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Ética Cristã Teologia do Obreiro LIÇÃO 1 ÉTICA CRISTÃ Introdução A palavra ética vem do grego “ethos”, que significa “costume”, “disposição”, “hábito”. No latim, vem de mos (mores), com o sentido de vontade, costume, uso, regra. Ética é parte da filosofia que estuda os deveres do homem para com Deus e a sociedade. Portanto, pode ser definida como o estudo crítico da moralidade, que por sua vez, determina os padrões do “certo” e do “errado”, os quais guiam e dirigem a conduta humana. Na prática, ética é aquilo que você pensa e faz. Concluímos que ética é um somatório de princípios que capacitam o homem a fazer uma escolha e também a transformá-la numa ação vital. Neste caso, uma escolha ou atitude pode ser boa ou má, benéfica ou prejudicial; pois a escolha ou atitude é sempre determinada pelos princípios que influenciam o indivíduo. Portanto, ética, é na prática o procedimento que um indivíduo considera ideal e reto. Portanto, se faz necessário esclarecer a diferença que há entre a ética cristã em relação à ética como ciência secular. ÉTICA COMO CIÊNCIA SECULAR. Como já foi abordado na introdução, ética é parte da filosofia que estuda os deveres do homem para com Deus e a sociedade. E o que é filosofia? Segundo o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, de autoria de Francisco da Silveira Bueno, editado pelo MEC; filosofia é a ciência geral dos princípios e causas, ou sistema de noções gerais sobre o conjunto das coisas; esforço para generalizar, aprofundar, refletir e explicar. Segundo o Dicionário Teológico, de autoria de Claudionor Corrêa de Andrade, editado pela CPAD; filosofia, (vem do gr. “filis”, amor, amizade + “sofia”, sabedoria) O objetivo primordial da filosofia é, com base na razão, discutir os problemas da vida. Neste labor, lança mão única e exclusivamente da luz natural que o ser humano adquire da consciência, das forças da natureza e dos confrontos entre as diversas visões do mundo. A filosofia, em si, não representa nenhuma afronta a Deus. É apenas um dos meios deixados pelo Criador para que o homem o reconheça como o Senhor e Sustentador de todas as coisas. As ferramentas oferecidas pela filosofia, como a lógica, por exemplo, servem- nos para estudar melhor os mistérios divinos. Haja vista a teologia sistemática e a homilética. Ambas as disciplinas são divididas e agrupadas segundo os rigores que nos ensinaram filósofos como Aristóteles. Neste particular, não passa a filosofia de uma serva da Teologia. Esta é a rainha das ciências, pois o seu objeto não é a luz natural, mas aquela luz pleníssima que, nascida em Deus, já enche o mundo todo. No entanto, se a filosofia se presta a desacreditar o conhecimento divino, deve ser tida como deletéria e prejudicial. Aliás, não resiste ao saber do Ser Supremo. O que dizer do confronto havido no Areópago? O apóstolo Paulo provou aos filósofos epicureus e estóicos que a revelação divina acha-se acima de todos os postulados humanos, At 17.15-34. Todos os campos de pensamento e de atividades têm suas respectivas filosofias. Há uma filosofia da biologia, da educação, da religião, da sociologia, da medicina, da história, da ciência, etc. Sócrates, Platão e Aristóteles, sistematizaram a filosofia em seis sistemas tradicionais: Política, Lógica, Gnosiologia, Estética, Metafísica e Ética; observe a definição de cada um desses sistemas: Política – Este vocábulo vem do grego “polis” que significa “cidade”. A política procura determinar a conduta ideal do Estado, pelo que seria uma ética social. Trata-se do estudo do governo ideal. Lógica – É um sistema que aborda os princípios do raciocínio, suas capacidades, seus erros e suas maneiras exatas de expressão. Trata- se de uma ciência normativa, que investiga os princípios do raciocínio válido e das inferências corretas quer seja partindo da lógica dedutiva quer seja da indutiva. Gnosiologia – É a disciplina que estuda o conhecimento em sua natureza, origem, limites, possibilidades, métodos, objetos e objetivos. Estética – É empregada para designar a filosofia das belas-artes: A música, e escultura e a pintura. Esse sistema procura definir qual seja o propósito ou o ideal orientador das artes, apresentando descrições da atividade que apontam para certos alvos. O cristianismo pode ser destituído do seu verdadeiro significado se lhe for dado tratamento estético. A beleza de Cristo não está em sua estética, mas em sua natureza e caráter, pois a Bíblia afirma que ele não tinha aparência nem formosura, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos para que o desejássemos, Is 53.2. Metafísica – Refere-se a considerações e especulações concernentes a entidades, agências e causas não materiais. Aborda assuntos como Deus, a alma, o livre arbítrio, o destino, a liberdade, a imortalidade, o problema do mal, etc. Ética – É a investigação no campo da conduta ideal, bem como sobre as regras e teorias que a governam. O homem distanciado de Deus, dominado pela incredulidade e pelo pecado, muitas das vezes, estuda, entende, e até se propõe a observar a ética, porém, não consegue pelo fato de ser um escravo do seu próprio egoísmo, dos seus vícios e pecados. VISÃO GERAL DA ÉTICA SECULAR Há vários princípios humanistas e seculares, que servem de base para diversos tipos de ética, os quais contradizem os princípios da ética cristã, analisemos alguns deles: Ética Antinômica – Antinomismo é uma doutrina filosófica que dispensa a consideração das leis morais, essa doutrina prega que tudo depende das pessoas, e das circunstâncias. O filósofo incrédulo e existencialista Jean Paul Sartre, um dos seus promotores, afirma que o homem é plenamente livre, nos seus escritos, declara: “Eu sou minha liberdade; eu sou minha própria lei”. Ética da Tradição – Muitas pessoas tomam quase todas as suas decisões, levando em consideração a tradição, ou seja, os aderentes dessa ética, simplesmente concordam com algum hábito que se tornou tradicional na sua família ou na sociedade. Tais pessoas nunca perguntam: “Esta ação é boa ou má?” Ou “esta decisão está certa ou errada ?” Mas ao invés de questionarem inteligentemente sobre as suas decisões, eles afirmam: “É isto o que todos fizeram e fazem, e naturalmente, é o que também devo fazer”. Ética do Generalismo - Essa doutrina filosófica ensina que deve haver normas gerais de conduta, mas não universais. Por conseguinte, a conduta de alguém para ser chamada de certa ou errada depende de seus resultados. É o que ensinava o incrédulo político e filósofo italiano, Nicolau Maquiavel: “ Os fins justificam os meios”. Ética Hedonista – Esse conceito ético ensina que o valor duma ação é medida pela quantidade de prazer que ela assegura, desta forma, o bem é identificado com aquilo que dá prazer, e o mal com aquilo que causa dor, ou seja, o certo para os hendonistas é aquilo que dá prazer, e o errado, aquilo que causa dor. Se as ações de um crente são impulsionadas pelo prazer que elas possam lhe proporcionar, quer seja aqui na terra ou no céu, ele é um hendonista em potencial. Conta-se que foi em decorrência desse conceito errôneo, que certo servo de Deus, fez a seguinte oração: “Jesus, se te sigo porque tenho medo do inferno, queima-me nas labaredas do inferno. Se te sigo porque quero entrar no céu, não me permitas entrar no céu. Agora, se te sigo porque te amo, não me impeças entrar na glória e lá contemplar para sempre a tua eterna beleza”. Ética Relativista – Esse conceito ético prega que o homem é a medida de todas as coisas. Segundo os adeptos da ética Relativista, uma opinião é tão boa quanto à outra, portanto, cada pessoa deve estabelecer os seus próprios conceitos éticos. Muitas pessoas, mesmo indiferentes a esse tipo de ética, afirmam: “Todas as religiões são boas, desde que exercidas com sinceridade” ou “Todas as religiões são boas porque todas conduzem os homensa Deus”. Ética Naturalista – Esse conceito filosófico prega que o homem é produto da Natureza, isto é, que o homem é produto dum processo evolutivo. Esse conceito ético deu origem a absurda teoria da evolução das espécies. Embora essa teoria esteja em voga em nossos dias, ela nunca passou de uma teoria. Por ser um conceito naturalista, os seus aderentes ensinam que não se deve interferir na natureza, encorajando a sobrevivência dos inabilitados que ela quer eliminar. Esse conceito deu origem a eutanásia. Ética da Situação – Doutrina filosófica que sustenta não haver bens absolutos, ensina que as ações humanas devem ser julgadas por um único prisma: O amor. Desta forma, por exemplo, como entendia Joseph Fletcher, até mesmo o homicídio pode ser justificado se o que o motivou foi o amor. Ética, perspectiva consequencialista – Doutrina que, no julgamento de determinada ação, leva em conta apenas as conseqüências por elas geradas. Até os meios ilegais e imorais são justificados se o resultado final mostrar-se, segundo esta ótica, vantajoso. A ÉTICA CRISTÃ Ética Cristã é o conjunto de princípios baseados nas Escrituras Sagradas, principalmente nos ensinos de Cristo e de seus apóstolos, cujo objetivo é orientar a conduta do cristão. É a adequação da ética bíblica à vida da Igreja e ao relacionamento desta com a sociedade secular. Dicionário Teológico A fundamental diferença entre a ética cristã e a ética, como simples estudo crítico da moralidade, consiste no fato das Escrituras Sagradas constituir-se como a regra de fé e prática do verdadeiro cristão. A ética cristã é regida pela superioridade dos ensinos proferidos por Cristo, o Filósofo dos filósofos. Porquanto, ética cristã, é o que o genuíno cristão é, pensa e faz; subentende-se, portanto, que a conduta do verdadeiro crente evidencia a Ética cristã. Hoje se manifesta um verdadeiro caos no campo da moral. Não é necessário ser filósofo e nem sociólogo para saber que uma sociedade sem ética torna-se insuportável. A imoralidade sexual é responsável por casamentos defeituosos, filhos abandonados e desastres emocionais terríveis. Hoje a nossa sociedade sofre com violência, drogas e desonestidade, mas todo esse mal não surgiu de uma hora para a outra. Nós construímos todo esse império do mal ao longo do tempo. O mal surge e prolifera quando os crentes se tornam quais formas sem conteúdo; quando a igreja em detrimento da evangelização se envolve com coisas insignificantes, por exemplo: Discutir se deve ou não bater palmas enquanto se canta um corinho; ou se as mulheres devem ou não tirar as pontas do cabelo ou raspar as pernas. É necessário resgatar a Ética Cristã, porque somente há esperança de uma futura mudança na nação, se os cristãos conservarem-se dentro da Ética bíblica, mantendo-se fora do esquema do mal, formando e criando famílias saudáveis a fim de influenciar a sociedade. O estudo da ética repousa sobre a crença de que o homem é um ser livre e responsável. O homem é um ser livre para tomar a decisão que bem desejar; escolher a profissão, a pessoa com quem vai casar, os amigos, tipos de vida, etc. Porém, ética pressupõe não apenas liberdade, mas também responsabilidade, porque liberdade sem responsabilidade é libertinagem, que infelizmente tornou-se a principal característica da sociedade hodierna. A Ética cristã responsabiliza o crente no que diz respeito ao relacionamento com o seu irmão. A Bíblia diz que somos membros uns dos outros, Ef 4.25; assim sendo, existe entre os membros da igreja uma interdependência; portanto, as decisões de um afeta o outro. Se uma determinada decisão, que na sua concepção, nenhum mal lhe trará, tal decisão não deve ser tomada, se fere a consciência do seu irmão mais fraco, por quem também Cristo morreu, I Co 8.11; o ensino do apóstolo Paulo é que quando alguém fere a fraca consciência do irmão, está pecando contra o próprio Cristo, I Co 8.12. A Bíblia diz: “A fé que tens, guarda-a contigo mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova” Romanos 14.22. Significa que nenhum homem é livre meramente porque exibe a sua liberdade diante dos seus semelhantes. Mas é realmente livre quando a sua consciência não o condena em face daquilo que pratica. Se porventura o crente é um homem verdadeiramente espiritual, a sua consciência certamente o julgará, se vier a usar a sua liberdade a fim de ofender a um dos seus irmãos na fé. “Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus...” É importante salientar que, a liberdade desfrutada para nós mesmos, perante Deus, jamais ofenderá ao Senhor; e isso torna o homem livre, em sua consciência e em suas ações. Mas se ele exibir a sua liberdade cristã diante dos outros é que começam as dificuldades. Não podemos aprovar uma conduta, que de alguma forma, condene a nós mesmos, mas devemos ter uma conduta que dignifique o nome de Cristo e que seja vantajosa para toda comunidade cristã, e não somente para nós mesmos. E prossegue o apóstolo: “Mas aquele que tem dúvidas se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado” Romanos 14.23. Se o crente pensa realmente que algo é errôneo e prejudicial à sua consciência, ainda que seja algo insignificante, se vier a praticá-lo, será julgado e condenado por sua própria consciência e também por Deus, I Jo 3.20. Naturalmente, a condenação não sobrevirá por causa daquilo que fez, mas por causa do espírito com que a praticou. Porque se o crente não respeita sequer a lei da sua própria consciência, que lei respeitará esse crente? Portanto, quem rompe com a sua própria consciência, está agindo de forma contrária à fé que é a certeza da orientação outorgada pelo Espírito Santo de Deus. Dessa forma, tal crente debilitou o seu senso moral, ainda que esse senso moral contenha pontos exagerados. Após descrever sobre os pecados, rebeldia e murmuração dos israelitas no deserto, e também sobre as conseqüências dos mesmos conforme I Co 10.1-12, o apóstolo, disse: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” I Coríntios 10.23. Uma conduta cristã correta por certo é benéfica tanto para o crente que a pratica, como também para o seu irmão; os crentes têm liberdade para praticar as coisas que lhes são lícitas, isto é, coisas permitidas por lei, porém nem todas as coisas lhes convém pelo fato de não promover edificação; não significa que ao praticar tais coisas os crentes estejam pecando contra Deus, mas estão errando quanto à ordem de prioridade em suas vidas. O crente nas suas decisões deve dar prioridade as coisas que edificam, portanto não deve ter uma conduta complexa, duvidosa, etc. Existem coisas mais importantes do que o mero exercício da liberdade cristã; na ótica apostólica, há outras coisas que ocupam uma posição suprema na vida cristã, por exemplo: A edificação de outros crentes, o exercício da lei do amor, a preocupação e a consideração pelos irmãos mais fraco na fé. Todos esses são princípios básicos de muito maior valor do que o simples exercício da liberdade cristã. O pássaro serve-se de raízes para construir o seu ninho, mas ele não se utiliza qualquer raiz, antes, seleciona as raízes com as quais pode edificar o seu ninho; da mesma forma, só fixaremos o nosso ninho na grandeza de Deus, se primarmos pelas coisas que edificam. “Como o passarinho escondido constrói sobre o terreno aguoso, vou construir um ninho sobre a grandeza de Deus; voarei na grandeza de Deus como o passarinho voa na liberdade que enche todo o espaço entre o pântano e os céus; como por muitas raízes o passarinho fixa seu ninho no solo, vou corajosamente fixar as minhas raízes na grandeza de Deus”. Sidney Lanier Visto que as éticas humanas analisadas neste estudo não passam pelo crivo da Palavrade Deus, devemos ter uma conduta que evidencie a Ética Cristã, de maneira que possamos influenciar os nossos contemporâneos, os quais agem com uma conduta fundamentada em doutrinas de homens falhos e destituídos dos princípios bíblicos. Convém a cada crente agir impulsionado pela supremacia do amor cristão, a fim de que a comunidade cristã por inteiro, possa ensejar o ideal de vida de que tanto necessita a sociedade hodierna. Finalmente, convém que cada cristão atente para o ensino Paulino, que diz: “Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus” I Coríntios 10.32. Conforme o ensino de Jesus, o crente é a luz do mundo e o sal da terra, porquanto, urge que os crentes sejam constituam verdadeiros padrões de ética para o mundo, vivendo em santificação. LIÇÃO 2 A ÉTICA CRISTÃ (PARTE 2) Introdução Na primeira lição definimos “ética” como o “estudo crítico da moralidade”, analisamos os diferentes segmentos da sociedade hodierna. Porém, ao abordarmos a “ética cristã” vemo-nos na obrigação de particularizá-la, em razão desta se distinguir daquelas quanto os seus motivos, meios e fins. No contexto cristão, ética cristã é um somatório de princípios que formam e dão sentido à vida cristã normal. É a marca registrada de cada crente. É o que cada crente é, pensa e faz. A seguir faremos algumas abordagens ética sobre vários temas pertinentes à vida cristã: UMA ABORDAGEM ÉTICA DA LIMITAÇÃO DE FILHOS. “O Cristão e o Planejamento Familiar” Há países, que a legislação não permite que o casal tenha mais de um filho. Para inibir o crescimento do povo de Israel no Egito, Faraó decretou um rigoroso e desumano controle de natalidade para que não nascessem filhos homens, Ex 1.15,16, porém, o Senhor Deus invalidou o decreto real. A Bíblia não determina quantos filhos cada casal deve ter, porém ela diz que os filhos são herança do Senhor e o fruto do ventre, o seu galardão, Sl 127.3. Portanto, cada casal deve pôr essa questão sob a orientação divina; o casal deve orar antes, durante e após a geração dos seus filhos. O casal cristão, antes de gerar os seus filhos deve levar em consideração os seguintes fatores: A vontade de Deus. Saúde física. Alimentação. Educação espiritual e secular. Estrutura social. Espaçamento entre as gestações, etc. “Toda casa edificada sobre um alicerce fraco está destinada ao desmoronamento” Assim como os pássaros preparam um aconchegante ninho para ter os seus filhotes, da mesma forma, o casal deve primeiro se estruturar para depois ter os seus filhos, a fim de não chorar amanhã, ao vê-los subnutridos, mal educados e mal cuidados, isto seria falta de amor e um péssimo testemunho cristão. Ter filhos, um após o outro, seguidamente, sem levar em conta as implicações para a família, pode significar falta de amor, e também carnalidade desenfreada, aliada à ignorância, a Bíblia diz que tudo tem o seu tempo determinado, Ec 3.1. A falta de estrutura familiar contribui para que haja filhos com deficiências orgânicas, doenças adquiridas por falta de uma alimentação eficiente, e filhos mal educados que poderão trazer escândalo para o Evangelho, vergonha para a família, e problemas para a sociedade. A Bíblia é enfática ao dizer: “Mas se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel” I Timóteo 5.8 A Limitação de Filhos Se para ter filhos o casal dever orar, para não tê-los, deve orar muito mais ainda, até porque, quando se evita filhos por vaidade, isto é, para não perder a elegância feminina, ou porque o casal não quer ter muito trabalho, ou ainda porque, a vida está difícil, o casal está agindo divorciado da fé, a Bíblia o condena dizendo que tudo o que é sem fé é pecado, Rm 14.23. Portanto, os filhos não devem ser evitados por razões egoístas e utilitaristas , porque em tudo devemos agir com humildade e temor, honrando ao nosso Deus. Porém, no caso de doença da mãe, ou quando há risco de vida para a mãe ou para o filho, ou quando o casal procura manter um espaçamento entre uma gestação e outra, ou até mesmo, quando o casal já tem o número de filhos que deveria ter; o uso de métodos anticoncepcionais se torna moralmente justificável, até porque, é possível limitar o número de filhos pelos métodos naturais, conhecidos como tabelinha, temperatura, e muco, que também é conhecido como método de Billing, nos quais o casal evita as relações sexuais no período fértil da mulher. Para usar os métodos de diafragma e pílulas, o casal deve procurar a orientação de um ginecologista. Quanto à ligadura de trompas ou vasectomia, o casal cristão depois de orar e ter a resposta positiva do Senhor, também deve procurar um ginecologista. UMA ABORDAGEM ÉTICA SOBRE A PENA DE MORTE Em virtude do significativo aumento da violência nos últimos dias, a pena de morte tornou-se o principal tema de discussão em todos os seguimentos da sociedade. O assunto é complexo, polêmico e controverso; e por conseguinte, essa complexidade requer do cristão um maior aprofundamento nas Escrituras, a fim de que cada seguidor de Cristo tenha um conceito alicerçado na Bíblia e na Teologia. Pois, como cristãos que somos, a nossa posição a respeito de qualquer assunto, deve sempre estar fundamentado nas Escrituras, já que a Bíblia é a nossa regra de fé e prática. Portanto, ao ponderarmos sobre esse tão importante assunto, o nosso entendimento deve ser permeado pela seguinte verdade: “A vida é um dom de Deus. Só a Ele, cabe concedê-la ou suprimi-la, direta ou indiretamente, sem que se configure um crime” A pena de morte passou a ser a função mais alta no mundo pós-diluviano, pois no pacto que Deus fez com Noé, determinou o seguinte: “Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem” Gênesis 9.6 Portanto, Deus pôs sobre o homem todas as funções governamentais, como também, a responsabilidade judicial. Naturalmente, Deus delegou tal poder ao homem visando deter os desobedientes a fim de manter a ordem social. A Pena de Morte na Lei de Moisés. Na dispensação da lei, a pena de morte, que até então, era restrita aos casos de homicídios, passou a ser instituída para vários outros crimes, como podemos observar a seguir: Homicídio doloso, Ex 21.12-14; Dt 19.11-13 Seqüestro, Ex 21.16, Dt 24.7. Morte por negligência, Ex 21. 28,29. Ferimento ou maldição de pai ou mãe, Ex 21.15-17; Lv 20.9; Dt 17.12; 21.18-21. Idolatria, Lv 20.1-5; Dt 13; 17.2-5. Feitiçaria, Ex 22.18. Profecias por ciências ocultas, Dt 18.10,11,20. Blasfêmia, Lv 24.15,16. Profanação do sábado, Ex 31.14. Adultério, Lv 20.10; Dt 22.22. Estupro, Dt 22.25-27. Fornicação, Dt 22.23-24. Homossexualismo, Lv 20.13. Bestialismo ou Zooerastia, Lv 20.15,16. Casamentos incestuosos, Lv 20.11,12,14. Falsas profecias, Dt 13.1-10 Sacrifícios a deuses estranhos, Ex 22.20. A lei de Moisés dizia: “Mas, se houver morte, então, dará vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé” Êxodo 21.23,24 Nos dias de Jesus estava em vigência a Lei de Moisés. A Bíblia diz: “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” João 1.17 Significa portanto, que Jesus veio para implantar uma nova aliança de Deus com o homem; uma doutrina de amor e misericórdia, ou seja, a dispensação da graça salvadora. Porém, diante de uma grande multidão, o próprio Senhor afirmou: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab- rogar, mas cumprir” Mateus 5.17 Naturalmente ele veio cumprir no sentido de obedecer completamente, isto é, ser o que a lei manda, e cumprir as profecias e os preceitos dos profetas; e também completar, aumentar e aperfeiçoar a mensagem do Antigo Testamento, mostrando sentidos e experiências espirituais de maior elevação.Portanto, Jesus não veio para abolir ou pôr de lado a lei. Ele veio para estabelecer uma Aliança Superior, mas, mesmo assim, não subestimou a Antiga Aliança, muito pelo contrário, Ele autenticou-a com a seguinte expressão: “Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da Lei sem que tudo seja cumprido” Mateus 5.18 O “iota”, no grego e “yod” no hebraico, é a menor letra do alfabeto; consta que na Bíblia hebraica há mais de 66000 dessas letras. E “til” é uma pequena marca que distingue certas letras hebraicas de outras. Ao dizer que não passará da lei nem um jota ou um til, Jesus estava dizendo que até mesmo as letras do texto sagrado foram inspiradas por Deus. Querendo dar uma dimensão maior aos preceitos sagrados, Jesus se referiu à lei, a fim de revelar a concepção divina sobre os atos dos homens, analisemos seu ensino: “Ouviste que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raca será réu do sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno” Mateus 5.21,22 Não tenho dúvidas de que Jesus deu respaldo à pena de morte prescrita na lei de Moisés, contudo, não creio que com essas palavras, Jesus estivesse advogando a pena de morte para quem irasse contra seu irmão; o que entendo é que com essa ilustração ele estava revelando que na concepção divina, a intenção configura o próprio ato. Portanto, enquanto a Lei de Moisés restringe os atos físicos, funcionando como um preventivo contra os delitos físicos, a graça restringe as intenções, funcionando como um preventivo contra o ódio e outros sentimentos que se transformam em delitos físicos. O ensino de Jesus transcende o mais refinado conceito humano, pois aos seus seguidores, mandou que amassem os próprios inimigos, Mt 5.44; e determinou também que surpreendessem quem lhes batesse numa face, oferecendo-lhe a outra, Lc 6.29. Significa portanto, que no caso de alguém ser dominado pelo ódio, chegando ao ponto de nos bater na face, o nosso dever como cristãos, é responder com amor, oferecendo-lhe a outra, e não levá-lo ao tribunal, ainda que tal ato seja considerado uma agressão física. Ora, se de fato Jesus estivesse advogando a pena de morte para quem irasse contra seu irmão, o correto não seria oferecer-lhe a outra face, e sim, levá-lo ao tribunal para ser sentenciado. Embora a essência do ensino de Jesus fosse o amor, Ele admitia o castigo e a pena capital aos transgressores da lei, através das autoridades constituídas, aos quais Deus confiou a grande responsabilidade judicial. “A mulher adúltera” No episódio da mulher adúltera descrito em Jo 8.1-11, que os fariseus flagraram no próprio ato, e trouxeram a Jesus, acusando-a de adultério, ele não agiu como um jurista, entrando no mérito da questão. Sabemos que a lei exigia a presença das testemunhas, Nm 35.30; como sabemos também que no caso de adultério, a lei condenava não somente a mulher, mas também ao homem, Lv 20.10. Mas Jesus não perguntou pelas testemunhas e nem pelo homem adúltero, porque não agia como um jurista e sim como o Salvador prometido. Ao profetizar sobre a natureza do ministério do Messias, o profeta Isaías o apresentou como o “Servo do Senhor”, dizendo que Ele não quebraria a cana trilhada e não apagaria o pavio que fumega, Is 42.1-3. Portanto, no episódio da mulher adúltera, o Mestre não entrou em choque com a lei de Moisés, e nem com a sua doutrina misericordiosa; Ele não desmereceu a acusação dos fariseus e nem inocentou a mulher, mas agiu como o Salvador poderoso; com a sabedoria divina neutralizou a acusação dos fariseus, e mesmo não usando argumento de defesa, salvou a mulher do apedrejamento, aplicando a lei da graça e do seu sublime amor; não condenou aquela que de fato era pecadora, mas exortou-a a deixar a vida de pecado. A lei julga e condena o pecador, mas Cristo julga e condena o pecado; Ele não perdoa o pecado, mas sim, o pecador. A pena de morte tira o pecador do mundo, mas Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, Jo 1.29. UMA ABORDAGEM ÉTICA SOBRE A SEXUALIDADE No dia em que Deus criou o homem e o dotou da sexualidade, fez uma espécie de controle de qualidade, como também fizera em todos os demais dias da recriação, a Bíblia diz: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã do dia sexto” Gênesis 1.31 Significa que o sexo saiu das mãos de Deus puro, isto é, sem pecado, pois a Bíblia afirma que Deus fez ao homem reto, Ec 7.29a, porém com a entrada do pecado no mundo, o sexo foi tremendamente deturpado. E é bom que se diga, que o pecado não afetou somente a sexualidade do homem, mas todas as suas faculdades foram igualmente afetadas. O pecado desregrou os instintos humanos; porém, quanto aos crentes, a Bíblia diz: “E os que são de Cristo Jesus, crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” Gálatas 5.24 O casal convertido deve entender, que foram dotados por Deus da sexualidade para propósitos específicos, puros e elevados; por exemplo, a sexualidade humana condiciona ao homem agir em parceria com Deus na criação; privilégio este, concedido por um ato soberano da misericórdia divina. Portanto, pelo propósito divino da criação, o sexo deve ser visto como algo sublime e não como algo repugnante, nojento, impuro, etc. A Intimidade e Interação Sexual é privativa dos casados. Por não observar os princípios bíblicos que regem o comportamento humano, inúmeras famílias brasileiras têm sido maculadas, por permitir que os seus filhos adolescentes, tenham relações sexuais com as suas namoradas ou namorados, dentro de suas próprias casas. Este fato nos deixa estarrecidos, contudo, sabemos que todo o mundo está no maligno, I Jo 5.19, mas o que nos deixa entorpecidos é saber que pesquisas indicam que 50% dos jovens evangélicos já praticaram sexo antes do casamento. Segundo os preceitos sagrados, o sexo nunca deve ser praticado antes ou fora do casamento. O ensino bíblico sempre associa a prática do sexo com pessoas casadas, leia Gn 1.27,28; Ct 4.1-12; Ef 5.22-25. O sexo praticado antes ou fora do casamento é um grave pecado contra a Palavra de Deus, contra Deus, contra o próprio corpo, I Co 6.18, contra o próximo, contra a Igreja e contra a família. “Sua natureza” O sexo faz parte da constituição física emocional do homem, portanto o sexo não deve ser visto como algo imoral, feio, vulgar e pecaminoso. Ora, se o próprio Deus, após ter criado o homem, declarou que tudo quanto tinha feito era muito bom, Gn 1.31; logo subentende que o sexo é bom. O que arruinou o sexo foi o pecado, ou seja, a prática ilícita, anti- bíblica, bestial, animalesca, violenta, anti- social e demoníaca, pois o espírito de luxúria e de prostituição atua na área da sexualidade humana, leia Os 4.12; 5.4. UMA ABORDAGEM ÉTICA SOBRE POLÍTICA Antes mesmo da fundação do mundo, a Bíblia diz que Deus nos elegeu nele, Ef 1.4, isto é, em Cristo; significa que fomos eleitos como verdadeiros cidadãos do céu em Cristo Jesus; mas a cidadania celestial não neutraliza a cidadania terrena, muito pelo contrário, o autêntico cidadão do céu é exatamente aquele que procura ser um bom cidadão terreno. O cidadão desta terra, tem direitos e deveres; e um dos deveres, é escolher um representante político para as três esferas da vida pública, a federal, estadual e municipal. Nós, os crentes, como sal da terra e luz do mundo, temos o dever de influir positivamente nos destinos da nação; e para isso, precisamos pedir sabedoria a Deus, a fim de elegermos homens ou mulheres de boa reputação, tementes a Deus, honestos, íntegros, bons chefes de família, fiéis aos compromissos, humildes, altruístas, sinceros, sensíveis aossofrimentos alheios, etc., e sobretudo, que tenham verdadeiramente a vocação política, a fim de não usarem o cargo para benefícios próprios; e não somente a vocação, mas também, além de um alto padrão moral, deter preparo suficiente para que possam exercer o mandato com amor e eficiência; porque como bem disse José de Alencar: “Só a ignorância aceita, e a indiferença tolera, o reinado das mediocridades" Há um provérbio popular que diz: “Se quiser conhecer verdadeiramente um homem, dê-lhe autoridade” “Sobre política e jardinagem” Discorrendo sobre a vocação política, o educador, escritor e psicanalista Rubem Alves, que é professor emérito da Universidade Estadual de Campinas, escreveu o seguinte: “Vocação, do latim “vocare”, que dizer “chamado”. Vocação é um chamado interior de amor; chamado de amor por um “fazer”. No lugar desse “fazer” o vocacionado quer “fazer amor” com o mundo. Psicologia de amante: faria, mesmo que não ganhasse nada. Política vem de “polis”, cidade. A cidade era, para os gregos, um espaço seguro, ordenado e manso, onde os homens podiam se dedicar à busca da felicidade. O político seria aquele que cuidaria desse espaço. A vocação política, assim, estaria a serviço da felicidade dos moradores da cidade. Talvez por terem sido nômades no deserto, os hebreus não sonhavam com cidades; sonhavam com jardins. Quem mora no deserto sonha com oásis. Deus não criou uma cidade. Ele criou um jardim. Se perguntássemos a um profeta hebreu “o que é política?”, ele nos responderia: “A arte da jardinagem aplicada às coisas públicas” O político por vocação é um apaixonado pelo grande jardim para todos. Seu amor é tão grande que ele abre mão do pequeno jardim que ele poderia plantar para si mesmo. De que vale um pequeno jardim se a sua volta está o deserto? É preciso que o deserto todo se transforme em jardim. Um político por vocação é um poeta forte: ele tem o poder de transformar poemas sobre jardins em jardins de verdade. A vocação política é transformar sonhos em realidade. É uma vocação tão feliz que Platão sugeriu que os políticos não precisam possuir nada: bastar-lhes-ia o grande jardim para todos. Seria indigno que o jardineiro tivesse um espaço privilegiado, melhor e diferente do espaço ocupado por todos. Conheci e conheço muitos políticos por vocação. Sua vida foi e continua a ser um motivo de esperança. Vocação é diferente de profissão. Na vocação a pessoa encontra a felicidade na própria ação. Na profissão o prazer se encontra não na ação. O prazer está no ganho que dela se deriva. O homem movido pela vocação é um amante. Todas as vocações podem ser transformadas em profissões. O jardineiro por vocação ama o jardim de todos. O jardineiro por profissão usa o jardim de todos para construir seu jardim privado, ainda que, para que isso aconteça, ao seu redor aumentem o deserto e o sofrimento.” O Cristão como Cidadão na Terra. Como já frisamos neste estudo, o cristão pode votar e ser votado, porém, é bom que se diga que não convém o envolvimento de pastores na política; aqueles detêm a chamada divina para o ministério, aos quais Deus confiou a grande responsabilidade de pastorear um rebanho, deve deixar o exercício da política para os membros que têm vocação terrena para tal. E ao exercer o seu direito de voto por ocasião das eleições municipais, estaduais ou federais, o cristão deve atentar para o ensino bíblico, que diz: “estabelecerás sobre ti o rei que o Senhor teu Deus escolher, entre os teus irmãos. Não poderás estabelecer como rei um estrangeiro, que não seja teu irmão” Deuteronômio 17.15 Portanto, havendo um candidato que professe a fé cristã, que seja um autêntico servo de Deus, sério, comprometido com a verdade do Evangelho, que tenha bom testemunho cristão, que seja participante ativo do Reino de Deus, honesto, cumpridor dos seus deveres como esposo, pai e cidadão, e que sobretudo, tenha vocação política, e esteja preparado para exercer o cargo pretendido; nós, os cristãos, devemos dar preferência à sua candidatura, ao invés de eleger um candidato destituído de qualquer princípio cristão, que além de não ter nenhum compromisso com a igreja, ainda professa uma fé contrária a doutrina cristã, como é o caso dos candidatos ateus, espíritas, budistas, umbandistas, ou representantes de homossexuais, lésbicas, contraventores, etc. A Bíblia diz que tudo o que não é de fé é pecado, Rm 14.23; assim sendo, o direito de voto deve ser exercido com base na fé, de maneira que é inconcebível que um eleitor que se diz cristão, não ore, e não procure embasar essa atividade nos ditames da Palavra de Deus. Pois a Bíblia diz: “Quando os justos triunfam, há grande alegria; mas, quando os ímpios sobem, os homens escondem-se” Provérbios 28.12 Porém, se não houver candidatos com perfil cristão, ou se o candidato que há, tem apenas o nome de cristão, e não preenche os requisitos de maneira que possa representar a igreja; para não escandalizar o evangelho, é melhor que o eleitor cristão dê preferência a um candidato descrente que seja um homem de bem, honesto, de boa reputação, porque infelizmente, há evangélicos desordenados, depravados, desonestos, que nenhuma diferença tem dos ímpios, e portanto, não honram a Cristo. E a Bíblia diz: “Quando os ímpios sobem, os homens se escondem, mas, quando eles perecem, os justos se multiplicam” Provérbios 28.28 UMA ABORDAGEM ÉTICA SOBRE OS JOGOS Há um forte apelo para que todos arrisquem qualquer quantia, nos mais diversos tipos de jogos, tanto nos que já foram legalizados, como também nos ilegais. É a ilusão do dinheiro fácil. Com o argumento de que “quem não arrisca, não petisca”, milhares de pessoas no afã de acertarem na sorte, arriscam o que podem nos jogos de azar, mas como os jogos não são da sorte e sim de azar, ao invés de levarem o prêmio, a maioria fica mesmo é no azar. É importante salientar que quanto maior for o universo de apostadores menor é a chance de acertar. Porém, depois de dominadas pelo vício, as pessoas tentam justificar a jogatina por várias razões. Algumas, justificam sua participação em alguns tipos de jogos, alegando que parte da renda destina-se a obras sociais, porém isso não serve de justificativa, porque se alguém quer fazer uma doação para uma entidade de assistência social, não é necessário que se faça através de um jogo de azar, porque existem muitas outras maneiras de fazer. O tempo e o espaço não permitem tecer um comentário detalhado sobre os vários tipos de jogos que existem, porém devido a popularidade que ganhou o jogo de baralho, se faz necessário fazer uma pequena referência a ele. Muitas pessoas passam noites e mais noites jogando cartas; algumas, apostando altas somas em dinheiro, e outras por simples diversão; seja como for, muitas dessas pessoas se ainda não perderam, são fortes candidatas a perderem o seu emprego e consequentemente, o seu próprio casamento, devido as dívidas e também ao distanciamento conjugal provocado pelo jogo. Recentemente, a televisão noticiou que o famoso repórter policial Gil Gomes, perdeu sua família por causa do jogo; é interessante observar que o vício do jogo é um inimigo que não respeita a classe social de quem quer que seja. Outrossim, sobre as cartas de baralho, temos a informação de que já no ano 969 eram usadas para prever o futuro. A história narra que no século XIV, os soldados sarracenos introduziram no sul da Itália um jogo de baralho chamado “naib”, que em herbeu quer dizer “feitiçaria”, e que pode ter sido a origem da palavra “naipe” em português e espanhol. As cartas de baralho são os principais instrumentos da cartomancia, uma prática espírita severamente condenada nas Escrituras, Dt 18. 10-12. Portanto, é inadmissível que um cristão comprometido com a verdade do Evangelho, se deleite com estas coisas, ainda que seja como um simples passa tempo, porque a Bíblia afirma que ficarão defora, não somente os que praticam a mentira, mas também os que a amam, Ap 22.15. “Porque o cristão deve repugnar os jogos ” Porque o jogo é uma ilusão mundana, I Jo 2.17. Porque o vício de jogar configura-se num jugo insuportável, Gl 5.1. Porque caracteriza na avareza, que é idolatria, Cl 3.5. Porque dependendo do tipo de jogo e dos seus resultados, ele rouba do indivíduo todo o seu dinheiro, sua saúde, sua moral, sua família, seu emprego e até mesmo, a sua vida; neste caso, os jogos se caracterizam como agentes do maligno, que segundo as Escrituras veio para roubar, matar e destruir, Jo 10.10. LIÇÃO 3 TEOLOGIA DO OBREIRO PARTE 1 INTRODUÇÃO Quando aceitamos a salvação que nos foi oferecida em Cristo, o nosso relacionamento com Deus assumiu uma dimensão não só no que tange ao louvor e à adoração, mas também no que tange ao serviço. E é desta forma que, uma vez unidos a Cristo, somos feitos parte inseparável da sua obra na terra. Como igreja, temos de Cristo a chamada para sermos suas testemunhas, sal da terra e luz do mundo. Esta chamada se destina a todos os salvos. Reconhecemos, porém, que, além da chamada geral e universal com a qual Deus tem contemplado a todos os salvos, ele tem distinguido a muitos dos seus servos com uma chamada individual e específica. Estes, exercem funções de ministros de tempo integral, constituindo assim o ministério ordinário da sua igreja. Ninguém pode fazer a si mesmo ministro de Cristo. Necessário é que tenha a específica chamada divina como Arão, irmão e cooperador de Moisés. Destes a quem Deus chama para o ministério de tempo integral, requer-se que cumpram o seu ministério com cuidado, respeito e dignidade, porque todos, quer sejam bons ou maus obreiros, hão de comparecer diante de Deus a fim de prestar-lhe contas dos seus atos. Diferentes Aspectos da Chamada Divina 1. Vinde a mim ..........................................Mateus 11.28 2. Vinde após mim .................................Mateus 4.19 3. Aprendei de mim ...............................Mateus 11.29 4. Permanecei, pois, na cidade .......Lucas 24.49 5. Ide por todo o mundo ......................Marcos 16.15 Chamada Geral e Universal 1.A chamada é para todos os crentes em geral, Mc 16. 15-17. 2.A promessa do batismo com o Espírito Santo, que é o poder para testemunhar, também se destina a todos, At 2.39. BÊNÇÃOS PROFECIAS LÍNGUAS PODER “Mais recebereis “PODER”, ao descer sobre vós, o Espírito Santo” Atos 1.8 SALVAÇÃO 1)Dunamys – Dínamo, Dinamite e Dinâmico. 2)Exousia – Ex= fora ousia = ser Poder delegado Procuração Hoje podemos contar muitos recursos, que a igreja primitiva não teve o privilégio de poder contar, e no entanto eles evangelizaram o mundo. O que eles tinham que nós não temos? PODER A Igreja é o sacerdócio real, I Pe 2.9, sal da terra, Mt 4.13, e luz do mundo, Mt 5.14. Chamada Individual e Específica Dentre todos os que atenderam a chamada geral ou universal, Deus chama alguns para o ministério. A Bíblia diz: “Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres”, Efésios 4.11. A chamada Individual e Específica, exige: 1 – Uma Grande Salvação 2 – Uma Grande Santificação 3 - Uma Grande Compaixão, é necessário ver como Jesus vê, Mt 9.35,36, ilustração do cego de Betsaida, Mc 8.22-24. 4 – Uma Grande Comissão; Neemias é um grande exemplo: “Estou fazendo grande obra..”, Ne 6.3. Há os que alegam estar Deus lhes chamando para obra, contudo, não sabem o que fazer. Queremos ilustrar com o Exemplo de Aimaás, II Sm 18.20-29. Aprendemos aqui, que: Não basta querer Não basta correr Não basta chegar na frente. 5 – Uma Grande Determinação. Determinação é a capacidade de estabelecer um alvo a ser alcançado, e usar todos os recursos disponíveis até que o alvo seja alcançado. Quem tem determinação entende que aqueles que Deus chama, em virtude das circunstâncias contrárias poderá até dizer que não quer fazer, mas nunca poderá dizer: “Não posso fazer” Para quem tem determinação o difícil fica fácil e o impossível torna-se possível. O apóstolo Paulo disse: “Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”, Fp 3.14 João Knox orava: “Ó Deus, dá-me a Escócia ou eu morro”. Não demorou muito tempo até que pôde ver a Escócia se voltando para Deus. João Nelson Hyde costumava orar, dizendo: “Ó Deus, dá-me almas ou tira-me a alma”. Em resposta à sua oração, muitas almas foram encaminhadas a Cristo. Abraão Lincoln era apenas um menino lenhador, quando disse: “Vou me preparar, pois a minha oportunidade de servir, há de chegar”. Anos depois de ter dito isto, foi eleito Presidente dos Estados Unidos. Alberto Santos Dumont lutou contra todos os obstáculos, tentando provar que era possível fazer voar um instrumento mais pesado que o ar. Foi assim que, em Paris, lugar onde foi hostilizado e desacreditado por não poucas pessoas, conseguiu voar com o primeiro dirigível mais pesado que o ar. O Modo da Chamada “Ora, ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus, como foi Arão” Hebreus 5.4 Na maioria das vezes a chamada divina até se caracteriza pela nossa vontade, contudo, Deus pode chamar alguém que não mostre nenhum desejo de realizar a obra de Deus; um exemplo clássico disto é o profeta Jonas, Jn 1.1-13. Lendo o capítulo quatro de Êxodo, vemos em que circunstâncias e de que modo Arão foi chamado por Deus e feito associado de Moisés na libertação dos hebreus que gemiam sob o peso da servidão egípcia. O propósito divino em usá-lo nesse ministério, foi revelado primeiro a Moisés, enquanto que Arão estava entre os cativos no Egito, a uma distância de aproximadamente trezentos quilômetros. Note, portanto, que Arão não foi antes consultado pelo Senhor para saber se queria ou não cumprir aquela tarefa. O Senhor mesmo o escolheu, o chamou e o enviou, Jo 15.16. As vezes os que têm vontade e disponibilidade não são aceitos como obreiros, e os que além de não demonstrarem interesse e não terem disponibilidade, o Senhor os chama, leia Mt 8.19-22. A chamada divina pode se caracterizar por um conceito espiritual, ou seja, uma voz meiga e suave como um bombardeio no entendimento, leva às vezes, a abandonar bons empregos, excelentes negócios, e até rendosas profissões liberais, para se atirar ao serviço de Deus. O que um homem natural jamais poderia entender. Contudo, o Senhor também poderá falar aos ouvidos de todos, como foi com Barnabé e Saulo, At 13.2. A chamada pode também se caracterizar por uma aptidão natural. Outro modo é o reconhecimento; a igreja e o ministério reconhece a vocação divina, ainda que a própria pessoa não perceba; no seu entendimento, está fazendo por amor a obra, e não consegue perceber que faz devido a uma capacitação divina. Outras maneiras pelas quais Deus fala e chama: 1. Por sua própria Palavra, lida ou ouvida. 2. Por circunstâncias providenciais, como tribulações e perseguições. 3. Por convicção do nosso bom senso. 4. Por intermédio da operação de determinados dons do Espírito Santo, como sejam, a Palavra do Conhecimento, a Palavra da Sabedoria e a Profecia. 5. Por indicação do Pastor da Igreja. A Preparação Para o Ministério 1. O novo nascimento. 2. O batismo no Espírito Santo. 3. O jornadear com Deus, At 4.13. 4. A formação do caráter cristão (Fruto do Espírito) 5. A escola da experiência, através das lutas. 6. Instrução secular. 7. Instrução teológica. A Dignidade do Ministério Por mais nobre que seja a responsabilidade dos governantes e magistrados deste mundo, jamais será igualada em significado à responsabilidade de um ministro conscientemente chamado por Cristo. O ministério cristão faz do ministro o maior instrumento humano, pois, o seu serviço tem implicações no céu, na terra e no inferno.A magnitude do ministério é tal que os próprios anjos anelaram tomar sobre os seus ombros, I Pe 1.12. para melhor compreender a dignidade do ministério cristão, e o seu significado dentro dos parâmetros bíblicos, convém dizermos primeiro o que o ministério cristão não é: O ministério cristão não é uma profissão. O ministério não é um emprego, embora essa seja antiga, leia Jz 17.7-13. O ministério cristão não é um legado de família O ministro tem que ver o seu ministério do ponto de vista da perspectiva de Deus, só assim poderá ter uma correta concepção do ministério cristão. E uma vez conscientes da dignidade do ministério, devemos: 1. Glorificar o nosso ministério, Rm 11.13. 2. Dar total dedicação, Rm 12.7. 3. Resguardar o nosso ministério, II Co 6.3. 4. Cumprir o nosso ministério, Cl 4.17; II Tm 4.5 LIÇÃO 4 TEOLOGIA DO OBREIRO PARTE 2 O sucesso do ministério cristão está em absorver e vivenciar os ensinos de Cristo; dentre os quais queremos destacar os seguintes: A RENÚNCIA A renúncia é um ponto crítico na conversão do pecador, há casos de pessoas sinceras que deram quase todos os passos necessários para conversão, sem muitas dificuldades; porém, no momento da renúncia se retiraram tristes, como o mancebo de qualidade, que assim procedeu, ao ouvir de Jesus, o preço que teria que pagar para segui- lo; o jovem rico conhecia todos os mandamentos, e segundo suas próprias palavras, guardava todos; porém, disse-lhe Jesus: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me”. Mateus 19.21 Embora declarando-se religioso, não pôde seguir a Jesus, porque a sua riqueza ocupava o primeiro lugar na sua vida, a riqueza, sim, é que era o seu deus, e, portanto, este pobre rapaz, que se dizia religioso desde a sua mocidade, não guardava sequer o primeiro mandamento, que diz: “Não terás outros deuses diante de mim”. Êxodo 20.3 E Jesus chegou a exclamar: “Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas!” Marcos 10.23 A natureza humana decaída, se tornou escrava dos vícios, dos prazeres carnais, das propriedades, das riquezas, do egoísmo, da altivez, da idolatria, das imoralidades, das bebedices, glutonarias, etc. “Conceituação” Renunciar (Do lat. Renuntiare) significa: Rejeitar, recusar, não querer, desistir, deixar voluntariamente a posse, etc. No contexto espiritual, a renúncia significa abrir mão dos interesses particulares, de alguns prazeres comprometedores, de comportamentos mundanos, da própria vida, e de tudo quanto nos prende ao passado, impedindo-nos de seguir a Jesus. O crente quando renuncia tudo para seguir a Cristo, não está cometendo nenhuma incoerência, pois sua decisão é baseada na revelação que o Espírito Santo lhe dá a respeito da glória e da magnitude de Cristo. Portanto, a fé que leva o pecador recusar os prazeres pecaminosos, para seguir a Cristo, é uma fé operada pela revelação do Espírito Santo no seu íntimo, na sua alma, mediante a pregação do Evangelho de Cristo. “Condições Para Seguir a Jesus” Primeiro é necessário ter vontade, depois renunciar, analise as palavras de Jesus: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”. Lucas 9.23 Embora a vontade do Senhor é que todos se tornem seus fiéis seguidores, ele não obriga a ninguém, não força a vontade humana. Ele declarou que é a fonte, se alguém tem sede, disse ele; que venha a mim e beba, Jo 7.37. “É Necessário Renunciar-se a Si Mesmo” Renunciar-se a si mesmo, significa tirar o “eu” do trono e entronizar Jesus; o apóstolo Paulo falando sobre a depravação dos gentios, disse o seguinte: “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém! Romanos 1.25 Portanto, o pecado caracteriza a rejeição da verdade de Deus, e a aceitação da mentira de Satanás; pregada por ele no Jardim do Éden Com as seguintes palavras: “sereis como Deus”, Gn 3.5, portanto, o homem ao pecar contra Deus, tomou decisões sem levar em consideração a soberania de Deus, e se tornou senhor de si próprio, tomando as rédeas da sua vida; neste caso, o seu “eu” tornou-se numa espécie de deus, porquanto, o pecado deformou a criatura humana, tornando-a egocêntrica, individualista, insensível, etc. Ora, se a separação do homem de Deus, deu-se com o endeusamento da personalidade humana; o retorno deve se dar com a renúncia de si mesmo; conseqüentemente, se o pecado destronou Deus e entronizou o homem, a regeneração deve destronar o homem e entronizar Jesus. Leia os textos seguintes: Ec 7.29; Rm 1.25; Fp 3.18,19; Jo 3.30; Fp 2.5-11. “Um Exemplo de Renúncia de Si Mesmo” Em certa cidade da África, havia uma igreja que estava encontrando grande dificuldade para construir o seu novo templo. O pastor fazia apelos consecutivos, mas o dinheiro não entrava para a tesouraria; certo dia, resolveu falar francamente à igreja, manifestando sua tristeza por tanta falta de liberalidade da parte dos irmãos. Fez, então, o seu último apelo. Dias depois recebeu a visita de uma jovem em sua casa, que atendendo ao apelo do pastor, disse: Aqui está esta importância, que é minha contribuição para a construção do nosso templo. Ao receber a oferta, o pastor ficou deveras impressionado com a atitude de sua humilde ovelha; e perguntou o pastor; mas, como sendo tão pobre, faz uma oferta tão grande? E a jovem lhe respondeu: Pastor, eu não tinha recursos para fazer uma oferta à minha igreja. Por isso, vendo que ela precisava do meu auxílio, resolvi vender-me como escrava. E penso que não há nada demais nesta minha atitude, porque mais do que isto, fez Jesus Cristo por mim. Ele ofereceu-se como vítima de propiciação pelos meus pecados. O pastor, comovido, agradeceu pela generosa oferta daquela jovem, agora escrava, e narrou o fato à Igreja. Logo depois, a Europa inteira teve conhecimento desse fato heróico. Muitas ofertas foram enviadas para a construção do templo e a jovem foi resgatada por meio das coletas e ofertas liberais. Se a jovem africana não renunciasse a si mesma, é bem possível que o templo não fosse construído. Será que você seria capaz de renunciar-se a si mesmo? “É Necessário Tomar Cada Dia a Cruz” “Se alguém que vir após mim, negue-se a si mesmo, e toma cada dia a sua cruz, e siga-me”. Lucas 9.23 Temos neste texto, os passos que devem ser dados por todo aquele que deseja seguir ao Senhor; o primeiro é negar-se a si mesmo; e o segundo é tomar cada dia a sua cruz; e o dever de tomar cada dia a cruz, significa que, a exigência do Senhor é um processo contínuo; porque o Senhor sabe que as vezes, somos surpreendidos por nós mesmos, ou seja, mesmo depois que renunciamos, somos tentados por nossa própria natureza humana, Tg 1.14, fazendo coisas que não gostaríamos de fazer, e deixando de fazer aquilo que gostaríamos de fazer, Rm 7.15; tomar cada dia a cruz, significa portanto, o comprometimento diário com Cristo; tomando cada dia a cruz nos ombros, ela nos preservará do esquecimento de que estamos comprometidos com Cristo e com os céus; e, portanto, o crente sem a cruz fica vulnerável às tentações do seu próprio ego. Se renunciar-se a si mesmo, as vezes dói, imagine tomar a cruz, porém, esta foi a atitude do Senhor; ele renunciou toda a glória divina, Fp 2.5-7, e para nos assegurar a vida eterna, tomou a cruz e subiu o monte Calvário. Ora, se o caminho da salvação foi penoso para o Senhor, não devemos pensar que será diferente para nós, os seus seguidores, pois, Ele nos advertiu: “No mundo tereis aflições”, Jo 16.33; e o apóstolo Paulo, que sabia muito bem o que significa tomar cada dia a cruz, disse: “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições”. II Timóteo 3.12 Porém, há crentes que trocaram a cruz por umafalsa teologia da prosperidade que não admite pobreza, doença, aflições; mas o crente sem a cruz não pode se identificar com o Cristo da cruz. “Perdendo Para Ganhar” “Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida a salvará”, Lucas 9.24 Quem quiser viver aqui para o seu próprio prazer e felicidade, em vez de viver para fazer a vontade de Deus, segundo os seus princípios, acabará no engano e na perdição. A verdadeira vida e felicidade consiste no abandono dos nossos próprios caminhos para viver em comunhão com Jesus, conforme os ensinos da sua Palavra. Na parábola do semeador, Jesus explicou que a semente que foi semeada entre espinhos, é o que ouve a Palavra , mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a Palavra, e fica infrutífera, Mt 13.22; o mundo inteiro está sob a influência do maligno, I Jo 5.19 e, portanto, os prazeres que o mundo oferece seduzem os homens com prazeres efêmeros, ocupam o seu tempo, e acabam escravizando-os, dificultando tremendamente os efeitos da Palavra semeada em seus corações. O maligno, astutamente, age também oferecendo algo prazeroso, iludindo homens e mulheres para escravizá-los com uma vida de ostentação social. Portanto, quem quiser ganhar ou desfrutar a vida social, com seus encontros sociais de final de semana, com a boa condição financeira, propiciada muitas das vezes pelos lucros fáceis e ilícitos, das nefandas orgias e repugnantes práticas imorais, hão de perder a verdadeira vida e felicidade que Cristo oferece. “Quem Perde Ganha!” Quem por amor a Cristo, abrir mão dos prazeres efêmeros, hão de ganhar e desfrutar da verdadeira vida e felicidade eterna; entendemos portanto, que no Reino de Deus, a operação se processa desta forma: Para somar e multiplicar as bênçãos, é necessário subtrair todos os prazeres, pelos quais homens e mulheres, ficam apegados ao mundo que é hostil ao reino de Deus. Todos que optarem pelos prejuízos mundanos e carnais, hão de desfrutar dos lucros e riquezas espirituais em Cristo Jesus; assim escreveu o apóstolo Paulo: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo”. Filipenses 3.7,8 Portanto, quem perder a sua vida por amor de Cristo e do Evangelho, passa a ter de imediato, uma vida incomparavelmente superior, pois nesta vida recebe cem vezes tanto, e depois a vida eterna, Mt 19.29; por isso Paulo declarou: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”. Filipenses 1.21. “O Perdedor Insensato” “Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?” Lucas 9.25 Perdedores insensatos são aqueles que empregam todas as suas forças, usam todos os seus recursos, e se valem de todos os artifícios, ainda que sejam ilícitos e imorais, para possuírem bens materiais, dinheiro, etc. E se tornam avarentos insaciáveis que na ambição do dinheiro, se entregam aos jogos de azar, se metem em negócios escusos, e acabam se envolvendo em jogadas perigosas no submundo do crime, e quando vem à tona tudo o que fizeram às escondidas, envergonham a família, e se tornam manchas irreparáveis para a sociedade. Pessoas desta estirpe acabam por trilharem caminhos tenebrosos, prejudicando- se a si mesmos, tanto nesta vida como na vindoura. Qualidades Naturais Coragem – Força ou energia moral ante o perigo, ânimo, bravura, intrepidez, ousadia. Diligência – Cuidado ativo, presteza em fazer alguma coisa, zelo, esforço, etc Disciplina – Ser disciplinado é uma exigência de todo líder, portanto, antes de se tornar líder, deve primeiramente se submeter de boa vontade, e aprender a obedecer, segundo uma disciplina imposta de fora, e em seguida, impor a si mesmo de dentro, uma disciplina mais rigorosa ainda. Dignidade – Modo de proceder que infunde respeito, honra e grandeza moral. Quando de fato o líder é digno do cargo que ocupa, o tratamento por parte dos seus liderados é caracterizado por respeito, honra, submissão e obediência. Sabedoria – Conhecimento da verdade, instrução intensa, razão, justo conhecimento natural ou adquirido das verdades (mormente morais), saber, doutrina, ciência, totalidade dos conhecimentos adquiridos. Nas Escrituras, é o julgamento justo concernente à verdade moral e espiritual. Tato – Percepção aguda do que é conveniente dizer ou fazer em uma situação difícil ou delicada, sem melindrar os sentimentos dos outros, delicadeza, discrição. Discrição – Prudência, qualidade daquele que sabe guardar segredo. Discernimento, reserva, modéstia. Cortesia – Urbanidade, delicadeza, civilidade, polidez, cumprimento, mostrar-se generoso ou pródigo à custa de outrem. Não podemos jamais esquecer do cavalheirismo, do “muito obrigado”, do “por favor”, do toque gentil e sorriso espontâneo e agradável. Asseio – Limpeza, higiene, correção. Pontualidade – Qualidade de pontual. Ser pontual é ser exato no cumprimento dos seus deveres ou compromissos. É fazer o que tem de ser feito no tempo em que foi combinado. Integridade e Sinceridade – Integridade é inteireza, retidão, inocência, imparcialidade. Sinceridade significa franqueza, lisura de caráter, sem rebuços ou malícia. É ser verdadeiro, franco, sem dissimulação, sem disfarce. Qualidades EspirituaisO Amor A Fé A Santidade A Humildade – (Do lat. Humilitatem) Ausência de orgulho ou soberba. Juízo que a pessoa faz de si mesmo acerca de sua pequenez e deficiências. No campo teológico, a humildade é mais que essencial para se apropriar do conhecimento divino. Devemos reconhecer , antes de mais nada, que a base da teologia não é a nossa especulação, mas a revelação que parte do pai das luzes. Sem humildade não há teologia; e, sim, devaneios. A Paciência – Resignação, perseverança tranqüila. O Espírito Perdoador - Ninguém tem tanta obrigação de ser semelhante a Cristo como o pastor que é o líder. Portanto, espera-se do líder que não somente ensine com palavras, mas muito mais com a vida e o procedimento diário. Em suma, o pastor deve se assemelhar a Cristo, que ensinava fazendo. LIÇÃO 5 TEOLOGIA DO OBREIRO PARTE 3 Introdução O sucesso do obreiro cristão não depende apenas da sua integridade espiritual, e do desvelo com que se desincumbe do ministério que Deus lhe confia; mas também da forma como ele se traja, se apresenta e fala a sua própria língua. PRINCÍPIOS DE ETIQUETA E DE HIGIENE Além dos cuidados espirituais que o obreiro deve ter na conservação da sua comunhão com Deus e do seu ministério, ele deve ter cuidados especiais com a sua maneira de ser e de agir em outras áreas da vida, entre as quais a sua maneira de vestir, e como encara a higiene. Cuidado no trajar. Reconhecemos que o obreiro não é nenhum astro de cinema, que tenha luxuosas roupas para vestir em cada reunião. Porém, reconhecemos também que ele não é nenhum “Jeca Tatu”, para ter de andar despenteado, barbudo, roupa suja ou rasgada e de pés descalços. A maioria dos nossos obreiros, não ganha o suficiente para possuir um rico guarda- roupas. Isto, contudo, não indica que eles estejam predestinados a andar sujos e desarrumados. De fato, a roupa pode estar bem usada, porém, se lavada e bem passada, compõe melhor quem a veste, do que a melhor roupa que não esteja bem cuidada. Tenha ou não roupas novas, o obreiro do Senhor deve se trajar condignamente com a sua função, lembrando-se sempre que ele é o melhor cartão de apresentação da igreja à qual pastoreia. Conhecemos muitos obreiros que estão sempre vestidos de paletó, estejam na igreja, na rua ou em viagem. Isto é bonito, porém não é indispensável, principalmente em clima quente, como acontece noNorte e Nordeste, e mesmo no Sul em determinadas épocas do ano. Outros Cuidados Indispensáveis Como forma de se apresentar bem, o obreiro deve observar ainda o seguinte: 1. Ter os sapatos sempre lustrados. 2.Ter o cabelo sempre bem aparado e penteado. 3.Fazer a barba diariamente. Com facilidade de aquisição de barbeadores descartáveis, não há desculpas para andar de barba por fazer. 4. Ter as unhas sempre limpas e bem aparadas. Um pastor de unhas crescidas e sujas, repugna e indispõe aqueles com quem vai falar. Conclui-se imediatamente que o físico reflete o espiritual, e pensa-se que aí está um homem negligente em tudo. 5. Ter cuidado dos dentes para que possa sorrir sem constrangimento. Para tanto deve procurar os serviços de um Uma boca mal cuidada e desdentada é repugnante. Naturais ou postiços, os dentes têm seu papel na apresentação do homem. A escova de dentes presta um grande serviço aqui, contanto que seja usada mais de uma vez por dia. Não havendo creme dental disponível, o sabonete, sal ou bicarbonato podem não ter o mesmo sabor do creme, mas fazem o mesmo efeito. 6. Evitar comer alho e cebola em certas ocasiões, para não exalar aquele cheiro forte que, muitas horas depois de ingeridos, ainda permanece. Devem ser evitados, principalmente quando se vai realizar um batismo, presidir uma festa de núpcias, realizar entrevistas, aconselhamento pastoral, etc. 7. Usar um tipo de perfume e desodorante para evitar possíveis traições corporais como aquele desagradável “cheiro do corpo”, que o vulgo trata por vários nomes. 8. Combinar com gosto, suas gravatas com as roupas que veste, lembrando que a gravata não é um enfeite, mas um complemento da roupa que se veste. 9. Banhar-se pelo menos uma vez por dia; isto é não só higiênico, mas também faz bem ao corpo como elemento saudável sob vários aspectos. ÉTICA MINISTERIAL Tratando de ética ministerial falamos a respeito de uma série de princípios fundamentais, que muito contribuição para o bom relacionamento do obreiro com determinados valores do seu próprio ministério, com a sua igreja, com os seus cooperadores, demais companheiros de ministérios, enfim, com todas as pessoas que o cercam. Observá-los ou não, eis a questão! O Obreiro e os Seus Companheiros de Ministério. O obreiro cristão tem o dever de amar e respeitar os seus demais companheiros de ministério, evitando criticá-los aos seus auxiliares ou quando fizer uso do púlpito. Deve ter cuidado no trato com eles ou a respeito deles, principalmente quando tiver de substituir um destes no pastorado de uma igreja, evitando mostrar-se enciumado quando os membros desta igreja falarem bem do seu ex-pastor. No pastorado de uma igreja, o obreiro não deve preocupar-se em passar por melhor do que aquele ao qual substitui; antes, deve trabalhar com fidelidade em tudo, pois Deus é Senhor de todos, e, recompensa a cada um, primeiro proporcional à fidelidade com que faz o trabalho, e depois, proporcional ao volume de trabalho. O Obreiro e os Seus Cooperadores. O obreiro tem também o dever de amar, respeitar e tratar com consideração os seus cooperadores, sejam eles pastores, evangelistas, presbíteros, diáconos e demais auxiliares. Se eles são homens de Deus, devem ser fiéis em tudo e submissos, sabendo que o ministério vem do Senhor. O obreiro deve tolerá-los nas suas fraquezas, lembrando-se que eles são também tolerantes e compreensíveis para com ele. O Obreiro Convidando Obreiros É comum convidarmos obreiros para servirem como pregadores e preletores de estudos bíblicos em nossas igrejas, em convenções, congressos, seminários, inaugurações ou aniversários. Porém, o obreiro que convida outro obreiro para realizar algum desses tipos de trabalhos, deve assumir com a igreja a responsabilidade de cobrir as despesas de viagem e hospedagem condigna do convidado, lembrando-se que, principalmente no Brasil, pouquíssimos são os que têm uma igreja para apoiá-los financeiramente. O Obreiro e o Visitante. Ao apresentar as pessoas visitantes, sejam elas crentes ou não, o obreiro deve levar a igreja a recebê-las festivamente, evitando frieza na hora de saudá-las com bem-vindos. Ao fazê-lo, deve evitar qualquer tipo de parcialidade, conforme escreveu o apóstolo Tiago, Tg 2.1-4. Caso tenha de apresentar um visitante ao qual queira fazer uma deferência especial, deve evitar adjetivá-lo com tratamentos tais como: “Aqui está o grande servo de Deus, Fulano de tal”. Se ele é servo, não é grande, como o mundo entende, e se é grande, não é servo. CUIDADO COM A LINGUAGEM O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo, seu fiel companheiro nas lides do Evangelho: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”, II Tm 2.15. Tomamos como introdução este versículo porque é o que melhor fala da necessidade do obreiro apresentar-se apto diante de Deus, não só espiritualmente falando, mas também intelectualmente. Quanto melhor afinado estiver o instrumento, mais suave será a música que ele produzirá; assim também acontece com o obreiro cristão; quanto melhor puder expressar a sua mensagem, mais valerá a pena ouvir o que ele diz. Se o obreiro deseja mostrar-se aprovado diante de Deus e dos homens, de nada tendo do que se envergonhar, é imprescindível que ele adquira toda a instrução possível, e absorva o máximo do que os mestres e os livros possam ensinar-lhe extraindo deles todo o conhecimento possível, e com eles ocupando-se todo o tempo disponível. O Obreiro deve esforçar-se para aprender tudo o que puder, porque a falta de instrução pode ser um tropeço no exercício do ministério até mesmo dos mais santos homens de Deus. O Correto Uso da Gramática O fato do obreiro não possuir um bom nível de escolaridade, não deve constituir motivo para que ele se dê ao descuido e até ao abandono da sua cultura. Isto é grave no ministério. O obreiro pode achar que já é tarde demais para aprender determinados princípios de linguagem. Pelo contrário, ele deve procurar de alguma forma compensar o tempo perdido, lendo bons livros, jornais e revistas, pois em geral o hábito da leitura constante gera maior habilidade e segurança no falar. Além da necessidade de cultivar o hábito da leitura; não deve faltar na biblioteca do obreiro um bom compêndio de gramática, que pode ser encontrado por preços módicos nas livrarias que vendem material do “Ministério da Educação e Cultura” (MEC). Lembre-se que o conhecimento da gramática não faz mal a ninguém. O maior perigo das impropriedades lingüísticas, é o fato da atenção dos ouvintes ser desviada da mensagem para os erros gramaticais. Uma Desculpa Descabida. Talvez você diga: “Mas eu conheci um obreiro que falava sem nenhum cuidado com a gramática, e no entanto teve sucesso no seu ministério”. Esta desculpa torna-se injustificável quando você atinar para o fato de que o povo do tempo daquele obreiro também ignorava a gramática, de modo que isso não tinha muita importância. Agora, porém, quando todos freqüentam a escola, se vêm ouvir-nos, será lastimável se a mente deles for desviada das verdades solenes em que gostaríamos de fazê-los pensar, só por estarmos usando uma linguagem descuidada e inculta. Sabemos que mesmo uma pessoa com pouca instrução pode receber a bênção de Deus, mas a sabedoria nos diz que não devemos permitir que a nossa falta de instrução impeça o Evangelho de abençoar os homens. COISAS QUE O OBREIRO DEVE EVITAR Reconhecemos que apenas uma Lição deste livro é insuficiente para nela tratarmos de tudo aquilo que o obreiro deve evitar, principalmente enquanto está de posse do púlpito. Assim sendo, como forma de aproveitar espaço, achamos por bem destacar apenas as principais, se é que não quer ser taxado de “medíocre” quanto à cultura, por aqueles que lhe ouvem. Vício de Linguagem Nesta áreao obreiro deve observar o seguinte: 1 – Evitar proferir as expressões Glória a Jesus! E Aleluia! A cada minuto da sua mensagem, se isto lhe parece prova de espiritualidade, para os seus ouvintes vai parecer que não tem outra coisa para dizer. Estas duas expressões, marcas da mensagem genuinamente pentecostal, são belas, mas quando ditas no momento apropriado, como expressão de adoração a Deus, saídas do nossos espírito e não por uma questão de costume. 2 – Evitar no final da oração dizer: “Eu te rogo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. A Bíblia não ensina assim. Cacoetes e Gestos Extravagantes Ao pregar, observe o seguinte: a) Evitar demasiada afetação da voz. b) Evitar o demasiado uso do lenço. c) Evitar enterrar as mãos no bolsos da calça ou do paletó.. d) Evitar o posicionamento indiscreto das mãos. e) Evitar fazer da mensagem, uma armadilha para os seus ouvinte. f) Evitar truques em forma de gracejos; por exemplo, dizer: “Se Jesus vier hoje, os irmãos ficarão alegres?” g) Evitar apoiar os cotovelos no púlpito. h) Evitar bater no púlpito com as mãos ou com a Bíblia. i) Evitar dar as costas constante e demoradamente para o auditório. j) Evitar apontar para baixo quando estiver falando do céu e vice-versa. l) Evitar apontar o dedo em direção de pessoas da congregação, principalmente daqueles que estão sentados ao púlpito, fazendo-os personagens das ilustrações que porventura venha usar. Livros e Epístolas Evite dizer primeira ou segunda, quando estiver se referindo aos livros do Velho Testamento; e “primeiro” ou “segundo” quando se referir às epístolas. Nomes Iguais Evite confundir os nomes, que embora, parecidos, não são iguais; ou embora iguais, referem-se a pessoas diferentes, exemplos: 1 - Enoque filho de Caim, Gn 4.17 com Enoque, o patriarca, Gn 5.18. 2 – Lameque, filho de Caim, Gn 4.18,19 com Lameque pai de Noé, Gn 5.28. 3 – Obadias, mordomo de Acabe, I Rs 18.3, com o profeta Obadias, Ob 1. 4 – Zacarias, pai de João Batista, Lc 1.5, com tantos outros encontrados na Bíblia. 5 – João Batista, Lc 1.63, com João, o discípulo amado, o evangelista. 6 – Maria, a mãe do Senhor, Mt 1.16, com Maria Madalena, Mt 27.56 ou Maria, mãe de Marcos, At 12.12, ou Maria mãe de Tiago, Mt 27.56, ou Maria irmã de Marta e de Lázaro, Lc 10.39, ou ainda Maria, membro da Igreja de Roma, Rm 16.6. 7 – Herodes gripa, At 12.1, com Herodes Antipas, Mt 14.1, ou com Herodes Magno, Mt 2.1. 8 – Cesaréia de Filipe, At 6.5, com Cesaréia porto do Mar Mediterrâneo, At 8.40. Antioquia da Síria, At 6.5, com Antioquia da Psídia, At 13.14. 9 – Arã com Arão. 10 – Cão com Acã 11 – Saul com Saulo ou ainda com Esaú. 12 – Ezequias com Ezequiel 13 – Roboão com Jeroboão 14 - Isaque com Zaqueu 15 - Antílope com etíope. 16 - Espargir com aspergir 17 – Nazireu com Nazareno São coisas pequenas para as quais o obreiro deve estar atento, se é que não quer que o seu ministério sofra por parte dos seus ouvintes.
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