Buscar

Constituição de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Desafio
O Código de Menores de 1979 foi expressamente revogado a partir da vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990, no entanto, considera-se a Constituição Federal de 1988 (CF) como marco do rompimento com a doutrina da situação irregular. Considerando essa informação, discorra sobre a superação da doutrina da situação irregular no direito da criança e do adolescente.
Ao elaborar seu texto, explique a mudança do paradigma anterior para o direito da criança e do adolescente.
Escreva sua resposta no campo abaixo:
​
A doutrina da situação irregular no direito da criança e do adolescente, tem raízes em 1927, no chamado código Mello Mattos. Essa doutrina, preconizava a não proteção as crianças e aos adolescentes, pois, pregava, como justificativa de proteger a sociedade, o afastamento de menores infratores da sociedade, segregando-os, de forma generalizada, em instituições que desrespeitavam a dignidade da pessoa humana como forma de punição aos seus comportamentos, sendo esses tratados como doentes sociais.
Do ponto de vista prático, o modelo de situação irregular, considerando a grande desigualdade social existente a época, foi utilizado para conter a grande quantidade de menores infratores que buscam nos delitos extravasar a rebeldia ou ainda ajudar no sustento familiar, suprimindo, assim a figura da família como parte do desenvolvimento do menor e consequentemente, dando mais importância ao recolhimento dos infratores como forma de solução ao problema.
Essa doutrina ainda foi sustentada pelo antigo código de menores de 1979, pois ainda admitia situações absurdas de não proteção à criança e ao adolescente, sendo ainda os menores infratores afastados da sociedade em instituições como a FEBEM, que ainda desrespeitavam a dignidade da pessoa humana.
Veja que esse paradigma doutrinário não foi criado para proteger os menores, mas sim garantir a intervenção jurídica sempre que houvesse qualquer risco material ou moral, preocupando-se apenas no ato infracional e não na proteção dos menores, logo o menor não eram considerados sujeitos de direito, mas sim objeto de medidas judiciais.
Mas depois de duras criticas ao modelo de situação irregular e com o advento da CF/ 88 esse paradigma foi superado, nasce assim a doutrina proteção integral no Brasil, onde a lei passa a proteger as crianças e os adolescentes brasileiros, independentemente de quaisquer distinções.
Essa nova doutrina parte da concepção que as normas que tratam da criança e do adolescente, antes de tudo, devem considera-los como cidadão, logo reconhece-los como sujeitos de direitos, principalmente no que se refere a proteção prioritária, vez que estão em fase de desenvolvimento biológico, social, físico, psicológico e moral. 
Assim, diferentemente da doutrina da situação irregular, a proteção integral tem seus alicerces na amplitude da proteção, não se limitando ao amparo da criança e adolescente que se encontra em situação irregular, mas sim a todos independentemente de sua condição. Além disso, a doutrina traz ao centro o menor como parte integrante da família e a sociedade.
Questões
1. 
O Brasil tem uma lei que abrange especificamente crianças e adolescentes, sendo conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Para a aplicação do ECA, considera-se criança e adolescente:
A. 
Crianças: pessoas de 0 a 12 anos completos; adolescentes: pessoas de 12 a 18 anos.
B. 
Crianças: pessoas de 0 a 12 anos incompletos; adolescentes: pessoas de 12 a 18 anos, não havendo excepcionalidade.
C. 
Crianças: pessoas de 0 a 12 anos incompletos; adolescentes: pessoas de 12 a 18 anos, havendo excepcionalidade entre 18 e 21 anos, desde que expressos em lei.
D. 
Crianças: pessoas de 0 a 11 anos; adolescentes: pessoas de 12 a 18 anos.
E. 
Crianças: pessoas de 0 a 12 anos; adolescentes: pessoas de 12 a 21 anos.
2. 
A Constituição Federal de 1988 foi um marco normativo de suma importância para a democracia e a cidadania no Brasil. 
Sobre a aprovação da Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que:
A. 
foi aprovada após intensa mobilização popular que lutava principalmente pelos direitos de crianças e adolescentes.
B. 
foi aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte, formada pelos governadores e senadores do país, os quais tinham o objetivo de aprovar a Carta Cidadã.
C. 
foi aprovada após intensa mobilização dos sindicatos e associações de trabalhadores, sem a participação do restante da população.
D. 
foi aprovada após intensa mobilização popular que lutava a favor de direitos de cidadania e democracia.
E. 
foi proposta e aprovada pelos constituintes, sem a participação ativa da sociedade.
3. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma lei que insere direitos de crianças e adolescentes brasileiros no ordenamento jurídico do país.
Sobre o que preconiza o ECA, é correto afirmar que:
A. 
é dever exclusivo do Estado assegurar que crianças e adolescentes estejam a salvo de qualquer violação de direitos.
B. 
os direitos anunciados no ECA abrangem crianças e adolescentes em situação irregular, as demais são responsabilidade das famílias.
C. 
é dever da sociedade geral, da família e do poder público assegurar a efetivação dos direitos das crianças e dos adolescentes.
D. 
a vivência em família deve ser evitada sempre que houver situação de pobreza ou extrema pobreza, pois vivendo sem renda os pais não poderão proteger seus filhos.
E. 
o ECA é uma lei que, para melhor compreensão, está dividida em títulos e artigos.
4. 
Quanto aos desafios postos às políticas públicas no sentido de reconhecer a criança e o adolescente como sujeitos de direitos, é correto afirmar que:
A. 
quando se trata de recursos financeiros não há nenhum desafio a enfrentar, pois os governos sempre priorizam as necessidades de crianças e adolescentes.
B. 
atualmente, as políticas públicas já fazem um trabalho totalmente integrado na área da infância e adolescência, sendo este um desafio já superado.
C. 
as desigualdades sociais e econômicas vivenciadas no Brasil não atingem as crianças e os adolescentes, apenas seus pais ou responsáveis.
D. 
conclamar a sociedade para a luta pelo reconhecimento de crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e ampliação de políticas públicas é papel, principalmente, dos Conselhos de Direitos de Crianças e Adolescentes.
E. 
as políticas públicas contemporâneas reconhecem todas as crianças como prioridade absoluta, tanto no planejamento quanto na execução de suas ações.
5. 
No que se refere à infância e à adolescência do Brasil, é correto afirmar que:
A. 
crianças e adolescentes das mais diversas situações econômicas são tratados com igualdade pelas políticas públicas.
B. 
é necessário que as políticas públicas apliquem o princípio e o conceito de equidade para garantir que os direitos preconizados no ECA sejam de fato alcançados por todos os brasileiros com menos de 18 anos.
C. 
um grande desafio para as políticas públicas é separar as políticas específicas de atendimento a crianças e adolescentes das demais políticas públicas.
D. 
as políticas públicas brasileiras são em sua totalidade inclusivas e, por esse motivo, não há desafio a ser enfrentado no sentido de reconhecer crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, pois isso já acontece.
E. 
as políticas públicas enfrentam atualmente o desafio de não terem ordenamento jurídico que coloque crianças e adolescentes em situação de prioridade, isso atrapalha a sua execução.

Mais conteúdos dessa disciplina