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FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 67 no manual da estação total TC2002 e a correção para a mesma distância utilizando o ábaco. A equação apresentada pelo manual do equipamento é a seguinte (WILD TC2002, 1994, p.24-9): ( ) ( ) × ×+ ×× − ×+ × −=∆ − x t h t P D 10 1 10126,4 1 29065,0 8,281 4 1 αα (5.24) Onde: ∆D1 = Correção atmosférica em ppm; P= Pressão atmosférica (mbar); t = Temperatura ambiente (ºC); h = Umidade relativa (%); α = 1/273,16. 7857,0 3,237 5,7 + + × = t t x (5.25) Normalmente nas últimas páginas do manual do equipamento encontra-se o ábaco utilizado para a correção atmosférica. Neste caso, os argumentos de entrada são a temperatura e a pressão. Na figura 5.18, apresenta-se um ábaco retirado do manual da estação total TC2002. FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 68 Figura 5.18 - Ábaco utilizado para a obtenção da correção ambiental. Fonte: WILD TC2002, 1994. p 113. 5.2.2.1.1 - Exemplos A partir das informações dadas a seguir, calcular o valor da correção meteorológica a ser aplicada na distância medida. Temperatura (t) = 25,0 0C Pressão Atmosférica (p) = 920,0 mbar Umidade Relativa (h) =56 % a) Obtenção da Correção Utilizando Formulário X = ((7,5 × 25,0) / (237,3 + 25,0)) + 0,7857 X = 1,5005 ( ) ( ) × ×+ ×× − ×+ × −=∆ − x t h t P D 10 1 10126,4 1 29065,0 8,281 4 1 αα FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 69 ∆D1 = 281,8 - [a - b] onde: a = ( 0,29065 × 920,0 / ( 1 + 0,00366 × 25,0 ) ) b = ( ( 4,126 × 10 -4 × 56 ) / ( 1 + 0,00366 × 25,0 ) ) × 10 1,5005 ] ∆D1 = 281,8 - [ 244,9773 - 0,67017] ∆D1 = 37,49 ppm (parte por milhão) b) Obtenção da correção utilizando o Ábaco Utilizando as mesmas informações apresentadas anteriormente calcular o valor da correção utilizando o ábaco (figura 5.19). Temperatura (t) = 25,0 0C Pressão Atmosférica (p) = 920,0 mbar Figura 5.19 - Ábaco utilizado para a obtenção da correção ambiental. Fonte: WILD TC 2002, 1994. FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 70 ∆D1 = 37,0 ppm Aplicando valores para as correções encontradas para uma distância de 800 m chega-se às seguintes distâncias corrigidas: Para o valor obtido através da equação 1000, 00 m 37,49 mm 800, 00 m x mm x = (800,00 × 37,49) / 1000,00 x = 29,99 mm, arredondando para a primeira casa decimal 30,0 mm Logo a distância corrigida das condições ambientais é de 800,030 m. Para o valor obtido com o Ábaco. 1000, 00 m 37,00 mm 800, 00 m x mm x = (800,00 × 37,50) / 1000,00 x = 30,00 mm Neste caso a distância corrigida das condições ambientais é de 800,030 m. Como é possível perceber, não existe diferença significativa entre as duas formas utilizadas. FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 71 6 - MEDIÇÃO DE DIREÇÕES 6.1 - Ângulos Horizontais e Verticais Uma das operações básicas em Topografia é a medição de ângulos horizontais e verticais. Na realidade, no caso dos ângulos horizontais, direções são medidas em campo, e a partir destas direções são calculados os ângulos (figura 6.1). Para a realização destas medições emprega-se um equipamento denominado de teodolito. Figura 6.1 - Leitura de direções e cálculo do ângulo. Algumas definições importantes: • Ângulo horizontal: ângulo formado por dois planos verticais que contém as direções formadas pelo ponto ocupado e os pontos visados (figura 6.2). É medido sempre na horizontal, razão pela qual o teodolito deve estar devidamente nivelado. Ponto Ponto Ponto Direção AB Direção Ângulo BAC FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 72 Figura 6.2 - Ângulo horizontal. Conforme pode ser visto na figura 6.2, o ângulo entre as direções AO-OB e CO-OD é o mesmo, face que os pontos A e C estão no mesmo plano vertical π e B e D no plano π’. Em campo, quando da colimação ao ponto que define a direção de interesse, deve-se tomar o cuidado de apontar o retículo vertical exatamente sobre o ponto, visto que este é que define o plano vertical. Sempre que possível a pontaria deve ser realizada o mais próximo possível do ponto (figura 6.3), para evitar erros na leitura, principalmente quando se está utilizando uma baliza, a qual deve estar perfeitamente na vertical. Figura 6.3 - Pontaria para leitura de direções horizontais. O A B C D Plano Vertical π Plano Vertical π’ Ângulo α FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 73 • Ângulo vertical (V): é o ângulo formado entre a linha do horizonte (plano horizontal) e a linha de visada, medido no plano vertical que contém os pontos (figura 6.4). Varia de 0º a + 90º (acima do horizonte) e 0º a - 90º (abaixo do horizonte). Figura 6.4 - Ângulo vertical. • Ângulo zenital (Z): ângulo formado entre a vertical do lugar (zênite) e a linha de visada (figura 6.5). Varia de 0º a 180º, sendo a origem da contagem o zênite. Figura 6.5 - Ângulo zenital. Zênite Ângulo zenital Z1 Ângulo zenital Z2 Plano horizontal Ângulo vertical V+ Ângulo vertical V- Zênite FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 74 A relação entre o ângulo zenital e vertical é dada pela equação (6.1). º90vZ =+ (6.1) A figura 6.6 resume a questão do ângulo horizontal e zenital. Figura 6.6 - Ângulos horizontal e zenital. Fonte: Adaptado de KAMEN; FAIG, 1988.
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