
 Em paralelo, o contexto político dos EUA passa por um momento 
eleitoral e presidencial conturbado, tendo Reagan eleito, um presidente icônico 
por seus preceitos tradicionalistas que marca uma crítica à conduta tomada em 
detrimento do pouco investimento em pesquisa sobre essa doença, 
especialmente pelo altíssimo número de mortos, e pela intolerância social com 
a população homossexual e haitiana primeiramente afetada. 
Ao longo do filme, as suspeitas sobre as formas de contaminação vão se 
esclarecendo, apontando para uma doença sexualmente transmissível e 
presente na corrente sanguínea. A busca epidemiológica teve um papel 
imensurável, com o rastreio dos pacientes e suas respectivas histórias 
pessoais e de saúde, que norteou as pesquisas permitindo que aos poucos 
respostas fossem aparecendo, até que a “DIRG – Deficiência Imunológica 
relacionada aos Gays” passou a ser chamada de AIDS ou SIDA – Síndrome da 
Imunodeficiência Adquirida – em português, e se descobriu a forma estrutural 
do retrovírus causador dessa patologia: o HIV, Human Immunodeficiency Vírus. 
Em suma, a obra entrelaça a perspectiva dos pesquisadores e dos 
pacientes acometidos, evidenciando a delicadeza e a magnitude do confronto 
entre o esclarecimento sobre a etiologia e a transmissão da doença e o 
impacto social da mesma. A rápida progressão da doença e o elevado número 
de mortes na época marcaram uma geração inteira, e impulsionou pesquisas 
sobre os tratamentos e a cura do HIV. 
 
Atualmente, apesar dos fármacos existentes para controle da expansão 
da doença que permite uma melhor qualidade de vida ao paciente infectado, 
não se descobriu vacina ou cura definitiva para essa doença, que ainda tem 
crescentes casos ao redor do mundo. Ainda hoje, mesmo com todas as 
descobertas que permitiram desvincular a síndrome à homossexualidade, 
existe um grande estigma e tabu a respeito desta patologia, e é com este 
cenário que nós, futuros profissionais da saúde, iremos nos deparar na prática. 
A ressalva final trazida pelo filme é fazer refletir a dualidade do estigma 
desta síndrome na vida do paciente e o impacto social e de saúde consequente 
a esta doença.

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